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Direito Empresarial 
Profa. Heloísa Medeiros 
Estabelecimento Empresarial 
1. Conceito 
Estabelecimento empresarial, Azienda, Fundo de 
comércio, Fazenda da empresa 
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de 
bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou 
por sociedade empresária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Conceito 
 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo 
complexo de bens organizado, para exercício 
da empresa, por empresário, ou por sociedade 
empresária. 
 
 
Conceito: Reunião de bens, materiais ou 
imateriais, para a consecução dos objetivos 
empresariais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Elementos do 
estabelecimento empresarial 
 Materiais: bens tangíveis.  
  
Imateriais: não são 
suscetíveis de 
apropriação física 
e são fruto da 
inteligência ou do 
conhecimento 
humano. 
 
3. Atributos do estabelecimento: 
aviamento e clientela 
 
Aviamento 
é a capacidade de um estabelecimento para produzir 
resultados, para gerar lucros. 
 
Formas de aviamento 
 
Objetivo: é o proveniente da reunião dos elementos do 
estabelecimento e sua organização para o objetivo 
empresarial. 
 
Subjetivo: liga-se à pessoa ou às pessoas que estão à 
frente da empresa e quem prestam a ela todo o seu 
prestígio, boa fama, correção e demais qualidades, que, 
certamente, acabam por aviar o estabelecimento tanto 
quanto a reunião dos elementos objetivamente 
considerados. 
3. Atributos do estabelecimento: 
aviamento e clientela 
Clientela 
É o grupo de pessoas que realizam negócios 
com o estabelecimento de forma continuada. 
 
Atenção: 
Não confundir elementos (bens materiais e 
imateriais) com atributos (aviamento e clientela) 
Nem o aviamento nem a clientela são 
elementos do estabelecimento, mas, sim, são o 
resultado da aplicação pelo empresário, dos 
diversos bens que compõem o estabelecimento 
 
4. Trespasse 
O estabelecimento pode ser objeto de diversos 
negócios jurídicos (art. 1.143). 
 
O estabelecimento pode ser cedido 
temporariamente ou definitivamente. 
 
A cessão temporária acontece pelo 
arrendamento ou usufruto. 
 
A cessão definitiva do estabelecimento ocorre 
com sua alienação (Trespasse). 
4. Trespasse 
É a operação pela qual um empresário vende a 
outro o seu estabelecimento empresarial, 
ficando este responsável pela condução dos 
negócios a partir de então (continuará 
exercendo a mesma atividade que era 
explorada pelo alienante). 
4. Trespasse 
 
Venda da sociedade empresária x Venda do estabelecimento 
(trespasse) 
 
Venda do estabelecimento 
•  altera-se a figura de seu titular; 
•  empresário se desfaz de parcela de seus bens 
Venda da sociedade empresária: 
•  não há alteração quanto ao titular do estabelecimento 
empresarial, que continua o mesmo; 
•  ocorre mediante a cessão de quotas sociais (sociedade por 
quotas) ou comercialização de suas ações (sociedade por 
ações); 
•  não há alteração no patrimônio da sociedade empresária; 
4. Trespasse 
Restrições à venda do estabelecimento empresarial: 
  
Lei de Falência: 
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha 
ou não o contratante conhecimento do estado de crise 
econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção 
deste fraudar credores: 
VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita 
sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos 
os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado 
ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, 
salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição 
dos credores, após serem devidamente notificados, 
judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e 
documentos; 
  
4. Trespasse 
Eficácia do contrato de trespasse 
 
Averbação na Junta Comercial 
 
Art. 1.144 do Código Civil 
O contrato que tenha por objeto a 
alienação, o usufruto ou arrendamento 
do estabelecimento, só produzirá efeitos 
quanto a terceiros depois de averbado à 
margem da inscrição do empresário, ou 
da sociedade empresária, no Registro 
Público de Empresas Mercantis, e de 
publicado na imprensa oficial.  
4. Trespasse 
Eficácia do contrato de trespasse 
 
Pagamento de todos os credores ou 
autorização destes 
 
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem 
bens suficientes para solver o seu passivo, 
a eficácia da alienação do 
estabelecimento depende do 
pagamento de todos os credores, ou do 
consentimento destes, de modo expresso 
ou tácito, em trinta dias a partir de sua 
notificação.   
4. Trespasse 
Diante disto, duas situações podem surgir: 
 
1 – a venda do estabelecimento empresarial por 
empresário solvente 
 
 – neste caso, nenhuma nulidade poderá ser arguida, 
na medida em que ele contará com patrimônio suficiente 
para suportar todas as dívidas. 
 
2 – a venda de estabelecimento empresarial por 
empresário insolvente 
 
 – neste caso, a venda somente terá validade caso o 
alienante tenha notificado seus credores a respeito do 
negócio, e destes não tenha havido nenhuma objeção 
nos 30 dias subsequentes a notificação.  
4. Trespasse 
 
Responsabilidade do adquirente e do alienante: 
 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento 
responde pelo pagamento dos débitos 
anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados, continuando o 
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo 
prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos 
vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, 
da data do vencimento. 
  
