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Introdução à Disciplina Pensamento Jurídico Contemporâneo

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1 
 
 
Texto Completo Disponível em: 
www.jurismestre.com.br 
E-mail: contato@jurismestre.com.br 
 
 
Tema 1. Introdução à Disciplina Pensamento Jurídico Contemporâneo. 
 
Pablo Jiménez Serrano* 
 
Conteúdo: 1. Para uma Teoria Moderna do Direito: apresentação do programa. 1.1. Conteúdo 
programático. 2. Importância e utilidade teórica e prática da disciplina. 3. Pressupostos teóricos: 
a) Teoria dogmática; b) Teoria zetética; c) Teoria crítica. 
 
1 Para uma Teoria Moderna do Direito: apresentação do programa. 
 
A presente disciplina, com base na caracterização da evolução do pensamento 
jusfilosófico e sua repercussão teórica e prática, procura proporcionar uma melhor compreensão da 
utilidade e importância das concepções contemporâneas do Direito, apresentando o Direito, não 
como um instrumento de pacificação de conflitos, mas como uma ciência que contribui, de fato, 
para a pacificação e o humanismo social. 
 
O cerne do estudo das teorias contemporâneas do Direito consiste na discussão da 
repercussão do pensamento jurídico contemporâneo. Importa identificar as escolas e pressupostos 
teóricos a partir da leitura das teses propostas pelos juristas e pensadores contemporâneos. 
 
Pretende-se propiciar um conhecimento que legitime a melhor forma de desenvolver 
os processos de interpretação e integração do Direito à luz do pensamento jurídico 
contemporâneo. 
 
1.1. Conteúdo programático. 
 
Por meio dos diferentes temas e conteúdos apresentamos, pois, a teorização do 
conhecimento jurídico e sua repercussão (incidência) na teoria e na prática do Direito. 
 
Assim, no tema 1 destacamos a importância e os pressupostos teóricos da disciplina. No 
tema 2 estudaremos da dogmática jurídica, seus pressupostos doutrinários. No tema 3 introduzimos 
a concepção zetética do direito e seus pressupostos doutrinários. No tema 4 apresentamos da crítica 
jurídica, sua importância e pressupostos. No tema 5 estudaremos a compreensão moderna do 
Direito e no tema 6 os reducionismos jurídicos. 
 
2. Importância e utilidade teórica e prática da disciplina. 
 
A disciplina procura apresentar os principais fatores que incidem sobre o pensamento 
jurídico moderno e as concepções que dominam o mundo jurídico - acadêmico. 
 
Assim, por meio de diversas aulas: palestras (problematizante), seminários e atividades 
extra-classes, tentaremos, responder às seguintes questões: Quais são os pressupostos teóricos ou 
linhas do pensamento jurídico contemporâneo? Quais são as principais teorias: teses e argumentos 
propostos? Qual é a importância da disciplina para os cursos jurídicos? Qual é a contribuição da 
 
* Doutor em Direito. Professor e pesquisador do Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA. 
 
 
2 
 
 
Texto Completo Disponível em: 
www.jurismestre.com.br 
E-mail: contato@jurismestre.com.br 
 
disciplina na formação do pensamento do jurista? Qual é a utilidade da disciplina na 
resolução dos problemas jurídicos teóricos e práticos? 
 
Pensamento Jurídico Contemporâneo pode ser considerada uma disciplina que, caracteriza 
e atualiza o conhecimento das Teorias Contemporâneas do Direito, colocando em discussão os 
construtos e concepções jurídicas modernas em face de um funcionalismo que objetiva a 
compressão da unicidade do Direito, fazendo ênfase fundamentalmente já não mais no 
estruturalismo (formalismo), porém no funcionalismo jurídico e suas perspectivas para o 
desenvolvimento humano. 
 
Assim, contrariando a perspectiva estruturalista ou formalista do Direito a disciplina 
propõe o estudo dos conceitos e métodos que objetiva a realização dos valores vigorantes nas 
sociedades onde a ordem normativa se aplica. 
 
