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Centro Universitário Estácio/FIC
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Unidade Via Corpvs
Disciplina: História da Arquitetura III
Cód: CCE0336
Carga horária: 40h/a
Semestre/ano: 2015.2
Profa.: Larissa Porto
AULA 02
Panorama da Arquitetura Moderna
Característica do projeto moderno
• Prioridade do desenho urbano sobre o edifício.
• Busca de solução para a questão habitacional, isto é, máxima economia de 
espaços em função da quantidade de residências: unidade habitacional.
• Relação de causa (uso) e efeito (forma de construir) entre programas de 
necessidades e soluções arquitetônicas, deduzida como solução racional e lógica.
• Todo o discurso figurativo mantém-se em equilíbrio sobre linhas, planos e volumes
e na interpretação de figuras e de sólidos geométricos.
• Exclusividade do desenho industrial
• Crença no processo industrial como um fator de libertação humana que levaria a 
um futuro melhor. Acreditavam que mudariam o mundo.
• O novo era inevitável, mas era também bom e belo.
A cosmovisão (concepção de mundo) moderna: a era da indústria, da velocidade, da 
objetividade, da universalização e seriação.
Os arquitetos pioneiros do modernismo:
LE CORBUSIER
• Uma de suas principais contribuições, afora o repúdio a estilos 
de época, foi o entendimento da casa como uma máquina de 
habitar, em concordância com os avanços industriais. 
• Sua principal preocupação era a funcionalidade. As 
edificações eram projetadas para serem usadas.
• Definiu a arquitetura como o jogo correto e magnífico dos 
volumes sob a luz, fundamentada na utilização dos novos 
materiais: concreto armado, vidro plano em grandes 
dimensões e outros produtos artificiais.
Os arquitetos pioneiros do modernismo:
LE CORBUSIER
Estabelece 5 pontos de ligação entre a arquitetura e a estrutura:
1. Pilotis: através de vigas mestras assumem toda a carga da 
estrutura, deixando as paredes livres de peso.
2. Planta livre: integração dos espaços, variedade expressiva 
das formas, através da independência funcional entre 
estrutura e vedação.
3. Fachada livre: consequência direta do esqueleto estrutural 
independente.
4. Janelas em fita: janelas horizontais que atravessam a 
fachada.
5. Teto jardim: geometrização da natureza – recria o terreno 
coberto pela construção da casa.
Villa Savoye, 1928-1930
LE CORBUSIER
LE CORBUSIER
.
Unidade de Habitação (1952), Marselha
Capela de Ronchamp, França, 1950-55
LE CORBUSIER
MODELO PROGRESSISTA: CARACTERÍSTICAS
TÉCNICA
MODERNIDADE Anexa aos espaços os métodos de
ESTÉTICA estandartização da indústria
FORMAS UNIVERSAIS
HOMEM TIPO
Necessidades universais
separadas em 4 funções
LE CORBUSIER
• HABITAR
• TRABALHAR
• LOCOMOVER
• LAZER
International Style: a canonização do Movimento 
Moderno
• Arquitetura racionalista-funcionalista produzida sobretudo 
dos anos 1930 a 1950 no mundo ocidental, correspondente 
ao pleno desenvolvimento dos princípios defendidos pelas 
vanguardas modernistas europeias dos anos 20, a partir de 
modificações introduzidas nos Estados Unidos.
• Exposição: “O Estilo Internacional” no MoMA em 1932.
- Europa: arquitetura como fator de mudança social
- EUA: prevalecia a ênfase em aspectos formais
AULA 03
Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: a revisão do 
Movimento Moderno
• Jörn Utzon
• Luis Barragán
• Oscar Niemeyer
• Eero Saarinen
Nova expressividade: do racionalismo maquinista 
às sugestões contextuais, o vernáculo, as formas 
orgânicas e escultóricas e a textura dos materiais:
REGIONALISMO CRÍTICO
Termo que designa uma arquitetura que tenta se opor ao 
deslocamento e falta de significado na Arquitetura Moderna, 
usando forças contextuais para devolver-lhe um senso de lugar e 
significado. O termo foi apropriado por Kenneth Frampton, em seu 
artigo “Por um regionalismo crítico: seis pontos para uma 
arquitetura de resistência”
De acordo com Frampton, o Regionalismo Crítico deveria adotar 
arquitetura moderna criticamente, por suas qualidades 
progressivas universais, mas ao mesmo tempo deveria avaliar 
melhor sua inserção no contexto. 
Apropriando-se de argumentos fenomenológicos, sugere que a 
ênfase deveria estar na topografia, no clima, na luz, na forma 
tectônica, e calcada em um estudo das tradições e história locais, 
em lugar da cenografia, e do senso tátil em lugar do senso visual. 
JÖRN UTZON
• Arquiteto dinamarquês (Copenhague, 1908 – 2008)
• Influências - culturas maia, chinesa, japonesa e islâmica, e 
algumas outras, incluindo o seu próprio legado escandinavo. 
• Combina essas heranças mais antigas com sua disciplina 
balanceada, um senso de arquitetura como arte, e um instinto 
natural pelas estruturas orgânicas relacionadas com as 
condições do local da obra.
• Diversidade de projetos: 
- abstração cultural da Ópera de Sydney 
- condomínios residenciais;
- uma igreja que permanece uma obra prima com seus 
telhados notavelmente líricos; 
- edifícios monumentais utilizados pelo governo ou por comércio.
JÖRN UTZON
Utzon revela um conteúdo paradoxal que parece ser o que instigou e
moveu sua capacidade criadora.
A relação intensa com a arquitetura vernácula, a tradição nórdica,
as influências internacionais mais variadas, as incursões pela
padronização de elementos, a pré-fabricação, as abstrações
formais livres, equilibram-se em sua obra conforme os
requerimentos de cada uma, gerando grande diversidade de
soluções.
Principais obras:
- Ópera de Sidney
- Igreja de Bagsværd
JÖRN UTZON
Ópera de Sidney (1957-73)
- exemplo de “escultura sobre a plataforma”
- a grande plataforma como definidor do espaço, sobre o
qual são desenvolvidos vários edifícios;
JÖRN UTZON
Ópera de Sidney (1957-73)
A Ópera de Sydney tem cerca de 1000 divisões, incluindo cinco 
teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro 
restaurantes, seis bares e numerosas lojas de souvenirs.
A materialidade do concreto marca todo o edifício. No exterior, o revestimento em 
painéis pré-fabricados de concreto, combinam-se com o revestimento em azulejos 
brancos e levemente reflexivos, dando à fachada uma imagem simples e austera.
JÖRN UTZON
Igreja de Bagsværd (Dinamarca, 1976)
JÖRN UTZON
Igreja de Bagsværd (Dinamarca, 1976)
No interior, o concreto moldado in loco -
cobertura aparece nas curvas da 
cobertura, moldado in loco e pintado de 
branco, essa materialidade sobrepõem-se 
aos elementos estruturais em concreto 
pré-fabricado que também se fazem 
presente no interior
LUIS BARRAGÁN
• Arquiteto mexicano (1902-1988)
• Influência de Le Corbusier na primeira fase da sua arquitetura;
• A partir da década de 40, começou a utilizar elementos da
arquitetura tradicional mexicana e dos estilos de arquitetura que
estudara durante suas viagens, sintetizando-os num estilo pessoal;
• Defendia que a arte não podia ser dissociada das suas raízes
religiosas e míticas;
• Apesar das suas edificações muitas vezes serem consideradas
minimalistas, possuem uma grande riqueza de cores, texturas e
de materiais naturais, fazendo uma integração harmoniosa
com a paisagem que os circundam.
LUIS BARRAGÁN
Casa Luis Barragán
- Integração perfeita entre modernidade e tradição
- Interior diverso da fachada
- Cores e luz
LUIS BARRAGÁN
Casa Luis Barragán
Questionava a noção de que uma moradia poderia ser reduzida a um 
produto industrial
OSCAR NIEMEYER
CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS
•
Obra com forte identidade formal - qualidade deriva da presença 
de estruturas formais claras como base da organização dos seus 
projetos, da utilização de formas elementares na configuração dos 
seus elementos constituintes e do fato de que o númerode 
elementos em seus projetos é sempre limitado;
• Obra altamente sintética, fácil de entender e de memorizar;
• Na maioria dos seus projetos é difícil separar a estrutura resistente 
da sua estrutura formal, uma se confunde com a outra;
• Caracteriza-se essencialmente por utilizar formas elementares, 
isoladamente ou em conjunto - a atividade formativa do observador 
é facilitada, não importa a nacionalidade. Aí reside uma das razões 
da aceitação da obra de Niemeyer em mais de um país.
OSCAR NIEMEYER
OBRAS
CONJUNTO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE, 1940
- A obra é projetada como um conjunto, mas onde cada elemento é visto
como uma forma independente e autônoma (igreja, casa do baile,
museu, iate clube)
- Os edifícios são pensados em estreita relação com o entorno, que
fornece a moldura natural e a inspiração para os desenhos e plantas.
OSCAR NIEMEYER
OBRAS
CONJUNTO COPAN, SÃO PAULO, 1951
Símbolo da metrópole paulistana, o prédio 
sinuoso com 1 160 apartamentos tem 
integração perfeita com a paisagem urbana.
OSCAR NIEMEYER
OBRAS
CASA DAS CANOAS, RIO DE JANEIRO, 1952
- Integração total com a natureza
- Adequado senso de escala e implantação do terreno
OSCAR NIEMEYER
OBRAS
CATEDRAL, BRASÍLIA, 1958
O edifício é definido pelos seus dezesseis 
pilares de concreto em forma de bumerangue, 
que partem de uma planta circular de setenta 
metros de diâmetro, rodeada por um espelho 
d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns 
aos outros. 
A Catedral de Brasília é sua obra 
paradigmática, onde a concepção 
arquitetônica é reduzida ao mínimo, à sua 
estrutura, ao mesmo tempo que a concepção 
estrutural é levada ao máximo de suas 
possibilidades. Como disse o próprio 
arquiteto: “quando a estrutura está feita, o 
edifício está pronto”.
