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Apostila Geologia 5

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Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 22 
 
IX - O MAGMA 
 
1- Definição 
É uma mistura complexa de substâncias (sílica, silicatos diversos e alguns óxidos) no estado de fusão, sendo 
umas mais ou menos voláteis, estas constituem a maior parte do magma, e com um elevado ponto de fusão. 
 
2- Consolidação 
Obedece às diversas leis físicas e físico-químicas, principalmente às leis da termodinâmica e às da 
solubilidade. 
 
3- Localização 
A ± 30 Km de profundidade nas regiões dos escudos pré-cambrianos. 
 
4- Movimentação 
O magma pode movimentar-se ativamente por energia própria, acionada pela força expansiva dos gases ou 
pode movimentar-se passivamente através de forças tectônicas. 
 
5- Resfriamento 
À medida que ocorre a cristalização, o resíduo magmático vai-se enriquecendo de elementos voláteis que não 
conseguem escapar, por se encontrarem em ambiente fechado. A pressão interna sobe como conseqüência do 
aumento relativo dos voláteis, mesmo com um resfriamento contínuo ocorre a ebulição porque num 
determinado momento, as paredes não resistem mais à pressão dos gases, rompem-se dando-se o escape dos 
compostos voláteis. 
 
6- Viscosidade 
 
Depende da temperatura e da composição química. 
Magma ácido = mais rico em sílica e é mais viscoso. 
Magma básico = menos rico em sílica e é mais fluido 
 
7- Tipos De Magma 
 
a) hipomagma 
Os gases encontram-se dissolvidos completamente. A pressão exterior que atua sobre o magma é superior 
à tensão de vapor. 
b) piromagma 
 Os gases constituem uma fase em forma de borbulhas, a tensão de vapor é superior à pressão externa. 
 
c) epimagma 
Os gases escapam com facilidade, a pressão externa é muito baixa. 
 
 
 
X - PLUTONISMO 
 
1-Conceitos Básicos 
 
 
 1.1 - PLUTONISMO 
A consolidação do magma ocorre no interior da crosta terrestre, originando as rochas plutônicas ou 
intrusivas. Pode ser observado devido a levantamentos epirogenéticos, orogenéticos e à erosão. 
 
 
1.2 - PLÚTONS 
São os corpos de rochas magmáticas consolidadas em regiões profundas da crosta, por ação do 
Plutonismo. 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 23 
2- Tipos de Plútons 
 
a - Formas Concordantes 
Formam-se quando a intrusão magmática intromete-se entre os planos de estratificação da rocha 
encaixante em concordância. Os principais tipos destas formas são: 
 
 - SIL: É um corpo extenso, pouco espesso e de forma tabular quando visto em corte. O magma é 
viscoso, a pressão da intrusão é transmitida hidrostaticamente a grandes distâncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17: POPP (1988) 
 
- LACÓLITO: O magma é mais viscoso, sua pressão é dissipada pelo atrito interno, represando o 
magma. Forma massas lenticulares, plano-convexas, a rocha situada acima do corpo 
intrusivo (Capa) é dobrada e as rochas situadas na parte inferior (Lapa) não são 
afetadas. Forma similar a um cogumelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18: POPP (1988) 
 
 - LOPÓLITO OU LAPÓLIT O: Tem a forma de uma bacia de grandes dimensões, ocorre sempre no 
fundo de dobras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19: POPP (1988) 
 
 - FACÓLITO: Possui uma forma crescente convexo-côncava, lembra uma foice. Está associado a 
dobras mergulhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20: POPP (1988) 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 24 
b- Formas Discordantes 
São corpos intrusivos que não dependem de estratificação da rocha encaixante, pois a cortam 
discordantemente. Os principais tipos destas formas são: 
 
 
 
- DIQUE: É uma massa magmática que preenche uma fenda numa rocha pré - existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21: POPP (1988) 
 
 
 
- NECK: Consta de uma forma discordante cilíndrica, vertical que corta as rochas pré - existentes, como 
condutos de vulcões cuja parte superior foi erodida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22: POPP (1988) 
 
 
- APÓFISE: São formas digitiformes, semelhantes a diques, derivam de massas subcrustais. 
 
 
- BATÓLITO: Trata-se de uma grande massa de material magmático que aflora numa extensão de 100 
Km2 na superfície terrestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 23: POPP (1988). 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
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- STOCK: Consta de uma massa igual ao Batólito onde a extensão é inferior a 100 Km2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: Representação dos diversos tipos de plútons, segundo LEINZ & AMARAL(1980) 
 
 
 
XI - VULCANISMO 
 
 
1- Conceitos Básicos 
 
 
1.1- Definição 
 
 É a ascensão de material magmático do interior da terra até à superfície terrestre. 
 
