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Bizu de Tributário

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Bizu - Direito Tributário –AFRF ESAF 
Prof. Alberto Macedo 
 
Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br 
1 
 
Olá Guerreiro(a)! Vamos dar o gás final para a prova?! Para essa reta final, minha 
intenção, com esse “Bizu de Direito Tributário”, é passar dicas sobre cada um dos 
25 tópicos do edital, para você estudá-las e utilizá-las na hora da prova. Então, 
sem perda de tempo, vamos começar! 
 
1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. 
É sempre bom ter na ponta da língua a definição de competência tributária. 
 
 
 
 
 
 
Capacidade tributária ativa – é ter as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, 
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria 
tributária. 
 
Competência Tributária INDELEGÁVEL LEGISLAR 
≠ 
Capacidade Tributária ativa DELEGÁVEL FISCALIZAR, ARRECADAR E 
EXECUTAR 
União 
Estados 
DF 
Municípios 
Poder 
outorgado 
Instituição 
Fiscalização 
Cobrança 
Arrecadação 
pela 
Constituição 
a 
para 
editar leis 
sobre 
de 
tributos 
Bizu - Direito Tributário –AFRF ESAF 
Prof. Alberto Macedo 
 
Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br 
2 
QUADRO TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR ENTE FEDERATIVO: 
Ente 
Federativo 
Tipo de Competência Para legislar / instituir 
União 
Concorrente Sobre direito tributário (só normas gerais) 
Privativa 
II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF 
Empréstimo Compulsório 
Contribuições Especiais 
Comum 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
Cumulativa 
Em Território Federal: 
Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA 
Em Território Federal não dividido em 
Municípios: 
Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA 
Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS 
Residual 
Novos impostos (art.154, I) 
Novas contribuições para a Seguridade Social 
(art.195, §4º) 
Extraordinária Impostos Extraordinários (art.154, II) 
Estados e 
Distrito Federal 
Concorrente Legislar sobre direito tributário 
Comum / Residual(2) 
Taxas(1) 
Contribuições de Melhoria(1) 
Supletiva ou 
Suplementar 
Para legislar sobre normas gerais de direito 
tributário 
Privativa 
ITCMD, ICMS, IPVA 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
Distrito Federal Cumulativa 
ITCMD, ICMS, IPVA 
IPTU, ITBI, ISS 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
COSIP 
Municípios 
Concorrente Legislar sobre direito tributário 
Supletiva ou 
Suplementar 
Para legislar sobre normas gerais de direito 
tributário 
Privativa 
IPTU, ITBI, ISS 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
COSIP 
Comum 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
Bizu - Direito Tributário –AFRF ESAF 
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3 
QUADRO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR TIPO DE COMPETÊNCIA: 
Tipo de 
Competência 
Ente Federativo Para legislar / instituir 
Concorrente U, E, DF, M 
Sobre direito tributário (União só normas 
gerais) 
Comum U, E, DF, M 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
Privativa 
U 
II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF 
Empréstimo Compulsório 
Contribuições Especiais 
E, DF 
ITCMD, ICMS, IPVA 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
M 
IPTU, ITBI, ISS 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
COSIP 
Cumulativa 
U 
Em Território Federal: ITCMD, ICMS, IPVA 
Em Território Federal Não Dividido em 
Municípios: 
Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA 
Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS 
DF 
ITCMD, ICMS, IPVA 
IPTU, ITBI, ISS 
Contribuições para Previdência Social de seus 
Servidores 
COSIP 
Supletiva ou 
Suplementar 
E, DF, M 
Legislar sobre normas gerais de direito 
tributário 
Residual 
U 
Novos impostos (art.154, I) 
Novas contribuições para a Seguridade Social 
(art.195, §4º) 
E 
Taxas(1) 
Contribuições de Melhoria(1) 
Extraordinária U Impostos Extraordinários (art.154, II) 
(1) ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO 
FISCAL DO PARÁ 2002. 
(2) RESIDUAL – SÓ PARA ESTADOS (DF NÃO) 
 
2. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. 
2.1. Outros Aspectos das Limitações Ao Poder de Tributar 
2.1.1. Esclarecimento aos Consumidores 
Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam 
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 
2.1.2. Isenção etc. Só por Lei Específica 
Na verdade, qualquer desoneração de tributo, só por lei específica. 
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Exceto para o ICMS, em que essa desoneração se dá por meio de convênios 
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal no CONFAZ. 
 
2.2. Imunidades. 
2.2.1. Distinção entre Imunidade Tributária e Outras Figuras 
 
 
© Alberto Macedo 
NÃO-INCIDÊNCIA (GENÉRICA) = não previsão do fato na hipótese de incidência do 
tributo. 
IMUNIDADE = Hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada. 
1º) A imunidade decorre de uma regra prevista na Constituição; nunca de uma 
regra infraconstitucional. 
2º) A imunidade colabora no desenho da competência impositiva. Isso porque como 
a competência tributária é definida no plano constitucional, e a imunidade também, 
aquela dizendo quando o tributo pode incidir, e essa dizendo quando o tributo não 
pode incidir, ambas, reunidas, definem o desenho final da competência tributária 
quanto àquele tributo. 
3º) Mesmo que a regra da CF88 venha escrita que determinada situação ou pessoa 
“é isenta”, leia-se “é imune”, porque está escrita no texto constitucional. 
ISENÇÃO = Há a competência tributária, mas o ente tributante decide não exercê-
la editando lei que confere a isenção (ISENÇÃO SEMPRE É POR LEI). 
ALÍQUOTA ZERO = O ente tributante institui o tributo, mas como a alíquota é zero, 
a obrigação tributária correspondente será nula. Normalmente é utilizada nos 
tributos regulatórios (II, IE, IPI, IOF), pois a alíquota aí pode ser alterada por ato 
do Poder Executivo. 
 
2.2.2. Imunidade Recíproca 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
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ATUALMENTE, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ≠ 
 
 
 
 
 
 
Imunidade Recíproca e Finalidades Essenciais 
As FINALIDADES ESSENCIAIS do art.150, §2º, CF88, são as das Autarquias e 
Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público e, por decisão do STF, 
também as das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
prestadoras de Serviços Públicos, AINDA QUE SUJEITAS A MONOPÓLIO ESTATAL, 
desde que: 
(i) Sem Atividade Lucrativa; 
(ii) Sua Imunidade Não Ofereça Risco à Concorrência e à Livre Iniciativa; 
(iii) Sua Tributação Ofereça Riscos ao Pacto Federativo pela Pressão Política 
ou Econômica. 
Para U, E, DF, M, o patrimônio, a renda e os serviços não precisam estar 
vinculados a suas finalidades essenciais para se beneficiarem da imunidade 
recíproca. 
Assim, para aplicação da Imunidade Tributária Recíproca: 
 
 
≠ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista: 
(i) Sem Atividade Lucrativa; 
(ii) Cuja Imunidade Não Oferece Risco 
à Concorrência e à Livre Iniciativa; 
(iii) Cuja Tributação Oferece Riscos ao 
Pacto Federativo pela Pressão 
Política ou Econômica. 
 
IMUNIDADE RECÍPROCA 
(art.150, §2º) 
Empresa Pública e Sociedade de Economia 
Mista, AINDA QUE EM MONOPÓLIO 
ESTATAL, que exercem atividade 
econômica e que não se enquadrem nas 
condições acimaVEDADA a Imunidade 
Recíproca 
(art.150, §3º; art.173, §2º) 
U, E, DF, M 
AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES 
(Instituídas e mantidas pelo Poder 
Público) 
PATRIMÔNIO, RENDA OU 
SERVIÇOS VINCULADOS ÀS 
SUAS FINALIDADES 
ESSENCIAIS 
QUAISQUER PATRIMÔNIOS, 
RENDAS OU SERVIÇOS 
EMPRESA PÚBLICA e SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA 
Cujo serviço público, MESMO QUE 
SUJEITO AO MONOPÓLIO ESTATAL,: 
(i) Não Seja Atividade Lucrativa; 
(ii) Imunidade Não Ofereça Risco à 
Concorrência e à Livre Iniciativa; 
(iii) Tributação Ofereça Riscos ao 
Pacto Federativo pela Pressão 
Política ou Econômica. 
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2.2.3. Imunidade Religiosa (Art.150, VI, b, e §4º) 
Imunidade Religiosa e Cemitérios - Se o cemitério não for de caráter comercial, 
em que se lucra com a venda ou aluguel de jazigos, também pode se enquadrar na 
imunidade religiosa. Para isso, deve cumprir os seguintes requisitos (RE 578.562 
BA): 
(i) Ser de entidade religiosa 
(ii) Não ter fins lucrativos 
(iii) Dedique-se exclusivamente a serviços religiosos e funerários 
 
