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Aula 1 – Integrações Latino- americanas 1960: Tratado de Montevidéu Associação Latino América de Livre Comércio ALALC Influenciados pela Europa a América do Sul cria em 1960 a Associação Latino América de Livre Comércio ALALC, que é influência da CEPAL. A Cepal foi criada depois da criação da ONU e tem como objetivo tornar a América do Sul e Caribe em desenvolvidos, tendo como cabeça: Raul Prebish e Celso Furtado. O objetivo da CEPAL é desenvolver a América Latina. E para isso possui algumas ideias: A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe ou Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas foi criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas com o objetivo de incentivar a cooperação econômica entre os seus membros. • Deterioração dos termos de troca: O país que produz um celular por exemplo, com o tempo tem seu produto aumentando o preço. Ao passo que o país que produz tomate tem seu produto diminuindo o preço, devido aos avanços tecnológicos. Daí surge uma lógica: quantos tomates eu preciso para comprar um Iphone. Dessa forma a única maneira da América Latina sair dessa é indo para linha de cima e produzindo tecnologia. Se movendo para um pensamento ortodoxo, libera, de quanto mais você se especializa mais vantagem você tem. Assim a CEPAL diz que não é nada disso, precisamos de outras alternativas para América Latina para que elas se desenvolvam. Só que a América Latina tem dificuldade de ser liberal, porque isso seria admitir estar na linha de baixo e isso dificulta. Portanto para a CEPAL, superar a deterioração pelos termos de troca seria aplicar o: • Protecionismo: Sendo esse para terceiros Estados, de fora da ALALC. Aplicando Livre Comércio dentro a América Latina (ALALC, América do Sul e México). Só que os países que são de fato beneficiados com esse protecionismo são: Brasil, Argentina e México, isso por já terem uma base de industrialização. Só que chegando ao consumidor os produtos de terceiros a ALALC chegam caros devido impostos e os produtos desses 3 chegam caros por não fazerem direito, devido à industrialização fraca. 1966: Declaração de Bogotá Essa declaração foi assinada por 5 países: Chile, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Esses se reuniem para denunciar o que eles chamam de intervencionismo, do Brasil, Argentina e México, para países pequenos o protecionismo só serve para arrecadar mais tributos, mas a economia não gira. 1969: Pacto de Catagena Nesse pacto estão incluídos os mesmos países da declaração de Bogotá, nesse momento fazem um Pacto andino e criam uma nova integração desses países, que fazem parte da ALALC, só que com característica ajustadas e próprias para eles mesmos. Durante a década de 60 e 70, acontece a ascensão de ditaduras e isso azeda a relação, prejudica. Fun fact: a Venezuela não passa por ditaduras e não faz parte desses grupinhos apesar de preencher quase todos os requisitos. Isso devido à doutrina Bettancourt, se acham uma país diferente, democráticos. Em 1969 a ALALC deixa de dar certo. Os 5 países ficam comprometidos com o que é mais vantajoso: o pacto andino. 1969: Pacto Andino Nesse pacto a Venezuela entra totalizando assim 6 países. Ela só não havia entrado antes porque queria se fazer de difícil e deixar um recado de que era diferente. • Em 1976 o Chile se retira devido a ditadura Pinochet; • Em 1990 o Pacto Andino muda de nome e se torna Comunidade Andina de Nações (CAN); • Em 2006 a Venezuela sai da CAN, porque entra do Mercosul. 