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Aula 02 Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRF 1ª
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1
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Aula 2: 
Olá Pessoal, tudo certo? 
Na aula de hoje vamos ver temas muitos interessantes e que a banca
gosta muiiito de cobrar em concurso: 
• Organização do Estado (União, Estados, Municípios, DF e
Territórios); 
• Administração Pública; 
Para isso fiz uma aula bem detalhada, mas tranquila de ser estudada. 
Não quero que ninguém dê mole nesses assuntos, já to avisando
desde agora que são importantes. ok? 
Vamos nessa: 
Da União: 
Bens Públicos: 
Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da
situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou
aos Municípios e até mesmo a terceiros. 
Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo
sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal
Anotada para Concursos": 
União e Estados: 
♦ Terras Devolutas: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções
militares ou vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou 
foram devolvidas, ficando sem dono, passam então a integrar o
patrimônio público. 
♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. 
 
 
 
 
 
 
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♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e
em depósito: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da 
União. 
♦ Lagos, rios e demais águas correntes: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União: 
ƒ Se banhar mais de um Estado; 
ƒ Se fizerem limite com países ou se deles provierem 
ou se estenderem; 
ƒ Também o são os terrenos marginais destes e as 
praias fluviais. 
União, Estados e Municípios:
♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS: 
Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for afetada 
por serviço público ou unidade ambiental federal
(nestes casos será da União); 
Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; 
União Æ As demais, inclusive o caso acima.
Elas podem ainda ser de terceiros. 
Somente à União: 
ƒ Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a
ser atribuídos; 
ƒ Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescidos;
ƒ O mar territorial; 
ƒ Os recursos naturais da plataforma continental e da zona
econômica exclusiva; 
ƒ Os recursos minerais, inclusive do subsolo;
ƒ Os potenciais de energia hidráulica; 
ƒ As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e
pré-históricos; 
 
 
 
 
 
 
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ƒ As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União
e, em se tratando da plataforma continental e da zona econômica
exclusiva, também o serão todos os demais recursos naturais além
dos minerais. 
• É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos da
administração direta da União, participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração. 
• A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei. 
Bens públicos quanto à finalidade: 
O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se
referem à destinação do bem: 
1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a
população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 
2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade
específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas,
quartéis. 
3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade
especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o
Estado pode se desfazer. 
1. (FCC/TJAA-TRT 3ª/2009) No que diz respeito à organização
político-administrativa da União é correto afirmar que 
a) a faixa de fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta
quilômetros de largura. 
b) são bens da União, dentre outros, os potenciais de energia
hidráulica e os sítios arqueológicos. 
Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao
longo das fronteiras terrestres 
 
 
 
 
 
 
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c) o desmembramento de Municípios far-se-á por lei municipal da
respectiva localidade e das limítrofes. 
d) é permitida à União manter, com representantes de igrejas, e em
quaisquer hipóteses, relações de aliança. 
e) a formação de Estados ou Territórios Federais será feita por meio
de referendo e por ato normativo do Senado Federal. 
Comentários: 
Letra A - Errada. A faixa é de 150 e não 180 Km e lembramos que é
só em relação às fronteiras terrestres. 
Letra B - Correto. 
Letra C - É feito por Lei Estadual, no período de lei complementar
federal. 
Letra D - Errado. Isso é vedado a todos os entes pelo art. 19. 
Letra E - Errado. Será por plebiscito e por lei complementar no 
Congresso. 
Gabarito: Letra B. 
2. (FCC/TRE-AL/2010) É INCORRETO afirmar que entre os bens
dos Estados incluem-se 
a) as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de
obras da União. 
c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu
domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou
terceiros. 
d) as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União. 
e) o mar territorial e os potenciais de energia hidráulica. 
Comentários: 
Letra A - Correto. As terras devolutas são bens dos ESTADOS. A não 
ser que sejam indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou
vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Neste caso serão da União! Desta forma, é correto falar que "se não
for da União, será dos Estados". 
Letra B - Correto. As águas são bens dos Estados, mas se elas foram
decorrentes de obras da União, irá pertencer a ela já que, em se 
 
 
 
 
 
 
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tratando de águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes
e em depósito, temos: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Letra C - Também está correto. Como vimos as ilhas COSTEIRAS e
OCEÂNICAS, podem pertencer a terceiros, ou: 
aos Municípios Æ Quando for sede do Município, salvo se for
afetada por serviço público ou unidade ambiental
federal (nestes casos será da União); 
aos Estados Æ Quando estiverem em seu domínio; 
à União Æ As demais, inclusive o caso acima (afetação da ilha
municipal). 
Letra D - Correta. Em se tratando de ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES,
temos: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se fizer limite com outros países. 
Letra E - Está errada e é o gabarito!!! Essa foi muito fácil, não foi?
Nem precisava resolver as outras... mar territorial é obviamente da
União, mais óbvio ainda são os potencias de energia hidráulica, pois
tudo que é recurso energético, mineral e etc. está sob o cuidado da
União. 
Gabarito: Letra E. 
3.(FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) A faixa de
fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros
de largura. 
Comentários: 
O correto seria faixa até 150km de largura, e lembrando que isso é
somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam
dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. 
Gabarito: Errado. 
4. (FCC/Técnico-TRT-MG/2010 - Adaptada) São bens da
União, dentre outros, os potenciais de energia hidráulica e os sítios
arqueológicos. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Perfeito, exatamente como vimos no resumo. 
Gabarito: Correto. 
5. (FCC/TJ-DF/2008 - Adaptada) As terras devolutas
pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas
indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções
militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, definidas em lei. 
Comentários: 
Perfeito, como vimos:
♦ Terras Devolutas: 
Regra Æ Estados; 
Exceção Æ União, se indispensáveis: 
ƒ À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou 
vias federais; ou 
ƒ À preservação ambiental. 
Gabarito: Correto.
Competências Administrativas e Legislativas: 
Teoria e noções gerais sobre o tema: 
Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente,
os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente
complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente
dissipados, se, antes de iniciarmos o estudo, atentarmos para
algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as
competências. 
Existem 2 tipos de competência elencadas na Constituição:
competência material (administrativa) e competência legislativa. 
A competência material (realizar as coisas) pode ser: 
• Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União
poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum
outro ente, ou 
• Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os
entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir
para concretizar aquilo que está exposto. 
A competência legislativa (regulamentar como as coisas serão
feitas) pode ser: 
 
 
 
 
 
 
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• privativa da União (art. 22) - quando couber somente
a União legislar sobre o tema - embora neste caso,
através de uma lei complementar, ela permita que os
Estados façam a regulamentação de questões específicas
-; ou 
• Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer
nada além das normas gerais (normas genéricas que se
aplicam a todos os entes) e com base nessas normas
gerais - sem precisar receber a delegação da União - os
Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é
concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um
certo ponto (a regulamentação do tema): 
Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária
de chamar "competência exclusiva" a competência material 
executável somente pela União, e de "competência privativa" a
competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis
com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência
exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou
seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova
somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). 
Critério para repartição de competências: 
As competências são instituídas de acordo com o critério da
"predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de
âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as
coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. 
Técnica utilizada para a repartição de competências: 
A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi
a seguinte: 
1- Enumerar as competências da União e dos Municípios -
Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais 
Normas Gerais 
Norma Específica
Suplementar 
Regulamentação
do tema 
 
 
 
 
 
 
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seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF,
art. 30). 
2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para
os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa,
cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem
vedados". 
Observação - Existe uma exceção: A União possui
competência residual quando se trata de "matéria tributária",
podendo instituir novos impostos e contribuições que não 
foram previstos no texto constitucional. 
3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF
possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as
remanescentes dos Estados. 
Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou
residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas
competências expressas no art. 25. 
• Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória
para a sua regulamentação. 
• Art. 25§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei
complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização,
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum. 
A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi
inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe
que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF
modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95)
até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto. 
DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS: 
As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 
1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24,
já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em
concursos. 
2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e
3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então
caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! 
 
