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Resumo - Estudos Regionais Américas e Europa A2

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Aula 1 – Integrações Latino-
americanas 
1960: Tratado de Montevidéu 
Associação Latino América de Livre Comércio 
ALALC 
Influenciados pela Europa a América do Sul cria em 
1960 a Associação Latino América de Livre 
Comércio ALALC, que é influência da CEPAL. A 
Cepal foi criada depois da criação da ONU e tem 
como objetivo tornar a América do Sul e Caribe em 
desenvolvidos, tendo como cabeça: Raul Prebish e 
Celso Furtado. O objetivo da CEPAL é desenvolver 
a América Latina. E para isso possui algumas 
ideias: 
A Comissão Econômica para a América Latina e o 
Caribe ou Comissão Económica para a América 
Latina e Caraíbas foi criada em 1948 pelo Conselho 
Econômico e Social das Nações Unidas com o 
objetivo de incentivar a cooperação econômica 
entre os seus membros. 
• Deterioração dos termos de troca: O país que 
produz um celular por exemplo, com o tempo 
tem seu produto aumentando o preço. Ao passo 
que o país que produz tomate tem seu produto 
diminuindo o preço, devido aos avanços 
tecnológicos. Daí surge uma lógica: quantos 
tomates eu preciso para comprar um Iphone. 
Dessa forma a única maneira da América Latina sair 
dessa é indo para linha de cima e produzindo 
tecnologia. Se movendo para um pensamento 
ortodoxo, libera, de quanto mais você se especializa 
mais vantagem você tem. Assim a CEPAL diz que 
não é nada disso, precisamos de outras alternativas 
para América Latina para que elas se desenvolvam. 
Só que a América Latina tem dificuldade de ser 
liberal, porque isso seria admitir estar na linha de 
baixo e isso dificulta. Portanto para a CEPAL, 
superar a deterioração pelos termos de troca seria 
aplicar o: 
• Protecionismo: Sendo esse para terceiros 
Estados, de fora da ALALC. Aplicando Livre 
Comércio dentro a América Latina (ALALC, 
América do Sul e México). 
Só que os países que são de fato beneficiados com 
esse protecionismo são: Brasil, Argentina e México, 
isso por já terem uma base de industrialização. Só 
que chegando ao consumidor os produtos de 
terceiros a ALALC chegam caros devido impostos e 
os produtos desses 3 chegam caros por não 
fazerem direito, devido à industrialização fraca. 
1966: Declaração de Bogotá 
Essa declaração foi assinada por 5 países: Chile, 
Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Esses se 
reuniem para denunciar o que eles chamam de 
intervencionismo, do Brasil, Argentina e México, 
para países pequenos o protecionismo só serve 
para arrecadar mais tributos, mas a economia não 
gira. 
1969: Pacto de Catagena 
Nesse pacto estão incluídos os mesmos países da 
declaração de Bogotá, nesse momento fazem um 
Pacto andino e criam uma nova integração desses 
países, que fazem parte da ALALC, só que com 
característica ajustadas e próprias para eles 
mesmos. 
Durante a década de 60 e 70, acontece a ascensão 
de ditaduras e isso azeda a relação, prejudica. Fun 
fact: a Venezuela não passa por ditaduras e não faz 
parte desses grupinhos apesar de preencher quase 
todos os requisitos. Isso devido à doutrina 
Bettancourt, se acham uma país diferente, 
democráticos. 
Em 1969 a ALALC deixa de dar certo. Os 5 países 
ficam comprometidos com o que é mais vantajoso: 
o pacto andino. 
1969: Pacto Andino 
Nesse pacto a Venezuela entra totalizando assim 6 
países. Ela só não havia entrado antes porque 
queria se fazer de difícil e deixar um recado de que 
era diferente. 
• Em 1976 o Chile se retira devido a ditadura 
Pinochet; 
• Em 1990 o Pacto Andino muda de nome e se 
torna Comunidade Andina de Nações (CAN); 
• Em 2006 a Venezuela sai da CAN, porque entra 
do Mercosul. 