1980: Tratado de Montevidéu Esse é o segundo tratado com o mesmo nome, isso porque quer fazer referência ao primeiro que criou a ALALC, só que esse tratado acaba com essa mesma. Além disso esse tratado cria a Associação Latino Americana de Integração – ALADI. Não foi apenas uma mudança de nome, eles acabam com uma e criam outra, eles aprendem com os erros da ALALC. Ao passo que a ALALC era rígida, com tarifas de importação pesada de forma igual, a ALADI possuí flexibilidade – os Estados podem fazer ou não parte do acordo, up to them. Assim na ALADI eles podem por exemplo criar acordos entre somente 2 países, exemplo: acordo automotivo Brasil e México. Nesse contexto surge o filhote da ALADI: • 1991 - Mercosul: Esse Mercado comum foi criado dentro da ALADI. Funciona como um Backstage, low profile. Integrações da Década 80 1983: Grupo da Contadora O incentivo para criação desse grupo foi que nesse mesmo ano houve a intervenção dos EUA em Granada, essa que estava com governo socialista. Por isso os EUA intervêm em Granada, por acharem que já basta Cuba. A década de 80 fica conhecida como a década perdida porque a América Latina estava com muitas dificuldades e ainda vêm os estadunidenses e intervêm, sem noção. Portanto no mesmo ano c riam o grupo de contadora: México, Panamá, Colômbia e Venezuela - para América Central e Caribe. Eles possuíam a ideia de problemas da América Latina tem que ser resolvidos pro latino americanos. 1985: Grupo de Apoio à Contadora Esse foi um grupo criado com o objetivo de dar apoio a contadora, como o próprio nome já diz. Esse é composto por: Brasil, Argentina, Uruguai e Peru - mais voltado para América do Sul. 1986: Grupo do Rio Esse é a junção dos grupos de contadora e apoio à contadora – já que não há a necessidade de haver dois grupos com o mesmo objetivo. Com isso os dois grupos previamente criados são extintos. O objetivo é então buscar soluções latino americanas para países latino americanos. Vale destacar que não é uma organização Internacional, é mais informal, de conversa, é um grupo de articulação que possuí como característica a flexibilidade. Isso é muito importante porque a América a do Sul é muito virada para o mar, litoral, e possuí pouco diálogo entre si. Aula 2 – Mercosul Como chegaram a essa criação? O Mercosul teve sua criação dada, devido a prévia - 1980: ALADI, na verdade foi criado dentro da ALADI. Relação Brasil e Argentina Por volta de 1970 as Relações estão tensas, devido: 1. Ditadura: Brasil com uma ditadura contínua e a Argentina com uma ditadura que ia e voltava, entre 1973 e 1976 houve democratização, mas era autoritária. Apesar de ambos serem ditaduras eles desconfiavam um do outro, não cooperavam. 2. Nuclear: Ambos queriam ter bomba nuclear, como forma de se proteger. 3. Crise de Itaipu Corpos: Em 1973 acontece o choque do petróleo, e o preço da energia aumenta demais, aumento muito grande de custo, etc. Com isso o Brasil passa a pensar mais na construção de hidrelétricas, energia nuclear e etanol, mas o grande projeto foi a hidrelétrica, a maior do mundo: Itaipu, localizado no Rio Paraná, que faz a divisa entre o Brasil e o Paraguai. Por ser uma região de fronteira eles assinam o acordo de itaipu, para o Brasil e Paraguai. Meio a meio, mas o Brasil consome quase 95%, compra grande parte do Paraguai. • Esse mesmo rio passa pela Argentina, essa queria o mesmo rio para fazer a Hidrelétrica Corpos. Só que o Brasil usando o Rio prejudica o uso da água pela Argentina, a questão de pressão da água. A Argentina fica muito puta com isso, vai até mesmo a ONU e diz que questões ambientais devem ser lidadas em conjunto, o Brasil nega, mas o Brasil já mudou de ideia. As tensões ficam tão fortes que eles chegam a fechar as fronteiras. 1979: Acordo tripartite Esse foi um acordo assinado entre Brasil, Paraguai e Argentina, que tinha como objetivo botar fim nas tensões entre Brasil e Argentina. Assim chegam ao acordo de ambos terem hidrelétricas e cooperarem entre si. Logo, começarão a ter diálogos entre os dois países, os presidentes da época eram: Figuereido e Videla. 1980: Acordo de cooperação nuclear O que antes era um motivo de discussão, agora eles querem consertar. Criam mais confiança até mesmo numa área tão delicada que é a nuclear 1982:Guerra das Malvinas A ilha que Argentina chama de Malvinas o ReinoUnido chama de Falkland. Nessa época a Argentina está passando por dificuldades sérias internamente, a ditadura está ficando pressionada, precisando de grandes feitos para validar. Com isso a Argentina declara guerra ao Reino Unido, para retomar as Malvinas (tinha uma crítica aos RU ocupar ilhas no hemisfério sul, ainda colonialismo na visão deles). Os ditadores falam que as Malvinas são argentinas. O Brasil não manda soldados, etc, mas apoia verbalmente "malvinas são da Argentina", diplomaticamente. 