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NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 1 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA – 4º Período – TURNO MANHà ELETROTÉCNICA Unid. 03 – Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PROFESSOR FELIPE LAGE TOLENTINO NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 2 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS • Sistema de Proteção Elétrica: • O que vem a ser o Sistema de Proteção? • Qual é a sua função no Sistema Elétrico? • Para responder estas perguntas, é preciso definir o que é um Sistema de Proteção. • Como o seu próprio nome sugere, um sistema de proteção protege o sistema elétrico de falhas que podem ocorrer internamente ou externamente a este. • Tecnicamente, o Sistema de Proteção é composto por um conjunto de relés de diferentes tipos, ou dependendo do caso, do mesmo tipo. • Porém, para efeito de estudo, entende-se como Sistema de Proteção o conjunto formado por disjuntores, transdutores e relés. Fotos: Subestação de Energia Elétrica de Furnas – Foz do Iguaçu/PR Fonte: Internet NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 3 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS • Pára-raios de Distribuição a Resistor Não-linear; • Chave Fusível Indicadora Unipolar; • Muflas Terminais Primárias e Terminação • Transformadores de Corrente; • Transformadores de Potencial; • Buchas de Passagem; • Chaves Seccionadoras Primárias; • Relés de Proteção; • Disjuntores de Alta Tensão; • Transformadores de Potência; • Disjuntores de Baixa Tensão; • Voltímetros de Ferro Móvel; • Amperímetros de Ferro Móvel; • Capacitores de Potência; • Chaves de Aterramento Rápido; • Reguladores de Tensão; • Religadores Automáticos; • Resistores de Aterramento. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 4 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO A RESISTOR NÃO-LINEAR • Definição: • São equipamentos destinados à proteção de sobretensão provocada por descargas atmosféricas ou por chaveamento de rede. • Características Fundamentais – ABNT: • TENSÃO NOMINAL – Tensão eficaz, de freqüência nominal, aplicável entre os terminais do pára- raios e na qual deve operar corretamente. • FREQÜÊNCIA NOMINAL – Freqüência utilizada no projeto do pára-raios, que deve coincidir com a freqüência da rede à qual será ligado. • CORRENTE DE DESCARGA NOMINAL – Valor de crista da corrente de descarga com forma de onda de 8/20 µs, utilizado para classificar um pára-raios. Também denominada corrente de descarga para iniciar a corrente subseqüente no ensaio do ciclo de operação. • CORRENTE SUBSEQÜENTE – Corrente fornecida pelo sistema que percorre o para pára-raios depois da passagem da corrente de carga. • TENSÃO DISRUPTIVA DE IMPULSO ATMOSFÉRICO – Maior valor da tensão atingida antes do centelhamento do pára-raios, quando uma tensão de impulso atmosférico, de forma de onda e polaridade dadas, é aplicada entre os terminais do para-raios. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 5 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO A RESISTOR NÃO-LINEAR • Características Fundamentais – ABNT: • TENSÃO DISRUPTIVA À FREQÜÊNCIA INDUSTRIAL – Valor eficaz da tensão de ensaio de freqüência industrial que, aplicado aos terminais do pára-raios causa centelhamento dos centelhadores série. • TENSÃO DISRUPTIVA DE IMPULSO NORMALIZADA – Menor valor de crista de uma tensão de impulso normalizada que, aplicado a um pára-raios, provoca centelhamento em todas as aplicações. • TENSÃO RESIDUAL – Tensão que aparece entre os terminais de um para-raios durante a passagem de corrente de descarga. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 6 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO A RESISTOR NÃO-LINEAR • Componentes: • CORPO DE PORCELANA – Constituído de porcelana de alta resistência mecânica e dielétrica, no qual estão alojados os principais elementos ativos do pára-raios. • RESISTORES NÃO-LINEARES – São blocos cerâmicos feitos de material refratário, química e eletricamente estáveis. Capaz de conduzir altas correntes de descarga com baixas tensões residuais. São formados de carboneto de silício, que apresenta um coeficiente de temperatura negativa, isto é, sua condutibilidade aumenta com a temperatura. • DESLIGADOR AUTOMÁTICO – Elemento resistivo colocado em série com uma cápsula explosiva protegida por um corpo de baquelite. Sua função é desconectar o cabo de aterramento do pára-raios quando este é percorrido por uma corrente de alta intensidade capaz de provocar sua explosão.É projetado para não operar com as correntes de descarga e subseqüente. • CENTELHADOR SÉRIE – Constituído de um ou mais espaçamentos entre eletrodos, dispostos em série com os resistores não-lineares. Sua finalidade é assegurar, sob quais condições, uma característica de disrupção regular com uma rápida extinção da corrente subseqüente. • PROTETOR CONTRA SOBREPRESSÃO – Dispositivo destinado a aliviar a pressão interna devida a falhas ocasionais do pára-raios e cuja ação permite o escape dos gases antes que haja rompimento da porcelana. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 7 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO A RESISTOR NÃO-LINEAR • Componentes: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 8 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) PÁRA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO A RESISTOR NÃO-LINEAR • Atuação: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 9 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CHAVE FUSÍVEL INDICADORA UNIPOLAR • Definição: • São equipamentos destinados à proteção de sobrecorrente de rede, desde o ponto de entrega de energia até o disjuntor geral da subestação. • Componentes e Características Fundamentais: • CORPO DE PORCELANA – Possui dimensões adequadas à tensão de isolamento e à tensão suportável de impulso, e no qual está articulado um tubo, normalmente fabricado em fenolite ou fibra de vidro, que consiste no elemento fundamental que define a capacidade de interrupção da chave. • ELEMENTO FUSÍVEL – Denominado elo fusível, deve coordenar-se com os outros elementos de proteção do sistema da concessionária local. Caso contrário, deve ser substituído por uma chave seccionadora. • CHAVE FUSÍVEL – Deve ser dimensionada em função da capacidade da corrente de curto-circuito no ponto de sua instalação. Quanto maior a corrente de defeito, maiores são os esforços dinâmicos que o cartucho terá de suportar e isto determina a sua capacidade de ruptura. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 10 – 2010/2º ELETROTÉCNICA– Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CHAVE FUSÍVEL INDICADORA UNIPOLAR • Componentes e Características Fundamentais: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 11 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MUFLAS TERMINAIS PRIMÁRIAS OU TERMINAÇÕES • Definição e Finalidade: • São dispositivos destinados a restabelecer as condições de isolação da extremidade de um condutor isolado quando este for conectado a um condutor nu. • Possuem a finalidade de garantir a deflexão do campo elétrico, obrigando a que os gradientes de tensão radial e longitudinal se mantenham dentro de determinados limites. • Tipos de Terminais Primários: • MUFLAS DE CORPO DE PORCELANA COM ENCHIMENTO DE COMPOSTO ELASTOMÉRICO • MUFLAS CONSTITUÍDAS DE MATERIAL TERMOCONTRÁTIL • Aplicadas sobre o condutor usando-se uma fonte de calor (maçarico com controle de chama); • MUFLAS CONSTITUÍDAS DE TERMINAÇÕES A FRIO • Aplicadas diretamente sobre o cabo, bastando retirar o dispositivo de plástico que arma o tubo de terminação. ���� Denominada: “pré-tensionada”. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 12 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MUFLAS TERMINAIS PRIMÁRIAS OU TERMINAÇÕES • Elementos Básicos de uma Mufla Primária: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 13 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MUFLAS TERMINAIS PRIMÁRIAS OU TERMINAÇÕES • Visão Externa de uma Mufla Terminal Unipolar: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 14 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MUFLAS TERMINAIS PRIMÁRIAS OU TERMINAÇÕES • Terminal Termocontrátil Unipolar: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 15 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CABOS DE ENERGIA ISOLADOS PARA 15 kV • Definição e Características Construtivas: • São elementos condutores destinados à elaboração de circuitos industriais enenrgizados até 15 kV. • São constituídos de um condutor metálico (usualmente cobre) revestido de uma camada de fita semicondutora por cima da qual é aplicada a isolação. • Possuem uma segunda camada de fita semicondutora aplicada sob a blindagem metálica que pode ser composta de uma fita ou fios elementares. • Providos de revestimento externo de borracha ���� PVC. • 1ª Fita Semicondutora ���� Responsável pela uniformização do campo elétrico radial e transversal, distorcido pela irregularidades da superfície externa do condutor. • 2ª Fita Semicondutora ���� Responsável por corrigir o campo elétrico sobre a superfície da isolação causado pelas irregularidades da blindagem metálica sobreposta a esta isolação. • Blindagem Metálica ���� Possui a função de garantir o escoamento das correntes de defeito para a terra. • Capa Externa ���� Tem a finalidade de agregar a blindagem metálica e dotar o cabo de uma proteção mecânica adequada. ���� Possibilitando puxamento no interior de tubos. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 16 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CABOS DE ENERGIA ISOLADOS PARA 15 kV • Seção Transversal de um Cabo Classe 15 kV Isolado com XLPE: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 17 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Definição e Características Construtivas: • Estão divididos em dois tipos fundamentais: • Transformadores para Serviço de Medição; • Transformadores para Serviço de Proteção; • São equipamentos capazes de reduzir a corrente que circula no seu primário para um valor inferior, no secundário, compatível com o instrumento registrador de medição (medidores). • São constituídos de um enrolamento primário, feito normalmente de poucas espiras de cobre, um núcleo de ferro e um enrolamento para corrente nominal padronizada normalmente de 5 A. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 18 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Classificação Segundo Disposição do Enrolamento Primário e Construção do Núcleo: • TIPO BARRA (1) • Possui primário constituído por uma barra fixada ao núcleo. • TIPO ENROLADO (2) • Possui enrolamento primário constituído de uma ou mais espiras envolvendo o núcleo. 1 2 NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 19 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Classificação Segundo Disposição do Enrolamento Primário e Construção do Núcleo: • TIPO JANELA (3) • Constituído de uma abertura através do núcleo por onde passa o condutor, que faz a vez do enrolamento primário. • TIPO BUCHA (4) • Semelhante ao TC de Barra, porém sua instalação é feita na bucha dos equipamentos (transformadores, disjuntores, etc.), que funcionam como enrolamento primário. • TIPO NUCLEO DIVIDIDO (5) • Semelhante ao TC Tipo Janela, em que o núcleo pode ser separado para permitir envolver um condutor que funciona como enrolamento primário. 3 4 5 NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 20 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Transformadores de Corrente para Serviço de Medição: • Devem ser projetados para assegurar a proteção aos aparelhos a que estão ligados (amperímetros, medidores de energia: kWh, kVARh, etc.) • Curto-circuito ���� Necessário que a corrente no secundário do TC não aumente na mesma proporção da corrente primária. • Corrente Secundaria ���� Limitada por meio da saturação do núcleo magnético. • Características Elétricas: • Corrente Secundária Nominal – Geralmente, limitada a 5 A. • Corrente Primária Nominal – Escolhida em projeto. Deve ser próxima ao valor da corrente de carga máxima do circuito. • Carga Nominal – Deve ser suportada pelo enrolamento secundário. • Classe de Exatidão – Valor percentual máximo de erro que o TC pode apresentar na indicação de um aparelho de medição em condições de trabalho: 0,2 – 0,3 – 0,6 – 1,2. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 21 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Transformadores de Corrente para Serviço de Medição: • Características Elétricas: • Fator Térmico – Fator de multiplicação da corrente nominal para garantir eficiência sem perda por elevação de temperatura e extrapolação da classe de exatidão. • Corrente Térmica Nominal – Corrente de curta duração, é a máxima que pode circular no primário, estando o secundário em curto-circuito durante um período de um segundo e sem elevação da temperatura normalizada. • Corrente Dinâmica Nominal – Corrente máxima, valor de crista, quepode circular no primário do TC, estando o secundário em curto-circuito durante o período de um ciclo, sem provocar dano eletromecânico. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 22 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Transformadores de Corrente para Serviço de Proteção: • São equipamentos destinados a instalação por conexão a relés do tipo ação direta, ou simplesmente relés secundários. • Classificação: • TC Classe B – São aqueles cujo enrolamento secundário apresenta um reatância desprezível. ���� TC Núcleo Toroidal, ou simplesmente, TC Bucha. • TC Classe A – São aqueles cujo enrolamento secundário apresenta reatância não- desprezível. ���� Todos que não são Classe B. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 23 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE CORRENTE ( TC ) • Correntes Nominais Primárias dos TC’s: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 24 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ( TP ) • Definição e Características Construtivas: • São equipamentos capazes de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a tensão máxima suportável pelos aparelhos de medida. • Tensão nominal primária ���� Função da tensão nominal do sistema elétricos ao qual está ligado. • Tensão secundária ���� Padronizada e possui valor fixo de 115 V. • Devem suportar uma sobretensão permanente de até 10% sem perda ou falha de desempenho. • São próprios para alimentar instrumentos de medição de impedância elevada: Voltímetros, Bobinas de Potencial de Medidores de Energia, etc. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 25 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ( TP ) • Definição e Características Construtivas: • Serviço de Medição Primária ���� TP alimentam um medidor de kWh com indicação de demanda e um medidor de kVARh. • Cargas de Aparelhos de Medição: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 26 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ( TP ) • Classificação: • Grupo 1 • Sistema com ligação entre fases. ���� São de maior aplicação na medição industrial. • Grupo 2 • Sistema com ligação entre fase e neutro em sistemas com neutro aterrado sob impedância. • Construídos para uso ao tempo ou abrigados. • Fornecidos em caixas metálicas, em banho de óleo (apropriados para instalações de alvenaria ou cubículos metálicos de grande porte) ou resina epóxi (apropriados para cubículos metálicos de dimensões reduzidas). NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 27 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTENCIAL ( TP ) • Características Elétricas: • Tensão Primária Nominal – Escolhida em projeto. • Tensão Secundária Nominal – Padronizada por norma, e limitada a 115 V. • Classe de Exatidão – Valor percentual máximo de erro que o TC pode apresentar na indicação de um aparelho de medição em condições de trabalho: 0,2 – 0,3 – 0,6 – 1,2. • Carga Nominal – Carga admitida no secundário do TP sem que o erro percentual ultrapasse os valores estipulados para classe de exatidão. • Potência Térmica – Valor da maior potência que o TP pode fornecer em regime contínuo sem que sejam excedidos os limites especificados de temperatura. • Tensão Suportável de Impulso (TSI) – Maior tensão em valor de pico que o TP pode suportar quando submetido a uma frente de onda de impulso atmosférico de 1,2 x 50 µs. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 28 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) BUCHAS DE PASSAGEM • Conceito, Finalidade e Classificação: • São componentes elétricos de interligação entre equipamentos e cabos isolados – blindados de média tensão. • São principalmente usadas em equipamentos elétricos para rede subterrânea como transformadores pedestais, cubículos de SF6, transformadores, entre outros, para tensões até 36 kV. • Classificação: • Uso Interno-Interno – Aplicadas em locais em que os dois ambientes são abrigados. • Uso Interno-Externo – Conecta um circuito aéreo ao tempo a um circuito aéreo abrigado. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 29 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MEDIDORES DE ENERGIA • Conceito e Características: • É um dispositivo ou equipamento eletromecânico e/ou eletrônico capaz de mensurar o consumo de energia elétrica. • A unidade mais usada é kWh. • Está presente na maioria de casas e habitações no mundo moderno. • Pode ser ligado diretamente entre a rede elétrica e a carga (casa) ou através de transformadores de acoplamento de tensão e/ou corrente. • Este tipo de ligação é comumente utilizado em indústrias e consumidores de média (13,8 kV a 34,5 kV) e alta tensão (69 kV a 230 kV). • Seus erros podem variar de menos de 0,02% a até 2,00% em condições controladas (25ºC +/- 5ºC, tensão nominal e corrente nominal) e dependem da aplicação desejada. • Nas residências, são comumente utilizados medidores de classe 2 (erro relativo percentual de +/- 2,00 %). NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 30 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MEDIDORES DE ENERGIA • Componentes Básicos: • BASE: Parte onde são fixadas todas as outras partes do equipamento; Bloco de Terminais: Parte onde são acoplados os condutores de entrada (linha) e os condutores de saída (carga); • TAMPA: Parte que tem por objetivo proteger os elementos internos do medidor. Na tampa, são aplicados selos a fim de garantir a inviolabilidade do equipamento. Podem ser de metal, vidro ou policarbonato; • SENSOR DE CORRENTE: É a parte responsável por mensurar a corrente elétrica na rede; • SENSOR DE TENSÃO: É a parte responsável por mensurar a tensão elétrica da rede; • MOSTRADOR: Exibe o valor das grandezas registradas pelo equipamento(pode ser um display digital, ciclômetros, "ponteiros"); • REGISTRADOR: Parte responsável por guardar os valores das grandezas. No medidor com display é usada uma EPROM, nos medidores com mostrador analógico o próprio mostrador é o registrador; • DISCO: É a parte que fica girando com uma tarja preta quando os equipamentos da rede estão ligados. Cada volta do disco corresponde a uma quantidade de energia consumida, que é descrita pela constante de disco Kd (ler "cadê"). No medidoreletrônico não existe disco mas os circuitos do equipamento simulam a ação do disco medindo a energia através de pulsos que podem ser acompanhados por um led que pisca a cada pulso completo. A constante para medidores eletrônicos passa a ser Kh (ler "ca índice agá"). NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 31 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) MEDIDORES DE ENERGIA • Exemplos Comerciais: NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 32 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CHAVE SECCIONADORA PRIMÁRIA • Conceito, Finalidade e Classificação: • São equipamentos destinados a interromper, de modo visível, a continuidade metálica de um determinado circuito. • Devido ao seu poder de interrupção praticamente nulo, as chaves seccionadores devem ser operadas com o circuito a vazio, ou seja, sem carga (somente tensão). • Podem ser construídas com um só pólo (unipolares) ou com três pólos (tripolares). • UNIPOLARES – São próprias para utilização em redes aéreas de distribuição. • TRIPOLARES – São normalmente utilizadas em subestações de instalação abrigada, em cubículo de alvenaria ou metálico. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 33 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CHAVE SECCIONADORA PRIMÁRIA • Características Elétricas: • Corrente Nominal – Escolhida em projeto, e dada em A. • Tensão Nominal – Padronizada por norma, e dada em kV. • Tensão Suportável de Impulso (TSI) – Maior tensão em valor de pico que a chave pode suportar quando submetida a uma frente de onda de impulso atmosférico de 1,2 x 50 µs (em kV). • Corrente de Curta Duração para Efeito Térmico – Valor eficaz de corrente suportada pela chave antes da abertura, em kA. • Uso – Interno ou Externo. • Tipo de Acionamento – Manual ( através de alavanca de manobra ) ou Motorizada NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 34 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Natureza das Perturbações: • CURTO-CIRCUITO – São as perturbação mais severas admitidas num sistema elétrico. São ocorrências resultantes de uma falha na isolação de um ponto qualquer sob tensão da rede considerada, ou de uma ação involuntária sobre o sistema. Como conseqüência direta, são obtidos valores de corrente extremamente elevados, capazes de implicar danos irreparáveis à instalação se não houver uma correta interferência do sistema de proteção. • SOBRECARGAS – São caracterizadas pela elevação moderada da corrente, acima dos valores admitidos em projetos. Ao contrário dos curtos-circuitos, as sobrecargas não constituem uma falha de instalação, mas sim o resultado de um procedimento muitas vezes incorreto de sua operação , seja pela introdução de uma nova carga no circuito, seja pelo aumento da carga mecânica admitida no eixo dos motores. • VARIAÇÕES NO NÍVEL DE TENSÃO – Constituem uma perturbação que afeta demasiadamente o desempenho de qualquer instalação e resultam freqüentemente em falha num ponto qualquer do sistema. Sua duração pode ser curta, da ordem de alguns ciclos, ou prolongada. As variações podem ser para cima ou para baixo da tensão nominal regulamentada pela ANEEL. • VARIAÇÕES NO NÍVEL DE FREQUENCIA – Constituem perturbações oriundas da variação de velocidade das turbinas geradoras de energia. Estas variações ocorrem devido a aumento ou redução abruptos na carga consumida. Ocorrem quando o sistema não é capaz de compensar o aumento ou redução no tempo necessário. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 35 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto a Forma Construtiva: • RELÉS FLUIDOMECÂNICOS – Utilizam os líquidos, normalmente o óleo de vaselina, como elemento temporizador. São construídos pra ligação direta com a rede e montados nos pólos de alimentação do disjuntor de proteção. São utilizados em pequenas e até medias instalações elétricas, subestações até 1000 kVA. • RELÉS ELETROMAGNÉTICOS – Constituídos de uma bobina envolvendo um núcleo magnético, cujo entreferro é formado por uma peça móvel na qual é fixado um contato elétrico que atua sobre um contato fixo, permitindo a continuidade do circuito elétrico de acionamento do disjuntor. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 36 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto a Forma Construtiva: • RELÉS ELETRODINÂMICOS – Funcionam dentro do princípio básico de atuação de duas bobinas, sendo uma móvel, interagindo dentro de um campo formado por outra bobina fixa, tal como se constroem os instrumentos de medida de tensão e corrente, conhecidos como os de bobina móvel. • RELÉS DE INDUÇÃO – Conhecidos como relés secundários, são largamente empregados em subestações industriais de potência e de concessionárias de serviço público na proteção de equipamentos de grande valor econômico. Funcionamento baseado na construção de dois magnetos, um superior e outro inferior entre os quais está fixado, em torno do seu eixo, um disco de indução. • RELÉS TERMICOS - Relé térmico é um dispositivo de proteção de sobrecarga elétrica aplicado a motores elétricos. Este dispositivo de proteção visa evitar o sobre-aquecimento dos enrolamentos do motor quando ocorre uma circulação de corrente acima da tolerada nos seus enrolamentos. Este aquecimento é prejudicial ao motor, uma vez que acarreta a redução da vida útil do mesmo, por desgastar a isolação dos enrolamentos modificando sua rigidez dielétrica. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 37 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto a Forma Construtiva: • RELÉS ELETRÔNICOS – Formados por transistores ligados entre si tão engenhosamente que basta aplicar um potencial elétrico (ou "voltagem") a um terminal de controle para fechar o circuito por eles controlado. E basta desenergizar o terminal de controle para abrir o circuito. Há duas formas de implementar relés usando transistores. A mais compacta (e econômica) emprega quatro deles. A mais rápida e eficaz (porém mais volumosa) usa seis. • RELÉS DIGITAIS – Conhecidos como relés numéricos ou microprocessados, possuem características exclusivas devido à alta capacidade de comunicação tais como ajuste automático ou manual, remoto ou local, medições de dados, registro de faltas e outras informações. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 38 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto ao Desempenho: • SENSIBILIDADE – Devem ser tão sensíveis quanto possível dentro de sua faixa de ajuste para operação, pois do contrario, a grandeza requerida para disparo da unidade poderá não fazeroperar o mecanismo de atuação nos tempos desejados. • RAPIDEZ – Devem ser capazes de responder com extrema rapidez às grandezas elétricas para as quais estão ajustados, garantindo, desse modo, um tempo muito pequeno da duração do defeito. OBS. Não confundir temporização com lentidão de operação. • CONFIABILIDADE – Todo sistema elétrico deve apresentar um elevado grau de confiabilidade. Em particular, para atender a todas as condições de perturbação para os quais foram dimensionados e ajustados. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 39 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto às Grandezas Elétricas: • RELÉS DE TENSÃO – Utilizam a própria tensão do sistema e comparam seu valor com aquele previamente ajustado para operação. O valor medido pode estar acima ou abaixo daquele tomado como referência, originando daí, os relés de sobre e sub tensão. • RELÉS DE CORRENTE – São os mais empregados em qualquer sistema elétrico, tornando-se obrigatório o seu uso, em conseqüência da grande variação com que a corrente elétrica pode circular na instalação, indo desde o seu estado em vazio, passando pela carga nominal, atingindo a sobrecarga, atingido seu valor extremo, curto-circuito. • RELÉS DE FREQÜÊNCIA – Utilizam essa grandeza do sistema, comparando-a com o valor previamente ajustado para operação. Se há diferença, além dos valores prescritos no ajuste, o relé aciona o mecanismo de desligamento do disjuntor. • RELÉS DIRECIONAIS DE POTÊNCIA E CORRENTE – São acionados pelo fluxo de potência ou corrente que circula em suas bobinas. Atuam quando detectam o fluxo inverso no ponto de sua instalação. Utilizados em sistema de grande porte. • RELÉS DE IMPEDÂNCIA – Utilizam como parâmetros elétricos a tensão e a corrente. Considerando que impedância é a razão entre tensão e corrente, o relé afere que o resultado deste quociente para fazer atuar o mecanismo de acionamento. Amplamente, utilizado em linhas de transmissão. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 40 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Característica dos Relés: • Quanto à Temporização: • RELÉS INSTANTÂNEOS – Como indica o nome, estes não apresentam nenhum retardo intencional no tempo de atuação. O retardo que possa existir é proveniente das características construtivas tal como inércia. • RELÉS TEMPORIZADOS COM RETARDO DEPENDENTE – São os relés mais utilizados em sistema elétricos em geral. Caracterizam-se pelo retardo ser uma função do valor da grandeza que os sensibiliza. • RELÉS TEMPORIZADOS COM RETARDO INDEPENDENTE – São relés que possuem um tempo de ação pré-determinado independente da grandeza que o sensibiliza. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 41 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés de Sobrecorrente ( 50 – 51 ): • Como o próprio nome sugere, tem como grandeza de atuação a corrente elétrica do sistema. Este pode ser aplicado para proteger qualquer elemento de um sistema de energia, como, por exemplo, linhas de transmissão, transformadores, geradores ou motores, entre outros dispositivos, equipamentos e sistemas. • Podem ser eletromecânicos, eletrônicos (estado sólido) ou digitais. Contudo, atualmente, os relés eletromecânicos e eletrônicos estão sendo substituídos em larga escala pelos relés digitais. As concessionárias têm preferido a tecnologia digital, em razão da grande quantidade de informações que os relés digitais conseguem armazenar e do elevado potencial de integração com outros dispositivos. • Relés Diferenciais de Corrente ( 87 ): • Opera sem regulagens ajustáveis, e inclui um elemento diferencial de corrente de fase com um limiar predeterminado que responde a valores de corrente de fase locais e valores de correntes de fase remotas, para detectar falhas trifásicas e produzir um primeiro sinal de saída se o valor limiar é excedido. • Utilizados para proteger transformadores, geradores ou barramentos contra curto-circuito interno por falha entre espiras ou defeito. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 42 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés Direcionais ( 67 ): • Possuem a finalidade de reconhecer em que sentido está fluindo a corrente ou a potência numa determinada parte do sistema. Caso a corrente ou a potência esteja fluindo num sentido contrario ao nominal, o relé direcional deve ser capaz de enviar ao disjuntor um sinal de disparo, proporcionando um a proteção seletiva de extrema utilidade nos sistemas de potência. • São aplicados para defeitos entre fases e fase/terra. • Relés de Distância ( 21 ): • São dispositivos cujo tempo de atuação é proporcional à distância entre o ponto de instalação do relé e o ponto do defeito. • Utilizado em linhas de transmissão de média e alta tensão com comprimento muito longo e onde há dificuldade no emprego da proteção de sobre corrente. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 43 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés de Tensão ( 27 sub-tensão – 59 sobretensão ): • Relés de sobretensão são dispositivos ajustados para atuar somente com a elevação da tensão, fechando seus contatos para a tensão determinada por um percentagem do valor nominal. Sua principal aplicação é na proteção de sistema isolados ou aterrados com alta impedância, quando da ocorrência de um defeito para a terra. • Relés de sub-tensão são dispositivos aplicados ao sistema que não deve funcionar em condições de tensão inferior a um determinado valor. É comum sua utilização em motores de grande porte, quando se quer impedir o seu funcionamento, a partir de uma queda de tensão no sistema que possa trazer perigo à integridade da máquina. • Existem modelos com ação temporizada e com ação instantânea. • Relés de Religamento ( 79 ): • São relés auxiliares, usados para comandar o religamento dos disjuntores correspondentes depois de terem sido abertos por acionamento dos relés de sobrecorrente. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 44 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés de Gás ou Relé de Buchholz: • São dispositivos aplicados somente na proteção de transformadores de potência equipados com conservadores de óleo e sem nenhum espaço de gás dentro do tanque do equipamento. • Atuam através da supervisão do fluxo anormal ou sua ausência, e a formação anormal de gases pelo equipamento. • É instalado no tubo que liga o tanque principal ao vaso conservador de óleo. • Principal Função: Proteção do transformador quando ocorre um defeito entre espiras, entre as partes vivas, entre partes vivas e terra, queima do núcleo, vazamento de óleo do tanque ou no seu sistema de resfriamento. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 45 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés de Freqüência: • São equipamentos empregados para realizar a medição da freqüência e atuam para valor desejado de tempo.• São destinados à proteção de máquinas e equipamentos contra variações de freqüência da rede elétrica, permitindo apenas a operação dentro da faixa especificada no dispositivo ( +/- 5% ou +/- 10% ). • Monitora a própria rede da qual é alimentado e não é afetado por variações dos níveis de tensão da rede elétrica. • Podem responder com operação instantânea, em tempo definido e em tempo independente. • Relés de Tempo: • São equipamentos aplicados em sistemas de proteção onde é necessário a utilização de temporizadores, tais como a partida de motores de grande porte acionados através de chaves compensadoras ou estrela-triângulo, processo de escalonamento de saída ou entrada de máquinas. • São alimentados com corrente contínua de forma que forneçam o tempo de atuação com exatidão. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 46 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELÉS DE PROTEÇÃO • Relés Auxiliares de Bloqueio ( 86 ): • São dispositivos que se empregam em esquemas de proteção, de forma a assegurar a integridade dos equipamentos de força e a segurança dos operadores. • Quando um sistema sofre um defeito, faz atuar a unidade de proteção responsável pela eliminação da falta correspondente. • O sinal emitido pela unidade proteção atua inicialmente sobre o relé auxiliar de bloqueio que, em seguida, fecha os seus contatos sobre a bobina de abertura do disjuntor. • Relé Térmico: • São relés que possuem uma lâmina de um metal especial que quando aquecido se contrai ou dilata provocando o desligamento do circuito. • Seu princípio de funcionamento é baseado num dispositivo bimetálico, onde duas lâminas de metais de coeficientes de dilatação diferentes são afixadas geralmente por um processo de soldagem. Essas são isoladas e por sobre as mesmas montado um resistor que aquece ao ser percorrido pela corrente elétrica, que é a mesma que aciona o motor. • São aplicados largamente no proteção de grandes máquinas, tais como, transformadores de potência, motores de indução e geradores. • Quando esfria volta a promover o contato elétrico, muito usado em geladeiras, assim evita-se que o motor queime por super aquecimento. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 47 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE PROTEÇÃO • Conceito, Finalidade e Classificação: • São dispositivos eletromecânicos que permitem proteger uma determinada instalação elétrica contra sobre-correntes (curto-circuitos ou sobrecargas). • Sua principal característica é a capacidade de poder ser rearmado manualmente quando estes tipos de defeitos ocorrem, diferindo do fusível, que tem a mesma função, mas que fica inutilizado depois de proteger a instalação. Assim, o disjuntor interrompe a corrente em uma instalação elétrica antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta corrente possam se tornar perigosos às próprias instalações. Por esse motivo, ele serve tanto como dispositivo de manobra como de proteção de circuitos elétricos. • Estão sempre associados a relés, sem os quais não passariam de simples chaves com alto poder de interrupção. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 48 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE PROTEÇÃO • Características Elétricas: • Tensão Nominal – kV • Corrente Nominal – A • Capacidade de Interrupção Nominal – kA • Tempo de Interrupção – ms • Freqüência Nominal – Hz • Tipo de Comando – Manual ou Motorizado • Tensão Suportável – kV • Acionamento – Frontal ou Lateral • Montagem – Fixa ou Extraível • Construção – Aberta ou Blindada • Tipos Disponíveis: • Disjuntores a Grande Volume de Óleo • Disjuntores a Pequeno Volume de Óleo • Disjuntores a Vácuo • Disjuntores a SF6 (Hexafluoreto de Enxofre) NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 49 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) FUSÍVEIS LIMITADORES DE CORRENTE ( 11 ) • Conceito, Finalidade e Classificação: • São dispositivos extremamente eficazes na proteção de circuitos de média tensão devido às suas excelentes características de tempo e de corrente. • São utilizados na proteção de transformadores de força acoplados em geral a um seccionador interruptor, ou ainda na substituição do disjuntor geral de uma subestação de consumidor de pequeno porte, quando associados a um seccionador interruptor automático. • Principal Características: Capacidade de limitar a corrente de curto-circuito devido aos tempos extremamente reduzidos em que atua. • Possui uma elevada capacidade de ruptura, o que torna este tipo de fusível adequado para a aplicação em sistemas onde o nível de curto-circuito é de valor muito alto. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 50 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA ( 12 ) • Conceito e Finalidade: • São equipamentos estáticos que, por meio de indução eletromagnética, transfere energia de um circuito chamado primário para um ou mais circuitos denominados de secundário ou terciário, respectivamente, sendo mantida a mesma freqüência, porém com tensões e correntes diferentes. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 51 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA ( 12 ) • Classificações: • Quanto ao Meio Isolante: • Transformadores em Liquido Isolante – Óleo Mineral, Silicone ou Óleo Ascarel; • Transformadores a Seco – Vácuo, SF6. • Quanto à Forma Construtiva: • Transformadores Monobuchas – F/N ou F/F; • Transformadores Bifásicos – 2F/N; • Transformadores Trifásicos – 3F/N. • Quanto à Ligação: • Ligação Triangulo; • Ligação Estrela; • Ligação Zigue-zague. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 52 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA ( 12 ) • Características Elétricas: • Potencia Nominal – kVA ou kW; • Tensão Nominal Primária – kV; • Tensão Nominal Secundária – kV; • Derivações Desejadas ( TAPES ); • Perdas Máximas no Ferro e no Cobre; • Ligação dos Enrolamentos; • Tensão Suportável de Impulso; • Impedância Percentual; • Acessórios Desejados ( A ESPECIFICAR ). NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 53 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Conceito e Finalidade: • São equipamentos de comando e de proteção de circuitos de baixa tensão, cuja finalidade é conduzir, continuamente, a corrente de carga sob condições nominais e interromper correntes anormais de sobrecarga e de curto-circuito. • Classificações: • Quanto ao Tipo de Construção: • DISJUNTORES ABERTOS – São aqueles em que o mecanismo de atuação, o dispositivo de disparo e outros são montados em estrutura normalmente metálica, do tipo aberto. São trifásicos de corrente nominal elevada e próprios para montagem em quadros e painéis. Podem ser acionados manualmente ou a motor. São utilizados como chaves de comando e de proteção de circuitos de distribuição de motores, de transformadorese de capacitores. • DISJUNTORES EM CAIXA MONTADA – São aqueles em que o mecanismo de atuação, o dispositivo de disparo e outros são montados dentro de uma caixa moldada em poliéster especial ou fibra de vidro, oferecendo o máximo de segurança de operação e elevada rigidez e ocupando um espaço bastante reduzido em quadros e painéis. São descartáveis, pois, quando quaisquer dos seus componentes apresentam defeito, tornam-se imprestáveis. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 54 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Classificações: • Quanto ao Tipo de Operação: • DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS – São aqueles dotados de disparadores térmicos de sobrecarga e eletromagnéticos de curto-circuito. • DISJUNTORES SOMENTE TÉRMICOS – São destinados exclusivamente à proteção contra sobrecargas. • DISJUNTORES SOMENTE MAGNÉTICOS – Quanto ao aspecto externo, são semelhantes aos disjuntores termomagnéticos. Diferenciam destes por serem dotados somente do disparador eletromagnético. São utilizados quando se deseja proteção apenas contra correntes de curto-circuito. • DISJUNTORES LIMITADORES DE CORRENTE – São aqueles que limitam o valor e a duração das correntes de curto-circuito, proporcionando uma redução substancial dos esforços térmicos e eletrodinâmicos. Nesses disjuntores, os contatos são separados pelo efeito das forças eletrodinâmicas de grande intensidade que se originam nas correntes de curto- circuito de valor elevado, fazendo o disjuntor abrir antes que o relé eletromagnético seja sensibilizado. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 55 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Classificações: • Quanto ao Tipo de Construção do Elemento Térmico: • DISJUNTORES SEM COMPENSAÇÃO TÉRMICA – São aqueles calibrados a uma temperatura de 25ºC. Quando utilizados em ambientes cuja temperatura é superior a 25ºC ���� Situação cotidiana em instalações elétricas industriais ���� Devem ter a sua corrente nominal corrigida de tal modo que fique reduzida a 70% do seu valor. Isso se deve ao efeito térmico duplo a que o bimetal é submetido, tanto pela temp. ambiente, quanto pela dissipação de calor próprio produzido para corrente de carga. • DISJUNTORES TROPICALIZADOS – São aqueles calibrados a uma temperatura de 50ºC (admissível: 50ºC a 55ºC) – Quando utilizados em ambientes cuja temperatura é igual ou inferior aos limites mencionados, podem ser carregados até a uma corrente correspondente ao seu valor nominal. Temperaturas superiores ���� Pode ocorrer em quadros e painéis de distribuição industriais ���� a corrente nominal dos disjuntores deve ser corrigida de tal modo que fique reduzida a 80% do seu valor. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 56 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Elementos de Proteção: • Componentes Básicos: • DISPARADOR TÉRMICO SIMPLES – Constituído de um elemento bimetálico que consiste em duas lâminas de metal soldadas, com diferentes coeficientes de dilatação térmica. Quando sensibilizadas por uma determinada quantidade de calor resultante de um corrente de valor superior ao estabelecido para esta unidade, esses lâminas se curvam, de modo que o metal de maior dilatação térmica se sobrepõe provocando a curvatura da lâmina e o deslocamento da barra de disparo, que destrava o mecanismo que mantêm a continuidade do circuito. ���� A alavanca do disjuntor assume a posição disparado, intermediaria entre ON / OFF. • DISPARADOR TÉRMICO COMPENSADO – Constituído de um elemento térmico principal que atua mecanicamente sobre outro elemento térmico compensador, que neutraliza o efeito da elevação de temperatura do ambiente em que o disjuntor está operando. Esse sistema proporciona a utilização da corrente nominal do disjuntor até a temperatura de 50ºC ���� Valor médio. • DISPARADOR MAGNÉTICO – Constituído de uma bobina que, quando atravessada por uma determinada corrente de valor superior ao estabelecido para essa unidade, atrai o induzido, processando a ação de desengate do mecanismo que mantém a continuidade do circuito e desligando os contatos. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 57 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Elementos de Proteção: • Componentes Básicos: • DISPARADOR TÉRMOMAGNÉTICO NÃO-COMPENSADO – Combinam ações térmicas e magnéticas, o dispositivo de disparo do bimetálico está mecanicamente acoplado ao dispositivo magnético de curto-circuito, proporcionando uma atuação combinada que pode ser vista através das curvas de características de tempo x corrente. • DISPARADOR TERMOMAGNÉTICOS COMPENSADO – São aqueles cuja unidade térmica é composta dos elementos bimetálicos simples e de compensação, combinando as susas ações com a unidade magnética. Disjuntores multipolares, quando submetidos a uma corrente de defeito ou sobrecarga em qualquer uma das fases isoladamente, abrem, simultaneamente, todos os pólos, evitando uma operação unipolar, ao contrario do que ocorre com os elementos fusíveis. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 58 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Elementos de Proteção: • Componentes Básicos: • DISPARADOR TÉRMOMAGNÉTICO NÃO-COMPENSADO – Combinam ações térmicas e magnéticas, o dispositivo de disparo do bimetálico está mecanicamente acoplado ao dispositivo magnético de curto-circuito, proporcionando uma atuação combinada que pode ser vista através das curvas de características de tempo x corrente. • DISPARADOR TERMOMAGNÉTICOS COMPENSADO – São aqueles cuja unidade térmica é composta dos elementos bimetálicos simples e de compensação, combinando as susas ações com a unidade magnética. Disjuntores multipolares, quando submetidos a uma corrente de defeito ou sobrecarga em qualquer uma das fases isoladamente, abrem, simultaneamente, todos os pólos, evitando uma operação unipolar, ao contrario do que ocorre com os elementos fusíveis. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 59 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) DISJUNTOR DE BAIXA TENSÃO ( 14 ) • Características Elétricas: • Corrente Nominal de Operação; • Capacidade de Interrupção; • Tensão Nominal; • Freqüência Nominal; • Faixa de Ajuste dos Disparadores; • Tipo ( Termomagnético, Limitador de Corrente, Somente Magnético ou Somente Térmico ); • Acionamento ( Manual ou Motorizado ). NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 60 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) VOLTÍMETRO DE FERRO MÓVEL ( 15 ) • Conceito e Princípio de Funcionamento: • Destinado ao registro instantâneo da tensão em sistema de corrente contínua ou alternada. • Composto por uma bobina fixa que age magneticamente sobre dois núcleos concêntricos de ferro doce não-magnetizados, sendo um fixo e um móvel. • Ao ser alimentada a bobina, cria-se um campo magnético ���� Este campo atua sobre os dois núcleos ���� Por estarem submetidos a polaridades iguais, tendem a se repelir.• Como um está fixo e o outro móvel, o ponteiro ( núcleo móvel ) sofrerá um deslocamento angular, registrando na escala adequada, o valor correspondente da tensão do circuito. • Quanto mais intenso for o campo magnético, maior será a deflexão do ponteiro. • Quando o núcleo móvel deflete em torno do seu eixo ���� Movimenta a câmara de amortecimento, o ponteiro e a mola de compressão e retorno. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 61 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) VOLTÍMETRO DE FERRO MÓVEL ( 15 ) • Características Elétricas: • Tipo ( Ferro Móvel, Bobina Móvel ); • Dimensões; • Fundo de Escala; • Freqüência Nominal. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 62 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) AMPERÍMETRO DE FERRO MÓVEL ( 16 ) • Conceito e Princípio de Funcionamento: • Destinado à indicação instantânea de corrente, tanto em sistemas de corrente contínua como em sistemas de corrente alternada. • Principio de funcionamento: análogo ao voltímetro de ferro móvel. • São conectados aos barramentos dos painéis através de transformadores de corrente, que podem ser dimensionados em função da corrente de carga do ponto onde será instalado. • Amperímetros de conexão direta são fabricados para corrente nominal de 100A no máximo. • Características Elétricas: • Tipo ( Ferro Móvel, Bobina Móvel ); • Dimensões; • Fundo de Escala; • Freqüência Nominal. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 63 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) AMPERÍMETRO DE FERRO MÓVEL ( 16 ) NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 64 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CAPACITORES DE POTÊNCIA • Conceitos: • Capacitor – é um dispositivo cujo objetivo primário é introduzir capacitância num circuito elétrico. • Unidade capacitiva – é cada unidade de capacitor, com dielétrico e eletrodos, num invólucro, com terminais levados ao exterior do invólucro. • Capacitor derivação – é um capacitor ligado em paralelo com o circuito elétrico. • Capacitor série – é um capacitor ligado em série com o circuito elétrico. • Potência nominal de um capacitor - é a potência reativa, sob tensão e freqüência nominais, para a qual foi projetado o capacitor. • Perdas do capacitor – é a potência ativa consumida pelo consumidor operando em suas condições normais. • Dispositivo de descarga – é um dispositivo conectado ou entre os terminais do capacitor ou entre os terminais da rede, ou instalado dentro da unidade capacitiva, para reduzir a tensão residual do capacitor após este ter sido desconectado da rede. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 65 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CAPACITORES DE POTÊNCIA • Bancos de Capacitores: • Banco de capacitores – é o conjunto de unidades capacitivas e seu equipamento de montagem, manobra, proteção e controle. • Classificação dos Tipos de Bancos: • Banco de capacitores automático – banco de capacitores que possui um controlador eletrônico, geralmente microprocessado, que insere ou retira os capacitores do sistema de acordo com a variação do fator de potência. • Banco de capacitores semi-automático – banco de capacitores controlado por timer ou pelo valor da demanda de corrente do sistema. Proporciona um controle menos preciso que o banco automático. • Banco de capacitores fixo – é o banco que não possui nenhum tipo de controle. Os Capacitores permanecem ligados ao sistema indefinidamente e independente das condições da carga. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 66 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CAPACITORES DE POTÊNCIA NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 67 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) CHAVES DE ATERRAMENTO RÁPIDO • Conceito e Princípio de Funcionamento: • Chaves de Aterramento Rápido proporcionam um item de segurança em linhas e equipamentos de subestação. • Serve para descarregar o efeito potencial capacitivo de longas linhas e evitar quaisquer correntes de fuga ou efeito eletromagnético de linhas ou equipamentos próximos ao equipamento alvo de manutenção. • A chave de Aterramento Rápido deve ser acionada toda vez em que houver operações de manutenção em determinado equipamento de subestação, nunca deve ser acionada sob carga. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 68 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) REGULADOR DE TENSÃO • Conceito e Princípio de Funcionamento: • São equipamentos instalados em redes de distribuição e subestações que tem por finalidade a manutenção da tensão de saída de um circuito elétrico, mantendo-a constante independente da tensão de entrada. • Na prática, cada regulador de tensão regula sua própria fase nos sistemas monofásicos e trifásicos. Assim, teremos ligações que utilizam 2 ou 3 tanques, sendo que este conjunto é denominado Banco de Reguladores de Tensão. • Vantagens: • Satisfação do consumidor; • Redução das perdas na distribuição; • Aumento do faturamento das concessionárias de energia elétrica. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 69 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELIGADOR AUTOMÁTICO • Conceito: • São dispositivos de interrupção automática, que abrem e fecham seus contatos repetidas vezes na eventualidade de uma falha do circuito por ele protegido. • São equipamentos de proteção a sobrecorrentes utilizado em circuitos aéreos de distribuição que operam quando detectam correntes de curto-circuito, desligando e religando automaticamente os circuitos um número predeterminado de vezes. • Princípio de Funcionamento: • Quando o religador sente uma sobrecorrente, os contatos são abertos durante um determinado tempo, chamado tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para reenergização da linha. • Se a sobrecorrente persistir, a seqüência de abertura e fechamento dos contatos é repetida até três vezes consecutivas, e após a quarta abertura, os contatos ficam abertos e travados. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 70 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELIGADOR AUTOMÁTICO • Classificação: • Quanto ao Número de Fases: • MONOFÁSICOS – São utilizados para proteção de linhas monofásicas ou ramais de alimentação trifásicos (um para cada fase), onde as cargas são predominantemente monofásicas. • TRIFÁSICOS – São utilizados onde é necessário o bloqueio das três fases simultaneamente, para qualquer tipo de falha permanente, a fim de evitar que cargas trifásicas sejam alimentadas com apenas duas fases. • TRIFÁSICOS COM OPERAÇÃO MONOFÁSICA E BLOQUEIO TRIFÁSICO – São constituídos de três religadores monofásicos, montados num mesmo tanque, com os mecanismos interligados apenas para serprocessado o bloqueio trifásico. Cada fase opera independentemente em relação às correntes de defeito. Se qualquer das fases operar o número pré-ajustado para bloqueio, as duas outras fases são abertas e bloqueadas através do mecanismo que as interliga. • TRIFÁSICOS COM OPERAÇÃO TRIFÁSICA E BLOQUEIO TRIFÁSICO – São constituídos de um único religador, que opera e bloqueia sempre trifasicamente, independentemente do tipo de falha ocorrida, isto é, mesmo que a falha afete apenas uma das fases, todos os contatos realizam a operação de abertura e religamento. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 71 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELIGADOR AUTOMÁTICO • Classificação: • Quanto ao Tipo de Controle: • HIDRÁULICOS – Nestes religadores, as correntes são detectadas pelas bobinas de disparo que estão em série com a linha. Quando, através da bobina, flui uma corrente igual ou superior à corrente mínima de disparo do religador, o núcleo da bobina é atraído para seu interior, provocando a abertura dos contatos principais do religador. O sistema de controle hidráulico é econômico e simples, eficiente e de grande vida útil. Essas características são extremamente importantes para áreas de baixa densidade de carga ou para outras áreas que não requeiram níveis de precisão acentuados na operação do equipamento, corrente de disparo muito pequenas, tanto para fase, como para neutro, ou grande velocidade na interrupção. • ELETRÔNICOS – Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior flexibilidade e mais facilidade para ajustes e ensaios, além de ser mais preciso, comparativamente ao de controle hidráulico. Contudo, essas vantagens devem ser economicamente avaliadas antes de ser procedida a escolha entre um religador com controle hidráulico e um com controle eletrônico. O controle eletrônico é abrigado numa caixa separada do religador e permite as seguintes modificações de ajustes no equipamento, sem que seja necessário sua abertura: característica tempo x corrente; níveis de corrente de disparo; seqüência de operação. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 72 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RELIGADOR AUTOMÁTICO • Características Elétricas: • Corrente Nominal; • Tensão Nominal; • Capacidade de Interrupção; • Corrente de Curto-circuito Máxima; • Correntes de Disparo; • Temporização; • Corrente Nominal da Bobina-Série; • Bobina de Fechamento; • Nível de Isolamento; • Freqüência Nominal. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 73 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) RESISTORES DE ATERRAMENTO: • Conceito: • São dispositivos utilizados em sistemas elétricos com a finalidade de limitar a corrente de falta fase-terra a um valor que não danifique os equipamentos, que não venha a causar acidentes pessoais e ainda permitam que o fluxo de corrente existente seja capaz de fazer atuar os relés de proteção, desligando o sistema, limpando a falta. NEWTON PAIVA – Engenharia Mecânica Eletrotécnica Professor Felipe Lage Tolentino – Pg. 74 – 2010/2º ELETROTÉCNICA – Unidade 03 Sistemas de Proteção Elétrica ( SEP ) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS • Pára-raios de Distribuição a Resistor Não-linear; • Chave Fusível Indicadora Unipolar; • Muflas Terminais Primárias e Terminação • Transformadores de Corrente; • Transformadores de Potencial; • Buchas de Passagem; • Chaves Seccionadoras Primárias; • Relés de Proteção; • Disjuntores de Alta Tensão; • Transformadores de Potência; • Disjuntores de Baixa Tensão; • Voltímetros de Ferro Móvel; • Amperímetros de Ferro Móvel; • Capacitores de Potência; • Chaves de Aterramento Rápido; • Reguladores de Tensão; • Religadores Automáticos; • Resistores de Aterramento.
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