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Centro Universitário Estácio/FIC Curso de Arquitetura e Urbanismo Unidade Via Corpvs Disciplina: História da Arquitetura III Cód: CCE0336 Carga horária: 40h/a Semestre/ano: 2015.2 Profa.: Larissa Porto AULA 02 Panorama da Arquitetura Moderna Característica do projeto moderno • Prioridade do desenho urbano sobre o edifício. • Busca de solução para a questão habitacional, isto é, máxima economia de espaços em função da quantidade de residências: unidade habitacional. • Relação de causa (uso) e efeito (forma de construir) entre programas de necessidades e soluções arquitetônicas, deduzida como solução racional e lógica. • Todo o discurso figurativo mantém-se em equilíbrio sobre linhas, planos e volumes e na interpretação de figuras e de sólidos geométricos. • Exclusividade do desenho industrial • Crença no processo industrial como um fator de libertação humana que levaria a um futuro melhor. Acreditavam que mudariam o mundo. • O novo era inevitável, mas era também bom e belo. A cosmovisão (concepção de mundo) moderna: a era da indústria, da velocidade, da objetividade, da universalização e seriação. Os arquitetos pioneiros do modernismo: LE CORBUSIER • Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de habitar, em concordância com os avanços industriais. • Sua principal preocupação era a funcionalidade. As edificações eram projetadas para serem usadas. • Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos materiais: concreto armado, vidro plano em grandes dimensões e outros produtos artificiais. Os arquitetos pioneiros do modernismo: LE CORBUSIER Estabelece 5 pontos de ligação entre a arquitetura e a estrutura: 1. Pilotis: através de vigas mestras assumem toda a carga da estrutura, deixando as paredes livres de peso. 2. Planta livre: integração dos espaços, variedade expressiva das formas, através da independência funcional entre estrutura e vedação. 3. Fachada livre: consequência direta do esqueleto estrutural independente. 4. Janelas em fita: janelas horizontais que atravessam a fachada. 5. Teto jardim: geometrização da natureza – recria o terreno coberto pela construção da casa. Villa Savoye, 1928-1930 LE CORBUSIER LE CORBUSIER . Unidade de Habitação (1952), Marselha Capela de Ronchamp, França, 1950-55 LE CORBUSIER MODELO PROGRESSISTA: CARACTERÍSTICAS TÉCNICA MODERNIDADE Anexa aos espaços os métodos de ESTÉTICA estandartização da indústria FORMAS UNIVERSAIS HOMEM TIPO Necessidades universais separadas em 4 funções LE CORBUSIER • HABITAR • TRABALHAR • LOCOMOVER • LAZER International Style: a canonização do Movimento Moderno • Arquitetura racionalista-funcionalista produzida sobretudo dos anos 1930 a 1950 no mundo ocidental, correspondente ao pleno desenvolvimento dos princípios defendidos pelas vanguardas modernistas europeias dos anos 20, a partir de modificações introduzidas nos Estados Unidos. • Exposição: “O Estilo Internacional” no MoMA em 1932. - Europa: arquitetura como fator de mudança social - EUA: prevalecia a ênfase em aspectos formais AULA 03 Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: a revisão do Movimento Moderno • Jörn Utzon • Luis Barragán • Oscar Niemeyer • Eero Saarinen Nova expressividade: do racionalismo maquinista às sugestões contextuais, o vernáculo, as formas orgânicas e escultóricas e a textura dos materiais: REGIONALISMO CRÍTICO Termo que designa uma arquitetura que tenta se opor ao deslocamento e falta de significado na Arquitetura Moderna, usando forças contextuais para devolver-lhe um senso de lugar e significado. O termo foi apropriado por Kenneth Frampton, em seu artigo “Por um regionalismo crítico: seis pontos para uma arquitetura de resistência” De acordo com Frampton, o Regionalismo Crítico deveria adotar arquitetura moderna criticamente, por suas qualidades progressivas universais, mas ao mesmo tempo deveria avaliar melhor sua inserção no contexto. Apropriando-se de argumentos fenomenológicos, sugere que a ênfase deveria estar na topografia, no clima, na luz, na forma tectônica, e calcada em um estudo das tradições e história locais, em lugar da cenografia, e do senso tátil em lugar do senso visual. JÖRN UTZON • Arquiteto dinamarquês (Copenhague, 1908 – 2008) • Influências - culturas maia, chinesa, japonesa e islâmica, e algumas outras, incluindo o seu próprio legado escandinavo. • Combina essas heranças mais antigas com sua disciplina balanceada, um senso de arquitetura como arte, e um instinto natural pelas estruturas orgânicas relacionadas com as condições do local da obra. • Diversidade de projetos: - abstração cultural da Ópera de Sydney - condomínios residenciais; - uma igreja que permanece uma obra prima com seus telhados notavelmente líricos; - edifícios monumentais utilizados pelo governo ou por comércio. JÖRN UTZON Utzon revela um conteúdo paradoxal que parece ser o que instigou e moveu sua capacidade criadora. A relação intensa com a arquitetura vernácula, a tradição nórdica, as influências internacionais mais variadas, as incursões pela padronização de elementos, a pré-fabricação, as abstrações formais livres, equilibram-se em sua obra conforme os requerimentos de cada uma, gerando grande diversidade de soluções. Principais obras: - Ópera de Sidney - Igreja de Bagsværd JÖRN UTZON Ópera de Sidney (1957-73) - exemplo de “escultura sobre a plataforma” - a grande plataforma como definidor do espaço, sobre o qual são desenvolvidos vários edifícios; JÖRN UTZON Ópera de Sidney (1957-73) A Ópera de Sydney tem cerca de 1000 divisões, incluindo cinco teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro restaurantes, seis bares e numerosas lojas de souvenirs. A materialidade do concreto marca todo o edifício. No exterior, o revestimento em painéis pré-fabricados de concreto, combinam-se com o revestimento em azulejos brancos e levemente reflexivos, dando à fachada uma imagem simples e austera. JÖRN UTZON Igreja de Bagsværd (Dinamarca, 1976) JÖRN UTZON Igreja de Bagsværd (Dinamarca, 1976) No interior, o concreto moldado in loco - cobertura aparece nas curvas da cobertura, moldado in loco e pintado de branco, essa materialidade sobrepõem-se aos elementos estruturais em concreto pré-fabricado que também se fazem presente no interior LUIS BARRAGÁN • Arquiteto mexicano (1902-1988) • Influência de Le Corbusier na primeira fase da sua arquitetura; • A partir da década de 40, começou a utilizar elementos da arquitetura tradicional mexicana e dos estilos de arquitetura que estudara durante suas viagens, sintetizando-os num estilo pessoal; • Defendia que a arte não podia ser dissociada das suas raízes religiosas e míticas; • Apesar das suas edificações muitas vezes serem consideradas minimalistas, possuem uma grande riqueza de cores, texturas e de materiais naturais, fazendo uma integração harmoniosa com a paisagem que os circundam. LUIS BARRAGÁN Casa Luis Barragán - Integração perfeita entre modernidade e tradição - Interior diverso da fachada - Cores e luz LUIS BARRAGÁN Casa Luis Barragán Questionava a noção de que uma moradia poderia ser reduzida a um produto industrial OSCAR NIEMEYER CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS • Obra com forte identidade formal - qualidade deriva da presença de estruturas formais claras como base da organização dos seus projetos, da utilização de formas elementares na configuração dos seus elementos constituintes e do fato de que o númerode elementos em seus projetos é sempre limitado; • Obra altamente sintética, fácil de entender e de memorizar; • Na maioria dos seus projetos é difícil separar a estrutura resistente da sua estrutura formal, uma se confunde com a outra; • Caracteriza-se essencialmente por utilizar formas elementares, isoladamente ou em conjunto - a atividade formativa do observador é facilitada, não importa a nacionalidade. Aí reside uma das razões da aceitação da obra de Niemeyer em mais de um país. OSCAR NIEMEYER OBRAS CONJUNTO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE, 1940 - A obra é projetada como um conjunto, mas onde cada elemento é visto como uma forma independente e autônoma (igreja, casa do baile, museu, iate clube) - Os edifícios são pensados em estreita relação com o entorno, que fornece a moldura natural e a inspiração para os desenhos e plantas. OSCAR NIEMEYER OBRAS CONJUNTO COPAN, SÃO PAULO, 1951 Símbolo da metrópole paulistana, o prédio sinuoso com 1 160 apartamentos tem integração perfeita com a paisagem urbana. OSCAR NIEMEYER OBRAS CASA DAS CANOAS, RIO DE JANEIRO, 1952 - Integração total com a natureza - Adequado senso de escala e implantação do terreno OSCAR NIEMEYER OBRAS CATEDRAL, BRASÍLIA, 1958 O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. A Catedral de Brasília é sua obra paradigmática, onde a concepção arquitetônica é reduzida ao mínimo, à sua estrutura, ao mesmo tempo que a concepção estrutural é levada ao máximo de suas possibilidades. Como disse o próprio arquiteto: “quando a estrutura está feita, o edifício está pronto”. Eero Saarinen(1910 – 1961) • Arquiteto finlandês; • Obras variadas, refletindo uma grande variedade de fontes; • Busca constante de novos materiais e tecnologias; • Para Saarinen, os elementos que constituem a construção e composição arquitetônicas dever estar submetidos a um mesmo universo formal onde a estrutura se