1980: Tratado de Montevidéu 
Esse é o segundo tratado com o mesmo nome, isso 
porque quer fazer referência ao primeiro que criou 
a ALALC, só que esse tratado acaba com essa 
mesma. Além disso esse tratado cria a Associação 
Latino Americana de Integração – ALADI. Não foi 
apenas uma mudança de nome, eles acabam com 
uma e criam outra, eles aprendem com os erros da 
ALALC. Ao passo que a ALALC era rígida, com 
tarifas de importação pesada de forma igual, a 
ALADI possuí flexibilidade – os Estados podem 
fazer ou não parte do acordo, up to them. 
Assim na ALADI eles podem por exemplo criar 
acordos entre somente 2 países, exemplo: acordo 
automotivo Brasil e México. Nesse contexto surge o 
filhote da ALADI: 
• 1991 - Mercosul: Esse Mercado comum foi 
criado dentro da ALADI. Funciona como um 
Backstage, low profile. 
Integrações da Década 80 
1983: Grupo da Contadora 
O incentivo para criação desse grupo foi que nesse 
mesmo ano houve a intervenção dos EUA em 
Granada, essa que estava com governo socialista. 
Por isso os EUA intervêm em Granada, por 
acharem que já basta Cuba. 
A década de 80 fica conhecida como a década 
perdida porque a América Latina estava com muitas 
dificuldades e ainda vêm os estadunidenses e 
intervêm, sem noção. 
Portanto no mesmo ano c riam o grupo de 
contadora: México, Panamá, Colômbia e Venezuela 
- para América Central e Caribe. Eles possuíam a 
ideia de problemas da América Latina tem que ser 
resolvidos pro latino americanos. 
1985: Grupo de Apoio à Contadora 
Esse foi um grupo criado com o objetivo de dar 
apoio a contadora, como o próprio nome já diz. 
Esse é composto por: Brasil, Argentina, Uruguai e 
Peru - mais voltado para América do Sul. 
 
 
1986: Grupo do Rio 
Esse é a junção dos grupos de contadora e apoio à 
contadora – já que não há a necessidade de haver 
dois grupos com o mesmo objetivo. Com isso os 
dois grupos previamente criados são extintos. 
O objetivo é então buscar soluções latino 
americanas para países latino americanos. Vale 
destacar que não é uma organização Internacional, 
é mais informal, de conversa, é um grupo de 
articulação que possuí como característica a 
flexibilidade. Isso é muito importante porque a 
América a do Sul é muito virada para o mar, litoral, 
e possuí pouco diálogo entre si. 
Aula 2 – Mercosul 
Como chegaram a essa criação? 
O Mercosul teve sua criação dada, devido a prévia 
- 1980: ALADI, na verdade foi criado dentro da 
ALADI. 
Relação Brasil e Argentina 
Por volta de 1970 as Relações estão tensas, 
devido: 
1. Ditadura: Brasil com uma ditadura contínua e a 
Argentina com uma ditadura que ia e voltava, 
entre 1973 e 1976 houve democratização, mas 
era autoritária. Apesar de ambos serem 
ditaduras eles desconfiavam um do outro, não 
cooperavam. 
2. Nuclear: Ambos queriam ter bomba nuclear, 
como forma de se proteger. 
3. Crise de Itaipu Corpos: Em 1973 acontece o 
choque do petróleo, e o preço da energia 
aumenta demais, aumento muito grande de 
custo, etc. Com isso o Brasil passa a pensar 
mais na construção de hidrelétricas, energia 
nuclear e etanol, mas o grande projeto foi a 
hidrelétrica, a maior do mundo: Itaipu, localizado 
no Rio Paraná, que faz a divisa entre o Brasil e 
o Paraguai. Por ser uma região de fronteira eles 
assinam o acordo de itaipu, para o Brasil e 
Paraguai. Meio a meio, mas o Brasil consome 
quase 95%, compra grande parte do Paraguai. 