 
1.2- Edifício Vulcânico 
 
 Denominado de estrato - vulcão (vesúvio). Em profundidade situa-se a câmara magmática, partindo 
dela a chaminé, que é adutora do material vulcânico. A abertura afunilada é a cratera que se comunica 
com o exterior. A montanha é formada pelo acúmulo de fragmentos intercalados de lavas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
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 Figura 25: Esquema de um vulcão em erupção 
 
 
 
1.3- Cratera 
 
Consta da boca afunilada que se forma pela explosão e verifica-se no início da atividade de certos 
vulcões. É a abertura por onde saem as lavas. 
 Após a erupção a cratera torna-se funda em relação ao diâmetro e com paredes abruptas. As 
crateras de vulcões inativos são geralmente cheias, de água, formando lagos de cratera. 
 
 a- Cratera e Acumulação 
 Origina-se pelo acúmulo de material expulso da chaminé. 
 
b- Cratera de Explosão 
Forma-se quando a rocha pré - existente foi pulverizada pela força expansiva dos gases que se 
acumulam na lava aprisionada no interior do vulcão. 
 
 
 c- Cratera de Abatimento 
Resulta do colapso do edifício vulcânico, que pode perder o apoio interno, pela saída do magma ou 
pelo refluxo do magma que se assenta pelo escape dos gases, dá origem a caldeiras. 
 
 
2- Tipos de Atividades Vulcânicas 
 
2.1- Atividades Iníciais: 
- Tremores de terra 
- Formação de fendas 
- Explosão de gases e cinzas 
- Derramamento de lava de modo explosivo 
- Alternância de derrames de lavas e formação de material piroclástico. 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 27 
Nas atividades iniciais, os produtos das explosões são ricos em material não vulcânico. O teto pré -
existente é quebrado, pulverizado e expelido. 
 
2.2- Atividade do Tipo Rítmica ou Estromboliano: 
 
Inicia-se com a emanação de vapores, profelando em seguida explosões suaves, fragmentos de lava, 
que caem novamente dentro da cratera (de 1 a 2 minutos), voltando ao período de calma (15 minutos). 
· Stromboli (Ilhas Lipai - Norte. da Sicilia), é denominado de “Farol do Mediterrâneo”. 
 
2.3- Atividade Do Tipo Vulcaniana 
 
Caracteriza-se pela alternância de longas fases de repouso (desde muitos anos a muitos séculos), com 
erupções violentas e repentinas, algumas vezes catastróficas. Os gases formam umacoluna e espalham-
se na forma de um cogumelo. 
· Katmai (Alasca) 
· Fujiama (Japão) 
· Tamboro e Krakatoa (Indonésia) 
· Vesúvio (Itália) 
· Paricutim (México) - atividade inicial. 
 
2.4- Atividade Do Tipo Havaiana 
 
Os vulcões com esta atividade também denominam-se do tipo escudo. 
A cratera é tipo caldeira de abatimento, no interior encontra-se um lago de lava fundida e incandescente 
com uma temperatura de aproximadamente 1050 ºC. 
Em alguns pontos a lava se consolida, formando ilhas de formas irregulares, no meio da lava, onde se 
formam bolhas de gases, desprendendo-se como fervura explosiva. A lava fluida sobe e transborda 
rapidamente, e a nível da lava volta a baixar. A câmara magmática localiza-se entre 30 e 40 Km de 
profundidade. 
· Kilauea e Mauna Loa (Havaí). 
 
2.5- Atividade de Fissura ou Erupção Linear ou do Tipo Islândico 
 
Em regiões de fraqueza da crosta terrestre, podem abrir-se fendas que atingem a região magmática, 
provocando atividades vulcânicas explosivas ou efusivas. 
· Eldaja, 30 Km de extensão 
· Laki, 25 Km de extensão 
Ambos se localizam na Islândia. 
 
2.6- Atividade ou Tipo Paleano 
 
Semelhante ao tipo vulcaniano na questão violenta das atividades, com lava viscosa quase solidificada. 
A lava semi-fluida do Mont Pélé, formou uma agulha como tampão com 400m de altura e depois foi 
lançada numa grande explosão. 
·· Mont Pélé em Martinica 
 
2.7- Atividade do Tipo Submarina: 
 
Como ocorre no fundo do mar, impossibilita a observação direta do fenômeno. Realiza-se abaixo de 
2.000 metros, onde a pressão hidrostática é maior que a pressão crítica da água assim não se formam 
vapores. Podem verificar-se movimentos sísmicos, aquecimento d’água e o aparecimento de ilhas 
temporárias. 
· Em 28/09/57 no Arquipélago dos Açores. 
 
3- Materiais Produzidos Pelas Atividades Vulcânicas 
Um vulcão em erupção produz matéria nos três estados físicos: gasoso, sólido e líquido. 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 28 
3.1- Gasoso: 
As exalações vulcânicas são formadas por gases produzidos pelas condições físico-químicas do vulcão; 
temperatura, pressão, composição da lava e estado de selinidade das atividades. 
O vapor d’água é o mais comum, oscila entre 60 a 95 % dos gases e vapores, pode ser proveniente de 
três zonas: da água subterrânea, do próprio magma primário, ou formar-se a partir do hidrogênio que é 
exalado pelo vulcão combinado com o oxigênio do ar. 
Ocorrem outros gases como hidrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, ácido clorídrico, hidróxido de 
enxofre, cloretos voláteis, fluor, sulfetos, etc. 
 
 a- fase fumarola 
Constitui os gases que escapam pelas fendas ou fissuras, caracteriza-se pela temperatura entre 200-
800 ºC, com escape do hidrogênio, cloro, enxofre, nitrogênio, carbono e oxigênio, na sua forma 
original ou combinados; HCL, H2S, SO2, SO3, H2O (NH4)
+ , NH4CL, CO2, CO, CH4, etc. 
Algumas vezes verificam-se exalações ricas em elementos metálicos como cobre, ferro e chumbo. 
 
 b- fase solfataras 
Caracteriza-se pela temperatura que oscila entre 100 a 200ºC, com vapor d’água e quantidades 
menores de CO2 e H2S, precipitando S, FeS2, etc. 
 
 c- fase mofetas 
Caracteriza-se por exalações gasosas ou líquidas com temperatura de 40ºC, exalações de CO2 frio, 
quase seco, podendo misturar-se com a água formando fontes ácidas. 
 