2.2.4. Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos Trabalhadores e 
Instituições de Educação e Assistência Social Sem Fins Lucrativos (Art.150, 
VI, c, e §4º) 
O STF tem dado INTERPRETAÇÃO AMPLA (mais que impostos sobre patrimônio, 
renda e serviços) quanto aos impostos atingidos por essa imunidade, desde que 
para as finalidades essenciais da entidade. 
Assim: 
Imunidade ao ICMS: 
- Entidade que importa mercadoria do exterior para integrar seu ativo fixo – pois 
essas mercadorias passarão a compor seu patrimônio (RE 203.755) 
- Entidade de Assistência Social que comercializa bens por ela produzidos – pois a 
cobrança do ICMS desfalcaria o patrimônio, diminuiria a eficiência dos serviços e a 
integral aplicação das rendas da entidade (RE 210.251; RE 186.175). 
Imunidade ao II e IPI: 
- Instituição de Assistência Social que importa bolsas para coleta de sangue – pois 
seriam utilizadas na prestação do serviço específico da entidade (RE 243.807). 
Imunidade ao IPTU, ITR e IR: 
Qualquer atividade efetuada pela entidade que gere renda não afasta a imunidade, 
desde que esses recursos sejam destinados às finalidades essenciais da entidade 
(RE 218.503 SP). 
- Exploração do serviço de estacionamento (RE 144.900 SP, RE 257.700 MG) 
- Aluguel de imóvel ao particular (AgRg no RE 390.451; RE 247.809 RJ; Súmula 
724, STF) 
 
Previdência Social CARÁTER CONTRIBUTIVO 
≠ 
Assistência Social CARÁTER NÃO CONTRIBUTIVO 
 
Assim, como o art.150, VI, ‘c’, só falou em Instituições de Assistência Social, e não 
de Previdência Social, só cabe a imunidade a essas últimas, fechadas, se não 
houver contribuição por parte dos beneficiários do sistema de previdência. 
(Súmula 730, STF) 
 
2.2.5. Imunidade de Livros, Jornais, Periódicos e o Papel Destinado a Sua 
Impressão (Art.150, VI, d, CF88) 
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É cláusula pétrea e é Imunidade Objetiva 
Conteúdo de Livro, Jornal ou Periódico - Não se leva em conta o VALOR 
ARTÍSTICO ou DIDÁTICO, a RELEVÂNCIA DAS INFORMAÇÕES DIVULGADAS, a 
QUALIDADE CULTURAL ou o VALOR PEDAGÓGICO da publicação. 
 
Assim, SÃO IMUNES: 
- ÁLBUNS DE FIGURINHAS (RE 221.239 SP; 179.893 SP); APOSTILAS ou MANUAIS 
TÉCNICOS PARA CURSOS DE TREINAMENTO (RE 183.403); LISTAS TELEFÔNICAS 
(RE 199.183). 
 
Mas NÃO SÃO IMUNES: 
- CALENDÁRIOS COMERCIAIS, FOLHINAS, AGENDAS (RE 87.633); MANUAIS DE 
OPERAÇÕES DE MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS; CADERNOS E BLOCOS 
DE PAPEL PARA ANOTAÇÃO; LIVROS CONTÁBEIS; IMPRESSOS DE PROPAGANDA 
MERCANTIL, INDUSTRIAL OU PROFISSIONAL 
 
Alcance de “Papel Destinado a Sua Impressão” 
Somente É IMUNE INSUMO QUE GUARDE CORRESPONDÊNCIA, NA MATERIALIDADE 
E NATUREZA, COM O PAPEL (RE 392.221 SP). 
Exemplos, se destinados à composição de livros, jornais e periódicos: 
- PAPEL FOTOGRÁFICO, INCLUSIVE PARA FOTOCOMPOSIÇÃO POR LASER 
- FILMES FOTOGRÁFICOS, SENSIBILIZADOS, NÃO IMPRESSIONADOS, PARA 
IMAGENS MONOCROMÁTICAS 
- PAPEL PARA TELEFOTO 
- PELÍCULAS DE PROPILENO USADAS NAS CAPAS DOS LIVROS (RE 392.221 SP) 
(RE 174.476) 
 
Súmula 657, STF: A imunidade prevista no art. 150, vi, "d", da constituição 
federal abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à 
publicação de jornais e periódicos. 
 
Por não serem assemelhados a “papel destinado a sua impressão”, NÃO SÃO 
IMUNES: 
- Tinta especial para jornal (RE 273.308 SP) 
- Solução de base alcalina concentrada 
- Motor de corrente contínua 
- Tiras de plástico para amarrar jornais 
- Chapas de gravação destinadas à impressão de jornais 
- Esmalte revelador para sensibilizar superfícies de chapa de alumínio 
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IPI 
(art.153, §3º, III) 
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Fe
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Impostos em Geral 
Patrimônio, Renda e Serviços 
(art.150, VI) 
Imunidade Religiosa 
(art.150, VI, ‘b’; 150, §4º) 
Imunidade Partidos Políticos, Sindicatos 
Trabalhadores, Instituições Educação e 
Assistência Social Sem Fins Lucrativos 
(art.150, VI, ‘c’; 150, §4º) 
Imunidade Livros, Jornais, Periódicos e o 
Papel Destinado a sua Impressão 
(art.150, VI, ‘d’) 
Exportação de Produtos Industrializados 
ICMS 
(art.155, §2º, X, 
‘a’ a ‘d’) 
Transmissão de Direito Real de Garantia 
Exportação de Mercadorias e Serviços 
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os
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E
st
a
d
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a
is
 
Im
p
os
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M
u
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ic
ip
ai
s 
ITR 
(art.153, §4º, II) 
Pequenas glebas rurais, definidas em lei, 
quando as explore o proprietário que não 
possua outro imóvel 
Petróleo e derivados, e energia elétrica, 
para Outros Estados 
Ouro Ativo Financeiro ou Instrumento 
Cambial 
Serviço de comunicação Radiodifusão de 
recepção livre e gratuita 
ITBI 
(art.156, II, in fine 
Art.156, §2º, I) 
Transmissão de imóveis incorporados ao 
patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, salvo se a atividade 
preponderante do adquirente for a 
compra e venda, locação ou 
arrendamento mercantil desses imóveis 
Imunidade Recíproca 
(art.150, VI, ‘a’; 150, §§2º e 3º) 
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T
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 C
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Taxas 
(art.5º, XXXIV, ‘a’, ‘b’) 
(art.5º, LXXIII) 
Contribuições Sociais e CIDE’s 
Sobre 
Receitas Decorrentes de Exportação 
(art.149, §2º, I) 
a) o direito de petição aos Poderes 
Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em 
repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
Custas Judiciais na Ação Popular, 
salvo má-fé 
Outras Contribuições 
Contribuição sobre aposentadoria e 
pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social 
(art.195, II, in fine) 
Contribuição para a Seguridade Social de 
Entidades beneficentes de assistência 
social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei 
(art.195, §7º) 
O
u
tr
as
 S
it
u
aç
õ
es
 d
e 
Im
u
n
id
ad
e 
Ouro Ativo Financeiro ou 
InstrumentoCambial 
(Art.153, §5º) 
“Isentas” de Impostos federais, 
estaduais e municipais 
(art.184, §5º) 
Não Incide Nenhum Tributo, 
exceto IOF 
(art.153, §5º) 
Não Incide Nenhum Outro Imposto, 
exceto II, IE, ICMS 
(art.155, §3º) 
Operações de transferência de 
imóveis desapropriados para 
fins de reforma agrária 
Operações relativas a energia 
elétrica, serviços de 
telecomunicações, derivados 
de petróleo, combustíveis e 
minerais do País 
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2.3. Princípios Constitucionais Tributários. 
2.3.1. Princípio da Legalidade Tributária 
Tributo Instituição por 
Impostos já previstos na CF88 (arts.153, 155 e 156) Lei Ordinária 
Taxas (art.145, II) Lei Ordinária 
Contribuições de Melhoria (art.145, III) Lei Ordinária 
Contribuições Sociais/Especiais da União (arts.149; 195; 212, §5º e 
240) 
Lei Ordinária 
Contribuições para Previdência Social dos Servidores dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios (art.149, §1º) 
Lei Ordinária 
COSIP (art.149-A) Lei Ordinária 
Impostos Extraordinários (art.154, II) Lei Ordinária 
Novos Impostos (art.154, I) Lei Complementar 
Novas Contribuições (art.195, §4º) Lei Complementar 
Empréstimos Compulsórios Lei Complementar 
MEDIDA PROVISÓRIA - Tributo que pode ser instituído por lei ordinária (lei 
complementar não), também pode ser instituído por Medida Provisória, se 
houver relevância e urgência. 
 
Fato gerador da Obrigação PRINCIPAL LEI 
 ≠ 
Fato gerador da Obrigação ACESSÓRIA LEGISLAÇÃO 
 
Apesar de não haver exceção ao princípio da legalidade no que tange à 
instituição de tributo por lei (exceto ICMS Monofásico Combustíveis), há exceção 
a esse princípio quanto à alteração de alíquotas. 
 