1985: Redemocratização Esse processo terminou em 1983 para Argentina com Raul Afonso, e em 1985 para o Brasil com José Sarney. 1985: Ata de Iguaçu Essa foi uma aproximação bilateral em bases amplas, promoveu aproximação em diversas áreas,entre Brasil e Argentina (política, economia, comércio). O comércio nessa época era de mais ou menos 2,5 bilhões de dólaresd, apenas. Hoje o comércio é de mais de 28 bilhões de reais, e ainda estamos em situações meio difíceis. Essa foi então uma carta de boas intenções, basicamente. 1986: Programa de integração e cooperação econômica - PICE Essa foi a primeira vez que usam o termo integração. Era pensado sempre em uma integração setorial: vou eleger setores para começar a integração, por exemplo: vou pegar o couro produzido na Argentina e vou produzir no Brasil, antes o que era um competição no mercado vira uma cooperação,gerando melhores produtos. Para isso existe toda uma questão logística para ver se vale a pena ou não. • Lado ruim da história: no exemplo, a indústria brasileira de couro iria quebrar. Isso incomoda ou produtores, eles vão atrás de subsídios do governo. Esse diz que vai demorar,integração de setores é um processo lento. 1988: Tratado de Integracao cooperação e desenvolvimento Esse tratado tem um prazo de 10 anosnpara implementarem uma integração econômica. Uma visão muito otimista visto que até a União Européia demorou 30 anos para ser implementada. 1990: Ata de Buenos Aires Nessa ata o prazo e diminuido para a criação da integração, diminuem 4 anos, sendo o novo prazo: 31/12/1994. Até esse momento Paraguai e Uruguai se mostraram interessados, observadores, eles se sentem pressionados para entrar logo porque se deixassem para depois teriam menos lugar de fala. Assim em 1990, Paraguai e Uruguai ingressam nas negociações 1991: Tratado de Assunção Ocorreu em 26/03/1991 que estabelece um prazo de adaptação até 31/12/1994. Nesse criam o Mercosul Mercosul Características do Mercosul: • Tarifa Zero 0 (com exceções, exemplo: comercio automotivo não faz parte, isso é de acordo com o comércio bilateral, sendo que o produto que o Brasil mais vende para Argentina são carros: 40% do comércio é carro) • TEC (Tarifa Externa comum): Ocorre a bitributação, isso porque existem produtos que os países tiram dessa TEC. Aí se um produto entra por um outro país mas esse produto é uma exceção ele é tributado na entrada do país que tem a exceção. • Livre circulação de pessoas: Ocorre de maneira parcial, porque,mor exemplo, para morar tem que ter visto, não é tudo mil maravilhas. Assim o Mercosul é uma União aduaneira imperfeita, com traços de mercado comum. O que é esperado do Mercosul? • Coordenação macroeconômica: Importante que esses atores integrados comuniquem entre si, devido a causa e consequência. Só que isso não acontece,não tem nem mesmo traços; • Ganhos de escala: Quanto mais eu produzo menos fica caro a unidade; • Competitividade: A indústria que não é competitiva ou se adapta ou quebra. Exportar o melhor que pode exportar da região, isso acaba criando também; • Vantagem Mercosul: Esse é um argumento para atração de investimentos, aue diz que para ter acesso ao mercado do Mercosul vale mais a pena investir no Mercosul devido às tarifas que se aplicadas aos terceiros. Aula 3 – Mercosul II Protocolos do Mercosul Os protocolos adicionam ideias e normas a um acordo, moldando. Compreender os protocolos serve para entender a progressão histórica do bloco 1991/ dezembro: Protocolo de Brasília Sistema de Solução de Controvérsia Esse protocolo estabelece um Sistema de Solução de Controvérsia. Este é um tratado que envolve 4 países muito diferentes entre si, então é provável que haja