3.2- Líquido 
 
A matéria líquida é representada pelas lavas, cujo comportamento após o derrame decorre do tipo de 
composição química, viscosidade e quantidade de gases. 
 
- LAVAS: 
 
São produtos sob a forma líquida ou fluida parcialmente desgaseificadas, são prevenientes de grandes 
profundidades e atingem a superfície com temperaturas entre 600 e 1.200ºC. 
 
a - Lavas ácidas: São lavas viscosas, ricas em sílica, dão origem a derrames curtos, espessos e 
com formas irregulares. Possuem o aspecto de um amontoado de blocos, fragmentos agudos e 
lascas com superfície áspera e fendilhada, cor avermelhada por oxidação. A temperatura é 
relativamente baixa e possui grande quantidade de gases após o resfriamento formam Lava em 
Blocos. 
 
b - Lavas básicas: São lavas fluidas, pobres em sílica e em gases, possuem grande mobilidade, 
ajustando-se às irregularidades do terreno durante seu derramamento. Formam uma fina couraça, 
superficial com a continuidade dos movimentos das lavas de baixo, a couraça se enruga com 
aspecto da corda e se resfria resultando em estruturas de Lava em Corda. 
 
 c- Pillow-Lava ou Lava Almofadada: Forma-se de blocos arredondados e empilhados como 
almofadas. Ocorrem em erupções submarinas e ligam-se entre si 
por meio de anastomoses tubulares que estabelecem comunicação de um bloco com outro. Quando 
as lavas entram em contato com a água sofrem um resfriamento externo rápido, enquanto 
internamente continuam em fusão. A pressão interna aumenta, e então, rompe-se uma abertura 
permitindo a saída de parte do material do interior. Este material em contato com a água sofre 
resfriamento externo rápido, com aumento interno da pressão sofre novo rompimento, originando 
outra porção de lava. Estas porções internamente ocas, acumulam-se dando o aspecto de almofadas. 
 
3.3- Sólido 
 
Constam de fragmentos originados das rochas encaixantes que formam o cone vulcânico e 
geralmente são lançadas durante as explosões vulcânicas ou do próprio magma semi-solidificado ou 
consolidado. 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 29 
 
- MATERIAL PIROC LÁSTICO: 
 
Representa toda a parte sólida expelida pelos vulcões e constam dos seguintes tipos: 
 
a - Tufo Vulcânico: forma-se pelo acúmulo do material mais fino e de consistência fofa. 
Autígeno: ligado diretamente ao magma 
Alotígeno: ligado a rochas pré-existentes. 
 
b - Blocos: possuem diâmetro de 5 cm com formas irregu-lares e ásperas, saem do vulcão em estado 
sólido, podendo originar-se a partir das paredes, como do fundo da câmara magmática. 
 
c - Bombas: São fragmentos semi-sólidos que são lançados a grandes alturas, giram sobre si 
mesmos, ao mesmo tempo em que os gases são expulsos e adquirem uma forma típica 
de pão, alongados e contorcidos. O resfriamento é rápido originando crostas rachadas 
com orifícios resultantes do escape dos gases, dando origem a Púmice. 
 
d - Lapilli: São ejetólitos da lava com tamanhos de noz e ervilha, podendo chegar à superfície no 
estado sólido ou pastoso, formando fragmentos angulosos ou arredondados. 
 
e - Cinzas: São materiais finos provenientes da pulverização de lavas ou da explosão de rochas pré- 
existentes. 
 
 f - Correntes de Lamas: As precipitações atmosféricas são comuns em atividades vulcânicas, em 
alguns casos de grande intensidade. A água mistura-se com o material piroclástico 
incoerente, formando uma lama móvel que pode deslocar-se com velocidade alta. 
 
4- Gêiseres 
 
4.1- Conceitos: 
 
 São fontes quentes que expelem água intermitentemente, havendo grande regularidade nos intervalos 
de repouso. 
 Ocorrem em regiões de vulcanismo moderno e são considerados como atividades finais do vulcanismo. 
 
4.2- Ocorrências Mais Importantes: 
 
· Parque Yellowstone - EUA 
· Islândia 
· Nova Zelândia 
· Arquipélago dos Açores 
· Regiões vulcânicas do Japão 
· Regiões vulcânicas da America do Sul 
 
 4.3- Mecanismo E Funcionamento 
 
A temperatura aumenta com a profundidade e o ponto de ebulição da água aumenta com a pressão,assim o peso da coluna de água existente nas fissuras e cavidades faz com que seja ultrapassado o 
ponto de ebulição da água nas condições ambientais de pressão. A temperatura da água vai subindo 
gradativamente até atingir o ponto crítico, o que depende da pressão da coluna de água. Verifica-se 
então a ebulição rápida explosiva da água, que passa rapidamente ao estado de vapor forçando a água 
a subir na forma de um jato. 
As cavidades são novamente preenchidas pela água que vai infiltrando-se lateralmente, repetindo-se 
ciclicamente o fenômeno. 
 