Eero Saarinen(1910 – 1961)
• Arquiteto finlandês;
• Obras variadas, refletindo uma grande variedade de fontes;
• Busca constante de novos materiais e tecnologias;
• Para Saarinen, os elementos que constituem a construção e 
composição arquitetônicas dever estar submetidos a um 
mesmo universo formal onde a estrutura se funde com os 
elementos restantes que definem os espaços. Esse conceito 
permitia a Saarinen uma grande variedade e experimentação 
estrutural;
• Destacou-se no design; não pensava no design como algo isolado;
• Morreu com pouco mais de 50 anos, sem estabelecer uma direção 
única para os seus projetos de arquitetura.
PROJETOS
Terminal Trans World Airlines, Aeroporto Internacional Kennedy, NY (1956-1962)
• Abandona a estética ortogonal, favorecendo uma forma escultórica fluida que 
remete ao voo;
• Não utiliza o metal, mas o concreto, criando abóbadas com uma fina casca 
sustentada por pilares de concreto moldado in loco com forma livre;
• Espaço interior dinâmico, monumental e intimista. Mobiliário feito sob medida;
• Curvas e rampas criam movimento no plano horizontal.
PROJETOS
Terminal Trans World Airlines, Aeroporto Internacional Kennedy, NY (1956-1962)
PROJETOS
Aeroporto Dulles, Washington D.C (1958-1962)
• Pilares de concreto sustentam a cobertura de cabos de 
aço revestida de painéis de concreto, permitindo um vão 
livre;
• Flexibilidade e fluidez na circulação interna.
PROJETOS
Capela MIT, Washington D.C (1958-1962)
• Uma clarabóia simples circular, emite uma luz celestial;
• O piso no interior é branco e os móveis de madeira. Paredes
revestidas com tijolos;
• A peça de metal no teto solar foi criada pelo artista Harry Bertoia;
• É considerada uma obra de iluminação;
PROJETOS
Capela MIT, Washington D.C (1958-1962)
Expressionismo estrutural: é uma linha de trabalho que 
gera uma forte iconografia, criando identidade, ao usar o 
raciocínio técnico (lógico). Para isso demonstra o 
processo construtivo e leva os materiais até o limite 
da sua função resistente.
Ao usar técnicas inovadoras de cálculo, geometrias e de 
construção, criam telhados escultóricos que 
conseguem cobrir grandes distâncias e formas 
aerodinâmicas.
• Pier Luigi Nervi
• Felix Candela
• Eladio Dieste
PIER LUIGI NERVI
• Engenheiro e arquiteto italiano.
• Pioneiro no uso decorativo de peças modulares pré-
fabricadas em concreto armado e protendido, inovando as 
estruturas arquitetônicas;
• Acreditava que a arquitetura e a engenharia faziam parte de 
um todo, ou seja, o ato de projetar e o ato de construir são um só e 
que era possível obter forma harmônicas e expressivas 
obedecendo às leis naturais da física;
• Ao contrário dos arquitetos do Movimento Moderno, 
pensava que a estrutura poderia ser o edifício em sim mesmo 
e que construir, mais do que um ato racional, podia ser um ato 
criativo.
PIER LUIGI NERVI
• Obra: Palazzetto Dello Sport ( Roma, 1957)
• 1620 módulos pré-fabricados em forma de losango, formam vigas
nervuradas em uma abóboda esférica.
PIER LUIGI NERVI
• Obra: Palazzetto Dello Sport ( Roma, 1957)
• 1620 módulos pré-fabricados em forma de losango, formam vigas
nervuradas em uma abóboda esférica.
FÉLIX CANDELA
• Matemático, engenheiro e arquiteto espanhol 
(1910-1997)
• Candela é considerado, na história da arquitetura 
moderna, o criador de um sistema de construção em 
que as duas características que o distinguiam eram 
típicas do mundo do século XX: a utilização do 
concreto armado e a definição do espaço 
arquitetônico de forma relacionada à quarta 
dimensão (tempo).
FÉLIX CANDELA
• Obra: Restaurante Los Manantiales (Cidade do México, 1958)
• A forma do restaurante surge do tratamento plástico de sua coberta, 
feita de quatro paraboloides hiperbólicos idênticos construídos em 
concreto armado, rotacionados e interseccionados em seu centro. Com 
isso, forma-se em planta um desenho simétrico composto por oito 
lados.
FÉLIX CANDELA
• Obra: Restaurante Los Manantiales (Cidade do México, 1958)
“Poético” desenvolvimento de uma membrana de apenas 4 cm de 
espessura que consegue cobrir grandes distâncias. Feita de forma 
artesanal e singular, leva ao extremo a lógica do concreto armado.
ELADIO DIESTE
• Engenheiro e arquiteto uruguaio (1917-2000)
• Obra de caráter único, em vários países da América 
Latina, a partir de uma opção construtiva simples - o tijolo 
cerâmico, possibilitando construção de uma arquitetura 
com formas ousadas, onde espaço e estrutura são 
indissociáveis.
• Crítico à difusão da Arquitetura Moderna nos trópicos –
clima e a imposição de uma maneira de construir que se 
originou do desenvolvimento industrial dos países de 
centro levou a uma desconsideração, e até mesmo ao 
esquecimento das tradições construtivas locais.
• Tijolo - produção de uma arquitetura regional que tinha 
em si inovação estrutural, estética e também econômica.
ELADIO DIESTE
• Obra: Igreja Cristo Obrero (Atlântida, Uruguai, 1952-1958)
Inteiramente feita de tijolo, tendo sido utilizado armações de madeira para
moldar todos os elementos e estruturas
ELADIO DIESTE
Obra: Igreja Cristo Obrero (Atlântida, Uruguai, 1952-1958)
AULA 04
Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: a revisão do 
Movimento Moderno; Estruturalismo Holandês, New 
Brutalism, Urban Structuring.
O Team X e o CIAM de Dubrovnik (1956)
CIAM – CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA 
MODERNA
• Fundado em 1928, com o objetivo, segundo Le Corbusier de “…dar à 
arquitetura um sentido real, social e econômico… e estabelecer os limites 
dos seus estudos”;
• Destinava-se a reunir as diversas tendências da arquitetura moderna e 
normatizar sua prática;
• De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes, tratando de temas 
como o habitat mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação 
coletiva,o núcleo da cidade. Seu mais conhecido produto foi a “Carta de 
Atenas”, produzida no CIAM IV, de 1933;
• A Carta de Atenas considerava a cidade como um organismo a ser planejado 
de modo funcional e centralmente planejada, na qual as necessidades do 
homem deviam estar claramente colocadas e resolvidas. Entre outras 
propostas revolucionárias da Carta está a de que todo a propriedade de todo o 
solo urbano da cidade pertence à municipalidade, sendo, portanto público -
Brasília
O Team X e o CIAM de Dubrovnik (1956)
CIAM X – 1956 – última reunião
• No IX Congresso, em 1953, em Aix-en-Provence, os arquitetos Peter e Alison 
Smithson, Aldo Van Eyck, Jacob Bakema e George Candilis reivindicariam para 
eles a organização do X CIAM, cujo tema seria "O Habitat", no qual introduziriam os 
conceitos de identidade e crescimento urbano.
• O Team X foi constituído em 1954, por pessoas encarregadas de preparar o 10º 
CIAM, de Dubrovnik, em 1956.
• Jacob Bakema, Georges Candilis, Giancarlo De Carlo, Aldo van Eyck, Alison e 
Peter Smithson e Shadrach Woods;
• A primeira reunião formal do grupo sob o nome de Team X ocorreu em Bagnols-sur-
Cèze, França, em 1960, o último, com apenas quatro membros presentes, foi em 
Lisboa em 1981.
• A organização CIAM foi dissolvida em 1959, pois os pontos de vista dos membros 
divergiram. Para uma reforma do CIAM, o grupo Team 10 foi ativo a partir de 1954, 
e dois diferentes movimentos surgiram a partir dele: o Novo Brutalismo dos 
membros ingleses (Alison e Peter Smithson) e o Estruturalismo dos membros 
holandeses (Aldo van Eyck e Jacob Bakema).
O Estruturalismo Holandês e recuperação do vigor 
plástico da arquitetura racionalista
Aldo Van Eyck (1918-1999)
• Arquiteto holandês
• Um dos fundadores do grupo "Team X“;
• Reivindicava uma nova postura da arquitetura moderna, rejeitando o 
funcionalismo, procurando uma maior relação com a história, as 
arquiteturas regionais e os elementos simbólicos;
• Interessava-se por articular o intervalo entre diferentes objetos e espaços 
(uma harmonia estática de um templo grego e a rigorosa assimetria de uma 
tela de Mondrian poderiam coexistir alegremente)
• A cidade deveria se comportar com uma grande casa, e a casa, como 
uma pequena cidade.
• Estabeleceu uma estrutura básica e essencialmente repetitiva da arquitetura 
“estruturalista” (Estética do número: um projeto é composto 
de uma unidade repetitiva, como células biológicas)
Aldo Van Eyck – obras: 
Orfanato Municipal de Amsterdã (1955-60)
• Edifício construído de concreto e vidro – um pavimento, com diversos 
módulos retangulares: a ideia é fazer o usuário interagir com o espaço.
Aldo Van Eyck – obras: 
Orfanato Municipal de Amsterdã (1955-60)
• “Claridade labiríntica”
Brutalismo
• 1947: Le Corbusier: primeiro Brutalismo
• Brutalismo como nome designativo do uso de béton
brut, concreto aparente, nas obras de Le Corbusier 
no pós-II Guerra, a partir da Unité d’Habitation de 
Marselha, prolongando-se até 1965; cujas 
possibilidades plásticas são potencializadas por meio 
de um conjunto característico de pequenos e macro 
detalhes.
• Essa é de fato a acepção original, ou primeira, do 
termo Brutalismo. No momento em que surge tem 
sentido restrito: ainda não se trata de tendência nem 
movimento, mas de exemplo magistral e isolado. 
