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Rochas Metamórficas
Rochas Metamórficas
A sistematização do estudo de terrenos metamórficos é bastante complexo, pois envolve uma porção de fatores condicionantes. 
Para o estudo das variações metamórficas atuantes procura-se definir faixas, ou zonas, onde o metamorfismo atuou sob as mesmas condições, correlacionando-as entre si, de modo a definir o padrão de variação do metamorfismo. 
O metamorfismo pode se desenvolver em diversos ambientes da crosta, com extensões variáveis e graus de metamorfismo e profundidade diversificados.
Os principais fatores que levam uma rocha pré-existente ao metamorfismo são: 
pressões litostática e dirigida, 
temperatura, 
ação dos fluidos e 
tempo.
Estes fatores são condicionados pelo (s):
parâmetros físicos envolvidos;
mecanismo responsável pela conjunção desses parâmetros;
localização e extensão na crosta terrestre;
tipos de rochas metamórficas que se formam.
A ação da pressão dirigida diminui a granulação de uma rocha fragmentando seus cristais, imprimindo também à rocha uma estrutura planar. 
Um aumento da temperatura leva a um desenvolvimento de granulação maior, denominado processo de recristalização. 
 Sob estes aspectos distinguem-se dois grupos principais de rochas metamórficas, geradas pelo metamorfismo regional:
Rochas nas quais  a deformação predomina sobre a recristalização. São rochas de granulação muito fina a fina e de estrutura planar intensa. Ex: ardósiase os filitos. 
Rochas nas quais a recristalização predomina sobre a deformação. São rochas de granulação média a grosseira e com estrutura planar desenvolvida ou mais irregular.Ex: xistos, gnaissese granulitos.
Y
 Ágggggggggggggggggggggggggggggggggggggg
Temperatura
Oscila entre 200ºC e 800ºC. 
A principal fonte de calor é o manto e o núcleo do planeta Terra. 
O mecanismo mais importante para transferência de calor do seu interior para a superfície é promovido pelo sistema motor da tectônica global, com o qual grande volume de material mantélico de alta temperatura é trazido à superfície junto às cadeias meso-oceânicas.
As oscilações térmicas existentes na crosta do planeta Terra devem-se ao fluxo de calor, que varia nos distintos ambientes tectônicos, sendo maior na crosta continental quando comparado as crostas oceânicas mais antigas.
No geral, a temperatura sempre aumenta com a profundidade (grau geotérmico), que varia dependendo das fontes de calor e  mecanismos de transferência para superfície.
Nas áreas de cadeias de montanhas jovens, o gradiente geotérmico mais elevado é devido à rápida exumação dessas regiões, expondo rochas mais quentes à superfície antes que o seu calor possa se dissipar em profundidade.
Fase fluida
A fase fluidapredominate é a água, cuja existência pode ser constatada pela presença de minerais hidratados (micas, anfibólios, cloritas) e/ou carbonatos, na maioria das rochas metamórficas. 
A pressão de fluidos é a pressão exercida pelos fluidos intersticiais nos mineraise pode equiparar-se à pressão litostática, sendo inferior ou superior à mesma. 
Se a pressão de fluidos superar a resistência da rocha, ocorrerá fraturamento e perda de fluídos através das fraturas.
É um importante processo para a formação de depósitos minerais onde os minérios se concentram em veios.
Tempo
O tempotambém é considerado um fator importante para o metamorfismo. Em muitos casos, reações metamórficas se processam de maneira relativamente lenta em resposta às mudanças nas condições físicas, formando-se associações minerais e texturas "mistas", que registram toda a série de mudanças que a rocha sofreu adaptando-se continuamente às novas condições.
Quanto às mudanças químicas e temperaturas
metassomatismo: A temperatura pode ter papel mais ou menos ativo. 
É dividido em dois tipos: 
um ligado a soluções hidrotermais e pneumatolíticas que emanam de intrusões durante o metamorfismo de contato e originam frequentemente valiosas jazidas. 
O outro, frequentemente de âmbito regional, provocado pela migração de frentes iônicas ricas em potássio e sódio. Estas frentes iônicas atuam sobre as rochas pré-existentes, modificando sua composição que tende a tornar-se granítica, denominado feldspatização.
aloquímico: mudança química sofrida durante o metamorfismo.
isoquímico: transformações metamórficas sem mudança na composição química. 