5- Distribuição Geográfica Dos Vulcões 
 
- Vulcões Ativos - 450 
- 353 na região do Pacífico 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 30 
- 97 na região Atlântica - Índico 
 
A grande maioria dos vulcões encontra-se agrupada em zonas, principalmente ao longo das costas oceânicas 
formando o “Círculo do Fogo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 26: Demonstração dos principais vulcões no Oceano Pacífico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 31 
 
6-Vulcanismo no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27: Mapa de distribuição dos fenômenos vulcânicos no Brasil (POPP, 1988). 
 
 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 32 
6.1- Paleozóico Inferior: 
O vulcanismo ácido predominou no Sul do Brasil. Grupo Itajaí (Santa Catarina), Castro (Paraná) e 
nas Formações, Maricá e Santa Bárbara (Rio Grande do Sul). 
 
6.2- No Fim Do Mesozóico: 
Fases vulcânicas alcalinas nos períodos Jurássico e Cretáceo, prolongando-se até o início do 
Cenozóico. 
Jacupiranga - São Paulo 
Anitapolis - Santa Catarina 
Serra Negra - Minas Gerais 
Itatiaia - Rio de Janeiro 
Poços de Caldas - Minas Gerais 
Cabo Frio - Rio de Janeiro 
Cananéia - São Paulo 
Lajes - Santa Catarina 
São Sebastião - São Paulo 
Araxá - Minas Gerais 
Cananéia - São Paulo 
 
O vulcanismo de fissura ocorreu no final do Jurássico, início do Cretáceo, na Bacia do Paraná. 
Estes derrames atingem cerca de 1.200.000 Km2 cobrindo o Sul de Goiás, parte dos Estados de Mato 
Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e ainda porções do Uruguai, Argentina e 
Paraguai. 
Nas Bacias do Amazonas e Parnaíba também ocorreu vulcanismo básico. 
 
6.3- Cenozóico 
As últimas atividades vulcânicas no Brasil datam do Cenozóico, cujo o vulcanismo foi responsável 
pela formação das Ilhas Oceânicas, como: 
Fernando de Noronha 
São Pedro 
São Paulo 
Abrolhos 
Trindade 
 
XII – SISMOLOGIA 
 
 
1-Considerações Gerais 
 
1.1- Definição 
 
É o ramo da Geofísica que estuda os abalos sísmicos (terremotos), suas causas, conseqüências e 
previsões. 
 
1.2- Objetivos da Sismologia 
 
a - A investigação das causas e modalidades dos fenômenos sísmicos, orientada para sua possível 
previsão, controle, a fim de limitar os prejuízos e o grande número de vitimas que 
causam. 
 
b - O estudo da propagação das ondas sísmicas pelo interior do globo terrestre, afim de conhecer a 
estrutura interna do planeta. 
 
c - Procura de diversos tipos de jazidas minerais e de hidrocarbonetos. 
 
d - Para realização de grandes obras, como barragens, diques, pontes, etc. 
 
 
 
 
 Laboratório de Geociências Geologia II 
 
 33 
1.3- Sismo Ou Terremoto 
Trata-se de uma vibração na superfície terrestre, produzida por forças naturais, situadas no interior do 
 planeta a profundidades variáveis. 
 
1.4- Foco Ou Hipocentro 
Consta do local no interior do planeta onde se originam as ondas sísmicas. A maioria localiza-se a 
menos de 50 Km de profundidade. 
 
1.5- Epicentro 
Consta do local na superfície terrestre, situada acima do hipocentro,onde o sismo apresenta a sua maior 
intensidade e ocorre a liberação de grande quantidade de energia. 
 
1.6- Sismógrafos 
São aparelhos que detectam e registram de modo contínuo, em gráficos, as ondas sísmicas originadas no 
 foco ou hipocentro. 
 
1.7- Sismograma 
É o gráfico onde ficam registradas as ondas sísmicas que atingem o sismógrafo, corresponde a 
movimentos reais experimentados pelo solo nesse período. 
Em épocas de calma sísmica, o aspecto de um sismograma é quase uma linha reta, apenas alterada por 
pequenas oscilações causadas pela chegada de ondas de escassa amplitude, originadas por fatores 
meteorológicos ou atividades humanas. 
Quando as ondas sísmicas afetam um sismograma torna-se muito complexo, distinguindo-se nele 
diversas fases que correspondem à chegada dos diversos tipos de ondas (longitudinais, transversais e 
superficiais). 
Permite deduzir as principais características de um sismo, tais como: sua magnitude, a localização do 
epicentro e a profundidade a que se encontra o foco. 
O aspecto dos registros varia de um sismo para outro e modifica-se num mesmo sismo de acordo com a 
distância. 
 
 2- Ondas Sísmicas 
 
Conforme foi visto anteriormente, no interior do planeta ocorrem perturbações que atingem a superfície 
terrestre através das ondas sísmicas, originando os terremotos. 
A velocidade das ondas sísmicas varia diretamente com a rigidez das rochas e inversamente com a 
densidade. 
Deslocam-se graças à eletricidade das rochas que vibram da mesma forma que o ar. 
A velocidade média das ondas P e S aumenta à medida que se afastam da região focal. A trajetória do raio 
sísmico é curva, com a convexidade voltada para o centro da terra. 
 
