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Aula 1 Bioetica

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Prévia do material em texto

Bioética	
  
	
  
Introdução	
  à	
  Bioética	
  e	
  à	
  
Biotecnologia	
  
Ana	
  Paula	
  de	
  Ma+os	
  Arêas	
  Dau	
  
e-­‐mail:	
  ana.areas@ufabc.edu.br	
  
15/02/2015	
  
Calendário	
  da	
  disciplina	
  
Dia	
   Assunto	
  da	
  aula	
  
15/02	
   Introdução	
  à	
  Biotecnologia	
  e	
  à	
  BioéGca	
  
22/02	
   ÉGca	
  em	
  pesquisa	
  com	
  animais	
  
29/02	
   ÉGca	
  na	
  experimentação	
  em	
  humanos*	
  
07/03	
   FerGlização	
  in	
  vitro	
  
14/03	
   Pesquisa	
  com	
  células-­‐tronco	
  e	
  clonagem*	
  
21/03	
   Transgênicos	
  e	
  meio	
  ambiente	
  
Propriedade	
  intelectual	
  –	
  patentes	
  (aula	
  a	
  distância)	
  
28/03	
   Eutanásia	
  e	
  testamento	
  vital*	
  
04/04	
   Trans-­‐humanismo	
  
11/04	
   Direitos	
  autorais,	
  éGca	
  nas	
  publicações	
  e	
  privacidade	
  e	
  
divulgação	
  de	
  informações	
  em	
  Biotecnologia	
  
18/04	
   Prova	
  
25/04	
   Vista	
  das	
  provas	
  
02/05	
   Exame	
  
*	
  Assuntos	
  dos	
  quais	
  serão	
  cobradas	
  aCvidades	
  no	
  Tidia	
  para	
  nota.	
  Em	
  geral,	
  o	
  
prazo	
  de	
  entrega	
  das	
  aCvidades	
  será	
  de	
  aproximadamente	
  2	
  semanas.	
  
Critério	
  de	
  avaliação	
  
	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  M	
  =	
  (P	
  x	
  0,7)	
  +	
  (A	
  x	
  0,3)	
  
M:	
  média	
  final	
  
P:	
  prova	
  
A:	
  média	
  das	
  aGvidades	
  selecionadas	
  
	
  
O	
  Exame	
  vale	
  como	
  prova	
  subsCtuCva	
  caso	
  
o	
  aluno	
  falte	
  à	
  prova	
  ou	
  fique	
  com	
  F.	
  	
  
Correlação	
  entre	
  conceitos	
  e	
  notas	
  
Conceito	
   Notas	
  
A	
   8,5	
  -­‐	
  10	
  
B	
   7,0	
  -­‐	
  8,4	
  
C	
   5,5	
  –	
  6,9	
  
D	
   4,5	
  –	
  5,4	
  
F	
   <	
  4,5	
  
Literatura	
  adotada	
  	
  
• ArGgos	
  da	
  área	
  
• Estudos	
  de	
  caso	
  
• Material	
  próprio	
  
• Reportagens	
  
Filoso;ia	
  do	
  curso	
  
• Estudo	
  individual	
  é	
  tão	
  importante	
  quanto	
  
a	
  aula.	
  
• O	
   que	
   importa	
   é	
   entender	
   e	
   analisar	
  
criGcamente	
  os	
  conceitos	
  e	
  não	
  decorar!	
  	
  
• Estudos	
   de	
   caso	
   ajudam	
   a	
   contextualizar	
  
os	
  conceitos!	
  
