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MATERIAL PARA AUXÍLIO NA VISUALIZAÇÃO DE LÂMINAS DA MATÉRIA PATOLOGIA GERAL – 4° PERÍODO DE MEDICINA Thaís Borges Leal – Monitora de Patologia Geral DEGENERAÇÃO Lâmina 1: Degeneração hidrópica Coloração: hematoxilina-eosina Presença de pêlos e glândulas (40x) Observam-se alguns vasos hiperemiados. FOCO: Visualizar o pêlo. Na região em volta do pêlo� analisar células tumefeitas (maiores). Em algumas não da para ver o núcleo (vacúolos); em outras o núcleo está deslocado para periferia (células em anel de sinete) Lâmina 2: Esteatose Hepática Coloração: hematoxilina-eosina Também possui células não danificadas. Presença de células com vesícula lipídica, mantendo o núcleo central. Observar os cordões de hepatócitos danificados e vacúolos com imagem negativa de gordura (bolinhas brancas entre os cordões de hepatócitos). Lâmina 2.1 : Esteatose ( igual a anterior, somente a intensidade do processo que é diferente) Lâmina 2.3 Degeneração hialina e Corpúsculo de Russel Coloração: hematoxilina-eosina Aumento 40x ���� área basófila intensa (roxa) com algumas áreas acidófilas (rosa) FOCO :Aumento 400x� corspúsculos de Russel� células rosas bem intensas entre os pontos basófilos (roxos). Esses corpúsculos são plasmócitos contendo imunoglobulinas (proteínas) em seu interior. Misturado ao tecido observa-se algumas hemácias. NECROSE Lâminas 3.1 e 3 : Necrose Caseosa Coloração: hematoxilina-eosina FOCO: Massa acidófila (rosa na maioria, em alguns microscópios mais roxa) homogênea com pequenos traços brancos (como se fosse pequenos artefatos/rachaduras). No centro dessa massa não observa núcleos porque estes estão digeridos o que é chamado de cariólise. Na periferia pode-se observar processo inflamatório (vários “pontinhos” roxos). Tmabém estão presentes células de Langhas ou do tipo corpo estranho em algumas lâminas. Também se pode observar picnose ( núcleo bem escurecido –roxo quase preto e menor) ou cariorrexe ( núcleo fragmentado- obs:semelhante a um neutrófilo). Na lâmina existe uma parte bem delimitada entre a área de necrose (homogênea e acidófila) e a área de inflamação (que é mais nucleada e basófila). Nas fotos abaixo nota-se essa área de transição. Lâmina 3.2 Necrose Liquefativa: Coloração: hematoxilina-eosina FOCO: Observam-se muitos espaços brancos na área de necrose. Este espaço está entremeado por células bem basófilas. A área de necrose é aquela onde o tecido está mais espaçado como se tivesse muito artefato. Presença de células em picnose, cariorrexe (citadas anteriormente) e cariólise (céulas sem núcleos e pouco mais acidófila -rosa). Lâminas 3.3 e 3.4 e 4: Necrose Insquêmica/ Coagulativa Coloração: hematoxilina-eosina Parte mais rosa: área de necrose Parte mais branca com glândulas: normal ( tem mais núcleos) Na área de necrose encontram-se células em carólise, cariorrexe e picnose. Nesta lâmina existem muitos vasos hiperemiados ao redor da necrose. Hemorragia e edema (afastamento das fibras) também podem ser observados. Células fantasmas: são aquelas células da área de necrose que mesmo alteradas mantêm a arquitetura da glândula. (parece cariólise) PIGMENTAÇÃO Lâmina 4.10 : Hemossiderina Pigmento marrom granulado dentro do tecido ( muitos núcleos ao redor ) No aumento de 100x já se pode ver hemorragia Lâmina 1.4 . Edema, antracose e hemorragia Antracose� pigmento preto bem compacto e homogêneo nos alvéolos. Tecido pulmonar com alvéolos e bronquíolos. Este último é estrelado e bem roxo Presença de edema, hemorragia, hiperemia e infiltrado inflamatório Lâmina 9: Tatuagem por amálgama Pigmento preto espalhado no tecido e ao redor dos vasos. O pigmento tem um contorno levemente amarelado. São traços/ “ ondas” pretas Lâmina 8. Nevo melanocítico Nota-se a epiderme com camada de queratina, superficialmente e, logo abaixo, na derme, presença de um pigmento marrom mais delimitado, compacto. Lâmina 7.9. Melanoma O pigmento é amarelo/marrom, mais escuro que hemossiderina. Diferencia-se deste último por estar mais delimitado dentro da célula. Os pigmentos são encontrados nas fibras, diferente da hemossiderina, que está presente no tecido com muitos núcleos ao redor. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS Lâmina 1.1: Hiperemia – pólipo uterino No menor aumento já pode observar vários vasos repletos de hemácias Lâmina 13. Hiperemia e edema- Colecistite No menor aumento já é possível observar os dois processos Edema: afastamento de fibras � muito espaço branco (transudato) e também pode ser rosa devido a quantidade de proteínas (uma massa bem delimitada sem nenhuma célula) � exsudato. Imagem rosa a direita: edema DICA: Apesar dos dois tipos, é importante sempre considerar edema quando houver afastamento de fibras Lâmina 1.2. Trombo, varizes e hiperemia Trombo = massa compacta, bem delimitada, dentro do vaso e aderido a parede (a maioria) No menor aumento já é possível observar o trombo No maior aumento observa-se que o trombo é composto por hemácias e células. Também