• Esse mesmo rio passa pela Argentina, 
essa queria o mesmo rio para fazer a 
Hidrelétrica Corpos. Só que o Brasil 
usando o Rio prejudica o uso da água 
pela Argentina, a questão de pressão da 
água. A Argentina fica muito puta com 
isso, vai até mesmo a ONU e diz que 
questões ambientais devem ser lidadas 
em conjunto, o Brasil nega, mas o Brasil 
já mudou de ideia. As tensões ficam tão 
fortes que eles chegam a fechar as 
fronteiras. 
1979: Acordo tripartite 
Esse foi um acordo assinado entre Brasil, Paraguai 
e Argentina, que tinha como objetivo botar fim nas 
tensões entre Brasil e Argentina. Assim chegam ao 
acordo de ambos terem hidrelétricas e cooperarem 
entre si. Logo, começarão a ter diálogos entre os 
dois países, os presidentes da época eram: 
Figuereido e Videla. 
1980: Acordo de cooperação nuclear 
O que antes era um motivo de discussão, agora 
eles querem consertar. Criam mais confiança até 
mesmo numa área tão delicada que é a nuclear 
1982:Guerra das Malvinas 
A ilha que Argentina chama de Malvinas o ReinoUnido chama de Falkland. Nessa época a Argentina 
está passando por dificuldades sérias 
internamente, a ditadura está ficando pressionada, 
precisando de grandes feitos para validar. Com isso 
a Argentina declara guerra ao Reino Unido, para 
retomar as Malvinas (tinha uma crítica aos RU 
ocupar ilhas no hemisfério sul, ainda colonialismo 
na visão deles). Os ditadores falam que as Malvinas 
são argentinas. O Brasil não manda soldados, etc, 
mas apoia verbalmente "malvinas são da 
Argentina", diplomaticamente. 
1985: Redemocratização 
Esse processo terminou em 1983 para Argentina 
com Raul Afonso, e em 1985 para o Brasil com José 
Sarney. 
1985: Ata de Iguaçu 
Essa foi uma aproximação bilateral em bases 
amplas, promoveu aproximação em diversas 
áreas,entre Brasil e Argentina (política, economia, 
comércio). O comércio nessa época era de mais ou 
menos 2,5 bilhões de dólaresd, apenas. Hoje o 
comércio é de mais de 28 bilhões de reais, e ainda 
estamos em situações meio difíceis. Essa foi então 
uma carta de boas intenções, basicamente. 
1986: Programa de integração e cooperação 
econômica - PICE 
Essa foi a primeira vez que usam o termo 
integração. Era pensado sempre em uma 
integração setorial: vou eleger setores para 
começar a integração, por exemplo: vou pegar o 
couro produzido na Argentina e vou produzir no 
Brasil, antes o que era um competição no mercado 
vira uma cooperação,gerando melhores produtos. 
Para isso existe toda uma questão logística para ver 
se vale a pena ou não. 
• Lado ruim da história: no exemplo, a indústria 
brasileira de couro iria quebrar. Isso incomoda 
ou produtores, eles vão atrás de subsídios do 
governo. Esse diz que vai demorar,integração 
de setores é um processo lento. 
1988: Tratado de Integracao cooperação e 
desenvolvimento 
Esse tratado tem um prazo de 10 anosnpara 
implementarem uma integração econômica. Uma 
visão muito otimista visto que até a União Européia 
demorou 30 anos para ser implementada. 
1990: Ata de Buenos Aires 
Nessa ata o prazo e diminuido para a criação da 
integração, diminuem 4 anos, sendo o novo prazo: 
31/12/1994. Até esse momento Paraguai e Uruguai 
se mostraram interessados, observadores, eles se 
sentem pressionados para entrar logo porque se 
deixassem para depois teriam menos lugar de fala. 
Assim em 1990, Paraguai e Uruguai ingressam nas 
negociações 
1991: Tratado de Assunção 
Ocorreu em 26/03/1991 que estabelece um prazo 
de adaptação até 31/12/1994. Nesse criam o 
Mercosul 
Mercosul 
Características do Mercosul: 
• Tarifa Zero 0 (com exceções, exemplo: 
comercio automotivo não faz parte, isso é de 
acordo com o comércio bilateral, sendo que o 
produto que o Brasil mais vende para 
Argentina são carros: 40% do comércio é 
carro) 
• TEC (Tarifa Externa comum): Ocorre a 
bitributação, isso porque existem produtos 
que os países tiram dessa TEC. Aí se um 
produto entra por um outro país mas esse 
produto é uma exceção ele é tributado na 
entrada do país que tem a exceção. 