É de conhecimento geral que existem três diferentes cenários de ocorrência metamórfica, sendo o ambiente:
regional ou dinamotermal,
contato ou termal e 
dinâmico ou cataclástico. 
Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo, que podem em parte confundir-se com os três já mencionados, mas que apresentam combinações de fatores suficientemente particulares para serem considerados à parte. 
Destes, podem-se mencionar os metamorfismos de:
soterramento, 
hidrotermal, 
de fundo oceânico e 
de impacto.
Metamorfismo regional ou dinamotermal
Desenvolve-se em grandes extensões e profundidades na crosta, e está relacionado a cinturões orogênicos nos limites de placas convergentes.
As transformações metamórficas são geradas pela ação combinada da temperatura, pressão litostática e pressão dirigida, atuantes durante milhões de anos.
O fluxo de calor pode ser intenso, com gradientes geotérmicos elevados, de até 60ºC/Km.
As rochas são fortemente dobradas  e falhadas, e sofrem recristalização, formando novas texturas e associações minerais estáveis nas novas condições, geralmente apresentam estrutura foliada, tendo como exemplos: ardósias,filitos, xistos, gnaisses, anfibolitos, granulitose migmatitos.
Este tipo de metamorfismo é considerado responsável pela formação da grande maioria das rochas da crosta terrestre.
Um caso especial de metamorfismo regional é o metamorfismo retrógrado, que corresponde às transformações sofridas pelas rochas em conseqüência de uma queda da pressão e temperatura. 
Metamorfismo de contato ou termal
É influenciado apenas pela temperatura. 
Este tipo de metamorfismo é caracterizado junto ao contato, sob influência do calor cedido por uma intrusão magmática que corte uma seqüência de rochas sedimentares encaixantes, podendo ser metamórficas ou magmáticas.
Esta transformação que ocorre na encaixante denomina-se auréola de contatoonde sua extensão depende de vários fatores: da temperatura de intrusão, da capacidade calorífera (que depende da temperatura, massa e calor específico do magma invasor), da diferença da temperatura da intrusão e das rochas encaixantes, do tipo de esforço que acompanha a intrusão, a natureza química das rochas encaixantes e a natureza do magma. 
As rochas resultantes do metamorfismo de contato são denominadas de hornfels
Hornfels: rocha resultante no contato da intrusão com a rocha encaixante
Metamorfismo dinâmico ou cataclástico
Desenvolve-se em faixas longas e estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento, onde pressões dirigidas de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta terrestre. 
A energia envolvida produz intensa diminuição dos minerais em zona de maior movimentação, reduzindo a granulação das rochas em escalas diversase formando-as com intensidade variável.
Milonitos e cataclasitos: rochas gerada em metamorfismo cataclástico
O metamorfismo dinâmico é responsável pelas transformações texturais e estruturais, como microbandamento ou laminações. 
Em superfícies, nas zonas de cisalhamento, as deformações são do tipo rúptil, os minerais são fragmentados ou pulverizados.
Já em zonas mais profundas, o cisalhamento provoca deformações dúcteis, onde os minerais são deformados.
Em muitos casos, a deformação é acompanhada por percolação de fluidos, provocando recristalização dos minerais e cristalização de minerais novos, hidratados.
Metamorfismo de soterramento
Ocorre em bacias sedimentares em subsidência. 
É resultado do soterramento de espessas seqüências de rochas sedimentares e vulcânicas a profundidades onde a temperatura pode chegara 300ºC  ou mais, devido o fluxo de calor na crosta. 
Metamorfismo de soterramento
Metamorfismo hidrotermal
É resultado da percolação de águas quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas.
É considerado como um processo metassomático, onde ocorrem trocas iônicas entre a água quente e as paredes das fraturas. 
Os minerais perdem estabilidade e recristalizam-se sob temperaturas entre 100 a 370ºC. 
Ocorre frequentemente em bordas de intrusões graníticas, em áreas de vulcanismo basáltico submarino e em campos geotermais, sendo um importante processo gerador de depósitos minerais. 
Metamorfismo de fundo oceânico
ocorre próximo aos riftsdas cadeias meso-oceânicas, onde a crosta recém formada e quente interage com a água fria do mar através de processos metassomáticos* e metamórficos termais. 