Tributo 
Alteração ou Redução 
e Restabelecimento? 
Dispositivo 
normativo 
Por 
II, IE, IPI e IOF Alteração Art.153, §1º, CF88 Ato do Poder 
Executivo 
CIDE Combustíveis Redução e 
Restabelecimento 
Art.177, §4º, I, ‘b’, 
CF88 
Ato do Poder 
Executivo 
ICMS Monofásico 
Combustíveis 
Definição, Redução e 
Restabelecimento 
Art.155, §4º, IV, ‘c’, 
CF88 c/c 
LC nº 24/1975 
Convênios CONFAZ 
entre Estados e 
Distrito Federal 
 
2.3.2. Princípio da Isonomia Tributária 
CF88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação 
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; [...] 
 
2.3.3. Princípio da Capacidade Contributiva (U,E, DF, M) 
“Sempre que Possível” 
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11 
Imposto pessoal é aquele que leva em conta as características pessoais do 
contribuinte. Ex.: imposto de renda pessoa física (IRPF), que leva em consideração 
os gastos do contribuinte com educação, dependentes e saúde. 
≠ 
Imposto Real é o que não considera as características pessoais do contribuinte. 
Ex.: IPTU, IPVA, IPI. 
 
Na jurisprudência do STF há a referência à capacidade contributiva para outras 
espécies tributárias. 
 
Taxa – Poder de Polícia 
A taxa de Fiscalização do Mercado de Títulos e Valores Mobiliários (Taxa de 
Fiscalização da CVM) pode-se variar o valor da taxa, em função do patrimônio da 
empresa (RE 177.835 PE). 
 
Taxa – Serviço Público 
Um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU – a metragem 
da área construída do imóvel – que é o valor do imóvel (CTN, art.33), foi tomado 
na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo (RE 232.393 SP). 
 
Contribuições Sociais do Empregador, da Empresa e da Entidade a Ela 
Equiparada (art.195, §9º, CF88) 
Com a EC 20/1998, foi inserido o §9º ao art.195, que depois foi modificado pela EC 
47/2005, ficando assim: § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput 
deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em 
razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte 
da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
 
2.3.4. Princípio da Irretroatividade (U,E, DF, M) (Art.150, III, ‘a’, CF88) 
[...] antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; [...] 
 
Pela CF88, não há qualquer exceção ao princípio da irretroatividade. Mas se 
considerarmos também o CTN, podemos afirmar que: 
(i) o princípio da irretroatividade não é incompatível com a existência de leis 
tributárias que produzam efeitos jurídicos sobre atos pretéritos; 
(ii) a retroatividade do CTN só é permitida se: 
a. Quando a lei for meramente interpretativa (art.106, I); 
b. Retroatividade benigna por infração (art.106, II); 
(iii) a lei que reduz ou extingue o tributo também não retroage. 
 
Só lei complementar pode restringir essa retroatividade, porque é norma 
geral (art.146, III, ‘b’, CF88), que foi regulada pelo CTN (RE 407.190). 
 
ATENÇÃO: MARCO TEMPORAL DISTINTO: 
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12 
Princípio da Irretroatividade ENTRADA EM VIGOR 
≠ 
Princípio da Anterioridade PUBLICADA 
 
2.3.5. Exceções ao Princípio da Anterioridade 
Art.150, §1º A vedação do inciso III, b, [anterioridade exercício 
financeiro] não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I 
[empréstimo compulsório – calamidade ou guerra], 153, I, II, IV e V 
[II, IE, IPI, IOF]; e 154, II [imposto extraordinário]; e a vedação do 
inciso III, c [anterioridade nonagesimal], não se aplica aos tributos 
previstos nos arts. 148, I [empréstimo compulsório– calamidade ou 
guerra], 153, I, II, III e V [II, IE, IR e IOF]; e 154, II [imposto 
extraordinário], nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos 
nos arts. 155, III [IPVA], e 156, I [IPTU]. 
 
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13 
Segue um diagrama das exceções às anterioridades, para facilitar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCEÇÕES À 
IPI 
(art.150, §1º) 
Anterioridade 
Exercício Financeiro 
(art.150, III, ‘b’) 
Base de cálculo 
IPVA 
(art.150, §1º) 
Contribuição Financiamento 
Seguridade Social 
(art.195, §6º, in fine) 
II, IE, IOF 
(art.150, §1º) 
Imposto 
Extraordinário 
(art.150, §1º) 
Empréstimo Compulsório 
Calamidade ou Guerra 
(art.150, §1º) 
Anterioridade 
Nonagesimal 
(art.150, III, ‘c’) 
IR 
(art.150, §1º) 
 
Base de cálculo 
IPTU 
(art.150, §1º) 
CIDE-Combustível 
(restabelecimento) 
(art.177, §4º, I, ‘b’) 
ICMS Monofásico 
Combustíveis 
(restabelecimento) 
(art.155, §4º, IV, ‘c’) 
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14 
Princípio da Anterioridade e Medida Provisória 
 
Art.62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de 
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, [II, IE, IPI, IOF] e 
154, II [Imposto Extraordinário], só produzirá efeitos no exercício financeiro 
seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi 
editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
Esse dispositivo não se aplica às exceções ali previstas nem às demais espécies 
tributárias. 
 
Para que IMPOSTOS possam ser exigidos, deve-se observar,cumulativamente: 
1º) O Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro (salvo impostos exceções 
ao previsto no art.150, III, ‘b’: II, IE, IPI, IOF, Imposto Extraordinário) 
2º) A conversão da MP em lei até o último dia do exercício em que foi publicada a 
lei (salvo exceções ao previsto no art.62, §2º: II, IE, IPI, IOF, Imposto 
Extraordinário) 
3º) O Princípio da Anterioridade Nonagesimal (salvo exceções ao art.150, III, ‘c’: II, 
IE, IR, IOF, Imposto Extraordinário, Base de cálculo IPTU, Base de cálculo IPVA) 
 
2.3.6. Princípio do Não-Confisco (U,E, DF, M) (Art.150, IV, CF88) 
Não-Confisco no STF: Totalidade da carga tributária perante uma mesma 
pessoa política (ADIMC 2010 DF) => STF: inconstitucional a Lei 9.783/99, que 
tentou elevar a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores públicos a 
25%, os quais já se sujeitavam a um IR que podia chegar a 27,5% (AMBOS DE 
COMPETÊNCIA DA UNIÃO). 
 
2.3.7. Princípio da Não-Limitação ao Tráfego de Pessoas ou Bens (U,E, DF, 
M) 
1ª Exceção – PEDÁGIO 
STF (AI-AgR 531.529 RS, 2010) => o pedágio pode ser uma taxa ou um preço 
público => dependerá se a via com pedágio é a única maneira de se chegar 
àquele outro local ou não. 
2ª Exceção – ICMS INTERESTADUAL ou ICMS-TRANSPORTE 
INTERMUNICIPAL 
Se a CF88 prevê, é porque se apresenta como mais uma exceção ao princípio da 
não-limitação ao tráfego de pessoas ou bens. 
 
2.3.8. Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação (Só União) 
(Art.151, I, CF88) 
[...], admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o 
equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes 
regiões do País; 
 
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15 
Por exemplo, não pode a União estabelecer alíquotas de IPI reduzidas sobre um 
produto em determinada região do País, A NÃO SER que essa região seja 
economicamente menos desenvolvida em relação às demais do País. 
 
E é por isso que até hoje se mantêm os incentivos fiscais à Zona Franca de Manaus, 
com fundamento também no art.40, ADCT, que prevê: 
Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de 
área livre de comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, 
pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da Constituição. 
 
2.3.9. Princípio da Uniformidade na Tributação da Renda (Só União) 
 UNIÃO 
 NÃO PODE TRIBUTAR 
 
 
 MAIS QUE 
 
 
Isso porque se o investidor tivesse à disposição títulos federais cujos juros pagos 
fossem menos tributados pelo imposto de renda do que os títulos estaduais, 
distritais ou municipais, ele só ia querer adquirir títulos federais, cujo rendimento 
líquido, descontado o IR, seria maior. 
 UNIÃO 
 NÃO PODE TRIBUTAR 
 
 
 MAIS QUE 
 
 
2.3.10. Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma (ou Heterotópica) (Só 
União) (Art.151, III, CF88) 
Súmula do STJ => impossibilidade de lei federal estabelecer isenção de 
custas judiciais (taxas estaduais): Súmula 178, STJ: O INSS não goza de 
isenção do pagamento de custas e emolumentos, nas ações acidentarias e de 
benefícios, propostas na justiça estadual. 
 
2.3.11. Princípio da Não Discriminação Tributária Baseada em Procedência 
ou Destino (Só E, DF, M) (Art.152, CF88) 
JUROS DE TÍTULO DA 
DÍVIDA PÚBLICA 
 
ESTADUAL E MUNICIPAL 
JUROS DE TÍTULO DA 
DÍVIDA PÚBLICA 
 
FEDERAL 
REMUNERAÇÃO E 
PROVENTOS 
DE AGENTE PÚBLICO 
ESTADUAL E MUNICIPAL 
REMUNERAÇÃO E 
PROVENTOS 
DE AGENTE PÚBLICO 
FEDERAL 
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16 
Segue um panorama do tema Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: Há outros princípios tributários que não estão elencados nesses três artigos. 
 
3. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS 
3.1. Definição Legal De Tributo 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
 
3.1.3. Não Constitui Sanção de Ato Ilícito 
 
Limitações 
Constitucionais ao 
Poder de Tributar 
E, DF e M 
(art.152) 
União 
(art.151) 
U, E, DF, M 
(art.150) 
Princípios Tributários 
(art.150, I a V; 150, §1º) 
Imunidades Tributárias 
(art.150, VI; 150, §2º ao §4º) 
Não-Discriminação Tributária em 
Razão de Procedência ou Destino 
Uniformidade Geográfica da 
Tributação (inciso I) 
Igualdade na Tributação da Renda 
(Inciso II) 
Vedação à Isenção Heterônoma 
(Inciso III) 
Outros Aspectos 
das Limitações 
Substituição Tributária para Frente 
(art.150, §7º) 
Esclarecimento aos Consumidores 
(art.150, §5º) 
Isenção etc Só por Lei Específica 
(art.150, §6º) 
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17 
ATO ILÍCITO enseja PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA “MULTA” 
 ≠ 
FATO GERADOR DE TRIBUTO enseja PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA “TRIBUTO” 
 
O exposto acima é chamado na doutrina de Princípio Pecunia Non Olet (dinheiro 
não tem cheiro) – esse princípio quer dizer que tributo não tem cheiro. 
 
A palavra “VINCULADA”, no Direito Tributário, pode ser utilizada em 3 acepções 
diferentes: 
(i) RELACIONADA À ATIVIDADE DA AUTORIDADE ADMINISTRATIVA, QUE É 
VINCULADA À LEI (ART.3º, CTN). 
(ii) RELACIONADA A UM CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO DOS TRIBUTOS, 
CONFORME SUA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA, EM VINCULADOS E NÃO 
VINCULADOS A UMA ATIVIDADE ESTATAL ESPECÍFICA, RELATIVA AO 
CONTRIBUINTE. 
Hipótese de incidência = fato gerador em abstrato. 
 
Tributos Hipótese de Incidência 
Vinculação a Atividade 
Estatal Específica do 
Estado 
Impostos 
Situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte 
Não Vinculados 
Taxas 
Exercício regular do poder de polícia 
Vinculados 
Utilização, efetiva ou potencial, de serviço 
público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição 
Contribuições 
de Melhoria 
Obras públicas de que decorra valorização 
imobiliária 
 
(iii) RELACIONADA À DESTINAÇÃO ESPECÍFICA DO PRODUTO DA 
ARRECADAÇÃO DO TRIBUTO. 
Nessa acepção, vinculado é o tributo cujo valor arrecadado tem destinação 
específica constitucionalmente prevista. Exemplo é o Empréstimo Compulsório, 
em que o art.148, parágrafo único, CF88. 
Não vinculados são os tributos que não podem ter destinação específica, tendo de 
ser utilizados para as despesas gerais previstas em orçamento. Exemplo clássico 
são os impostos, para os quais inclusive o art.167, IV, CF88, prevê: 
Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas [...]. 
 
 
 
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18 
3.2. CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTO – ESPÉCIES DE TRIBUTO 
DIAGRAMA DAS 5 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.1. Taxas 
Não Pode Ter FATO GERADOR Idêntico ao dos Impostos 
Não Pode Ter BASE DE CÁLCULO Idêntica à dos Impostos 
Súmula 595, STF – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de 
estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto 
territorial rural. 
Mas também há Súmula Vinculante (SV) do STF nº 29/2010: É constitucional a 
adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de 
cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integralidentidade entre uma base de cálculo e outra. 
 
Não Pode Ser Calculada Em Função do CAPITAL DAS EMPRESAS 
2. Taxas 
(art.145, II) 
5. Outras 
Contribuições 
Tributárias 
1. Impostos 
(arts.145, I; 153; 
154; 155 e 156) 
3. Contribuições 
de Melhoria 
(art.145, III) 
4. Empréstimos 
Compulsórios 
(art.148) 
Contribuições 
Corporativas 
(art.149) 
Contribuições de 
Intervenção no 
Domínio Econômico 
(art.149) 
Contribuições 
Sociais Gerais 
(art.212, §5º; 
art.240) 
Outras de 
Seguridade Social 
(art.195, §4º) 
 
 
De Seguridade Social 
(art.195, I, II, III, IV) 
Contribuições 
Especiais 
(art.149) 
Contribuições 
Sociais 
(=Parafiscais) 
(art.149) 
Contribuições de 
Iluminação Pública 
(art.149-A) 
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Serviços Públicos Específicos e Divisíveis 
Art. 79, CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-
se: [...] 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas 
de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte 
de cada um dos seus usuários. 
 
Inconstitucional pelo STF, também por não ser possível a mensuração da utilização 
individualizada do serviço público -> Taxa de Limpeza Pública e Conservação 
de Vias e Logradouros Públicos (uti universi) 
≠ 
Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar (que é constitucional porque nela há a 
possibilidade de individualização dos seus usuários – uti singuli) (Súmula 
Vinculante 19). 
 
Diferença entre Taxa e Preço Público 
TAXA-Serviço Público PREÇO PÚBLICO 
Regime jurídico de Direito Público 
(= Tributário) 
Regime Jurídico de Direito Privado 
(= Contratual) (Autonomia da Vontade) 
Receita decorrente é derivada Receita decorrente é originária 
É prestação pecuniária compulsória É prestação pecuniária facultativa 
Utilização potencial também enseja a taxa-
serviço público 
O particular tem que utilizar efetivamente o 
serviço, contratando-o 
Não cabe rescisão Cabe rescisão 
Obediência à legalidade, anterioridade e 
anterioridade nonagesimal 
Não Obediência à legalidade, anterioridade e 
anterioridade nonagesimal 
Sujeito ativo: só pessoa jurídica de direito 
público 
Sujeito ativo: pode ser privado: 
Concessionária, Permissionária ou 
Autorizatária 
 
3.2.2. Contribuição de Melhoria 
Diferença entre Contribuição de Melhoria e Taxa-Serviço Público - obra 
pública não se confunde com serviço público específico e divisível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade 
estatal 
específica 
Taxa 
Exercício do poder de 
polícia 
Serviço público específico 
e divisível 
Contribuição de 
Melhoria 
Obra pública + 
Valorização imobiliária 
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20 
STF -> simples recapeamento asfáltico de rua já asfaltada é serviço público de 
manutenção e conservação (apesar de não específico nem divisível), e não obra 
pública (como pavimentação nova, por exemplo) suscetível de ensejar benefício 
direto a imóvel determinado, com possível acréscimo de valor. Não cabível, no 
recapeamento asfáltico, portanto, a cobrança de contribuição de melhoria (RE’s 
116.148 SP, e 115.863 SP). 
 
Impostos São Não-Vinculados Quanto à Hipótese de Incidência 
Quanto à HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA: 
IMPOSTOS TRIBUTOS NÃO-VINCULADOS, SEMPRE 
 
Impostos São Não-Vinculados Quanto à Destinação do Produto da 
Arrecadação 
Quanto à DESTINAÇÃO DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO: 
IMPOSTOS TRIBUTOS NÃO-VINCULADOS, EM REGRA 
 
Mas essa não-vinculação quanto à sua destinação comporta exceções. É o que 
determina o art.167, IV, CF88. Esquematizando esse dispositivo, temos: 
Regra geral, é vedada... 
 
 
 
 
 
Ressalvada... 
... 
(i) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts.158 e 
159 (REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS) 
(ii) a destinação de recursos para as AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, que 
constituem um sistema único (art.198, § 2º) 
(iii) a destinação de recursos para MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO 
(art.212) 
(iv) a destinação de recursos para realização de ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO 
TRIBUTÁRIA, essenciais ao funcionamento do Estado (art.37, XXII) 
(v) a vinculação para PRESTAÇÃO DE GARANTIAS ÀS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR 
ANTECIPAÇÃO DE RECEITA, eventualmente previstas na lei orçamentária anual (art. 165, 
§ 8º) 
(vi) a vinculação para prestação de GARANTIA OU CONTRAGARANTIA À UNIÃO 
(art.167, §4º) 
(vii) a vinculação para PAGAMENTO DE DÉBITOS PARA COM A UNIÃO (art.167, §4º) 
 
REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
A repartição constitucional de receitas tributárias é praticamente uma 
exclusividade dos impostos. 
 
A única exceção é a CIDE-Combustíveis, que apesar de ter destinação específica 
(art.174, §4º, II), terá 29% do produto de sua arrecadação entregue aos Estados 
Órgão 
Fundo 
Despesa 
...a vinculação 
de receita 
de 
impostos a 
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21 
e ao Distrito Federal (art.159, III). Desse montante, os Estados entregam 25% 
aos seus Municípios (art.159, §4º). 
 
