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estudo de Direito Penal II

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Direito Penal II
Unidade 1 – Concurso de Agentes 
Art 29 Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Conceitos Há concurso de agentes quando duas ou mais pessoas, unidas pelo mesmo liame subjetivo (ligados a um mesmo objetivo) levarem a efeito condutas relevantes buscando realizar a mesma infração penal.
Teorias: a) Pluralista (um crime para cada delito)
 b) Dualista
 c) Monista temperada (todos respondem pelo mesmo crime, mas com penas diferentes // Adotada pelo CP.)
Teorias sobre o conceito de autor:
4.1) Restritiva (objetiva e subjetiva)
4.1.1) Teoria objetiva (não há diferença entre autor e participe // viola a realidade das coisas).
4.1.2) Teoria subjetiva (animus socci -> sócio/participe // animus actoris -> autor /interesse do crime.
4.2) Extensiva ( objetivo-formal e do domínio do fato) -> todos aqueles que de alguma forma colaboram para a prática do crime, são considerados autores.
4.2.1) Teoria objetivo-formal (autor é quem pratica o crime principal, pratica o núcleo do tipo (verbo do tipo penal, ex: matar, furtar) // Foi superada – considerava o autor intelectual como participe)
4.2.2) Teoria do domínio do fato (“Claus Roxin” ) (EX: em um assalto a banco, o sucesso está nas mãos de todos os envolvidos, mas em um assalto a uma residência sem ninguém, não depende de todos. Só é autor o que determina o SE e o COMO do crime.
** Formas de Domínio :
Domínio da ação -> pratica o núcleo do tipo // sempre individual.
Domínio funcional -> divisão de tarefas // sempre com mais de um criminoso.
Domínio da vontade -> domínio sobre a vontade do crime // ex do traficante e sua ex namorada.
Formas de autoria
Autor (domínio da ação // decide)
Co-autores (domínio funcional—executor ou intelectual // dividem tarefas)
Autor Intelectual (pensa)
Autor mediato (é aquele que realiza indiretamente o núcleo do tipo, valendo-se de pessoa sem culpabilidade ou que age sem dolo ou culpa)
Autor colateral (não há liame subjetivo // as duas pessoas concorrem ao crime // não há concurso de agentes. Ex: político odiado e tiro em sua direção.)
*colateral incerto -> não sabe quem produziu tal resultado
Autor desconhecido
Participação (aquele que não possui o domínio do fato)
 Induzimento ( dá a ideia)
 Moral 
Participação Instigação (fortalece, incentiva a ideia)
 
 Material 
 Cumplicidade (Cúmplice// empresta a arma)
Punível 
** Participação na tentativa ≠ tentativa de participação (art 31 CP)
Para o participe ser punido, tem que haver início da execução.
Participação em cadeia (um induz o outro a participarem junto do crime).
Teoria da acessoriedade limitada (O autor precisa executar um fato típico e antijurídico para o participe ser punido.) ( para se punir a participação, a ação principal seja, obrigatoriamente, típica e antijurídica. Significa, pois, que a participação é acessória da ação principal até certo ponto, posto que não exige que o autor seja culpável. Para esta teria o fato é comum, mas a culpabilidade é individual.)
Participação de menor importância ( participação muito pequena em relação ao todo // diminui a pena) 
Temas especiais 
Art 29, § 2º Participação em crime menos grave. 
Favorecimento -> (quando o favorecimento acontece antes do delito, irá responder pelo crime. Porém se favorece depois do crime, responderá no art 349 // ex: ocultação de cadáver).
Autoria sucessiva ( autor entra no meio do curso do crime // ex: extorsão mediante sequestro. A pessoa que liga para extorquir é um autor sucessivo)
Crimes multitudinários crimes praticados por uma multidão criminosa. Ex: linchamento e furto de carga. Nesses crimes é importante analisar se houve liame subjetivo. Em geral em casos de furto de carga não há e no linchamento há.
** Elementares e circunstâncias Subjetiva (relacionada ao sujeito)
 Objetiva (relacionada ao crime)
 
 São as coisas dispensáveis que podem aumentar 
 ou diminuir a pena. Ex: matar de maneira cruel.
