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Fisiologia animal 2 Maria Eduarda Backes Perin Data: 24/02/2022 Fisiologia do sistema digestório Funções: Realizar digestão (é a quebra das moléculas em partículas menores, os responsáveis por essa quebra é o muco, proteases, amilases, lipases, Bile, pepsina, ácido clorídrico, secreções gástricas) e absorção dos alimentos; Excretar os produtos não aproveitados pelo organismo Os animais aproveitam na alimentação, proteínas, carboidratos e lipídeos alguns menos como macro e micro minerais. Algumas apresentações clinicas podem indicar a saúde o TGI: Diarreia, vomito, aspecto das fezes.... O que é preciso saber: Qual o principal alimento que o animal come, qual a sua dieta, a quantidade, entender o processo da digestão, ciclo de passagem, (frequência em que come e que defeca), Hidratação (funcionamento das células, LIC e LEC). Motilidade; Peristaltismo; Secreções glândulas salivares, pâncreas e fígado; Alimentos digeridos em moléculas absorvíveis. Nutrientes, eletrólitos e água absorvidos do lúmem intestinal para corrente sanguínea. Composição do aparelho digestivo monogástrico (gato): Boca Esôfago Estômago Intestino delgado Intestino Grosso Ânus Composição do aparelho digestivo Ruminantes: Boca Esôfago 4 estômagos: Rumem, retículo, omaso e abomaso Intestino delgado Intestino Grosso Ânus Composição do aparelho digestivo Aves: Boca Esôfago Papo Pró-ventrículo Moela Intestino Delgado Intestino Grosso Cloaca Inervação do trato gastrointestinal: Sistema Nervoso Autônomo é a porção do sistema nervoso central (SNC) que controla a maioria das funções viscerais do organismo, considerado como parte do sistema motor. Extrínseco: inervação Simpática e Parassimpática Intrínseco: Sistema Nervoso Entérico Sistema Nervoso Entérico: é o sistema do próprio TGI; localizado na parede intestinal, iniciando pelo esôfago e estendendo-se até ânus. Intrínseco, sem influência do ambiente externo. Composto por células secretoras, mucosas, nervos, gânglios, esfíncteres, mecanorreceptores (Tato), Barorreceptores (pressão) e quimiorreceptores (Substancias químicas) do próprio TGI Inervação parassimpática: Nervo Vago Porção superior do TGI TGI Ativado Terço superior do esôfago, estômago, intestino delgado e cólon ascendente. Nervo pélvico inerva parte inferior do sistema (Ânus e cólons). SNP possui fibras pré-ganglionares que fazem sinapse em gânglios e/ou órgãos alvo. NO TGI esses gânglios estão nas paredes mucosas e plexo mioentérico e submucoso Transmitidas pelas células lisas, endócrinas e secretoras. Nervo Vago (Indigestão Vagal *Ruminantes) È um nervo misto, com fibras afetrentes (75%) e Eferentes (25%). Mecanorreceptores e quimiorreceptores: (REFLEXOS VAGOVAGAIS) Aferentes (Levam informações da periferia (TGI) para SNC. Eferentes (Coduzem informações do SNC aos órgãos alvos na periferia. Inervação Simpática: Principais estruturas envolvidas no TGI no sistema simpático Fibras pré-ganglionares do Sistema nervoso Simpático são CURTAS e fazem sinapses FORA do TGI. Inibe os movimentos do TGI Hipogástrico Celíaco Mesentérico superior Mesentérico inferior Fibras pós ganglionares (adrenérgicas – liberam norepenifrina) deixam esses gânglios simpáticos e fazem sinapse em gânglios : Plexo mioentérico Plexo Submucoso Inervação SNA: Simpático: Secreção de norepinefrina e inibe a atividade do TGI (inibição dos movimentos motores do intestino de tal forma que pode bloquear a movimentação do alimento no trato). Parassimpático: A estimulação (acetilcolina) causa o aumento geral da atividade de todo o sistema nervoso entérico, o que, por sua vez, intensifica a atividade da maioria das funções gastrointestinais. Inervação Intrínseca – SNE SN Entérico pode controlar toda a inervação no TGI, mesmo sem a presença da inervação extrínseca. Não precisa que os outros estejam ativos, tomam as decisões sozinho, no próprio órgão. P. Submucoso Função secretora, P. Mioentérico Contrátil e endócrina Gânglios: Recebem informação sensorial Através de quimio e mecanorreceptores na mucosa do TGI Células: Musculares lisas Secretoras Endócrinas Neurônios: Informação transmitida entre gânglios 03/03/2022 Peptídeos Gastrointestinais: É dividido e classificados em hormônios, parácrinos e neurócrinos. Regulam as funções do TGI e auxiliam: Contração e relaxamento da parede da musculatura e esfíncteres Secreção de enzimas para digestão Secreção de eletrólitos e água SNE NE Regulação de outros peptídeos Células endócrinas : Neurônios no TGI Hormônios: Liberados pelas células endócrinas do TGI, caem na circulação e atingem o órgão alvo. Gastrina Colecistocinina (cck) Secretina Peptídeo inibidor gástrico (GIP) Parácrinos: Liberados pelas células endócrinas do TGI, porém atual localmente no tecido que os secreta, transmitido pelo P.A Somatostatina Histamina Neurócrinos: Sintetizados em neurônios do TGI, e atuam na célula alvo. Componentes do TGI Boca: O alimento é captado de diferentes formas pelas diferentes espécies Os lábios, dentes e língua são os órgãos principais para a função de apreensão A permanência do alimento na cavidade bucal é variável Exemplos: Equinos: Apreensão do tipo colher ou concha. Bovinos: Apreensão tipo foice Aves: Preensão/movimento da