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introducao a saude publica

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INTRODUÇÃO À SAÚDE PÚBLICA
Profª. Dra. BIANCA ARNONE
DISCIPLINA: SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA
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HISTÓRICO
1808- Criação da primeira organização nacional de saúde pública no Brasil. E em 27 de fevereiro foi criado o cargo de Provedor-Mor de Saúde da Corte e do Estado do Brasil, embrião do Serviço de Saúde dos Portos, com delegados nos estados.
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HISTÓRICO
1828- Após a Independência, foi promulgada, em 30 de agosto, a lei de Municipalização dos Serviços de Saúde
No mesmo ano, ocorreu a criação da Inspeção de Saúde Pública do Porto do Rio de Janeiro, subordinada ao Senado da Câmara, sendo em 1833, duplicado o número dos integrantes.
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HISTÓRICO
1837- Ficou estabelecida a imunização compulsória das crianças contra a varíola.
1846- Obedecendo o mesmo critério de luta contra as epidemias, foi organizado o Instituto Vacínico do Império. 
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Segunda metade do século XIX
A Revolução Industrial determinou uma profunda repercussão na estrutura social da humanidade e sobre a saúde pública. 
Além disso, trouxe consequências graves, pois as populações foram deslocadas das pequenas comunidades rurais e trazidas em massa para os centros urbanos em formação (surtos de doenças epidêmicas)
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HISTÓRICO
1850- Autorizou o governo a despender recursos para medidas tendentes a obstar a propagação da epidemia 
As atividades de Saúde Pública estavam limitadas a: delegação das atribuições sanitárias às Juntas Municipais; controle de Navios e Saúde dos Portos e Autoridades Vacinadoras contra a varíola.
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HISTÓRICO
A tuberculose encontrou novas condições de circulação, capaz de amplificar de tal modo a sua ocorrência e a sua letalidade, passando a ser uma das principais causas de morte, e atingindo especialmente os jovens nas idades mais produtivas
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HISTÓRICO
1878- Tornou-se obrigatória a desinfecção terminal dos casos de morte por doenças contagiosas, a critério da autoridade sanitária.
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Primeiras décadas do século XX
Epidemias de doenças transmissíveis, em particular a febre amarela e a malária, produziram um impacto dramático de mortalidade nas cidades e nos principais canteiros de obras localizados nos países periféricos, causando prejuízo ao comércio e dificultando a expansão do capitalismo.
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HISTÓRICO
A solução, na época, veio sob a forma de incentivo público às pesquisas biomédicas, sobretudo àquelas dirigidas às doenças tropicais e à formação de equipes de trabalho organizadas em moldes militares, capazes de intervir com disciplina e eficácia quando necessário. Estavam criadas as campanhas sanitárias (campanhas sanitárias)
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HISTÓRICO
1903- Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. 
Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou suas memoráveis campanhas de saneamento. Seu primeiro adversário: a febre amarela, que angariara para o Rio a reputação de “Túmulo dos Estrangeiros” e que matou, de 1897 a 1906, quatro mil imigrantes.
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HISTÓRICO
Oswaldo Cruz estruturou a campanha contra a febre amarela em moldes militares, dividindo a cidade em dez distritos sanitários, cada qual chefiado por um delegado de saúde
1904- Instituiu a “Reforma Oswaldo Cruz”, que criou o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção (com responsabilidade de combate à malária e à peste no Rio de Janeiro) (Decreto Legislativo nº 1.151, de 5/1/1904). 
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HISTÓRICO
1909- Carlos Chagas descobriu a doença, provocada pelo Tripanosoma cruzi, que então passou a se chamar doença de Chagas. 
O primeiro caso identificado por Carlos Chagas, foi o da menina Berenice, de dois anos, moradora do município de Lassance/MG.
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HISTÓRICO
1917- morre Oswaldo Cruz
1921- Instituiu a “Reforma Carlos Chagas”, que ampliou as atividades de cooperação com estados, por meio da Diretoria de Saneamento e Profilaxia Rural (Decreto nº 15.003, de 15/9/1921).