 
 No tipo penal é tudo aquilo que se você retirar dele, ou o crime deixa de existir ou passa a ser outro crime. Ex: No homicídio, matar alguém é elementar e como que matou são as circunstâncias.
Exemplos: elementares do crime. Se falta 
 alguns desses, não é infanticídio
 Homicídio: Infanticídio:
Matar alguém Matar, estado puerperal, próprio filho, parto.
Matar o filho o próprio pai. Isso é circunstância que faz agravar a pena do filho, tá lá no art.61 CP. 
Mas essa circunstância não atinge o coautor, que ajudou o filho a matar o pai. 
Já as elementares atingem o coautor. 
Por exemplo, um funcionário público convida um particular para juntos se apropriarem de um bem público. Ambos respondem por peculato! É o que determina o art. 30 CP. Porque ambos praticaram o verbo núcleo, e este se comunica aos coautores. 
As elementares são comunicáveis aos coautores. As circunstâncias, não. 
	****Lembrar de INTER CRIMINIS 
Cogitação
Preparação Tentativa
Início da execução 
 Consumação Exaurimento
Exercício em sala:
André, Marcio, Jorge, Clotilde e Alfredo relatam a Cida funcionária do banco X, dificuldades financeiras pelas quais estão passando. Buscando uma solução, Cida os estimula a praticar um assalto ao banco. Jorge, a mando de Cida, empresta as armas que serão utilizadas no roubo. Fica dividido que André e Marcio irão constranger as vítimas, enquanto Clotilde irá subtrair todo o dinheiro. A Alfredo caberá o papel de motorista. Pergunta:
Qual o papel de cada um no delito? A que título responderão?
André, Marcio, Clotilde e Alfredo são co-autores. Já Jorge e Cida são partícipes(cumplíce-material//instigação-moral). Respondem a título de autor e partícipe.
Haveria alteração se adotasse a teoria subjetiva?
Sim. Se fosse subjetiva, Alfredo responderia como partícipe, pois não praticou o núcleo do tipo.
Teriam todos a mesma pena?
Não. Pois como explicado no art 29: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade
Caso Cida participasse do planejamento do crime seu papel seria alterado?
Sim. Ela passaria de partícipe para autora intelectual (co-autora).
Unidade 2 – Teoria da Pena
Introdução Antigamente se punia o corpo pelo delito praticado, depois passou a punir a alma.
Ao longo do tempo, as penas foram ficando mais humanizadas e passaram a ter o caráter ressocializador.
Penitenciária vem de penitencia, ligadas as penas canônicas, impostas pela igreja.
O atual sistema é o Modelo progressivo de pena, em que se leva em consideração o Tempo e mérito do delinquente para ocorrer o que chamamos de progressão de regime.
Espécies de Pena
Privativa de liberdade : Sujeito não tem condições de viver em sociedade. Deve ficar isolado das outras pessoas. ( Reclusão/ Detenção).
Restritiva de Direito:Tem como finalidade ressocializar o criminoso (prestação de serviços comunitários, cesta básica, etc).
Multa.
Pena privativa de liberdade
 Reclusão (crimes de maior gravidade. Ex: homicídio)
 (pode começar em qualquer regime)
Espécies 
 Detenção (crimes menos graves. Ex: furto) 
 ( pode começar no aberto e no semiaberto)
Regimes -> Os regimes podem ser regredidos com o bom comportamento (mérito) do preso ao longo do tempo.
** O exame criminológico é obrigatório no regime fechado, mas é facultativo no semiaberto e no aberto.
Fechado Art. 34 (é o cumprido em penitenciárias. Podem trabalhar mas com vigilância.)
Semiaberto Art. 35 (é o cumprido em colônias agrícolas ou industriais. Tem o conceito de “livre entre muros” . Pode trabalhar para entidades públicas ou privadas, como por exemplo a demlurb.
Aberto Art. 36 (é o que chamamos de casa do albergado, no qual o preso trabalha durante o dia, e volta para dormir no local. Geralmente se localiza nos centros das cidades para facilitar o deslocamento do preso. Tem que comprovar o trabalho. Tem o conceito de deixar tudo desimpedido paraa o preso, pois caso ele não volte ou fuja, perde o benefício).