funde com os elementos restantes que definem os espaços. Esse conceito permitia a Saarinen uma grande variedade e experimentação estrutural; • Destacou-se no design; não pensava no design como algo isolado; • Morreu com pouco mais de 50 anos, sem estabelecer uma direção única para os seus projetos de arquitetura. PROJETOS Terminal Trans World Airlines, Aeroporto Internacional Kennedy, NY (1956-1962) • Abandona a estética ortogonal, favorecendo uma forma escultórica fluida que remete ao voo; • Não utiliza o metal, mas o concreto, criando abóbadas com uma fina casca sustentada por pilares de concreto moldado in loco com forma livre; • Espaço interior dinâmico, monumental e intimista. Mobiliário feito sob medida; • Curvas e rampas criam movimento no plano horizontal. PROJETOS Terminal Trans World Airlines, Aeroporto Internacional Kennedy, NY (1956-1962) PROJETOS Aeroporto Dulles, Washington D.C (1958-1962) • Pilares de concreto sustentam a cobertura de cabos de aço revestida de painéis de concreto, permitindo um vão livre; • Flexibilidade e fluidez na circulação interna. PROJETOS Capela MIT, Washington D.C (1958-1962) • Uma clarabóia simples circular, emite uma luz celestial; • O piso no interior é branco e os móveis de madeira. Paredes revestidas com tijolos; • A peça de metal no teto solar foi criada pelo artista Harry Bertoia; • É considerada uma obra de iluminação; PROJETOS Capela MIT, Washington D.C (1958-1962) Expressionismo estrutural: é uma linha de trabalho que gera uma forte iconografia, criando identidade, ao usar o raciocínio técnico (lógico). Para isso demonstra o processo construtivo e leva os materiais até o limite da sua função resistente. Ao usar técnicas inovadoras de cálculo, geometrias e de construção, criam telhados escultóricos que conseguem cobrir grandes distâncias e formas aerodinâmicas. • Pier Luigi Nervi • Felix Candela • Eladio Dieste PIER LUIGI NERVI • Engenheiro e arquiteto italiano. • Pioneiro no uso decorativo de peças modulares pré- fabricadas em concreto armado e protendido, inovando as estruturas arquitetônicas; • Acreditava que a arquitetura e a engenharia faziam parte de um todo, ou seja, o ato de projetar e o ato de construir são um só e que era possível obter forma harmônicas e expressivas obedecendo às leis naturais da física; • Ao contrário dos arquitetos do Movimento Moderno, pensava que a estrutura poderia ser o edifício em sim mesmo e que construir, mais do que um ato racional, podia ser um ato criativo. PIER LUIGI NERVI • Obra: Palazzetto Dello Sport ( Roma, 1957) • 1620 módulos pré-fabricados em forma de losango, formam vigas nervuradas em uma abóboda esférica. PIER LUIGI NERVI • Obra: Palazzetto Dello Sport ( Roma, 1957) • 1620 módulos pré-fabricados em forma de losango, formam vigas nervuradas em uma abóboda esférica. FÉLIX CANDELA • Matemático, engenheiro e arquiteto espanhol (1910-1997) • Candela é considerado, na história da arquitetura moderna, o criador de um sistema de construção em que as duas características que o distinguiam eram típicas do mundo do século XX: a utilização do concreto armado e a definição do espaço arquitetônico de forma relacionada à quarta dimensão (tempo). FÉLIX CANDELA • Obra: Restaurante Los Manantiales (Cidade do México, 1958) • A forma do restaurante surge do tratamento plástico de sua coberta, feita de quatro paraboloides hiperbólicos idênticos construídos em concreto armado, rotacionados e interseccionados em seu centro. Com isso, forma-se em planta um desenho simétrico composto por oito lados. FÉLIX CANDELA • Obra: Restaurante Los Manantiales (Cidade do México, 1958) “Poético” desenvolvimento de uma membrana de apenas 4 cm de espessura que consegue cobrir grandes distâncias. Feita de forma artesanal e singular, leva ao extremo a lógica do concreto armado. ELADIO DIESTE • Engenheiro e arquiteto uruguaio (1917-2000) • Obra de caráter único, em vários países da América Latina, a partir de uma opção construtiva simples - o tijolo cerâmico, possibilitando construção de uma arquitetura com formas ousadas, onde espaço e estrutura são indissociáveis. • Crítico à difusão da Arquitetura Moderna nos trópicos – clima e a imposição de uma maneira de construir que se originou do desenvolvimento industrial dos países de centro levou a uma desconsideração, e até mesmo ao esquecimento das tradições construtivas locais. • Tijolo - produção de uma arquitetura regional que tinha em si inovação estrutural, estética e também econômica. ELADIO DIESTE • Obra: Igreja Cristo Obrero (Atlântida, Uruguai, 1952-1958) Inteiramente feita de tijolo, tendo sido utilizado armações de madeira para moldar todos os elementos e estruturas ELADIO DIESTE Obra: Igreja Cristo Obrero (Atlântida, Uruguai, 1952-1958) AULA 04 Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: a revisão do Movimento Moderno; Estruturalismo Holandês, New Brutalism, Urban Structuring. O Team X e o CIAM de Dubrovnik (1956) CIAM – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA MODERNA • Fundado em 1928, com o objetivo, segundo Le Corbusier de “…dar à arquitetura um sentido real, social e econômico… e estabelecer os limites dos seus estudos”; • Destinava-se a reunir as diversas tendências da arquitetura moderna e normatizar sua prática; • De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes, tratando de temas como o habitat mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação coletiva,o núcleo da cidade. Seu mais conhecido produto foi a “Carta de Atenas”, produzida no CIAM IV, de 1933; • A Carta de Atenas considerava a cidade como um organismo a ser planejado de modo funcional e centralmente planejada, na qual as necessidades do homem deviam estar claramente colocadas e resolvidas. Entre outras propostas revolucionárias da Carta está a de que todo a propriedade de todo o solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto público - Brasília O Team X e o CIAM de Dubrovnik (1956) CIAM X – 1956 – última reunião • No IX Congresso, em 1953, em Aix-en-Provence, os arquitetos Peter e Alison Smithson, Aldo Van Eyck, Jacob Bakema e George Candilis reivindicariam para eles a organização do X CIAM, cujo tema seria "O Habitat", no qual introduziriam os conceitos de identidade e crescimento urbano. • O Team X foi constituído em 1954, por pessoas encarregadas de preparar o 10º CIAM, de Dubrovnik, em 1956. • Jacob Bakema, Georges Candilis, Giancarlo De Carlo, Aldo van Eyck, Alison e Peter Smithson e Shadrach Woods; • A primeira reunião formal do grupo sob o nome de Team X ocorreu em Bagnols-sur- Cèze, França, em 1960, o último, com apenas quatro membros presentes, foi em Lisboa em 1981. • A organização CIAM foi dissolvida em 1959, pois os pontos de vista dos membros divergiram. Para uma reforma do CIAM, o grupo Team 10 foi ativo a partir de 1954, e dois diferentes movimentos surgiram a partir dele: o Novo Brutalismo dos membros ingleses (Alison e Peter Smithson) e o Estruturalismo dos membros holandeses (Aldo van Eyck e Jacob Bakema). O Estruturalismo Holandês e recuperação do vigor plástico da arquitetura racionalista Aldo Van Eyck (1918-1999) • Arquiteto holandês • Um dos fundadores do grupo "Team X“; • Reivindicava uma nova postura da arquitetura moderna, rejeitando o funcionalismo, procurando uma maior relação com a história, as arquiteturas regionais e os elementos simbólicos; • Interessava-se por articular o intervalo entre diferentes objetos e espaços (uma harmonia estática de um templo grego e a rigorosa assimetria de uma tela de Mondrian poderiam coexistir alegremente) • A cidade deveria se comportar com uma grande casa, e a casa, como uma pequena cidade. • Estabeleceu uma estrutura básica e essencialmente repetitiva da arquitetura “estruturalista” (Estética do número: um projeto é composto de uma unidade repetitiva, como células biológicas) Aldo Van Eyck – obras: Orfanato Municipal de Amsterdã (1955-60) • Edifício construído de concreto e vidro – um pavimento, com diversos módulos retangulares: a ideia é fazer o usuário interagir com o espaço. Aldo Van Eyck – obras: Orfanato Municipal de Amsterdã (1955-60) • “Claridade labiríntica” Brutalismo • 1947: Le Corbusier: primeiro Brutalismo • Brutalismo como nome designativo do uso de béton brut, concreto aparente, nas obras de Le Corbusier no pós-II Guerra, a partir da Unité d’Habitation de Marselha, prolongando-se até 1965; cujas possibilidades plásticas são potencializadas por meio de um conjunto característico de pequenos e macro detalhes. • Essa é de fato a acepção original, ou primeira, do termo Brutalismo. No momento em que surge tem sentido restrito: ainda não se trata de tendência nem movimento, mas de exemplo magistral e isolado. Brutalismo 1953-56: Novo Brutalismo Britânico Novo Brutalismo como nome adotado por representantes de uma nova geração de arquitetos britânicos do pós-II Guerra para qualificar um “movimento”; Intenções do movimento Brutalista: • Revelar as realidades do sistema de construção e edificação • Impor uma nova honestidade em relação à arquitetura tendo seu papel no pós- guerra de modo a ampliar as transformações sociais e urbanas. • Edificações tentaram ser ásperas e diretas em oposição ao vidro e ferro. • Concreto, o material mais usado e explorado do movimento, foi empregado com o objetivo de criar formas diferenciadas esculpidas pesadamente ao