 
 
 
 
 
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Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30
(Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as 
questões: 
1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério
da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo
nacional ou internacional, já sabemos que é competência da
União. 
2- Como a União é o poder central da federação, responsável por
uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela
que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases",
"normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro
estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG,
RS... isto é inimaginável) 
3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade
nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez
estaremos diante de competência da União. 
4- Como vimos, as competências federativas encontram-se
basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes,
o Município só participa de 1 rol de competências: Competência
"administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma
questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser
legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa
para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho
(CF, art. 30, I e II). 
(OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois
esta entende que osMunicípios legislam concorrentemente,
agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando
também aparece com uma dessa) 
5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos...
assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar
florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da
Constituição e o patrimônio público. 
6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os
entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo
abaixo: 
Competência Comum: 
Legislação concorrente -
legislar sobre: 
proteger os documentos, as
obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural; 
proteção ao patrimônio
histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico; 
 
 
 
 
 
 
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proporcionar os meios de
acesso à cultura, à educação e
à ciência; 
educação, cultura, ensino e
desporto; 
proteger o meio ambiente e
combater a poluição em
qualquer de suas formas; 
responsabilidade por dano ao
meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos
de valor artístico, estético,
histórico, turístico e
paisagístico; 
preservar as florestas, a fauna
e a flora; 
florestas, caça, pesca, fauna,
conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio
ambiente e controle da
poluição. 
7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que
podem ser executados pelos entes de forma direta ou sob regime
de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela
literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram
previstos da seguinte forma: 
• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão; 
• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; 
• Estados → diretamente ou apenas por concessão. 
Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já
está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou
concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar
em "concessão", senão já está errado. 
Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo NÃO PODE
ERRAR: 
Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar
pra trás, pois todo mundo vai acertar: 
1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que
são de legislação privativa da União - gravem somente os 5
concorrentes. Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico
e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
 
 
 
 
 
 
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2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; 
 X 
Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral,
em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento
urbano. 
3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União
(CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
 X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus
processos. 
4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social
+ Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de
competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). 
 X 
Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde =
A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime
próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a
saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 
5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. 
 X 
Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional =
Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e
nacional, será competência da União. 
Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões: 
6. (FCC/TJAA - TRE-AC/2010) Em matéria de competência
legislativa concorrente relacionada à União, Estados e Distrito 
Federal, é correto afirmar que 
a) a competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados. 
b) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União
estende-se ao estabelecimento de normas específicas. 
 
 
 
 
 
 
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c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não suspende,
em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual. 
d) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou 
específicas exclui a competência suplementar dos Estados. 
e) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os
Estados só podem exercer a competência limitada para atender suas
peculiaridades. 
Comentários: 
Essa questão é quase um resumo de tudo que está nos parágrafos do
art. 24: 
• §§1º e 2º - Na competência concorrente caberá à União
estabelecer tão somente as normas gerais, e os
Estados/DF vão suplementar essas normas com as
peculiaridades de cada ente. 
• §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
Estados exercerão a competência legislativa plena, ou
seja, vão legislar de forma completa para que possa atender
às suas necessidades. 
• §4º Mas, se após o exercício pelo Estado/DF da competência
plena, for editada lei federal sobre normas gerais, esta irá
suspender a eficácia da lei estadual, naquilo que lhe for
contrário. 
Letra A - Correta. 
Letra B - Errado. Ela se limita às normas gerais. 
Letra C - Errado. Ela suspende a lei estadual naquilo que lhe for
contrário. 
Letra D - Errado. A questão faz uma "dobradinha" de exclusão com a
letra A. Somente uma das duas poderia estar correta, essa está
errada já que não exclui a competência suplementar estadual. 
Letra E - Errado. Inexistindo normas gerais, eles legislam de forma
plena. 
Gabarito: Letra A. 
7. (FCC/TCE - AM/2008 - Adaptada) Em matéria de legislação
concorrente, diante da inexistência de lei federal, o Estado exercerá a
competência legislativa plena (Certo/Errado). 
Comentários: 
Segundo o art. 24 da Constituição, em seu §3º, inexistindo lei federal
sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, legislando de forma completa para atender às suas
peculiaridades. 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Correto. 
8. (FCC/PGE-AM/2010) A propósito do modelo de repartição de
competências adotado na Constituição Federal, pode-se afirmar que 
a) aos Estados foram asseguradas apenas competências residuais. 
b) as competências materiais são sempre de exercício concorrente
por todos os entes federativos. 
c) todas as competências privativas legislativas da União Federal
podem ser exercidas pelos Estados naquilo que for necessário para
atender a suas peculiaridades, mas não pelos Municípios. 
d) entre as competências legislativas dos Municípios se inclui a de
suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber. 
e) ao Distrito Federal não foi assegurado o exercício de competências
legislativas em regime de concorrência com a União 
Comentários: 
Letra A - Errado. Embora as competências estaduais sejam em regra
residuais ou remanescentes, eles possuem 2 competências
expressas: 
• Art. 25 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado,
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória
para a sua regulamentação. 
• Art. 25§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei
complementar,instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização,
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum. 
Letra B - Errado. Primeiro que a competência material é exclusiva ou
comum. A competência legisaltiva é que pode ser chamada de
privativa ou concorrente. Segundo que mesmo se empregado o termo
"concorrente" no sentido de "comum" ela estaria errada. 
Letra C - Errado. Questão também com vários erros. As competências
privativas não são em regra exercíveis pelos Estados. Para que os
Estados possam exercê-las precisa haver uma lei complementar
federal autorizado aquela questão específica, o que nem sempre vai
ocorrer. O outro erro da questão é o fato de que os municípios
poderão também, em certos casos exercer alguma daquelas
competências, pois ao Município compete (segundo a CF, art. 30, II)
suplementar a legislação federal e estadual naquilo que lhe couber,
ou seja, naquilo que for necessário para adequar a legislação às
peculiaridades do Município. 
 