A repartição é sempre da pessoa política maior para a pessoa política menor. 
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DIAGRAMA DA REPARTIÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE RECEITAS 
TRIBUTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Repartição de 
Receitas de 
Impostos 
+ 
CIDE-
Combustível 
48% do 
(IPI 
+ 
IR – IRfonte) 
50% do IPVA (art.158, III) 
Direta 
U para E, DF 
E para M 
U para M 
 
25% do ICMS 
(art.158, IV) 
50% do ITR 
(100%, se M fiscalizar e cobrar) 
(art.158, II e 153, §4º, III) 
100% do IRfonte Retido (art.158, I) 
Indireta 
100% do IRfonte Retido (art.157, I) 
20% do Imp. Residual (art.157, II) 
30% do IOF Ouro (art.153, §5º, I) 
29% da CIDE-Combustível (art.159, III) 
3/4, no mínimo, 
valor adicionado no M 
Até 1/4, lei estadual 
25% do Repasse CIDE-Combustível 
(art.159, §4º) 
21,5% para FPE (art.159, I, ‘a’) 
 
23,5% 
para FPM 
(art.159, I, ‘b’ e 
‘d’) 
22,5%, entrega na 
forma da lei 
complementar 
1%, entrega 1º 
decêndio de dezembro 
3% N, NE e CO 
(art.159, I, ‘c’) 
Do NE, 1/2 para o 
semi-árido 
10% do IPI 
para E, DF 
(art.159, II) 
3/4, no mínimo, 
valor adicionado no M 
Até 1/4, lei estadual 
 
25% para M 
(art.159, §3º) 
70% do IOF Ouro (art.153, §5º, II) 
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Como o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios (art.32, CF88), não há 
que se falar em repartição das receitas de seus impostos ITCMD, ICMS e IPVA, bem 
como de qualquer dos repasses constitucionais que o Distrito Federal recebe da 
União. 
 
3.2.4. Empréstimos Compulsórios (Art.148, CF88) 
A União pode instituir Empréstimos Compulsórios por dois fundamentos 
distintos: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência; ou 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Natureza Jurídica de Tributo 
Prevê o art.4º CTN: 
Art. 4º A natureza jurídica específicado tributo é determinada pelo fato 
gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
4. TRIBUTOS DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO 
4.1. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO (II) (art.153, I) 
Impostos que não 
têm suas receitas 
repartidas: 
 
U: II, IE, IGF, I.Extr. 
E: ITCMD 
DF: ITCMD, ICMS, IPVA 
IPTU, ITBI, ISS 
M: IPTU, ITBI, ISS 
Empréstimo 
Compulsório 
Despesas 
Extraordinárias 
Investimento 
Público 
Calamidade 
Pública 
Guerra Externa ou 
sua Iminência 
de Caráter Urgente e de 
Relevante Interesse Nacional 
NÃO SE 
APLICAM as 
Anterioridades 
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24 
BASE DE CÁLCULO 
- Se Alíquota Ad Valorem: BC = o valor aduaneiro apurado segundo as 
normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 
1994; 
- Se Alíquota Específica: BC = a quantidade de mercadoria expressa na 
unidade de medida estabelecida. 
- Se produto apreendido ou abandonado, levado a leilão: BC = Preço da 
Arrematação. 
 
Repare que em relação à alíquota ad valorem, a base de cálculo não é mais “o 
preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, 
em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar 
de entrada do produto no País”, como dispõe o CTN, em seu art.20, II. [A NÃO SER 
QUE A QUESTÃO DA PROVA EXPRESSAMENTE FAÇA MENÇÃO AO CTN, QUANDO 
PERGUNTAR DA BASE DE CÁLCULO DO II]. Senão, prevalece aquele definido no 
GATT 1994, que foi incorporado pelo ordenamento brasileiro (art.75, I, Decreto 
6759/2009). 
Exemplo Alíquota Ad Valorem: 
Valor aduaneiro (BC) = R$ 10.000,00; Alíquota = 10% 
Imposto = R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00 
Exemplo Alíquota Específica: 
Valor (BC) = 50 toneladas; Alíquota específica = R$ 100,00/tonelada 
Imposto = (R$ 100,00/tonelada) x 50 toneladas = R$ 5.000,00 
 
4.2. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO (IE) (art.153, II) 
BASE DE CÁLCULO 
- Se Alíquota Específica: BC = a quantidade de mercadoria expressa na 
unidade de medida adotada pela lei tributária. 
- Se Alíquota Ad Valorem: BC = é o preço normal que a mercadoria, ou 
sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em 
condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas 
as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior (Decreto-Lei nº 
1.578, de 1977, art. 2o, caput, com a redação dada pela Medida Provisória 
no 2.158-35, de 2001, art. 51). 
- Se preço for de difícil apuração ou suscetível de oscilações bruscas no 
mercado internacional: BC = Pauta Mínima de Valores. 
Preço Mínimo para Base de cálculo = (custo de aquisição ou de produção) + 
(impostos e contribuições incidentes) + (margem de lucro de quinze por 
cento sobre a soma dos custos) + (impostos e contribuições). 
 
4.3. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR) 
(art.153, VI) 
4.3.1. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI [ITR] do caput: [...] 
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II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as 
explore o proprietário que não possua outro imóvel; 
Pela EC 42/2003, que alterou o §4º do art.150, CF88, são os seguintes os 
requisitos para a referida imunidade: 
(i) O imóvel tem que ser pequena gleba rural, conforme definido na lei; 
(ii) O proprietário não pode possuir outro imóvel 
Vê-se que o terceiro requisito (“O proprietário que as explora, devia fazê-lo 
só ou com sua família”) foi suprimido. 
 
4.3.2. POSSIBILIDADE DE FISCALIZAÇÃO E COBRANÇA PELOS MUNICÍPIOS 
Com a redação da EC 42/2003, prevê o art.153, §4º, III, CF88: 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI [ITR] do caput: [...] 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma 
da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma 
de renúncia fiscal. 
No caso de o Município exercer essa opção, ficará com 100% da arrecadação do ITR 
relativo aos imóveis rurais nele situados (art.158, II, CF88). 
 
4.4. IMPOSTO DE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR) 
(art.153, III) 
4.4.1. FATO GERADOR 
Art. 43, CTN. O imposto, de competência da União, sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da 
disponibilidade econômica ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da 
combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
§ 1º A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do 
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da 
fonte, da origem e da forma de percepção. 
§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei 
estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua 
disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. 
 
Renda = produto do capital (por exemplo, rendimentos de aplicação financeira, 
aluguel, lucros, royalties). 
Renda = produto do trabalho (por exemplo, salário que o empregado recebe, 
honorários). 
Renda = produto da combinação de capital e de trabalho (por exemplo, pro 
labore que a empresa paga a seus sócios). 
Proventos = vencimentos de servidores públicos aposentados. 
Proventos de qualquer natureza = todos os acréscimos patrimoniais não 
enquadráveis no conceito de renda (por exemplo, ganhos de loterias e acréscimos 
patrimoniais não justificáveis). 
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Disponibilidade Jurídica = é ter o direito de crédito sobre o dinheiro (com 
documentos que lhe confiram liquidez e certeza, mas sem necessariamente ter 
recebido o dinheiro). Este direito de crédito não está sujeito a qualquer condição 
suspensiva. 
Disponibilidade Econômica = é ter o dinheiro como situação de fato, 
independentemente de uma situação jurídica que lhe dê respaldo (por exemplo, 
decorrente de jogos, atividades ilícitas). 
Inclusive, o STF confirmou que atividades criminosas podem ter seus produtos 
financeiros tributados pelo IR (HC 77.530 RS). 
 
4.5. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) (art.153, IV) 
Alíquota Zero e Não-Tributado ≠ Isenção 
O STF decidiu (RE 353.657 PR, RE 370.682) que se na operação anterior o 
contribuinte adquiriu o insumo com Alíquota Zero de IPI ou Não-Tributado 
(sigla NT na TIPI), não se mantém o crédito fictício de R$ 10 para a operação 
própria. 
(Na TIPI - Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, os 
produtos com sigla NT estão fora do campo de incidência do IPI). 
Diferentemente, se o IPI da operação anterior = 0 decorrer de Isenção, 
mantém-se o crédito fictício para a operação própria. 
Por que a diferença? Entendeu o STF que na isenção, como o legislador quis 
desonerar a cadeia produtiva, se não houvesse o creditamento para a operação 
seguinte, o contribuinte “B” pagaria 120 x 10% = 12. Ou seja, não haveria 
desoneração na cadeia como um todo, mas apenas um diferimento do IPI antes 
devido pelo contribuinte “A”. 
 