cabeça deslocando para trás. Mastigação: Principal objetivo: decompor o alimento, aumentando a superfície de contato para os sucos digestivos, e misturar com a saliva Presença do bolo alimentar na boca. Inibição reflexa dos músculos da mastigação, permitindo que a mandíbula desça. Reflexo de contração – levanta a mandíbula e cerra dentes Compreensão do alimento contra a cavidade oral Inibição músculos mandibulares, ocorrendo o sobe e desce da mandíbula OBS: Cães e gatos não produzem amilase na saliva. Lipase está presente em todas as espécies. Ato voluntário e reflexo Facilita a homogeinização Mistura com a saliva Capacidade trituradora (unilateral) Glândulas salivares: São três pares de glândulas secretoras – funcionalidade mecânica e bioquímica → PARÓTIDAS- Secreção serosa → SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS – Secreção mucosa *Células serosas: inclui enzimas que iniciam digestão química dos alimentos; *Células mucosas: auxiliam na lubrificação e dissolução do alimento; E de onde vem o estímulo para secreção das glândulas? SISTEMA NERVOSO VEGETATIVO PARASSIMPÁTICO – responsável pelo aumento de volume de saliva na C.O. Visão, Sons e cheiros ligados à alimentação também podem estimular a produção de saliva Salivação: Água, eletrólitos, alfa amilase, lipase calicreína e muco. Hipotônica (< osmolaridade) Potássio e Bicarbonato mais concentrados Ácinos: produção de secreção primária (ptialina); A medida que a secreção primária flui através dos ductos, ocorre modificação dela pelas células dos ductos. ISOTÔNICA → HIPOTÔNICA Utilizada para tamponar e diluir alimentos, e iniciar a digestão de amido e lipídeos Lubrificação do alimento ingerido Volume saliva: 110 a 180 litros nos bovinos de médio para grande porte 10 a 20 litros nos ovinos e caprinos 40 a 50 litros nos eqüinos 15 litros nos suínos, e 7 a 25 mL nas aves POR QUE OS BOVINOS PRODUZEM MAIS SALIVA?? 2,5 KG de bicarbonato de sódio 1,5 KG de fosfato de sódio Estabilizar pH do rúmem e para viabilizar sobrevivênciam.o. (microrganismos no rúmen) Regulação na secreção salivar: Positivo: Odores, audição, condicionamento, ocorre nas células acinais (parassimpático). Negativo: Sono, medo, desidratação, inibe a salivação (simpático). Esôfago Importante para a deglutição (fase esofágica da deglutição) Controlada pelo reflexo da deglutição e também pelo S. Nervoso Entérico Motilidade do esôfago serve para impelir bolo alimentar da faringe para estômago OBS: Ruminantes, possuem a goteira esofágica, não deixando o leite ir para o rúmen e sim para o abomaso, essa goteira só é formada quando a a inclinação da cabeça do terneiro para mamar. 10/03/2022 Deglutição: 1° Fase Oral ou Voluntária: Estímulos táteis iniciam a deglutição, empurrando o bolo alimentar contra faringe (fase de escolha do animal). 2° Fase faríngea: fechamento pregas vocais, da epiglote, levantamento de faringe e abertura do esfíncter esofágico superior (para o alimento passar). 3° Fase esofágica: onda peristáltica começa logo abaixo do EES (esfíncter esofágico superior) que se desloca até EEI. (empurrando o alimento) Alguns problemas podem ocorrer nessa parte que afetam todo o TGI, como corpos estranhos, tumores, cinomose e parvovirose. Estômago: Porção dilatada do tubo digestivo com função de armazenamento e início da digestão Internamente: glândulas fúngicas, pilóricas e cardíacas Inervação: Extrínseca pelo SNA – vindas do SNC (nervo vago) Intrínseca: Pelos plexos miontéricos e submucoso PRESENTES NO TGI Em termos mecânicos, o estômago pode ser dividido em Três porções: A porção dorsal ou fundo que é responsável por receber e armazenar o alimento (aglandular). O corpo, que serve para armazenar e misturar o alimento, saliva e suco gástrico (quimo) (glandular) O antro que é a bomba gástrica e regula a propulsão do alimento que ultrapassa o piloro para o duodeno (glandular). Quimo para intestino delgado. Liberação de muco; Bomba pilórica, tem contrações mais forte, para impulsionar o quimo para intestino delgado Secreções gástricas HCL e Pepsinogênio – digestão proteínas (Ácido clorídrico, acidifica o meio para que o pepsinogênio consiga se converter em pepsina) acidifica o meio, digestão de proteínas (corpo) Fator intrínseco – absorção de vitaminas, principalmente B12, que é super importante para produção de hemácias. (corpo) Muco – protege contra ação corrosiva do HCL e facilita motilidade ao longo do TG. (lubrifica, tamponar (antro pilórico) Células parietais: Corpo, HCL. Células principais: corpo, pepsinogênio. Células G: Antro: gastrina. Células da mucosa: Antro. Secreção de HCL: é controlado por sinais endócrinos e nervosos. A função principal das células parietais é produzir HCL E qual principal função do HCL? Diminuir pH Converte pepsinogênio inativo Pepsina Digestão de proteínas Substâncias que alteram Secreção de HCL: estimulação ACH Acetilcolina Liberada pelo nervo vago, se liga aos receptores muscarínicos das células parietais e promove liberação de HCL. HISTAMINA Células enterocromafins (ECL) se fundem às células parietais, onde se liga aos receptores H. Concomitante a isso, AMPC aumenta e promove liberação de HCL. GASTRINA Secretada pelas células G, que atingem células parietais por mecanismo endócrino, e