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Órgãos Urinários - Resumo do Konig

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Órgãos Urinários
Resumo feito a partir do Konig
Os órgãos urinários estão intimamente relacionados aos órgãos do sistema reprodutor, inclusive compartilhando segmentos terminais comuns na cavidade pélvica. São eles: rins, ureteres, vesícula urinária (bexiga) e uretra. Os rins produzem urina do sistema circulatório por meio de filtração, secreção, reabsorção e concentração. Os ureteres transportam a urina desde os rins até a vesícula urinária, onde ela é armazenada até sua eliminação pela uretra.
Rim
Sua função principal é manter a composição dos líquidos corporais dentro do âmbito fisiológico. Remove produtos finais do metabolismo e excreta substâncias do sangue pela filtração do plasma. Esse primeiro volume de líquido que passa pelo rim é chamado de urina primária ou ultrafiltrado. Ele é feito de plasma sanguíneo sem as moléculas de proteína com maior peso molecular. O ultrafiltrado é então reprocessado para que substâncias úteis sejam reabsorvidas de forma seletiva, como água, glicose, eletrólitos e aminoácidos, e as desnecessárias sejam concentradas para eliminação na urina. Esta é a urina secundária, que representa apenas 1 a 2% da urina primária.
Os rins também possuem funções endócrinas, produzindo os hormônios renina, bradicinina e eritropoetina. A renina age fazendo conversões em proteínas plasmáticas que causam constrição arterial, aumentando a pressão sanguínea. Já a bradicinina causa dilatação dos vasos sanguíneos. A eritropoietina intensifica a eritropoese, ou seja, a produção de novas hemácias.
Forma e Localização 
A forma básica dos rins se assemelha a um feijão – no cão, gato, ovino e caprino. No suíno, eles são mais achatados. No equino, o rim direito tem forma de coração, e o esquerdo lembra uma pirâmide. No bovino, a forma é oval irregular e sua superfície apresenta fissuras, dividindo-o em lobos. O rim tem face ventral e dorsal; margem lateral e medial; polos cranial e caudal. Na margem medial está o hilo renal, por onde a parte dilatada do ureter, a pelve renal, deixa o rim, e por onde vasos e nervos o penetram.
Os rins são comprimidos contra a parede abdominal dorsal dos dois lados da coluna vertebral. Predominam na região lombar, mas se projetam cranialmente sob as ultimas costelas até a entrada do abdôme. O rim direito se situa mais cranialmente que o esquerdo, e seu polo cranial faz contato com o processo caudado do fígado e com o lobo hepático direito, o que ajuda a limitar sua mobilidade. O rim esquerdo tem mais mobilidade. Nos ruminantes, o rumem empurra o rim esquerdo para o lado direito do abdome, onde fica suspenso pelo mesonefro, caudal ao rim direito.
Estrutura do rim
O parênquima renal é envolvido por uma cápsula fibrosa resistente, e é dividido em córtex renal – pardoavermelhado e com aparência granular - e medula renal, com uma zona externa mais escura e uma zona interna mais clara. No bovino e suíno, a medula e seu córtex associado se dividem em lobos piramidais. O ápice de cada lobo está voltado para o seio renal, e desemboca no cálice renal. Estes rins são chamados de multilobados. No cão, equino e ovino, os lobos se unem criando uma estrutura única, chamada de crista renal comum. Estes rins são chamados de unilobares.
Unidades funcionais dos rins
Os néfrons são os responsáveis pela produção da urina. Eles estão ligados a túbulos coletores que conduzem a urina até a pelve renal.
Vascularização
Cada rim é irrigado por uma artéria renal, ramo da artéria abdominal. Ela se divide em várias artérias interlobares no hilo renal. As veias renal e cava caudal também estão presentes no rim.
Linfaticos
Os linfáticos são satélites e terminam nos linfonodos lombares. 
Inervação
Recebem fibras simpáticas e parassimpáticas do plexo solar. As fibras simpáticas formam sinapses no gânglio celíaco, no gânglio mesentérico cranial e em gânglios menores do plexo renal. O ramo dorsal do nervo vago contribui com as fibras parassimpáticas.
 Pelve renal
A expansão comum na extremidade proximal do ureter é chamada de pelve renal. É onde se abrem os ductos papilares. 
Ureter
O ureter é um túbulo muscular localizado caudalmente no espaço atrás do peritônio (retroperitoneal) na parede corporal dorsal, e pode ser dividido em parte abdominal e parte pélvica. Se insere na vesícula urinária e corre intramuralmente entre a camada muscular e a mucosa da vesícula por cerca de 2 centimetros até abrir-se no lumem da vesícula urinária por dois óstios. Esta parte intramural impede o refluxo da urina para o ureter quando a pressão se eleva dentro da vesícula urinaria, mas não é suficiente forte para obstruir a continuação da passagem da urina para a vesícula. É vascularizado por ramos da artéria renal, da artéria vesical cranial e da artéria prostática ou vaginal. As veias são satélites. Os linfáticos ureterais escoam nos linfonodos lombares e nos ilíacos mediais. O ureter recebe inervação simpática e parassimpática. 
Vesícula Urinária (bexiga)	
A vesícula urinária é um órgão musculomembranoso oco, cuja forma e tamanho e posição variam conforme a quantidade de urina que contém. Está situada sobre os ossos púbicos, e se prolonga em direção ao abdome em carnívoros, ficando confinada à cavidade pélvica em animais de grande porte. Quando preenchida, assume formato de pera.
Ela é dividida em ápice cranial, corpo intermediário e colo caudal, este contínuo com a uretra. É sustentada pelos ligamentos mediano e laterais da vesícula urinaria. No feto, o ligamento mediano contém o úraco e os ligamentos laterais pares transportam as artérias umbilicais até o umbigo. Úraco e artérias umbilicais se rompem no nascimento, formando uma cicatriz no ápice da vesícula urinária e os ligamentos redondos, respectivamente.
A mucosa da vesícula apresenta pregas irregulares, que somem na distensão, com excessão de duas delas, que continuam da abertura ureteral até o colo da vesícula urinária, onde se unem para formar a crista vesical, contínua com a uretra. Isto cria uma área triangular denominada trígono vesical, de onde desembocam os dois óstios uretrais. 
A Vesícula é vascularizada pelas artérias vesicais caudais, ramos da artéria vaginal ou prostática. Os linfáticos escoam para os linfonodos iliossacrais. A inervação é simpática e parassimpática. As simpáticas emergem dos nervos hipogástricos, enquanto os parassimpáticos vem do nervo pudendo.
Uretra
Na fêmea, a uretra serve exclusivamente para o transporte de urina. Para o macho, ela canaliza a urina, sêmem e secreções seminais. A uretra feminina se projeta caudalmente ao assoalho pélvico ventralmente ao trato reprodutor. Atravessa a parede da vagina e se abre em um óstio externo da uretra, ventralmente, entre a vagina e o vestibulo. A uretra masculina se prolonga desde uma abertura interna no colo da vesícula urinária ate uma abertura externa na extremidade do pênis. Ela pode ser separada no macho em parte pélvica (pré-prostática e próstatica) e parte peniana. Na parte pélvica pré-prostática, ela vai da abertura interna até o colículo seminal, um alargamento oval da crista uretral. Na prostática ele recebe a companhia dos ductos deferentes e vesiculares e atravessa a próstata. 
A parede uretral contém um plexo venoso, que apresenta propriedades eréteis e auxiliam na continência urinária. O controle voluntário do músculo uretral para o fechamento da óstio externo da uretra é possível por meio de fibras somáticas do nervo pudendo.

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