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Imputação objetiva

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Imputação Objetiva breve resumo
Surgindo a partir da Teoria de Karl Larenz e Richard Honig nos anos de 1930 e logo mais sendo impulsionada por Roxim que fundamenta os estudos da estrutura criminal e analisa aspectos políticos do crime, nasce a Teoria da imputação objetiva.
Alguns doutrinadores, porém, defendem que está teoria na realidade é resultado da fusão de outras três teorias as quais são respectivamente: Teoria causal, finalista, e a teoria da adequação social. Contudo, alguns entendem que esta na realidade é uma teoria nova e que tem por conceito que no âmbito do fato típico atribui-se ao agente apenas a responsabilidade penal, não considerando o dolo, que é requisito subjetivo e assim, estando sua análise ligada a imputação subjetiva.
Portanto, se o risco criado é permitido não há imputação objetiva e assim, o agente responde somente se criou ou incrementou risco proibido. Seu surgimento então tem por finalidade limitar o alcance da chamada Teoria da equivalência dos antecedentes causais, teoria esta adotada pelo nosso Código Penal onde quaisquer das condições que componham a totalidade dos antecedentes, seria causa do resultado visto que sem a sua ocorrência impedir-se-ia a produção do evento.
Esta teoria, no entanto recebe criticas, por ser a causadora de uma regressão ao infinito, colocando assim no nexo causal condutas que são despropositadas. Para exemplificar isso melhor consideremos um fabricante de armas, a qual seu produto foi utilizado num assassinato, também teria sido causa no resultado deste homicídio.
Para resolver esse problema, surge então Teoria da imputação objetiva, a qual vem se popularizando no Brasil. Nela, a preocupação primada não é de se saber se o agente agiu ou não com dolo ou culpa, seus estudos vem antes de se analisar os elementos subjetivos de modo que sua essência leve a atipicidade dos fatos.
Dai a questão da imputação objetiva estar ligada ao risco que deve ser proibido, é assim que surge essa teoria criada por Karl Larenz e Richard Honig, com quatro vertentes que impedem sua imputação que são: a diminuição do risco, criação de risco juridicamente relevante, aumento de risco permitido e a esfera de proteção da norma como critério de imputação.
Já para Gunther Jakobs, são analisados outros meios enfatizando a imputação do comportamento visto que o homem está vinculado a papeis sociais dentro da sociedade em que vive, assim, a imputação deve levar em conta os padrões de comportamento que orientam os indivíduos.
Com isso Jakobs traça as quatro instituições jurídico-penais que norteiam a imputação. A primeira delas vinculada ao risco permitido, onde se cada indivíduo comportando-se dentro de seu papel criar uma conduta de risco ou perigo de lesão será imputado ao acaso; segundo temos o principio da confiança onde não se imputa objetivamente resultados por quem obrou confiando que terceiros se manteriam em seus limites de perigo; terceiro temos a proibição do regresso a qual não se incrimina conduta realizada pelo indivíduo estando de acordo com os limites do seu papel; quaro relacionada a competência e capacidade da vítima, onde reza que se uma vitima se põe em situação de risco, afasta a responsabilidade do agente produtor do resultado. Contudo essa teoria sofre criticas de muitos autores como Bitencourt 2010 p 251 – 253 que contesta que a teoria em exame traz como única certeza a incerteza de seus enunciados e imprecisão de seus conceitos. Assim, embora pretenda se substituir a doutrina da causalidade material, a teoria em tela não é tido por defendida, pois se faz necessário estudos para seu amadurecimento; até o momento a teoria apresentada ainda mostra-se como um complemento da causalidade no fornecimento e hipóteses em que a teoria naturalista não apresenta respostas satisfatórias.

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