• Livre circulação de pessoas: Ocorre de 
maneira parcial, porque,mor exemplo, para 
morar tem que ter visto, não é tudo mil 
maravilhas. 
Assim o Mercosul é uma União aduaneira 
imperfeita, com traços de mercado comum. 
O que é esperado do Mercosul? 
• Coordenação macroeconômica: Importante 
que esses atores integrados comuniquem 
entre si, devido a causa e consequência. Só 
que isso não acontece,não tem nem mesmo 
traços; 
• Ganhos de escala: Quanto mais eu produzo 
menos fica caro a unidade; 
• Competitividade: A indústria que não é 
competitiva ou se adapta ou quebra. Exportar 
o melhor que pode exportar da região, isso 
acaba criando também; 
• Vantagem Mercosul: Esse é um argumento 
para atração de investimentos, aue diz que 
para ter acesso ao mercado do Mercosul vale 
mais a pena investir no Mercosul devido às 
tarifas que se aplicadas aos terceiros. 
Aula 3 – Mercosul II 
Protocolos do Mercosul 
Os protocolos adicionam ideias e normas a um 
acordo, moldando. Compreender os protocolos 
serve para entender a progressão histórica do bloco 
1991/ dezembro: Protocolo de Brasília 
Sistema de Solução de Controvérsia 
Esse protocolo estabelece um Sistema de Solução 
de Controvérsia. Este é um tratado que envolve 4 
países muito diferentes entre si, então é provável 
que haja atrito entre os países, descordarem da 
aplicação das Regras, etc. 
→ Parte Legal: Precisam de uma instância 
jurídica para julgar os casos, para decidir 
quem está certo no Mercosul. Para isso criam: 
 
Tribunais Adhoc 
Ex, Paraguai e Argentina tem um atrito sobre uma 
regra, assim o Mercosul vai se juntar formar um 
tribunal com 3 juízes que vão decidir e depois esse 
tribunal vai se dissolver. Quem escolhe os juízes 
são os próprios Estados que fazem parte do atrito, 
esses fazem uma lista e escolhem. Esse tribunal é 
temporário e por isso não é muito respeitado, ainda 
por cima não possui segunda instância, logo se 
alguém não gostar da resolução esse não tem a 
quem recorrer. 
→ Parte política: Paraguai, Argentina e Uruguai 
preferem uma estrutura mais forte porque 
temem a influência do Brasil, o peso do Brasil. 
Já o Brasil quer uma estrutura mais leve, até 
porque vê que é mais fácil começar do zero 
mais tarde do que reformar. 
1994: Protocolo dd Ouro Preto 
Personalidade Jurídica 
Deixa o Mercosul redondinho para começar a 
funcionar. Esse protocolo cria a personalidade 
Jurídica. Determinação do Sistema decisório do 
Mercosul - Como as decisões vão ser tomadas? 
Qual a base? Criam alguns princípios: 
→ Consensualidade: Decisões tomadas pelo 
consenso (não existe a possibilidade de uma 
decisão ser tomada sem a escolha de um 
Estado). Não é somente o critério da 
consensualidade, e o critério da 
consensualidade conjunta, ou; 
→ Vigência Simultânea: Mesma regra para 
todos, ao mesmo tempo. Mesmo que 3 países 
estejam prontos para regra essa não vai entrar 
em vivos enquanto os 4 não estiverem prontos. 
→ Intergovernamentabilidade: Não basta que os 
Estados se reúnem e concordem com a 
decisão, mas é também necessário que a 
decisão passe pelo legislativo, processo de 
internalização. Enquanto isso não acontecer a 
regra não entra em vigor. 
• Decisão supranacional é rápida, ágil, 
mas não tem legitimidade com o tempo. 