	
  
De;inições	
  de	
  Biotecnologia	
  
•  Segundo a Convenção sobre diversidade Biológica da 
ONU, a "Biotecnologia define-se pelo uso de 
conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as 
propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver 
problemas e criar produtos de utilidade." 
•  Possui dependência interdisciplinar entre várias áreas: 
Marcos	
  da	
  Biotecnologia	
  
•  Cruzamento	
  tradicional	
  de	
  culGvares	
  
•  Melhoramento	
  genéGco	
  de	
  gado	
  
•  Tecnologia	
  do	
  DNA	
  recombinante	
  	
  
•  Melhoramento	
  de	
   vegetais	
   e	
   gado	
   com	
  base	
  nos	
   genes	
  
que	
   codificam	
   certas	
   caracterísGcas	
   –	
   Melhoramento	
  
molecular.	
  
•  Manipulação	
  de	
  células	
  –	
  programação	
  molecular	
  
•  Avanços	
  rápidos	
  geraram	
  necessidade	
  de	
  discussão	
  sob	
  a	
  
luz	
  da	
  ÉGca.	
  
•  Surgiu	
  a	
  BioéCca.	
  
A	
  questão	
  central	
  da	
  Ética	
  é:	
  o	
  
que	
  nos	
  obriga	
  a	
  sermos	
  bons?	
  
•  Os	
  filósofos	
  Humeanos	
  dizem	
  que	
  nos	
  guiamos	
  pelos	
  
senGmentos.	
   Os	
   KanGanos	
   defendem	
   a	
   ação	
   pela	
  
razão.	
  	
  
•  Os	
   Humeanos	
   dizem	
   que	
   somos	
   movidos	
   pelos	
  
desejos,	
  emoções.	
  Quase	
  como	
  os	
  outros	
  animais.	
  A	
  
bondade	
   e	
   a	
   maldade	
   se	
   relacionam	
   com	
   emoção	
  
moral.	
  
•  Os	
   KanGanos	
   argumentam	
   que	
   os	
   desejos	
   e	
   os	
  
senGmentos	
  podem	
  ser	
  imorais.	
  Por	
  isso,	
  tudo	
  deve	
  
ser	
  racionalizado.	
  Chamam	
  isso	
  de	
  juízo	
  éGco.	
  
A	
  questão	
  central	
  da	
  Ética	
  é:	
  o	
  que	
  
nos	
  obriga	
  a	
  sermos	
  bons?	
  
• As	
  respostas	
  podem	
  ser	
  baseadas	
  em	
  ideologias	
  
diferentes,	
  mas	
  todas	
  convergem	
  para	
  os	
  valores	
  
morais.	
  
• Valores	
   são	
  os	
   critérios	
   úlGmos	
  de	
  definição	
  de	
  
metas	
  ou	
  fins	
  para	
  as	
  ações	
  humanas.	
  
•  Não	
   necessitam	
   de	
   explicações	
   além	
   deles	
  
mesmos	
   para	
   exisGrem.	
   Ex:	
   devemos	
   ser	
   bons	
  
porque	
  a	
  bondade	
  é	
  um	
  valor.	
  
A	
  Ética	
  
•  É muito comum ouvirmos: “Isto não é ético” ou 
“Fulano é uma pessoa ética”. Mas o que é Ética? 
•  Segundo o Prof. de Ética, Luís Peluso: 
•  “Será que sabemos realmente o que estamos dizendo 
quando afirmamos que somos seres éticos? O fato é 
que todos nós concordaríamos que a Ética tem a ver 
com a realização da "excelência" do humano através 
de nossas ações. A "excelência" é a perfeição, ou 
seja, o completo desenvolvimento das potencialidades 
humanas.” 
 Luís Alberto Peluso: Ética para principiantes, 2011 
A	
  Ética	
  
• Ética é um conjunto de valores morais 
(princípios) que norteiam a conduta 
humana na sociedade/grupo. 
• Varia conforme o tempo e a sociedade/
grupo. 
 
Os	
  valores	
  correntes	
  nem	
  sempre	
  são	
  
moralmente	
  aceitáveis	
  
Arcabouço	
  moral	
  individual	
  
• Pode	
  ser	
  influenciado	
  pela	
  éGca	
  do	
  grupo.	
  