Autorização de saída (lei complementar de execução penal, pg 1469 VM)
Arts.120 ao 124
Permissão de saída Pode ser concebida nos regimes fechados e semiaberto. É a saída com escolta, autorizada pelo diretor para atendimento médico, visita aos familiares em estado terminal ou velório.
 
Saída temporária É a saída sem escolta, autorizada pelo juiz da execução para visitas à família (até 7 dias) por até 5 vezes ao ano (art.124) ou para estudar em curso técnico ou supletivo ou superior
*A lei acabou com o exame criminológico para a progressão de regime. Agora analisa apenas o tempo e o mérito. Pg 2043 VM -> súmula 439 STJ.
LEP é uma lei posterior e lei especial em relação ao CP. Logo seu artigo em conflito com a do CP, vence a LEP.
Regras para Fixação de regime *smp q flar em marco penal
 lembrar da análise em abstrato
Precisa verificar:
 
 Reclusão (Fechado, semiaberto ou aberto) 
Espécie de pena 
 Detenção (Semiaberto ou Aberto)
Quantidade da pena Fechado: superior a 8 anos
 Semiaberto: entre 4 e 8 anos
 Aberto: menor ou igual a 4 anos
Reincidente -> se o criminoso for reincidente, a lei manda ele cumprir pena no regime FECHADO, porém há súmula que versa sobre isso (súmula 269 STJ). Se o reincidente praticar crime com pena igual ou inferior a 4 anos, fica no regime semiaberto. Se a pena for maior de 4 anos e for reincidente, ficará no fechado.
Circunstâncias judiciais Art. 59 CP
*Direito penal do fato e não direito penal do autor como tem sido analisado.
*súmula 440 STJ / 718 e 719 STF “juiz motive sua sentença” 
Regras para Progressão de regime ART. 112 LEP
Deve ser analisado o TEMPO e o MÉRITO do condenado.
Exemplo:
Corrupção (pena 12 anos)
	8,4 anos
ABERTO
	12 anos
FECHADO
1/6 da pena
1/6
 = 2 anos = 1,6 anos
	10 anos
SEMIABERTO
 
**** O cálculo é feito de acordo com o restante da pena. Ou seja, após estar no regime semiaberto nesse exemplo, faltam 10 anos para ser cumprido. Desses 10 anos que se calcula o 1/6 da pena. “PENA CUMPRIDA É PENA EXTINTA”
** Súmula 491 STJ : É inadmissível a chamada progressão per saltun do regime prisional. Porém na regressão da pena é possível. 
Lei 8072/90 Crimes Hediondos ou crimes repugnantes (pág. 1508) 
(homicídio, latrocínio, extorsão, estupro, favorecimento de prostituição.)
Existe também os chamados: Crimes equiparados a hediondos ( Terrorismo, tráfico, tortura.)
Nesses crimes a progressão é diferente: se o criminoso for primário progride com 2/5 da pena, se for reincidente, progride com 3/5 da pena.
HISTÓRICO
1984 > Lei de execução penal (LEP)
Progressão de regime (tempo e mérito).
1988 > Constituição Federal 
Garantiu o princípio da individualização da pena 
1990 > Lei de crimes hediondos 
Pena seria cumprida integralmente em regime fechado, sem o direito de progredir de regime. Isso fez com que as penitenciárias ficassem lotadas.
1993 > O STF disse que a lei de crimes hediondos era constitucional e que não haveria mudança.
2006 > Após 16 anos de pressão, o STF declarou inconstitucional a lei de crimes hediondos no critério de excluir a progressão de regime.
2007 > Mudança na lei de crimes hediondos: A partir de agora, o criminoso irá progredir de regime com 2/5 da pena se for primário e com 3/5 se for reincidente.
Essa mudança foi uma novatio legis impejus. 
** Súmula vinculante Nº 26
***Ficou definido então que a lei anterior era inconstitucional, ou seja, ela não valia no ordenamento jurídico, sendo assim, os crimes hediondos que aconteceram antes de 2007 terão progressão de regime com 1/6 da pena cumprida. Crimes que aconteceram depois de 2007, terão progressão de regime com 2/5 ou 3/5 como foi visto acima.