Já com a intergovernamentabilidade há 
legitimidade, mas muito lento. 
→ Estrutura Institucional: criam essa estrutura 
do bloco - grupo mercado comum, Conselho 
mercado comum. Conselho mercado comum - 
composto por ministros, que toma decisões. 
Grupo mercado comum, faz e propõe a regra, 
depois que aceito pelo Conselho o grupo 
executa o plano. Equivalente ao Conselho 
europeu é a cúpula do mercosul. 
• Esse é o documento mais importante, porque 
prepara o terreno para em dezembro desse 
mesmo ano o Mercosul entrar em vigor. 
1998: Protocolo de Ushuaia 
Cláusula democrática 
Para um país fazer parte do Mercosul é necessário 
que seja um regime democrático. Isso porque todos 
os países do Mercosul têm histórico de ditaduras, 
além de quem 1996 haviam tido instabilidades a 
respeito da democracia no Paraguai. Assim em 
caso de violação a democracia eles preveem a 
possibilidade de suspensão. 
Paraguai: 
→ Strossner - 2012: Paraguai tem uma 
democracia um pouco menos sólida do que os 
outros Estados. Isso porque havia ditadura no 
Paraguai até 1989, 
Alfredo Stroessner Matiauda 
Foi um militar, político e ditador paraguaio 
que liderou seu país como Presidente do 
Paraguai sob um governo autoritário e 
fraudulento desde 15 de agosto de 1954, até 
que uma insurreição militar o tirou em 3 de 
fevereiro de 1989. 
Alfredo Stroessner. Ele deve ao legislativo 
uma posição secundária. Quando a ditadura 
dele acaba eles fazem o contrário, dão mais 
poder ao legislativo e menos poder ao 
presidente. 
→ Fernando Lugo – 2011: Pequena parte da 
esquerda paraguaia. Apoia Evo Morales, etc. 
Ele é impeachmado, aprovado em 72 horas. 
Assim o Mercosul considera essa ação 
antidemocrática e suspende o Paraguai do 
bloco. 
VenezuelaPediu entrada em 2006, Argentina e Uruguai 
aceitam até 2008 e o Brasil aceita em 2010. Como 
o Paraguai tem seu legislativo conservador ele 
nunca que iria aceitar. Só que consideram que 
como o Paraguai está suspenso do bloco o seu voto 
não deve impedir o avanço do bloco, com isso em 
2013 a Venezuela entra no bloco. No mesmo ano 
há uma votação e o Paraguai volta, com raiva da 
Venezuela esperando para passar a perna. Assim 
quando Dilma e Kirshner saem do poder o 
presidente conservador do Paraguai se junta com 
Macri e Temer e suspendem a Venezuela, em 2016. 
Além dessa primeira suspensão, suspendem a 
Venezuela tambem por não ter se adaptado as 
Regras do bloco. Assim para a Venezuela voltar ela 
ainda de ter que se tornar uma democracia e 
também tem que se adotar as regras. 
2002: Protocolo de Olivos 
Tribunal Permanente de Revisão TPR 
Argentina está passando por uma crise e por isso 
vai passando por cima das regras do Mercosul e o 
que deveria lidar com isso, Tribunal de Adhoc, é 
muito leve é ninguém respeita. Portanto criam o 
Tribunal Permane te de Revisão (TPR), que é um 
complemento ao Tribunal Adhoc, esse é 
permanente, servindo como uma segunda 
instância. 
2005: Protocolo de Assunção 
Direitos Humanos 
Se um Estado vier a violar constantemente os 
Direitos Humanos esse poderá ser suspenso 
 
2011: Protocolo de Montevideu 
Criam uma segunda cláusula democrática, anterior à 
discussão da suspensão do Paraguai. Consideram quem 
o protocolo de Ushuaia é muito leve e não tem efeito 
nenhum num Estado ditador. Afinal não está nem 
mesmo claro as consequências da suspensão. Com isso 
elaboram consequências mais severas: expulsão do 
Estado que violou. Se um pais violar a democracia vão 
levar para a ONU, etc. Pode ter suas fronteiras 
fechadas. Tendo assim punições mais rígidas. Nunca 
entrou em vigor, porque o Paraguai não ratificou 
Aula 4 – Mercosul III 
Fase Comercialista 
O Tratado de Assunção criou o Mercosul e deu 
início a uma fase comercialista do bloco. Os líderes 
da época eram: Collor, presidente brasileiro e 
Ménem (1989-1999), presidente Argentino – Ambos 
com abordagem liberal. 