• Reflete	
  os	
  valores	
  e	
  verdades	
  pessoais.	
  
• Pode	
  mudar	
  com	
  o	
  tempo	
  e	
  o	
  contexto	
  social.	
  
• Define	
   para	
   o	
   indivíduo	
   as	
   noções	
   de	
   “certo”	
   e	
  
“errado”,	
  refleGndo-­‐se	
  em	
  suas	
  aGtudes.	
  
De;inições	
  de	
  valores	
  
•  Um	
   valor	
   é	
   uma	
   concepção,	
   explícita	
   ou	
   implícita,	
  
própria	
   de	
   um	
   indivíduo	
   ou	
   caracterísCca	
   de	
   um	
  
grupo,	
  a	
  respeito	
  do	
  desejável,	
  o	
  que	
  influi	
  na	
  seleção	
  
dos	
   modos,	
   meios	
   e	
   fins	
   de	
   ação	
   acessíveis.	
  
(KLUCKHOHN,	
  1968)	
  
•  Um	
   princípio	
   abstrato	
   e	
   generalizado	
   de	
  
comportamento	
   com	
   o	
   qual	
   os	
   membros	
   de	
   um	
  
grupo	
   se	
   sentem	
   fortes,	
   posiGva	
   e	
   emocionalmente	
  
compromissados	
   e	
   fornece	
   um	
   padrão	
   para	
   julgar	
  
atos	
   e	
   metas	
   específicas.	
   Qualquer	
   grupo	
   com	
  
alguma	
  coesão	
  irá	
  formar	
  algum	
  sistema	
  de	
  valores.	
  	
  
Subjetividade	
  dos	
  valores	
  
•  Quando	
   pensamos	
   em	
   nossos	
   valores,	
  
pensamos	
   no	
   que	
   é	
   importante	
   em	
   nossas	
  
vidas.	
   Cada	
   um	
   de	
   nós	
   detém	
   numerosos	
  
valores	
  [...]	
  com	
  variados	
  graus	
  de	
  importância.	
  
Um	
  valor	
  pode	
  ser	
  muito	
  importante	
  para	
  uma	
  
pessoa,	
   mas	
   muito	
   desimportante	
   para	
   outra.	
  
(SCHWARTZ,	
  2005a,	
  p.22)	
  
Sistemas	
  de	
  valores:	
  Estudo	
  de	
  caso	
  
• Questão	
  das	
  crianças	
  indígenas	
  deficientes.	
  
Link	
  matéria	
  do	
  FantásCco:	
  h+ps://www.youtube.com/watch?v=Hi8IyiFS76QValores	
  morais	
  mutáveis	
  e	
  imutáveis	
  
•  Muitos	
   valores	
   variam	
   conforme	
   as	
   normas	
  
vigentes	
   em	
   uma	
   sociedade,	
   mas	
   outros,	
   são	
  
imutáveis.	
  
• Valores	
  imutáveis	
  (perenes)	
  são	
  princípios.	
  
• Os	
   princípios	
   norteiam	
   a	
   norma	
   de	
   conduta	
   e	
   o	
  
padrão	
  éGco	
  dos	
  indivíduos	
  em	
  uma	
  sociedade.	
  	
  
Surgimento	
  da	
  Bioética	
  
• Albert	
   Schweitzer	
   diz	
   que	
   o	
   princípio	
   de	
   toda	
   éGca	
  
deve	
   ser	
   a	
   reverência	
   pela	
   vida,	
   de	
   uma	
   forma	
  
ampla,	
  o	
  que	
  engloba	
  a	
  natureza	
  como	
  um	
  todo.	
  