invés de finas e leves. • Apesar de sua aceitação, o público geral – entre eles até mesmo diversos arquitetos – tendia a ver as obras do Brutalismo como social e urbanisticamente agressivas Novo Brutalismo Ética ou Estética?: o discurso arquitetônico-ideológico do New Brutalism Reyner Banham (arquiteto e crítico inglês) publica livro em 1966, The New Brutalism: Ethic ou Aesthetic? • Banham admite que “os brutalistas estão comprometidos com o último esforço da tradição clássica, não tecnológica; e a ética da conexão brutalista, que tal como todas as tendências reformistas da arquitetura é retrógrada”. • Assim, contrariando suas expectativas artísticas revolucionárias, Banham admite que o Brutalismo apenas vestia com trajes discursivos de ética progressista uma arquitetura de estética conservadora – entendida aqui no sentido que lhe dá Banham, de que ela aceita trabalhar dentro das qualidades tradicionais inerentes ao saber profissional arquitetônico – seja derivadas seja da tríade vitruviana, seja da tradição Beaux-Arts, seja ainda do funcionalismo da “era da máquina”. Novo Brutalismo - Arquitetura Alison e Peter Smithson – Obras: Escola Secundária Hunstanton, Norfolk, Inglaterra,1949-54 - Linguagem do alto modernismo Miesiano, mas uma maneira despojada, com acabamentos rústicos e deliberada falta de refinamento. Novo Brutalismo - Arquitetura Alison e Peter Smithson – Obras: Escola Secundária Hunstanton, Norfolk, Inglaterra,1949-54 • Franca exposição dos materiais externos ou internos, “entranhas do edifício”; • Vigas e detalhes como brises em concreto aparente, combinados com fechamentos em concreto aparente ou com fechamentos em tijolos deixados expostos; mesma exposição de materiais nos interiores • VALORIZAÇÃO DOS MATERIAIS NÃO TRATADOS – CRUS E BRUTOS Urban Structuring - Urbanismo Contribuição teórica de Allison e Peter Smithson – TEXTO – Urban Structuring (1967) • Ideias que surgiram nas reuniões do TEAM X; • Novas possibilidades de revisão formal urbana. • Vitalidade das ruas tradicionais e populares. • Aproximação das ciências sociais, psicologia, antropologia, sociologia e dos modos populares, da realidade da vida urbana. • CINCO CONCEITOS URBANOS – Associação, identidade, crescimento, mobilidade e cluster. Urban Structuring - Urbanismo CLUSTER – espécie de estrutura, modelo formal. • Uma forma específica de habitar para cada situação particular • Preocupação com a cultura e a comunidade. • Cluster é uma estrutura adaptável. • Qualquer agrupamento é um cluster – agrupamento de casas, agrupamento de quadras, agrupamento de bairros. • Para cada forma de associação entre as pessoas existe um modelo diferenciado e inerente para o edifício ou a cidade. • Cidade compreendida através das relações e manifestações humanas – passagem, o movimentar- se, as relações de vizinhança, o contato na rua, etc. A U L A 4 AULA 05 Modernidade e Tradição na Obra de Louis Kahn Modernidade e tradição na obra de Louis Kahn Louis Kahn (1898-1976) - Arquiteto nascido na Estônia, naturalizado americano; - Um dos mais importantes arquitetos do século XX; - A partir de 1948, inicia transição da arquitetura do Movimento Moderno; - Características: combinações geométricas puras, inspirações clássicas ou medievais; utilização dos materiais no estado bruto; estruturas maciças, mistura de técnicas construtivas de alta tecnologia com técnicas estruturais seculares; - Substitui o vidro por grandes panos de concreto ou tijolos cerâmicos; - Funcionalidade substituída pela monumentalidade; Louis Kahn – Galeriade Arte da Universidade de Yale, EUA (1951 – 1953) Os grandes panos de alvenaria, harmonizando-se com as construções vizinhas, bem como a escala exterior amigável, contrapondo-se ao discurso do interior, marcado pelo grande pano horizontal composto de uma grelha de concreto triangular. Louis Kahn – Galeria de Arte da Universidade de Yale, EUA (1951 – 1953) - Lajes da estrutura composta por uma sucessão de tetraedros, fazendo a configuração de um entramado triangular. Louis Kahn - Valorizava o “histórico” sem ser um historicista; “Conservo o templo grego com a imagem mais insistente em minha mente, mas este constitui um ponto de partida, que pertence aos princípios” Louis Kahn - Porém, diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que tomavam esta inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá- la de forma mais abstrata e reflexiva, voltando-se para as técnicas construtivase para os dramáticos efeitos de luz etc. - A ordem em um projeto se dá através de uma ordem estrutural, que por sua vez cria uma ordem ambiental e dos espaços, que por fim, nos põe em relação com o princípios de composição; Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA (1954) – Casa de Banhos - Malha reguladora de módulo quadrado, com edificações compostas por prismas puros e aparentemente maciços; - Criação de pátio interno - edificações renascentistas e clássicas; - O espaço vazio é a busca por um coração, um núcleo gerador – inspiração clássica; - Planta fechada e absolutamente simétrica, apareceu como um manifesto contra as práticas funcionalistas e abertas do Estilo Internacional, e legou a Louis Kahn uma posição de liderança de uma nova atitude projetual. Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA (1954) – Casa de Banhos - Simplicidade - Uso de alvenaria portante - Telhado de quatro águas Louis Kahn - Monumentalidade: “ A monumentalidade em arquitetura pode-se definir com uma qualidade, uma qualidade espiritual inerente a uma determinada estrutura, capaz de transmitir a sensação de sua eternidade, (...) As estruturas monumentais do passado possuem essas características comuns de grandiosidade, nas quais os edifícios do nosso futuro, de uma maneira ou de outra, devem basear-se.” Louis Kahn Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) . - Blocos laterais e o vazio central direcionado - Luis Barragán - paisagem minimalista que aponta para o Oceano Pacífico. - As grandes áreas laterais dos laboratórios são circundadas por circulações que levam aos escritórios, nas extremidades. - Concreto aparente, madeira e, como pavimento, pedra Recinto, um calcareo natural do México. Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965) Louis Kahn Somente após completar 50 anos vão aparecer os traços distintivos que o elevarão para a condição de grande mestre. Sua experiência anterior, calcada na ortodoxia modernista, cede lugar a uma exploração do diálogo possível entre técnicas construtivas milenares e a alta tecnologia de sua época grandes painéis construídos totalmente em alvenaria e atirantados com concreto protendido. Sua paleta de materiais vai ser muito comedida. Sempre o concreto armado como elemento estrutural. A alvenaria de tijolos cerâmicos tradicionais como elemento vedante externo será quase sempre presença constante. A madeira sempre aparecerá como contraponto, em divisórias, balcões, paramentos etc. À maneira dos seus contemporâneos brutalistas, nenhum material receberá revestimento, a não ser em algumas obras, na última fase. Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) - O desenho dos blocos apresenta uma forte geometria, com espaços abertos e livres. - Uso de tijolos cerâmicos e técnicas construtivas ancestrais - aparência vernacular. - Aplicação de arco de tijolos atirantado com concreto protendido é utilizado à exaustão no conjunto. Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) O trabalho de luz e sombra aqui conseguido, utilizando corredores, grandes aberturas e panos cegos, juntamente com implantação geral dos blocos, com edifícios afastados, possibilitando a ventilação natural, criam condições climáticas favoráveis e uma expressão dramática buscada por Kahn no dialogismo silêncio e luz. Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) - Utilizou arquétipos vernaculares e monumentais da região, os assimilou e, usando sua abstração, legou-lhes um grau de absoluta pureza, unindo ideias de muitas eras e civilizações - Influência da arquitetura medieval europeia No centro do edifício, de 30 metros de altura, situa-se o anfiteatro abobadado de 300 lugares. Ao seu redor, oito volumes, que incluem uma biblioteca, uma mesquita, um restaurante e escritórios. Construído em concreto aparente moldado in loco, as paredes são incrustadas com faixas de mármore branco Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) - Influência Neoclássica – formas geométricas ideais, círculos e quadrados, que se expressam como prismas Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca (1962 - 1974) Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972) - Síntese da obra de Kahn. - As paredes externas, quase destacadas do conjunto, parecem materializar a sentença de seu autor: “O muro é um acontecimento”. - Construídas em alvenaria de tijolos cerâmicos, em uma técnica secular, conferem ao edifício uma expressão de massa contrária à formulações do Estilo Internacional. Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972) - Internamente, grandes painéis de concreto, as vigas protendidas, criando um contraponto muitas vezes encontrado na sua obra. - Enquanto as alvenarias externas ligam o edifício ao mundo real, os grandes círculos, figuras geométricas abstratas desmaterializam a construção, levando-a para o mundo platônico das ideias. - As plantas repetem uma ideia recorrente de Kahn, dos espaços dentro dos espaços. Desta vez, entretanto, o centro é o vazio, em toda a sua grandiosidade. Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) Apesar da aparente simplicidade, com 16 abóbadas de berço de 30 m de comprimento por 7 m de largura, e 6 de altura, trata-se de um projeto sofisticado. Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) As abóbadas são rasgadas na parte superior para permitir a iluminação natural nas galerias. Nos encontros das abóbadas, estão as instalações mecânicas e os dutos ar condicionado. Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) - Espaços de serviços e espaços servidos; - Tentativa de alcançar a ”grandeza romana da abóbada” - Materiais utilizados: concreto moldado in loco, mármore travertino, carvalho e aço inox; Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972) - “Meu pensamento está tão impregnado de grandeza romana e a ideia de abóbada romana encontra-se tão firmemente gravada em minha mente que mesmo quando não posso empregá-la está sempre presente e aparece pra mim como a forma mais adequada. E entendo que a luminosidade deve partir de um ponto elevado, que é onde a luz alcança seu apogeu” Louis Kahn Louis Kahn Em um tempo em que vigia a expressão coletiva e o antiindividualismo do Estilo Internacional, Kahn devolve ao arquiteto a sua expressão pessoal. À leveza e transparência da arquitetura do vidro, Kahn vai preferir os grandes panos cegos de concreto ou tijolos cerâmicos.Diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que tomavam esta inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá-la de forma mais abstrata e reflexiva, voltando-se para as técnicas construtivas e para os dramáticos efeitos de luz. A espacialidade funcionalista será substituída, na sua obra, pelos espaços monumentais; os seus “espaços servidos” ganharão uma importância que não tiveram nos últimos sessenta anos. Louis I. Kahn foi uma influência definitiva para as novas gerações. AULA 06 Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: Archigram, Metabolismo Japonês e Megaestruturas. Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram (Inglaterra, 1961): Peter Cook, Ron Herron, Warren Chalk, Dennis Crompton, David Greene e Mike Webb Contexto: • Período de pós-guerra - países do primeiro mundo entravam em expansão econômica e tecnológica, impulsionando o desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte. • Políticas de conquista espacial, crescimento das redes de telecomunicações via satélite, surgimento da computação, robótica, proliferação de eletrodomésticos, como a televisão - visavam garantir o bem estar da população. • Guerra Fria - capitalismo e socialismo - competição tecnológica e a instabilidade de uma terceira guerra mundial. • Arquitetos viam na arquitetura funcional da época um artefato obsoleto, já que não utilizava em boa parte os elementos tecnológicos atuais, mantendo a tradição e os antigos estilos arquitetônicos, como, por exemplo, o neogótico - Queriam uma total transformação da disciplina arquitetônica. Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram (Inglaterra, 1961) • Estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados que se reuniram para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, também denominada Archigram (arquitetura + telegram) • Crítica irônica e radical às convenções e aos procedimentos estabilizados --------------- Os questionamentos levantados em seus artigos eram uma reação contra a obviedade e a monotonia no processo de representação e de criação arquitetônica. • A arquitetura do grupo Archigram era pensada como um fenômeno de comunicação e representada através de diversos recursos comunicacionais. • Crença que existe uma racionalização intrínseca no mundo da tecnologia e da ciência – solução para todos os problemas que o tempo propõe e uma paulatina melhora nos problemas sociais Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram – Alguns projetos: Walking City; Instant City; Plug-in City; Living City; Spray Plastic House; Os projetos do Archigram não foram desenvolvidos visando à construção concreta, mas eram entendidos como uma subcultura arquitetônica, que pretendia subverter o sistema dominante. Daí, diferenciarmos os conceitos de atual e virtual. Os projetos do grupo não deixaram de ser reais pela sua virtualidade, apenas não atingiram, em seu tempo, a atualidade. Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram – Alguns projetos: Walking City - projetado por Ron Herron, foi lançado pelo grupo em 1964 e consistia numa arquitetura que via a cidade como um ‘organismo andante’, sem fundações ou raízes, constituída por imensos “containers” com pernas tubulares que se deslocariam pelo solo e até mesmo pela água, e adequada para viajantes e nômades. Era uma mistura de nave espacial com submarino. Uma mistura entre inseto e máquina. . Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram – Alguns projetos: Instant City - projeto propunha uma espécie de arquitetura móvel que ofereceria uma série de eventos e de informações culturais que seriam levadas as cidades distantes das metrópoles. Uma espécie de circo coberto por lonas, erguidas por balões , levando entretenimento, e tal como o circo surgiria do nada e depois desapareceria. Uma complementação da cidade, que supriria e traria novas atividades para a pequena cidade, integrando-se a ela. Ela, portanto, funcionaria como um sistema complementar, articulador e dinamizador de todo o processo urbano. . Metabolismo, grandiloquência e Utopia O grupo Archigram – Alguns projetos: Plug-in City - 1964, projetada por Peter Cook apresentava a proposta de uma cidade tentacular que seria construída a partir de uma mega- estrutura em forma de rede, erguida com produtos pré-fabricados, com vias de comunicação e de acesso interligando cada ponto do terreno. As várias partes da edificação teriam comunicação entre si através de um sistema de conexões físicas e de uma malha de circuitos comunicacionais e informacionais, através de tubulações e articulações metálicas que serpenteavam como passarelas por todos os setores. . Metabolismo, grandiloquência e Utopia Os Metabolistas japoneses: Kenzo Tange, Fumihiko Maki, Kiyonori Kikutake e Kisho Kurokawa Contexto: - Após 2ª. Guerra Mundial: Panorama arquitetura internacional: Estados Unidos e América Latina - Japão - Movimento Moderno – Japão – Estilo Internacional + um inusitado vigor formal - A partir dos anos 50 – integração de elementos formais da arquitetura tradicional à arquitetura moderna japonesa: - ideia abstrata de espaço doméstico tradicional - coberturas leves e expressivas - estruturas de madeira - Especial sensibilidade construtiva . Técnica brutalista do concreto armado Metabolismo, grandiloquência e Utopia - Surge uma arquitetura que exalta a estrutura – afinidade entre a arquitetura moderna e a arquitetura tradicional japonesa: - violência formal - ostentosa geometria elementar - rigorosa proposta estrutural - Ainda nos anos 50 – arquitetura brutalista com influência de Le Corbusier – - Kunio Mayekawa - Junzo Sakakura - Kenzo Tange Metabolismo, grandiloquência e Utopia Kenzo Tange (1913-2005) - Monumento, Museu e Biblioteca para crianças, no Parque da paz, Hiroshima, 1955 - Prefeitura de Kurashiki , 1958-60 - Sede da Organização Mundial de Saúde em Genebra, 1960 O primeiro exemplo concreto de planejamento urbano moderno foi o Plano diretor para a reconstrução de Hiroshima, juntamente com os prédios projetados para o Parque da Paz. Plano para o Parque da Paz Museu da Bomba atômica Monumento Metabolismo, grandiloquência e Utopia Anos 60 – busca de um novo tipo de cidade - Grupo Metabolismo – constitui o momento mais destacado e culminante de toda a evolução da arquitetura moderna no Japão ideia dos metabolistas: gerar propostas, desde o desenho industrial ao urbanismo, nas quais os avanços tecnológicos e os sistemas de agregação de cápsulas residenciais sejam básicos. As propostas surgem como reação à falta de planejamento urbano típico do Japão – arquitetura condenada ao isolamento, à expressividade individual e ao crescente caos urbano Metabolismo, grandiloquência e Utopia - Pretendiam expressar com seu nome a visão da sociedade como contínuo desenvolvimento e mutação de um processo vital e tecnológico - O conceito metabolista considerava que edifícios e espaços urbanos estariam sujeitos às mesmas condições do crescimento natural que também estavam as populações a que eles serviam. Soluções: - novos organismos à escala urbana: - cidades oceânicas, cidades aéreas, unidades agrícolas, unidades residenciais móveis ou estruturas helicoidais Metabolismo, grandiloquência e Utopia Em 1960, kenzo Tange apresentou o seu Plano para Tóquio, incluindo ideias inovadoras sobre como expandir a cidade através Baía de Tóquio. O eixo monumental enorme construída através da Baía de Tóquio foi projetado para carros, mantendo pedestres longe em áreas separadas através de uma hierarquia de viasexpressas. A proposta difere das ideias do CIAM, que era em favor de "centros urbanos" e propôs "áreas civis”. Metabolismo, grandiloquência e Utopia Plano para Tóquio Esta enorme frota de unidades de até 300 m de largura, com telhados como templos japoneses que pareciam estar flutuando na água, continha