 
2.1- Ondas P Ou Primae 
 
São ondas rápidas, longitudinais, propagam-se em profundidade e chegam em primeiro lugar ao 
epicentro. 
A densidade da terra aumenta com a profundidade, provocando um aumento acentuado de velocidade 
na propagação destas ondas, mas quando penetram em meios fluidos sua velocidade é reduzida 
abruptamente, sofrendo reflexão e refração. 
Seu deslocamento corresponde a ações de puxa-empurra e sua velocidade varia de 5.6-14 Km/s. 
A existência das fases P, P, P*, P’ permite considerar a terra formada esquematicamente por um 
núcleo e dois invólucros concêntricos. As ondas P e P* só atravessam a crosta, penetram no manto e 
propagam-se sem atingir o núcleo. As ondas P’ depois de terem-se deslocado pelas duas primeiras 
camadas, atingem o núcleo, atravessam-no e voltam à superfície, transpondo novamente os dois 
primeiros invólucros. 
Após a zona de sombra aparecem somente as ondas P’. 
 
 
 
 
 
 
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 34 
2.2- Ondas S Ou Secundae 
 
São ondas transversais com menor velocidades que as ondas P, propagam-se em profundidade e 
chegam em segundo lugar. 
Deslocam-se através do material e não ao longo de uma zona de dois materiais diferentes, caracteriza-
se ainda por não se propagarem em meios fluidos. 
Seu deslocamento corresponde a ações de abanar e a velocidade varia de 3.3-7.3 Km/s. 
 
 
2.3- Ondas L Ou Longae 
 
São ondas superficiais, que se originam a partir das ondas P e S na interfase terra-água ou terra-ar, são 
de grande amplitude e transversais.Deslocam-se com velocidade relativamente constante e homogênea de 3.5-4.4 Km/s. São mais rápidas 
nos pisos oceânicos que nos continentes e ocasionam as maiores destruições na superfície terrestre. 
 
 
a - Ondas Rayleigh ou L: são as que provocam as ondulações no solo (semelhantes às ondas do mar). 
Possuem um período curto de movimento vertical nítido e o movimento 
horizontal se faz no plano de propagação. 
 
 
b - Ondas Love ou Q: ondas de grande período de vibração, horizontal e tangencial, encontram-
se em cada partícula que se movimenta 
horizontalmente na direção normal ao raio sísmico. 
 
 3- Zona de Sombra (Shadow Zone) 
A propagação das ondas sísmicas no interior do planeta, acarreta refração e reflexão das mesmas, quando 
passam de uma camada para a outra (nas descontinuidades), aumentando também sua velocidade. 
A zona de sombra possui uma largura máxima de 4.600 Km, que se localiza de 11.300 - 15.900 Km a partir 
do epicentro (na superfície terrestre). 
A origem dessa zona dá-se pela reflexão e refração das ondas sísmicas a 2.900 Km de profundidade (na 
entrada do núcleo externo), devido à alta densidade do núcleo. 
Não existe uma zona de transição, onde os registros se tornam cada vez mais fracos até desaparecerem, os 
registros simplesmente desaparecem bruscamente na zona de sombra, voltando a aparecer após esta, 
somente as ondas P. 
Cada terremoto possui sua zona de sombra em forma de anel, assim esta zona não é fixa, sendo colocada de 
103º - 143º do epicentro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28: Demonstração de uma Zona de Sombra. 
 
 
 
 
 
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4- Atividades Sísmicas 
Os grandes sismos raramente são fenômenos isolados encontram-se geralmente acompanhados de outras 
atividades. 
 
4.1-Abalos Premonitórios 
Trata-se de abalos pouco importantes e muito fracos, que ocorrem antes de um grande sismo. 
 
 4.2- Ruídos 
As fases principais de um sismo são acompanhadas nas regiões próximas ao epicentro, por grandes 
ruídos semelhantes a trovões, originam-se pelas ondas P na união solo-atmosfera. 
 
 4.3- Grandes Sismos 
Provocam deslocamentos horizontais e verticais na superfície terrestre, com alterações morfológicas e 
estruturais, tais como: deslizamentos, afundamentos, grandes movimentos do solo, reativação e 
formação de fendas, alterações no traçado dos cursos de água e no caudal de fendas pelas modificações 
dos níveis freáticos, etc. 
 
 4.4- Réplicas 
Trata-se de abalos fracos, que se seguem aos grandes sismos, durante a instabilidade sísmica que pode 
durar meses. 
Após o sismo de 12 de julho de 1897 no Assame ocorreram 5.238 réplicas. 
As camadas perturbadas, descomprimidas depois de um choque violento, só encontram a posição de 
equilíbrio depois de sobressaltos cada vez mais fracos e menos freqüentes. 
 
 4.5- Enxames 
Correspondem a numerosos abalos num mesmo ponto, sem que qualquer deles seja particularmente 
importante, ocorrem num período relativamente curto. 
· Em Matsushiro (Japão) em 1966 foram registrados 584.286 abalos, onde 52.138 foram sentidos pela 
população. 
 
4.6- Forças De Disparo 
As forças de tensão podem juntar-se a outras, muito fracas que são “a gota de água que faz transbordar 
o vaso”. 
Assim são explicados certos fenômenos meteorológicos que aparecem estreitamente ligados aos sismos. 
Existem regiões onde a diminuição brusca da pressão atmosférica é acompanhada por um aumento no 
número de sismos, e outras, esse aumento ocorre com a elevação brusca da pressão atmosférica. Podem 
desempenhar papel importante as chuvas e os ventos. 
 
