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Enzimas Profa Giulianna Paiva V De A Souza Todas as enzimas são prote ínas, com EXCEÇÃO das ribozimas (RNA com atividade enzimática) 1. Enzimas -Definição Enzimas Proteínas especial izadas Aceleram reações químicas Holoenzima Proteína Apoenzima ou Apoproteína Cofator Pode ser: • íon inorgânico • molécula orgânica Se covalente Coenzima Grupo Prostético 2. Estrutura 3. Propriedades • Catalisadores de reações nos sistemas biológicos • Grande eficiência catal ítica • Alto grau de especi ficidade por seus substratos • Funcionam: - em soluções aquosas - em pH e temperaturas fi siológicas Catalisadores a) Aceleram as reações Ex.: Decomposição do H2O2 Condições da Reação Energia livre de Ativação kj/mol kcal/mol Velocidade Relativa Sem catalisador Enzima Catalase 75,2 18,0 23,0 5,5 1 6,51 x 108 b) Não são consumidos na reação H2O2 H2O O2+Catalase E E ++ SS EE ++ PPES c) Atuam em pequenas concent rações 1 molécula de Catalase decompõe 5 000 000 de moléculas de H2O2 pH = 6,8 em 1 min Número de renovação TURNOVER NUMBER Capacidade de converter s ubstrato em produto em unidade de tempo d) Não alteram o equilíbrio das reações - o equilíbrio entre S e P ref lete a diferença em energia livre dos seus estados basais En er gi a En er gi a Caminho da ReaCaminho da Reaççãoão Energia de ativaEnergia de ativaçção ão semsem enzimaenzima SS PP Energia de Energia de ativaativaçção ão com com enzimaenzima Equilibrio: Diferença entre a energia livre de S e P Hidrólise catalisada por enzima espec ífica para o glicogênio Hidrólise catalisada por HCl a quente X Especificidade Enzimas Enzimas -- EspecificidadeEspecificidade Especificidade Absoluta Reconhece uma única molécula como substrato Ex: Urease NH2 – C – NH2 S Tioureia Tipo de ligação e um dos fragmentos devem ser espec íficos Ex: maltase digestão de glicídios Glicose Glicose MaltoseMetade da molécula deve ser a glicose Glicose Ex: ose Frutose Galactose Arabinose Xilulose Enzimas Enzimas -- EspecificidadeEspecificidade Especificidade Relativa 4. Reação enzimática -componentes EE ++ SS EE SS EE ++ PP E - Enzima S - Substrato(s) ES - Complexo Enzima -Substrato P – Produto(s) 5. Mecanismo de a ção enzimática • Alteração de energia durante a rea ção Energia de ativação (barreira energética) – Diferença entre os níveis de energia do estado basal e do estado de transição En er gi a En er gi a ReaReaççãoão Energia de ativaEnergia de ativaçção ão semsem enzimaenzima SS PP Energia de Energia de ativaativaçção ão com com enzimaenzima Equilibrio: Diferença entre a energia livre de S e P 6. Centro ativo/ s ítio ativo • Região da molécula enzimática que participa da reação com o substrato • Pode possuir componentes não protéicos cofatores 7. Modelos de ligação da enzima ao substrato a2 modelos propostos: • Chave-Fechadura Ñ • Encaixe Induzido y Modelo chave-fechadura Encaixe -induzido 8.Cinética enzimática V Quantidade de produto f ormado Quantidade de substrato transf ormado (em unidade de tempo)E Introdução à Cinética Enzimática Estudo da velocidade da reação (V): S ® P Atividade enzimática pode ser medida pela velocidade da rea ção catalisada Leonor Michaelis -Enzimologista Maude Menten - Pediatra v [S] Cinética de 1a ordem Cinética de ordem zero vmax Cinética enzimática Influência da concentração de substrato sobre a atividade enzimática Quando a formaformaçção de P for ão de P for proporcionalproporcional àà [S][S] a reação é de 1a ORDEM Quando a velocidade velocidade da reada reaçção independe ão independe da [S]da [S] a reação é de ORDEM ZERO Ve lo ci da de da re aç ão [S] Atividade Enzim ática • Depende também: –poder catal ítico da enzima • capacidade da enzima de transformar o substrato l igado ao complexo ES em produto por unidade de tempo ES ® E + P –afinidade da enzima pel o substrato (Km) • maior ou menor capaci dade da enzima de se ligar ao substrato E + S ® ES Poder catalítico da enzima Enzimas - Poder catal ítico Poder catal íticonº de renovação Velocidade máxima da reação Atividade Enzim ática • Depende também: –poder catal ítico da enzima • capacidade da enzima de transformar o substrato l igado ao complexo ES em produto por unidade de tempo ES ® E + P –afinidade da enzima pel o substrato (Km) • maior ou menor capaci dade da enzima de se ligar ao substrato E + S ® ES Afinidade da enzima pelo substrato (KM) KM= [S] Numericamente, KM pode ser expresso como a [substrato] necessária para que a velocidade da reação seja metade da velocidade máxima V máx [S] V Vmax 2 KM KM Afinidade da enzima pelo substrato Pequena [substrato] é necessária para a reação atingir metade da Vmáxima KM Grande [substrato] é necessária para a reação atingir metade da Vmáxima Afinidade da enzima pelo substrato Conclusões sobre KM • Característico de cada enzima • Reflete a afinidade da enzima pelo seu substrato • É numericamente IGUAL a [substrato] na qual a velocidade da reação é metade da Vmáxima 9. Fatores que alteram a atividade de uma enzima E + S ES E + P • Fatores decorrentes da natureza prot éica das enzimas - pH - temperatura • Fatores decorrentes