•  Segundo	
   Schweitzer,	
   “uma	
   éGca	
   que	
   nos	
   obrigue	
  
apenas	
   a	
   preocupar-­‐nos	
   com	
   os	
   homens	
   e	
   a	
  
sociedade	
   não	
   pode	
   ter	
   este	
   significado.	
   Somente	
  
aquela	
   que	
   é	
   universal	
   e	
   nos	
   obriga	
   a	
   cuidar	
   de	
  
todos	
  os	
  seres	
  nos	
  põe	
  de	
  verdade	
  em	
  contato	
  com	
  
o	
  Universo	
  e	
  a	
  vontade	
  nele	
  manifestada.”	
  
	
  
	
  
Trecho	
  do	
  prefácio	
  de	
  “BIOÉTICA:	
  A	
  éGca	
  da	
  vida	
  sob	
  múlGplos	
  olhares”	
  
Alvaro	
  Angelo	
  Salles	
  (Organizador)	
  
Surgimento	
  da	
  Bioética	
  
• Baseado	
   nas	
   ideias	
   de	
   Schweitzer,	
   Van	
  
Rensselaer	
   Po+er	
   propõe,	
   em	
   1971,	
   o	
   termo	
  
BioéGca	
   e	
   enfaGza	
   a	
   necessidade	
   de	
   se	
  
procurar	
   uma	
   nova	
   conduta,	
   formada	
   a	
   parGr	
  
de	
   dois	
   componentes	
   que	
   devem	
   ficar	
  
inseparáveis:	
  o	
  conhecimento	
  técnico-­‐biológico	
  
e	
  a	
  promoção	
  dos	
  valores	
  humanos.	
  Dizia	
  que	
  a	
  
BioéGca	
   é	
   a	
   ponte	
   para	
   um	
   futuro	
   com	
  
dignidade	
  e	
  qualidade	
  de	
  vida	
  humanas.	
  
	
  
	
  
	
  
Trecho	
  do	
  prefácio	
  de	
  “BIOÉTICA:	
  A	
  éGca	
  da	
  vida	
  sob	
  múlGplos	
  olhares”	
  
Alvaro	
  Angelo	
  Salles	
  (Organizador)	
  
Surgimento	
  da	
  Bioética	
  
•  Andre	
  Hellegers,	
  fisiologista	
  holandês	
  e	
   fundador	
  do	
  The	
  
Joseph	
  and	
  Rose	
  Kennedy	
  Ins<tute	
  for	
  the	
  Study	
  of	
  Human	
  
Reproduc<on	
  and	
  Bioethics,	
  passou	
  a	
  empregar	
  a	
  palavra	
  
em	
   senGdo	
   mais	
   amplo,	
   relacionando-­‐a	
   com	
   a	
   éGca	
   da	
  
medicina	
  e	
  das	
  ciências	
  biológicas.	
  
•  Ambos	
   os	
   precursores	
   no	
   emprego	
   da	
   palavra	
   (Po+er	
   e	
  
Hellegers),	
   procuraram	
   soluções	
   normaGvas	
   para	
  
problemas	
   que,	
   desde	
   o	
   início	
   dos	
   anos	
   1950,	
  
inquietavam	
  os	
  meios	
  cien~ficos.	
  Tratava-­‐se	
  de	
  avaliar	
  as	
  
consequências	
   dos	
   rápidos	
   avanços	
   nas	
   ciências	
  
biológicas	
  e	
  controlar,	
  ou	
  humanizar,	
  os	
  seus	
  efeitos.	
  
ReGrado	
  do	
  site	
  Bioé<ca,	
  Biodireito	
  e	
  Direitos	
  humanos,	
  disponível	
  no	
  link:	
  	
  h+p://
www.dhnet.org.br/direitos/direitosglobais/paradigmas_textos/v_barreto.html	
  
A	
  Bioética	
  baseia-­‐se	
  em	
  princípios	
  –	
  
principialismo	
  de	
  Beauchamp	
  e	
  Childress	
  
• A	
   BioéGca	
   se	
   ocupa	
   da	
   determinação	
   do	
  
padrão	
   de	
   conduta	
   relacionada	
   a	
   qualquer	
  
procedimento	
   biológico,	
   biomédico	
   ou	
  
médico,	
   envolvendo	
   seres	
   vivos	
   capazes	
   de	
  
senGr	
   dor	
   ou	
   de	
   ter	
   qualquer	
   nível	
   de	
  
consciência	
   (sencientes).	
   O	
   que	
   norteia	
   este	
  
padrão	
  de	
  conduta	
  são	
  os	
  princípios.	
  