atrito entre os países, descordarem da aplicação das Regras, etc. → Parte Legal: Precisam de uma instância jurídica para julgar os casos, para decidir quem está certo no Mercosul. Para isso criam: Tribunais Adhoc Ex, Paraguai e Argentina tem um atrito sobre uma regra, assim o Mercosul vai se juntar formar um tribunal com 3 juízes que vão decidir e depois esse tribunal vai se dissolver. Quem escolhe os juízes são os próprios Estados que fazem parte do atrito, esses fazem uma lista e escolhem. Esse tribunal é temporário e por isso não é muito respeitado, ainda por cima não possui segunda instância, logo se alguém não gostar da resolução esse não tem a quem recorrer. → Parte política: Paraguai, Argentina e Uruguai preferem uma estrutura mais forte porque temem a influência do Brasil, o peso do Brasil. Já o Brasil quer uma estrutura mais leve, até porque vê que é mais fácil começar do zero mais tarde do que reformar. 1994: Protocolo dd Ouro Preto Personalidade Jurídica Deixa o Mercosul redondinho para começar a funcionar. Esse protocolo cria a personalidade Jurídica. Determinação do Sistema decisório do Mercosul - Como as decisões vão ser tomadas? Qual a base? Criam alguns princípios: → Consensualidade: Decisões tomadas pelo consenso (não existe a possibilidade de uma decisão ser tomada sem a escolha de um Estado). Não é somente o critério da consensualidade, e o critério da consensualidade conjunta, ou; → Vigência Simultânea: Mesma regra para todos, ao mesmo tempo. Mesmo que 3 países estejam prontos para regra essa não vai entrar em vivos enquanto os 4 não estiverem prontos. → Intergovernamentabilidade: Não basta que os Estados se reúnem e concordem com a decisão, mas é também necessário que a decisão passe pelo legislativo, processo de internalização. Enquanto isso não acontecer a regra não entra em vigor. • Decisão supranacional é rápida, ágil, mas não tem legitimidade com o tempo. Já com a intergovernamentabilidade há legitimidade, mas muito lento. → Estrutura Institucional: criam essa estrutura do bloco - grupo mercado comum, Conselho mercado comum. Conselho mercado comum - composto por ministros, que toma decisões. Grupo mercado comum, faz e propõe a regra, depois que aceito pelo Conselho o grupo executa o plano. Equivalente ao Conselho europeu é a cúpula do mercosul. • Esse é o documento mais importante, porque prepara o terreno para em dezembro desse mesmo ano o Mercosul entrar em vigor. 1998: Protocolo de Ushuaia Cláusula democrática Para um país fazer parte do Mercosul é necessário que seja um regime democrático. Isso porque todos os países do Mercosul têm histórico de ditaduras, além de quem 1996 haviam tido instabilidades a respeito da democracia no Paraguai. Assim em caso de violação a democracia eles preveem a possibilidade de suspensão. Paraguai: → Strossner - 2012: Paraguai tem uma democracia um pouco menos sólida do que os outros Estados. Isso porque havia ditadura no Paraguai até 1989, Alfredo Stroessner Matiauda Foi um militar, político e ditador paraguaio que liderou seu país como Presidente do Paraguai sob um governo autoritário e fraudulento desde 15 de agosto de 1954, até que uma insurreição militar o tirou em 3 de fevereiro de 1989. Alfredo Stroessner. Ele deve ao legislativo uma posição secundária. Quando a ditadura dele acaba eles fazem o contrário, dão mais poder ao legislativo e menos poder ao presidente. → Fernando Lugo – 2011: Pequena parte da esquerda paraguaia. Apoia Evo Morales, etc. Ele é impeachmado, aprovado em 72 horas. Assim o Mercosul considera essa ação antidemocrática e suspende o Paraguai do bloco. VenezuelaPediu entrada em 2006, Argentina e Uruguai aceitam até 2008 e o Brasil aceita em 2010. Como o Paraguai tem seu legislativo conservador ele nunca que iria aceitar. Só que consideram que como o Paraguai está suspenso do bloco o seu voto não deve impedir o avanço do bloco, com isso em 2013 a Venezuela entra no bloco. No mesmo ano há uma votação e o Paraguai volta, com raiva da Venezuela esperando para passar a perna. Assim quando Dilma e Kirshner saem do poder o presidente conservador do Paraguai se junta com Macri e Temer e suspendem a Venezuela, em 2016. Além dessa primeira suspensão, suspendem a Venezuela tambem por não ter se adaptado as Regras do bloco. Assim para a Venezuela voltar ela ainda de ter que se tornar uma democracia e também tem que se adotar as regras. 