Súmula 421 do STJ
Art. 123 inciso II (ver súmula 40 STJ)
1/6 da pena apenas se começar no regime fechado. Se começar no semiaberto, não precisa cumprir 1/6 da pena.
 .4) Remição (art. 126/127/128 LEP)
É o direito de abater do total da condenação, o período trabalhado ou estudado.
*Pode remitir com trabalho e estudo somados.
3 dias de trabalho reduz 1 dia de pena (Fechado e Semiaberto)
12 horas de estudo reduz 1 dia de pena (Fechado, Semiaberto e Aberto)
*Se ele conseguir se formar, ganha mais 1/3 de remição. Esse cálculo é feito em cima do prazo de remição. Ex: se ele já tem 90 dias de remição, ganha mais 30 devido ao 1/3.
Art. 126 § 4º o preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou no estudo continuará a beneficiar com a remição. 
Art.127 -> Em caso de falta grave, o sujeito vai perder até um terço da pena.
Art.128 -> O tempo remido será computado como pena cumprida para todos os efeitos. Ex: suzane von richthofen condenada a 36 anos de prisão. Já cumpriu 5 anos e teve 1 ano de remição de pena, totalizando 6 anos de pena já cumpridas (1/6 da pena). Ou seja, graças ao tempo remido, poderá pedir transferência de regime.
***** há jurisprudências que definem que NÃO há remição de pena na hipótese em que o condenado deixa de estudar ou trabalhar em virtude da omissão do Estado em fornecer tais atividades
Detração (art.42 do CP)
Período que o sujeito diminui por ter ficado preso provisoriamente antes de condenado. Ex: ele ficou preso por 2 anos e seu julgamento determinou pena de 10 anos, logo ele ainda tem que cumprir 8 anos.
** O STJ permite detrair em crime que já foi praticado, mesmo se for outro crime.
Faltas Graves (Art.49/50/51/52 LEP)
Art49 LEP As faltas graves são pré-estabelecidas para vigência nacional e as médias e leves são definidas de acordo com regimento local.
§ único: pune-se a tentativa com a sanção de falta consumada.
Art.52: A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado (RDD), com as seguintes características.... Bangu I 
Limite das Penas
NÃO PODE SER SUPERIOR A 30 ANOS
*Crime praticado dentro do presídio -> desconsidera o que já cumpriu e adiciona mais o novo tempo. Ex: sujeito está cumprindo 30 anos. Já está faltando 20 anos para terminar.Comete um crime dentro do presídio e é condenado a mais 30 anos. Vai ser adicionado mais 10 anos no que falta para cumprir. Ou seja, vai cumprir mais 30 anos além dos 10 que já havia cumprido.
 Unidade 3 – Pena Restritiva de Direito
Introdução: A pena restritiva de Direito é aplicada em situações em que não precisa encarcerar o condenado. Na Alemanha, por exemplo, 80% das penas são restritivas de direitos. Os incisos do artigo 43 mostram quais podem ser essas penas: prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviço à comunidade ou entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana.
Cabimento: o caput do art.44 diz que as penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de liberdade; quando:
 sem violência ou grave ameaça
 Doloso
 pena concreta de até 4 anos
I) 
 Culposo qualquer que seja a pena
 II) Não for reincidente em crime doloso. 
 ** § 3º se for reincidente em crime doloso diferente e for socialmente aceito, pode sim cumprir pena restritiva de direito.
 III) Circunstâncias judiciais: a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado. 
 § 2º Se a condenação for igual ou inferior a 1 ano, terá uma única pena (ou multa ou restritiva de direitos). Se for superior a 1 ano, terá duas penas (ou multa e restritiva de direitos ou 2 restritivas de direitos).
 § 4º A pena restritiva de direito pode se tornar uma de privativa de liberdade quando houver o descumprimento injustificado da restrição imposta. Por exemplo, foi condenado a 4 anos de prestação de serviços. Cumpriu 2 anos e começou a descumprir, logo vai passar o restante da pena na cadeia. (privativa de liberdade).
Espécies: 
Art.46 Prestação de serviços à comunidade > é aplicável em penas superiores a 6 meses de privação de liberdade. É uma prestação gratuita de serviço. 