 
 
 
 
 
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Letra D - Correto. É a competência atribuída pelo art. 30, II da
Constituição. 
Letra E - Errado. Tanto os Estados quanto o Distrito Federal legislam
concorrentemente com a União sobre as matérias do art. 24 da
Constituição. 
Gabarito: Letra D. 
9. (FCC/TRF4º/2010 - Adaptada) Os Estados não possuem
competência legislativa residual, sendo-lhes vedado atuar em áreas
que não lhe forem expressamente atribuídas pela Constituição
Federal. 
Comentários: 
A Constituição fez justamente o contrário. Atribuiu competência
residual aos Estados, dando-lhes o poder de legislar sobre tudo aquilo
que não seja lhes seja vedado, ou seja, aquilo que ficou atribuído
expressamente à União ou aos Municípios. 
Gabarito: Errado. 
10. (FCC/TRF4º/2010 - Adaptada) O Distrito Federal possui
competência legislativa residual, estando subtraídas do seu campo de
atuação apenas as matérias expressamente atribuídas pela
Constituição Federal à União. 
Comentários: 
Questão bem interessante. Sabemos que o Distrito Federal tem
competência híbrida, atua como Estado e como Município. Assim,
como os Estados possuem a competência residual, o DF também a
tem. Veja então que o DF pode legislar sobre tudo aquilo que está
expressamente elencado para os Municípios, sobre as duas
competências expressas dos Estados e sobre as competências
remanescentes estaduais, sendo-lhes vedado somente aquilo que é
expressamente atribuído à União. 
A questão está correta. Lembrando que, se a questão falasse em
"Estados", em vez de "Distrito Federal", deveria ressalvar tanto as
competências da União quanto as dos Municípios, porém, ao falar em
Distrito Federal, não precisou ressalvar a dos Municípios, pois estas
são exercidas também pelo DF. 
Gabarito: Correto. 
Questões sobre a literalidade: 
 
 
 
 
 
 
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11. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) Compete privativamente à
União legislar sobre direito 
a) comercial. 
b) tributário. 
c) financeiro. 
d) penitenciário. 
e) urbanístico. 
Comentários: 
Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de
legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes.
Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico
e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
O gabarito é a letra A, pois é o único que não se enquadra no "Tri-Fi-
Penit-Ec-Ur". 
12. (FCC/TJAA-TRT 8/2010) Compete à União, aos Estados e ao
Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
a) propaganda comercial. 
b) comércio interestadual. 
c) trânsito. 
d) transporte. 
e) procedimentos em matéria processual. 
Comentários: 
Tá aí a pegadinha clássica: 
Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF,
art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
 X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus
processos. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
 
 
 
 
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13. (FCC/BACEN/2006) Na Federação brasileira, a competência
para legislar sobre direito financeiro é: 
a) Comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. 
b) Privativa da União. 
c) Exclusiva dos Estados e do Distrito Federal. 
d) Concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. 
e) Cumulativa da União e dos Municípios. 
Comentários: 
A questão pediu o "FI" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur - Logo, é competência
concorrente. 
Gabarito da questão: Letra D! 
14. (FCC/AJAA-TRT-9ª/2010) Compete privativamente à União
legislar sobre: 
a) procedimentos em matéria processual. 
b) orçamento. 
c) produção. 
d) desporto. 
e) transferência de valores. 
Comentários: 
Letra A - Errado. A letra A traz uma questão clássica em concursos: 
• Direito Processual - Competência legislativa privativa da União
(CF, art. 22, I); 
• Procedimentos em matéria processual - Competência
legislativa concorrente (CF, art. 24, XI). 
Letra B - Errado. Orçamento é de competência concorrente (CF, art.
24, II). Todos os entes possuem orçamento. Temos um orçamento da
União, um orçamento para o Estado, um Orçamento para o DF, e um
para o Município... Caberá à União, porém, fazer as normas gerais,
típicas da legislação concorrente. 
Letra C - Errado. Legislar sobre produção e consumo é concorrente
(CF, art. 24, V) já que se trata de uma matéria que não fica restrita
ao âmbito de um só ente público e sim "passa pelas barbas" de
todos. Tanto que logo abaixo, no inciso VIII do mesmo art. 24, a
Constituição estabelece que também será da legislação concorrente a
responsabilidade por danos ao consumidor. Lembrando ainda que as
normas gerais são da União e cada Estado faz a sua norma
específica. 
 
 
 
 
 
 
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É importante também é notar que caberá de forma comum, a todos
os entes fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar (CF, art. 23, VIII). 
Letra D - Errado. Desporto é uma atividade de muita relevância para
a sociedade como um todo. O desporte se une ao ensino e a cultura
para formar bases de uma sociedade que busca o desenvolvimento e
inibição da marginalização dos jovens. Assim, a Constituição elencou
como competência concorrente legislar sobre educação, cultura,
ensino e desporto (CF, art. 24, IX), bem como instituiu como
competência comum a todos os entes: proporcionar os meios de
acesso à cultura, à educação e à ciência (CF, art. 23, V). 
Letra E - Correto. Tudo que envolver sistema monetário, medidas,
títulos, metais, crédito, câmbio, seguros, valores, etc... é tudo da
competência da União, privativa, veja o art. 22, VI e VII. Assim, a
União possui o Banco Central e controla de forma uniforme no
território nacional a legislação referente a essas políticas. 
Gabarito: Letra E. 
15. (FCC/PGE-AM/2010) É da competência privativa da União 
a) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência. 
b) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e
os sítios arqueológicos.c) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural. 
d) proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas. 
e) exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas
e de programas de rádio e televisão. 
Comentários: 
Vamos resolver direto essa questão, sem rodeios: as letras A, B, C e
D falam sobre direitos e interesses difusos, coisas relativas à
sociedade, patrimônio histórico, cultural. Proteger estas coisas é
competência de todo o poder público = competência comum. 
A letra E é a única que traz algo que é de competência privativa da
União. Mexeu com informática, rádio, televisão... estamos falando de
competência da União. A letra é traz o inciso XVI do art. 21, compete
à União exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões
públicas e de programas de rádio e televisão. Lá no art. 220 §3º, só
para fins de maiores esclarecimentos, temos que compete à lei
federal regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder 
 
 
 
 
 
 
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Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não
se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
mostre inadequada. Assim, vemos que é uma matéria sensível que
deve estar uniformizada nacionalmente. 
Gabarito: Letra E. 
16. (FCC/Técnico - TJ-PI/2009) Compete à União, aos Estados e
ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre 
a) informática. 
b) desapropriação. 
c) registros públicos. 
d) produção e consumo. 
e) serviço postal. 
Comentários: 
Letra A - Informática é privativo da União (CF, art. 22, IV), bem
como "telecomunicações e radiofusão". 
Letra B e C - legislação sobre desapropriação e registros públicos são
matérias que necessitam estar uniformizadas em âmbito nacional.
Assim, trata-se de competências privativas da União. Um detalhe
importante que deve ser salientado é o fato de que LEGISLAR sobre
desapropriação é uma competência privativa da União, mas, para
PROMOVER a desapropriação poderá ser qualquer ente, desde que
dentro da sua esfera de competência. Assim não esqueça: 
Legislar sobre desapropriação = Somente a União; 
 X 
Promover a desapropriação = Poder Público em geral. 
Letra D - Correto. Essa é concorrente e é o gabarito da questão.
Letra E - Mais uma vez, o serviço postal cabe somente à União.
Gabarito: Letra D. 
17. (FCC/Oficial-DPE-SP/2010) Dentre as competências
concorrentes conferidas pela Constituição Federal à União, aos 
Estados e ao Distrito Federal, tem-se a de legislar sobre 
a) desapropriação e processo civil. 
b) serviço postal e processo civil. 
c) registros públicos e Defensoria Pública. 
d) atividades nucleares e de segurança nacional. 
e) assistência jurídica e Defensoria Pública. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
As letras A, B e D trazem claramente competências privativas da 
União: 
• Desapropriação e serviço postal - os quais não podemos
errar de jeito nenhum); 
• Processo civil - Um direito que está fora do "Tri-Fi-Penit-Ec-
Ur", logo é privativo e não concorrente; 
• Atividade nuclear e segurança nacional - Precisa nem
comentar né? São matérias altamente sensíveis, onde só a União põe
a mão. 
Sobrou a letra C e E. Porém, sabemos que registros públicos é
matéria que deve estar uniformizada nacionalmente, logo, elimina-se
a letra C. 
Sobra a letra E como gabarito. 
Nós temos a Defensoria Pública da União (DPU) e as Defensorias 
Públicas Estaduais (DPE´s), por isso a Constituição previu, em seu
art. 24, XIII que assistência jurídica e Defensoria pública estaria sob
legislação concorrente. 
Gabarito: Letra E. 
18. (FCC/Analista - TRT-PI/2009) É correto afirmar que
compete à UNIÃO legislar 
a) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre
desapropriação e serviço postal. 
b) privativamente sobre seguridade social, registros públicos, defesa 
civil e propaganda comercial. 
c) concorrentemente com os Estados e o Distrito Federal sobre
comércio interestadual. 
d) privativamente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico. 
e) privativamente sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural,
artístico, turístico e paisagístico. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Serviço Postal e Desapropriação, conforme visto,
são matérias privativas da União, e não concorrentes. 
Letra B - Perfeito. Mas essa questão exige que façamos um
apontamento: Seguridade Social é o conjunto formado por
"Assistência Social + Saúde + Previdência Social". Legislar sobre a
seguridade como um todo, é privativo da União. Porém, legislar sobre
"previdência social" é concorrente, já que todos os entes podem 
 