Metamorfismo de fundo oceânico
Metamorfismo de impacto
Ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos. 
A energia do impacto é dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas formando a cratera de impacto, e de calor (alcançam até 5000ºC), que vaporiza o meteorito e funde as rochas.
Metamorfismo de impacto
Grau metamórfico 
Refere-se à intensidade do metamorfismo: alto grau implica condições energéticas, de altas temperaturas, enquanto baixo grau define condições brandas, de temperaturas mais baixas. 
Entre estes dois extremos encontra-se o metamorfismo de médio grau.
Minerais índices
Os minerais índicesdefinem as etapas seqüênciais do processo metamórfico. 
A linha definida pelos locais do primeiro aparecimento de cada um deles no terreno é chamada de isógrada, que separa faixas de disposição mais ou menos paralelas, as zonas metamórficas, estas, recebendo o nome do mineral da isógrada anterior. 
Fácies metamórficas
As fácies metamórficas são definidas pelas associações minerais e rochas características, que indicam as variações do grau metamórfico, essencialmente em função da temperatura e pressão. 
Com base neste princípio, podemos estabelecer o fato de que as rochas de mesma composição, mas de terrenos distintos, apresentarão paragêneses similares quando submetidas a metamorfismo sob condições idênticas. 
Estruturas
Assim como as rochas ígneas, as rochas metamórficas podem apresentar diversas estruturas, classificadas de diferentes formas por vários autores.
Neste caso, a classificação utilizada abrange feições observáveis em escalas de afloramento e amostra de mão.
Clivagem Ardosiana
Estrutura típica das ardósias e filitos caracterizados predominantemente pela iso-orientação de filossilicatos microcristalinos. 
Macroscópicamente é caracterizada pela quebra das rochas em planos paralelos e regulares. 
Xistosidade
Essa estrutura é representada pelo desenvolvimento de orientação de minerais placóides e/ou tabulares/prismáticos. 
Bandamento Gnaissico
É a estrutura típica dos gnaisses, rochas em que os feldspatos perfazem mais de 20% do volume. Essa estrutura normalmente é caracterizada por bandamento composicional. Bandas claras, mais ricas em quartzo e feldspato alternadas com bandas mais escuras, por conter maior teor de minerais máficos. 
Clivagem de crenulação
É uma segunda foliação gerada sobre rocha metamórfica, normalmente rica em filossilicatos (micas), em decorrência de dobramento com pequeno comprimento de onda e amplitude (microdobras). 
Essa segunda foliação é paralela ao plano axial dessas dobras e quanto mais apertadas forem essas microdobras, melhor será o desenvolvimento da clivagem. 
A fotomicrografia abaixo mostra estágio inicial do desenvolvimento de clivagem de crenulação em grafita xisto, aumento 20x.
Maciça ou Granulosa
Há ausência de elementos planares ou lineares na rocha, que exibe aspecto compacto, maciço. Exemplos típicos são mármores, quartzitos e hornfels. 
Migmatítica
O migmatito é uma rocha gerada em temperaturas muito elevadas.
São descritos vários tipos de estruturas em migmatitos, devido à grande variedade que compõe este tipo de rocha, porém estaremos apenas classificando as estrututas pertencentes à essas rochas como migmatíticas
Textura
Nas rochas metamórficas as texturas desenvolvem-se em função do crescimento dos minerais (blastese) e da deformação que, normalmente leva a cominuição dos cristais e orientação (fragmentação, recuperação, recristalização, dissolução, neomineralização), como o metamorfismo, nos estágios iniciais, envolve nucleação seguida de crescimento mineral no estado sólido, ou seja, envolve blastese. 
O radical "blasto" é utilizado para designar a superposição parcial de textura metamórfica sobre as texturas sedimentares e magmáticas (blastopsamítica, blastosubofítica, etc.). 
Lepidoblástica
Nematoblástica
Porfiroblástica
Granoblástica
Metamorfismo em algumas rochas
Usos na construção civil
quartzito
ardósia
mármore
Escultura em gnaisse
http://antoniopedrobelem.blogspot.com.br/2011/08/o-deus-horus-escultura.html
Bibliografia
Enciclopédia multimídia de rochas – Unesp – Rio Claro.
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