 4.7- Duração 
Um sismo pode durar segundos, mas a agitação e a instabilidade sísmica dura meses. 
 
5- Tipos De Focos 
 
 5.1- Superficiais 
O foco encontra-se a menos de 60 Km de profundidade, as ondas sísmicas são pouco atenuadas antes 
de atingir o epicentro, produzindo quase sempre efeitos violentos e catastróficos. 
 
5.2- Intermédios 
O foco encontra-se entre 60-300 Km de profundidade, embora as ondas sismicas sejam atenuadas 
devido à distância, freqüentemente possuem efeitos destrutivos. 
 
5.3- Profundos 
O foco situa-se a mais de 300 Km de profundidade, afetam grandes áreas, já que os abalos são 
sentidos em varias zonas, por vezes bastante distanciadas umas das outras, o que constitui indício de 
que o foco do sismo é muito profundo. 
 
 
 
 
 
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6- Maremotos ou Tsunamis 
 
Os sismos cujos epicentros se localizam em áreas oceânicas originam freqüentemente ondas gigantescas que 
se deslocam a grandes velocidades arrasando as regiões costeiras quando as atinge. 
Essas ondas produzem-se devido ao afundamento e soerguimento (deformações rápidas) de amplas zonas 
oceânicas. Nas regiões mais profundas são quase imperceptíveis, mas à medida que se aproximam das zonas 
costeiras, aumentam de altura devido a diminuição da profundidade, podendo atingir 30 metros de altura. 
Nas costa, a chegada de um maremoto é percebida por um recuo das águas, que pode durar vários minutos, 
seguindo-se a invasão por uma onda gigantesca. 
São freqüentes no oceano Pacífico, causando grandes prejuízos, o que levou a montar um sistema de alerta 
“Tsunami Warning System” centralizado em Honolulu. 
 
7- Intensidade Dos Sismos 
 
A intensidade de um sismo é determinada por vários fatores; um dos principais é a quantidade de energia 
liberada no foco. A maior intensidade reflete-se no epicentro, que depende da natureza do subsolo. 
 
7.1- Magnitude 
 Corresponde à amplitude máxima do movimento do solo, medida numa estação situada à distância s do 
 epicentro, a magnitude está ligada à energia liberada no foco de um sismo. 
 
7.2- Isossístas 
Constam de linhas imaginárias que unem pontos de mesma intensidade sísmica. Isossístas alongadas e 
 apertadas permitem reconhecer traçado de uma falha. 
 
a) área macrossísmica 
Trata-se de uma área compreendida no interior da isossísta na qual o abalo foi sentido pelo homem. 
 
b) área plistossísta 
Corresponde à área compreendida no interior da isossísta de maior intensidade. 
 
 c) área microssísmica 
Consta do local onde ocorre a intensidade máxima do sismo. 
 
 7.3-Considerações Gerais 
 
a - A intensidade de um sismo depende da distância do foco ao epicentro. Quanto maior for a distância 
menor será a intensidade e maior será a área atingida. 
b - A heterogeneidade litológica da crosta terrestre determina diferentes graus de intensidade dos 
abalos sísmicos. 
c - Quanto maior for o abalo sísmico, maior será à aceleração das ondas sísmicas, cujo valor numérico 
é medido em mm/ s2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29: Constituição interna do globo terrestre idealizada com base nas descontinuidades verificadas na 
velocidade das ondas longitudinais e transversais segundo POOP (1988). 
 
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7.4 - ESCALA DE MERCALLI - SIEBERG 
Esta escala classifica os sismos em doze categorias de acordo com a sua intensidade e modificações na 
superfície terrestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.5- ESCALA C. F. RICHTER 
Atualmente são utilizados dois tipos de escalas, uma criada por Charles Richter que registra aamplitude 
do movimento do solo, sem considerar o impacto na superfície que é expressa em números que crescem 
de forma logarítmica, portanto um terremoto um terremoto de magnitude 4 não representa o dobro de 
uma magnitude de 2 e sim 100 vezes maior. 
 
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O maior valor conhecido é de 8.6, no sismo de São Francisco. 
Baseia-se na medição da amplitude das vibrações que atingem os aparelhos registradores, relacionando-
se com a energia total liberada no foco e a quantidade de energia gasta no abalo permitindo estimar 
matematicamente a energia total. 
 
MAGNITUDE EFEITOS DO TERREMOTO 
 
Menor que 3,5 
 
 
Geralmente não é sentido, porém são registrados em aparelhos. 
 
3,5 a 5,4 
 
 
São sentidos e causam poucos danos 
 
5,5 a 6,0 
 
 
Ocasionam danos ligeiros a edifícios 
 
6,1 a 6,9 
 
 
Podem causar danos severos as áreas muito urbanizadas 
 
7,0 a 7,9 
 
 
Tremores maiores, podem causar vários danos 
 
Maiores que 8,0 
 
 
Grandes terremotos, destruição total em áreas urbanas 
 
 
 
 
 
 
Magnitude de RICHTER = 6,2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30: Foco sísmico relacionado com o epicentro. A energia é transmitida em todas as direções conforme 
indicam as setas. A intensidade diminui com a distância do epicentro conforme indicam as zonas de igual 
intensidade. (Wyllia, 1979). 
 