 
 
 
 
 
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instituir seus próprios regimes de previdência, em se tratando dos
servidores públicos destes entes. Assim, não confunda: 
Seguridade Social = Matéria privativa da União; 
 X 
Previdência Social = Matéria concorrente. 
Letra C - Em matéria de competências em geral, temos uma regra
bem simples: algo que está territorialmente dentro de um Município -
caberá ao Município - Se este "algo" extrapolar os limites do
município (ou seja, for "intermunicipal") caberá ao Estado - Se,
porém, extrapolar os limites do Estado (ou seja, for algo
interestadual), passará a competir à União. 
Desta forma, como se trata de um comércio "interestadual", a
competência é obrigatoriamente da União. 
Letra D - Que saudade do nosso amigo "Tri-Fi-Penit-Ec-Ur"... olha ele
aí de novo! A legislação é concorrente e não privativa. 
Letra E - Vimos que todos esses interesses comuns, difusos, são de
competência material comum e legislação concorrente. Lembram? 
Competência Comum: 
Legislação concorrente -
legislar sobre: 
proteger os documentos, as
obras e outros bens de valor
histórico, artístico e cultural; 
proteção ao patrimônio
histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico; 
Gabarito: Letra B. 
Competências dos Municípios: 
Os Municípios, da mesa forma que a União, possuem as suas
competências enumeradas pela Constituição. São elas: 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber; 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência,
bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados em lei; 
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
legislação estadual; 
 
 
 
 
 
 
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V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial; 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União
e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da
União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da
população; 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e
estadual. 
Relembrando:
Pulo do Gato: 
Em questõesde "competências", para os serviços expressos na CF,
temos: 
• União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão; 
• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; 
• Estados → diretamente ou apenas por concessão. 
19. (FCC/Prefeitura de São Paulo/2008) Dentre as tarefas do
Município, insere-se a promoção da educação, apresentando o caráter
constitucional de 
a) atribuição explícita, em se tratando do campo do ensino
fundamental. 
b) atuação em colaboração com o Estado-membro, na área do ensino
médio e da educação infantil. 
c) subsidiariedade para impor a interveniência do poder municipal no
segmento da educação infantil, quando o setor privado se afigurar
inadequado à demanda. 
d) competência implícita, incorporada na de legislar sobre assunto de
interesse local. 
e) obrigação prioritária das autoridades municipais no tocante ao
ensino médio. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
Segundo a Constituição, em seu art. 30, VI, compete aos Municípios
manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado,
programas de educação infantil e de ensino fundamental. 
Logo, a resposta correta é a letra A - "atribuição explícita, em se
tratando do campo do ensino fundamental". 
Gabarito: Letra A. 
20. (FCC/TRF 1ª/2006) Os Municípios, segundo a Constituição
Federal, não poderão criar, organizar ou suprimir distritos. 
Comentários: 
Segundo a Constituição, em seu art. 30, IV, compete aos Municípios
criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual. 
Logo, trata-se de uma faculdade explícita dos municípios.
Gabarito: Errado. 
Estados-membros: 
A Constituição versa em seu art. 25 que os Estados organizam-se e
regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição. 
Em concursos públicos, a imensa maioria das questões se referem às
competências dos Estados. Essas competências como sabemos não
são expressas na Constituição, são ditas "residuais" ou
"remanescentes" devido ao §1º do art. 25 (São reservadas aos
Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição), havendo contudo duas competências que foram
expressas, e que, por este motivo, são exaustivamente exploradas
em concursos (art. 25 §§ 2º e § 3º). 
Existem agora, sobre os Estados-membros, um outro escalão de
questões, que são aquelas que diferenciam a nota 9 da nota 10, pois
cobram assuntos envolvendo a literalidade de dispositivos pouco
estudados pelos candidatos. Como meus alunos são nota 10 e não
nota 9, vamos trabalhá-los: 
Poder Legislativo Estadual: 
Unicameralidade: 
Diferentemente do PL federal que é bicameral (Câmara e Senado), os
demais entes possuem o PL composto por apenas 1 câmara: 
 
 
 
 
 
 
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• Estados - Assembléia Legislativa composta por deputados
estaduais; 
• Municípios - Câmara Municipal composta por vereadores; 
• Distrito Federal - Câmara Legislativa composta por deputados
distritais. 
Número de Deputados na Assembléia Legislativa: 
Você pode me dizer quantos deputados estaduais temos na
Assembléia Legislativa? 
Isso depende da quantidade de Deputados Federais que o Estado
possui no Congresso. Pegue o número de deputados federais e
multiplique por TRÊS!!! 
Mas atenção: Se tivermos mais que 12 deputados federais,
multiplique por 3 só esses 12. Ou seja, 36... 
Depois você acrescenta um Deputado Estadual para cada Deputado
Federal (coloca 1 pra 1, em vez de 3 pra 1). 
Exemplo: 
Se tivermos 16 deputados federais, teremos 40 Deputados federais 
(12 x 3 = 36 + 4 deputados, que é o que passa de 12). 
Então temos o disposto na Constituição: 
CF, art. 27. O número de Deputados à Assembleia
Legislativa corresponderá ao triplo da representação do
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de
trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os
Deputados Federais acima de doze. 
Garantias e Impedimentos dos Deputados Estaduais: 
São os mesmos dos Deputados Federais (CF, art. 27 §1º). 
Subsídios dos Deputados Estaduais: 
CF art. 27 § 2º - O subsídio dos Deputados Estaduais será
fixado por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa,
na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento
daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados
Federais(...) 
Gravem isso:
• Modo de fixação: LEI de iniciativa da AL. 
• Limite: no máximo 75% dos Dep. Federais. 
 