as residências. O plano para Tóquio tratava-se de uma grande cidade planejada como expansão de Tóquio, organizada por um grande eixo cívico suspenso sobre a água, e por uma grande quantidade de núcleos verticais autônomos Metabolismo, grandiloquência e Utopia Cidade no ar. Arata Isozaki, 1961. O jovem arquiteto, insatisfeito com o caos de Tóquio, levantou uma ordenada cidade completamente separado do que colocou em sua base, cujos ramos nasceram do centro de mega-colunas. . Metabolismo, grandiloquência e Utopia Farm City. Kurokawa, 1960. A proposta visa a resolver a contradição entre cidade e campo através de uma grade de concreto de 500 x 500 m, 4 m de altura elevada da área agrícola por pilotis. Metabolismo, grandiloquência e Utopia Helix City. Kurokawa, 1961. Localizado sobre o mar, esta proposta foi inspirada pela estrutura do DNA, que tinham sido recentemente descobertos. Foi uma dupla hélice, permitindo o crescimento contínuo da cidade. . Metabolismo, grandiloquência e Utopia Marine City, Kikutake Kiyonori, 1963. Ecopolis, Kikutake Kiyonori, 1990 Metabolismo, grandiloquência e Utopia Exposição Universal de Osaka, 1970 - Grande conjunto arquitetônico, com um praça gigante coberta com uma malha de estrutura reticular – primeira expressão do auge e modernização da arquitetura japonesa para o mundo - Traçado geral proposto por Kenzo Tange. - A exposição apresentou um mostruário de tipos formais gerados pelas novas tecnologias: - coberturas gigantes - estruturas pneumáticas - prédios escalonados - pirâmides de cristal ao mesmo tempo em que apareciam elementos simbólicos e tradicionais , como lagos artificiais e jardins japoneses A U L A 4 AULA 06 O resgate da História e o pensamento de Aldo Rossi. Arquitetura Contextualista A U L A 4 Aldo Rossi (1931-1997) Panorama italiano anos 60 - Geração de arquitetos buscam uma renovação e reformulação da arquitetura europeia, a partir da II Guerra; - Consideram a crítica e a história como instrumento de projeto, que entende a arquitetura como um processo de conhecimento, e se recusam a separar a teoria e realidade; - Surgem textos, críticas, manifestações e obras emblemáticas; - Destaque a Aldo Rossi – rigor e interesse por seus escritos teóricos e o atrativo de sua linguagem pessoal arquitetônica. A U L A 4 A arquitetura da cidade de Aldo Rossi - Livro publicado em 1966; - Entender a arquitetura em relação à cidade, a sua gestão política, memória, diretrizes, traçado e estrutura da propriedade urbana; - Visão da cidade através da antropologia, psicologia, geografia, arte, novela, economia e política. (Mudança de visão em relação à cidade devido ao contexto que a guerra gerou) - Rossi enxerga a cidade não com uma visão moderna ou futurista, mas como um bem histórico e cultural, como a familiar cidade europeia do século XIX. A U L A 4 A arquitetura da cidade de Aldo Rossi - Crítica ao ‘funcionalismo ingênuo’ – não existe uma relação de uma só interpretação e linear e entre as formas e as funções – as formas não são o resultado direto das funções; podem ir muito além de apenas as funções. - Para Rossi, a forma é mais forte do que qualquer atribuição de uso – exemplificando que edifícios históricos foram reutilizados por várias décadas para novos usos. A máxima precisão arquitetônica favorece uma maior liberdade funcional, uma posterior mudança de destino. A U L A 4 A arquitetura da cidade de Aldo Rossi - Situação pós-moderna da arquitetura – contrastes formais geram mudanças de usos: estações convertidas em museus; palácios reabilitados como sedes de administrações públicas, igrejas reconvertidas em escritórios, museus ou discotecas. - Resgate da monumentalidade: revalorização do monumento como marco privilegiado para definir o caráter e a imagem da cidade (ideia que havia desaparecido com o conceito da cidade racionalista) – visão oposta do Movimento Moderno; A U L A 4 A arquitetura da cidade de Aldo Rossi - Resgate do conceito da tipologia arquitetônica: para Rossi, o tipo é um arquétipo, um padrão, um modelo, um princípio lógico e imutável – capacidade de permanência da forma. A noção de tipo para Rossi não corresponde a um sistema de operação formal; para ele, o tipo é o registro de uma estrutura persistente. - Cidade como um feito econômico e histórico; destaca o papel essencial da estrutura fragmentada da propriedade privada e as transcendências das operações públicas de desapropriação; - Cidade é o lugar da política, um espaço onde as manifestações coletivas expressam suas vontades; A U L A 4 A arquitetura da cidade de Aldo Rossi - A produção de uma arquitetura comprometida com a crítica ao Movimento Moderno, deveria, segundo Rossi, retomar à alguns princípios que haviam sido rechaçados por este. - Para ele, a raiz da concepção arquitetônica está na correta articulação dos elementos da memória, do locus e do desenho. - Rossi crê que o resultado desta justa articulação de elementos pelo objeto arquitetônico é capaz de evocar a ideia de locus, que é a ideia de um lugar marcado pela presença protetora do genius loci. - A expressão genius loci diz respeito, portanto, ao conjunto de características sócio-culturais, arquitetônicas, de linguagem, de hábitos, que caracterizam um lugar, um ambiente, uma cidade. Indica o "caráter" do lugar. A U L A 4 ALVARO SIZA (Portugal , 1933) - Formou-se na Escola Superior de Belas-Artes do Porto; - Ponto de partida do projeto – inspiração nos elementos específicos do lugar; - Para iniciar cada projeto, Siza trava um intenso diálogo com o lugar e com os usuários; - Utilizando uma arquitetura racionalista e organicista ao mesmo tempo, com uma grande capacidade de adaptação, desenvolve cada projeto. - Trouxe destaque internacional, nos anos 1980, à arquitetura portuguesa - Fernando Távora (1923-2005) e Eduardo Souto de Moura (1952). - 3 gerações diferentes - arquitetura essencialista, que tem sensibilidade singular para adaptar-se ao lugar com um mínimo de elementos e materiais construtivos. A U L A 4 ALVARO SIZA – obras Restaurante Boa Nova (1958-1964) A U L A 4 ALVARO SIZA – obras Restaurante Boa Nova (1958-1964) A U L A 4 ALVARO SIZA – obras Piscina das Marés, Leça das Palmeiras (1961-1966) Recria a ideia de lugar e a relação material do objeto com o contexto faz referência à Jörn Utzon A U L A 4 ALVARO SIZA – obras Agência Bancária Pinto & Sotto Mayor, Oliveira de Azemas (1971-1974) HISTÓRIA DA ARQUITETURA III AULA 08 PÓS-MODERNISMO - Perda da capacidade de comunicação da arquitetura; - Caracterizou-se por questionar de diversas maneiras o seu precedente: o modernismo - reducionista, genérico, limitado, anônimo, repetitivo, técnico. - O homem real não corresponde ao usuário ideal para o qual projetaram as vanguardas. A arquitetura deve assumir sua dimensão pública e utilizar a metáfora, o símbolo e a história para se conectar com as pessoas. - Queriam, de uma forma ou de outra, fazer com que a arquitetura fosse novamente portadora de símbolos, de signos convencionais que falassem a todos, que comunicassem valores culturais que transbordavam as questões meramente construtivas.Porisso o pós-modernismo resgata os estilos anteriores ao modernismo e os utilizava de forma diferenciada. Robert Venturi (1925) - Considerado um dos principais teóricos pós-modernos, inaugurando a crítica norte-americana à hegemonia da corporação modernista, sendo um dos primeiros a se desconectar do Movimento Moderno, e resgatando os antecedentes históricos; influência de Louis Kahn e viagem para Roma; - Em sua teoria, a forma tem o papel de informar por meio de algum elemento decorativo, e não deve apenas figurar; tornando-se assim o símbolo gráfico ao usar letreiros, fachadas distintas do corpo do edifício, concebidas como painéis. - Publica dois livros: “Complexidade e Contradição em Arquitetura” e “Aprendendo com Las Vegas” - “Menos é um tédio” Robert Venturi (1925) Complexidade e contradição em arquitetura. - O problema da arquitetura e do urbanismo modernista era serem enfaticamente reducionistas, resolvendo os problemas de maneiras à limitá-los, por meio de soluções puras e tediosas.Embora esta simplificação resultasse em alguns belos edifícios, o maior resultado do modernismo foi uma suavidade excessiva –Menos é um tédio. - A arquitetura moderna não esta à altura da arte e da ciência desse período, a qual tem a problemática da complexidade e contradição. - Para resolver os problemas que encontra no moderno, o arquiteto propõe o exercício da inclusão, que conduz a uma ampla interpretação, com elementos de dupla função, reforçando sua teoria de que menos não é mais. A sua teoria é afirmada pelos princípios da semiótica, pelo valor poético que a ambiguidade atinge, e por meio do significado da arquitetura pautada na história da disciplina. - Uma das principais críticas de Venturi nessa obra é feita ao edifício modernista de esqueleto de aço e revestimento em cortina de vidro, com sua estrutura independente da vedação; que deveria reintegrar as essas funções, fazendo o uso, por exemplo, da parede portante. Robert Venturi – Casa Guild, EUA (1960 - 1963) - Elementos comuns de forma não-convencionais; - Na Guild House, elementos da cultura clássica, como a planta paladiana e a fachada tripartida, misturam-se com elementos vernaculares, tijolos vermelhos esmaltados e janelas de guilhotina, dando ainda