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Aula 11 - Anatomia dos tratos digestivos dos não ruminantes

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1
NUTRIÇÃO DE 
NÃO RUMINANTES
Anatomia e fisiologia digestiva 
dos não ruminantes
Prof. Frederico Osório Velasco
fredericovelasco@gmail.com
Roteiro
• Conceitos básicos de nutrição
• Sistema digestivo do não ruminantes (anatomia
comparada)
• Fisiologia digestiva dos não ruminantes
2
Nutrição de não ruminantes
Conceitos Básicos
• O que é a nutrição?
É a parte dos componentes químicos da natureza
tomada pelo indivíduo, que inclui nutrientes e não
nutrientes, e compreende aspectos intra e
interorganismos.
• O que são nutrientes?
Nutrientes são substâncias utilizáveis pelo
organismo, e aqueles essenciais atendem uma
necessidade específica do indivíduo.
3
Nutrição de não ruminantes
Conceitos Básicos
• O que é Alimento?
É todo material tomado intencionalmente pelo
indivíduo para atender suas funções vitais e elimine
a fome, contribuindo com pelo menos um nutriente
básico.
4
Nutrição de não ruminantes
Conceitos Básicos
O desempenho animal depende de vários fatores:
• Consumo de alimentos
• Digestibilidade dos nutrientes
• Categoria animal
• Estado fisiológico
• Ambiente
5
Nutrição de não ruminantes
DIGESTÃO
Conjunto de processos que sofrem os alimentos
desde a ingestão, transformação ao longo do tubo
digestivo e eliminação dos resíduos não
absorvidos.
6
2
Processo de quebra das macromoléculas dietéticas
(carboidratos, proteínas, lipídeos) em unidades
menores, suficientes para serem absorvidas, através
de meios:
� Físicos (forças mecânicas)
� Químicos (ação química)
� Enzimáticos (atividade enzimática)
DIGESTÃO
TRATO GASTROINTESTINAL (TGI)
Canal ou tubo que vai da boca ao ânus (cloaca),
pelo qual passam os alimentos.
8
Nutrição de não ruminantes
• Apreensão dos alimentos
• Redução do tamanho das partículas
• Estocagem de alimento
• Digestão de nutrientes
• Absorção de nutrientes
• Reabsorção de água
• Estocagem fecal e eliminação
FUNÇÕES DO TGI 
9
Existem diferenças funcionais e anatômicas 
entre espécies 
TRATO GASTROINTESTINAL (TGI)
Diferentes hábitos alimentares e 
aproveitamento dos nutrientes 
Particularidades na fisiologia 
digestiva dos Monogástricos 
11
A boca
12
Nutrição de não ruminantes
3
BOCA
• Não designa apenas a cavidade oral, mas também 
seus anexos (dentes, língua e glândulas salivares)
• Função de preensão, mastigação e salivação.
• Vocalização
• É limitada pelos lábios, bochechas e faringe.
• A dieta e o comportamento determina a forma da 
boca.
13
SUÍNOS:
• Dentes (mastigação – plano vertical);
• Língua (apreensão, mistura e deglutição);
• Glândulas salivares (submaxilares, sublinguais,
parótidas);
BOCA
14
AVES:
• Sem dentes;
• Bico córneo;
• Redução de partículas;
• Língua e glândulas salivares;
• Deglutição por movimentos de cabeça.
BOCA
15
EQUINOS:
• Mandíbula superior mais ampla.
• Mastigam demoradamente - trituram;
• Movimento lateral do maxilar inferior;
• Dentes com superfície em forma de cinzel;
BOCA
16
CÃES E GATOS:
• Produção de saliva;
• Movimentos mandibulares no
plano vertical;
• Pouca trituração com molares;
• Presença de caninos;
• Dentes arrancam e rasgam os
alimentos;
• Cães engolem rapidamente.
BOCA
17
Dentes:
Relacionados com a apreensão e mastigação
� Onívoros � adaptados para morder os
alimentos e macerar
� Carnívoros � arrancar e rasgar
� Herbívoros � cortar e moer as plantas
18
4
Dentes:
Suíno
Cavalo
Cachorro
19
Glândulas salivares:
• Inúmeras glândulas salivares drenam na cavidade oral.