2002: Protocolo de Olivos Tribunal Permanente de Revisão TPR Argentina está passando por uma crise e por isso vai passando por cima das regras do Mercosul e o que deveria lidar com isso, Tribunal de Adhoc, é muito leve é ninguém respeita. Portanto criam o Tribunal Permane te de Revisão (TPR), que é um complemento ao Tribunal Adhoc, esse é permanente, servindo como uma segunda instância. 2005: Protocolo de Assunção Direitos Humanos Se um Estado vier a violar constantemente os Direitos Humanos esse poderá ser suspenso 2011: Protocolo de Montevideu Criam uma segunda cláusula democrática, anterior à discussão da suspensão do Paraguai. Consideram quem o protocolo de Ushuaia é muito leve e não tem efeito nenhum num Estado ditador. Afinal não está nem mesmo claro as consequências da suspensão. Com isso elaboram consequências mais severas: expulsão do Estado que violou. Se um pais violar a democracia vão levar para a ONU, etc. Pode ter suas fronteiras fechadas. Tendo assim punições mais rígidas. Nunca entrou em vigor, porque o Paraguai não ratificou Aula 4 – Mercosul III Fase Comercialista O Tratado de Assunção criou o Mercosul e deu início a uma fase comercialista do bloco. Os líderes da época eram: Collor, presidente brasileiro e Ménem (1989-1999), presidente Argentino – Ambos com abordagem liberal. Nesse ano o comércio intrabloco (dentro do bloco) foi de 4 bilhões de dólares (hoje é só o que o Brasil faz com o Paraguai, muito pouco). Logo em 1999 o comércio subiu para 20 bilhões de dólares. A partir daí já é perceptível que com os primeiros anos de Mercosul já deu para intensificar o comércio dos atores do bloco. O objetivo do Mercosul no primeiro momento é um objetivo liberal, fazer mais comércio e.a partir do momento em que focar no comércio o resto vem por consequência Governo do Ménem Carlos Saul Ménem governou entre 1989 -1999. Esse vê o Brasil como uma das prioridades da Argentina, mas não a única - isso porque é baseado no: Realismo Periférico (Carlos Escudé): Argentina precisa compreender sua posição no mundo, e essa não possui excedente de poder (poder suficiente para modificar seu ambiente internacional). Logo, a Argentina admitindo que não é uma potência mundial ela tem que se juntar a uma potência e essa tem que garantir os interesses argentinos. "Se não pode com eles junte-se a eles". A prioridade da década de 90 para Argentina era os Estados unidos. Argentina quer ter "relaciones carnales". Argentina manda até mesmo tropas para guerra do golfo, a qual OTAN que estava lá. Se torna assim um parceiro extra-otan dos EUA. Obviamente o Brasil vê isso tudo com um incômodo. Para ter comercio é importante não ter conflitos. O Brasil está colocando a Argentina como uma prioridade maior do que essa está colocando o Brasil 1992: Plano Cavallo Estabelece a paridade entre peso e dólar. Assim sempre, 1 peso equivale a um dólar. Fizeram isso porque queriam confiança no mercado internacional. Essa paridade vai ser constitucional, eles põem na constituição. Argentina quer dinheiro dos investidores, com uma estabilidade do dólar e maior lucro do peso, controlam a inflação, todo ano a paridade se disloca mas eles controlam. Para lidar com isso Argentina valoriza o peso vendendo reservas nacionais, os dólares, isso desvaloriza o dólar e consequentemente valoriza o peso. ALCA - Área de Livre Comercio da América Mesmo com os olhos liberais o Brasil vê isso muito desconfiado, porque os produtos americanos destruiriam a indústria brasileira. O Mercosul é um destino, a ALCA é uma possibilidade. Argentina está animadíssima para negociar a ALCA. Isso provoca um desgaste na relação Brasil e Argentina