lugar às janelas horizontais modernistas e mensagens comerciais. Robert Venturi – Casa Vanna Venturi, EUA (1962) - Combinação da simplicidade da forma externa com a complexidade do leiaute interno; Robert Venturi – Casa Vanna Venturi, EUA (1962) Pós-Modernismo Aprendendo com Las Vegas Composto de duas partes, tem na primeira o estudo de caso: a cidade dos prazeres, onde além de casamentos relâmpago e jogos de azar haveria o que aprender com alusões, “improvisações baratas”, “oásis em desertos de asfalto” e totens informativos; Na segunda, se constrói a teoria das imagens referidas à arquitetura e absolve-se o ornamento do crime; O “pato” e o “galpão decorado”; O “pato” encarnaria o símbolo e o “galpão decorado” corresponderia ao edifício enfeitado. Comparam-se obras e períodos para explicar a preferência pela comunicação dos elementos decorativos, igualam-se o heroico e original ao feio e banal. Prefere-se a ambivalência: coisas familiares e não familiares unidas a elementos convencionais empregados de maneira não convencional:pop. Pós-Modernismo Aprendendo com Las Vegas Existem dois caminhos para que um edifício seja comunicativo: que em sua forma expresse a função ou que simplesmente seja um “galpão decorado”. A segunda solução, segundo Venturi, é mais contemporânea e sua linguagem mais fácil de entender. “O letreiro é mais importante que a arquitetura” Edifício propaganda – o oposto da ideia de Adolf Loos: casa como máquina despida por fora e como obra singular, cálida e comunicativa por dentro. Pós-Modernismo - O Pós-modernismo “sacudiu” o marasmo criativo que assolavaa arquitetura moderna nos anos 70. - O Pós-modernismo bebeu de todas as fontes arquitetônicas ocidentais, até mesmo do modernismo; - Não há padronização, sempre se parte do pressuposto da obra para o indivíduo que a habita; - Arquitetura híbrida, onde a composição complexa e a justaposição de elementos levam a ornamentação gratuita dos edifícios; - Os pós-modernistas propuseram-se a restabelecer o contato dos habitantes da cidade com a arquitetura que os rodeava através da utilização do que consideravam como signos arquitetônicos, que são os chamados símbolos, ou também arquitetura falante. Charles Moore (1925 – 1993) – Piazza d’Italia, EUA (1975 – 1979) Michael Graves – Edifício Portland, EUA (1980) Michael Graves – Hotel Dolphin, EUA (1987) O Pós-Modernismo Modernismo Pós-modernismo Simbolismo insinuado Simbolismo figurativo Ornamento integrado Ornamento aplicado Arquitetura pura Arquitetura heterogênea Arquitetura elitista Arquitetura populista Revolucionária Evolutiva, seguindo ideais históricos Singular, arrojada Convencional e configuração barata Todas as fachadas tratadas iguais Fachadas frontais belas e luxuosas Tecnologia progressiva Construção convencional Ideal do arquiteto Aceita escala de valores do cliente A DISPERSÃO DAS POSTURAS ARQUITETÔNICAS REVIVAL HISTORICISTA E NOVO ECLETISMO NA ARQUITETURA AULA 10 . Revival historicista e vernáculo . - ANOS 70 – arquitetura enraizada na história – resposta à perda de capacidade significativa da arquitetura do Estilo Internacional Recurso da tradição e reutilização de um sistema de convenções aceitas, com o objetivo de: assegurar a comunicação com o usuário e o ressurgimento da capacidade significativa da arquitetura - Ideia de que arquitetura é essencialmente mensagem e linguagem; - Linguagens Clássicas (Classicismo como o sistema compositivo de vida mais longa na história da arquitetura; a grande linguagem na qual se desdobra a arquitetura ao longo de muitos séculos) – Ao longo dos anos 80 - ARQUITETURA REVIVALISTA, nos países europeus (recuperação e interesse pela tradição Beaux-Arts e à revalorização de arquitetos ecletistas) Revival historicista e vernáculo . - Nos EUA: Robert A. M. Stern, Allan Greenberg, Michael Graves, etc. - Na Europa: Ricardo Boffil - Estilismo classicista ou historicista: recorrem de maneira literal e errada às linguagens do passado, utilizando elementos da linguagem clássica sem nenhuma vontade de abstração, reelaboração ou inovação, apenas com o intuito de aceitação popular - Ecletismo: arquitetura híbrida, baseada em mesclas e cruzamentos de códigos linguísticos, que não está isenta de ironia e deseja estabelecer novas figurações Ricardo Boffil, Espanha, 1939. - Arquitetura a partir de meados dos anos 1970: síntese entre dois mundos aparentemente distanciados de maneira irreconciliável – CLASSICISMO e ALTA TECNOLOGIA - A lógica da produção em série, a repetição, a simplificação, a transparência e a leveza que geram as novas tecnologias X qualidade de proporção, simetria, solidez e ornamentação da arquitetura clássica. - Solução para desenvolver essa síntese: sistemas de pré- fabricação com moldes que acabam configurando edifícios resolvidos de acordo com uma interpretação livre da tradição clássica ------- intenção de recuperar valores históricos e simbólicos da arquitetura com o objetivo de reconvertê-la em fenômeno popular. Ricardo Boffil - Obras . Conjunto Antígona, Montpellier (1979-1985) Resolução de grandes conjuntos urbanos recuperando os critérios compositivos da cidade barroca, à base de avenidas e praças definidas por uma forma arquitetônica que tenta responder ao caos urbano circundante Ricardo Boffil - Obras . Conjunto Antígona, Montpellier (1979-1985)- Cada edifício recria tipologias históricas: o palácio, o arco do triunfo, a praça barroca, etc. - Contraste de tecnologias e tipologias Ricardo Boffil - Obras . Intervenção em Marne-la-Vallée (1978-1982) - Células mínimas de moradias, onde grandes e altos blocos pouco têm a ver com a escala da cidade tradicional a cujas tipologias – palácio urbano, teatro, etc. – pretende-se fazer referência. Utilização da linguagem clássica sem nenhum rigor. Ricardo Boffil - Obras . Nova sede da Swift, Bélgica (1990) Novo Ecletismo - Tendência que se baseia na confiança de que é possível conseguir novos resultados formais a partir da mescla de diversas origens; - Pretensão de chegar à síntese de fatores opostos: abstração e figuração, história e modernidade, recursos artesanais e alta tecnologia; - Postura arquitetônica sem interesse em mostrar processos ou poética da montagem; - Interesse em mostrar obra sugestiva e visualmente confortável; baseia-se na superposição de diversas peles, em soluções híbridas, em edifícios que perseguem uma grande qualidade em seus acabamentos e que não evitam a ornamentação; - Arquitetos não se delimitam a uma linguagem própria e exclusiva, mas perseguem uma evolução de propostas em função de cada projeto, momento e lugar. James Stirling, Glasgow, 1926-1992. - Fase inicial com obras relacionadas aos paradigmas formais do Movimento Moderno, especialmente Le Corbusier; - Fim dos anos 1970: escritório em crise, desenvolvendo poucas obras; - A partir deste momento, passará a utilizar materiais tradicionais, como tijolo e pedra e a introduzir referências à arquitetura histórica; - Mantém, porém, de maneira dosificada e controlada, o uso de elementos de modernidade tecnológica e formal. - Passou a manifestar sua luta contra o tédio produzido pela repetição da arquitetura moderna, contra sua trivialidade e incapacidade de conviver com os entornos históricos -------- passou a desenvolver uma obra que fosse narrativa e figurativa e, ao mesmo tempo, abstrata e avançada tecnologicamente. Desta forma, a dissonância e o paradoxo seriam a sua estratégia estética. James Stirling, Glasgow, 1926-1992. - Características das obras da última fase de Stirling: - Arquitetura essencialmente hedonista, onde desenvolve espaços e peles arquitetônicas pensados essencialmente para serem deleitados pelos sentidos; - Concepção da arquitetura como uma sequência sensível de espaços de formas volumétricas distintas, sistemas de obtenção de luz variados e referências estilísticas contrastantes. - Pretensão de integrar tanto as linhas abstratas da arquitetura (Modernismo, Construtivismo, De Stijl, etc), quanto os componentes figurativos, informais e populares da tradição histórica---resultando numa obra heterogênea de espaços, sintaxe e materiais utilizados. - Desta forma, temos uma proposta onde está presente tanto a ideia de promenade architecturale de Le Corbusier quanto à concepção lúdica e hedonista típica de uma situação contemporânea cujo objetivo central é de se aproximar da sensibilidade e gosto dos usuários. James Stirling - Obras . Ampliação da Staatsgalerie de Stuttgart (1977-1984) - Traçar um itinerário independente para o pedestre que atravessa o museu; - Itinerário cruza o edifício pelo eixo central, transpondo o desnível existente entre as duas fachadas; - Segundo uma clara estruturação formal – o eixo axial, o corpo das salas em forma de U e a praça em forma circular, o arquiteto articula o resto das edificações, cada uma com a sua própria autonomia. James Stirling - Obras . - Pretensão de integrar tanto as linhas abstratas da arquitetura (Modernismo, Construtivismo, De Stijl, etc), quanto os componentes figurativos, informais e populares da tradição histórica---resultando numa obra heterogênea de espaços, sintaxe e materiais utilizados: - obra de pedra ao lado de vidros e adornos de estrutura metálica; - Janelas neoromanas e beirais com reminiscências egípcias ao lado de panos de vidro, etc. Ampliação da Staatsgalerie de Stuttgart (1977-1984 