por meio de estímulos que liberam gastrina, aumenta HCL (distensão estômago, estimulação nervo vago). OBS: aumentam a secreção desse produto, e vão até a célula parietal. *Fases da secreção gástrica:* 1° Cefálica 30% do HCL secretado Estímulos: olfato e paladar, mastigação, deglutição e reflexos condicionados 2° Gástrica 60% do HCL secretado Estímulos: distensão estômago, presença de produtos de degradação de proteínas Intestinal 10% do HCL secretado Mediada pelo produto da digestão química Substâncias que alteram Secreção de HCL: inibição Ph diminuído: O próprio alimento é tampão para o H+ Presença de alimento no ID Reflexo enterogástrico reverso Presença de ácidos, gordura, proteínas ou fatores irritantes Ativação da proteína G, inibe histamina, e consequentemente, inibe HCL. Secretina, peptídeo inibidor gástrico, polipeptídio intestinal vasoativo e colecistocinina por exemplo. *Inibe o HCL: Secretina, VIP, polipeptídio vasoativo e CCK * Estimula: ACH, histamina e gastrina. OBS: problema nessas secreções podem gerar problemas como: úlceras gástricas, úlceras pépticas, úlceras duodenais. Secreção de pepsinogênio: (degrada proteína) Céls principais e mucosas glândulas oxínticas pH diminuído pela secreção de H+ Conversão em PEPSINA Regulação de secreção de Pepsinogênio ocorre em resposta a dois sinais: 1) Estimulação pela acetilcolina liberado pelo plexo mioentérico; 2) Estimulação pelo ácido clorídrico. Secreção de fator intrínseco Células parietais. Fator intrínseco Possibilita absorção de Vtamina B12 Secreção de muco: Céls mucosas superficias Alcalinidade – proteção à secreção proteolítica ácida do estômago Lubrificar e tamponar o alimento para que não chegue tão ácido no intestino. Movimentos gástricos: Inicia na curvatura maior e dissemina-se movimentando-se como um anel. As contrações peristálticas da parte distal do estômago misturam o suco gástrico ao alimento, trituram os sólidos gástricos e efetuam a propulsão por todo o antro em direção ao piloro (do centro para a borda, para homogeneizar o quimo) As ondas progridem do corpo para o antro formam anéis que forçam o conteúdo já armazenado no antro em direção ao piloro. RETROPULSÃO: Os líquidos passam, e os sólidos ficam retidos. Quando o antro terminal começa a se contrair, o piloro está fechado. Desta forma, os sólidos ficam retidos, e, sob a pressão elevada do antro, essas partículas são trituradas, reduzidas de tamanho e forçadas a voltar para o corpo do estômago. Em repouso, o piloro fica aberto para o duodeno. De início só se passa liquido. BOMBA PILÓRICA: Por cerca de 20% do tempo em que o alimento estáno estômago, as contrações tornam-se intensas. À medida que o estômago esvazia, essas contrações começam cada vez mais proximamente do corpo gástricos. A velocidade de esvaziamento gástricos depende do volume dentro do estômago. Por isso, a distensão do estômago é o estímulo primário para aumentar a motilidade gástrica. Os sólidos devem ser primeiro triturados e suspensos. A velocidade com que o líquido deixa o estômago é regulada pelos receptores duodenais que respondem à composição do bolo alimenta Secreções pancreáticas: Pâncreas: Grande glândula composta com secreções endócrinas e exócrinas Enzimas digestivas secretadas pelos ácinos pancreático Secreção pancreática possui duas funções: 1 – Secretar as enzimas necessárias para digerir carboidratos, gorduras e proteínas; 2- Neutralizar o H no quimo entregue ao duodeno pelo estômago PORÇÃO AQUOSA da S.P contém BICARBONATO (que faz ação neutralizante. (secreta solução aquosa rica em bicarbonato parla neutralizar o H. Enzimas produzidas por ácinas Células ductais secretam secreção aquosa Agem positivamente: CCK: estimula produção de enzima ACH: Estimula produção de enzima Secretina: estimula secreção pancreática. Proteínas: Principais enzimas que quebram proteínas são: Tripsina e Quimiotripsina: Hidrolisam proteínas a peptídeos de tamanhos variados. Carboxipolipeptidase: Cliva alguns peptídeos até aminoácidos individuais, completando a digestão. Carboidratos: Amilase pancreática: Hidrolisa amidos, glicogênios e outros carboidratos, formam dissacarídeos e trissacarídeos. Gorduras: Lipase pancreática: Hidrolisa gorduras neutras em AG e monoglicerídeos. Colesterol esterase: Hidrolisa esteres de colesterol. Fosfolipase: Cliva AG em fosdolipídeos. Bicarbonato: Íons bicarbonato e água são secretados basicamente pelas células epiteliais dos ductos que se originam nos ácinos. O ácido carbônico dissocia-se imediatamente em dióxido de carbono e água. Um pH levemente alcalino ou neutro (7,0-8,0) é o apropriado para a ação das enzimas digestivas pancreática Estimulo para secreção pancreática: * Acetilcolina – nervo vago parassimpático; Colecistocinina – mucosa duodenal e jejuno (distensão) Secretina – mucosa duodenal e jejunal (ácido). É secretado em resposta ao H, no lúmen do intestino que sinaliza a chegada do quimo ácido do estômago A acetilcolina e colecistocinina estimulam os ácinos a secretar enzimas digestivas e a secretina estimula a secreção de bicarbonato pelo epitélio do ducto pancreático Bile: Necessária para digestão e absorção dos lipídeos no Intestino delgado. *É produzida nos hepatócitos do fígado, possui papel detergente na