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HISTÓRICO
1944- Criação do Serviço Nacional de Helmintoses (em especial a esquistossomose e a ancilostomose)
1988- Constituição Federal:
- art.196: saúde é direito de todos e dever do Estado
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HISTÓRICO
1989- Ocorrência do último caso de poliomielite no Brasil.
1992- Implantação do Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, com a realização de campanha nacional de vacinação em menores de 15 anos.
- Implantação da vacina contra a hepatite B, para grupos de alto risco de infecção pelo vírus HB, em todo país.
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HISTÓRICO
1996- Realização de campanha nacional de vacinação contra a hepatite B, envolvendo escolares e odontólogos; esses últimos em parceria com o Conselho Nacional de Odontologia
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HISTÓRICO
2000- Definida a missão da Funasa: Ser uma agência de excelência em promoção e proteção à saúde, mediante ações integradas de educação e prevenção e controle de doenças e outros agravos, bem como em atendimento integral à saúde dos povos indígenas, com vistas à melhoria da qualidade de vida da população.
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HISTÓRICO
2003- Definida a nova missão da Funasa: Promover a inclusão social por meio de ações de saneamento ambiental e de ações de atenção integral à saúde dos povos indígenas, com excelência na gestão e em consonância com o SUS.
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HISTÓRICO
2006- Definiu a nova missão: Realizar ações de saneamento ambiental em todos os municípios brasileiros e de atenção integral à saúde indígena, promovendo a saúde pública e a inclusão social, com excelência na gestão, em consonância com o SUS e com as metas de desenvolvimento do milênio.
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HISTÓRICO
2010- Instituiu o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis. O Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo
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A Saúde Pública
O modelo epidemiológico da tríade causal considerava os agentes, o ambiente e os seres humanos como categorias de um mesmo nível do mundo natural, no que se refere à determinação das doenças. As ações de saúde deveriam ser capazes de identificar o elo mais fraco da tríade e atuar especificamente sobre ele.
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Vigilância Sanitária
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Conceito
Lei nº 8080 de 19/9/90, artigo 6º:
“ Entende –se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. “
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VISA
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ANVISA
1999- ANVISA
Estão integrados: Instituto Nacional de Qualidade de Vida, Fundação Oswaldo Cruz, laboratórios centrais de saúde pública, as Secretaria Estaduais de saúde, Centro de vigilância sanitária estaduais, Secretarias e Centros municipais de saúde.
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Competências
Ações sobre o meio ambiente: saúde ambiental
Circulação de bens: produtos relacionados à saúde
Produção: serviços de saúde
Vigilância sanitária do trabalho: análise e risco 
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Circulação de bens
Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à produção de alimentos, medicamentos..etc.
Fiscalização das entidades e dos estabelecimentos
Licenciamento e cadastramento dos profissionais, estabelecimentos
Controle (junto a Vigilância epidemiológica)
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Produção – serviços de saúde
Fiscalização do exercício das profissões relacionadas à saúde
Fiscalização e controle dos medicamentos controlados
Fiscalização e controle do emprego das radiações 
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Produção – serviços de saúde
Fiscalização e controle dos órgãos executores de atividade homoterápica, hemodiálise..
Licenciamento e cadastramento dos profissionais e estabelecimentos 
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FISCALIZAÇÃO
ESTRUTURAL
PESSOAL
MATÉRIA-PRIMA
OPERACIONAL
ALIMENTOS PRONTOS
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CONDUTAS
DIAGNÓSTICA
CORRETIVA
MONITORAMENTO
PUNITIVA
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EDUCAÇÃO SANITÁRIA!
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Níveis
de Prevenção
O conceito de prevenção definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença” 
 A prevenção apresenta-se em três fases: primária secundária e terciária: 
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Níveis de Prevenção
A prevenção primária: é a realizada no período de pré-patogênese. O conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária, definido como “medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima” 
A prevenção secundária: também apresenta-se em dois níveis sendo o primeiro, diagnóstico e tratamento precoce e o segundo, limitação da invalidez. 
