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A importância geopolítica da America do Sul

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RAZÕES PARA O AUMENTO DA IMPORTÂNCIA DA AMÉRICA DO SUL NA ESTRATÉGIA GEOPOLÍTICA DOS EUA
Necessidade de garantir acesso ao gás e petróleo em uma região mais estável.
O acesso ao recursos naturais da América do Sul, pelos EUA, conjugado a sua insularidade, permitem ao país reduzir sua vulnerabilidade estratégica. 
O poder naval como força estratégica - em teoria: a grandeza de uma nação dependia de seu comércio além-mar, e este dependia de seu poder naval e de colônias para estabelecer bases que sustentem o poder naval (Cuba, Porto Rico, Guan, Havai, Ilhas Virgens, Canal do Panamá...).
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A Doutrina Monroe (DM -1823):
Declaração política unilateral com objetivo de conservar a América Latina como área de influência exclusiva dos EUA;
Corolário Roosevelt: rejuvenesce a DM para conquistar e assegurar fontes de matéria prima e os mercados da América do Sul para suas manufaturas (final séc. XIX).
Conferência Pan-Americana de 1889 – formar uma espécie de União Aduaneira, não aceita por Chile, Argentina e Brasil.
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Doutrina Monroe
A chamada Doutrina Monroe foi enunciada pelo presidente estadunidense James Monroe (1817-1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823, “A América para os americanos”. 
O seu pensamento consistia em três pontos:
a não criação de novas colônias nas Américas; 
a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos; 
a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias. 
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II GM – evidencia a importância geopolítica da AS para os EUA
Como fonte de matérias primas e garantia de segurança à reta-guarda dos EUA e do Atlântico Sul, rota de belonaves alemães.
Pós II Guerra – EUA não renunciaram hegemonia sobre a AL e evitaram que a ONU pudesse exercer diretamente qualquer influência sobre questões que afetassem o hemisfério ocidental.
No Art. 52 da Carta de São Francisco reservaram-se o direito de tratar unilateralmente questões que eventualmente surgissem.
1947 – celebração do TIAR ou Tratado do RJ – pacto de defesa mútua contra agressor extra continental e de resolução de disputas intra países do continente sem recorrer à ONU.
1948 – criação da OEA – novamente exclui ONU.
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AMÉRICA LATINA COMO ZONA ESTRATÉGICA
Promoção de interesses empresariais com ênfase na promoção de mercados abertos, livre iniciativa e boas vindas aos investimentos estrangeiros – obj. apontados como de interesse da humanidade
Objetivo: assegurar as fontes da materiais estratégicos e manter abertas as vias de acesso.
A AS é a zona estratégica mais importante para os EUA. Tem o dobro do território +/- 400 milhões/hab, com integração lingüística e grandes reser-vas de água, de biodiversidade, de recursos minerais e energéticos, além de se constituir em um importante mercado consumidor e para investir.
Iniciativa para as Américas (1990) e Alca (1994) representaram a estratégia de manutenção da hegemonia econômica dos EUA sobre a AL de forma subordinada, limitando a capacidade dos países em executar e formular políticas econômicas próprias, subordinando-os a medidas neoliberais
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América do Sul e a formação da identidade própria
No aspecto geopolítico, a AS é fundamental aos EUA, devido a formação da UE e a emergência da China e, por isto, não lhes convém que o projeto de construção do Mercosul, constituindo uma união aduaneira que evolua para um mercado comum tenha êxito.
SPG destaca que o Brasil (mais Argentina) se configuram, na AS, como rivais à influência hegemônica dos EUA, devido às suas dimensões geográficas, demográficas e econômicas e à sua posição geopolítica e estratégica, ao longo do Atlântico Sul, defrontando-se com a África Ocidental. 
Os dois países, com pop. de mais de 232 milhões/hab. e PIB de US$ 2,3 trilhões (2007), são os que realmente mais interessam aos EUA, não apenas pelo amplo mercado que representam, mas também pelo peso geopolítico e estratégico.