 
 
 
 
 
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No caso dos Deputados ESTADUAIS, nós temos a EXCEÇÃO, já que
a regra é o Legislativo fixar diretamente o subsídio de seus membros.
No caso dos deputados estaduais, como a fixação é feita por "LEI"
(ordinária) esta fixação de subsídios poderá ser apreciada pelo Poder
Executivo para sanção/veto. No caso dos vereadores, deputados
federais e Senadores, é o próprio Legislativo que fixa a remuneração,
sem que seja posteriormente submetida à sanção/veto do chefe do
Executivo. 
Esquematizando:
• Regra - Legislativo Municipal e Federal - o próprio PL fixa o
subsídio diretamente. 
• Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será
levada à sanção/veto pelo Executivo. 
Assembleias legislativas estaduais: 
CF, art. 27, § 3º - Compete às Assembleias Legislativas
dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos
cargos. 
Isso é uma amostra da prolixidade da Constituição. Ora, os Poderes
do Estado são autônomos, então, todas as competências internas,
que são ditas "interna corporis" são executadas diretamente pelo
órgão autônomo respectivo. A Constituição fez questão de frisar que
compete às Assembléias, à câmara dos deputados, ao Senado, aos
tribunais e blá, blá, blá, dispor sobre seu regimento interno, prover
seus cargos internos e etc... Isso nada mais é do que ratificar a
autonomia que é própria a tais órgãos. Logo, não fique em dúvida em
questões desse tipo. 
CPI estadual: 
Assim como na esfera federal, as Assembleias Legislativas também
podem criar CPI´s para investigar certos fatos determinados e pro
prazo certo, observando aquilo que o art. 58 §3º da Constituição
dispõe para as CPI´s federais. 
Iniciativa popular estadual: 
CF, art. 27 §4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no
processo legislativo estadual. 
Como sabemos, a iniciativa popular é o poder que o povo possui
para levar ao Poder Legislativo uma proposta de lei (ordinária ou 
 
 
 
 
 
 
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complementar). A iniciativa popular também pode ser exercida
tanto para feitura de leis federais, estaduais ou municipais, através
do cumprimento dos seguintes requisitos: 
♦ FEDERAL (CF, art. 61 §2º) Æ será proposta na Câmara dos 
Deputados e subscrito por, no mínimo: 
ƒ 1% do eleitorado nacional; 
ƒ De pelo menos 5 estados; e 
ƒ Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; 
♦ ESTADUAL (CF, art. 27 §4º) Æ deverá ser regulada por uma 
Lei Ordinária; 
♦ MUNICIPAL (CF, art. 29 XIII)Æ será subscrita por no mínimo 
5% do eleitorado. 
Poder Executivo Estadual: 
Governador: 
O Governador é o chefe do poder executivo estadual e auxiliado pelos
Secretários de Estado. 
Mandato: de 4 anos, com início em 1º de janeiro; 
Eleição: A eleição ocorre nos mesmos moldes do Presidente; 
Perda do cargo de governador: 
• Regra Æ Se assumir outro cargo ou função na administração
pública, direta ou indireta, irá perder seu cargo. 
• Exceção Æ Sepassar em concurso público, não perde o cargo
de Governador, porém tem que ficar afastado do cargo efetivo
até acabar o mandato. 
Subsídio: 
No Legislativo temos: 
Regra - Legislativo Municipal e Federal - o respectivo PL fixa o 
subsídio diretamente, sem precisar de lei. 
Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será levada à
sanção/veto pelo Executivo. 
No Executivo, a regra muda, temos então:
• Regra - Executivo Municipal e Estadual - Lei de iniciativa do
Legislativo que é levada à sanção/veto do Executivo = vale
para o Governador, Prefeito e respectivos secretários. 
 
 
 
 
 
 
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• Exceção - Executivo Federal - O Congresso fixa diretamente o
subsídio do Presidente da República e seus Ministros. 
21. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) O número de Deputados à
Assembleia Legislativa corresponderá ao dobro da representação do 
Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e
cinco, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais
acima de dez. 
Comentários: 
Será o "triplo" e não o dobro, e atingindo o número de "trinta e seis"
(e não trinta e cinco") só acrescenta um deputado estadual para cada
federal que estiver acima de "doze" (e não dez). 
Gabarito: Errado. 
22. (FCC/ALESP/2010) Em relação ao Poder Legislativo dos
Estados-Membros da federação brasileira, é correto asseverar que 
a) o número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e,
atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos
forem os Deputados Federais acima de doze. 
b) apresenta uma estrutura bicameral decorrente da obrigatoriedade
de haver simetria entre os órgãos legislativos da Federação. 
c) o subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa
do Congresso Nacional, na razão de, no máximo, setenta e cinco por
cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais. 
d) as regras sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidade,
remuneração, perda de mandato, licença e impedimentos, aplicadas
aos Deputados Federais, não se aplicam aos Deputados Estaduais. 
e) as Assembleias Legislativas poderão criar comissões parlamentares
de inquérito, desde que autorizadas pelo Congresso Nacional. 
Comentários: 
Letra A - Correto. Exatamente isso. O número de deputados
estaduais é o triplo do número de federais, só que isso só funciona
até chegar ao número de 36. Após 36 deputados estaduais, só se
acrescenta 1 deputado estadual a cada deputado federal acima de 
12. 
Letra B - Errado. O Legislativo estadual é unicameral, formado
apenas pela Assembléia Legislativa. 
Letra C - Errado. Quem fixa o subsídio dos deputados estaduais é
uma lei de iniciativa da Assembléia Legislativa. 
Letra D - Errado. Elas são aplicáveis (CF, art. 27 §1º). 
 
 
 
 
 
 
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Letra E - Errado. Elas podem criar CPI´s, porém, são autônomas, não
precisam de autorização do Congresso para tal. 
Gabarito: Letra A. 
23. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Em relação aos Estados
Federados, analise: 
I. Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, os
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja
regulamentação se fará mediante medida provisória. 
II. Incluem-se, dentre outros bens dos Estados, as águas emergentes
e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União. 
III. A iniciativa popular é privativa do processo legislativo federal, não
cabendo, portanto, na esfera estadual. 
IV. Compete às Assembleias Legislativas dispor, entre outras
situações, sobre sua polícia e prover os respectivos cargos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Comentários: 
I - Errado. 2 erros: seria concessão e não permissão; e também não
poderá usar medida provisória para regulamentar. 
II - Correto. As águas pertencem ao Estados, mas ressalvam-se
aquelas que decorrerem de obras da União. 
III - Errado. A iniciativa popular é possível em todas as esferas da
federação. 
IV - Essa questão é uma literalidade da Constituição. Segundo o art.
27 §3º Compete às Assembleias Legislativas dispor sobre seu
regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua
secretaria, e prover os respectivos cargos. 
Como vimos, isso é uma amostra da prolixidade da Constituição, pois
como os Poderes do Estado são autônomos, é óbvio que todas as
competências "interna corporis" serão executadas diretamente pelo
órgão. 
Gabarito: Letra D. 
 