A prevenção terciária: que diz respeito a ações de reabilitação
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Níveis de Prevenção
A Prevenção Primária, pode ser dividida em: promoção da saúde e proteção específica.
Promoção da Saúde:
Educação sanitária;
Bom padrão de nutrição, ajustado às várias fases de desenvolvimento da vida;
Atenção ao desenvolvimento da personalidade;
Moradia adequada, recreação e condições agradáveis de trabalho;
Aconselhamento matrimonial e educação sexual e genética;
Exames seletivos periódicos.
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Níveis de Prevenção
Proteção Específica:
Uso de imunizações específicas;
Atenção à higiene pessoal;
Hábito de saneamento do ambiente;
Proteção contra riscos ocupacionais;
Proteção contra acidentes;
Uso de alimentos específicos;
Proteção contra substâncias carcinogênicas;
Evitação contra alérgenos.
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Níveis de Prevenção
No que tange a Prevenção Secundária, esta pode ser dividida da seguinte forma:
Diagnóstico e tratamento precoce:
Medidas individuais e coletivas para descoberta de casos;
Pesquisa de triagem e exames seletivos, a fim de curar e evitar o processo de doença;
Evitar a propagação de doenças contagiosas;
Evitar complicações e seqüelas;
Encurtar o período de invalidez. 
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Níveis de Prevenção
Limitação da Invalidez:
Instituir tratamento adequado para interromper o processo mórbido e evitar futuras complicações e seqüelas;
Provisão de meios para limitar a invalidez e evitar a morte.
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Níveis de Prevenção
No que se refere à Prevenção Terciária, é importante dizer que envolve a reabilitação, sob os seguintes aspectos:
Prestação de serviços hospitalares e comunitários para reeducação e treinamento, a fim de possibilitar a utilização máxima das capacidades restantes;
Educação do público e indústria, no sentido de que empreguem o reabilitado;
Emprego tão completo quanto possível;
Colocação seletiva;
Terapia ocupacional em hospitais;
Utilização de asilos.
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Reforma Sanitária e Sistema SUS
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Historicamente há uma tensão que permeia os sistemas de seguridade social, que confronta duas lógicas: 
uma privada, vinculada à lógica do seguro, individual/ocupacional, que depende de contribuições prévias, 
outra pública, cuja cobertura é universal e decorre do reconhecimento do estatuto de cidadania ;
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Nos anos 30/40, o chamado sistema de proteção social apresenta elevado nível de fragmentação, fortes traços de seletividade das demandas sociais 
e uma atuação cada vez mais focalizada no atendimento aos mais pobres;
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1946-1963 –PERÍODO POPULISTA: EXPANSÃO DO SISTEMA DE SEGURO SOCIAL – CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS EM TROCA DA LEGITIMAÇÃO DE GOVERNANTES;
1964-1970- INSTAURAÇÃO DO REGIME BUROCRÁTICO AUTORITÁRIO
1970-1985- INÍCIO DA LUTA PELA DEMOCRATIZAÇÃO com MOVIMENTOS SOCIAIS
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DÉCADA DE 80- INTENSIFICA-SE A DEMANDA PELA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM INSTITUCIONAL DEMOCRÁTICA
1988 –CONSTITUIÇÃO FEDERAL QUE REPRESENTA UMA PROFUNDA TRANSFORMAÇÃO NO PADRÃO DE PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRO
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A C.F 1988 dispõe no Art. 194 - ...” A SEGURIDADE SOCIAL COMPREENDE UM CONJUNTO INTEGRADO DE AÇÕES DE INICIATIVA DOS PODERES PÚBLICOS E DA SOCIEDADE, DESTINADAS A ASSEGURAR OS DIREITOS RELATIVOS À SAÚDE, À PREVIDÊNCIA E À ASSISTÊNCIA SOCIAL”.