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Mudança de estratégia norte-americana para conquistar alianças na América Latina
O Andean Trade Promotion and Drug Erradication Act (ATPDEA), permitia aos EUA concederem ao Peru, Colômbia, Bolívia e Equador, unilateralmente, preferências comerciais sem reci-procidade, em tratados de livre comércio. Esta parceria só favorecia os EUA, mas a possibilidade de acessar preferências comerciais, sem reciprocidade, alimentou em determinados setores empresariais, destes países, o interesse em negociar acordos de livre-comércio. O principal interesse de Washington em países como Venezuela, Equador, Colômbia e México é garantir o suprimento de petróleo.
A militarização da Colômbia objetiva desmobilizar as FARCs para a pesquisa de petróleo no território ocupado pela guerrilha, evitar a explosão dos oleodutos e garantir os investimentos de 18 empresas dos EUA que atuam no país.
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América do Sul e a formação de identidade própria
Objetivo: frustrar o processo de integração da América do Sul que o Brasil Impulsiona.
Como: ampliando a presença militar na região
Atuação no plano Colômbia
Atuação no Suriname na região de Essequibo
Ação no Perú, na região de Ayacucho.
Restauração da IV frota em abril de 2002
Declínio da influência dos EUA na América do Sul
Fracasso e desencanto com as políticas neoliberais
Formação de mercados regionais (integração)
Eleição de líderes mais à esquerda do espectro político
Atuação da China no Continente
Reforço estatal nas empresas produtoras de energia
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O Brasil como potência regional e a importância estratégica da América do Sul na sua política exterior
Resumido de Bandeira Moniz, 2008 em 13/10/2010 por Grando
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Fatores que qualificam o Brasil como potência na hierarquia de poder dos Estados
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O conceito de Poder de Karl W. Deutsch:
Bandeira, citando Karl Deutsch, diz que potencial de poder é uma estimativa dos recursos materiais e humanos que podem ser usados para prever quanto êxito um país poderá ter em uma disputa.
Um país terá condições de se afirmar como potência quanto mais extenso for, quanto mais numerosa for sua população e pelos recursos que poderá mobilizar para consecução de uma política.
Poder é a habilidade de um ator se fazer prevalecer em um conflito e superar os obstáculos, se usar seus recursos com vantagem frente a outros competidores.
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A América do Sul na política exterior do Brasil
É uma circunstância inevitável para o Brasil:
Devido a proximidade
Elevado número de países fronteiriços
Mercado potencial para as empresas brasileiras
Mercosul versus ALCA
O primeiro não convém aos EUA porque evita que a manutenção da sua hegemonia sobre o continente 
O segundo não gera ganhos para o Brasil porque implica o desmantelamento do parque industrial
Solução para o impasse: definição de uma nova região geográfica para a integração regional - a América do Sul – área dotada de uma agenda comum, de desafios e de oportunidades que dependiam de sua coesão política.
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A América do Sul na política exterior do Brasil
Necessidade e evolução da Integração na América do Sul para fazer frente às pressões norte-americanas:
Formação da ALCSA iniciada em 1993
Iniciativa para Integração da Infra-estrutura regional (IIRSA)
Estímulo a expansão do Mercosul como unidade política em vez de ser apenas um bloco comercial
Criação da Comunidade Sul Americana de Nações (CSNA, mais conhecida como CASA em 2004 para levar avante os projetos de integração na América do Sul.
Criação da Unasul em 2007 e do CDS em 2009 como centro do processo integrador regional.
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Conflitos contemporâneos na América do Sul
Peso demográfico, territorial e econômico configuram liderança política não hegemônica ao Brasil na América do Sul.
Intervenções do Brasil para manter a paz na região:
Conflito entre Perú e Equador no rio Cenepa em 1995;
Conflito no Paraguai em 1996/98/00 (golpe de Estado –cláusula democráticano Mercosul);
A guerra cível na Colômbia – Plano Colômbia/USA;
Bancarrota Argentina em 12/2001;
Golpe contra Chaves na Venezuela em 04/2002;
Robustecimento da política brasileira para América do Sul via financiamentos do BNDEs.
Crises na Bolívia antes e depois de Evo Morales;
Reações com Cuba
Intervenção para restabelecer a democracia no Haiti
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