• Mantem a cavidade oral úmida. 
• Facilita o movimento do alimento na cavidade oral
• Facilita a deglutição e passagem pelo esôfago.
• Controle do pH (mucina) e degradação de carboidratos 
(Ptialina ou amilase salivar)
• Glândulas principais (distantes da cavidade oral)
• Parótida, mandibular e sublingual.
20
Secreção salivar
AVES:
• Contém ↓ptialina e mucina
• Insalivação escassa (7 a 25ml por dia)
SUÍNOS:
• Composta por água, mucina,
sais de bicarbonato, ptialina
•15 L/dia
21
EQUINOS:
• Pouca α-amilase, pouco eficiente para a 
digestão, 
• Principal função é umedecer o alimento 
• Até 40 litros por dia
• Produção à partir 
de estímulos mecânicos.
Secreção salivar
22
CÃES E GATOS:
• Termorregulação
• Reflexo salivar (SNA)
• Não tem amilase
Secreção salivar
23
ESÔFAGO
• Função – Conduzir o alimento da faringe ao 
estomago.
• Acompanha a traqueia ao longo do pescoço
• Dá continuidade a faringe
• Tubo de parede muscular (entrelaçamento de 
feixes musculares)
• Desemboca no óstio cárdico ou cárdia. 
24
5
ESÔFAGO
AVES:
• Possui inglúvio ou papo
(exceto insetívoras);
• Armazenagem,
umedecimento e maceração
dos alimentos;
• Maior tempo de ação da
amilase salivar;
• Algumas espécies ocorre
fermentação. 25
ESTÔMAGO
26
ESTÔMAGO
27
� Estoca por algum tempo e mistura os alimentos
ingeridos, mediante contrações musculares
� Sua importância na digestão varia com a espécie
� Pepsina e HCl são secretados pela mucosa gástrica
(hidrólise de proteínas)
� Animais jovens � mucosa gástrica secreta
quimosina (renina)
� SUCO GÁSTRICO
- Contém água, ácido clorídrico e pepsinogênio �
pepsina (pH ácido)
- A produção do suco gástrico inicia-se com a
presença de alimentos no estômago
- O material que sofreu ação do suco gástrico e que
deixa o estômago é denominado quimo
ESTÔMAGO
28
ESTÔMAGO
Tipos de glândulas:
� Cárdia – secreção mucosa (cão) e serosa (porco);
� Fúndicas – células principais (pepsinogênio) e
parietais (HCl);
� Pilóricas – células mucosas (alcalina)
29
ESTÔMAGO
30
6
ESTÔMAGO
AVES:
� PROVENTRÍCULO (ESTÔMAGO GLANDULAR)
• Sítio de produção do suco gástrico (HCl e
pepsinogênio � mesmo tipo de célula)
• pH entre 3 e 4,5
• A ingesta o atravessa muito rapidamente.
31
ESTÔMAGO
AVES:
� VENTRÍCULO, MOELA (ESTOMÂGO MUSCULAR)
• Órgão muscular oco de paredes grossas e epitélio
cornificado;
• Contrações musculares
• Redução física do tamanho de partículas;
• Não tem glândulas de secreção de enzimas;
• Recoberto por secreção mucosa espessa;
• HCl e pepsina mantém sua atividade;
• Possui pedras pequenas e partículas duras que 
ajudam no processo de moagem dos alimentos. 32
33
Forma de pêra que tem quatro regiões:
ESOFÁGICA
-Desprovida de glândulas secretoras
CÁRDIA, FÚNDICA e PILÓRICA
- Providas de glândulas secretoras
ESTÔMAGO
SUINOS:
34
35
• Presença de dobras no epitélio 
• Armazenagem do alimento ingerido (7 a 8 litros)
• Movimentos musculares:
-Misturam as partículas com as secreções 
gástricas
-Rompimento físico das partículas
ESTÔMAGO
SUINOS:
36
7
• Secreção de HCl ativa o pepsinogênio à pepsina e 
a quimosina/renina (coagulação do leite)
• pH aproximadamente 2,0
• Esfíncteres: cárdia e piloro.