da f ormação do complexo ES - concentração do substrato - concentração da enzima • Presença de inibidores • Influência do pH pH ótimo pH Ve lo ci da de da re aç ão Mantidas fixas as condi ções de: - temperatura - [substrato] - [enzima] a) fosfatase ácida resíduo de aa envolvido na catálise aspartato - pH ótimo » 4,5 b) fosfatase alcalina resíduo de aa envolvido na catálise lisina - pH ótimo » 9,5 pH ótimo varia para diferentes enzimas • Influência da temperatura Ativação térmica Desnaturação térmica Temperatura ótima Mantidas fixas as condições de: - pH ótimo - [substrato] - [enzima] •Influência da concentra ção da enzima [E] Ve lo ci da de da re aç ão Mantidas fixas as condições de: - pH ótimo - Temperatura ideal - [substrato] em excesso Ve lo ci da de da re aç ão [S] Cinética de 1a ordem Cinética de ordem zero Mantidas fixas as condições de: - pH ótimo - Temperatura ideal - [Enzima] •Influência da concentra ção de substrato Baixa concentra ção de substrato E E E E S + E E E E S E E E E P P+ 3/4 de saturação do centro ativo da enzima S S S + E E E E E E E E S S S E E E E + P P P P PP Formação do produto é PROPORCIONAL à concentração de substrato 100 % de saturação do centro ativo da enzima S S S S + E E E E E E E E S S S S E E E E +P P P P P PP P [Substrato] em excesso Velocidade da rea ção independe da [S] S S S S S S S S + E E E E E E E E S S S S E E E E + P P P P P PP P S SS S S S S S Inibição Enzimática Quanto ao tipo: competitiva não-competitiva inibidor ¯ a atividade de uma única enzima ou de um grupo restrito de enzimas irreversível reversível inibidor ¯ a atividade de todas as enzimas ex: agentesdesnaturantes • inespecífica - • específica - Inibição Enzimática – Inibição Enzimática Irreversível • inibidor se combina com um grupo funcional (sítio ativo) da enzima • inibidor se liga à enzima formando um complexo ESTÁVEL • forma-se uma ligação COVALENTE entre o inibidor e a enzima Inibição Enzimática – Inibição Enzimática Reversível • inibidor forma com a enzi ma um complexo INSTÁVEL • inibição NÃO envolve modificação COVALENTE • Tipos de inibidores reversíveis • competitivos • não competi tivos Inibição Competitiva Inibidor compet itivo Estrutura semelhante à do substrato Liga-se ao Sítio Ativo da Enzima E + S ES E + P EI + I Inibição Competitiva [substrato] necessária para que a enzima funcione normalmente afinidade da enzima pelo substrato Na presença do inibidor competitivo Km da enzima Inibição Não-Competitiva E + S ES E + P EI + S + I + I EIS • Inibido não-competitivo NÃO se liga ao sítio ativo da enzima Inibição Enzimática –Não Competitiva • Inibidor não tem semel hança estrutural com o substrato • NÃO se liga no sítio ativo da enzima • Aumento da [substrato] não di minui a inibição • KM da enzima NÃO se altera • A VELOCIDADE máxima DIMINUI na presença do inibidor Cinética Enzimática • Enzimas Michaelianas • Enzimas Alostéricas 9. Enzimas alost éricas Não-Micheliana Enzimas ALOSTÉRICAS Curva sigmóide Característica das enzimas alostéricas Tipos de efetores • Efetor Homotrópicos – S = EFETOR Ex:Substrato influenciando substrato Em geral são positivos • Efetor Heterotrópico – S = EFETOR Podem ser positivos ou negativos Enzimas Alostéricas Efetor Homotrópicos Em geral é o Substrato união do efetor a um dos s ítios da enzima aumenta as propriedades catal íticas dos outros s ítios de ligação Fenômeno de COOPERATIVIDADE Enzimas Alostéricas Efetor Heterotrópico Diferente do substrato Ex: inibição por feedback Enzima possui um s ítio alostérico ao qual se liga o produto final da via A B C D EE 10. Mecanismos de Regula ção da Atividade Enzim ática • Compartimentalização intracelular • Disponibilidade de substrato • Enzimas alostéricas • Modificação covalente • Clivagem proteol ítica de pró-enzimas • Controle à nivel gênico Regulação da Atividade Enzimática Enzimas Alostéricas • Reguladas por efetores ou moduladores alostéricos fora do sítio ativo (sítio alostérico) modo não covalente positivos negativos Regulação da Atividade Enzimática Modificação Covalente Fosforilação Regula inúmeros processos metabólicos Proteínas quinases e fosfatases (ENZIMAS) Regulação da Atividade Enzimática Modificação Covalente Fosforilação Enzima-OH inativa Enzima-OPO3- ativa ATP ADP H2OHPO4- Quinase Fosfatase EX: Regulação da Atividade Enzimática Clivagem Proteolítica Enzima Ativa Pró-Enzimas Zimogênios Clivagem Proteolítica Enzimas digestivas - Proteases Pepsinogênio ® Pepsina Tripsinogênio ®Tripsina Quimiotripsinogênio ® Quimiotripsina Regulação da Atividade Enzimática Clivagem Proteolítica Regulação da Atividade Enzimática Controle à Nível Gênico Mensagem genética RNAm PROTEÍNA (ENZIMA) Algumas enzimas não são sintetizadas continuamente pelas células Regulação da Atividade Enzimática Controle à Nível Gênico Sua produção é induzida pela presença de uma substância adequada INDUTOR Induzir a transcrição dos genes da prote ína (enzima) Regulação da Atividade Enzimática Controle à Nível Gênico INDUTOR presente Síntese da proteína INDUTOR ausente NÃO ocorre a síntese da proteína
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