gordura (emulsifica gordura) Consituintes: Sais biliares (50%), pigmentos biliares como bilirrubina (2%), colesterol (4%) e fosfolipídeos (40%). Água e eletrólitos LIPÍDEOS – INSOLÚVEIS EM ÁGUA BILE – SOLUCIONA ESSE PROBLEMA DE INSOLUBILIDADE Expõem a porção da gordura que será quebrada pela lipase. Estágios da secreção da bile: 1- Solução primária secretada pelos hepatócitos (contendo grande quantidade de ácidos biliares, colesterol e outros constituintes orgânicos) 2- Bile flui em direção aos septos interlobulares para desembocar nos ductos biliares – ducto hepático e ducto biliar comum, podendo ser armazenado na vesícula biliar ou secretado direto no Duodeno. Durante percurso, solução com íons sódio e bicarbonato são acrescidos. Bile secretada continuamente pelas céls hepáticas, mas maior parte na V.B Quando o alimento começa a ser digerido, e quando chega ao duodeno, a V.B começa a esvaziar-se. Sem dúvida, o estímulo mais potente é causado pelo hormônio colecistocinina. Quando o alimento não contém gordura, ela esvazia lentamente. Sais biliares: 50 % dos componentes orgânicos da bile; São anfipáticos – moléculas tem ao mesmo tempo parte hidrofílicas (hidrofílicas) e hidrofóbicas (lipossolúveis); Função: solubilizar lipídeos na dieta; emulsificar lipídeos; formar micelas (com produtos da digestão lipídica) Precursores dos sais biliares: COLESTEROL; Forma junto a glicina, taurina sais que possuem ação detergente sobre gorduras; Sais biliares auxiliam na absorção de AG, monoglicerídeos, colesterol. Micelas – formada por complexos de sais biliares e lipídeos, facilitando a absorção pelo intestino. Sem a presença dos sais, 40 % das gorduras ingeridas são excretadas pelas fezes. *Cálculos biliares: precipitações de colesterol; *Causas: dietas muito ricas em gordura, infecções crônicas de baixo grau e absorção excessiva de água e sais biliares. Demais componentes: Fosfolipídeos e colesterol: Secretados pelos hepatócitos na bile, e incluídos nas micelas. Ajudam os sais biliares a formar as micelas. São anfipáticos; Bilirrubina: pigmento amarelado resultante do metabolismo de hemoglobina, principal pigmento biliar. Células do sistema reticuloendotelial degradam hemoglobina → Originam bilirrubina → Transportada no sangue junto à albumina. Bilirrubina no lúmem intestinal – transformada em urubilinogênio pela ação das bactérias intestinais; Parte recircular ao fígado, parte é excretada na urina e outra parte é oxidada a urobilina e estercobilina, componentes que dão coloração escura às fezes; íons e água: secretados na bile pelas céls epiteliais que revestem os ductos biliares. Secreções intestinais: GLÂNDULAS DE BRUNNER: Localizada na parede dos primeiros centímetros do duodeno, secretam grandes quantidades de muco alcalino em resposta a (1) estímulos táteis ou irritantes na mucosa duodenal, (2) por estimulação vagal e especialmente pela (3) secretina. CRIPTAS DE LIEBERKÜHN: Localizadas na superfície do intestino delgado, ficam entre as vilosidades intestinais. São compostas por células caliciforme que secretam muco e um grande número de enterócitos que secretam água e eletrólitos nas criptas e na superfície das vilosidades adjacentes absorvem água, eletrólitos e produtos finais da digestão. Esse fluxo de líquido das criptas para as vilosidades auxilia na absorção de nutrientes. * Enzimas digestivas no ID: Peptidases (hidrólise de peptídeos a aminoácidos), Sucrase, Maltase, Isomaltase e Lactase (hidrólise de dissacarídeos em monossacarídeos); Lipase intestinal (cliva gorduras neutras em glicerol e AG) Secreções no Igrosso: Criptas de Lieberkuhn, sem vilosidades e sem enzimas. A secreção permanente é muco (com grandes quantidades de íons bicarbonato) Muco: protege parede intestinal contra escoriações, atividade microbiana e é meio adesico para matéria fecal OBS: Maior ação das enzimas é no intestino delgado. Sempre que um segmento do intestino grosso se torna intensamente irritado a mucosa secreta grandes quantidades de água e eletrólitos além do muco alcalino e viscoso normal. Causa movimento rápido das fezes na direção do ânus. Digestão e absorção: Digestão: degradação química dos alimentos ingeridos em moléculas absorvíveis. (quebra de moléculas). Enzimas digestivas são secretadas nas secreções salivar, gástrica e pancreática e também estão nas membranas das céls do intestino Absorção: é o movimento de nutrientes, água e eletrólitos do lúmem intestinal para o sangue. Duas vias de absorção: Celular e Paracelular Vias de absorção: Celular: Substância deve atravessar a membrana apical (luminal), penetrar na célula epitelial do intestino e então, ser expulsa da célula para sangue Transportadores da membrana são responsáveis pelos processos absortivos Passa através do lúmen da célula, mais rápido. Paracelular: Substâncias se movem através das junções comunicantes entre células epiteliais através espaços intercelulares, e daí, para sangue. Não atravessa o lúmen da célula, sem gasto de energia. Mucosa intestinal: possui características específicas que favorecem e melhoram superfície de contato do Intestino delgado, maximizando a exposição dos nutrientes às enzimas digestivas e gerando grande superfície absortiva. Vilosidades digitiformes Mais compridas no