Década de 90 → Estados Unidos Década de 80 é uma década de recuperação. Logo, na década de 90 tudo está muito bem → Europa Euro sendo pensado. Integração europeia sendo intensificada → Japão Vai muito bem nessa época também. Encontram preocupações que mexe na economia mundial, cada um com seu respectivo problema: → Estados Unidos Crise do México: Em 1994 criam o NAFTA. Estados Unidos mandam muito investimento para o México, indústrias norte-americanas. Efeito manada, Crise por especulação: investidores começam a achar que o México não vai conseguir pagar suas dívidas, começam a tirar o dinheiro de lá, isso acarreta na crise. → Europa Em 1998 a Rússia quebra, porque com o fim da URSS começaram a investir e depois começam a tirar o dinheiro. → Japão Em 1997 ocorre a crise da Ásia, choque de especulação, dinheiro lá perto quebra. Assim investidores começam a procurar padrões de onde será a próxima crise econômica., especulam Brasil e Argentina. Com isso o Brasil tenta se proteger. Brasil e Argentina Brasil 01/1999: Brasil promove a maxidesvalorização do real. Brasil queimava reserva para valorizar o real, quando param de investir o Brasil tem menos dinheiro é por isso para de queimar reserva e o real desvaloriza, de 1,20 vai para 1,80. Consequentemente o mercado da uma acalmada e os produtos brasileiros se tornam mais competitivos. Argentina Só que a Argentina não pode fazer isso porque está na constituição. Não dá para vender a reserva porque não tem reserva. Para piorar os produtos brasileiros estão mais competitivos, logo aumenta o défit com o Brasil, dinheiro que estava na economia não está mais. Os investidores tirando dinheiro, comercialmente se fundindo, e sem previsão de recuperar a confiança Para lidar com isso a Argentina elabora medidas protecionistas, para se proteger economicamente. Já que não tem como ser deficitária. Consequentemente afeta diretamente o Brasil e o Mercosul. → De início o Brasil fica puto, leva para o sistema de solução de controvérsia. Brasil ganha mas Argentina ignora. Brasil leva até mesmo para OMC, e como se tivessem levando discussões de casais para o Twitter. Argentina se torna um dos piores lugares do mundo para investir, e fazer comércio, isso tudo vai até 2001. Em 2001 diversos presidentes assumem o poder, mas vão renunciando devido aos chamados panelasos. 2001-2002: Brasil muda de atitude Brasil percebe que é importante que ambos estejam bem. Começa a usar sua imagem e credibilidade a favor da Argentina. Brasil começa a participar das negociações com a Argentina, por exemplo com o FMI. 2003: Nestor Kirchner Com a ascensão de Kirchner no poder ocorre a renovação da relação. Brasil e Argentina começam a inserir no Mercosul uma dimensão política e social. Num momento de crise econômica o Mercosul não serve para nada, porque Mercosul é só comércio. Então para evitar uma integração de uma nota só eles vão fixar em outro a horizontes. Aula 5 – Mercosul IV 2003: Ascenção de Lula e Nestor Kirchner Consenso de Buenos Aires Ideia de que o Mercosul é fundamental para os dois. Logo tem que mudar o Mercosul, porque ele só aborda a questão comercial. Se o Mercosul só fala sobre comércio o que acontece com o bloco se entrar em crise? O bloco perde sua função, porque os países se fecham. Com esse consenso eles tem 4 pontos como objetivo: 1. Manter o comércio 2. Adicionar uma dimensão política:Posição mais ampla do bloco acerca do plano internacional, pode haver divergência, mas também pode haver um consenso, isso torna o Mercosul mais relevante, consequentemente os países membros também se destacam. Por exemplo, a partir daí todas as reuniões eles abordam as questões das Malvinas 3. Adicionar uma dimensão Social Exemplo: validação de diploma automática para os países do Mercosul, integração previdenciária, etc. "O que podemos oferecer à população para que essas achem a integração importante?". 