4.5.1. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE quanto à Alteração de alíquotas (art.153, 
§1º, CF88) 
- Exceção ao PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO FINANCEIRO (mas 
não à Anterioridade Nonagesimal) (art.150, §1º, CF88) 
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4.6. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU 
RELATIVASA TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (IOF) (art.153, V) 
 
 Fato Gerador Base de Cálculo Contribuinte 
IOF-CR Entrega total ou parcial do 
montante ou do valor que 
constitua o objeto da 
obrigação, ou sua colocação à 
disposição do interessado 
O montante da 
obrigação, 
compreendendo o 
principal e os juros 
As pessoas físicas ou 
jurídicas tomadoras 
de crédito 
IOF-CM Entrega de moeda nacional 
ou estrangeira, ou de 
documento que a represente, 
ou sua colocação à disposição 
do interessado em montante 
equivalente à moeda 
estrangeira ou nacional 
entregue ou posta à disposição 
por este 
O montante em 
moeda nacional, 
recebido, entregue 
ou posto à 
disposição 
Os compradores ou 
vendedores de moeda 
estrangeira 
IOF-SG Emissão da apólice ou do 
documento equivalente, ou 
recebimento do prêmio, na 
forma da lei aplicável 
O montante do 
prêmio 
Pessoas físicas ou 
jurídicas seguradas 
IOF-TI A (i) emissão, (ii) 
transmissão, (iii) pagamento 
ou resgate destes, na forma 
da lei aplicável 
O (i) valor nominal 
mais o ágio, (ii) o 
preço ou o valor 
nominal, ou o valor 
da cotação em 
Bolsa, (iii) o preço 
Os adquirentes de 
títulos ou valores 
mobiliários e os 
titulares de 
aplicações 
financeiras; e as 
instituições financeiras 
IOF-OU A primeira aquisição do ouro, 
ativo financeiro, ou instrumento 
cambial, efetuada por 
instituição autorizada 
integrante do Sistema 
Financeiro Nacional 
O preço de 
aquisição do ouro, 
desde que dentro 
dos limites de 
variação da cotação 
vigente no mercado 
doméstico, no dia da 
operação 
Instituições 
autorizadas pelo 
BACEN que efetuarem a 
primeira aquisição do 
ouro, ativo financeiro, 
ou instrumento cambial 
 
4.7. IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS (Art.154, II) 
Art. 154. A União poderá instituir: [...] 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Qualquer hipótese de incidência pode ser eleita pelo legislador ordinário federal. 
Compreendidos ou não em sua competência tributária – não há aqui invasão 
de competência, mas sim uma possibilidade de bitributação constitucionalmente 
autorizada. 
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5. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
Classificação das contribuições sociais a que alude o caput do art.149: 
(i) Contribuições de Seguridade Social (art.195, I, II, III e IV); 
(ii) Outras Contribuições da Seguridade Social (competência residual da 
União); 
(iii) Contribuições Sociais Gerais (Salário-Educação e Serviços Sociais 
Autônomos). 
As demais contribuições a que alude o caput do art.149, chamaremos de 
contribuições especiais, são: 
(i) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); e 
(ii) Contribuições Corporativas (ou no Interesse de Categorias Profissionais 
ou Econômicas), 
 
5.1. CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL 
5.1.1. CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR 
CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS (art.195, 
I, ‘a’) 
Art.195. [...] contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, 
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
Dentre essas contribuições, podemos citar a: 
- Contribuição Sobre a Remuneração Paga aos Segurados Empregados, 
Trabalhadores Avulsos e Contribuintes Individuais 
É a contribuição que o empregador recolhe, à alíquota de 20% (22,5% se o 
empregador for instituição financeira), sobre o total das remunerações 
pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados, aos trabalhadores 
avulsos e aos contribuintes individuais que lhe prestem serviços (art.22, I e III, e 
§1º, Lei nº 8.212/91). 
- Contribuição de Custeio do Acidente do Trabalho – SAT 
É a contribuição devida pelas empresas para o financiamento dos benefícios 
concedidos em razão do grau de incidência da incapacidade laborativa decorrente 
dos riscos ambientais do trabalho. 
Incide, regra geral, a alíquotas de 1%, 2% e 3% sobre o total das 
remunerações pagas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos. 
As alíquotas variam de acordo com o grau de risco da atividade preponderante 
da empresa, e o conceito de atividade preponderante é definido por ato 
administrativo. 
 
CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR SOBRE A RECEITA OU O FATURAMENTO 
(art.195, I, ‘b’) 
Art.195. [...] contribuições sociais: 
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I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
lei, incidentes sobre: [...] 
b) a receita ou o faturamento; [...] 
 
Nesse rol, podemos destacar a: 
- Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
Foi instituída pela LC nº 70/1991, normatizada em conjunto com a Contribuição ao 
PIS/PASEP na Lei nº 9.718/98 e criada sua versão não-cumulativa com a Lei nº 
10.833/03. 
A possibilidade dessa versão não-cumulativa teve previsão constitucional expressa 
com a inserção do §12 ao art.195, pela EC 42/2003. 
Fato gerador da COFINS => auferir o “faturamento mensal, assim entendido 
o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de 
sua denominação ou classificação contábil” (art.1º, Lei nº 10.833/03). 
Alíquotas => regra geral, 3% (regime cumulativo) e 7,6% (regime não-
cumulativo). 
Base de cálculo => valor do faturamento mensal, conforme definido pelo fato 
gerador. 
O cálculo dos créditos da não-cumulatividade (utilizados para ser abatidos do 
valor da COFINS inicialmente apurada), VEDADO PARA PESSOAS JURÍDICAS EM 
DETERMINADAS SITUAÇÕES (por exemplo, pessoa jurídica no regime de apuração 
do lucro real, no imposto de renda), é feito aplicando-se a alíquota de 7,6% 
sobre o valor de aquisição de bens para revenda, de bens e serviços utilizados 
como insumos, de despesas de energia elétrica, de máquinas e equipamentos para 
o ativo imobilizado da pessoa jurídica etc. Essa lista é taxativa, pois apenas os 
custos, despesas e encargos previstos em lei poderão constituir base de cálculo dos 
créditos de não-cumulatividade. 
 
- Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) 
Foi instituída pela LC nº 7/1970, normatizada em conjunto com a COFINS na Lei nº 
9.718/98 e criada sua versão não-cumulativa com a Lei nº 10.637/02. 
A possibilidade dessa versão não-cumulativa teve previsão constitucional expressa 
com a inserção do §12 ao art.195, pela EC 42/2003. 
Com o advento da CF88, passou a financiar o programa do seguro-desemprego 
e o abono salarial (salário-mínimo anual aos empregados que recebam até 2 
salários mínimos de remuneração mensal, desde que seus empregadores 
contribuam para o PIS/PASEP) (art.239, CF88). 
Fato gerador => auferir o “faturamento mensal, assim entendido o total das 
receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua 
denominação ou classificação contábil” (art.1º, Lei nº 10.637/02). 
Alíquotas => regra geral, 0,65% (regime cumulativo) e 1,65% (regime não-
cumulativo). 
Base de cálculo => valor do faturamento mensal, conforme definido pelo fato 
gerador. 
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O cálculo dos créditos da não-cumulatividade (utilizados para ser abatidos do 
valor da contribuição para o PIS/Pasep inicialmente apurada), VEDADO PARA 
PESSOAS JURÍDICAS EM DETERMINADAS SITUAÇÕES (por exemplo, pessoa 
jurídica no regime deapuração do lucro real, no imposto de renda), é feito 
aplicando-se a alíquota de 1,65% sobre o valor de aquisição de bens para 
revenda, de bens e serviços utilizados como insumos, de despesas de energia 
elétrica, de máquinas e equipamentos para o ativo imobilizado da pessoa jurídica 
etc. Essa lista é taxativa, pois apenas os custos, despesas e encargos previstos em 
lei poderão constituir base de cálculo dos créditos de não-cumulatividade. 
 
CONTRIBUIÇÕES DO EMPREGADOR SOBRE O LUCRO (art.195, I, ‘c’) 
Art.195. [...] contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da 
lei, incidentes sobre: [...] 
c) o lucro; 
 
- Contribuição Social Sobre o Lucro das Pessoas Jurídicas (CSLL) 
Foi instituída pela Lei nº 7.689/88. 
Fato gerador => auferimento de lucro por parte das pessoas jurídicas 
domiciliadas no País e as que lhes são equiparadas pela legislação tributária. 
Base de cálculo da CSLL => valor do resultado do exercício, antes da 
provisão para o imposto de renda. 
Alíquota da CSLL => 9%. Aplicam-se à CSLL, no que couber, as disposições da 
legislação do imposto de renda. 
 
5.1.2. CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHADOR E DEMAIS SEGURADOS DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL (art.195, II) 
Fato gerador => remuneração paga ou creditada pelos serviços prestados pelo 
segurado, independentemente do título que lhe seja dado. 
Contribuintes => o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o 
trabalhador avulso. 
Base de cálculo => salário-de-contribuição mensal, definido em faixas de 
valores, sujeitas a limites mínimo e máximo, sobre as quais se aplicam as 
alíquotas de 8%, 9% e 11%. 
Alíquota => Para os contribuintes individual e facultativo, aplica-se a alíquota 
de 20% sobre o salário-de-contribuição. 
 
5.1.3. CONTRIBUIÇÕES DO IMPORTADOR DE BENS OU SERVIÇOS DO 
EXTERIOR, OU DE QUEM A LEI A ELE EQUIPARAR (art.195, IV) 
A PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação foram instituídas pela MP nº 
164/2004 (convertida na Lei nº 10.865/2004), depois que a EC nº 42/2003 inseriu 
seu fundamento constitucional pelo inciso II ao §2º do art.149 e pelo inciso IV do 
art.195. 
 