James Stirling - Obras . Clore Gallery, Londres (1980-1986) - Por trás de uma aparente pele convencional, soluções altamente sofisticadas e tecnológicas para iluminação natural e artificial, umidade, controle, segurança. A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL: PETER EISENMAN, JOHN HEJDUK, RICHARD MEIER AULA 9 . - Fim dos anos 60 – Aldo Rossi, Robert Venturi (propostas historicistas) - Nova concepção arquitetônica – Peter Eisenman e John Hedjuk A arquitetura do conceito e da forma . - FIVE ARCHITECTS (Nova Iorque) - Anos 70 – época de crise construtiva nos EUA - Arquitetos passam a trabalhar no campo do experimentalismo e das atividades didáticas -Tentativa de reinterpretar as sintaxes racionalistas dos personagens históricos do Movimento Moderno A arquitetura do conceito e da forma . FIVE ARCHITECTS: - Peter Eisenman – Giuseppe Terragni (Racionalismo Italiano) - John Hejduk – experimentos dos Neoplasticistas holandeses - Richard Meier, Michael Graves e Charles Gwathmey-Robert Siegel – Purismo de Le Corbusier - A princípio, o grupo reivindicava a atualidade que os pressupostos formais modernos ainda mantinham frente aos que decretavam sua morte; - Surgem como reação contra o pós-modernismo e como defesa da riqueza inerente aos experimentos das vanguardas - A experiência do Five Architects começa com uma reflexão interna sobre a linguagem arquitetônica - Arquiteto e teórico da arquitetura norte-americano; ingressa na Universidade de Cornell em meados do século XX, no desenvolvimento da arquitetura modernista; - Com influência de Louis Kahn, mesmo distintas ao longo do tempo, suas obras partem da certeza da existência do mundo fechado e perfeito das geometrias puras e sua combinação; - Desenvolveu uma arquitetura baseada na forma e em si mesma; - Pretendia realizar uma arquitetura abstrata que usasse como referência as propostas de uma arte conceitual, onde o desenho, o tema e a figuração desaparecem (assim como pretendiam as vanguardas históricas) em função do papel primordial da ideia e do processo; - Eisenman procurava buscar a atenção da obra de arte como objeto acabado para a ênfase no processo de criação. PETER EISENMAN (1932) - Einsenman enfatiza que a arquitetura é um trabalho intelectual, livre de qualquer pretensão populista ou poluição realista; - Uma arquitetura que deve partir de premissas formais e concluir em resultados formais; sem nenhuma pretensão pragmática e semântica – trata-se de conseguir uma neutralização estilística evitando qualquer expressão figurativa e simbólica ---- a arquitetura não deve ter significado. PETER EISENMAN (1932) ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA I CASA II ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA III ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA III ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA IV ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA IV (CASA FRANK) Desmembramento do cubo para enfatizar a tensão formal entre muros paralelos e perpendiculares que se cruzam em um centro e se estendem para a periferia Noções arquetípicas de centro/periferia, vertical/horizontal/, acima/abaixo, perpendicular/paralelo. O arquiteto deseja que o edifício mostre exclusivamente a tensão formal de planos paralelos e perpendiculares. ESTUDO DE CASAS (1960-1970) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CASA X Quatro cubos articulados, cada um com sua própria cor e textura. Iníciode um processo de dispersão da forma desde o cubo inicial – Habitações na Friedrichstrasse de Berlim e Projeto para Cannaregio de Veneza, o marco da mudança de etapa na obra de Einsenman Cannaregio (1977-1979) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS Cannaregio Da experiência sobre o cubo, Eisenman passou a um mecanismo aberto no espaço. O protagonista desse projeto não é mais o objeto, mas as relações que podem ser estabelecidas entre vários objetos para configurar um novo lugar. JOHN HEJDUK(1929-2000) - Arquiteto americano; - Método de projeto empírico, plástico, sensível e próximo às necessidades materiais e simbólicas das pessoas; - Influência do Neoplasticismo (pinturas de Mondrian), Cubismo, Purismo, etc. - Obra baseia-se na decomposição da arquitetura em suas formas geométricas mais simples e expressivas, seguindo suas leis elementares; JOHN HEJDUK – Projetos e Obras - One Half House (1966) Composição de semicírculos e quadrados convenientemente articulados e subdivididos JOHN HEJDUK – Projetos e Obras - Bye House ou Wall House II (1973) Combinação da casa corredor e Wall House (muro com escada em um lado que, através de uma estreita porta, possibilita o acesso em cada andar a um espaço de forma orgânica. JOHN HEJDUK – Projetos e Obras - Bye House ou Wall House II (1973) Combinação da casa corredor e Wall House (muro com escada em um lado que, através de uma estreita porta, possibilita o acesso em cada andar a um espaço de forma orgânica. JOHN HEJDUK – Projetos e Obras - Casa Norte-Sul-Leste-Oeste (1975) - Jogo de pinturas e maquetes nas quais as casas com muros e corredores são pintadas com cores em função da sua orientação. JOHN HEJDUK – Projetos e Obras - Enquanto Aldo Rossi defende uma disciplina baseada na análise histórica da tipologia, Hejduk propõe uma disciplina baseada na identidade geométrica e no encaixe das peças. RICHARD MEIER (1934) - Arquiteto americano; - Predomínio do pragmatismo e da perfeição profissional sobre qualquer experimento conceitual; - Desenvolveu uma obra bela, branca, volumetricamente depurada – referência ao purismo geométrico de Le Corbusier RICHARD MEIER - Obras Complexo Residencial Twin Parks Northeast, Nova Iorque (1969-1973) Predomina o rigor da célula de moradia e a composição lisa da fachada. RICHARD MEIER - Obras Casa Douglas, Michigan (1971-1974) Arquitetura que se baseia na expressão da leveza formal, na busca da máxima presença da luz natural e na ênfase do predomínio da transparência em uma obra que se situa perfeitamente no entorno do lago. RICHARD MEIER - Obras Museu de Arte, Atlanta (1980-1983) Museu de Artes Decorativas de Frankfurt (1979-1985) Mistura de diversas tipologias RICHARD MEIER - Obras - Obra destaca-se sempre por uma beleza nada arriscada, mecanismo da repetição de uma linguagem ‘moderna’ assimilada, que produz uma sensação agradável, mas ao mesmo tempo com a frustração do ‘já visto’, de onde sempre pode ser esperado sem nenhuma surpresa. A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA - Busca por paradigmas ao longo da história para legitimar e estruturar a arquitetura em uma certa direção; - A partir da II Guerra - humanismo e psicologia, busca pela participação dos usuários, referências às tipologias tradicionais, estética high-tech, vontade de comunicação, etc. - Mais recente: o estatuto da obra de arte - Aparente paradoxo: arquitetura no final do século XX (alta tecnologia) se aproximando do campo da obra de arte; - Posição arquitetônica que busca na obra de arte e nos seus componentes irracionais um modelo que a legitime e que estruture seus processos de investigação formal; A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA - Desenvolver um método arquitetônico que busque se aproximar dos mecanismos da criação artística; - Renúncia à produção em série e à industrialização radical; - Cada obra será singular e manterá uma relação única com o contexto, o usuário ou com as arquiteturas pré-existentes; - Em geral, são obras de pequenas dimensões, concebidas como expressão do subconsciente, feitas à base de sobreposições ou configuradas a partir da agregação de diversos fragmentos. FRANK GEHRY (1929) - Obra baseada na montagem artesanal de diversas formas simples – prismas, cilindros, torres, esferas, corredores. - Casa Gehry - Livre de qualquer rigidez formal herdada do modernismo e afastada de qualquer princípio universal - sobretudo da crença de que a forma, necessariamente, deveria seguir a função. - Arquitetura tátil, baseada na textura de cada material como ornamento e na variedade cromática como reflexo das arquiteturas populares. CASA GEHRY, EUA (1978) FRANK GEHRY - OBRAS CASA GEHRY, EUA (1978) FRANK GEHRY - OBRAS A entrada é quase imperceptível entre os ângulos salientes do exterior. Foi construída com madeira, vidro, alumínio e alambrados. No meio dessa mistura de materiais, a casa torna-se uma construção contínua, ou, visto por outro lado, uma desconstrução.. EDIFÍCIO DA TEAM DISNEYLAND ADMINISTRATION, EUA (1996) FRANK GEHRY - OBRAS CASA DANÇANTE, REPÚBLICA TCHECA (1994-1996) FRANK GEHRY - OBRAS CASA DANÇANTE, REPÚBLICA TCHECA (1994-1996) FRANK GEHRY - OBRAS A torre de entrada, feita de pilares de concreto cobertos com uma pele de vidro, parece dançar, como se fizesse parte de uma coreografia urbana com os prédios vizinhos e o espaço. MUSEU GUGGENHEIM DE BILBAO, ESPANHA (1997) FRANK GEHRY - OBRAS Atualmente é uma das obras mais admiradas da arquitetura contemporânea na linha da arquitetura desconstrutivista. Enquanto o museu é um monumento espetacular visto do rio, no nível da rua é bastante modesto e se adapta ao entorno. A construção do museu fez parte de um projeto para a revitalização da cidade de Bilbao. MUSEU GUGGENHEIM DE BILBAO, ESPANHA (1997) FRANK GEHRY - OBRAS As curvas do edifício surgem de forma aleatória. O museu possui uma estrutura radicalmente