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ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA

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DIREITO CONSTITUCIONAL – ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18, Constituição Federal: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a união, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos desta Constituição. ”
O dispositivo supracitado indica a opção do legislador constituinte acerca da forma de Estado, conceito que está relacionado com o modo de exercício do poder político em função do território de um Estado. Portanto, a Constituição de 1988 adotou como forma de Estado o federalismo, que é uma aliança ou união de Estados de forma que eles, ao ingressarem na federação, perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, todavia, uma autonomia política limitada.
A existência (ou não) da repartição regional de poderes autônomos é, pois, o núcleo caracterizador do conceito de forma de Estado. Se não houver repartição (que caracteriza o federalismo), o Estado se torna Unitário, que é, por conseguinte, rigorosamente centralizado, no seu limiar, e identifica um mesmo poder, para um mesmo povo, num mesmo território, caracterizando-se pela centralização político-administrativa em um só centro produtor de decisões.
O federalismo também não pode ser confundido com Confederação. Esta consiste numa união de Estados soberanos, por meio de tratado internacional dissolúvel, ou seja, os Estados podem saírem se assim for desejado. A adoção da espécie federal de Estado gravita em torno do princípio da autonomia e da participação política e pressupõe a consagração de certas regras constitucionais, tendentes não somente à sua configuração, mas também à sua manutenção e indissolubilidade.
O Estado Federal teve origem nos Estados Unidos da América. Em 1776 houve a declaração de independência das 13 colônias. E, cinco anos depois, em 1781, foram ratificados os Artigos de Confederação: as treze colônias se tornaram Estados independentes e soberanos. E, por preservarem a soberania, os Estados poderiam revogar, a qualquer momento, a delegação dos poderes. Mas o fato de serem Confederação tornava frágil a união entre os Estados, pois havia sempre o risco de que alguns integrantes se retirassem. A conclusão a que chegaram os líderes, por esses e outros motivos, foi que a Confederação era INSUFICIENTE para assegurar a UNIÃO PERMANENTE entre os Estados. Era preciso aperfeiçoa-la e, por isso, em 1787, os Estados integrantes do tratado reuniram-se em uma Convenção na cidade da Filadélfia. Desde logo foram definidas duas correntes de opinião entre os representantes: alguns desejavam a reformulação dos artigos, sem afetar a soberania de cada um, como atributo jurídico de cada Estado, enquanto outros eram adeptos da transformação da Confederação em Federação. Como resultado, os Estados Unidos da América adotaram a forma federativa. Nesse momento, os entes federados, então, abriram mão de sua soberania individual e transferiram-na para a UNIÃO. Este foi o último ato de soberania dos Estados (suicídio do Estado).
Dessa forma, o Estado Federal tem como características:
 Estados membros aceitam uma Constituição comum;
Os estados passam a ser partes integrantes do Estado Federal, não podendo desobedecer a Constituição, mas cada um pode ter sua própria;
Proibição da secessão – indissolubilidade do vínculo federativo;
Só a União é soberana. Os estados têm autonomia;
Descentralização político-administrativa;
Repartição de competências (administrativas e legislativas).
O princípio da indissolubilidade do vínculo federativo foi estabelecido em nosso Estado Federal desde a Constituição de 1891 e tem duas finalidades básicas: a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. Dessa forma, é inadmissível qualquer pretensão de separação de um estado-membro, do Distrito Federal ou de qualquer município da Federação, inexistindo em nosso ordenamento jurídico o denominado “direito de secessão”. A mera tentativa permitirá a decretação de intervenção federal (guerra).
ELEMENTOS NUCLEARES QUALIFICADORES DO ESTADO FEDERAL
A soberania é atributo apenas do Estado Federal considerado no seu conjunto. As unidades da federação são sempre dotadas de autonomia, que se expressa em: auto-organização, que consiste na capacidade de se auto-organizarem, produzindo, para tanto, suas próprias normas (autolegislação), sempre, porém, respeitando os princípios constitucionais sensíveis (aqueles que, se desrespeitados, ensejam sanções graves – estão dispostos no art. 34, inciso VII, CF), os princípios federais extensíveis (normas centrais comuns à União, estados, DF e municípios) e os princípios constitucionais estabelecidos (normas da Constituição); autogoverno, que consiste na autonomia dos entes federados em escolher seus próprios representantes do Poder Legislativo e Executivo, sem que haja qualquer vínculo de subordinação ou tutela por parte da União; e autoadministração, em que os estados podem se autoadministrar no exercício de suas competências administrativas, legislativas e tributárias, definidas constitucionalmente. Salienta-se que está implícito no exercício da competência tributária a existência de um mínimo de recursos financeiros, obtidos diretamente através de sua própria competência tributária. Além disso, fica proibida a secessão, ou seja, os estados-membros não podem dissolver o vínculo federativo. Isso torna-o mais rígido, impedindo que os entes federados saiam da União. Mas tal regra vale apenas enquanto a Constituição que a estabelece estiver vigendo. Dessa forma, caso algum estado quiser sair da federação, fica estabelecido, pela própria Constituição, a possibilidade de intervenção federal, com o objetivo de manter a integridade nacional, repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra, pôr termo a grave comprometimento da ordem pública e garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação (art. 34, CF)
CLASSIFICAÇÕES DA FEDERAÇÃO
Quanto à origem pode ser por agregação, quando Estados independentes e soberanos abrem mão de sua soberania para formarem único Estado soberano (suicídio do Estado), ou segregação, quando já há um antigo Estado simples ou unitário, que mantém intacta sua soberania e passa a conferir a cada um dos entes doses consideráveis de autonomia político-administrativa que não possuíam antes quando províncias (pontos administrativos sem autonomia).