Brutalismo
1953-56: Novo Brutalismo Britânico
Novo Brutalismo como nome adotado por representantes de uma nova 
geração de arquitetos britânicos do pós-II Guerra para qualificar um 
“movimento”;
Intenções do movimento Brutalista:
• Revelar as realidades do sistema de construção e edificação
• Impor uma nova honestidade em relação à arquitetura tendo seu papel no pós-
guerra de modo a ampliar as transformações sociais e urbanas.
• Edificações tentaram ser ásperas e diretas em oposição ao vidro e ferro.
• Concreto, o material mais usado e explorado do movimento, foi empregado com
o objetivo de criar formas diferenciadas esculpidas pesadamente ao invés de
finas e leves.
• Apesar de sua aceitação, o público geral – entre eles até mesmo diversos
arquitetos – tendia a ver as obras do Brutalismo como social e urbanisticamente
agressivas
Novo Brutalismo
Ética ou Estética?: o discurso arquitetônico-ideológico do 
New Brutalism
Reyner Banham (arquiteto e crítico inglês) publica livro em 
1966, The New Brutalism: Ethic ou Aesthetic?
• Banham admite que “os brutalistas estão comprometidos com o 
último esforço da tradição clássica, não tecnológica; e a ética da 
conexão brutalista, que tal como todas as tendências reformistas 
da arquitetura é retrógrada”.
• Assim, contrariando suas expectativas artísticas revolucionárias, 
Banham admite que o Brutalismo apenas vestia com trajes 
discursivos de ética progressista uma arquitetura de estética 
conservadora – entendida aqui no sentido que lhe dá Banham, de 
que ela aceita trabalhar dentro das qualidades tradicionais 
inerentes ao saber profissional arquitetônico – seja derivadas seja 
da tríade vitruviana, seja da tradição Beaux-Arts, seja ainda do 
funcionalismo da “era da máquina”. 
Novo Brutalismo - Arquitetura
Alison e Peter Smithson – Obras:
Escola Secundária Hunstanton, Norfolk, Inglaterra,1949-54
- Linguagem do alto modernismo Miesiano, mas uma maneira 
despojada, com acabamentos rústicos e deliberada falta de refinamento.
Novo Brutalismo - Arquitetura 
Alison e Peter Smithson – Obras:
Escola Secundária Hunstanton, Norfolk, Inglaterra,1949-54
• Franca exposição dos 
materiais externos ou internos, 
“entranhas do edifício”;
• Vigas e detalhes como brises
em concreto aparente, 
combinados com fechamentos 
em concreto aparente ou com 
fechamentos em tijolos 
deixados expostos; mesma 
exposição de materiais nos 
interiores 
• VALORIZAÇÃO DOS 
MATERIAIS NÃO TRATADOS 
– CRUS E BRUTOS
Urban Structuring - Urbanismo
Contribuição teórica de Allison e Peter Smithson – TEXTO –
Urban Structuring (1967)
• Ideias que surgiram nas reuniões do TEAM X;
• Novas possibilidades de revisão formal urbana.
• Vitalidade das ruas tradicionais e populares.
• Aproximação das ciências sociais, psicologia, antropologia, 
sociologia e dos modos populares, da realidade da vida urbana.
• CINCO CONCEITOS URBANOS – Associação, identidade, 
crescimento, mobilidade e cluster.
Urban Structuring - Urbanismo
CLUSTER – espécie de estrutura, modelo 
formal. 
• Uma forma específica de habitar para cada situação 
particular
• Preocupação com a cultura e a comunidade. 
• Cluster é uma estrutura adaptável.
• Qualquer agrupamento é um cluster – agrupamento 
de casas, agrupamento de quadras, agrupamento de 
bairros.
• Para cada forma de associação entre as pessoas 
existe um modelo diferenciado e inerente para o 
edifício ou a cidade.
• Cidade compreendida através das relações e 
manifestações humanas – passagem, o movimentar-
se, as relações de vizinhança, o contato na rua, etc.
A
U
L
A
 4
AULA 05
Modernidade e Tradição na Obra de Louis Kahn
Modernidade e tradição na obra de Louis Kahn
Louis Kahn (1898-1976)
- Arquiteto nascido na Estônia, naturalizado americano;
- Um dos mais importantes arquitetos do século XX;
- A partir de 1948, inicia transição da arquitetura do Movimento
Moderno;
- Características: combinações geométricas puras,
inspirações clássicas ou medievais; utilização dos
materiais no estado bruto; estruturas maciças, mistura
de técnicas construtivas de alta tecnologia com técnicas
estruturais seculares;
- Substitui o vidro por grandes panos de concreto ou
tijolos cerâmicos;
- Funcionalidade substituída pela monumentalidade;
Louis Kahn – Galeriade Arte da Universidade de Yale, EUA 
(1951 – 1953)
Os grandes panos de alvenaria, harmonizando-se com as construções vizinhas, bem
como a escala exterior amigável, contrapondo-se ao discurso do interior, marcado pelo
grande pano horizontal composto de uma grelha de concreto triangular.
Louis Kahn – Galeria de Arte da Universidade de Yale, EUA 
(1951 – 1953)
- Lajes da estrutura composta por uma sucessão de tetraedros, fazendo a 
configuração de um entramado triangular.
Louis Kahn 
- Valorizava o “histórico” sem ser um historicista;
“Conservo o templo grego com a imagem mais insistente em minha 
mente, mas este constitui um ponto de partida, que pertence aos 
princípios” Louis Kahn
- Porém, diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que
tomavam esta inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá-
la de forma mais abstrata e reflexiva, voltando-se para as técnicas
construtivase para os dramáticos efeitos de luz etc.
- A ordem em um projeto se dá através de uma ordem estrutural, que 
por sua vez cria uma ordem ambiental e dos espaços, que por fim, nos 
põe em relação com o princípios de composição;
Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA 
(1954) – Casa de Banhos
- Malha reguladora de módulo quadrado, com edificações compostas por prismas puros e
aparentemente maciços;
- Criação de pátio interno - edificações renascentistas e clássicas;
- O espaço vazio é a busca por um coração, um núcleo gerador – inspiração clássica;
- Planta fechada e absolutamente simétrica, apareceu como um manifesto contra as práticas
funcionalistas e abertas do Estilo Internacional, e legou a Louis Kahn uma posição de
liderança de uma nova atitude projetual.
Louis Kahn – Centro para Comunidade Judaica, EUA 
(1954) – Casa de Banhos
- Simplicidade
- Uso de alvenaria portante
- Telhado de quatro águas
Louis Kahn
- Monumentalidade:
“ A monumentalidade em arquitetura pode-se definir com uma 
qualidade, uma qualidade espiritual inerente a uma determinada 
estrutura, capaz de transmitir a sensação de sua eternidade, (...) As 
estruturas monumentais do passado possuem essas características 
comuns de grandiosidade, nas quais os edifícios do nosso futuro, de 
uma maneira ou de outra, devem basear-se.” Louis Kahn
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965)
. - Blocos laterais e o vazio central direcionado - Luis Barragán - paisagem minimalista 
que aponta para o Oceano Pacífico.
- As grandes áreas laterais dos laboratórios são circundadas por circulações que 
levam aos escritórios, nas extremidades. 
- Concreto aparente, madeira e, como pavimento, pedra Recinto, um calcareo natural 
do México.
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965)
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965)
Louis Kahn – Instituto Salk, EUA (1959 - 1965)
Louis Kahn
Somente após completar 50 anos vão aparecer os traços distintivos 
que o elevarão para a condição de grande mestre. 
Sua experiência anterior, calcada na ortodoxia modernista, cede lugar 
a uma exploração do diálogo possível entre técnicas construtivas 
milenares e a alta tecnologia de sua época grandes 
painéis construídos totalmente em alvenaria e atirantados com 
concreto protendido. Sua paleta de materiais vai ser muito 
comedida. 
Sempre o concreto armado como elemento estrutural. A 
alvenaria de tijolos cerâmicos tradicionais como elemento 
vedante externo será quase sempre presença constante. 
A madeira sempre aparecerá como contraponto, em divisórias, 
balcões, paramentos etc. À maneira dos seus contemporâneos 
brutalistas, nenhum material receberá revestimento, a não ser em 
algumas obras, na última fase.
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
- O desenho dos blocos apresenta uma forte geometria, com espaços abertos e livres. 
- Uso de tijolos cerâmicos e técnicas construtivas ancestrais - aparência 
vernacular. 
- Aplicação de arco de tijolos atirantado com concreto protendido é utilizado à 
exaustão no conjunto.
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
Louis Kahn – Escola Indiana de Administração (1963-1974) 
O trabalho de luz e sombra aqui 
conseguido, utilizando 
corredores, grandes aberturas e 
panos cegos, juntamente com 
implantação geral dos blocos, 
com edifícios afastados, 
possibilitando a ventilação 
natural, criam condições 
climáticas favoráveis e uma 
expressão dramática buscada 
por Kahn no dialogismo silêncio 
e luz.
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca 
(1962 - 1974)
- Utilizou arquétipos vernaculares e 
monumentais da região, os assimilou e, 
usando sua abstração, legou-lhes um grau 
de absoluta pureza, unindo ideias de muitas 
eras e civilizações - Influência da arquitetura 
medieval europeia
No centro do edifício, de 30 metros de altura, 
situa-se o anfiteatro abobadado de 300 
lugares. 
Ao seu redor, oito volumes, que incluem 
uma biblioteca, uma mesquita, um 
restaurante e escritórios. 
Construído em concreto aparente moldado in 
loco, as paredes são incrustadas com faixas 
de mármore branco
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca 
(1962 - 1974)
- Influência Neoclássica – formas geométricas ideais, círculos e quadrados, 
que se expressam como prismas
Louis Kahn – Assembleia Nacional de Bangladesh, Dacca 
(1962 - 1974)
Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972)
- Síntese da obra de Kahn.
- As paredes externas, quase destacadas do conjunto, parecem materializar
a sentença de seu autor: “O muro é um acontecimento”.