existem vasos dentro do trombo (vascularização do trombo) Lâmina 12 : Trombose venosa profunda Trombo igual ao descrito anteriormente Lâmina 1.3 Congestão pulmonar No Menor aumento já se vê edema (afastamento de fibras), hiperemia e hemorragia (hemácias que não são delimitadas pelo vaso, são soltas no tecido). Pode-se observar os alvéolos muito afastados, bem largos (edema) Lâmina 1.5 Hematoma Massa grande vermelha contendo somente hemácias agrupadas e solta (sem delimitação por vasos) no tecido Lâmina 1.4 : Edema, Antracose e Hemorragia (já foi vista em pigmentação) INFLAMAÇÃO Lâmina 4.1. Apendicite Aguda Muitos núcleos celulares (“pontos roxos” ) � infiltrado inflamatório No maior aumento observa-se que o infiltrado tem predomínio de polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos) Presença de hemácias entre as células inflamatórias. Lâmina 4.2: Colecistite crônica e subaguda (processo inflamatório crônico não granulomatoso) Observam-se muitas fibras (processo inflamatório mais avançado) Nos locais com muitos núcleos celulares, observa-se no maior aumento predomínio de mononucleares (linfócitos) Lâmina 4.3 Hanseníase Wirchoviana • Coloração : Fite Faraco Parte azul � tecido Rosa -> bacilos de Hansen Os bacilos de Hansen são encontrados dentro dos macrófagos (célula azul da mesma cor do tecido que alguns locais da lâmina consegue-se delimitá-la com os “pontos rosas”- bacilos, em seu interior). Lâmina 4.4 Tuberculose Ganglionar (Inflamação crônica granulomatosa) No menor aumento observam-se vários algomerados redondos que são os granulomas. No maior aumento há no interior dos granulomas células gigantes de Langhas (núcleos na periferia) e do tipo corpo estranho (núcleos distribuídos de forma irregular ) Os granulomas são envoltos por fibras. Observa-se infiltrado inflamatório ao redor dos granulomas Granulomas Na seta: célula gigante do tipo corpo estranho e do lado direito: Célula gigante do tipo Langhas 4.5 Blastomicose (Inflamação crônica granulomatosa) ** o granuloma é desorganizado � não tão bem delimitado como o anterior Observam-se as mesmas coisas do que a lâmina anterior. Além disso, podem ser observados os fungos: ponto basófilo (roxo) com halo branco. 4.11 Pielonefrite Crônica (Inflamação Crônica com Hialinose) Observam-se glomérulos com poucas células em seu interior e somente com uma massa rosa dentro (hialinose) Entre as céulas também podem estar presentesaglomerados rosas (hialinose) Observa-se infiltrado inflamatório com predomínio de linfócitos 5.1 Cirrose Hepática Muitas fibras entre os cordões de hepatócitos que leva a perda da arquitetura do órgão. DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO Lâmina 6.1 : Hiperplasia Prostática Observa-se glândulas com impressões digitiformes ou papiliformes ( projetando para dentro da luz da glândula) NEOPLASIA Lâmina 7.2 Fibroadenoma O Tecido normal da mama contém ductos e ácinos mais arredondados e menores. O estroma é rosa mais escuro. No fibroadenoma os ductos estão irregulares, tortuosos. O estroma está mais frouxo com coloração rosa claro. Dupla população nos ductos. Lâmina 7.1 Lipoma Células adiposas grandes. Ao redor das células pode-se observar hiperemia, hemorragia e infiltrado inflamatório. Lâmina 7.3 Carcinoma Basocelular Células da camada basal da epiderme que estão presentes na derme. Algomerados de células na derme, formando cordões. Observa-se a epiderme logo acima. Observam-se, dentro dos aglomerados, as células em paliçada (uma do lado da outra). Células em paliçada na seta Lâmina 7.4. Carcinoma Epidermóide Observa-se a epiderme logo acima. Logo abaixo, na derme, observam-se células de epiderme. Na epiderme normal as camadas são bem delimitadas: basal, espinhosa e granulosa. Na camada espinhosa estão presentes os desmossomos entre as células. (são pequenos traçinhos brancos entre as células) Observa-se também a epiderme infiltrando na derme. Lâmina 7.6 Adenocarcinoma prostático Ácinos sem aparência de glândulas e, em alguns casos, formam glândulas sem a parte da luz central e muito alteradas. Células diferentes uma das outras. Camada de células nas glândulas é bem mais fina e desorganizada do que na hiperplasia prostática. Muitas fibras entre as glândulas anormais Na lâmina também estão presentes glândulas normais. Lâmina7.8 Adenocarcinoma hepático metastático Muitas glândulas entre os cordões de hepatócitos. CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA Lâminas 10 e 4.10 Observam-se trabéculas ósseas. A calcificação é vista no tecido logo abaixo das trabéculas, entre as fibras desorganizadas. Região amorfa, basófila (roxa) é a área de calcificação Na seta: trabécula óssea Regiões basófilas ( na imagem está clara, mas a cor da calcificação é um roxo bem escuro) OBSERVAÇÔES: Todas as lâminas � coloração hematoxilina-eosina, exceto a lâmina 4.3 (hanseníase). Site sugerido: http://anatpat.unicamp.br/indexalfa.html Livro: Patologia Bogliolo BONS ESTUDOS!!! Thaís Leal
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