 
 
 
 
 
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Municípios: 
O Município não possui Constituição, ele rege-se por uma lei
orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na
Constituição Federal e na Constituição do respectivo Estado. 
Pulo do Gato: 
Aqui encontramos o " " da lei orgânica: Dois turnos, Dez dias e 
Dois terços. 
As principais questões sobre Municípios são as que cobram as
competências do art. 30. 
Porém também são cobradas as demais disposições, algumas vezes,
vamos estudá-las. 
Poder Executivo Municipal: 
Prefeito:(Art. 29) 
Conceito: Chefe do poder executivo municipal e auxiliado pelos
secretários municipais; 
Mandato: de 4 anos, com início em 1º de janeiro; 
Eleição: 
o Será feita eleição simultânea em todo país para os prefeitos e
vereadores; 
ƒ Se mais de 200 mil ELEITORES Æ mesmos moldes do 
Presidente; 
ƒ Se menos de 200 ml ELEITORES Æ não há segundo turno, 
sendo eleito o candidato que alcançar a maioria dos votos.
Perda do cargo: Vale a regra para perda do cargo da mesma forma
que o Governador. 
Crimes comuns do Prefeito: Será julgado perante o TJ; 
(STF - SÚMULA Nº 702) Æ A Competência do TJ para julgar
prefeitos, restringe-se aos crimes de competência comum
da justiça estadual; nos demais casos, a competência
originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau. 
Crimes de responsabilidade do Prefeito: 
 
 
 
 
 
 
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Segundo o STF1, é harmônico com a Carta da República preceito de
lei orgânica de município prevendo a competência da câmara
municipal para julgar o prefeito nos crimes de responsabilidade
definidos no Decreto-Lei nº 201/67. 
I - efetuar repasse que supere os limites definidos no art. 29-A; 
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou 
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei 
Orçamentária. 
Poder Legislativo Municipal: 
Número de vereadores 
A EC 58/09 alterou todo o inciso IV do art. 29. Antes ele contava com
apenas 3 faixas para estabelecer o número de vereadores em razão
dos habitantes. Atualmente esse número está fixado, não é mais
proporcional e constam 24 valores diferentes. 
Assim, é humanamente impossível decorar todas as faixas. Para
concursos devemos apenas observar que: 
O número mínimo de vereadores é 9, depois temos outras 23 faixas
que se escalonam de 2 em 2 até chegar ao número máximo de 55. 
Professor, o que eu tenho que decorar então? 3 coisas: 
• Limite mínimo - 9 vereadores para até 15 000 habitantes; 
• Limite máximo - 55 vereadores para mais de 8 milhões de
habitante; 
• O escalonamento vai de 2 em 2. 
Fixação dos subsídios do Prefeito (seu Vice e seus secretários)e dos Vereadores: 
O poder público estadual segue sempre a regra - Legislativo com
subsídio fixado diretamente por ele, e Executivo com subsídio fixado
por lei de iniciativa do Legislativo, porém dependente de sanção/veto
pelo Executivo. 
Vamos esquematizar:
Subsídio do Legislativo 
• Regra - Legislativo Municipal e Federal - o próprio PL fixa o
subsídio diretamente. 
• Exceção - Legislativo Estadual - O PL fixa por lei que será
levada à sanção/veto pelo Executivo; 
1 RE 179852 / MG - MINAS GERAIS - 21/11/2000
 
 
 
 
 
 
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Subsídio do Executivo 
• Regra - Executivo Municipal e Estadual - Lei de iniciativa do
Legislativo que é levada à sanção/veto do Executivo = vale
para o Governador, Prefeito e respectivos secretários. 
• Exceção - Executivo Federal - O Congresso fixa diretamente o
subsídio do Presidente da República e seus Ministros. 
Limites máximos de gasto com pessoal no Legislativo 
Municipal: 
Em que pese a forma de fixação (a Câmara fixando diretamente o
subsídio de seus membros). Essa fixação deve observar os limites
traçados pela Constituição. São eles: 
-Se até 10 mil habitantes = Máx. 20% do subsídio dos Dep. Est.
-Se 10 até 50 mil habitantes = Máx. 30% 
-Se 50 até 100 mil habitantes = Máx. 40% 
-Se 100 até 300 mil habitantes = Máx. 50% 
-Se 300 até 500 mil habitantes = Máx. 60% 
-Se mais de 500 mil habitantes = Máx. 75% dos subsídio dos 
Dep. Est. 
Veja que o teto dos Deputados Estaduais será de até 75% dos 
Deputados Federais, e o dos Vereadores, por sua vez, será de até
75% dos Deputados Estaduais. Assim vamos gravar: 
• Até 10 mil habitantes = Máx. 20% 
• Mais de 500 mil habitantes = Máx. 75% 
• As faixas escalonam de 10 em 10%, salvo a última, que pula
de 60 para 75%. 
• Limite de despesa com a remuneração dos Vereadores =
5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO; 
• Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de
pagamento (serviços internos + vereadores) que se não
observado será crime de responsabilidade do Presidente
da Câmara = 70% DE SUA RECEITA; 
• Total da despesa do Poder Legislativo Municipal
(incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os
gastos com inativos) - não poderá ultrapassar os seguintes 
 
 
 
 
 
 
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percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das
transferências tributárias recebidas: 
- 7% para Municípios com população de até 100.000
habitantes; 
- 6% para Municípios com população entre 100.000 e 300.000
habitantes; 
- 5% para Municípios com população entre 300.001 e 500.000
habitantes; 
- 4,5% para Municípios com população entre 500.001 e 
3.000.000 de habitantes; 
- 4% para Municípios com população entre 3.000.001 e 
8.000.000 de habitantes; 
- 3,5% para Municípios com população acima de 8.000.001
habitantes. 
Essas porcentagens supracitadas não são, em si, muito cobradas
em concursos, porém, deve-se ter muita atenção na regra utilizada
para o cálculo. Esta sim é cobrada com bastante frequencia: 
• Inclui-se os subsídios dos Vereadores; 
• exclui-se os gastos com inativos. 
Inviolabilidade dos vereadores 
CF, art. 29, VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas
opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na
circunscrição do Município; 
É diferente do previsto para Deputados Federais e Senadores. A
imunidade material (aquela que se refere à proteção dada ao
conteúdo de suas manifestações) para Deputados Federais e
Senadores é aplicada a qualquer de suas palavras, opiniões e votos,
enquanto para os Vereadores, somente se proferido no exercício do
mandato e dentro dos limites municipais. 
A CF estabeleceu apenas imunidade material para os Vereadores - ou
seja, aquela que diz respeito às suas atribuições -, diferentemente do
que fez para os membros do Legislativo federal e estadual onde além
desta imunidade material vista, tem-se também imunidade formal -
que se refere ao processo. 
Incompatibilidades e proibições dos vereadores 
CF, art. 29, IX - proibições e incompatibilidades, no
exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto
nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional 
 
 
 
 
 
 
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e na Constituição do respectivo Estado para os membros da
Assembléia Legislativa; 
Desta forma, embora os vereadores (diferentemente dos Deputados
Estaduais) não tenham as mesmas garantias dos parlamentares
federais, eles vão ter as mesmas proibições e incompatibilidades. 
A Lei Orgânica Municipal deve observar ainda: 
CF, art. 29, XI - organização das funções legislativas e
fiscalizadoras da Câmara Municipal; 
CF, art. 29, XII - cooperação das associações
representativas no planejamento municipal; 
Ou seja: cabe à Lei Orgânica do Município organizar as funções da
sua câmara municipal (funções legislativas e fiscalizatórias). 
É papel também da lei orgânica prever, ou ordenar que a lei venha a
organizar, a forma como as associações representativas da sociedade
(segmentos profissionais, artísticos, filantrópicos...) irão participar do
planejamento municipal. 
Iniciativa popular municipal 
A iniciativa popular, como sabemos, será exercível em todas as
esferas. Novamente para fixar, vamos expor os requisitos de cada
uma: 
♦ FEDERAL Æ será proposta na Câmara dos Deputados e
subscrito por, no mínimo: 
ƒ 1% do eleitorado nacional; 
ƒ De pelo menos 5 estados; e 
ƒ Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; 
♦ ESTADUAL Æ deverá ser regulada por uma Lei Ordinária;
(art. 27 §4º) 
♦ MUNICIPAL Æ será subscrita por no mínimo 5% do
eleitorado. (art. 29 XIII) 
24. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Desconsiderando eventuais
decisões judiciais, observa-se que, exclusivamente, em conformidade
com o texto constitucional, no que se refere à composição das
Câmaras Municipais 
I. Municípios com mais de quinze mil habitantes e de até trinta mil
habitantes. 
 