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CARACTERÍSTICAS EXPRESSAS NO CAPÍTULO QUE TRATA SOBRE A ORDEM SOCIAL:
UNIVERSALIDADE DE COBERTURA e ATENDIMENTO;
RECONHECIMENTO DOS DIREITOS SOCIAIS;
AFIRMAÇÃO DO DEVER DO ESTADO;
SUBORDINAÇÃO DAS PRÁTICAS PRIVADAS À REGULAÇÃO EM FUNÇÃO DA RELEVÂNCIA PÚBLICA DAS AÇÕES E SERVIÇOS NESTAS ÀREAS. 
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Uniformidade e equivalência dos benefício e serviços prestados às populações urbanas e rurais;
seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
irredutibilidade do valor dos benefícios;
equidade na forma de participação e custeio;
diversidade descentralizada;
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No Brasil constituiu-se o que se conhece por "seguridade social híbrida“:
uma base contratual individual/ocupacional baseada no seguro para os trabalhadores inseridos no mercado formal de trabalho e/ou no sistema previdenciário contributivo;
e políticas distributivas, não contributivas e não contratuais, total ou parcialmente financiadas pelo Estado, que abrangem todos os cidadãos, independente de contribuições prévias ou inserção no mercado de trabalho (saúde e assistência social)
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Apesar da definição legal referir-se a um sistema integrado de ações, esta unidade tem sido apenas formal, mantendo-se internamente a tradicional desarticulação entre as áreas da previdência, assistência social e saúde ;
cada área funciona de forma isolada , a gestão e implementação contrariam os pressupostos doutrinários;
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mesmo com todas essas limitações, é importante afirmar o significado da introdução do conceito de seguridade social na Constituição federal, ainda que de forma tardia;
a mudança mais importante é, sem dúvida,a definição na Carta Constitucional da seguridade social como esfera do direito de cidadania ;
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1) previdência: sistema básico público para as faixas de rendimento mais baixas e as de mais alto salário empurradas para a previdência privada complementar (fundos de pensão);
2) saúde: garantia de um mínimo aos que não podem pagar e o resto para o mercado privado de saúde;
3) assistência social: seleção dos mais pobres, solidarismo liberal etc. 
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O controle social ainda “engatinha” sendo um importante meio para ampliação da capacidade de influência da sociedade sobre o Estado. 
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O Sistema Único de Saúde
Movimento pela Reforma Sanitária
VIII Conferência Nacional de Saúde
Antecedentes Históricos
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O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira
- Organizado solidamente desde meados dos anos 70
- Participação de intelectuais, profissionais dos sistemas de saúde, parcela da burocracia e organizações populares e sindicais
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Especificidades da RSB e do SUS 
A RSB e o SUS não foram criados pelo Estado, por governos nem por partidos.
Nasceram dos movimentos sociais, na sociedade civil.
Conquistas do povo brasileiro
SUS: maior política pública nascida da sociedade e que chegou ao Estado no Brasil.
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O Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira
Luta pela garantia do direito universal à saúde e construção de um sistema único e estatal de serviços.
Objetivo:
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A 8a Conferência Nacional de Saúde
Marco do Movimento Sanitário Brasileiro
Reuniu mais de 5.000 pessoas na maior participação popular da história dos movimentos sociais
Definiu as estratégias a serem defendidas na Constituinte de 1988 e consolidou a opção pela via institucional
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8a Conferência Nacional de Saúde
Conceito ampliado da saúde
Reconhecimento da saúde como direito de cidadania e dever do Estado
Defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde
Princípios
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8a Conferência Nacional de Saúde
Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar
grandes desigualdades nos níveis de vida
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O Sistema Único de Saúde
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento - PIASS (1979)
PREV-Saúde (1980)
CONASP (1981) - Plano de Reorientação da Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social
Ações Integradas de Saúde - AIS
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS (1987)
Experiências anteriores:
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O Sistema Único de Saúde
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LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
        § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
        § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade
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Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
        
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social
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O Sistema Único de Saúde:
Princípios doutrinários
Princípios organizativos
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O Sistema Único de Saúde:
Princípios doutrinários: filosofia do conceito de saúde e da ideia de direito à saúde.