duodeno, onde ocorre maior parte da digestão e absorção, e mais curtas no íleo terminal Superfície vilos Com células epiteliais (enterócitos) intercaladas com células secretoras de muco * Curiosidade: Frequência de renovação de células intestinais (3 a 6 dias). Por que o intestino é o principal órgão que absorve e digere? Porque possui vilosidades e as células presentes nesses vilos, secretoras de muco e enzimas... Digestão de carboidratos São 50% basicamente da dieta (as vezes até mais!!!); Carboidratos ingeridos são: polissacarídeos, dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose, trealose) e monossacarídeos (frutose, glicose). Produto da degradação de carboidrato: glicose galactose, frutose. Digestão começa com ação da amilase salivar e termina com ação da amilase pancreática; Amilase salivar é inativada no estômago (ph< 7) e depois que é inativada pelo suco gástrico, não há nenhum tipo de processamento de carboidratos no estômago. Processo digestivo dos carboidratos provenientes da dieta apresenta duas etapas: Hidrólise intralumial do amido em Oligossacarídeos pelas enzimas salivares e pancreáticas. Digestão de membrana dos oligossacarídeos em monossacarídeos pelas dissacaridases presente na membrana “da borda em escova. Amilase pancreática: maior responsável pela hidrólise de carboidratos ingeridos Possui maior atividade enzimáticaque a amilase salivar; Estimulada pela CCK – estimula secreção pancreática de alfa amilase pelas céls acinares Mais potente que a amilase salivar: em 15 a 30 minutos, todos os carboidratos ingeridos após alimento entrar no duodeno serão digeridos. Amilase salivar é inativada no estomago. No intestino Delgado: lactase, sacarase, maltase e alfa dextrinase. Localizadas nos enterócitos (borda de escova das microvilosidades intestinais) RESUMINDO: Três produtos finais da digestão dos carboidratos -> glicose, galactose e frutose: cada qual delas é absorvível pelas células epiteliais do intestino. Glicose, galactose e frutose: são absorvidos pelo ID Duodeno e região superiores do jejuno possuem maior capacidade de absorção de açúcares; Monossacarídeos e dissacarídeos da dieta são completamente digeridos no ID. 80% absorvidos – Glicose 20% galactose e frutose Praticamente todos monossacarídeos são absorvidos por um processo de transporte ativo em co-transporte com o sódio. Íons sódio se ligam a uma proteína transportadora, mas só entram na célula quando glicose ou um aminoácido se ligar à mesma proteína A frutose é transportada por difusão facilitada não acoplada ao sódio através do epitélio intestinal. Grande parte da frutose então fosforilada e convertida a glicose. Caem no sangue e ficam disponível para o animal. Digestão de proteínas: Proteínas são codificadas pelo RNAm e são compostas por cadeias formadas pelos 20 aminoácidos existentes. São compostas por ligações peptídicas e cada proteína difere pela sequência de Aa que possui; Estômago: células principais secretam pepsinogênios inativos, proteases que são convertidas por H em pepsinas ativas. Estômago: Ph ácido do estômago desnatura parcialmente as proteínas – elas ficam mais suscetíveis à hidrólise pelas pepsinas; Pepsinas reduzem 15% das proteínas ingeridas em Aa e peptídeos pequenos; Pâncreas – grande parte da digestão das proteínas ocorre no duodeno e jejuno sob influência de enzimas proteolíticas pancreáticas (tripsina, quimotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase). A tripsina e quimotripsina clivam proteínas em pequenos polipeptídios. A carboxipolipeptidase libera aminoácidos individuais. A maioria termina como di e tripeptídeos. Lúmen intestinal: Especialmente duodeno e jejuno. Na membrana de cada vilosidade encontram-se inúmeras peptidases que entram em contato com o quimo. Elas hidrolisam polipeptídios em di e tripeptídeos e em aminoácidos simples que são facilmente transportados através da membrana. Dentro dos enterócitos estão outras peptidases especificas degradando as ligações entre aminoácidos específicos, liberando os aminoácidos que são prontamente transferidos para o sangue. Absorção de proteínas: São absorvidas na forma de dipeptídeos ou tripeptídeos e alguns aminoácidos livres. Também são transportados por co- transporte com o sódio. Tipos diferentes de proteínas transportadoras são necessárias de acordo com as propriedades químicas dos aminoácidos e peptídeos. Digestão de gorduras: Gorduras mais abundantes na dieta são as neutras (triglicerídeos) que são formadas por glicerol esterificado a três moléculas de ácidos graxos. Na dieta também se encontram fosfolipídios, colesterol e ésteres de colesterol. O colesterol é um esterol que não contém ácidos graxos, mas exibe algumas características químicas e físicas das gorduras. Menos de 10% das gorduras é diferida no estômago, pela lipase lingual. A maior parte da digestão das gorduras ocorre no Intestino delgado. Como as lipases são hidrossolúveis, só podem atacar os glóbulos de gordura na superfície LIPASE PANCREÁTICA – Enzima mais importante para digestão dos triglicerídeos, que hidrolisa os TGL em AG livres e monoglicerídeos. Assim que estes subprodutos são gerados, são removidos da superfície pelos sais biliares Como as micelas formadas possuem carga negativa, elas