- Construídas em alvenaria de tijolos cerâmicos, em uma técnica
secular, conferem ao edifício uma expressão de massa contrária à
formulações do Estilo Internacional.
Louis Kahn – Biblioteca Exeter, EUA (1967 - 1972)
- Internamente, grandes painéis de 
concreto, as vigas protendidas, criando 
um contraponto muitas vezes 
encontrado na sua obra. 
- Enquanto as alvenarias externas 
ligam o edifício ao mundo real, os 
grandes círculos, figuras 
geométricas abstratas 
desmaterializam a construção, 
levando-a para o mundo platônico 
das ideias. 
- As plantas repetem uma ideia 
recorrente de Kahn, dos espaços 
dentro dos espaços. Desta vez, 
entretanto, o centro é o vazio, em 
toda a sua grandiosidade.
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972)
Apesar da aparente simplicidade, com 16 abóbadas de berço de 30 m de
comprimento por 7 m de largura, e 6 de altura, trata-se de um projeto
sofisticado.
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972)
As abóbadas são rasgadas na parte superior para permitir a iluminação
natural nas galerias. Nos encontros das abóbadas, estão as instalações
mecânicas e os dutos ar condicionado.
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972)
- Espaços de serviços e espaços servidos;
- Tentativa de alcançar a ”grandeza romana da abóbada”
- Materiais utilizados: concreto moldado in loco, mármore travertino, carvalho e 
aço inox;
Louis Kahn – Museu de Arte Kimbell, EUA (1966 - 1972)
- “Meu pensamento está tão impregnado de 
grandeza romana e a ideia de abóbada 
romana encontra-se tão firmemente gravada 
em minha mente que mesmo quando não 
posso empregá-la está sempre presente e 
aparece pra mim como a forma mais 
adequada. E entendo que a luminosidade 
deve partir de um ponto elevado, que é 
onde a luz alcança seu apogeu” Louis Kahn
Louis Kahn
Em um tempo em que vigia a expressão coletiva e o antiindividualismo
do Estilo Internacional, Kahn devolve ao arquiteto a sua expressão 
pessoal. 
À leveza e transparência da arquitetura do vidro, Kahn vai preferir os 
grandes panos cegos de concreto ou tijolos cerâmicos.Diferentemente dos arquitetos de tradição clássica, que tomavam esta 
inspiração de maneira mais figurativa, Kahn vai tomá-la de forma mais 
abstrata e reflexiva, voltando-se para as técnicas construtivas e para os 
dramáticos efeitos de luz.
A espacialidade funcionalista será substituída, na sua obra, pelos 
espaços monumentais; os seus “espaços servidos” ganharão uma 
importância que não tiveram nos últimos sessenta anos. 
Louis I. Kahn foi uma influência definitiva para as novas gerações.
AULA 06
Arquitetura da 2ª. Metade do século XX: Archigram, 
Metabolismo Japonês e Megaestruturas.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram (Inglaterra, 1961): Peter Cook, Ron Herron, 
Warren Chalk, Dennis Crompton, David Greene e Mike Webb
Contexto: 
• Período de pós-guerra - países do primeiro mundo entravam em expansão 
econômica e tecnológica, impulsionando o desenvolvimento dos meios de 
comunicação e transporte. 
• Políticas de conquista espacial, crescimento das redes de 
telecomunicações via satélite, surgimento da computação, robótica, 
proliferação de eletrodomésticos, como a televisão - visavam garantir o bem 
estar da população. 
• Guerra Fria - capitalismo e socialismo - competição tecnológica e a 
instabilidade de uma terceira guerra mundial.
• Arquitetos viam na arquitetura funcional da época um artefato obsoleto, já 
que não utilizava em boa parte os elementos tecnológicos atuais, mantendo a 
tradição e os antigos estilos arquitetônicos, como, por exemplo, o neogótico -
Queriam uma total transformação da disciplina arquitetônica. 
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram (Inglaterra, 1961)
• Estudantes de arquitetura e urbanismo recém graduados que se reuniram 
para publicar uma revista ilustrada de caráter contestatório e provocativo, 
também denominada Archigram (arquitetura + telegram) 
• Crítica irônica e radical às convenções e aos procedimentos 
estabilizados --------------- Os questionamentos levantados em seus 
artigos eram uma reação contra a obviedade e a monotonia no processo 
de representação e de criação arquitetônica.
• A arquitetura do grupo Archigram era pensada como um fenômeno de 
comunicação e representada através de diversos recursos 
comunicacionais. 
• Crença que existe uma racionalização intrínseca no mundo da tecnologia 
e da ciência – solução para todos os problemas que o tempo propõe e 
uma paulatina melhora nos problemas sociais
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram – Alguns projetos:
Walking City;
Instant City;
Plug-in City;
Living City;
Spray Plastic House;
Os projetos do Archigram não foram desenvolvidos visando à 
construção concreta, mas eram entendidos como uma subcultura 
arquitetônica, que pretendia subverter o sistema dominante. Daí, 
diferenciarmos os conceitos de atual e virtual. Os projetos do grupo 
não deixaram de ser reais pela sua virtualidade, apenas não 
atingiram, em seu tempo, a atualidade.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram – Alguns projetos:
Walking City - projetado por Ron Herron, foi lançado pelo grupo em 
1964 e consistia numa arquitetura que via a cidade como um 
‘organismo andante’, sem fundações ou raízes, constituída por 
imensos “containers” com pernas tubulares que se deslocariam 
pelo solo e até mesmo pela água, e adequada para viajantes e 
nômades. Era uma mistura de nave espacial com submarino. Uma 
mistura entre inseto e máquina.
.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram – Alguns projetos:
Instant City - projeto propunha uma espécie de arquitetura móvel que 
ofereceria uma série de eventos e de informações culturais que 
seriam levadas as cidades distantes das metrópoles. Uma espécie 
de circo coberto por lonas, erguidas por balões , levando 
entretenimento, e tal como o circo surgiria do nada e depois 
desapareceria. 
Uma complementação da cidade, que supriria e traria novas atividades 
para a pequena cidade, integrando-se a ela. Ela, portanto, funcionaria 
como um sistema complementar, articulador e dinamizador de todo o 
processo urbano.
.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
O grupo Archigram – Alguns projetos:
Plug-in City - 1964, projetada por Peter Cook apresentava a proposta 
de uma cidade tentacular que seria construída a partir de uma mega-
estrutura em forma de rede, erguida com produtos pré-fabricados, 
com vias de comunicação e de acesso interligando cada ponto do 
terreno. As várias partes da edificação teriam comunicação entre si 
através de um sistema de conexões físicas e de uma malha de circuitos 
comunicacionais e informacionais, através de tubulações e articulações 
metálicas que serpenteavam como passarelas por todos os setores.
.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Os Metabolistas japoneses: Kenzo Tange, Fumihiko Maki, 
Kiyonori Kikutake e Kisho Kurokawa
Contexto:
- Após 2ª. Guerra Mundial: Panorama arquitetura internacional: 
Estados Unidos e América Latina - Japão
- Movimento Moderno – Japão – Estilo Internacional + um inusitado 
vigor formal
- A partir dos anos 50 – integração de elementos formais da 
arquitetura tradicional à arquitetura moderna japonesa: 
- ideia abstrata de espaço doméstico tradicional
- coberturas leves e expressivas
- estruturas de madeira
- Especial sensibilidade construtiva 
.
Técnica 
brutalista
do 
concreto 
armado
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
- Surge uma arquitetura que exalta a estrutura –
afinidade entre a arquitetura moderna e a 
arquitetura tradicional japonesa:
- violência formal
- ostentosa geometria elementar
- rigorosa proposta estrutural
- Ainda nos anos 50 – arquitetura brutalista com influência 
de Le Corbusier –
- Kunio Mayekawa
- Junzo Sakakura
- Kenzo Tange
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Kenzo Tange (1913-2005)
- Monumento, Museu e Biblioteca para crianças, no Parque da paz, 
Hiroshima, 1955
- Prefeitura de Kurashiki , 1958-60
- Sede da Organização Mundial de Saúde em Genebra, 1960
O primeiro exemplo concreto de planejamento urbano moderno foi o Plano diretor para a
reconstrução de Hiroshima, juntamente com os prédios projetados para o Parque da Paz.
Plano para o Parque da Paz
Museu da Bomba atômica Monumento
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Anos 60 – busca de um novo tipo de cidade
- Grupo Metabolismo – constitui o momento mais destacado
e culminante de toda a evolução da arquitetura moderna no Japão
ideia dos metabolistas: gerar propostas, desde o desenho
industrial ao urbanismo, nas quais os avanços tecnológicos e os
sistemas de agregação de cápsulas residenciais sejam básicos.
As propostas surgem como reação à falta de planejamento urbano
típico do Japão – arquitetura condenada ao isolamento, à
expressividade individual e ao crescente caos urbano
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
- Pretendiam expressar com seu nome a visão da sociedade como contínuo 
desenvolvimento e mutação de um processo vital e tecnológico - O 
conceito metabolista considerava que edifícios e espaços urbanos estariam 
sujeitos às mesmas condições do crescimento natural que também estavam 
as populações a que eles serviam.
Soluções:
- novos organismos à escala urbana:
- cidades oceânicas, cidades aéreas, unidades agrícolas, 
unidades residenciais móveis ou estruturas helicoidais
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Em 1960, kenzo Tange apresentou o seu Plano para Tóquio, incluindo ideias
inovadoras sobre como expandir a cidade através Baía de Tóquio.
O eixo monumental enorme construída através da Baía de Tóquio foi projetado para carros,
mantendo pedestres longe em áreas separadas através de uma hierarquia de viasexpressas. A
proposta difere das ideias do CIAM, que era em favor de "centros urbanos" e propôs "áreas civis”.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Plano para Tóquio
Esta enorme frota de unidades de até 300 m 
de largura, com telhados como templos 
japoneses que pareciam estar flutuando na 
água, continha as residências.
