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Teorias sobre ética l Ética estuda os atos morais: l Atos conscientes e voluntários l Entende o ser humano como um ser consciente Imagine uma situação em que você veja um colega seu pescando em uma prova Diferentes elementos a serem julgados do ponto de vista moral : l Questões de caráter – intenção da ação: desonesto, incapaz, preguiçoso l Valores em jogo: honestidade, competência, sabedoria l Ação: injusta em relação aos colegas que não colam l Consequências: que profissional está sendo formado Ética foca l Caráter l Virtudes ou vícios l Motivo l Boas ou más intenções l Ações l Certas ou erradas l Consequências l Boas ou más Fonte do valor moral l Ética da virtude: l disposições do caráter do agente l Ética deontológica: l tipo de ação l Ética consequencialista: l consequências da ação Primeiros questionamentos da ética l O que orienta a ação humana? l Qual é o maior bem para os seres humanos? l Bem: Fim /objetivo da existência humana l A resposta varia conforme as correntes de pensamento (teorias) sobre a ética l Pode ser: Felicidade, virtude, prazer, o útil, o poder Cada teoria ética tem um diferente embasamento para as decisões morais l “Faça o que a Bíblia diz”- Teorias do Mandamento Divino l “Siga a sua consciência”—Ética da Consciência l “Eu em primeiro lugar”– Ética Egoísta l “Faça a coisa certa”– Ética do Dever ou Deontológica l “Não me desrespeite”—Ética do Respeito l “...todos os homens são criados com direitos inalienáveis ...”– Ética dos Direitos l “Faça do mundo um melhor lugar”-- Utilitarismo l “Isso não é justo”—Ética da Justiça l “Seja uma boa pessoa”—Ética da Virtude E x t r e m a m e n t e M u i t o M é d i o P o u c o N u l o Religião Consciência Egoísmo - interesse próprio Dever Respeito Direitos Consequências para todos Justiça Virtudes de caráter Quão importante são cada um desses itens para escolha de suas ações? Sua orientação moral Principais teorias éticas l Ética da virtude l Ética deontológica l Ética consequencialista l A ética surgiu na Grécia l Filósofos - Sócrates (470-399 a.C.) Platão, Aristóteles l 1. Ética da virtude: l Filosofos gregos = Aristóteles - “o fundador da ética” l Qual é o maior bem para o ser humano? l O bem orienta toda a ação humana l O maior bem é a felicidade. l Meio para alcançá-la: VIRTUDES Ética da virtude l Foco no ser (caráter) l O importante é o caráter de uma pessoa l As virtudes irão determinar as boas intenções e as boas ações l Que traços de caráter tornam uma pessoa boa? Virtudes l Traços de caráter adquiridos voluntariamente pelo esforço pessoal l Podem ser adquiridas através da prática – pode ser aprendida pelo hábitos l Justo meio entre um extremo de excesso e outro de falta – covardia - temeridade l Virtudes morais: bondade, senso de justiça l Virtudes não-morais: sabedoria, prudência, moderação, coragem l Virtude moral pode depender de virtude não- moral: coragem – senso de justiça l Virtuoso é aquele que escolhe o bem nas suas ações l Não faz o certo pelo hábito, mecânicamente, mas por escolha deliberada. l Faz certo e sabe que está certo l Ignorante: faz errado, mas não sabe que está errado. l Injusto: faz errado e sabe que está errado l No Renascimento, os filósofos passaram a perguntar: l Qual é a coisa certa a fazer? l O que faz uma ação ser boa, correta moralmente? Immanuel Kant (1724-1804) l foi o pensador mais importante nesta teoria ética l Critica o consequencialismo: "A boa intenção não é boa por causa de seus efeitos” l Critica a ética das virtudes: virtudes podem ser empregadas para o mal l Temos deveres absolutos a serem cumpridos independente das circunstâncias l Devemos agir de acordo com o DEVER Ética do dever l O valor moral está no tipo de ação, que esteja de acordo com o dever l não em suas consequências l “O que vale é a intenção” – motivação interna Imperativo categórico (I.C.) l Kant defende que todas as nossas ações devem ser julgadas de acordo com a regra do I.C. l Princípio da universalização: l Uma ação é moralmente correta quando podemos querer que a máxima que ela envolve se torne uma lei universal, válida para todos l Regra básica: “Faça aos outros aquilo que você gostaria que fizessem à você.” l Atribui aos interesses alheios o mesmo peso que atribuímos aos nossos l Cumprir uma promessa é algo correto segundo este princípio, pois quero que todos tenham sempre este comportamento l Roubar e mentir seriam sempre errados, em qualquer circunstância Princípio dos fins: l Uma ação é moralmente correta quando com ela se trata as outras pessoas também como fins em si mesmos, não apenas como meio l com dignidade l Visa evitar a exploração (taxista) l Amizade por interesse Bem com Valor instrumental ou extrínseco – algo que é valorizado como um meio para atingir outros fins § Dinheiro, poder, status, fama l Bem com Valor intrínseco – algo valorizado pelo seu próprio valor – é um fim em si mesmo – não está vinculado a outros bens Problemas Deontologia l E se agir segundo o seu dever tiver consequências moralmente erradas? l Não mentir para fugir dos nazistas l DEVER APARENTE: não mentir l DEVER REAL: salvar a vida da família judia l Teoria extremamanete racional, não há espaço para a emoção, sentimentos, para o particular (cada caso) l Visa controlar as paixões l Mas não somos robos, temos sentimentos l Não conseguimos penetrar no interior do indivíduo para conhecer suas reais intenções Consequencialismo l O que importa são as CONSEQUÊNCIAS l Utilitarismo: é o tipo de consequencialismo mais influente l O objetivo da moral é guiar as ações das pessoas de forma a produzir o maior número de benefícios para a humanidade l Seu imperativo é: Aja sempre de forma a produzir o maior bem para o maior número de pessoas l Demanda l Fazer de tudo para maximizar a utilidade l Colocar de lado interesses pessoais Valor Intrínsico l Valor instrumental – valor como meio para alcançar um fim l Coisas que tem valor em si mesmo – valor intrínsico l O que possui valor intrínsico? 