Fato gerador (art.3º): 
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I - a entrada de bens estrangeiros no território nacional; ou 
II - o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a 
residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço 
prestado. 
Base de cálculo é (art.7º): 
I – Quando importação de bens, o valor aduaneiro, assim entendido o valor que 
servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido 
do valor do ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias 
contribuições. 
II – Quando importação de serviços, o valor pago, creditado, entregue, 
empregado ou remetido para o exterior, antes da retenção do imposto de 
renda, acrescido do ISS e do valor das próprias contribuições. 
Contribuinte é (art.5º): 
I - o importador, assim considerada a pessoa física ou jurídica que promova a 
entrada de bens estrangeiros no território nacional; 
II - a pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou 
domiciliado no exterior; e 
III - o beneficiário do serviço, na hipótese em que o contratante também seja 
residente ou domiciliado no exterior. 
 
5.2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS 
5.2.1. CONTRIBUIÇÃO DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO 
Art.212, § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de 
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida 
pelas empresas na forma da lei. 
 
Súmula 732 
É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a Carta 
de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9424/1996. 
 
A educação básica pública abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o 
ensino médio. 
 
5.2.2. CONTRIBUIÇÕES DOS SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS 
Têm fundamento constitucional no art.240, CF88: 
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições 
compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas 
às entidades privadas de serviço social e de formação profissional 
vinculadas ao sistema sindical. 
 
São as contribuições destinadas ao chamado sistema “S”, entidades privadas de 
serviços sociais autônomos e de formação profissional, vinculadas ao sistema 
sindical. 
 
Atualmente, essas entidades são em número de 11: 
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INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
DPC - Diretoria de Portos e Costas do Comando da Marinha 
FUNDO 
AEROVIÁRIO - Fundo vinculado ao Comando da Aeronáutica 
SESC - Serviço Social do Comércio 
SESI - Serviço Social da Indústria 
SEST - Serviço Social de Transporte 
SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio 
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte 
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural 
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas 
(Quanto ao SEBRAE, cabe ALERTAR que o STF já decidiu que se trata de uma 
CIDE, e não de contribuição social geral, tendo fundamento somente no art.149, 
CF88, e não no art.240 – RE 396.266 SC) 
 
5.3. CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
Essas contribuições atuam como instrumentos regulatórios da economia, sendo 
cobrados quase sempre dos integrantes do setor ao qual é dirigida a atuação de 
intervenção da União. 
Possuem caráter nitidamente EXTRAFISCAL. 
Conforme o art.149, §2º, CF88, as CIDE’s: 
(i) Não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
(ii) Incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; 
(iii) Poderão ter alíquotas: 
a. Ad Valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o 
valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; 
b. Específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
(iv) Poderão, conforme a lei, incidir uma única vez; 
(v) Obedecerão aos princípios constitucionais tributários gerais, 
exceto a CIDE-Combustíveis, quanto à Anterioridade Exercício 
Financeiro e à Estrita Legalidade (redução e restabelecimento de 
alíquota) (art.177, §4º, I, ‘b’) 
 
5.3.1. CIDE-COMBUSTÍVEIS 
Instituída pela Lei nº 10.336/01. 
Alíquota, específica, pode ser diferenciada por produto ou uso. 
Destinação dos recursos arrecadados (art.177, §4º, II): 
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás 
natural e seus derivados e derivados de petróleo; 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do 
petróleo e do gás; 
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
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Fato gerador => importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados e álcool combustível. 
Base de cálculo => unidade de medida legal para os produtos importados e 
comercializados no mercado interno. 
Contribuintes => produtor, formulador e o importador, pessoa física ou jurídica, 
que realizar operações de importação e de comercialização, no mercado interno, de 
diversos combustíveis. 
 
5.3.2. CIDE-ROYALTIES 
Instituída pela Lei nº 10.168/2000. 
Destinação dos recursos arrecadados: 
Para custear o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa 
para o Apoio à Inovação, cujo objetivo principal é estimular o 
desenvolvimento tecnológico brasileiro, mediante programas de pesquisa 
científica e tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e 
o setor produtivo (art.1º, Lei nº 10.168/2000).Contribuinte => pessoa jurídica: (art.2º) 
(i) detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos tecnológicos; 
(ii) que pagar, creditar, entregar, empregar ou remeter royalties, a qualquer 
título, a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior; 
(iii) signatária de contratos que: 
- impliquem transferência de tecnologia, firmados com residentes ou 
domiciliados no exterior; 
- tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa e 
semelhantes a serem prestados por residentes ou domiciliados no 
exterior; 
Base de cálculo => valores pagos, creditados, entregues, empregados ou 
remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de 
remuneração decorrente das obrigações assumidas pelos contribuintes indicadas 
nos itens (i), (ii) e (iii) acima. 
Alíquota => 10%. 
 
5.3.3. OUTRAS CIDE’s 
- Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM 
Vide Súmula 553, STF: 
O adicional ao frete para renovação da marinha mercante (AFRMM) é contribuição 
parafiscal, [...]. 
 
RE 177.137 RS: “AFRMM: CONTRIBUIÇÃO PARAFISCAL OU ESPECIAL DE 
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO. CF.ART.149,ART.155,§2º, IX.ADCT, 
ART.36. I – Adicional ao frete para renovação da marinha mercante – AFRMM – é 
uma contribuição parafiscal ou especial, contribuição de intervenção no 
domínio econômico, terceiro gênero tributário, distinta do imposto e da taxa. 
(CF,art.149) [...]. 
 
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34 
Fato gerador => o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação 
em porto brasileiro (art.4º). 
Base de cálculo => frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga 
de qualquer natureza descarregada em porto brasileiro (art.5º). 
Contribuinte => o consignatário constante do conhecimento de embarque 
(art.10). 
Alíquotas => variáveis, conforme o tipo de navegação (longo curso, cabotagem, 
fluvial e lacustre). 
Destinação do produto da arrecadação – Atender aos encargos da intervenção da 
União no apoio ao desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de 
construção e reparação naval brasileiras, e constitui fonte básica do FMM 
(Fundo da Marinha Mercante). 
 
- Adicional de Tarifa Portuária – ATP (Lei nº 7.700/1988) 
RE 209.365 SP: “[...] I – Natureza jurídica do A.T.P.: contribuição de intervenção 
no domínio econômico, segundo o entendimento da maioria, [...]”. 
Fato gerador => operações realizadas com mercadorias importadas ou 
exportadas, objeto do comércio na navegação de longo curso (art.1º, §1º). 
Destinação do produto da arrecadação – aplicação em investimentos para 
melhoramento, reaparelhamento, reforma e expansão de instalações 
portuárias (art.2º, parágrafo único). 
 
5.4. CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU 
ECONÔMICAS (= CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS) 
Nomenclatura: 
Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas = 
Contribuições Profissionais = Contribuições Corporativas 
Subdividem-se em: 
(i) Contribuição Sindical (impropriamente chamada de “imposto sindical”); 
e 
(ii) Contribuição para Fiscalização do Exercício de Profissões 
Regulamentadas (= Contribuição-Anuidade). 
 
5.4.1. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ≠ CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA 
O art.8º, IV, CF88, distingue as duas: 
Art. 8º, CF88. É livre a associação profissional ou sindical, observado o 
seguinte: [...] 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição [CONTRIBUIÇÃO 
CONFEDERATIVA, NÃO TRIBUTÁRIA] que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo 
da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição 
[CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, TRIBUTÁRIA] prevista em lei; 
 
A Contribuição Sindical: 
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- Tem natureza tributária, instituída no interesse de categoria profissional (RE 
129.930 SP) 
- É obrigatória para todos os trabalhadores celetistas, sindicalizados ou não. 
- Valor da contribuição: remuneração de 1 dia de trabalho por ano. 
 
A Contribuição Confederativa: 
- Tem natureza não tributária. 
- É instituída pela Assembleia Geral, só sendo exigível dos filiados ao sindicato 
respectivo (Súmula 666, STF). 
Contribuição Sindical Contribuição Confederativa 
Art.8º, IV, parte final, CF88 
Art.578 e ss, CLT 
Art.8º, IV, parte inicial, CF88 
Natureza Tributária Natureza Não Tributária 
Deriva de ato do Poder Legislativo Deriva de ato da Assembleia Geral 
Obrigação Ex lege Obrigação Ex voluntate 
Exigida de todos os trabalhadores 
celetistas, sindicalizados ou não 
Exigível somente daqueles 
sindicalizados 
Está sujeita ao regime constitucional 
tributário 
Não está sujeita ao regime constitucional 
tributário 
 
5.4.2. CONTRIBUIÇÕES PARA FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DE 
PROFISSÕES REGULAMENTADAS 
Custeiam os órgãos fiscalizadores e controladores das profissões, os Conselhos 
Regionais de Fiscalização, como CREA, CRM, CRC, CRE etc. Esses órgãos, em regra 
autarquias, realizam atividades de interesse público, daí serem postos como 
sujeitos ativos desse tributo. 
 