8- Causas dos Sismos 
 
 8.1- Causas Atectônicas 
 
 - Desmoronamentos internos superficiais que provocam sismos de pouca intensidade, são locais e 
atectônicos. 
 
a - Podem ser provocados pelo desmoronamento do teto de cavernas profundas, pela dissolução de 
rochas através de águas subterrâneas. 
 Em Minas Gerais, Município de Bom Sucesso, um abalo produziu pequenas fendas em muros e 
paredes. Este abalo foi provocado pelo desmoronamento do teto de cavernas calcárias profundas. 
 
b - Podem ser provocados por acomodação de blocos superiores em regiões calcáreas ou não. 
 
 
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c - O colapso de parte do edifício vulcânico pode provocar abalos, devido ao vazio formado pela saída 
de grande quantidade de lava, formando caldeiras de abatimento. 
 
 - A acomodação de sedimentos, pelo próprio peso, como em locais onde existem camadas espessas de 
argila, que é uma rocha lisa e escorregadia. 
Os abalos sentidos em São Paulo (Av. Paulista) e a oscilação sentida nos últimos andares dos prédios. 
 
- A literatura especializada cita a ocorrência de centenas de abalos sísmicos em represas. 
Numa represa cuja profundidade máxima é de 360 m. Em 10 dias foram registrados 60 choques, sendo 
 alguns de grande violência. 
O caso mais grave ocorreu na Índia, em 1960, no reservatório de Koina, com 103m de altura, numa 
região sismicamente estável e geologicamente muito antiga. O sismo atingiu magnitude 6.3 na escala 
Richter, deixou 200 mortos e 1.500 feridos, além de danos estruturais na barragem e em localidades 
vizinhas. 
 
8.2-Causas Vulcânicas 
As atividades vulcânicas podem originar sismos locais de pequena intensidade. São provocados por 
explosões internas, colapsos ou acomodações verificadas nos vazios resultantes da explosão vulcânica. 
Geralmente as erupções vulcâncias são antecedidas por sismos, que se originam devido à força com que 
os gases e o magma se deslocam até à superfície terrestre. 
 
8.3-Causas Tectônicas 
São responsáveis pelos grandes sismos, com focos e epicentros em regiões sujeitas a vulcanismo 
recente, tectonicamente instável, com levantamentos, dobramentos e falhamentos. 
Os movimentos tectônicos profundos provocam a maioria dos sismos, sendo que 42 % se localizam na 
orla do Pacifíco “círculo do fogo”. 
A causa principal dos grandes sismos (os mais catastróficos), cujos focos se encontram ao longo da 
Zona de Benioff, onde ocorre o acúmulo de energia devido as forças tectônicas das placas (convergente 
e divergente). Como os focos estão próximo à superfície terrestre, que acarreta na formação de falhas 
por esforços preferenciais que atuam sobre as rochas nas áreas de instabilidade tectônica. 
Em 1906, o grande terremoto de São Francisco, que se localiza a poucos quilômetros da falha de Sto 
André. 
A falha de São Gabriel em Los Angeles é um braço da falha de Sto André que sofre um deslocamento 
de 5 cm por ano, onde a profundidade é de 10-25 Km. Os esforços tectônicos deste deslocamento 
provocaram um sismo em Los Angeles em 1971. 
 
a- sismos epirogenéticos 
Produzem-se em regiões hoje praticamente estáveis, que sofrem um movimento lento de elevação ou 
de abatimento epirogenético, provocado pelo movimento de reajustamento isostático. Este equilíbrio 
rompe-se pela variação do peso do continente, por erosão ou por sobrecarga. 
 
b- sismos orogenéticos (sismos de enruga-mento) 
O maior número de sismos ocorre em regiões onde ainda se encontram em formação, montanhas. 
Os Alpes são o exemplo de uma cadeia dobrada, que sob a ação de energéticos movimentos 
tangenciais, as pregas se inclinaram para oeste e suas raízes são as zonas ainda hoje mais instáveis. 
A periodicidade dos abalos traduz a continuidade da força de pregueamento tangencial. Quanto mais 
recente é o fenômeno, maior é o dobramento, maior é a freqüência e a intensidade dos sismos. 
 
c- mecanismo dos sismos de fratura e as forças de desencadeamento 
Sob a ação das forças contínuas, os materiais que constituem as camadas profundas suportam uma 
tensão que aumenta progressivamente até atingir o valor limite de sua resistência à ruptura 
produzindo-se uma fratura que permite às camadas encontrar uma posição de equilíbrio ao longo de 
uma superfície designada Plano de Falha. 
Quando ocorre o escorregamento ao longo do plano de falha, ocorrem vibrações que constituem o 
tremor de terra propriamente dito. Os pequenos abalos são os indícios de uma tensão regional de que 
a maior parte da energia poderá um dia ser liberada ao longo de uma linha de falha principal. 
 
 
 
 
 
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9- Distribuição Geográfica Dos Sismos 
A maioria dos epicentros coincide com as regiões vulcânicas que se encontram ao longo das faixas 
orogenéticas atuais (antigos Geossinclinais) nas zonas de encontro das placas (convergente e divergente), que 
originam as zonas de Benioff onde se localizam os focos sísmicos. 
(vide em tectônica de placa). 
 