O plano para Tóquio 
tratava-se de uma grande 
cidade planejada como 
expansão de Tóquio, 
organizada por um grande 
eixo cívico suspenso sobre 
a água, e por uma grande 
quantidade de núcleos 
verticais autônomos
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Cidade no ar. Arata Isozaki, 1961. O jovem arquiteto, insatisfeito com o caos 
de Tóquio, levantou uma ordenada cidade completamente separado do que 
colocou em sua base, cujos ramos nasceram do centro de mega-colunas.
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Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Farm City. Kurokawa, 1960. A proposta visa a resolver a contradição entre 
cidade e campo através de uma grade de concreto de 500 x 500 m, 4 m de 
altura elevada da área agrícola por pilotis.
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Helix City. Kurokawa, 1961. Localizado sobre o mar, esta proposta foi 
inspirada pela estrutura do DNA, que tinham sido recentemente 
descobertos. Foi uma dupla hélice, permitindo o crescimento contínuo da 
cidade.
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Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Marine City, Kikutake Kiyonori, 1963.
Ecopolis, Kikutake Kiyonori, 1990
Metabolismo, grandiloquência e Utopia
Exposição Universal de Osaka, 1970
- Grande conjunto arquitetônico, com um praça gigante coberta com uma malha de 
estrutura reticular – primeira expressão do auge e modernização da arquitetura japonesa para o 
mundo - Traçado geral proposto por Kenzo Tange.
- A exposição apresentou um mostruário de tipos formais gerados pelas novas 
tecnologias: 
- coberturas gigantes
- estruturas pneumáticas
- prédios escalonados
- pirâmides de cristal
ao mesmo tempo em que apareciam elementos simbólicos e tradicionais , como lagos 
artificiais e jardins japoneses
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AULA 06
O resgate da História e o pensamento de Aldo Rossi.
Arquitetura Contextualista
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Aldo Rossi (1931-1997)
Panorama italiano anos 60
- Geração de arquitetos buscam uma renovação e reformulação da
arquitetura europeia, a partir da II Guerra;
- Consideram a crítica e a história como instrumento de projeto,
que entende a arquitetura como um processo de conhecimento, e se
recusam a separar a teoria e realidade;
- Surgem textos, críticas, manifestações e obras emblemáticas;
- Destaque a Aldo Rossi – rigor e interesse por seus escritos teóricos
e o atrativo de sua linguagem pessoal arquitetônica.
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A arquitetura da cidade de Aldo Rossi
- Livro publicado em 1966;
- Entender a arquitetura em relação à cidade, a sua gestão
política, memória, diretrizes, traçado e estrutura da propriedade urbana;
- Visão da cidade através da antropologia, psicologia, geografia,
arte, novela, economia e política. (Mudança de visão em relação à cidade
devido ao contexto que a guerra gerou)
- Rossi enxerga a cidade não com uma visão
moderna ou futurista, mas como um bem histórico e
cultural, como a familiar cidade europeia do século XIX.
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A arquitetura da cidade de Aldo Rossi
- Crítica ao ‘funcionalismo ingênuo’ – não existe uma relação de
uma só interpretação e linear e entre as formas e as funções – as formas
não são o resultado direto das funções; podem ir muito além de apenas as
funções.
- Para Rossi, a forma é mais forte do que qualquer atribuição de
uso – exemplificando que edifícios históricos foram reutilizados por várias
décadas para novos usos. A máxima precisão arquitetônica favorece uma
maior liberdade funcional, uma posterior mudança de destino.
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A arquitetura da cidade de Aldo Rossi
- Situação pós-moderna da arquitetura – contrastes formais geram
mudanças de usos: estações convertidas em museus; palácios reabilitados como
sedes de administrações públicas, igrejas reconvertidas em escritórios, museus
ou discotecas.
- Resgate da monumentalidade: revalorização do monumento como
marco privilegiado para definir o caráter e a imagem da cidade (ideia que havia
desaparecido com o conceito da cidade racionalista) – visão oposta do
Movimento Moderno;
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A arquitetura da cidade de Aldo Rossi
- Resgate do conceito da tipologia arquitetônica: para Rossi, o tipo é
um arquétipo, um padrão, um modelo, um princípio lógico e imutável –
capacidade de permanência da forma. A noção de tipo para Rossi não
corresponde a um sistema de operação formal; para ele, o tipo é o registro de
uma estrutura persistente.
- Cidade como um feito econômico e histórico; destaca o papel
essencial da estrutura fragmentada da propriedade privada e as transcendências
das operações públicas de desapropriação;
- Cidade é o lugar da política, um espaço onde as manifestações
coletivas expressam suas vontades;
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A arquitetura da cidade de Aldo Rossi
- A produção de uma arquitetura comprometida com a crítica ao Movimento
Moderno, deveria, segundo Rossi, retomar à alguns princípios que haviam sido rechaçados
por este.
- Para ele, a raiz da concepção arquitetônica está na correta articulação dos
elementos da memória, do locus e do desenho.
- Rossi crê que o resultado desta justa articulação de elementos pelo objeto
arquitetônico é capaz de evocar a ideia de locus, que é a ideia de um lugar marcado pela
presença protetora do genius loci.
- A expressão genius loci diz respeito, portanto, ao conjunto de
características sócio-culturais, arquitetônicas, de linguagem, de hábitos, que
caracterizam um lugar, um ambiente, uma cidade. Indica o "caráter" do lugar.
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ALVARO SIZA (Portugal , 1933)
- Formou-se na Escola Superior de Belas-Artes do Porto;
- Ponto de partida do projeto – inspiração nos elementos específicos
do lugar;
- Para iniciar cada projeto, Siza trava um intenso diálogo com o lugar
e com os usuários;
- Utilizando uma arquitetura racionalista e organicista ao mesmo
tempo, com uma grande capacidade de adaptação, desenvolve cada projeto.
- Trouxe destaque internacional, nos anos 1980, à arquitetura
portuguesa - Fernando Távora (1923-2005) e Eduardo Souto de Moura
(1952).
- 3 gerações diferentes - arquitetura essencialista, que tem
sensibilidade singular para adaptar-se ao lugar com um mínimo de elementos e materiais
construtivos.
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ALVARO SIZA – obras
Restaurante Boa Nova (1958-1964)
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ALVARO SIZA – obras
Restaurante Boa Nova (1958-1964)
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ALVARO SIZA – obras
Piscina das Marés, Leça das Palmeiras (1961-1966)
Recria a ideia de lugar e a relação material do objeto com o contexto faz referência à
Jörn Utzon
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ALVARO SIZA – obras
Agência Bancária Pinto & Sotto Mayor, Oliveira de Azemas
(1971-1974)
HISTÓRIA DA ARQUITETURA III
AULA 08
PÓS-MODERNISMO
- Perda da capacidade de comunicação da arquitetura;
- Caracterizou-se por questionar de diversas maneiras o seu precedente: o 
modernismo - reducionista, genérico, limitado, anônimo, repetitivo, 
técnico.
- O homem real não corresponde ao usuário ideal para o qual projetaram as 
vanguardas. A arquitetura deve assumir sua dimensão pública e utilizar a 
metáfora, o símbolo e a história para se conectar com as pessoas.
- Queriam, de uma forma ou de outra, fazer com que a arquitetura fosse 
novamente portadora de símbolos, de signos convencionais que falassem a 
todos, que comunicassem valores culturais que transbordavam as questões 
meramente construtivas.Porisso o pós-modernismo resgata os estilos 
anteriores ao modernismo e os utilizava de forma diferenciada.
Robert Venturi (1925)
- Considerado um dos principais teóricos pós-modernos, inaugurando 
a crítica norte-americana à hegemonia da corporação modernista, 
sendo um dos primeiros a se desconectar do Movimento Moderno, e 
resgatando os antecedentes históricos; influência de Louis Kahn e 
viagem para Roma;
- Em sua teoria, a forma tem o papel de informar por meio de algum 
elemento decorativo, e não deve apenas figurar; tornando-se assim o 
símbolo gráfico ao usar letreiros, fachadas distintas do corpo do 
edifício, concebidas como painéis.
- Publica dois livros: “Complexidade e Contradição em Arquitetura” e 
“Aprendendo com Las Vegas”
- “Menos é um tédio”
Robert Venturi (1925)
Complexidade e contradição em arquitetura.
- O problema da arquitetura e do urbanismo modernista era serem enfaticamente reducionistas, 
resolvendo os problemas de maneiras à limitá-los, por meio de soluções puras e tediosas.Embora esta 
simplificação resultasse em alguns belos edifícios, o maior resultado do modernismo foi uma 
suavidade excessiva –Menos é um tédio.
- A arquitetura moderna não esta à altura da arte e da ciência desse período, a qual tem a 
problemática da complexidade e contradição.
- Para resolver os problemas que encontra no moderno, o arquiteto propõe o exercício da inclusão, que 
conduz a uma ampla interpretação, com elementos de dupla função, reforçando sua teoria de que 
menos não é mais. A sua teoria é afirmada pelos princípios da semiótica, pelo valor poético que a 
ambiguidade atinge, e por meio do significado da arquitetura pautada na história da disciplina.
- Uma das principais críticas de Venturi nessa obra é feita ao edifício modernista de esqueleto de aço e 
revestimento em cortina de vidro, com sua estrutura independente da vedação; que deveria reintegrar 
as essas funções, fazendo o uso, por exemplo, da parede portante.
Robert Venturi – Casa Guild, EUA (1960 - 1963)
- Elementos comuns de forma não-convencionais;
- Na Guild House, elementos da cultura clássica, como a planta paladiana e a fachada 
tripartida, misturam-se com elementos vernaculares, tijolos vermelhos esmaltados 
e janelas de guilhotina, dando ainda lugar às janelas horizontais modernistas e 
mensagens comerciais.