ESTÔMAGO
SUINOS:
37
• Pequeno (15 a 20L)
• Refeições pequenas 
• Não apresenta atividade muscular intensa
• Alimentação abundante � esvaziamento 
• Alta taxa de passagem
• Se alimenta 18 a 19 horas/dia (pastagem)
ESTÔMAGO
EQUINOS:
38
• Funciona como reservatório permitindo que o
alimento seja ingerido na forma de refeições ao
invés que continuamente (tempo entre refeições)
• Regula fluxo para o intestino;
• Duas partes:
- Corpo (muco, HCl e proteases); parede elástica
- Antro (solução alcalina pobre em enzimas)
• Inteiramente revestido por mucosa glandular
• Região fúndica � mais extensa.
ESTÔMAGO
CÃES:
39
1. Estômago;
2,3. Duodeno;
4. Jejuno;
5. Íleo;
6. Ceco;
7. Cólon ventral direito;
8. Flexura diafragmática v
9. Cólon ventral esquerdo
10. Flexura pélvica
11. Cólon dorsal esquerdo
12. Flexura diafragmática d
13. Cólon dorsal direito
14. Cólon transverso
15. Cólon menor
16. Reto
17. Artéria mesentéricacranial
Trato intestinal equino
Intestino Delgado e Grosso
Intestino Delgado
41
Alimento parcialmente digerido no estômago passa 
ao duodeno (esfíncter pilórico)
Tubo digestório dividido em:
• Duodeno: Secreções do pâncreas, do fígado e da
parede do intestino; sítio da digestão
• Jejuno: Absorção de nutrientes.
• Íleo: Absorção e reabsorção.
DUODENO
- 4 secreções estão presentes neste local:
1) Suco duodenal:
• Produzido pelas glândulas de Brünner (parte 
inicial do duodeno).
• É constituído por uma secreção alcalina com 
função de lubrificação e proteção da mucosa 
duodenal contra o HCl.
42
8
DUODENO
4 secreções estão presentes neste local:
2) Bile:
• Secretada pelos hepatócitos;
• Composta de ácidos biliares e pigmentos;
• Ácidos biliares têm como função a emulsificação 
dos lipídeos e ativação da lipase pancreática.
43
DUODENO
- 4 secreções estão presentes neste local:
3) Suco pancreático: 
• Secretado pelo pâncreas.
• Amilase pancreática, Tripsina (desdobram 
proteínas integrais), Quimotripsina (desdobram 
proteínas integrais), Carboxipeptidase (cliva 
peptídeos a AAs livres) e Lipase pancreática 
44
DUODENO
- 4 secreções estão presentes neste local:
4) Suco entérico:
• Produzido pelas Criptas de Lieberkühn;
• pH: 7,5 a 8,0;
• Enzimas � Sacarase, Maltase, Lactase
(ausente nas aves), Dipeptidases, Lipase, etc.
45
• Principal local de digestão e absorção de AAs, 
vitaminas, minerais lipídeos e CHO’s solúveis em 
não-ruminantes 
• A parede é revestida por inúmeras vilosidades, que 
aumentam enormemente a superfície de absorção 
INTESTINO DELGADO
46
• Digestão dos carboidratos (Amido):
• Principal fonte de energia de suínos e aves
• Inicia-se na boca (Amilase salivar e Estômago)
• Alfa amilase pancreática
• Carboidratases dos enterócitos
• Monossacarídeo
• Absorção no duodeno, jejuno
INTESTINO DELGADO
Ação da enzima maltase
47
48
ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS
• Proteínas transportadoras na membrana dos enterócitos
• Específicas para cada molécula e/ou íons inorgânicos
• Co-transporte com o Na = glicose e galactose
Gli
+
+
Enterócito
Lúmen
intestinal
Gli
Na+
Na+
Na+
Gli
Gli
+
+
+
_
_
_
_
Bomba Na/K/ATPase =
gasto energético para
manutenção do
gradiente de Na
Gli
Espaço 
basolateral
Sangue
Difusão 
facilitada
Difusão 
facilitada
• Difusão facilitada (proteína transportadora / gradiente de concentração) =
frutose
9
49
COOH
H
R
CNH2
R – simples H ou uma
cadeia carbonada
alifática ou aromática
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
• Proteínas: Cadeia de AMINOÁCIDOS, ligados através de ligações
peptídicas
AMINOÁCIDOS - fórmula geral:
20 aminoácidos 
importantes 
nutricionalmente
Ligação peptídica
50
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
Os aminoácidos são requeridos pelo organismo
principalmente para síntese de proteínas, mas
podem também ser utilizados para síntese de outros
metabólitos. Destino no metabolismo animal:
• Glucogênicos → glicose: ex. arginina,
metionina, cistina, histidina.