Existem três zonas de alta intensidade sísmica: 
 
9.1- Zona Mediterrânea - Transasiática 
Começa na Ilha da Madeira (Oceano Atlântico), segue pelo mar Mediterrâneo, projetando-se até a 
Indonésia, onde encontra-se com o anel circumpacífico nas Filipinas. 
 
9.2- Zona Circumpacífica 
É uma faixa consideravelmente estreita onde a densidade dos grande sismos é muito elevada. É limitado 
pelo Kamtchatka, pela grinalda das Ilhas Curilas e pela costa oriental do Japão, onde a zona sísmica se 
divide em dois ramos nítidos, um passando pelo arco das Filipinas, o outro formando um verdadeiro 
bordo ocidental do Pacífico e seguindo a crista submarina marcada pelas Ilhas Bonin, Marianas, Guam e 
Carolinas Ocidentais. 
Este ramo polinésio do anel circumpacífico tem um significado geológico evidente, coincide com a 
linha que limita a este os afloramentos de rochas vulcânicas ansíticas. 
Os dois ramos, que isolam uma região de caráter assísmico e continental a bacia das Filipinas 
encontrando-se na Nova Guiné. 
O círculo prossegue através das Ilhas Fudji, Tonga e Kermadec, da Nova Zelândiae do anel sismico das 
Ilhas Macquaria. 
A leste a estreita zona sísmica encontra as Ilhas Galápagos e o Golfo da Califórnia, passando pela crista 
da Ilha da Páscoa. 
Um outro ramo tem a sua origem nas Antilhas do Sul e sobe ao longo do litoral pacífico da América do 
Sul, engloba o anel das Antilhas, segue ao longo da costa Mexicana e Californiana e, finalmente o 
círculo fecha-se no Kamtchatka pela grinalda das Ilhas Aleutas. 
 
9.3- Zona Indo-Atlântica 
Uma estreita faixa sísmica segue, desde o Spitzborg ao oceano Antártico, a cadeia montanhosa 
submarina que forma a crista mediana no Atlântico. 
A zona sísmica bifurca-se próximo dos Açores e parece assim encontrar o geossinclinal mediterrâneo a 
oeste de Portugal. Corta muito ao largo a extremidade sul da África, atravessa o oceano Índico em duas 
partes com caráter estrutural provavelmente diferente. 
 
10- Previsão de Sismos 
O estudo da sismicidade regional, baseia-se numa documentação histórica apoiada num período tão longo 
quanto possível, permite prever as regiões onde se produzirão sismos. 
No entanto o verdadeiro problema da previsão consiste em poder anunciar com antecedência o local exato, 
a data e a magnitude de um futuro sismo. 
Foram propostos diversos programas de pesquisas em vários países. O estudo das deformações do solo é 
realizado há muito no Japão, onde o serviço de geodésia repete freqüentemente o cálculo de poligonos de 
nivelamento. 
O programa de pesquisas comporta ainda o levantamento detalhado das falhas e das zonas tectônicamente 
ativas, o registro, por meio de redes tão densas quanto possível de estações sismológicas. 
A medição contínua, durante vários anos, dos paramêtros físicos, acrescentando-se constatações de 
fenômenos anormais unidos por milhares de observadores benévolos, especialmente educados para esse 
fim. 
Foi assim que 6 semanas antes do grande sismo de Liaoning (04/02/75), 
verificou-se um grande número de comportamentos anormais por parte dos animais (serpentes em 
particular), variações importantes de nível em certos poços, enquanto sua água se tornava lamacenta ou 
carregada de gás. No início de fevereiro 1975 estes fenômenos ampliaram-se e o alerta com ordem de 
evacoação foi dado a 04/02/75 à 14:00h, o sismo ocorreu cinco horas mais tarde. 
 
11- Arquitetura Anti-Sísmica 
A freqüente destruição de cidades como Agadir e Manágua, por ação de grandes sismos, fez com que 
cientistas, técnicos e arquitetos estudassem a possibilidade de construir edifícios capazes de resistir ao 
 
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máximo a ação de ondas sísmicas. Segundo um sismólogo americano “não são os terremotos que causam 
mais mortes, são as construções dos homens, o que mais mata”. 
As principais normas de construção anti-sísmica pode resumir-se da seguinte forma: 
Deve-se construir num terreno mais firme possível evitando-se zonas de aluviões, grandes declives e solos 
com grande infiltração de água. 
As zonas habitadas devem localizar-se o mais longe possível de falhas ativas. Um exemplo claro dessa 
norma é a localização da cidade de Manágua, destruída duas vezes por movimentos sísmicos e reconstruida 
numa área falhada onde, com toda a probabilidade, se registrarão novos abalos sísmicos. No caso de 
Manágua os interesses econômicos de certos grupos prevalece sobre a segurança dos habitantes. 
Convém não se construir em zonas de contato entre formações geológicas de natureza diferente, já que 
durante um sismo, podem surgir nelas ondas superfíciais. 
As contruções devem ser projetadas e realizadas de modo a possuirem a maior coesão e elasticidades 
possíveis. As fundações podem ser profundas e sólidas, aos materiais mais adequados para a estrutura são 
aço e o cimento armado ou protendido. 
Os elementos não estruturais, como tabiques, devem ter a maior coesão possível com a estrutura.

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