Robert Venturi – Casa Vanna Venturi, EUA (1962)
- Combinação da simplicidade da forma externa com a complexidade do 
leiaute interno;
Robert Venturi – Casa Vanna Venturi, EUA (1962)
Pós-Modernismo
Aprendendo com Las Vegas
Composto de duas partes, tem na primeira o estudo de caso: a cidade dos prazeres, onde 
além de casamentos relâmpago e jogos de azar haveria o que aprender com alusões, 
“improvisações baratas”, “oásis em desertos de asfalto” e totens informativos; 
Na segunda, se constrói a teoria das imagens referidas à arquitetura e absolve-se o 
ornamento do crime;
O “pato” e o “galpão decorado”;
O “pato” encarnaria o símbolo e o “galpão decorado” corresponderia ao edifício enfeitado. 
Comparam-se obras e períodos para explicar a preferência pela comunicação dos 
elementos decorativos, igualam-se o heroico e original ao feio e banal. Prefere-se a 
ambivalência: coisas familiares e não familiares unidas a elementos convencionais 
empregados de maneira não convencional:pop.
Pós-Modernismo
Aprendendo com Las Vegas
Existem dois caminhos para que um edifício seja comunicativo: que em sua 
forma expresse a função ou que simplesmente seja um “galpão decorado”.
A segunda solução, segundo Venturi, é mais contemporânea e sua linguagem 
mais fácil de entender. “O letreiro é mais importante que a arquitetura”
Edifício propaganda – o oposto da ideia de Adolf Loos: casa como 
máquina despida por fora e como obra singular, cálida e comunicativa 
por dentro.
Pós-Modernismo
- O Pós-modernismo “sacudiu” o marasmo criativo que assolavaa arquitetura moderna nos 
anos 70. 
- O Pós-modernismo bebeu de todas as fontes arquitetônicas ocidentais, até mesmo do 
modernismo;
- Não há padronização, sempre se parte do pressuposto da obra para o indivíduo que a 
habita;
- Arquitetura híbrida, onde a composição complexa e a justaposição de elementos levam a 
ornamentação gratuita dos edifícios;
- Os pós-modernistas propuseram-se a restabelecer o contato dos habitantes da cidade 
com a arquitetura que os rodeava através da utilização do que consideravam como signos 
arquitetônicos, que são os chamados símbolos, ou também arquitetura falante.
Charles Moore (1925 – 1993) – Piazza d’Italia, EUA (1975 –
1979) 
Michael Graves – Edifício Portland, EUA (1980)
Michael Graves – Hotel Dolphin, EUA (1987)
O Pós-Modernismo
Modernismo Pós-modernismo
Simbolismo insinuado Simbolismo figurativo
Ornamento integrado Ornamento aplicado
Arquitetura pura Arquitetura heterogênea
Arquitetura elitista Arquitetura populista
Revolucionária Evolutiva, seguindo ideais 
históricos
Singular, arrojada Convencional e configuração 
barata
Todas as fachadas tratadas 
iguais
Fachadas frontais belas e 
luxuosas
Tecnologia progressiva Construção convencional
Ideal do arquiteto Aceita escala de valores do 
cliente
A DISPERSÃO DAS POSTURAS ARQUITETÔNICAS
REVIVAL HISTORICISTA E NOVO ECLETISMO NA ARQUITETURA
AULA 10
.
Revival historicista e vernáculo
.
- ANOS 70 – arquitetura enraizada na história – resposta à perda de
capacidade significativa da arquitetura do Estilo Internacional
Recurso da tradição e reutilização de um sistema de convenções aceitas,
com o objetivo de: assegurar a comunicação com o usuário e o
ressurgimento da capacidade significativa da arquitetura
- Ideia de que arquitetura é essencialmente mensagem e linguagem;
- Linguagens Clássicas (Classicismo como o sistema compositivo de vida
mais longa na história da arquitetura; a grande linguagem na qual se
desdobra a arquitetura ao longo de muitos séculos) – Ao longo dos anos
80 - ARQUITETURA REVIVALISTA, nos países europeus (recuperação e
interesse pela tradição Beaux-Arts e à revalorização de arquitetos
ecletistas)
Revival historicista e vernáculo
.
- Nos EUA: Robert A. M. Stern, Allan Greenberg, Michael 
Graves, etc.
- Na Europa: Ricardo Boffil
- Estilismo classicista ou historicista: recorrem de 
maneira literal e errada às linguagens do passado, 
utilizando elementos da linguagem clássica sem 
nenhuma vontade de abstração, reelaboração ou 
inovação, apenas com o intuito de aceitação popular
- Ecletismo: arquitetura híbrida, baseada em mesclas e 
cruzamentos de códigos linguísticos, que não está isenta 
de ironia e deseja estabelecer novas figurações
Ricardo Boffil, Espanha, 1939.
- Arquitetura a partir de meados dos anos 1970: síntese entre dois
mundos aparentemente distanciados de maneira irreconciliável –
CLASSICISMO e ALTA TECNOLOGIA
- A lógica da produção em série, a repetição, a simplificação, 
a transparência e a leveza que geram as novas tecnologias X
qualidade de proporção, simetria, solidez e ornamentação da 
arquitetura clássica.
- Solução para desenvolver essa síntese: sistemas de pré-
fabricação com moldes que acabam configurando edifícios 
resolvidos de acordo com uma interpretação livre da tradição 
clássica ------- intenção de recuperar valores históricos e 
simbólicos da arquitetura com o objetivo de reconvertê-la em 
fenômeno popular.
Ricardo Boffil - Obras
.
Conjunto Antígona, Montpellier (1979-1985)
Resolução de grandes conjuntos urbanos recuperando os critérios 
compositivos da cidade barroca, à base de avenidas e praças definidas 
por uma forma arquitetônica que tenta responder ao caos urbano 
circundante
Ricardo Boffil - Obras
.
Conjunto Antígona, Montpellier (1979-1985)- Cada edifício recria tipologias históricas: o palácio, o arco do
triunfo, a praça barroca, etc.
- Contraste de tecnologias e tipologias
Ricardo Boffil - Obras
.
Intervenção em Marne-la-Vallée (1978-1982)
- Células mínimas de moradias, onde grandes e altos blocos pouco têm a ver 
com a escala da cidade tradicional a cujas tipologias – palácio urbano, teatro, 
etc. – pretende-se fazer referência. Utilização da linguagem clássica sem 
nenhum rigor.
Ricardo Boffil - Obras
.
Nova sede da Swift, Bélgica (1990)
Novo Ecletismo
- Tendência que se baseia na confiança de que é possível conseguir 
novos resultados formais a partir da mescla de diversas 
origens;
- Pretensão de chegar à síntese de fatores opostos: abstração e 
figuração, história e modernidade, recursos artesanais e alta 
tecnologia;
- Postura arquitetônica sem interesse em mostrar processos ou 
poética da montagem;
- Interesse em mostrar obra sugestiva e visualmente confortável; 
baseia-se na superposição de diversas peles, em soluções 
híbridas, em edifícios que perseguem uma grande qualidade 
em seus acabamentos e que não evitam a ornamentação;
- Arquitetos não se delimitam a uma linguagem própria e 
exclusiva, mas perseguem uma evolução de propostas em 
função de cada projeto, momento e lugar.
James Stirling, Glasgow, 1926-1992.
- Fase inicial com obras relacionadas aos paradigmas formais do Movimento 
Moderno, especialmente Le Corbusier;
- Fim dos anos 1970: escritório em crise, desenvolvendo poucas obras;
- A partir deste momento, passará a utilizar materiais tradicionais, 
como tijolo e pedra e a introduzir referências à arquitetura histórica;
- Mantém, porém, de maneira dosificada e controlada, o uso de 
elementos de modernidade tecnológica e formal.
- Passou a manifestar sua luta contra o tédio produzido pela repetição da 
arquitetura moderna, contra sua trivialidade e incapacidade de conviver 
com os entornos históricos -------- passou a desenvolver uma obra que 
fosse narrativa e figurativa e, ao mesmo tempo, abstrata e avançada 
tecnologicamente. Desta forma, a dissonância e o paradoxo seriam a 
sua estratégia estética.
James Stirling, Glasgow, 1926-1992.
- Características das obras da última fase de Stirling:
- Arquitetura essencialmente hedonista, onde desenvolve espaços e 
peles arquitetônicas pensados essencialmente para serem 
deleitados pelos sentidos;
- Concepção da arquitetura como uma sequência sensível de espaços 
de formas volumétricas distintas, sistemas de obtenção de luz 
variados e referências estilísticas contrastantes.
- Pretensão de integrar tanto as linhas abstratas da arquitetura 
(Modernismo, Construtivismo, De Stijl, etc), quanto os componentes 
figurativos, informais e populares da tradição histórica---resultando 
numa obra heterogênea de espaços, sintaxe e materiais utilizados.
- Desta forma, temos uma proposta onde está presente tanto a ideia de 
promenade architecturale de Le Corbusier quanto à concepção 
lúdica e hedonista típica de uma situação contemporânea cujo 
objetivo central é de se aproximar da sensibilidade e gosto dos 
usuários.
James Stirling - Obras
.
Ampliação da Staatsgalerie de Stuttgart (1977-1984)
- Traçar um itinerário independente para o pedestre que atravessa o museu;
- Itinerário cruza o edifício pelo eixo central, transpondo o desnível existente entre as duas
fachadas;
- Segundo uma clara estruturação formal – o eixo axial, o corpo das salas em forma de U e
a praça em forma circular, o arquiteto articula o resto das edificações, cada uma com a
sua própria autonomia.
James Stirling - Obras
.
- Pretensão de integrar tanto as linhas abstratas da arquitetura
(Modernismo, Construtivismo, De Stijl, etc), quanto os componentes
figurativos, informais e populares da tradição histórica---resultando
numa obra heterogênea de espaços, sintaxe e materiais utilizados:
- obra de pedra ao lado de vidros e adornos de estrutura
metálica;
- Janelas neoromanas e beirais com reminiscências egípcias ao
lado de panos de vidro, etc.
Ampliação da Staatsgalerie de Stuttgart (1977-1984
James Stirling - Obras
.
Clore Gallery, Londres (1980-1986)
- Por trás de uma aparente pele convencional, soluções altamente
sofisticadas e tecnológicas para iluminação natural e artificial,
umidade, controle, segurança.