A	
  Bioética	
  baseia-­‐se	
  em	
  princípios	
  
	
  
•  Os	
   princípios	
   são	
   valores	
   universais,	
   fundamentais	
   e	
  
perenes,	
   por	
   isso,	
   são	
   adotados	
   como	
   norma	
   para	
  
direcionar	
   a	
   conduta	
   em	
   ciência.	
   Os	
   valores	
   bioéGcos	
  
foram	
   publicados	
   em	
   1978	
   no	
   Relatório	
   Belmont	
   pela	
  
"Comissão	
  norte-­‐americana	
  para	
   a	
   proteção	
  da	
   pessoa	
  
humana	
  na	
  pesquisa	
  biomédica	
  e	
  comportamental".	
  Os	
  
4	
   princípios	
   foram	
   fundamentados	
   no	
   Principles	
   of	
  
Biomedical	
  Ethics	
  de	
  Beauchamp	
  e	
  Childress,	
  de	
  1979.	
  
•  Princípio	
  da	
  autonomia	
  
•  Princípio	
  da	
  beneficência	
  
•  Princípio	
  da	
  não-­‐maleficência	
  
•  Princípio	
  da	
  jusGça/equidade	
  
Princípios	
  da	
  Bioética	
  
•  Autonomia:	
   respeito	
   ao	
   sujeito	
   da	
   pesquisa/
procedimento,	
  dignidade	
  e	
  liberdade	
  de	
  decisão.	
  
•  Beneficência:	
   o	
   bem	
   do	
   sujeito	
   e/ou	
   da	
  
sociedade	
  é	
  o	
  principal	
  objeGvo	
  deste	
  princípio.	
  
•  Não	
   maleficência:	
   Obrigação	
   de	
   não	
   causar	
  
nenhum	
   Gpo	
   de	
   dano	
   ao	
   sujeito	
   da	
   pesquisa/
procedimento.	
  
•  JusCça/equidade:	
   procedimento	
   padrão	
   e	
  
bene‚cios	
   igualmente	
   distribuídos	
   entre	
   os	
  
indivíduos.	
  
Sobre	
  os	
  princípios	
  
•  O	
   que	
   se	
   encontra	
   por	
   detrás	
   da	
   aplicação	
  
mecânica	
  desses	
  princípios,	
  como	
  se	
  fosse	
  possível	
  
a	
  sua	
  aplicação	
  conjunta,	
  é	
  a	
  tentaGva	
  de	
  jusGficar-­‐
se	
   a	
   hegemonia	
   de	
   uma	
   das	
   três	
   dimensões	
   da	
  
saúde	
  na	
   sociedade	
   contemporânea,	
  o	
  paciente,	
  o	
  
médico	
   e	
   a	
   sociedade.	
   Os	
   quatro	
   princípios	
  
somente	
   adquirem	
   senGdo	
   lógico	
   se	
   forem	
  
considerados	
   como	
   referentes	
   a	
   cada	
   um	
   dos	
  
agentes	
   envolvidos:	
   a	
   autonomia,	
   referida	
   ao	
  
indivíduo,	
   a	
   beneficência	
   e	
   não-­‐maleficência	
   ao	
  
médico	
  e	
  a	
  jusCça	
  à	
  sociedade	
  e	
  ao	
  Estado.	
  	