Nesse ano o comércio intrabloco (dentro do bloco) 
foi de 4 bilhões de dólares (hoje é só o que o Brasil 
faz com o Paraguai, muito pouco). Logo em 1999 o 
comércio subiu para 20 bilhões de dólares. 
A partir daí já é perceptível que com os primeiros 
anos de Mercosul já deu para intensificar o 
comércio dos atores do bloco. O objetivo do 
Mercosul no primeiro momento é um objetivo liberal, 
fazer mais comércio e.a partir do momento em que 
focar no comércio o resto vem por consequência 
Governo do Ménem 
Carlos Saul Ménem governou entre 1989 -1999. 
Esse vê o Brasil como uma das prioridades da 
Argentina, mas não a única - isso porque é 
baseado no: 
Realismo Periférico (Carlos Escudé): 
Argentina precisa compreender sua posição no 
mundo, e essa não possui excedente de poder 
(poder suficiente para modificar seu ambiente 
internacional). Logo, a Argentina admitindo que não 
é uma potência mundial ela tem que se juntar a uma 
potência e essa tem que garantir os interesses 
argentinos. "Se não pode com eles junte-se a eles". 
A prioridade da década de 90 para Argentina era os 
Estados unidos. Argentina quer ter "relaciones 
carnales". Argentina manda até mesmo tropas para 
guerra do golfo, a qual OTAN que estava lá. Se 
torna assim um parceiro extra-otan dos EUA. 
Obviamente o Brasil vê isso tudo com um 
incômodo. Para ter comercio é importante não ter 
conflitos. O Brasil está colocando a Argentina como 
uma prioridade maior do que essa está colocando 
o Brasil 
1992: Plano Cavallo 
Estabelece a paridade entre peso e dólar. Assim 
sempre, 1 peso equivale a um dólar. Fizeram isso 
porque queriam confiança no mercado 
internacional. Essa paridade vai ser constitucional, 
eles põem na constituição. 
Argentina quer dinheiro dos investidores, com uma 
estabilidade do dólar e maior lucro do peso, 
controlam a inflação, todo ano a paridade se disloca 
mas eles controlam. 
Para lidar com isso Argentina valoriza o peso 
vendendo reservas nacionais, os dólares, isso 
desvaloriza o dólar e consequentemente valoriza o 
peso. 
ALCA - Área de Livre Comercio da América 
Mesmo com os olhos liberais o Brasil vê isso muito 
desconfiado, porque os produtos americanos 
destruiriam a indústria brasileira. O Mercosul é um 
destino, a ALCA é uma possibilidade. Argentina 
está animadíssima para negociar a ALCA. Isso 
provoca um desgaste na relação Brasil e Argentina 
Década de 90 
→ Estados Unidos 
Década de 80 é uma década de recuperação. 
Logo, na década de 90 tudo está muito bem 
→ Europa 
Euro sendo pensado. Integração europeia 
sendo intensificada 
→ Japão 
Vai muito bem nessa época também. 
Encontram preocupações que mexe na economia 
mundial, cada um com seu respectivo problema: 
→ Estados Unidos 
Crise do México: Em 1994 criam o NAFTA. 
Estados Unidos mandam muito investimento 
para o México, indústrias norte-americanas. 
Efeito manada, Crise por especulação: 
investidores começam a achar que o México 
não vai conseguir pagar suas dívidas, começam 
a tirar o dinheiro de lá, isso acarreta na crise. 
→ Europa 
Em 1998 a Rússia quebra, porque com o fim da 
URSS começaram a investir e depois começam 
a tirar o dinheiro. 
→ Japão 
Em 1997 ocorre a crise da Ásia, choque de 
especulação, dinheiro lá perto quebra. 