A disciplina objetiva oferecer um aparato conceitual e teórico que permita superar as 
insuficiências de determinadas correntes e orientações jusfilosóficas históricas, correlacionando, 
assim, os aportes das novas concepções jurídicas contemporâneas. Contudo, possibilita-se a 
compreensão da utilidade de importantes conceitos, a saber, justiça, democracia, dignidade, 
igualdade etc. para o trabalho jurídico quer teórico quer prático. 
 
Dentre das maiores criticas se destaca a oposição radical ao positivismo jurídico 
contrariando as teses que derivam do reducionismo jurídico e a idéia de um direito unicamente 
constituído por leis, códigos, precedentes judiciais. 
 
Procura-se, ainda, apresentar o Direito como uma ciência sistemática construída por 
conceitos e com uma perspectiva científica que fornece uma visão global, sistemática e unitária do 
direito. 
 
Em suma, a utilidade da disciplina radica na sua possibilidade de fazer pensar o 
Direito. Vemos, desse modo, a disciplina como uma área do conhecimento que nos permite 
melhor interpretar, investigar e compreender a realidade jurídica. 
 
3. Pressupostos teóricos: a) Teoria dogmática; b) Teoria zetética; c) Teoria crítica. 
 
Teorias contemporâneas consideram que o direito não se limita a um emaranhado de 
regras. Eis que ao Direito íntegra um sistema de conceitos e proposições que, com uma perspectiva 
funcionalista, é utilizado e aplicado pela comunidade jurídica. (Veja-se Ronald Dworkin, dentre 
outros autores). 
 
O Direito, no contexto moderno, não pode mais ser estudado sob a concepção tecnológica. 
Contudo, “por mais que se faça, não é possível esconder ou sufocar a necessidade de uma crítica 
permanente do direito positivo”.1 
 
 
 
 
1 COMPARATO, Fábio Konder. O Direito como parte da Ética. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: 
Manole, 2004, p. 4. 
 
 
3 
 
 
Texto Completo Disponível em: 
www.jurismestre.com.br 
E-mail: contato@jurismestre.com.br 
 
O Direito não é uma técnica de decisão e justiça, não é um conjunto de normas conectado a 
uma realidade factual ou que depende de um interesse de classe. Tampouco é o Direito um 
conjunto de instituições e decisões nascida da pratica (jurisprudência). 
 
O jurista moderno tem como desafio “a compreensão de que o fenômeno jurídico é muito 
mais amplo do que o Direito posto pelo Estado, praticado nos tribunais e ensinado nas faculdades 
de Direito”.2 
 
Freqüentemente, o que se vê nos cursos jurídicos é uma consideração meramente factual da 
realidade como se o Direito fosse algo ligado à própria natureza, um dado que não precisa ter 
explicação e que de qualquer maneira não precisa ser justificado (dogma).3 
 
O Direito, modernamente, é visto como um conjunto de teorias e práticas, cujas normas são 
pensadas como instrumento decisório, por meio do qual se procura satisfazer um interesse de 
ordem finalista que objetiva: a ordem, a inclusão, a justiça, a cidadania a paz, o desenvolvimento, a 
consciência social: jurídica e moral etc. 
 
Observa-se, pois, que o ideal do Direito moderno não é mais unidimensional, pois seu 
reducionismo: normativo, factual ou valorativo não mais satisfaz a realização da convivência 
social. 
 
A sociedade moderna exige do Direito a realização da Cidadania, da Justiça e do bem-
comum. Daí a necessidade de uma consciência crítica do Direito, e alertar sobre as insuficiências 
da leitura positivista da ordem jurídica, bem como apontando a necessidade de atrelar Moral e 
Direito. Na medida em que é impossível fazer uma ciência humana sem conhecer o ser humano, 
torna-se difícil falar de direito se pensar esse complexo objeto e suas interações e implicações 
ético-filosóficas.4 
 
O conhecimento da importância (seus aportes) e a distinção da dogmática, da Zetética e da 
Crítica jurídica permitem ao jurista desvendar os limites e perspectivas do Direito. Tais 
pressupostos serão estudados separada e sucessivamente nos próximos temas.Questões: 
 