§3º: as tarefas serão atribuídas conforme aptidão do condenado, e 1 hora de trabalho, equivale a um dia de cumprimento de pena. (elas podem ser agrupadas em um único dia para facilitar a jornada de trabalho comum do condenado; ex: foi condenado a prestar serviços no hospital todo dia; se combinar com o juiz, pode cumprir 7 horas em um único dia, contabilizando 7 dias-pena).
§4º : Se a pena for maior de 1 ano, o condenado pode cumprir a pena em menor tempo, mas nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade.
Art.47 Interdição temporária de direitos > ler incisos do art 47. (proibição de atividade pública, proibição de exercer sua atividade ou seu trabalho, proibição de frequentar determinados lugares, proibição de inscrever em concurso público)
O inciso III foi vetado, pois todos os assuntos referentes ao trânsito que estão no CP, estão sendo tratados pelo Código nacional de trânsito. 
Art.48 Limitação de fim de semana > Consiste em permanecer aos sábados e domingos por 5 horas diárias, em casa de albergado ou em outro estabelecimento adequado. § único : durante esse tempo, poderão ser ministrados cursos ou palestras ao condenado.
Unidade 4 – Pena de Multa
Introdução: A pena de multa é autônoma, ou seja, pode ser aplicada separadamente ou conjunta com prisão. O dinheiro vai para o Estado (fundo penitenciário). Muito se tem discutido sobre essa pena, pois a multa passa da pessoa do condenado, uma vez que a família dele pode cumprir sua pena, deixando então de cumprir sua sanção. 
Sistema dias-multa: 
Dias-multa: primeiro o juiz vai fixar o número de dias-multas a ser aplicada ao condenado que pode variar de 10 a 360 dias. Esse valor de mínimo e máximo é fixado de acordo com os mesmos critérios para fixação da pena (gravidade do crime e grau de culpabilidade). Já o valor do dia multa leva-se em conta a situação econômica do réu, podendo o juiz arbitrar desde a mínima, 1/30 do salário mínimo, até a máxima, 5 vezes o salário mínimo.
Dupla fase:
Na primeira temos fixado será o numero de dias multas e na segunda será fixado o valor atribuído a cada dia multa.
Esse sistema permite que o juiz fixe um pena elevada, ou seja a pena máxima, 5 vezes, poderá ser aumentada até o triplo. Isso será feito quando o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
Conversão: A pena de multa, uma vez fixada, será considerada como dívida de valor e não poderá ser convertida em pena privativa de liberdade. 
Execução: Divergência: parte da doutrina entende que como a divida converte-se em dívida de valor a competência seria da fazenda Pública, outros entendem que o cumprimento para execução cabe ao Ministério Público. Prevalece na doutrina que a execução cabe a Fazenda Pública realizar. Porém, acaba que muitas vezes o condenado sai impune se não pagar, porque a Fazenda só cobra se vale a pena financeiramente, ou seja, multas de valores pequenos não são cobrados.
	Exercícios: Marque V ou F e Justifique:
José foi condenado por furto a dois anos de prisão. O juiz, com base na gravidade abstrata do crime fixou regime inicial semiaberto. (F)
R= Como a pena foi estabelecida em 2 anos, o condenado deverá cumprir a pena no regime aberto, visto que só cumpriria pena no semiaberto se a pena fosse entre 4 e 8 anos.
No exemplo acima, se o réu fosse reincidente, o juiz poderia fixar o regime semiaberto. (V)
R= Em regra o reincidente cumpre pena somente no sistema fechado, porém a súmula 269 do STJ diz que é admissível a adoção do regime semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos. Como ele foi condenado a 2 anos, poderá responder no semiaberto.
Não se admite detração em processos distintos. (F)
R= O STJ permite detração em processos distintos, desde que crimes já praticados anteriormente. Isso acontece para evitar o chamado “vale crime”.
Caso o réu pratique uma falta grave, perderá todos os dias remidos. (F).
R= Caso o condenado cometa falta grave, o juiz poderá revogar ATÉ 1/3 do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. Art.127 LEP.
A remissão dá ao réu o direito de abater do total da condenação o período de trabalho e estudo em qualquer dos regimes. (F).
R= No sistema fechado e no semiaberto, o condenado consegue remitir tempo trabalhado e estudado. Porém, no regime aberto, somente remite tempo estudado.