 
 
 
 
 
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II. Municípios com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta
mil habitantes. 
Para a composição das referidas Câmaras Municipais, nesses casos,
será observado, respectivamente, o limite máximo de Vereadores, de 
a) sete e nove. 
b) nove e onze. 
c) onze e treze. 
d) treze e quinze. 
e) quinze e dezessete. 
Comentários: 
A Constituição traz 24 faixas para dizer qual o número de vereadores
que teremos, de acordo com o número da população. Por ser
humanamente impossível decorá-las, sugiro que observem 3 coisas: 
• Limite mínimo - 9 vereadores para até 15 000 habitantes; 
• Limite máximo - 55 vereadores para mais de 8 milhões de
habitante; 
• O escalonamento vai de 2 em 2. 
Desta forma. se até 15 000 temos 9 vereadores e as faixas
escalonam de 2 em 2, para a faixa de 15 a 30 000 habitantes (que é
a próxima) teremos 11 vereadores (9 + 2). 
A faixa que vai de 30 a 50 000, é a próxima, logo, será 9+2+2 = 13
vereadores. 
Simples, não? 
Gabarito: Letra C. 
25. (FCC/TJAA-TRE-AC/2010) Quanto aos Municípios, considere
as seguintes assertivas: 
I. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal. 
II. Para a composição das Câmaras Municipais, será observado o
limite máximo de onze Vereadores, nos Municípios de até quinze mil
habitantes. 
III. Nos Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderáa vinte por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais. 
IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de dez por cento da receita do
Município. 
 
 
 
 
 
 
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Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
Comentários: 
I - Correto. É o da lei orgânica: Dois Turnos, Dez dias e Dois
terços; 
II - Errado. Até 15000 habitantes é a primeira faixa. Ela começa em
nove e não em onze. 
III - Correto. 10 000 habitantes é a primeira faixa, em se tratando de
subsídios. A primeira faixa, realmente começa nos 20%. 
IV - Errado. O limite será de 5% da receita do Município.
Gabarito: Letra B. 
26. (FCC/TJAA-TRE-AM/2010) Constitui crime de
responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal se da receita
gastar com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de
seus Vereadores, mais de 
a) cinquenta por cento. 
b) setenta por cento. 
c) quarenta por cento. 
d) sessenta por cento. 
e) cinquenta e cinco por cento. 
Comentários: 
O Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de pagamento
(serviços internos + vereadores), se não observado constituirá crime
de responsabilidade do Presidente da Câmara. Esse limite é de 70%
DA RECEITA DA CÂMARA. 
Gabarito: Letra B. 
27. (FCC/TJ-SE/2009) Considere as seguintes assertivas a
respeito dos Municípios: 
I. Compete aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse
local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. 
 
 
 
 
 
 
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II. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um terço
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará. 
III. Em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos
Deputados Estaduais. 
IV. O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não
poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do
Município. 
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil está
correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
Comentários: 
I - Correto. CF, art. 30, V; 
II - Errado. Lei orgânica é = Dois Turnos, Dez dias e Dois terços
- a questão fala em "sessenta dias". 
III - 10 000 habitantes é a primeira faixa em se tratando de
subsídios. A primeira faixa começa nos 20%. 
IV - Correto. Entre os diversos limites que temos para despesas no
legislativo, temos que o limite de despesa com a remuneração dos
Vereadores deve ser de 5% DA RECEITA DO MUNICÍPIO. 
Gabarito: Letra C. 
Fiscalização das contas do Município 
A Constituição estabelece (art. 31) que a Fiscalização das contas do
Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante
controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder
Executivo Municipal, na forma da lei. 
• Controle Interno → Fiscalização exercida pelos sistemas de
controle, internamente em cada Poder. 
• Controle Externo → Fiscalização a cargo do Poder Legislativo,
auxiliado pelo Tribunal ou Conselho de Contas. 
Sobre o controle externo, a Constituição elencou 4 importantes
disposições, que listaremos abaixo, com ênfase ao §4º: 
 
 
 
 
 
 
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§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do
Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos
Municípios, onde houver. 
§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente
sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só
deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal. 
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta
dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei. 
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos
de Contas Municipais. 
Após a CF/88, ficou vedada a criação de Tribunais ou Conselhos de
Contas de natureza municipal. Atualmente, ainda existem 2,
criados antes de 88: o TCM–RJ e o TCM–SP. 
Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas
"dos Municípios", ou seja, órgãos que não de natureza municipal e
sim natureza estadual, com competência para fiscalizar as contas
de todos os Municípios da circunscrição do Estado. 
28. (FCC/Técnico TCE-GO/2009) Considere as seguintes
afirmações sobre a fiscalização do Município, mediante controle
externo: 
I. O controle externo será exercido pela Câmara Municipal, com o
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. 
II. O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas
que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por
decisão de três quintos dos membros da Câmara Municipal. 
III. As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, sendo vedado ao contribuinte, contudo, questionar-lhes a
legitimidade. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
I -Correto! 
II - Errado. Seriam 2/3 e não 3/5. 
III - Errado. Eles podem questionar a legitimidade! Esse é o objetivo
da transparência. 
Gabarito: Letra A. 
29. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) As Constituições
estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que
serão integrados por sete Conselheiros. 
Comentários: 
Agora a questão fala sobre os tribunais estaduais. Ela trouxe a
literalidade do art. 75 parágrafo único. 
Gabarito: Correto. 
30. (FCC/DP-SP/2009) O pacto federativo brasileiro reconhece o
Município como ente, por isso a Constituição de 1988 permite a
criação de novos Tribunais de Contas no âmbito municipal. 
Comentários: 
A questão está errada, pois como vimos, Após a Constituição
Federal/88 ficou vedada a criação de Tribunais ou Conselhos de
Contas de natureza municipal. Atualmente, ainda existem dois,
criados antes de 88: o TCM–RJ e o TCM–SP. 
Podem ser criados, no entanto, Tribunal ou Conselho de Contas dos
municípios, mas não de natureza municipal e sim estadual. Ou seja,
não pode ser criado o Tribunal de Contas do Município de Aparecida
de Goiânia, mas pode ser criado o Tribunal de Contas dos Municípios
de Goiás, o qual fiscalizará as contas de todos os Municípios (Goiânia,
Aparecida, Rio Verde, Itumbiara...), sendo um órgão estadual. 
Gabarito: Errado. 
Distrito Federal: 
O Distrito Federal, assim como os municípios, não possui
Constituição, rege-se por uma lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos
membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo Estado. 
 