1. Quais as principais características o pensamento jurídico contemporâneo? 
 
3. Qual a importância da disciplina para os cursos jurídicos? 
 
4. Qual a contribuição da disciplina na formação do pensamento do jurista? 
 
 
2 GRAU, Eros Roberto. O Direito posto, o Direito pressuposto e a doutrina efetiva do Direito. In, O que é a filosofia 
do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 38. 
3 COMPARATO, Fábio Konder. O Direito como parte da Ética. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: 
Manole, 2004, p. 4. 
4 BITTAR, Eduardo C.B. O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. XI [Introdução]. 
 
 
 
4 
 
 
Texto Completo Disponível em: 
www.jurismestre.com.br 
E-mail: contato@jurismestre.com.br 
 5. Qual a utilidade da disciplina na resolução dos problemas jurídicos teóricos e práticos? 
 
6. Quais são os pressupostos teóricos da disciplina? 
 
 
Bibliografia Recomendada: 
 
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Tradução de Roberto Raposo. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Forense Universitária, 2005. 
 
BEZIAU, Jean-Yves. Tendências Atuais da Filosofia. Desterro: Nefelibata, 2004. 
 
BITTAR, Eduardo C.B. O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, (Introdução). 
 
BUNGE, Mario. Epistemologia: curso de atualização. Trad. de Cláudio Navarra. São Paulo: T. A 
Queiroz, Ed. Universidade de São Paulo, 1980, p. 139. 
 
CAFFÉ ALVES, Alaôr. As raízes sociais da Filosofia do Direito: uma visão crítica. In, O que é a 
filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 86. 
 
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 7. ed. 2. reimp. São Paulo: Ática, 2000. 
 
COMPARATO, Fábio Konder. O Direito como parte da Ética. In, O que é a filosofia do direito? 
Barueri, SP: Manole, 2004, p. 3 - 6. 
 
FERRAZ Jr, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: Técnica, Decisão, Dominação. 4. 
ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 39. [Acerca do sentido das proposições] 
 
GRAU, Eros Roberto. O Direito posto, o Direito pressuposto e a doutrina efetiva do Direito. In, O 
que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 38. 
 
GUERRA Filho, Willis Santiago. Autopoiese do Direito na Sociedade Pós-Moderna: Introdução a 
uma Teoria Social Sistêmica. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997, p.24 e ss. [Acerca do 
termo "pós-modernidade"] 
 
JIMÉNEZ SERRANO, Pablo. Epistemologia do Direito: para uma melhor compreensão da 
ciência do direito. Campinas, SP: Alínea, 2007. 
 
________. Como Estudar Direito: para melhor apreender o saber jurídico. Campinas, SP: Alínea, 
2007. 
 
________. Compêndio de Metodologia da Ciência do Direito. Primeira e Segunda Parte. São 
Paulo: Catálise, 2004. 
 
 
 
5 
 
 
Texto Completo Disponível em: 
www.jurismestre.com.br 
E-mail: contato@jurismestre.com.br 
 
________. Como Utilizar o Direito Comparado na Elaboração de Teses Científica. Rio de 
Janeiro: Forense, 2006. 
 
LAFER, Celso. Filosofia do Direito e Princípios Gerais: considerações sobre a pergunta “O que é a 
Filosofia do Direito”. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 54. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Introdução ao Estudo do Direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
 
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 23. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003. 
 
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
________. Filosofia do Direito. 20. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 2009. 
 
SEARLE, John R. “Filosofia contemporânea nos Estados Unidos”, in BUNNIN, Nicholas e E.P. 
Tsui-James (orgs). “Compendio de Filosofia”. São Paulo: Loyola, 2002, p. 1. 
 
SIMMONDS, N. E. “Filosofia do Direito”, in BUNNIN, Nicholas e E.P. Tsui-James (orgs). 
“Compendio de Filosofia”. São Paulo: Loyola, 2002, p. 389. 
 
TELLES JUNIOR, Goffredo da Silva. Duas Palavras. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, 
SP: Manole, 2004, p. 16.

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