	Não se admite trabalho externo no sistema fechado. (F)
R= De acordo com o Art.34, § 3º, o trabalho externo é admissível, em serviços ou obras públicas.
A progressão de regime é calculada com base no total da condenação. (F).
R= É calculada sobre o restante da pena. Porque pena cumprida, é pena extinta. Porém, na primeira progressão, de acordo com a súmula 715 STF é calculada com base no total da condenação. 
Réu condenado a 225 anos de prisão. Cumpre 25, tendo 5 anos de remissão. Como calcular esse benefício?
R= O tempo de remissão conta como pena cumprida, logo com os 25 anos cumpridos mais 5 de remissão, se dá 30 anos de cumprimento de pena. Com isso, poderá ser solto. Art.128 LEP.
Pedrinho foi condenado a 30 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado praticado em 2005.
a) quando terá direito a progressão de regime?
R= Crime hediondo praticado antes de 2006, progride de regime com 1/6 da pena. Logo irá progredir com 5 anos de prisão.
b) Caso pratique um crime durante o cumprimento da pena, poderá ficar preso mais de 30 anos?
R= De acordo com o Art. 75, § 2º CP, a pena cumprida é zerada e é somada a nova condenação, sendo que essa soma não pode exceder 30 anos. Logo, ele poderá sim, ficar mais de 30 anos na prisão.
 
Unidade 05 – Dosimetria da Pena
Introdução: Dosimetria da pena ou aplicação da pena é o momento em que o Estado, através do Juiz, comina ao indivíduo que delinque a sanção que reflete a reprovação estatal do crime cometido. 
A dosimetriase dá somente mediante sentença condenatória.
A pena tem que reprimir e prevenir.
Art. 59, CP fixação da pena
Incisos:
Escolher a pena (cabe ao juiz escolher a pena, por exemplo, ou detenção ou multa, art. 135, 136, etc). 
A quantidade de pena aplicável dentro dos limites previstos. Ex: homicídio ->de 6 a 20 anos.
Escolher o regime (de acordo com as regras definidas de regime, será fixado o regime inicial de cumprimento de pena, que pode ser fechado, semiaberto e aberto). 
Verificar a possibilidade de substituir a pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos.
Método Trifásico A dosimetria atende ao sistema trifásico estabelecido no art.68 do CP, ou seja, atendendo a três fases:
Fixação da Pena-base
Análise das circunstâncias legais (agravantes e atenuantes)
Análise das causas de aumento ou diminuição de pena.
	3ª fase
	1ª fase 
	2ª fase 
PENA BASE PENA PROVISÓRIA PENA DEFINITIVA 
art. 59 arts. 61 e seguintes Parte geral e especial
Circunstâncias Circunstâncias majorantes ou minorantes
judiciais (8) Legais (Agravantes/ (causa de aumento ou 
 Atenuantes) diminuição)
*subjetiva, pois 
o juiz decide. Aumenta ou * é o quando e quanto 
 diminui.
Culpabilidade, são as frações da pena, 
antecedentes, art.14 § único: crime
conduta social, tentado, diminui de 1 a 2 
personalidade terços. 
do agente, 
circunstâncias e 
consequências do
crime, comportamento
da vítima.
*quando todas as circunstâncias *causas de aumento ou diminuição 
são favoráveis ao réu, a pena base de pena (majorantes ou minorantes)
é a mínima, por exemplo, no homicídio olhar o quando e o quanto (fração)
seria 6 anos.
 Simples (é o crime comum)
Mínimo e máximo Privilegiado (tem a circunstância que diminui a pena)
 Qualificado (tem a circunstância que aumenta a pena).
Esse mínimo e máximo (simples, privilegiado e qualificado) altera o marco penal, por exemplo: homicídio simples tem pena base de 6 a 20 anos, o homicídio qualificado tem pena base de 12 a 30 anos e o privilegiado tem pena base de 2 a 6 anos.
Prestar atenção no conceito bis in idem (não repetir sobre o mesmo), que fala que se considerou tal fato como qualificador, não pode considerar novamente como circunstancia agravante por exemplo.
Pena base 
Culpabilidade trata-se do grau de reprovabilidade e censura da conduta do réu. Na culpabilidade avalia a frieza e crueldade na execução do crime.
