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Capítulo 4 ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Profa. : Melina Freitas Rocha Prof. Daniel Arthur Nnang Metogo 1 SUMÁRIO ORIGEM DO SOLO FORMAÇÃO E TIPOS DE SOLOS CONSTIUIÇÃO E ESTRUTURAS DOS SOLOS IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIOS DE ENSAIOS 2 2 1. ORIGEM DO SOLO Todos os solos se originam da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a crosta terrestre. AGENTES FÍSICOS ∆T provoca trincas, o congelamento exerce elevadas tensões, fragmentando blocos. AGENTES QUÍMICOS Fauna e flora provoca ataques químicos; hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação. Esses processos são mais atuantes em climas quentes do que frios, levando a formação de solos com diferentes partículas e composições químicas. As características dos solos dependem da rocha que lhe deu origem. 3 3 FATORES QUE INFLUENCIAM: Material de origem (rocha ou solo) Clima Relevo Biosfera Tempo 4 2. FORMAÇÃO E TIPOS DE SOLOS 4 Solo residual JOVEM: É um solo que ainda contém características da rocha que lhe deu origem, é pouco intemperizado e encontram-se no local onde foram formados. Solo residual MADURO: É um solo superficial e que perdeu a estrutura original da rocha mãe e tornou-se relativamente homogêneo; Solo residual SAPROLÍTICO: Solo que mantém a estrutura original da rocha mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência de rocha, solo residual jovem. Rocha ALTERADA: Horizonte em que a alteração progrediu ao longo de fraturas, deixando intactos grandes blocos de rochas. Solos TRANSPORTADOS: são aqueles que foram levados por algum agente de transporte. Solos coluvionares: São formados por ação da gravidade. 5 2. FORMAÇÃO E TIPOS DE SOLOS 5 2. FORMAÇÃO E TIPOS DE SOLOS Solos aluvionares: São resultantes do carreamento pela água; Solos eólicos: São solos transportados pelo vento; Drifs: Solos transportados por geleiras. Solos ORGÂNICOS: Solos predominantemente composto por matéria orgânica vegetal. Solos LATERÍTICOS: Apresentam elevada concentração de ferro e alumínio, ficando assim avermelhados. Quando compactados possuem alta capacidade de suporte. 6 6 7 Mineralogia Os minerais encontrados nos solos são basicamente os mesmos da rocha matriz. Os argilo-minerais são os que dão um comportamento diferencial aos solos. Caulinita x Montimorilonita C : ligadas por pontes de hidrogênio (1:1), argilo mineral altamente resistente e estável. Altamente intemperizado. M : ligada por cátions Ca+2 e Na+(2:1), ligações fracas, pouco resistentes, área pouco intemperizadas. 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 7 8 Tamanho e forma das partículas: Segundo a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e Souza Pinto pode-se adotar as faixas de tamanho de grãos: FRAÇÃO LIMITES (ABNT) LIMITES (Sousa Pinto) Matacão de 20 cm a 1 m de 25 cm a 1 m Pedra de 60 mm a 20 cm de 76 mm a 25 cm Pedregulho de 2,0 mm a 60 mm de 4,8 mm a 76 mm Areia grossa de 0,60 mm a 2,0 mm de 2,0 mm a 4,8 mm Areia média de 0,20 mm a 0,60 mm de 0,42 mm a 2,0 mm Areia fina de 0,06 mm a 0,20 mm de 0,05 mm a 0,42 mm Silte 0,002 mm a 0,06 mm 0,005 mm a 0,05 mm Argila inferior a 0,002 mm inferior a 0,005 mm # n° 200 = 0,075mm a mais fina usada em laboratório. Geotecnia I 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 8 9 Tamanho e forma das partículas: Nomenclatura mais comum: Pedregulho→ Areia→ Silte→ Argila 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 9 10 Tamanho e forma das partículas: Arredondadas: predominam em pedregulhos, grão de areia e siltes; Lamelares: predominam em argilas e mica; Fibrilares: caract. de solos altamente orgânicos (Turfas). Sistema solo-água-ar: Partículas de solos Vazios - Água (Solo Saturado) - Água + Ar (Solo Não Saturado) 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 10 11 Sistema solo-água-ar 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 11 12 Sistema solo-água-ar Da combinação das forças de atração e repulsão entre as partículas resulta a estrutura dos solos, que se refere à disposição das partículas na massa de solo e às forças entre elas. Há dois tipos básicos de estrutura: estrutura floculada: quando os contatos se fazem entre face-aresta estrutura dispersa: quando as partículas se posicionam paralelamente, face-face. Geotecnia I - + - - 3. CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS DOS SOLOS 12 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 13 A identificação dos solos por meio das partículas que constituem os solos, são empregados dois tipos de ensaios: análise granulométrica e os índices de consistência. Análise granulométrica Estudo das distribuição do tamanho dos grãos constituída em duas fases: peneiramento= para partículas superiores a 0,075mm; sedimentação=para partículas menores que 0,075mm, Lei de Stokes. 13 14 O peso do material que passa em cada peneira, referido ao peso seco da amostra, é considerado como a “porcentagem que passa”, e representado graficamente em função da abertura da peneira, em log. Geotecnia I 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 14 15 Geotecnia I Granulometria contínua: solo bem graduado Granulometria descontínua: solo mal graduado Granulometria uniforme: solo uniforme 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 15 16 Parâmetros definidos a partir da curva Granulométrica Diâmetro efetivo – D10 → diâmetro tal que o peso correspondente a partículas menores que este é 10% do peso total da amostra. Coeficiente de uniformidade – Cu → informa a graduação Cu<5 – solo uniforme 5<Cu<15 – solo medianamente uniforme Cu > 15 – solo desuniforme Coeficiente de curvatura – Cc → permite identificar descontinuidades da curva Cc= 1 a 3 – solo bem graduado 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 16 17 Nomenclatura dos solos em função da granulometria Fração dominante + subdominante (simples ou composta com sufixo “oso” ou “osa”) Ex: argila siltosa, areia silto-argilosa, silte arenoso,... Exercício 1: Com os dados apresentados a seguir, determine: a) A curva granulométrica; b) As porcentagens de pedregulho, areia, silte e argila conforme a ABNT; c) Os valores de Cu e Cc; d) Identificação preliminar do solo. 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 17 18 Geotecnia I Abertura (mm) Massa retida (g) 4,75 0,0 2,00 21,6 0,850 49,5 0,425 102,6 0,250 89,1 0,125 95,6 0,075 60,4 Fundo 31,2 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 18 19 Limites de Atterberg São teores de umidades limite entre os estados de consistência. Baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com aspectos bem distinto conforme o teor de umidade. 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 19 20 Geotecnia I Limites de Liquidez wL : teor de umidade do solo com o qual uma ranhura requer 25 golpes para fechar, numa concha. 25 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 20 21 Limites de Plasticidade wP : menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro com 3mm de diâmetro, rolando-se com a palma da mão. IP (%) Descrição 0 Nãoplástico 1-5 Ligeiramente plástico 5-10 Plasticidade baixa 10-20 Plasticidade média 20-40 Plasticidade alta >40 Plasticidade muito alta 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 21 22 Geotecnia I Atividade das argilas Identificar o potencial de expansão de solos argilosos; Pequenos teores de argila e elevados índices de consistência indicam que a argila é muito ativa; Depende dos argilominerais presentes no solo; Atividade Descrição 0,75 a 1,25 Normal Menor que 0,75 Inativa Maior que 1,25 Ativa 4. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLOS POR MEIO DE ENSAIOS 22
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