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O Sistema Único de Saúde:
Princípios organizativos: orientam a forma como o sistema deve funcionar.
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
Equidade
Integralidade
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Universalidade
Princípio: trata da saúde como direito de cidadania. Sepulta o modelo excludente anterior. 
É consequência direta da discussão ampla do direito à saúde.
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
CIDADANIA PLENA
CIDADANIA REGULADA
Princípio
DIREITO DE TODOS
DIREITO DE ALGUNS
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O Sistema Único de Saúde
Equidade
Princípio: assegura que a disponibilidade dos serviços de saúde considere as diferenças entre os diversos grupos de indivíduos.
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O Sistema Único de Saúde
Equidade
Igualdade
Justiça
Tratar os desiguais desigualmente
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O Sistema Único de Saúde
Equidade
Igualdade
O reflexo da estratificação da sociedade, cuja característica é o fato dos indivíduos, inseridos em relações sociais, terem chances diferentes de realizar seus interesses materiais.
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O Sistema Único de Saúde
Integralidade
Princípio: é a prática de saúde e sua relação com o modelo assistencial. “cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade”.
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
Equidade
Integralidade
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O Sistema Único de Saúde
Universalidade
Equidade
Integralidade
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Universalidade
Equidade
Integralidade
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Dos Objetivos e Atribuições 
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
        I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
        II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
        III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
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Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
        I - a execução de ações:
        a) de vigilância sanitária;
        b) de vigilância epidemiológica;
        c) de saúde do trabalhador; e
        d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
        II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
        III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
       
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 IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
        V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
        VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
        VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde;
        VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
        IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
        X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
        XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados
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Programa de Saúde da Família (PSF)
27.454 equipes
5131 municípios
87,9 milhões de pessoas
	Essa expansão do PSF tem possibilitado um “caldeirão” de experimentos locais voltados para a integralidade, qualidade e efetividade da atenção. 
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Outros benefícios do SUS
Assistência integral e gratuita, (incluindo pacientes com HIV, sintomáticos ou não, renais crônicos e câncer)
SIH/SUS: maior conjunto de procedimentos executados em hospital pago por um mesmo financiador 
Hemocentros; centros de pesquisa; prevenção e controle de doenças e agravos; assistência farmacêutica; vigilância sanitária; comunicação e educação em saúde
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Impacto nos níveis de saúde
O SUS certamente contribuiu para a elevação da expectativa de vida
Colaborou para a redução da mortalidade infantil - PSF 
Sinais, sintomas e estados mórbidos mal definidos:
 Antes do SUS - 20,3%
 Depois do SUS - 12,4% 
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PROBLEMAS ATUAIS DO SUS: visão geral
Instabilidade e insuficiência do financiamento público
Distribuição desigual dos recursos e da infra-estrutura
Acesso insuficiente 
Baixa efetividade
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Qualidade insatisfatória
Ineficiência na gestão dos recursos
Humanização precária (desrespeito ao cidadão e consumidor; autoritário; maus tratos)
Insuficiente coordenação
Expansão do SAMS
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PROBLEMAS ATUAIS DO SUS: os grandes nós
Financiamento: custeio e investimentos
Modelo de atenção
Valorização dos trabalhadores de saúde
Modelo de gestão
Refluxo dos movimentos sociais
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OUTROS PROBLEMAS DO SUS
Investimento escasso para a expansão da infra-estrutura e qualificação da oferta de serviços e ações de saúde; 
Distribuição desigual dos recursos e da infra-estrutura, com o conseqüente acesso insuficiente, baixa eficácia e qualidade insatisfatória dos serviços prestados; 
95% dos estabelecimentos de apoio diagnóstico e tratamento são privados e destes apenas 35% prestam serviços ao SUS 
Extrema dependência em relação ao setor privado nos níveis secundário e terciário (MAC).
Ineficiência na gestão dos recursos e interferências político-partidárias, clientelistas e corporativas (reorientação da gestão pública) 
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Notícias atuais da saúde
Site: www. portalsaude.saude.gov.br
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