*Não se deve confundir esta culpabilidade com a pertencente ao substrato do crime (fato típico, ilícito e culpável). Na culpabilidade da teoria geral do delito, se observa a reprovação (imputável, consciência potencial da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa).
* dolo intenso -> o dolo deve ser analisado somente no fato típico (ação/omissão e dolo/culpa), ou seja não existe um dolo intenso ou dolo 2 vezes.
Antecedentes
Art. 63 : verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de trânsito em julgado a sentença que o tenha condenado por crime anterior.
Reincidência é somente o que ele comete antes do novo fato. *o marco é a data do crime.
Regra para a reincidência R = C¹ TJC¹ C² 
** Se ele cometeu vários crimes, mas nenhum deles foi transito em julgado, não é considerado reincidente.
A reincidência é analisada sempre na 2ª fase (súmula 241 STJ), pois ela não pode ser considerada nas duas fases e como a 1ª fase é remanescente, ou seja, é o que sobra das outras fases, assim sendo: REINCIDENCIA VAI SER ANALISADA NA 2ª FASE.
Art.64: Não é mais reincidente depois de 5 anos após o cumprimento da pena. Depois desses 5 anos, ele deixe de ser reincidente e passa a ter maus antecedentes.
*Multireincidente> subjetivo do juiz (pode ser pena maior só na 2ª fase ou na 1ª e 2ª).
“reincidente >> Carimbo (não dura para sempre) // Maus antecedentes >> tatuagem (dura para sempre)
	O direito penal tem que ser do FATO e não do autor como era antigamente.
	1ªfase
	2ªfase
	3ªfase
	Maus antecedentes
	Reincidência
	
Conduta social: Relação do sujeito com a sociedade. Essa conduta social raramente é usada em benefício do réu. Na maioria das vezes é usado para piorar a situação do réu.
Personalidade: Composta por fatores genéticos e fatores sociais.
***** essas duas circunstâncias são inconstitucionais para alguns penalistas, pois defendem que tratam do direito penal do autor.
	Desconsidero a conduta social e a personalidade do réu, pois a meu ver é inconstitucional, visto que isso seria um resquício do direito penal do autor. E atualmente, o direito penal deve ser do FATO. 
Minha resposta em uma sentença. 
Motivos: É o porquê, o motivo pelo qual, a razão do agente ter praticado o delito. Em tese, todo crime possui um motivo. Geralmente são analisados na 2ª fase (motivo torpe, fútil, etc ).
Circunstâncias: O modo de execução refere-se ao modus operandi, forma de execução do crime. Os meios empregados relacionam-se ao instrumento utilizado na execução do crime. As circunstâncias de tempo e lugar referem-se ao local do cometimento do crime (ermo, p. Ex.) e às condições temporais, como o crime cometido no silêncio da noite, v. G. 
Não se deve valorar o que se configure simultaneamente como circunstância legal, causa de diminuição ou aumento de pena, ou qualificadora, sob pena de ocorrer bis in idem. ( aqui se aplica somente o que não foi usado nas outras fases).
Consequências: são as consequências do crime, efeitos deste para a família, familiares, sociedade. Ex: matou um pai de família que era arrimo da mesma.
Comportamento da vítima: refere-se à atitude da vítima, se provocativa ou facilitadora da ocorrência do crime. ( somente pode favorecer ou deixar neutro a situação do réu; nunca piora ).
*Critérios da jurisprudência para a fixação da pena base
1º) Se todas as circunstâncias forem favoráveis, a pena deverá ser fixada no mínimo legal. (correto/ usado)
2º) Se a pena for fixada no mínimo legal, o juiz não precisa motivar sua decisão. (errado/ sem sentido)
3º) Para cada circunstância judicial desfavorável, o juiz deverá aumentar 1/8 da pena. Esse cálculo é feito a partir da diferença entre o máximo e mínimo. 
Exemplo homicídio 6 a 20 anos -> 20 – 6 = 14 14 ÷ 8 = 1,75 (21 meses)
Nesse caso então, a cada circunstância aumenta 21 meses da pena. 
4º) Termo médio: 
4.1) Se todas as circunstâncias forem favoráveis, a pena deverá ser fixada no mínimo legal.
