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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA ESTUDO DE APRENDIZAGEM Disciplina: Administração Pública Questão dissertativa Assista a reportagem abaixo que pode ser acessada pelo link disponibilizado: Reportagem – Quanto mais presos, maior o lucro Link: http://vimeo.com/96243525 - Quanto mais presos, maior o lucro Com base nos conhecimentos adquiridos na disciplina de Administração Pública, redija um texto dissertativo sobre a temática da reportagem, inserindo sua opinião e relacionando os conteúdos da disciplina com os conteúdos da reportagem. Instruções: Elabore seu texto tendo como parâmetro o mínimo de 25 linhas e o máximo de 40 linhas. O objetivo da atividade é observar a capacidade de analisar a política pública em destaque nas reportagens com os conteúdos da disciplina. Dessa forma, possibilitando uma análise do desempenho crítico em fundamentar um posicionamento sobre ações governamentais voltadas para a sociedade, relacionando com fatores teóricos e práticos da administração pública brasileira que condicionam as políticas públicas. A atividade deverá ser entregue na forma manuscrita ou digitada. A correção da dissertação levará em consideração coesão, coerência e pertinência da dissertação sobre a temática e proposta a ser desenvolvida, bem como a adequada utilização da norma culta da língua portuguesa. Atenção para a formatação do trabalho, considerando sua estética de apresentação para o leitor: Trabalho manuscrito – letra legível com tamanho proporcional as dimensões da folha pautada e identificação do autor do trabalho. Trabalho digitado – diagramação da folha, margens superior e esquerda em 3 cm e margens inferior e direita em 2 cm, fonte da letra Times New Roman no tamanho 12 ou Arial no tamanho 11, com espaçamento entre linhas simples, justificado e identificação do autor do trabalho. Relatório da Reportagem: “Quanto mais presos, maior o lucro” Referência: Privatização dos presídios De início, vamos aproveitar um pouco da utopia, apresentada no poema da nossa experiente poetisa, Cora Coralina, que numa visão adaptada para a análise dessa reportagem, poderíamos considerar uma profecia, descontando-se as discussões cabíveis, diante da aplicação prática da concessão dos serviços penitenciários à iniciativa privada: “Tempo virá. Uma vacina preventiva de erros e violência se fará. As prisões se transformarão em escolas e oficinas. E os homens, imunizados contra o crime, cidadãos de um novo mundo, contarão às crianças do futuro, estórias absurdas de prisões, celas, altos muros, de um tempo superado. ” Sob o ponto de vista da eficiência da administração pública, tal iniciativa encontra amparo em vários dispositivos legais, dentre eles, o Decreto Lei nº 200/67, no seu artigo 10, dispõe sobre as possibilidades da terceirização do serviço público no “§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas [...] à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução”. Cabe ainda observar que a nossa Constituição se não autoriza a terceirização de determinados serviços públicos, pelo menos deixa aberta uma janela para essa prática, de acordo com o disposto no seu artigo 175: Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Considerando a análise acima, sob o ponto de vista lógico e racional, resta considerar que o tema é muito polêmico, sobretudo por estar o Estado flexibilizando em demasia, serviços tipicamente de natureza estatal (especialmente atribuições da segurança e polícia) abrindo mão da sua supremacia, comprometendo a soberania e até o bem comum, inclusive contrariando o Artigo 1º da CF/88. Considerações a parte, cabem as observações pessoais, sobre o tema proposto, onde não há que se levar em conta, diante da comprovada incompetência estatal, o quesito sobre o quantitativo do lucro, pois o particular naturalmente, em qualquer empreitada, visa obter lucro. O ponto central para a aceitação dessa nova modalidade, irá se firmar sob outros pontos de vista que a sociedade julga mais urgentes e extremamente necessários no momento atual, tais como reduzir ou acabar com a impunidade e principalmente, manter fora de circulação os indivíduos delinquentes em dívida com a sociedade por ações delituosas e criminosas. De tal forma a nossa sociedade está desiludida com as ações estatais em seu benefício, que qualquer iniciativa com possibilidades de melhora na sua qualidade de vida, da sua segurança e bem-estar, sempre será bem-vinda, inclusive pela adoção das modernas tecnologias já disponíveis a todas as atividades. As devidas correções surgirão com decorrer dos atos fatos havidos. Fora isso, para não deixar de fora uma visão bem pessoal, porém cabível e discutível, seria bem mais econômico, além de prático, a aplicação da pena capital para todos os crimes dolosos e os de estupro... e a polêmica continua então! Paulo César Machado – GV, 05 de abril de 2016
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