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ACETILCOLINESTERASE
Introdução
Em bioquímica, a colinesterase é um termo que se refere a uma das duas enzimas:
A acetilcolinesterase — também conhecida como colinesterase de glóbulo vermelho (CGV), colinesterase verdadeira (eritrocitária) ou acetilcolina acetil-hidrolase — existe principalmente nas hemácias, terminações nervosas e músculos estriados.
A pseudocolinesterase — também conhecida como colinesterase sérica, butirilcolinesterase ou acetilcolina acil-hidrolase — existe principalmente no fígado, no plasma, no pâncreas e no intestino delgado.
Ambos catalisam a hidrólise (destruição) do neurotransmissor acetilcolina restante no espaço sináptico em colina e ácido acético. Esta reação permite o retorno do neurônio colinérgico ao estado de repouso após a ativação. Evita-se assim uma transmissão excessiva de acetilcolina, que resultaria numa sobre-estimulação do músculo e, como consequência, debilidade e cansaço.
Os tipos de colinesterase diferem-se pelas preferências nos respectivos substratos: a acetilcolinesterase hidroliza acetilcolina mais rapidamente, enquanto a pseudocolinesterase hidroliza butirilcolina mais rapidamente.
Inibidores da colinesterase
Anticolinesterásico é um inibidor da colinesterase. Devido à sua função essencial, os elementos químicos que interferem com a ação da colinesterase são potentes neurotoxinas, causando excessiva salivação e olhos lacrimejantes em baixas doses, seguidos por espasmos musculares e finalmente a morte. Mas além das armas bioquímicas e agrotóxicos, os anticolinesterásicos são também utilizados em anestesia ou no tratamento da miastenia gravis, glaucoma e doença de Alzheimer.
 2.1 fármacos inibidores da colinesterase
Donepezil
Rivastigmina
Galantamina
Miastenia Gravis 
Miastenia Gravis é uma doença autoimune da porção pós-sináptica que ocorre nas junções neuromusculares. Os músculos viscerais não são afetados, apenas os estriados esqueléticos. Apresenta-se também como miastenia neonatal, que se dá quando uma paciente de miastenia é gestante, passando a doença para o bebê apenas quando ele nasce. 
A palavra mhyastenia gravis tem origem grega e latina: Mys= músculo Astenia=fraqueza Gravis= pesado, severo.
A primeira descrição da doença foi em 1672 e foi percebida pelo clínico inglês Thomas Willis que observou em seus pacientes uma curiosa fraqueza muscular. Willis deu a essa doença o nome de “paralysia spuria non habitualis”.
Ao longo do tempo, outros médicos relataram episódios semelhantes de fraqueza muscular, porém definindo a doenças com outros nomes.
Tem prevalência de um caso em cada dez mil pessoas e atinge principalmente mulheres, sendo provável dos vinte aos quarenta anos de idade, e nos homens, dos sessenta aos setenta anos.
Fisiopatologia
Miastenia gravis é uma doença autoimune, ou seja, ocorre uma falha no sistema de defesa do organismo, ocasionando a produção de anticorpos, que atacam o organismo do paciente, bloquiando os receptores de acetilcolina, impedindo a continuidade da transmissão muscular
.
Sintomas
Os sintomas iniciais de Miastenia Gravis são: 
 
Fadiga extrema.
Ptose palpebral:
 Pálpebras caídas.
Disfagia: Dificuldade de mastigar e engolir.
 
Dispnéia: Falta de ar.
Disfonia: Dificuldade na fala.
Diplopia: Visão dupla.
No geral, os sintomas variam durante o dia, mas podem piorar com esforço físico, agitação e altas temperaturas. Por se tratar de uma doença autoimune, permitem que ocorram juntamente a ela outras doenças de mesmo gênero.
Na neonatal o feto não é afetado enquanto está na placenta, a doença o atinge apenas na hora do nascimento. O recém-nascido pode ter dificuldade em respirar e deglutir, e estes sintomas podem durar de dias a semana.
Diagnóstico
É feito utilizando-se o histórico médico do paciente e pelos seus sintomas físicos, principalmente quando estes acometem os músculos faciais. Para confirmar a suspeita da enfermidade, usa-se uma injeção de prostigmina, que aumenta
A quantidade de acetilcolina no organismo, fortalecendo a musculatura por um certo tempo.
Uma vez diagnosticada a doença, deve-se estudar a ocorrência de outras doenças de mesma natureza que puderam agravar os sintomas da mesma. Para isso é recomendada uma tomografia computadorizada para verificar o aumento do timo e realizar a cirurgia se necessário.
Tratamento
Ainda não se tem cura para a miastenia grave, mas é feito uso de medicamentos colinesterases, que agem na junção neuromuscular, e drogas imunossupressoras, que são capazes de aumentar as contrações musculares. São recursos que conseguem controlar a doença, e o uso é geralmente pro resto vida.
Outro exemplo de medicamento utilizado é Mestinon, que é usado no tratamento de miastenia grave, seu uso é via oral, seu efeito é prolongado e provoca poucos distúrbios gastrintestinais, formando alívio sintomático mais sustentado, geralmente á noite.
Existem também as terapias complementares: atividades físicas, fisioterapias, hidroterapia ou terapia ocupacional, que ajudam na adaptação das tarefas do dia a dia e na manutenção da saúde cardiovascular. Em casos mais graves é feita a retirada do timo, responsável pela produção de anticorpos. Com essa remoção se obtém uma melhora de70% da doença segundo uma pesquisa realizada pelos pesquisadores da Mayi Clinic, nos EUA, porém essa cirurgia deve ser realizada antes dos dois anos  do seu aparecimento.
Existe também a plasmaférese, que é um processo de filtragem do sangue do organismo para a retirada dos anticorpos que impedem a comunicação natural entre nervos e músculos. Retira-se do sangue, passando por equipamentos, retornando ao organismo. É um tratamento caro e longo, mas pode ser útil nos casos em que a doença apresenta riscos de morte.
Referências Bibliográficas
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