A NOVA ABSTRAÇÃO FORMAL:
PETER EISENMAN, JOHN HEJDUK, RICHARD MEIER 
AULA 9
.
- Fim dos anos 60 – Aldo Rossi, Robert Venturi (propostas
historicistas)
- Nova concepção arquitetônica – Peter
Eisenman e John Hedjuk
A arquitetura do conceito e da forma
.
- FIVE ARCHITECTS (Nova Iorque)
- Anos 70 – época de crise construtiva nos
EUA
- Arquitetos passam a trabalhar no campo
do experimentalismo e das atividades didáticas
-Tentativa de reinterpretar as sintaxes
racionalistas dos personagens históricos do
Movimento Moderno
A arquitetura do conceito e da forma
.
FIVE ARCHITECTS:
- Peter Eisenman – Giuseppe Terragni (Racionalismo Italiano)
- John Hejduk – experimentos dos Neoplasticistas holandeses
- Richard Meier, Michael Graves e Charles Gwathmey-Robert 
Siegel – Purismo de Le Corbusier
- A princípio, o grupo reivindicava a atualidade que os pressupostos 
formais modernos ainda mantinham frente aos que decretavam sua 
morte;
- Surgem como reação contra o pós-modernismo e como defesa da 
riqueza inerente aos experimentos das vanguardas
- A experiência do Five Architects começa com uma reflexão interna 
sobre a linguagem arquitetônica
- Arquiteto e teórico da arquitetura norte-americano; ingressa na Universidade 
de Cornell em meados do século XX, no desenvolvimento da arquitetura 
modernista;
- Com influência de Louis Kahn, mesmo distintas ao longo do tempo, suas 
obras partem da certeza da existência do mundo fechado e perfeito das 
geometrias puras e sua combinação;
- Desenvolveu uma arquitetura baseada na forma e em si mesma;
- Pretendia realizar uma arquitetura abstrata que usasse como referência 
as propostas de uma arte conceitual, onde o desenho, o tema e a 
figuração desaparecem (assim como pretendiam as vanguardas 
históricas) em função do papel primordial da ideia e do processo;
- Eisenman procurava buscar a atenção da obra de arte como objeto 
acabado para a ênfase no processo de criação.
PETER EISENMAN (1932)
- Einsenman enfatiza que a arquitetura é um trabalho intelectual, livre de 
qualquer pretensão populista ou poluição realista;
- Uma arquitetura que deve partir de premissas formais e concluir em 
resultados formais; sem nenhuma pretensão pragmática e semântica –
trata-se de conseguir uma neutralização estilística evitando qualquer 
expressão figurativa e simbólica ---- a arquitetura não deve ter 
significado.
PETER EISENMAN (1932)
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA I 
CASA II
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA III
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA III
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA IV
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA IV (CASA FRANK)
Desmembramento do cubo para enfatizar a tensão formal entre muros paralelos e
perpendiculares que se cruzam em um centro e se estendem para a periferia
Noções arquetípicas de centro/periferia, vertical/horizontal/, acima/abaixo,
perpendicular/paralelo. O arquiteto deseja que o edifício mostre exclusivamente a
tensão formal de planos paralelos e perpendiculares.
ESTUDO DE CASAS (1960-1970)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CASA X
Quatro cubos articulados, cada um com sua própria cor e textura.
Iníciode um processo de dispersão da forma desde o cubo inicial – Habitações na
Friedrichstrasse de Berlim e Projeto para Cannaregio de Veneza, o marco da mudança
de etapa na obra de Einsenman
Cannaregio (1977-1979)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
Cannaregio
Da experiência sobre o cubo, Eisenman passou a um mecanismo aberto no espaço.
O protagonista desse projeto não é mais o objeto, mas as relações que podem ser
estabelecidas entre vários objetos para configurar um novo lugar.
JOHN HEJDUK(1929-2000)
- Arquiteto americano;
- Método de projeto empírico, plástico, sensível e 
próximo às necessidades materiais e simbólicas das 
pessoas;
- Influência do Neoplasticismo (pinturas de Mondrian), 
Cubismo, Purismo, etc.
- Obra baseia-se na decomposição da arquitetura em 
suas formas geométricas mais simples e expressivas, 
seguindo suas leis elementares;
JOHN HEJDUK – Projetos e Obras
- One Half House (1966)
Composição de semicírculos e quadrados convenientemente articulados e
subdivididos
JOHN HEJDUK – Projetos e Obras
- Bye House ou Wall House II (1973)
Combinação da casa corredor e Wall House (muro com escada em um lado que,
através de uma estreita porta, possibilita o acesso em cada andar a um espaço
de forma orgânica.
JOHN HEJDUK – Projetos e Obras
- Bye House ou Wall House II (1973)
Combinação da casa corredor e Wall House (muro com escada em um lado que,
através de uma estreita porta, possibilita o acesso em cada andar a um espaço
de forma orgânica.
JOHN HEJDUK – Projetos e Obras
- Casa Norte-Sul-Leste-Oeste (1975)
- Jogo de pinturas e maquetes nas quais as casas com muros e corredores são
pintadas com cores em função da sua orientação.
JOHN HEJDUK – Projetos e Obras
- Enquanto Aldo Rossi defende uma disciplina baseada 
na análise histórica da tipologia, Hejduk propõe uma 
disciplina baseada na identidade geométrica e no 
encaixe das peças.
RICHARD MEIER (1934)
- Arquiteto americano;
- Predomínio do pragmatismo e da perfeição profissional sobre 
qualquer experimento conceitual;
- Desenvolveu uma obra bela, branca, volumetricamente depurada –
referência ao purismo geométrico de Le Corbusier
RICHARD MEIER - Obras
Complexo Residencial Twin Parks Northeast, Nova Iorque (1969-1973)
Predomina o rigor da célula de moradia e a composição lisa da fachada.
RICHARD MEIER - Obras
Casa Douglas, Michigan (1971-1974)
Arquitetura que se baseia na expressão da leveza formal, na busca da máxima 
presença da luz natural e na ênfase do predomínio da transparência em uma 
obra que se situa perfeitamente no entorno do lago.
RICHARD MEIER - Obras
Museu de Arte, Atlanta (1980-1983) Museu de Artes Decorativas de
Frankfurt (1979-1985)
Mistura de diversas tipologias
RICHARD MEIER - Obras
- Obra destaca-se sempre por uma beleza nada 
arriscada, mecanismo da repetição de uma linguagem 
‘moderna’ assimilada, que produz uma sensação 
agradável, mas ao mesmo tempo com a frustração do 
‘já visto’, de onde sempre pode ser esperado sem 
nenhuma surpresa.
A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA
- Busca por paradigmas ao longo da história para legitimar e estruturar a 
arquitetura em uma certa direção;
- A partir da II Guerra - humanismo e psicologia, busca pela participação 
dos usuários, referências às tipologias tradicionais, estética high-tech, 
vontade de comunicação, etc.
- Mais recente: o estatuto da obra de arte
- Aparente paradoxo: arquitetura no final do século XX (alta tecnologia) se 
aproximando do campo da obra de arte;
- Posição arquitetônica que busca na obra de arte e nos seus 
componentes irracionais um modelo que a legitime e que estruture 
seus processos de investigação formal;
A OBRA DE ARTE, PARADIGMA DA ARQUITETURA
- Desenvolver um método arquitetônico que busque se 
aproximar dos mecanismos da criação artística;
- Renúncia à produção em série e à industrialização radical;
- Cada obra será singular e manterá uma relação única com o 
contexto, o usuário ou com as arquiteturas pré-existentes;
- Em geral, são obras de pequenas dimensões, concebidas 
como expressão do subconsciente, feitas à base de 
sobreposições ou configuradas a partir da agregação de 
diversos fragmentos.
FRANK GEHRY (1929)
- Obra baseada na montagem artesanal de diversas formas 
simples – prismas, cilindros, torres, esferas, corredores.
- Casa Gehry - Livre de qualquer rigidez formal herdada do 
modernismo e afastada de qualquer princípio universal -
sobretudo da crença de que a forma, necessariamente, deveria 
seguir a função.
- Arquitetura tátil, baseada na textura de cada material como 
ornamento e na variedade cromática como reflexo das 
arquiteturas populares.
CASA GEHRY, EUA (1978)
FRANK GEHRY - OBRAS
CASA GEHRY, EUA (1978)
FRANK GEHRY - OBRAS
A entrada é quase imperceptível entre os ângulos salientes do exterior. Foi construída
com madeira, vidro, alumínio e alambrados. No meio dessa mistura de materiais, a
casa torna-se uma construção contínua, ou, visto por outro lado, uma desconstrução..
EDIFÍCIO DA TEAM DISNEYLAND ADMINISTRATION, EUA (1996)
FRANK GEHRY - OBRAS
CASA DANÇANTE, REPÚBLICA TCHECA (1994-1996)
FRANK GEHRY - OBRAS
CASA DANÇANTE, REPÚBLICA TCHECA (1994-1996)
FRANK GEHRY - OBRAS
A torre de entrada, feita de pilares de concreto cobertos com uma pele de vidro, parece
dançar, como se fizesse parte de uma coreografia urbana com os prédios vizinhos e o espaço.
MUSEU GUGGENHEIM DE BILBAO, ESPANHA (1997)
FRANK GEHRY - OBRAS
Atualmente é uma das obras mais admiradas da arquitetura contemporânea na linha da 
arquitetura desconstrutivista. Enquanto o museu é um monumento espetacular visto do rio, 
no nível da rua é bastante modesto e se adapta ao entorno. A construção do museu fez parte 
de um projeto para a revitalização da cidade de Bilbao.
MUSEU GUGGENHEIM DE BILBAO, ESPANHA (1997)
FRANK GEHRY - OBRAS
As curvas do edifício surgem de forma aleatória. O museu possui uma estrutura radicalmente 
esculpida adicionadas a contornos orgânicos. Localizado em uma cidade portuária, seus 
painéis de titânio brilhante reflexivo lembram escamas de peixe em harmonia outras formas 
orgânicas presentes no projeto. O projeto é um produto da tecnologia empregada a 
arquitetura, com o uso de softwares capazes de simular cálculos estruturais, volumétricos e 
em três dimensões.