4 alternativas: l Prazer l Jeremy Bentham l Felicidade l John Stuart Mill l Ideais l G. E. Moore l Preferências l Kenneth Arrow Jeremy Bentham 1748-1832 l Devemos tentar aumentar a quantidade de prazer no mundo Prazer l O sentimento agradável que temos quando um estado de privação é preenchido l Vantagens l Fácil de quantificar l De curta duração l Físico l Críticas l Ignora valores mais elevados John Stuart Mill 1806-1873 l Felicidade e não prazer deve ser o standard de utilidade Felicidade l Vantagens l Um standard mais elevado l Desvantagens l Mais difícil de mensurar l Diferentes concepções de felicidade Ideais l G. E. Moore Devemos maximizar ideais como liberdade, conhecimento, justiça e beleza l O mundo será melhor com mais liberdade, conhecimento, justiça e não necessariamente com mais prazer l Difícil de quantificar G. E. Moore 1873-1958 Preferênciasl Kenneth Arrow – economista l Utilidade: l O que satisfaz as preferências de um agente O cálculo utilitarista O Cálculo utilitarista l Todas as consequências devem ser mensuradas e pesadas. l Unidades de medida: - hedons: Positivo - dolors: negativo O Que nós calculamos? l Hedons/dolors pode ser definido em termos de l Prazer l Felicidade l Ideais l Preferencias l Para qualquer ação, temos que calcular: l Quantas pessoas serão afetadas, negativamente e positivamente l Com que intensidade l Cálculo similar para cada alternativa l Escolha a ação que produza a maior quantidade de utilidade (hedons menos dolors) Exemplo: Programa de merenda escolar Cálculo: l Benefícios l Melhor nutrição por criança l Melhor desempenho l Benefícios indiretos para os contratados l Custos l Custo para cada cidadão l Contrastar com outros programas que poderiam ser financiados e com menores taxas l Multiplicar cada fator l Número de indivíduos afetados l Intensidade dos efeitos O Quanto podemos quantificar? l Prazer e satisfação das preferências mais fácil de quantificar do que felicidade e ideiais l Duas questões: l Pode tudo ser quantificado? l Alguns acham que as coisas mais importantes na vida (amor, família, amizade, etc) não pode ser facilmente quantificado, enquanto outras coisas (produtividade, bens materiais) podem ser enfatizados porque são quantificáveis. l Risco: se não pode ser quantificado, este bem não conta. l Os bens quantificados podem ser comparados? l Um bom jantar e uma boa noite de sono podem ser comparados? Um pode ser trocado pelo outro? Ética consequencialista l Avalia-se a qualidade das ações mediante uma verificação de quanto elas favorecem os objetivos de produzir felicidade. l Mentir será bom em alguma circunstâncias, dependendo das conseqüências que o ato acarretar. Consequencialismo l Consequencialistas definem se uma ação é moralmente certa ou errada a partir de suas consequências. l Não na ação em si ou na intenção da ação l O correto moralmente é o que traz os melhores resultados para o maior número de pessoas l “Os fins justificam os meios” Utilitarismo l Uma ação moralmente correta é a que produz maior prazer (bem) e/ou menor sofrimento (mal) para a maioria l Faz-se um balanço do prazer e da dor gerados por uma ação para cada pessoa envolvida l Cálculo utilitário – prazer > dor – ação moralmente correta l Consequencialismo: E se você tivesse que fazer algo que parece errado para obter as melhores consequências? Exemplos … Questões Questões l Utilitarismo (e a maioria): l Sim. l Mas alguns: l Mudar o rumo é participar no mal, transformando um acidente em algo intencional l A intenção da ação l Será que cinco vidas valem mais que uma? Questões Questões l Maioria: l Não porque neste caso estamos intencionalmente matando alguém l A morte no outro cenário era acidental l No outro cenário ninguém tinha mais direito de não ser atropelado, mas este homem tem o direito de não o atirarem. Questões Questões l Maioria: l Aceitam matar o homem neste caso l Mas neste caso o seu sacrifício não é acidental mas instrumental no salvamento dos outros... l (mas se não fizermos nada estaremos a usar os outros cinco para salvar um?) Questões Questões l Thompson: l Um cirurgião tem 5 pacientes que precisam de transplantes para sobreviver. l Um paciente saudável vem fazer um exame de rotina. l Deve o médico matá-lo para salvar os outros? Moral da história l Desconfiem das soluções simples para problemas éticos l Pensamento crítico. l Não existe uma teoria ética melhor do que as outras l Cada uma delas fornecem instrumentos para a análise de problemas éticos l Teoria ética pode mostrar questões importantes que devem ser consideradas na escolha responsável de ação l o que é válido e importante na vida, l faz considerar as implicações de nossas escolhas
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