  
ReGrado	
  do	
  site	
  BioéGca,	
  Biodireito	
  e	
  Direitos	
  humanos,	
  disponível	
  no	
  link:	
  	
  h+p://
www.dhnet.org.br/direitos/direitosglobais/paradigmas_textos/v_barreto.html	
  
	
  
Sobre	
  os	
  princípios	
  
• A	
   aplicação	
   isolada	
   de	
   cada	
   um	
   desses	
  
princípios,	
  no	
  entanto,	
  terminará	
  por	
  consagrar	
  
situações	
   sociais	
   injustas.	
   Torna-­‐se,	
   então,	
  
necessário	
   procurar	
   um	
   modelo	
   que	
   não	
  
permita	
  a	
  hegemonia	
  de	
  um	
  princípio	
   sobre	
  os	
  
três	
   outros,	
  mas	
   que	
   assegure	
   a	
   jusGficação,	
   a	
  
integração	
   e	
   a	
   interpretação	
   dos	
   quatro	
  
princípios.	
  Em	
  outras	
  palavras,	
  como	
  fazer	
  com	
  
que	
   a	
   autonomia	
   seja	
   preservada,	
   a	
  
solidariedade	
  garanGda	
  e	
  a	
  jusGça	
  promovida.	
  
ReGrado	
  do	
  site	
  BioéGca,	
  Biodireito	
  e	
  Direitos	
  humanos,	
  disponível	
  no	
  link:	
  	
  h+p://
www.dhnet.org.br/direitos/direitosglobais/paradigmas_textos/v_barreto.htmlSabendo	
  de	
  tudo	
  isso…	
  Pensemos	
  a	
  
respeito	
  da	
  a;irmação	
  abaixo:	
  
“Eu	
   não	
   queria	
   ter	
   de	
   usar	
   os	
   dados	
  
nazistas,	
   mas	
   não	
   existem	
   outras	
   opções	
  
para	
  a	
  minha	
  pesquisa,	
  nem	
  nunca	
  exisGrão	
  
num	
  mundo	
  éGco”.	
  	
  
	
  
	
  
John	
  Hayward,	
  médico	
  da	
  Universidade	
  de	
  Victoria,	
  Canadá,	
  que	
  
estuda	
  os	
  efeitos	
  do	
  frio	
  no	
  corpo	
  humano.	
  
Marcos	
  para	
  a	
  Bioética	
  
•  1948:	
  Declaração	
  universal	
  de	
  direitos	
  humanos.	
  
•  1964:	
  1a	
  Declaração	
  de	
  Helsinki.	
  
•  1993:	
   Programa	
   de	
   BioéGca	
   da	
   UNESCO*	
   foi	
  
estabelecido.	
  
•  1996:	
   Publicada	
   no	
   Brasil	
   a	
   resolução	
   196/96	
   que	
  
delimita	
   os	
   princípios	
   da	
   experimentação	
   em	
  
humanos.	
  
•  1997:	
   Declaração	
   de	
   BioéGca	
   e	
   Direitos	
   Humanos	
  
da	
  UNESCO.	
  
•  2008:	
  Publicada	
  no	
  Brasil	
  a	
  Lei	
  Arouca	
  que	
  delimita	
  
os	
  princípios	
  da	
  pesquisa	
  em	
  animais.	
  
•  2010:	
  Publicação	
  do	
  Novo	
  Código	
  de	
  ÉGca	
  Médica.	
  
•  2012:	
   Publicada	
   resolução	
   466/12	
   que	
   atualiza	
   a	
  
resolução	
  196/96.	
  
	
  
	
  
	
  
*UNESCO:	
  Organização	
  das	
  Nações	
  Unidas	
  para	
  a	
  Educação,	
  a	
  Ciência	
  e	
  a	
  Cultura.	
  