• Cetogênicos → corpos cetônicos: leucina.
• Glucocetogênicos → glicose e corpos
cetônicos: ex. fenilalanina, tirosina, triptofano.
51
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
Aminoácidos Essenciais – não são sintetizados pelo
organismo animal ou são sintetizados em quantidades
insuficientes para suprir as exigências – Devem estar
presentes na dieta dos animais em quantidades adequadas
(exigências).
Aminoácidos Não-essenciais – podem ser sintetizados pelo
tecido animal a partir de metabólitos do metabolismo
intermediário e de grupamentos amino provenientes do
excesso de aa.
52
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
Classificação dos aminoácidos para aves e suínos.
Aminoácidos Essenciais Aminoácidos não 
EssenciaisLeitões/Aves Suínos/Aves Pintos
Lisina Lisina Lisina Glicina
Metionina Metionina Metionina Serina
Triptofano Triptofano Triptofano Alanina
Valina Valina Valina Ácido Aspartico
Histidina Histidina Histidina Ácido Glutâmico
Fenilalanina Fenilalanina Fenilalanina Cistina
Leucina Leucina Leucina Prolina
Isoleucina Isoleucina Isoleucina Tirosina
Treonina Treonina Treonina Asparagina
Arginina Glicina ou Glutamina
Serina
Prolina
Bertechine (2006)
53
⇒Qualquer proteína, seja de natureza estrutural, 
enzimática... , tem uma sequência de aminoácidos 
pré-determinada. Sequência do DNA. 
• Para a síntese de uma proteína, é necessária a 
presença no citoplasma de todos aqueles 
aminoácidos que vão participar na cadeia 
polipeptídica.
• Não se espera que um próximo aminoácido a ser 
incorporado na cadeia polipeptídica seja aportado por 
via sanguínea ou sintetizado pelo organismo. 
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
54
⇒Todos os aminoácidos devem estar presentes antes 
de se iniciar a síntese proteica.
• Quando se esgota um determinado aminoácido 
essencial, a síntese proteica será interrompida e o 
restante dos aminoácidos será utilizado em outros 
processos metabólicos. 
• Diz-se, então, que esse aminoácido atuou como
LIMITANTE. A esse aminoácido é dado o nome de 
PRIMEIRO LIMITANTE. 
• Quando este é suprido, poderá aparecer outro, cujas 
quantidades podem estar abaixo das necessidades, 
chamado SEGUNDO LIMITANTE, e assim por diante.
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
10
55
⇒ Maneira de adequar os níveis de AA na dieta
• Combinação de ingredientes da ração;
• Utilização de aminoácidos sintéticos;
• Formulação de dietas com excesso de 
proteínas;
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
56
Fase luminal da digestão
• Estômago: pepsina
• Duodeno: tripsina / quimotripsina
•Duodeno: carboxipeptidases – exopeptidases (liberam aa
livres)
Fase de membrana da digestão
• Peptidases: enzimas presentes na membrana dos
enterócitos – liberam aa livres
endopeptidases
liberam peptídeos
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
57
Proteínas: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
� Absorção
• Aminoácidos livres
• Absorção = Co-transporte com o Na
• Dipeptídeos e tripeptídeos
• Hidrolisados por peptidases
intracelulares – aa livres → sangue
58
Lipídeos: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
Lipídios:
Compostos apolares heterogêneos (óleos, gorduras, ceras
e pigmentos) – Denominado de Extrato etéreo (análise
proximal)
Produzem 2,25 vezes mais energia do que os carboidratos
e as proteínas.
Reserva energética do organismo.