 
 
 
 
 
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Relembrando: 
Pulo do Gato: 
Aqui encontramosnovamente o " " da lei orgânica: Dois turnos, 
Dez dias e Dois terços. 
Uma observação muito cobrada em concursos deve ser feita:
segundo o art. 32 da CF, é vedada a divisão do Distrito Federal em
Municípios. 
O DF é considerado um ente federativo híbrido. A sua competência
legislativa é mista: 
CF, art. 32 §1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as
competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios. 
Desta forma, eles possuem as competências enumeradas pela CF aos
Municípios, mas também possui aquelas ditas "remanescentes" dos
Estados. 
Divisão em Municípios: 
Questão clássica em concursos é o fato das bancas tentarem
confundir o Distrito Federal com o Território Federal no que tange a
divisão em municípios. Segundo a Constituição Federal: 
• Distrito Federal - NÃO pode ser dividido em Municípios. 
• Território Federal - PODE ser dividido em Municípios. 
Como o DF, por si, já possui as atribuições legislativas dos 
Municípios, seria ilógica a sua divisão em outros Municípios. 
Poder Executivo no DF: 
As coisas referentes ao governador do DF e à sua eleição seguirão as
mesmas regras dos governadores estaduais. 
Poder Legislativo no DF: 
Exercido pela "Câmara Legislativa" composta por "Deputados
Distritais" que seguem as mesmas regras dos Deputados Estaduais. 
 
 
 
 
 
 
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Influência do Poder Público Federal no DF: 
Segundo a Constituição é competência da União no DF (CF, art. 21,
XIII c/c 32 §4º) organizar e manter: 
ƒ Polícias civil e militar; 
ƒ Corpo de bombeiros militar;
ƒ Poder Judiciário;
ƒ Ministério Público;
ƒ Defensoria Pública; 
• OBS 1 - Compete a União, ainda, prestar assistência financeira
ao DF para a execução de serviços públicos, por meio de fundo
próprio. 
• OBS 2 - STF – Súmula nº 647 → Compete privativamente à
União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil
e militar do DF. 
• OBS 3 - Embora a CF confira competência à União para manter
essas instituições no DF, esta “manutenção” não se confunde
com “subordinação”, perceba o que trata a CF, art. 144, § 6º → 
As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente
com as polícias civis, aos governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios. 
31. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é
correto afirmar que, dentre outras situações: 
a) é governado por Deputado Federal escolhido pela Câmara dos
Deputados. 
b) é permitida sua divisão em Municípios. 
c) não possui competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios. 
d) lei estadual disporá sobre a utilização por seu Governo das polícias
civil e militar. 
e) reger-se-á por lei orgânica. 
Comentários: 
Letra A - Errado. O DF é governado por um governador, eleito pelo
povo. 
Letra B - Errado. É expressamente vedada pela Constituição a divisão
do DF em municípios. 
LEI FEDERAL disporá sobre
a utilização destes serviços
pelo Governo do DF 
 
 
 
 
 
 
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Letra C - Errado. O DF é um ente híbrido age legislativamente tanto
como Estado quanto Município. 
Letra D - Errado. Isso é papel da lei federal, já que é competência da
União no DF (CF, art. 21, XIII c/c 32 §4º) organizar e manter: 
ƒ Polícias civil e militar; 
ƒ Corpo de bombeiros militar;
ƒ Poder Judiciário;
ƒ Ministério Público;
ƒ Defensoria Pública; 
Letra E - Correto. O DF rege-se por Lei Orgânica que possui o mesmo 
 que encontramos para os Municípios. 
Gabarito: Letra E. 
32. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o
Distrito Federal: 
a) é governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da
República, pelo fato de ser a sede da capital federal. 
b) é regido por uma Constituição Distrital. 
c) possui Poder Legislativo próprio denominado Assembléia
Legislativa Distrital. 
d) não pode ser dividido em Municípios. 
e) possui competências legislativas reservadas à União e aos Estados-
Membros. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Interventor é o responsável por agir durante uma
intervenção federal em algum Estado da Federação. O DF é
governado por um GOVERNADOR. 
Letra B - Errado. Nós temos Constituições apenas "Federal" e
"Estaduais". No DF e nos Municípios, nós temos a chamada "LEI
ORGÂNICA", que possui o conhecido = votada em Dois turnos, 
com interstício de Dez dias e aprovada por Dois terços dos votos. 
Letra C - Errado. Diferentemente do Poder Judiciário (que é mantido
pela União), o DF tem Executivo e Legislativo próprios. Como o DF é
uma mistura entre Estado e Município, teremos a Câmara
Legislativa e não Assembléia Legislativa Distrital. 
Letra D - Correto. Difernetemente dos Territórios Federais, o Distrito
Federal não pode ser dividio em municípios (CF, art. 32). 
Letra E - Errado. A competência do DF é de Estados e Municípios e
não de União e Estados. 
LEI FEDERAL disporá sobre
a utilização destes serviços
pelo Governo do DF 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Letra D 
33. (FCC/Técnico - TRT-PI/2009) No tocante ao Distrito
Federal, considere as seguintes assertivas: 
I. É vedada sua divisão em Municípios. 
II. São atribuídas as competências legislativas reservadas à União. 
III. Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito
Federal, do corpo de bombeiros militar. 
IV. É regido por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício
mínimo de cinco dias. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
c) I, III e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
Comentários: 
I- Exato. O DF é só o DF e pronto, não pode ser subdividido por
expressa vedação do art. 32 da CF ("O Distrito Federal, vedada sua
divisão em Municípios..."); 
II - De forma alguma... o DF possui competências hibridas de Estado
e Município, não da União. 
III - Correto. Mais uma vez para fixar o art. 21, XIII combinando com
o 32 §4º da Constituição - cabe à União organizar e manter no DF: 
ƒ Polícias civil e militar; 
ƒ Corpo de bombeiros militar;
ƒ Poder Judiciário;
ƒ Ministério Público;
ƒ Defensoria Pública; 
IV - Errado. A LODF tem o mesmo da Lei Orgânica Municipal: 
Dois turnos, Dois terços e DEZ DIAS.
Gabarito: Letra B. 
 
Territórios Federais: 
Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem se-
rão reguladas em lei complementar. 
LEI FEDERAL disporá sobre a
utilização destes serviços pelo
Governo do DF 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRF 1ª
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Logo, não são uma parte autônoma na organização político-
administrativa brasileira, dependem da União e são muitas vezes
tratados como se fossem autarquias federais (autarquias
territoriais). 
Segundo o art. 33, precisa-se de uma lei para dispor sobre a
organização administrativa e judiciária dos Territórios. 
Divisão em Municípios 
Diferentemente do Distrito Federal, os Territórios poderão ser
divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, as
disposições sobre os demais Municípios da federação. 
Governo do Território Federal: 
Os Territórios Federais terão governadores e eles serão nomeados da
mesma forma que diretores de autarquias federais como o Banco
Central, ou seja, serão nomeados pelo Presidente da República após
aprovação do Senado Federal (CF, art.84, XIV). 
Fiscalização das contas do território: 
CF,

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