Assim investidores começam a procurar padrões de 
onde será a próxima crise econômica., especulam 
Brasil e Argentina. Com isso o Brasil tenta se 
proteger. 
Brasil e Argentina 
Brasil 
01/1999: Brasil promove a maxidesvalorização do 
real. Brasil queimava reserva para valorizar o real, 
quando param de investir o Brasil tem menos 
dinheiro é por isso para de queimar reserva e o real 
desvaloriza, de 1,20 vai para 1,80. 
Consequentemente o mercado da uma acalmada e 
os produtos brasileiros se tornam mais 
competitivos. 
Argentina 
Só que a Argentina não pode fazer isso porque está 
na constituição. Não dá para vender a reserva 
porque não tem reserva. Para piorar os produtos 
brasileiros estão mais competitivos, logo aumenta o 
défit com o Brasil, dinheiro que estava na economia 
não está mais. Os investidores tirando dinheiro, 
comercialmente se fundindo, e sem previsão de 
recuperar a confiança 
Para lidar com isso a Argentina elabora medidas 
protecionistas, para se proteger economicamente. 
Já que não tem como ser deficitária. 
Consequentemente afeta diretamente o Brasil e o 
Mercosul. 
→ De início o Brasil fica puto, leva para o sistema 
de solução de controvérsia. Brasil ganha mas 
Argentina ignora. Brasil leva até mesmo para 
OMC, e como se tivessem levando discussões 
de casais para o Twitter. 
Argentina se torna um dos piores lugares do mundo 
para investir, e fazer comércio, isso tudo vai até 
2001. Em 2001 diversos presidentes assumem o 
poder, mas vão renunciando devido aos chamados 
panelasos. 
2001-2002: Brasil muda de atitude 
Brasil percebe que é importante que ambos estejam 
bem. Começa a usar sua imagem e credibilidade a 
favor da Argentina. Brasil começa a participar das 
negociações com a Argentina, por exemplo com o 
FMI. 
2003: Nestor Kirchner 
Com a ascensão de Kirchner no poder ocorre a 
renovação da relação. Brasil e Argentina começam 
a inserir no Mercosul uma dimensão política e 
social. Num momento de crise econômica o 
Mercosul não serve para nada, porque Mercosul é 
só comércio. Então para evitar uma integração de 
uma nota só eles vão fixar em outro a horizontes. 
Aula 5 – Mercosul IV 
2003: Ascenção de Lula e Nestor Kirchner 
Consenso de Buenos Aires 
Ideia de que o Mercosul é fundamental para os dois. 
Logo tem que mudar o Mercosul, porque ele só 
aborda a questão comercial. Se o Mercosul só fala 
sobre comércio o que acontece com o bloco se 
entrar em crise? O bloco perde sua função, porque 
os países se fecham. 
Com esse consenso eles tem 4 pontos como 
objetivo: 
1. Manter o comércio 
2. Adicionar uma dimensão política:Posição 
mais ampla do bloco acerca do plano 
internacional, pode haver divergência, mas 
também pode haver um consenso, isso torna o 
Mercosul mais relevante, consequentemente os 
países membros também se destacam. Por 
exemplo, a partir daí todas as reuniões eles 
abordam as questões das Malvinas 
3. Adicionar uma dimensão Social Exemplo: 
validação de diploma automática para os países 
do Mercosul, integração previdenciária, etc. "O 
que podemos oferecer à população para que 
essas achem a integração importante?". 
4. Lastro de permanência: Mercosul passa a ter 
isso. A partir daí surge a ideia de que o Mercosul 
é forte também e se mantém, algo sólido, 
permanente. 
Centro-direita no poder 
Em 2015 Macri assume o poder na Argentina, ao 
passo que com o impeachment em 2016, Temer 
assume o poder no Brasil. Esses personagens 
assumem com um objetivo comum reestruturação 
da pauta da economia. 
Macri diz que a Argentina entrou em crise devido a 
responsabilidade dos Kirchner. Temer também, que 
ascendeu influenciado pela crise econômica. Assim 
trazem retomada do perfil comercializa do bloco. 