4.2) Se algumas circunstâncias forem desfavoráveis, o juiz deverá aumentar um pouco a pena base.
4.3) Se todas as circunstâncias forem favoráveis ao réu, o juiz deverá fixar a pena no termo médio 
 MAX + MIN 
 EX: homicídio (6 a 20 anos) 2 
20 + 6 = 12 anos (logo, se todas as circunstâncias forem desfavoráveis, a 
 2 pena será de 12 anos)
Pena Provisória (2ª fase) 
(calculada em cima da pena base)
Agravantes e atenuantes (circunstâncias legais)
Agravantes (legais, taxativas e obrigatórias) SEMPRE agravam a pena, desde que não constituem tipo penal (se já estiver expresso no tipo penal, nãoé usado como agravante; ex: infanticídio) ou qualifiquem o crime (se usou para qualificar o crime, não usa como agravante; ex: furto qualificado). Art. 61 e seguintes.
** Reincidente art.63 por erro do legislador, quando comete uma contravenção penal e posteriormente um crime não é reincidente.
 Pode atenuar a pena
Ler as letras do art.61 para saber todos os agravantes. por qlq motivo que 
Art.62 : agravantes no caso de concurso de pessoas. achar relevante. Art.66
Atenuantes (legais, não obrigatórios e não são taxativos) art. 65 são circunstâncias que SEMPRE atenuam a pena.
os incisos do 65 tratam das possibilidade de atenuantes.
** inciso III , letra b -> Arrependimento... não confundir com o arrependimento do art.16 CP.
	1ª fase 
	2ª fase
	3ª fase 
	
	Art 65
III, B
	Art. 16 (sem violência ou grave ameaça)
** como a 2ª fase tem menos importância do que a 1ª, se usar o arrependimento na 3ª não usa na 2ª tb (íbis in idem)
Art 66. -> exemplo: co-culpabilidade ( caso Sandro do ônibus 174, em que ele e o Estado são culpados.
**súmula 231 STJ a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir á redução da pena abaixo do mínimo legal.
Cálculo da pena dos agravantes e atenuantes (2ª fase)
- Mensuração: 1 dia até 1/6
 Ex: 
	1ª fase
	2ªfase
	3ªfase
	4 anos (48 meses)
	*Reincidente
*Contra pai
*Confissão
	+ 1/3 (noturno)
Para calcular o tempo de pena da segunda fase nesse exemplo, deve-se pegar os 48 meses da pena base e dividir por 6 para saber o máximo de pena que se pode aplicar em cada agravante/atenuante. (48 ÷ 6 = 8). Nesse caso, o máximo que se pode aplicar são 8 meses em cada circunstância.
Eu aplicaria 7 meses por ser reincidente, 8 meses por ser contra o pai e diminuiria 5 meses pela confissão, sendo assim ele ficou na segunda fase com 58 meses ( 4 anos e 10 meses).
Art. 67 Preponderantes ( Motivos determinantes do crime, da reincidência e da personalidade do agente que pode ser por exemplo uma confissão e menoridade). 
Ex: Se determinei 2 anos pela confissão, não posso determinar mais de 2 anos quando é algo que não seja preponderante, como por exemplo o fato de ser contra o pai.
Pena Definitiva (3ª fase) ( SEMPRE expressa em fração ou %)
Majorantes causas de aumento. Ex: repouso noturno (+ 1/3)
Minorantes causas de diminuição. Ex: crime tentado (-1 a 2/3)
** as duas podem ultrapassar o marco penal (mais ou menos)
Critério: operação em cascata “juros sobre juros” calcula-se SEMPRE a majorante primeiro. Ex:
	1ª fase
	2ª fase
	3ª fase
	
14 anos
	
21 anos
	
+ 1/3 (contra criança)
- 1/3 (crime tentado)
É calculado + 1/3 de 21 anos da fase anterior, que dá 7 anos (28 anos no total até agora), depois de somar a majorante, faz o cálculo das minorantes: - 1/3 de 28 anos, que dá 9,3 anos ( 18,6 anos no total).
Art. 68 § único nas causas de aumento ou diminuição previstas na parte especial, pode limitar a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo a causa que mais aumente ou diminua.

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