esculpida adicionadas a contornos orgânicos. Localizado em uma cidade portuária, seus painéis de titânio brilhante reflexivo lembram escamas de peixe em harmonia outras formas orgânicas presentes no projeto. O projeto é um produto da tecnologia empregada a arquitetura, com o uso de softwares capazes de simular cálculos estruturais, volumétricos e em três dimensões. WALT DISNEY CONCERT HALL, EUA (1987-2003) FRANK GEHRY - OBRAS CENTRO STATA, EUA (2004) FRANK GEHRY - OBRAS “A ideia da edificação é sempre parecer inacabado e também parece que está prestes a entrar em colapso. As colunas se inclinam em ângulos assustadores. As paredes balançam, desviam e colidem em curvas e ângulos aleatórios. Os materiais mudam onde quer que se olhe: tijolo, aço de superfície espelhada, alumínio escovado, tintas de colorido brilhante, metal corrugado. Tudo parece improvisado, como se jogado no último instante. A aparência do Stata é uma metáfora para a liberdade, ousadia e criatividade da pesquisa que deve ocorrer dentro dele." BEEKMAN TOWER, EUA (2011) FRANK GEHRY - OBRAS Possui 267 metros de altura e 76 andares. Sua estrutura é toda feita de titânio e foi desenhada como se o prédio fosse algo maleável, como se o vento de Nova Iorque fosse o responsável por deixá-lo no formato que possui. As ondulações no exterior refletem a luz incidente e dão a sensação de que a torre está mudando de forma ao longo do dia DESCONSTRUTIVISMO - Para sentir o que um texto, uma obra de arte, uma edificação quer transmitir – retirar os excessos e o essencial para causar uma inquietação, despertar uma curiosidade, vontade diferente de querer saber, descobrir . - Na arquitetura:- possui raízes no Construtivismo Russo – formas geométricas puras - desconstrutivismo - desmonta, remonta, desconstrói, transforma e, como os construtivistas, ainda considera a simplicidade de tais formas como sendo a essência de suas obras. DESCONSTRUTIVISMO . - Os primeiros projetos desconstrutivistas - grelha (grade) conceitual. Sobre esta, são efetuadas transformações e distorções que se fazem explícitas no projeto final. - Em termos conceituais e formais, a arquitetura desconstrutivista caracteriza-se pela: - fragmentação; - ênfase no processo; - interesse na manipulação das ideias da superfície das estruturas ou da aparência; - formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura (viga e pilar) e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. DESCONSTRUTIVISMO . - desarticulação do triedro mongeano - instabilidade perceptiva, que melhor representa nossa instabilidade emocional e funcional, nossa insegurança quanto ao futuro do projeto moderno. - Em 1988 - exposição no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque - Deconstructivist Architecture: Peter Eisenman, Frank Gehry, Zaha Hadid, Coop Himmelblau, Rem Koolhaas, Daniel Libeskind e Bernard Tschumi. - As primeiras teses desconstrutivistas de Peter Eisenman se fortaleceram após o encontro com o filósofo francês Jacques Derrida, que desenvolveu suas teorias desconstrutivistas baseados nos métodos de psicanálise de Sigmund Freud. - Eisenman aplica a desconstrução em uma série de desenhos de casas para embasar sua tese, desmontando e remontando edifícios para obter um novo significado; - É considerado o pai do desconstrutivismo, um arquiteto teórico que estudou e testou suas teses antes de postá-las. Acredita que a única solução para o fim da arquitetura vã é a fundamentação da prática. - Procura mostrar que, para as correntes estilísticas permanecerem no tempo, é necessário que a arquitetura se defina também pela pesquisa, estudos e teorias; PETER EISENMAN (1932) - As três “ficções”. A representação, a razão e a história. - A persistência dessas categorias no tempo nos obriga a considerar todo esse período como uma continuidade do pensamento arquitetônico denominada o clássico. - A arquitetura moderna, apesar da aparente ruptura, não questionou essas três ficções, sendo também um paradigma do clássico; daquilo que é atemporal, significativo e verdadeiro. - A constatação de tal feito faz Eisenman concluir que a arquitetura moderna, então, ainda não se realizou. - Representação - que deveria materializar a ideia de significado; - Razão - que devia codificar a ideia de verdade; - História - que devia resgatar a ideia de eternidade a partir da ideia de mudança. PETER EISENMAN (1932) - A arquitetura moderna falhou na concretização de um novo valor, pois, ao tentar reduzir a forma arquitetônica à sua essência, a uma realidade pura, os modernos imaginaram que estavam transformando o campo da figuração de referências em “objetividade não-referencial”, porém, suas formas objetivas nunca abandonaram a tradição clássica quanto a referências, a forma clássica que antes se referia a motivos da natureza em suas formas e adornos, no modernismo se refere a um novo conjunto de pressupostos como a função, a tecnologia e as máquinas. - Os pontos de referencia mudaram, mas as consequências disso para o objeto são as mesmas. classicismo e o modernismo são momentos contínuos na história. PETER EISENMAN (1932) - Uso de diagramas para o estudo dos seus projetos; uma espécie de grelha para compor a volumetria e dividir os espaços. - Criou o chamado "objeto axonométrico", que representa a obra arquitetônica com um nó sintático que revela as formas, mas confunde a mente devido à distorção do ponto de fuga. - Uso de formas orgânicas que se cruzam entre planos e estruturas, onde vigamentos, perfis e superfícies são rebatidos e cortados. - Espaços quase incompreensíveis para a mente humana. É possível observar isto nas plantas, fachadas e perspectivas, onde este jogo de infinitos, de espaços incompreensíveis, de labirintos, e de cortes que parecem plantas e vice-versa, nos determina uma nova maneira de compreensão do espaço. - Busca uma ênfase na recepção mental ao invés da recepção sensorial. Dentro da lógica Eisenmaniana nada interessa que não sejam as questões internas da composição formal. Toda referência externa é dispensável e inútil dada a impossibilidade de comunicação por qualquer que seja a linguagem. PETER EISENMAN (1932) CENTRO DE ARTES WEXNER, EUA (1989) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS O ponto principal da edificação é uma estrutura em gradeada tridimensional que funciona como uma coluna dorsal. Ao final, a trama branca se conecta com uma edificação que faz uma releitura desconstrutivista das antigas torres militares que foram destruídas na década de 50. O posicionamento da trama da intervenção sobre a trama da cidade cria uma junção entre o centro e a cidade A edificação então, se impõe e se integra a cidade, dialogando com o contexto do local e que toma o passado como parte importante do projeto mas que se relaciona com o futuro. CENTRO DE ARTES WEXNER, EUA (1989) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CENTRO DE CONVENÇÕES GREATER COLUMBUS, EUA (1993) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CENTRO DE CONVENÇÕES GREATER COLUMBUS, EUA (1993) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS ARONOF CENTRO DE ARTES E DESIGN, EUA (1996) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS O centro foi construído compondo um enorme campus de uma universidade. As formas da construção tiveram origem a partir da topografia do terreno e dos ângulos de edificações existentes em torno do local, provocando um comunicação também com o seu entorno. Com o projeto, Eisenman teve a intenção de provocar um desafio de como as pessoas são educadas. ARONOF CENTRO DE ARTES E DESIGN, EUA (1996) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CIDADE DA CULTURA DA GALÍCIA, ESPANHA (INÍCIO 2001) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS CIDADE DA CULTURA DA GALÍCIA, ESPANHA (INÍCIO 2001) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS . A edificação acaba se confundindo com o terreno tornando discreta diante de outros projetos do arquiteto. Os edifícios que compõem a cidade da cultura estão literalmente talhados no terreno para dar a ideia em que os edifícios e a topografia se fundem no terreno. MEMORIAL AOS JUDEUS MORTOS, ALEMANHA (2004) PETER EISENMAN (1932) - OBRAS Um anexo subterrâneo "Local de Informação" guarda os nomes de todas as vítimas judias conhecidas do Holocausto HISTÓRIA DA ARQUITETURA III . REM KOOLHAAS E O GRUPO OMA, BERNARD TSCHUMI, DANIEL LIBESKIND, ZAHA HADID AULA 08 - Rem Koolhaas , Bernard Tschumi, Zaha Hadid, Elias Zenghelis: influenciados diretamente por Peter Eisenman; - Daniel Libeskind: criador de um sistema próprio, mecanicista, tecnicista, próximo à escultura, matemática e à música; influenciado por John Hejduk; - Arquitetura abertamente experimental e não limitada a um único estilo: Londres e Nova Iorque; - Rem Koolhaas e Bernard Tschumi: aceitam o hedonismo pós- moderno e o caos metropolitano como premissas de trabalho; referências a neovanguardas (pop-art); o jogo da forma pela forma como ponto de partida e como objetivo – arquitetura de fragmentos, de agrupamentos de deduções de volumes, de construções dinâmicas. REM KOOLHAAS (Holanda, 1944) E O GRUPO OMA - 1975: Rem Koolhaas e Elias Zenghelis – criam o OMA (Office for Metropolitan Architecture) - Premissa: trabalho em equipe e a experiência radical – agregam ao grupo diversos
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