conseguem se dissolver em água e permanecer de forma estável até́ a absorção da gordura. As micelas de sais biliares são um meio de transporte, depois de descarregar os produtos, retornam ao quimo para cumprir suas funções. ESTERES DE COLESTEROL E FOSFOLIPÍDIOS: são hidrolisados por lipases especiais como a hidrolase de éster colesterol e a fosfolipase A2. As micelas de sais biliares possuem a mesma função no carregamento, sendo que o colesterol pode ser absorvido sem as micelas. Sistema digestório de aves: Aspectos gerais: A anatomia do canal alimentar das aves é diferente da dos mamíferos na área da boca, na presença de um papo no esôfago e na existência de um estômago muscular ou moela. Os dentes estão ausentes e suas funções são realizadas pelo bico, havendo uma variedade de adaptações. As glândulas salivares e papilas gustativas estão presentes Papo: Dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar o alimento coletado, ocorrendo alguma fermentação e embebição dos alimentos com mucosidades, preparando-o para a digestão gástrica posterior. O papo também permite a regurgitação de alimentos previamente digeridos para os filhotes Estômago: O estômago das aves consiste de um: ❑ Pró-ventrículo glandular – digestão química; As células secretoras produzem tanto pepsinogênio quanto ácido clorídrico, e assim, combinam a função das células principais e parietais dos mamíferos ❑ Ventrículo muscular (moela) ❑ Órgão triturador altamente muscular ❑ Epitélio que se invagina no interior da lâmina própria, formando buracos alongados, cada um destes portando glândulas gástricas tubulares terminais. ❑ As células destas últimas glândulas secretam um material córneo espesso, equivalente à queratina. OBS: Aumento na conversão alimentar, quanto menos o animal come o seu custo fica mais barato. Intestino: O intestino das galinhas é semelhante em estrutura em toda a sua extensão; A extremidade terminal do intestino grosso se junta a cloaca CLOACA: Câmara onde se abrem o canal intestinal, o aparelho urinário e os oviductos das aves e dos répteis. Saída comum para os aparelhos excretor e reprodutor; estoca temporariamente resíduos da digestão e onde a água é reabsorvida e devolvida à corrente sanguínea. Secreção e digestão: Semelhante a dos demais animais; Digestão química que iniciou no proventrículo, será terminada no ID O que não é aproveitado, é excretado pela cloaca Sistema digestório de ruminantes: Anatomia TGI ruminantes Estômago Verdadeiro: Abomaso – (secreção de suco gástrico) Pré- Estômagos: Retículo – Rúmen – Omaso. Rúmen – onde ocorre a fermentação e absorção dos ácidos graxos voláteis produzidos; presença de papilas; Retículo – controla o fluxo do alimento para dentro ou para fora do rúmen; papilas secundárias. Omaso – faz a absorção do excesso de água e quebra de partículas do alimento que irá para o abomaso; papilas mais grosseiras Abomaso – é o estômago químico dos ruminantes. Morfologia glandular Fibras – estimulam a ruminação. Estomago verdadeiro: Abomaso (secreção de suco gástrico). Pré- estômagos: Reticulo – rúmen – omaso. Condições ao nascimento: Rúmen com papilas pouco desenvolvidas. O rúmen não tem capacidade de digerir absorver as proteínas (imunoglobulinas) presentes no leite. Possuem goteira esofágica Intestino permeável á IG intacta. Habilidade para digerir alimentos: primeiras 2 – 3 semanas. Abomaso: Acidifica e qualha o leite, separando do soro, separando a caseína do leite que será absorvida no abomaso Desenvolvimento do rúmen: Só com dietas lácteas: Os pré- estômagos permanecem rudimentares por 14 a 15 semanas ou mais Os alimentos altamente digeríveis(concentrados )->maior produção de AGV -> desenvolvimento epitelialmais rápido A forragem ajuda a desenvolver a musculatura dos pré-estômago Neonatos: . Goteira esofágica: Estende-se da cárdia ao abomaso, desvia o leite para omaso evitando que entre no rúmem (fermentação Indesejável). A ração deve ser fornecida depois da ingestão do leite, poia a alimentação inibe a formação da goteira esofágica. Componentes do TGI dos ruminantes: Estimulam o Reflexo Goteira Esofágica: → Leite e colostro → Sais de sódio, cloro e bicarbonatos → Sede intensa (ADH) → Preparo de refeição → Amamentação direta ou com tetina Inibem o Reflexo Goteira Esofágica: → Forragens conservadas → Concentrados → Amamentação com balde - baixo → Com o avanço da idade Digestão no recém-nascido: Leite é primariamente digerido por ácidos e enzimas gátricas (do abomaso). Quando o leite chega ao abomaso, formam-se grumos de coalho. *O coalho resulta da coagulação da caseína, sob a ação de duas enzimas, denominadas renina e pepsina e também pela ação de ácido clorídrico A lactose é digerida rapidamente, garantindo energia imediata ao bezerro (intestino). A caseína e gordura levam mais tempo para serem digeridas A absorção dos ácidos graxos é realizada pela mucosa intestinal *Abomaso: goteira esofágica Evita que ocorra a fermentação indesejada no rúmen, no abomaso o leite coalha sobre a influência do HCL e possibilita que a renina e a pepsina quebrem a caseína para que assim ela seja absorvida a nível de intestino. Desenvolvimento ruminal: Associado ao consumo de alimentos sólidos Alimentos concentrados estimulam o desenvolvimento