59
Lipídeos: estruturas, digestão e absorção 
intestinal
Melhora a conversão alimentar da dieta:
• Facilita absorção de vitaminas lipossolúveis e carotenos
• Diminui o incremento calórico
• Estimula a liberação do hormônio Colecistoquinina
(aumento da secreção de enzimas pancreáticas)
• Reduz a velocidade de passagem da digesta
60
• Emulsificação
• Sais biliares – redução da tensão superficial das
gotículas de gordura = redução e acesso pelas enzimas
hidrolíticas
• Hidrólise
LIPASE e CO-LIPASE – suco pancreático
• Co-lipase – permite o acesso da lipase aos
triglicerídeos
• Lipase
• Triglicerídeo = 2 ácidos graxos livres e 1
monoacilglicerol / 3 AGL
•Difusão dos produtos de degradação através da
membrana dos enterócitos
Lipídeos: estruturas, digestão e absorção intestinal
11
61
Lipídeos: estruturas, digestão e absorção intestinal
AGL
Glicerol
Reesterificados TG
Fosfolípides
Proteínas
Quilomícrons
Sistema linfático
– ducto torácico –
veia cavaEnterócito
ATIVIDADE DAS ENZIMAS EM LEITÕES
62
INTESTINO GROSSO
• É dividido em 3 seções:
1. Ceco: tamanho variável (Maior em herbívoros);
2. Cólon: secção média
3. Reto: última secção
63
• Câmarade fermentação microbiana
• Digestão de material fibroso
• Síntese bacteriana e vitaminas (K e complexo B)
• Formação e expulsão do bolo fecal
INTESTINO GROSSO
Funções:
• Reabsorção de água
• Secreção de minerais (como cálcio)
• Reservatório de componentes não digeridos no ID
64
• Glândulas do tipo muco, não produtoras de 
enzimas
• Enzimas microbianas
• Extensa atividade microbiana principalmente 
ceco
INTESTINO GROSSO
65
AVES:
• Possui 2 CECOS
• Menor atividade que nos herbívoros
• Muito curto (5-10cm)
• Esvazia na cloaca
CLOACA � órgão onde as secreções urinárias
(ácido úrico) e as excreções fecais são
misturadas para eliminação no meio externo
INTESTINO GROSSO
66
12
CÃES:
• Superfície de absorção é limitada
• Pequena parcela do alimento digerido chega IG
INTESTINO GROSSO
SUÍNOS: 
• Cólon ocupa maior parte do IG
• Extensa atividade microbiana no ceco
• Produção de AGV’s (Requisitos energéticos)
67
EQUINOS:
• Onde o alimento permanece maior tempo (24 hs)
• Dividido em: Ceco, cólon maior, cólon menor e reto
• Cólon maior: cólons ventrais (direito e esquerdo) e
dorsais (direito e esquerdo)
• Ceco: bactérias � produção de AGV
• Síntese de vitaminas e proteína bacteriana
• Cólon menor: absorção de água
INTESTINO GROSSO
68
Fermentação no intestino 
grosso
- Constituintes da dieta não digeridos até o íleo
terminal e os produtos da digestão não absorvidos
- Fermentação pelos microrganismos
- Componentes da fibra e amido resistente �
produção de CO2, H2, metano e ácidos graxos de
cadeia curta
69
DIGESTÃO NO INTESTINO GROSSO 
(Ceco e Cólon)
CHO Solúvel / Amido
CHO Insolúvel (Fibra) Hexoses
AGV + Gases
Enzimas 
bacterianas
Metabolismo 
bacteriano
70
FERMENTAÇÃO NO INTESTINO GROSSO:
-Amido e Açúcares � totalmente digeridos
-Carboidratos fibrosos � parcialmente
digeridos (depende do nível e tipo de
carboidratos)
- Produção de AGV’s � Contribuição ao
metabolismo energético (depende da espécie
e do estado fisiológico do animal)
71
INTESTINO GROSSO
COELHOS:
O IG tem importante papel na digestão do coelho,
devido à fermentação cecal, excreção seletiva da
fibra e a reingestão do conteúdo cecal (cecotrofia)
72
13
INTESTINO GROSSO
• Os cecotrofos são tomados diretamente do ânus e
deglutidos íntegros, sem ocorrência de mastigação
• A ingestão destes cecotrofos permitem que os
coelhos aproveitem melhor a fibra dietética, além da
incorporação da proteína bacteriana
CECOTROFOS: incorporação de proteínas, vitaminas 
do complexo B e K, além de AGV. 
73
Obrigado pela atenção
fredericovelasco@gmail.com