Quanto ao movimento de formação podem ser centrípeto, como ocorreu nos Estados Unidos (eram Estados soberanos independentes e se uniram) – fora para dentro –modelo centralizador, ou centrífugo, como no Brasil (era Estado Unitário e descentralizou, tornando-se Estado Federal) – de dentro para fora – modelo descentralizador.
Quanto à repartição de competências podem ser dual, a separação de atribuições entre os entes federativos é extremamente rígida, não se falando em cooperação ou interpenetração entre os mesmos (não há competências comuns ou concorrentes – exemplo: EUA, mas mudou com a crise de 1929 pois era necessário maior intervenção para superá-la), ou cooperativo, confere à União competências legislativas exclusivas e também competência comum ou concorrente a ser explorada tanto pela União quanto pelos Estados-Membros (pressupõe maior aproximação, cooperação, entre os diversos entes federados de modo a impor atuação conjunta – exemplo: Brasil e EUA após 1929).
FORMA DE ESTADO
Está relacionado com o modo de exercício do poder político em função do território de um Estado. A existência (ou não) de repartição regional de poderes autônomos é, pois, o núcleo caracterizador do conceito de forma de Estado.
O Estado será Federal se o poder político estiver repartido entre diferentes entidades governamentais autônomas (descentralização política).
O Estado será Unitário (ou simples) se existir um único centro de poder político no respectivo território. A centralização política em uma só unidade de poder é a marca dessa forma de Estado.
Outra forma de organização estatal é a Confederação, consistente numa união dissolúvel dos Estados Soberanos,que se vinculam mediante tratado. Reconhece-se aos Estados membros o direito de secessão. 
FORMA DE GOVERNO
Refere-se à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados.
Caso a instituição do poder se dê por meio de eleições, por um período certo de tempo, e o governante represente o povo, bem como tenha o dever de prestar conta de seus atos, teremos a forma republicana (“Respublica” – coisa do povo).
Se a forma de governo for marcada pela hereditariedade, vitaliciedade e ausência de representação popular, teremos a Monarquia.
*RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Uma das características marcantes da forma republicana é a possibilidade de responsabilização daqueles que gerem a coisa pública. Como corolário do princípio republicano, a Constituição Federal Brasileira de 1988 prevê a possibilidade de responsabilização do presidente tanto por infrações político-administrativas quanto por infrações penais comuns.
Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas definidas em lei federal, que poderão ser cometidas no desempenho da função pública e que poderão resultar no impedimento para o exercício da função pública (“impeachment”). O art. 85, CF, aponta as condutas do presidente que caracterizarão crime de responsabilidade. Não se trata de lista exaustiva, mas sim meramente exemplificativa. Na realidade, a Constituição Federal aponta apenas genericamente algumas condutas, deixando para lei especial a competência para defini-los.
REGIMES DE GOVERNO
Distinguem-se os regimes de governo em DEMOCRÁTICO e AUTOCRÁTICO, com base na existência, ou não, da participação do povo (destinatário das ações governamentais) na escolha dos governantes, na elaboração das leis e políticas públicas.
Na autocracia, os destinatários das normas e das políticas governamentais não participam da sua produção. Trata-se de regime estruturado de cima para baixo.
Na democracia, a participação dos destinatários das normas e políticas governamentais ocorre em sua produção, formando o governo de baixo para cima (“governo do povo”). Pode ser exercida em diversas formas:
Democracia direta. Povo participa diretamente. Segundo Rousseau, o povo é governante e governado de forma que essa seja, portanto, o ideal político por excelência. Entretanto, atualmente possui difícil aplicação uma vez que a população é muito numerosa, assim como o território é muito extenso.
Democracia indireta/representativa. Há a eleição periódica de representantes do povo. Entretanto há problemas de representatividade: aqueles que foram eleitos, muitas vezes, podem ignorar as demandas do povo.
Democracia semidireta/representativa. Adotado no Brasil. A democracia é exercida pelo voto e pela eleição de representantes. Além disso, existem mecanismos em que o povo pode participar de maneira direta, como o plebiscito (consulta popular feita antes do projeto de lei ter sido elaborado), referendo (consulta popular feita após o projeto de lei ter sido elaborado) e lei de iniciativa popular (povo pode criar projeto de lei desde que sejam observados alguns requisitos).
SISTEMAS DE GOVERNO
Modo como se relacionam os poderes Legislativo e Executivo no exercício das funções governamentais.
Se há maior independência entre os poderes, temos o PRESIDENCIALISMO. Se há maior colaboração entre os poderes, uma corresponsabilidade na condução das funções governamentais, estaremos diante do PARLAMENTARISMO.

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