WALT DISNEY CONCERT HALL, EUA (1987-2003)
FRANK GEHRY - OBRAS
CENTRO STATA, EUA (2004)
FRANK GEHRY - OBRAS
“A ideia da edificação é sempre 
parecer inacabado e também 
parece que está prestes a entrar 
em colapso. As colunas se 
inclinam em ângulos 
assustadores. As paredes 
balançam, desviam e colidem 
em curvas e ângulos aleatórios. 
Os materiais mudam onde quer 
que se olhe: tijolo, aço de 
superfície espelhada, alumínio 
escovado, tintas de colorido 
brilhante, metal corrugado. Tudo 
parece improvisado, como se 
jogado no último instante. A 
aparência do Stata é uma 
metáfora para a liberdade, 
ousadia e criatividade da 
pesquisa que deve ocorrer dentro 
dele."
BEEKMAN TOWER, EUA (2011)
FRANK GEHRY - OBRAS
Possui 267 metros de altura e 76 andares. Sua 
estrutura é toda feita de titânio e foi 
desenhada como se o prédio fosse algo 
maleável, como se o vento de Nova Iorque 
fosse o responsável por deixá-lo no formato 
que possui. As ondulações no exterior 
refletem a luz incidente e dão a sensação de 
que a torre está mudando de forma ao longo 
do dia
DESCONSTRUTIVISMO
- Para sentir o que um texto, uma obra de arte, uma edificação 
quer transmitir – retirar os excessos e o essencial para causar 
uma inquietação, despertar uma curiosidade, vontade diferente 
de querer saber, descobrir .
- Na arquitetura:- possui raízes no Construtivismo Russo – formas 
geométricas puras
- desconstrutivismo - desmonta, remonta, desconstrói, 
transforma e, como os construtivistas, ainda considera a 
simplicidade de tais formas como sendo a essência de suas 
obras.
DESCONSTRUTIVISMO
.
- Os primeiros projetos desconstrutivistas - grelha (grade) conceitual. Sobre 
esta, são efetuadas transformações e distorções que se fazem explícitas no 
projeto final. 
- Em termos conceituais e formais, a arquitetura desconstrutivista 
caracteriza-se pela:
- fragmentação;
- ênfase no processo;
- interesse na manipulação das ideias da superfície das 
estruturas ou da aparência;
- formas não-retilíneas que servem para distorcer e 
deslocar alguns dos princípios elementares da 
arquitetura, como a estrutura (viga e pilar) e o 
envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do 
edifício.
DESCONSTRUTIVISMO
.
- desarticulação do triedro mongeano -
instabilidade perceptiva, que melhor representa 
nossa instabilidade emocional e funcional, nossa 
insegurança quanto ao futuro do projeto moderno.
- Em 1988 - exposição no Museu de Arte Moderna 
de Nova Iorque - Deconstructivist Architecture: Peter 
Eisenman, Frank Gehry, Zaha Hadid, Coop 
Himmelblau, Rem Koolhaas, Daniel Libeskind e 
Bernard Tschumi. 
- As primeiras teses desconstrutivistas de Peter Eisenman se fortaleceram 
após o encontro com o filósofo francês Jacques Derrida, que desenvolveu 
suas teorias desconstrutivistas baseados nos métodos de psicanálise de 
Sigmund Freud.
- Eisenman aplica a desconstrução em uma série de desenhos de casas para 
embasar sua tese, desmontando e remontando edifícios para obter um 
novo significado; 
- É considerado o pai do desconstrutivismo, um arquiteto teórico que estudou 
e testou suas teses antes de postá-las. Acredita que a única solução para o 
fim da arquitetura vã é a fundamentação da prática. 
- Procura mostrar que, para as correntes estilísticas permanecerem no 
tempo, é necessário que a arquitetura se defina também pela pesquisa, 
estudos e teorias;
PETER EISENMAN (1932)
- As três “ficções”. A representação, a razão e a história. 
- A persistência dessas categorias no tempo nos obriga a considerar 
todo esse período como uma continuidade do pensamento 
arquitetônico denominada o clássico.
- A arquitetura moderna, apesar da aparente ruptura, não questionou 
essas três ficções, sendo também um paradigma do clássico; daquilo 
que é atemporal, significativo e verdadeiro.
- A constatação de tal feito faz Eisenman concluir que a arquitetura 
moderna, então, ainda não se realizou. 
- Representação - que deveria materializar a ideia de 
significado;
- Razão - que devia codificar a ideia de verdade;
- História - que devia resgatar a ideia de eternidade a partir 
da ideia de mudança. 
PETER EISENMAN (1932)
- A arquitetura moderna falhou na concretização de um novo valor, pois, ao 
tentar reduzir a forma arquitetônica à sua essência, a uma realidade pura, 
os modernos imaginaram que estavam transformando o campo da 
figuração de referências em “objetividade não-referencial”, porém, suas 
formas objetivas nunca abandonaram a tradição clássica quanto a 
referências, a forma clássica que antes se referia a motivos da natureza 
em suas formas e adornos, no modernismo se refere a um novo conjunto 
de pressupostos como a função, a tecnologia e as máquinas. 
- Os pontos de referencia mudaram, mas as consequências disso para o 
objeto são as mesmas.
classicismo e o modernismo são momentos contínuos 
na história.
PETER EISENMAN (1932)
- Uso de diagramas para o estudo dos seus projetos; uma espécie de grelha 
para compor a volumetria e dividir os espaços. 
- Criou o chamado "objeto axonométrico", que representa a obra 
arquitetônica com um nó sintático que revela as formas, mas confunde a 
mente devido à distorção do ponto de fuga. 
- Uso de formas orgânicas que se cruzam entre planos e estruturas, 
onde vigamentos, perfis e superfícies são rebatidos e cortados.
- Espaços quase incompreensíveis para a mente humana. É possível observar 
isto nas plantas, fachadas e perspectivas, onde este jogo de infinitos, de 
espaços incompreensíveis, de labirintos, e de cortes que parecem plantas e 
vice-versa, nos determina uma nova maneira de compreensão do espaço.
- Busca uma ênfase na recepção mental ao invés da recepção sensorial. 
Dentro da lógica Eisenmaniana nada interessa que não sejam as questões 
internas da composição formal. Toda referência externa é dispensável e 
inútil dada a impossibilidade de comunicação por qualquer que seja a 
linguagem.
PETER EISENMAN (1932)
CENTRO DE ARTES WEXNER, EUA (1989)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
O ponto principal da edificação é uma
estrutura em gradeada tridimensional
que funciona como uma coluna dorsal.
Ao final, a trama branca se conecta
com uma edificação que faz uma
releitura desconstrutivista das antigas
torres militares que foram destruídas
na década de 50.
O posicionamento da trama da
intervenção sobre a trama da cidade
cria uma junção entre o centro e a
cidade
A edificação então, se impõe e se 
integra a cidade, dialogando com o 
contexto do local e que toma o 
passado como parte importante do 
projeto mas que se relaciona com o 
futuro.
CENTRO DE ARTES WEXNER, EUA (1989)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CENTRO DE CONVENÇÕES GREATER COLUMBUS, EUA (1993)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CENTRO DE CONVENÇÕES GREATER COLUMBUS, EUA (1993)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
ARONOF CENTRO DE ARTES E DESIGN, EUA (1996)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
O centro foi construído 
compondo um enorme 
campus de uma 
universidade. As formas 
da construção tiveram 
origem a partir da 
topografia do terreno e 
dos ângulos de 
edificações existentes 
em torno do local, 
provocando um 
comunicação também 
com o seu entorno.
Com o projeto, 
Eisenman teve a 
intenção de provocar 
um desafio de como as 
pessoas são educadas. 
ARONOF CENTRO DE ARTES E DESIGN, EUA (1996)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CIDADE DA CULTURA DA GALÍCIA, ESPANHA (INÍCIO 2001)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
CIDADE DA CULTURA DA GALÍCIA, ESPANHA (INÍCIO 2001)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
.
A edificação acaba se confundindo com o terreno tornando discreta diante de outros
projetos do arquiteto. Os edifícios que compõem a cidade da cultura estão
literalmente talhados no terreno para dar a ideia em que os edifícios e a topografia se
fundem no terreno.
MEMORIAL AOS JUDEUS MORTOS, ALEMANHA (2004)
PETER EISENMAN (1932) - OBRAS
Um anexo subterrâneo "Local de 
Informação" guarda os nomes de todas 
as vítimas judias conhecidas do 
Holocausto
HISTÓRIA DA ARQUITETURA III
.
REM KOOLHAAS E O GRUPO OMA, BERNARD TSCHUMI, DANIEL LIBESKIND,
ZAHA HADID
AULA 08
- Rem Koolhaas , Bernard Tschumi, Zaha Hadid, Elias Zenghelis: 
influenciados diretamente por Peter Eisenman;
- Daniel Libeskind: criador de um sistema próprio, mecanicista, 
tecnicista, próximo à escultura, matemática e à música; 
influenciado por John Hejduk;
- Arquitetura abertamente experimental e não limitada a um único 
estilo: Londres e Nova Iorque;
- Rem Koolhaas e Bernard Tschumi: aceitam o hedonismo pós-
moderno e o caos metropolitano como premissas de trabalho; 
referências a neovanguardas (pop-art); o jogo da forma pela forma 
como ponto de partida e como objetivo – arquitetura de 
fragmentos, de agrupamentos de deduções de volumes, de 
construções dinâmicas.
REM KOOLHAAS (Holanda, 1944) E O GRUPO OMA
- 1975: Rem Koolhaas e Elias Zenghelis – criam o OMA (Office 
for Metropolitan Architecture)
- Premissa: trabalho em equipe e a experiência radical –
agregam ao grupo diversos

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