4. Lastro de permanência: Mercosul passa a ter isso. A partir daí surge a ideia de que o Mercosul é forte também e se mantém, algo sólido, permanente. Centro-direita no poder Em 2015 Macri assume o poder na Argentina, ao passo que com o impeachment em 2016, Temer assume o poder no Brasil. Esses personagens assumem com um objetivo comum reestruturação da pauta da economia. Macri diz que a Argentina entrou em crise devido a responsabilidade dos Kirchner. Temer também, que ascendeu influenciado pela crise econômica. Assim trazem retomada do perfil comercializa do bloco. Como se voltassem ao pensamento de 1990, de que o objetivo do bloco é fazer comércio. Eles julgam que a questão política e social são pautas ideológicas, logo o objetivo é acabar com isso. Uma das promessas de campanha do Macri é suspender a Venezuela do bloco. Quando o Temer assume ele consegue. → Brasil - Bolsonaro: Segue o ideológicos dos EUA. Militares - EUA ok, se aproximar da China. Liberais - comércio com todos. Acordos – negociações Objetivo comercialista do bloco: → Acordo Mercosul - UE → Aliança do Pacífico → Coreia do Sul → Japão → Canadá → EFTA: European Free Trade Association → Corte da TEC Em 50%. Está sendo negociado • Isso dificulta os acordos porque por que outros países iriam querer fazer concessões por uma TED mais baixa sendo que já padrão já está baixa? Integração da América do Sul 1994: NAFTA NORTH AMERICAN FREE TRADE ASSOCIATION. Durante a década de 90 a Integração Sul-americana ganha um peso maior, isso porque o México entra em uma integração muito mais forte com os EUA, acaba com essa relação latina. Nos anos 50, 60, 70 e 80 o México se posicionava como latino-americano. A partir da década de 90 no México começa a se posicionar como norte americano, consequentemente surge a construção ideológica da América do Sul (porque na América Central só o México importa). Até esse momento o Brasil nunca tinha falado de América do Sul, porque não se via muita diferença entre os países da América central e outros da América do Sul. → ALCSA Só que ai surge a ALCSA – Área de Livre Comércio Sul Americana, essa foi a primeira vez que falaram de América do sul. Por que nenhuma integração pra frente? Brasil se faz essa pergunta e chega a conclusão que o problema da América do Sul é a infraestrutura. Todos os Países da América do Sul foram colônias de países europeus o que faz com que os países da América do Sul sejam voltadas para fora, pode se perceber isso com a localização das principais cidades sul-americanas – litorais. Os países sendo voltados para fora impede uma boa comunicação entre os países da área. Não adianta pensar nos melhores acordos se não existe uma infraestrutura logística para comercialização dos produtos. Na América do Sul existem empecilhos específico, geograficamente, são eles: → Andes → Amazônia Se eu não consigo fazer comércio eu não tenho investimento, acabo tendo menos turistas, acaba que nos tornamos distantes politicamente. 1997: GasBol Gasoduto entre Brasil – Bolívia. Antes era mais barato comprar gás natural do Irã do que da Bolívia. Isso porque o gás ia de caminhão para peru ou Chile e vinha de navio estadunidense por baixo do continente 1999: Plano Colômbia Essa foi uma intervenção consentida feita pelos Estados Unidos na Colômbia. Esse plano preocupou um pouco o Brasil devido a possibilidade das FARC entrar na floresta amazônica e sair no território brasileiro, com o exército americano atrás. 2000: Primeira Cúpula da América do Sul Aconteceu em Brasília e tinha como objetivo fazer com que os países da América do Sul dialoguem mais. Ocorre então a criação da iniciativa para Integração da Infraestrutura Regional Sul- americana – IIRSA. Tendo 10 eixos de integração e desenvolvimento. Objetivos era priorizar alguns projetos de integração de transporte (para escoar pelo peru para o Atlântico, integração energética (pra Bolívia e Venezuela venderem sua energia pra todos nós, existem áreas dentro do Paraguai que não tem energia, mesmo tendo metade de itaipu, telecomunicações (regiões, na época, que ainda não tinham acesso a internet).
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