Há uma discussão muito grande sobre o entendimento de ser a anuidade para a 
OAB uma contribuição no interesse de categoria profissional ou não. 
 
O STF, na ADI 3.026 DF – apesar de essa ADI não ter tratado da referida 
contribuição, mas sim da exigência ou não de concurso público para o provimento 
de cargos de servidores da OAB – entendeu que a função da OAB é de âmbito 
maior, relacionada com a defesa da ordem jurídica nacional, não se enquadrando 
como pessoa jurídica de direito público nem autarquia, estando desvinculada da 
Administração Pública, necessária a sua independência para o cumprimento de sua 
missão histórica e constitucional. 
 
Mas, não podemos ainda afirmar que a jurisprudência está pacificada nesse 
sentido. 
 
5.5. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
As outras contribuições sociais são as Novas Contribuições para a Seguridade 
Social (art.195, §4º, CF/88), desde que: 
 - sejam instituídas pela União por Lei complementar; 
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 - sejam não-cumulativas; 
 - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios das 
contribuições sociais já previstas na CF/88. 
 
Nada impede que uma nova contribuição social tenha a mesma base de cálculo de 
um imposto já existente. Esse é o entendimento do STF (RE 228.321 RS) 
 
5.6. OUTROS ASPECTOS SOBRE CONTRIBUIÇÕES 
5.6.1. COSIP 
Súmula nº 670: “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado 
mediante taxa.” 
 
Por isso que a cobrança pelo serviço de iluminação pública teve que ser viabilizada 
por alteração constitucional (EC 39/2002), por intermédio de contribuição, 
inserindo-se o art.149-A na CF88: 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação 
pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o 
caput, na fatura de consumo de energia elétrica. 
 
5.6.2. FGTS NÃO É TRIBUTO 
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um fundo constituído por 
depósitos mensais dos empregadores em nome de seus trabalhadores, 
ficando cada trabalhador com uma conta vinculada nesse fundo, só podendo 
movimentá-la em situações específicas. 
 
O FGTS não tem natureza tributária, e sim trabalhista e social, disciplinado 
pelo Direito do Trabalho. STJ (REsp 383.885 PR); STF (RE 100.249 SP). 
 
6. IMPOSTOS ESTADUAIS 
6.1. ICMS 
6.1.1. FATOS GERADORES DO ICMS 
OPERAÇÕES RELATIVASÀ CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA 
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA = TRANSFERÊNCIA JURÍDICA DE TITULARIDADE. 
MERCADORIA = bem móvel voltado para a prática de atos de comércio. 
O que caracteriza um bem como mercadoria é a sua FINALIDADE: 
- Bem adquirido para uso ou consumo próprio da empresa – não é, para 
ela, mercadoria. 
- Bem adquirido para venda ou revenda por essa mesma empresa – é, 
para ela, mercadoria. 
HABITUALIDADE – se uma pessoa resolve vender seu carro usado, não incidirá 
ICMS nessa venda, porque essa pessoa não a faz com habitualidade, não se 
caracterizando como comerciante mas simplesmente uma alienante comum. 
 
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Agora, se uma empresa vive da compra e venda de carros usados, será 
contribuinte do ICMS, pois faz essas operações com habitualidade (RE 196.339). 
 
NECESSIDADE DE FINALIDADE + HABITUALIDADE: 
ALIENAÇÃO DE BENS DO ATIVO FIXO OU IMOBILIZADO NÃO INCIDE ICMS => 
porque não há “circulação no sentido jurídico-tributário: os bens não se ajustam 
ao conceito de mercadorias e as operações não são efetuadas com 
habitualidade” (RE 194.300 SP). 
 
Programas de Computador - Software 
RE 176.626 SP: Licenciamento e cessão de direito de uso de programa de 
computador (software): 
- Se software de prateleira (off the shelf) – ICMS: 
“Circulação de cópias ou exemplares dos programas de computador 
produzidos em série e comercializados no varejo [...] os quais, 
materializando o corpus mechanicum da criação intelectual do programa, 
constituem mercadorias postas no comércio” (RE 176.626 SP). 
 ≠ 
- Se software por encomenda – ISS 
 
ADI-MC 1.945 MT – ICMS pode incidir sobre softwares adquiridos por meio de 
transferência eletrônica de dados (em sede de liminar). 
 
Arrendamento Mercantil – Leasing 
Com os RE’s 592.915 SC e 547.245 SC, em 2010, decidiu o STF que: (i) no leasing 
operacional, como se assemelha a locação, não incide nem ISS nem ICMS; (ii) no 
leasing financeiro e no lease-back, é irrelevante a existência de uma compra, 
incidindo somente o ISS. 
 
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E 
INTERMUNICIPAL 
Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal – ICMS 
≠ 
Serviço de Transporte de Natureza Municipal (item 16 da lista de serviços da LC nº 
116/2003) – ISS 
 
ADI 1.600 DF: 
INCONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS DA LC 87/1996 SOBRE: 
- TRANSPORTE AÉREO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE 
PASSAGEIROS; 
Fundamento: As regras da LC 87/1996 não possibilitaram se aplicar a repartição do 
ICMS entre os Estados de origem e de destino, não sendo possível aplicar as 
alíquotas internas e interestaduais. “Ausência de normas de solução de conflitos de 
competência entre as unidades federadas”. 
 
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- TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE CARGAS E DE PASSAGEIROS. 
Fundamento: Ofensa ao princípio da isonomia (art.150, II), porque as empresas 
aéreas estrangeiras são isentas por tratados internacionais. 
 
Provedor de Acesso à Internet 
STJ, no EREsp 456.650 PR, entendendo que provedor de acesso à internet não 
presta serviço de comunicação e sim serviço de valor adicionado (SVA), o qual, 
pela Lei Geral das Telecomunicações (LGT - Lei nº 9.472/97, art.61), não se 
confunde com serviço de telecomunicação: 
Art. 61, LGT. Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a 
um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não 
se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, 
apresentação, movimentação ou recuperação de informações. 
§ 1º Serviço de valor adicionado não constitui serviço de 
telecomunicações, classificando-se seu provedor como usuário do 
serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e 
deveres inerentes a essa condição. [...] 
Daí decorreu a Súmula 334, STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedores de 
acesso à Internet. 
 
Habilitação de Telefonia Celular 
STJ, REsp 769.569 MS: “a atividade de habilitação de telefone móvel celular não se 
enquadra no conceito de serviço de telecomunicação do art. 2º, III, da Lei 
Complementar 87/96 para fins de incidência de ICMS, [...]”. 
Daí decorreu a Súmula 350, STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de 
habilitação de telefone celular. 
 
TV Por Assinatura 
TV a Cabo, ou TV por Assinatura, se enquadra no conceito de serviço de 
comunicação, incidindo portanto ICMS, conforme art.2º, III, LC 87/1996: 
Art.2° O imposto incide sobre: [...]; III - prestações onerosas de serviços de 
comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, 
a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação 
de qualquer natureza. 
 
Agora, só NÃO INCIDE ICMS sobre a TAXA DE ADESÃO à TV por Assinatura (REsp 
418.594 PR), por ser serviço meramente acessória ou preparatória à comunicação 
propriamente dita a atividade remunerada pela taxa de adesão da televisão a cabo. 
 
ICMS ENERGIA ELÉTRICA 
Art.155, § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput 
[ICMS] deste artigo e o art. 153, I [II] e II [IE], nenhum outro imposto 
poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de 
telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. 
 
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Energia elétrica = mercadoria. 
 
O valor de ICMS a ser pago sobre energia elétrica NÃO abrange o valor total 
disponibilizado, e pago, de demanda de potência ativa no contrato de 
fornecimento (demanda contratada). 
 
Súmula 391, STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica 
correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada. 
 
MERCADORIAS FORNECIDAS COM SERVIÇOS 
Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: 
IX - incidirá também: 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas 
com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
 
Serviço 
Não está na lista de serviços (LC 116/2003) 
+ 
É prestado juntamente com fornecimento de mercadoria 
= 
ICMS sobre todo o valor 
 
LC 116/2003: 
Art.1º, §2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços 
nela mencionados não ficam sujeitos ao [ICMS], ainda que sua prestação 
envolva fornecimento de mercadorias. 
 
Serviço na lista SEM ressalva de ICMS sobre materiais 
= 
ISS sobre todo o valor 
 
Serviço na lista COM ressalva de ICMS sobre materiais 
= 
ISS sobre valor dos serviços; ICMS sobre valor das mercadorias 
 
Exemplos: 
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que 
ficam sujeitas ao ICMS). 
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de 
alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
 
Súmula 163, STJ: O fornecimento de mercadorias com a simultânea 
prestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos 
similares constitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da 
operação. 
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SELETIVIDADE 
Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos 
serviços. 
IPI ICMS 
SERÁ seletivo PODERÁ SER seletivo 
 
6.1.2. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
RADIODIFUSÃO DE RECEPÇÃO LIVRE E GRATUITA 
Art.155, § 2.º O imposto previsto no inciso II [ICMS] atenderá ao seguinte: 
X - não incidirá: [...] d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades

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