da mucosa (aumentando o tamanho e número de papilas ruminais) Alimentos volumosos estimulam maior desenvolvimento do rúmen em relação à capacidade e aumento do tecido muscular das paredes do órgão (capacidade de ingestão). Percurso do alimento no SD: O alimento após ser mastigado entra no segmento ruminoreticular, onde é submetido ao ataque microbiano e às forças de mistura e propulsão geradas pelas contrações coordenadas da musculatura destes compartimentos. Ruminação: reduz tamanho das fibras e expõe seus açúcares à fermentação microbiana Ruminação ocupa 1/3 do dia do ruminante CARÊNCIA DE RUMINAÇÃO – Produção de saliva baixa; Eructação: Com a fermentação são produzidos gases como o dióxido de carbono e metano (0,5 a 1L/min). Uma pequena parte é absorvida pela parede do rúmen e retículo, mas a maior parte é eructada. O estímulo é gerado por fibras nervosas localizadas na porção dorsal do rúmen e ao redor da cárdia. (Estimula a liberação de gases.). Timpanismo: Ocorre quando há falha no mecanismo de eructação. Lesões a nível de esôfago; Trata-se de um acumulo de gases. Pode ocorrer por meio de → Mecânico (corpos estranhos). → Leguminosas (como trevos estufam bem mais rápido) → Acidose Funções do rúmen: Muita proteína e pouca energia, não ocorre as ligações necessárias, essa proteína será perdida, liberada e convertida em amônia e excretada no leite, existe um exame para fazer a identificação chamado de NUL para saber se á uma quantia exagerada de proteína no leite 31/03/2022 Motilidade ruminal – Quem controla? Controle volume e distensão do rúmen. Estímulos na luz do retículo – rúmen Mecanorreceptores Rúmen – Composição da população m.o. Bactérias Protozoários Fungos A atividade da população microbiana Depende da disponibilidade de Nitrogênio Disponibilidade de energia (vem principalmente da quebra dos açucares). Rúmen – Atividades dos microrganismos Hidrolítica (quebra das bactérias): Hidrólise dos alimentos com recurso à produção de enzimas amilolíticas, celulolíticas, lipolíticas e proteolítica Fermentativa: Meio anaeróbio ruminal, a partir dos produtos resultantes da hidrólise dos alimentos Sintetizadora: Desta atividade, resultam a biomassa constituinte dos microrganismos, os seus poliholósidos de reserva (o” amido” dos microrganismos) e vitaminas do grupo B. a partir do alimento fermentado o substrato é usado pelos microrganismos. Bactérias presentes: 1. Celulíticas 2. Pectinolíticas 3. Metanogênicas 4. Utilizadoras de açúcares 5. Utilizadoras de lipídios 6. Hemicelulíticas 7. Amilolíticas 8. Ureolíticas 9. Utilizadoras de ácidos 10. Proteolíticas 11. Produtoras de amônia Bactérias + protozoários = fermentação anaeróbica = AGV, CO2 e METANO a partir da Fermentação Os protozoários não fermentam, eles controlam o crescimento das bactérias e armazenam o substrato, não disponibilizam tudo as bactérias. Nos ruminantes, o alimento que chega ao retículo-rúmem, que é uma câmara de fermentação, é degradado em seus componentes pelos microorganismos (bactérias, fungos e protozoários). Compostos que não são degradados passam ao estômago verdadeiro e depois ao intestino delgado e grosso. Aspectos importantes sobre a condição ruminal pH ideal entre 5,5 e 6,8 Substrato constante para fermentação Temperatura ideal entre 38 e 42 °C. (fermentação gera calor). Anaerobiose Potencial redutor e taxa de passagem constante da digesta. ( trabalha o tempo todo, há diversos processos acontecendo simultaneamente). Remoção dos produtos da fermentação (AGCC, CH4, CO2, entre outros gases). O rúmen deve oferecer suprimento de amônia e nitrogênio amoniacal, para que os microrganismos ruminais possam utilizar esses compostos na síntese de proteína microbiana (BERCHIELLI et al., 2006) Quanto mais fibra na alimentação, mais motilidade, mais ruminação, também aumenta a salivação que é um tamponante. Zonas ruminais: Zona gasosa: porção dorsal Zona sólida: partículas sólidas entrelaçadas + pequenas bolhas. Zona pastosa: Porção intermediária Zona líquida: Porção inferior do rúmen (partículas líquidas são mais pesadas. Ambiente ruminal: Bactérias: anaeróbias e pouco facultativas Tipos: Celulolíticas, hemicelulolíticas (digerem componentes da parede celular), pectinolíticas, amidolíticas, ureolíticas (quebra aminoácidos e produz ureia), produtoras de metano, utilizadoras de açúcares, utilizadoras de ácidos (consomem ácidos para a motilidade permanecer normal) proteolíticas, produtoras de amônia, utilizadoras de lipídios (sobra do metabolismo de outra bactéria) Protozoários: Envolvidos indiretamente no processo; Não fermentam Controlam o número de bactérias: se houvessem muitas bactérias, tudo que a vaca ingerisse seria digerido por elas de maneira descontrolada Retardam a digestão de substratos rapidamente fermentáveis: os protozoários ingerem os substratos e fazem uma reserva. Desta forma, quando alimentos chegam até o abomaso e a digestão iniciar, eles serão digeridos e a reserva utilizada pelo animal ingerem proteínas e amido, protegendo- os da ação das bactérias Para evitar acidose, e para que os carboidratos não sejam fermentados de uma vez só. Mecanismos de absorção ruminal e intestinal do sistema digestivo de ruminantes DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS = AGV DIGESTÃO DE PROTEÍNAS = Digestão microbiana e Digestão enzimática DIGESTÃO DE LIPÍDEOS = Hidrólise microbiana, Biohidrogenação dos ipídeos da dieta e Síntese de novos lipídeos pelos m.o. Não tem absorção de amido no rúmen. Digestão de carboidratos: Principal fonte de energia para ruminantes; Não há absorção de glicose no rúmen os absorvidos chegam às vias metabólicas em acetato, propionato e butirato. ACIDOS GRAXOS VOLÁTEIS NO RÚMEM: ÁCIDOS GRAXOS LIVRES – Absorvidos na parede ruminal Digestão de carboidratos: Dietas com altos teores de carboidratos prontamente fermentescível(amido) aumenta a proporção de propionato produzido por fermentação ruminal, e resulta em proporções de AGV de aproximadamente 50-60% acetato, 35- 45% propionato, e 5-10% butirato. A maioria do acetato e todo o propionato são transportados para o fígado, mas a maioria do butirato é convertido na parede ruminal em corpos cetônicos chamados de β hidroxibutirato Mais ou menos 28% da glicose requerida p/ uma vaca lactante alimentada com dieta alta em amido é proveniente da absorção intestinal; Maior capacidade de digestão do amido é ruminal; A degradação ruminal esta relacionada com um maior aporte de energia p/ microrganismos e conseqüentemente uma maior produção de PBMic; É desejado uma taxa degradação que maximize a síntese de PBMic, não tenha um efeito depressor no pH ruminal e conseqüentemente na ingestão de MS e no desempenho dos animais OBS: Dietas muito acidas, passam muito rápido pelo rúmen, não ocorrendo uma boa absorção. Proteínas em excesso afeta a reprodução, para avaliar a quantidade de proteína no leite se usa do exame NUL, ou avaliações como milho inteiro nas fezes, diarréia. Propionato (assim como o glicerol, lactato e proteínas) é transformado em glicose pelo processo de gliconeogênese no fígado. Outros AGV entram no ciclo de ácido cítrico como acetil coenzima A (CoA). Acetato e o Butirato só entram no ciclo na presença de oxalacetato para a condensação com a acetil CoA Excesso de acetil COA, se acumula e é degradado em Acetoacetato, βhidroxibutirato e acetona (corpos cetônicos). O excesso de corpos cetônicos é chamado de cetose. Digestão de Proteínas 1) Microrganismo: rúmen (proteína microbiana) 2) Enzimática: Urease → Amônia e CO2 (rúmen). Abomaso → suco pancreático. Intestino → Proteases e suco pancreático. 80 a 90% das proteínas já digeridas nos pré-estômagos M.O RUMINAIS: hidrólise de proteínas, resultando em CO2, amônia e AGV Líquido Ruminal: Apresenta urease ativa que transforma ureia em amônia e CO Digestão m.o. (rúmem): Bactérias 50% atividade proteolítica Protozoários Digestão Enzimática: Abomaso -> suco gástrico Intestino -> Suco pancreático (proteases) Enzimas do intestino Em função da presença de microrganismos ruminais, o modo de utilização das proteínas nos ruminantes difere totalmente dos monogástricos. Ruminantes: alto potencial em sintetizar todos os AA, inclusive os essenciais. Torna-se possível suplementar os alimentos com nitrogênio não- protéico (NNP) como sais de amônio ou uréia (fonte de proteína mais barata). CUIDADOS!!!!!!!! Período de adaptação uso: 2 a semanas Não exceder 150 g animal/adulto/ dia Iniciar gradativamente Não há absorção de proteína no rúmem – e sim transformação em proteína microbiana Proteína microbiana é a mais importante fonte de aminoácidos para a vaca Digestão e Absorção de Proteínas Intestino delgado Através de proteases – mesma funcionalidade monogástricos Proteases luminais e peptidases da borda em escova hidrolisam proteínas que chegam ao DUODENO Resultado: resultam tri e dipeptídeos e aminoácidos livres Digestão e Absorção de Triglicerídeos Transformação de lipídeos da dieta pelos m.o. Síntese de novo lipídeo pelos mesmos m.o. Rúmen: Hidrolisados no rúmen em glicerol e ácidos graxos pelas LIPASES MICROBIANAS (enzima secretadas pelas bactérias). * NA BOCA, LIPASE SALIVAR Glicerol é convertido em ácido propiônico ácidos graxos insaturados podem ser hidrolisados no rúmen em ácidos graxos saturados (bons). Rúmen: Fluem do rúmen para abomaso como AG Saturados Livres e sem serem utilizados pela microbiota ruminal (pelos microrganismos que aproveitam gordura). Bi hidrogenação (altera cadeia) de ácidos graxos insaturados é um mecanismo importante através do qual os microrganismos podem dispor de H no rúmen. (adição de uma molécula de H). Ruminantes suprem suas necessidades diárias de vitaminas do complexo B e K graças a síntese efetiva realizada pelas bactérias presentes no rúmen * Na carência de enxofre as bactérias não podem sintetizar as vitaminas tiamina e biotina e o cobalto é necessário para a síntese de cianocobalamina ou vitamina B12 que não é encontrada nas plantas B12 é convertida através de alguns minerais. Neste caso, ruminantes com carência de cobalto podem apresentar sintomas da deficiência de vitamina B12, tais como redução do apetite e crescimento lento Digestão Intestinal Ruminantes Digestão pós-ruminal é vital, pois alguns nutrientes “escapam” à fermentação ruminal ficando disponíveis para o animal Intestino Grosso Absorve água e eletrólitos Suco entérico desprovido de enzimas A estrutura da mucosa não apresenta vilosidades
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