Como se voltassem ao pensamento de 1990, de 
que o objetivo do bloco é fazer comércio. 
Eles julgam que a questão política e social são 
pautas ideológicas, logo o objetivo é acabar com 
isso. Uma das promessas de campanha do Macri é 
suspender a Venezuela do bloco. Quando o Temer 
assume ele consegue. 
→ Brasil - Bolsonaro: 
Segue o ideológicos dos EUA. Militares - EUA 
ok, se aproximar da China. Liberais - comércio 
com todos. 
Acordos – negociações 
Objetivo comercialista do bloco: 
→ Acordo Mercosul - UE 
→ Aliança do Pacífico 
→ Coreia do Sul 
→ Japão 
→ Canadá 
→ EFTA: European Free Trade Association 
→ Corte da TEC Em 50%. Está sendo negociado 
• Isso dificulta os acordos porque por que 
outros países iriam querer fazer 
concessões por uma TED mais baixa 
sendo que já padrão já está baixa? 
Integração da América do Sul 
1994: NAFTA 
NORTH AMERICAN FREE TRADE 
ASSOCIATION. Durante a década de 90 a 
Integração Sul-americana ganha um peso maior, 
isso porque o México entra em uma integração 
muito mais forte com os EUA, acaba com essa 
relação latina. 
Nos anos 50, 60, 70 e 80 o México se posicionava 
como latino-americano. A partir da década de 90 no 
México começa a se posicionar como norte 
americano, consequentemente surge a construção 
ideológica da América do Sul (porque na América 
Central só o México importa). 
Até esse momento o Brasil nunca tinha falado de 
América do Sul, porque não se via muita diferença 
entre os países da América central e outros da 
América do Sul. 
→ ALCSA 
Só que ai surge a ALCSA – Área de Livre 
Comércio Sul Americana, essa foi a primeira 
vez que falaram de América do sul. 
Por que nenhuma integração pra frente? 
Brasil se faz essa pergunta e chega a conclusão 
que o problema da América do Sul é a 
infraestrutura. Todos os Países da América do Sul 
foram colônias de países europeus o que faz com 
que os países da América do Sul sejam voltadas 
para fora, pode se perceber isso com a localização 
das principais cidades sul-americanas – litorais. Os 
países sendo voltados para fora impede uma boa 
comunicação entre os países da área. Não adianta 
pensar nos melhores acordos se não existe uma 
infraestrutura logística para comercialização dos 
produtos. 
Na América do Sul existem empecilhos específico, 
geograficamente, são eles: 
→ Andes 
→ Amazônia 
Se eu não consigo fazer comércio eu não tenho 
investimento, acabo tendo menos turistas, acaba 
que nos tornamos distantes politicamente. 
1997: GasBol 
Gasoduto entre Brasil – Bolívia. Antes era mais 
barato comprar gás natural do Irã do que da Bolívia. 
Isso porque o gás ia de caminhão para peru ou 
Chile e vinha de navio estadunidense por baixo do 
continente 
1999: Plano Colômbia 
Essa foi uma intervenção consentida feita pelos 
Estados Unidos na Colômbia. Esse plano 
preocupou um pouco o Brasil devido a possibilidade 
das FARC entrar na floresta amazônica e sair no 
território brasileiro, com o exército americano atrás. 
2000: Primeira Cúpula da América do Sul 
Aconteceu em Brasília e tinha como objetivo fazer 
com que os países da América do Sul dialoguem 
mais. Ocorre então a criação da iniciativa para 
Integração da Infraestrutura Regional Sul-
americana – IIRSA. Tendo 10 eixos de integração e 
desenvolvimento. 
Objetivos era priorizar alguns projetos de 
integração de transporte (para escoar pelo peru 
para o Atlântico, integração energética (pra Bolívia 
e Venezuela venderem sua energia pra todos nós, 
existem áreas dentro do Paraguai que não tem 
energia, mesmo tendo metade de itaipu, 
telecomunicações (regiões, na época, que ainda 
não tinham acesso a internet).

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