4. Trespasse 
Quem responde pela dívidas contraídas antes do trespasse: 
 
- o adquirente: 
pelas dívidas contabilizadas 
+ 
dívidas tributárias: 
se o alienante cessou sua atividade econômica – 
responsabilidade do adquirente; 
se o alienante realiza atividade econômica ou recomeçou a 
atividade em até 6 meses após o trespasse – responsabilidade 
subsidiaria do adquirente (art. 133, CTN) 
+ 
dívidas trabalhistas 
(mesmo não contabilizadas – art. 10 e 448, CLT). 
  
- o alienante: solidariamente ao adquirente por 1 ano a partir da 
publicação da transmissão do estabelecimento, em se tratando 
de dívidas vencidas; referindo-se a dívidas vincendas, conta-se 1 
ano a partir da data de vencimento de cada uma. 
  
4. Trespasse 
 
 
Observação: 
 
Quem adquiri estabelecimento dentro de um 
procedimento de falência ou de recuperação 
judicial não responde por encargos trabalhistas 
ou tributários 
 
Arts. 60 e 141, III, Lei de Falência 
 
Informativo 548/maio de 2009/STFT 
4. Trespasse 
 
Cláusula de não concorrência 
  
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o 
alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subsequentes à transferência. 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou 
usufruto do estabelecimento, a proibição prevista 
neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. 
 
Pode o contrato, porém, prever expressamente que 
não há impedimento ao direito do alienante, 
arredante ou proprietário concorrer com o 
adquirente ou usufrutuário. 
 
  
4. Trespasse 
Sub-rogação automática dos contratos 
 
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa 
a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para 
exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, 
podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a 
contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, 
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. 
Os contratos de trespasse, usufruto ou arrendamento do 
estabelecimento empresarial somente produzirão efeitos perante 
terceiros depois de averbados no Registro Público de Empresas 
Mercantis e devidamente publicados na imprensa oficial, isso 
independentemente da qualidade jurídica do vendedor ou doadquirente, ou seja, a averbação e publicação são obrigatórias 
mesmo em se tratando de negócio firmado entre pessoas físicas 
ou jurídicas que, por sua qualidade, não estão sujeitas ao regime 
de publicado de seus atos na imprensa. 
  
5. Proteção do Ponto Comercial 
 
Ponto comercial 
 
Trata-se da localização do estabelecimento 
empresarial. 
 
 
 
5. Proteção do Ponto Comercial 
 
Garantias: Renovação compulsória ou 
indenização 
 
Lei 8.245/1991 – estabelece ao inquilino duas 
garantias básicas: 
 
1) a possibilidade de renovação compulsória do 
contrato de locação empresarial, mediante o 
preenchimento dos requisitos do art. 51; 
2) a indenização pela perda do ponto no caso 
da não renovação, nas hipóteses legalmente 
previstas no art. 52, § 3º. 
5. Proteção do Ponto Comercial 
Requisitos para renovação compulsória (art. 51): 
 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao 
comércio, o locatário terá direito a renovação do 
contrato, por igual prazo, desde que, 
cumulativamente: 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por 
escrito e com prazo determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma 
dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de 
cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no 
mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de 
três anos. 
5. Proteção do Ponto Comercial 
Ação Renovatória 
 
Prazo para proposição: um ano, no máximo, e 
seis meses, no mínimo, anteriores ao término do 
contrato em vigor (Artigo 51, § 5º). 
 
Função: permitir ao locatário, mediante 
condições e atendimento de requisitos 
processuais, a obtenção de uma prorrogação 
compulsória do seu contrato locatício pela via 
judicial. 
 
Legitimidade ativa: o locatário, seu cessionário 
ou sucessor (art. 51, §§ 1o. e 2o. da Lei de 
Locações). 
5. Proteção do Ponto Comercial 
O juiz concederá a retomada ao locador (Art. 52 e 
72, da Lei de Locações): 
 
1)  melhor proposta de terceiro; 
2)  por determinação do Poder Público, tiver que 
realizar no imóvel obras que importarem na sua 
radical transformação; ou para fazer 
modificações de tal natureza que aumente o 
valor do negócio ou da propriedade – (art. 52, I, 
Lei de Locações); 
3)  uso próprio art. 52, §1o, Lei de Locações; 
4)  uso de descendente, ascendente ou cônjuge - 
art. 52, II, Lei de Locações. 
5. Proteção do Ponto Comercial 
Em algumas situações o locatário terá o direito de 
pleitear uma indenização: 
 
1)  quando a retomada foi concedida em virtude de 
melhor proposta de terceiro; 
2)  quando o locador atrasa na destinação alegada 
por um período de 3 meses; 
3)  quando o locador não dá a destinação alegada; 
 
4)  quando o locador explorar o mesmo ramo de 
atividade do locatário.

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