Órgãos	
  consultivos	
  e	
  ;iscalizadores	
  
brasileiros	
  
• CONCEA:	
   Conselho	
   Nacional	
   de	
   Controle	
   de	
  
Experimentação	
  Animal	
  (nacional)	
  
• CEUA:	
   Comissão	
   de	
   éGca	
   no	
   uso	
   de	
   animais	
  
(local)	
  
• CONEP:	
  Comissão	
  Nacional	
  de	
  ÉGca	
  em	
  Pesquisa	
  
(nacional)	
  
• CEP:	
  Comitê	
  de	
  ÉGca	
  em	
  Pesquisa	
  em	
  humanos	
  
(local)	
  
Membros	
  dos	
  órgãos	
  ;iscalizadores	
  devem	
  ter	
  
formação	
  adequada	
  	
  -­‐	
  áreas	
  muito	
  amplas	
  
Outras	
  áreas:	
  Biodireito	
  
•  Uma	
   área	
   nova	
   do	
   Direito	
   se	
   apresenta	
   em	
   resposta	
   aos	
  
avanços	
  biotecnológicos:	
  o	
  Biodireito.	
  
•  Afirma	
   que	
   todos	
   tem	
   direito	
   a	
   um	
   meio	
   ambiente	
   sadio	
   e	
  
pleno	
  e	
  devem	
  ter	
  sua	
  dignidade	
  como	
  indivíduos	
  respeitada.	
  
•  Baseia-­‐se	
  no	
  princípio	
  da	
  prevenção	
  e	
  da	
  precaução.	
  
•  Prevenção:	
  algo	
  potencialmente	
  danoso	
  à	
  saúde	
  humana	
  e	
  ao	
  
meio	
   ambiente	
   deve	
   ser	
   evitado.	
   Nesse	
   caso,	
   os	
   riscos	
   são	
  
conhecidos	
  e	
  previsíveis.	
  
•  Precaução:	
  Se	
  há	
  dúvida	
  quanto	
  à	
  segurança	
  de	
  algo,	
  seu	
  uso	
  
deve	
  ser	
  evitado.	
  Nesse	
  caso,	
  há	
  incertezas	
  quanto	
  aos	
  riscos.	
  
Ética	
  x	
  moral	
  x	
  lei	
  
• A	
  ÉGca	
  e	
  a	
  moral	
  versam	
  sobre	
  valores	
  individuais	
  e	
  
de	
   grupos/sociedade	
   que	
   norteiam	
   as	
   ações	
   dos	
  
indivíduos.	
  
• Como	
   estes	
   conceitos	
   variam,	
   faz-­‐se	
   necessária	
   a	
  
adoção	
   de	
   princípios	
   e	
   valores	
   consensuais	
  
expressos	
  na	
  forma	
  de	
  lei.	
  
• A	
   lei	
   obriga	
   todos	
   os	
   indivíduos	
   a	
   seguirem	
   um	
  
padrão	
   de	
   norma	
   de	
   conduta	
   e	
   convivência	
   para	
  
que	
   a	
   dignidade	
   humana	
   e	
   de	
   outros	
   seres	
   vivos	
  
seja	
  respeitada.	
  
Para	
  fazer	
  após	
  a	
  aula	
  
• Assistam	
  aos	
  vídeos	
  listados	
  abaixo:	
  
•  ÉGca	
  no	
  coGdiano	
  –	
  Profs.	
  Mário	
  Sérgio	
  Cortella	
  
e	
  Clóvis	
  de	
  Barros	
  Filho	
  	
  	
  
•  l i nk :	
   h+ps : / /www.youtube .com/watch?
v=eE9J4oHop0E	
  
• BioéGca	
  -­‐	
  Prof.	
  Álvaro	
  Valls	
  	
  
•  l i nk :	
   h+ps : / /www.youtube .com/watch?
v=y8kpsJy3W20	
  
•  Também	
   leiam	
   o	
   texto:	
   Princípios	
   de	
   Bioé<ca,	
  
disponível	
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complementar)	
  da	
  aba	
  da	
  disciplina	
  no	
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