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CONTABILIDADE PARA ADMINISTRADORES

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CAPÍTULO I
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja pessoa física, entidade de finalidades não lucrativas, empresa, seja mesmo pessoa de direito Público, tais como Estado, Município, União, Autarquia, etc. tem um campo de atuação muito amplo.
Na verdade, onde existir necessidade de controle e informações úteis para tomadas de decisões, ali representa um campo de atuação da contabilidade.
É necessário delinear o tipo e a qualidade da informação que a Contabilidade deve estar em condições de fornecer a vários grupos de pessoas cujos interesses nem sempre são coincidentes, dentre eles podem citar:
Sócios, acionistas e proprietários de quotas societárias de maneira geral, que tem interesse na rentabilidade e segurança dos seus investimentos, que muitas vezes se mantém afastadas da direção da empresa;
Administradores, diretores e executivos dos mais variados escalões, sendo eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões, então necessitam de informações contábeis mais profundas devidas as suas responsabilidades. A contabilidade, de acordo com seu papel informativo, pode-se se distinguir em dois grandes ramos para atender a necessidade dos seus administradores, tais como:
A Contabilidade Financeira elaborada de acordo com as normas contábeis e princípios fundamentais, cujos relatórios finais básicos são:
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração de Lucro e Prejuízos acumulados e Demonstração do Fluxo de Caixa;
Contabilidade Gerencial, mais analítica, incluindo em seu campo de atuação também a Contabilidade de Custos
Bancos, capitalistas, emprestadores de dinheiro, obter informação da empresa sobre a rentabilidade a segurança de retorno dos seus investimentos.
Governo, analisar a capacidade do empreendimento em honrar seus compromissos tributários, por isso, é importante também o administrador conhecer as formas de tributação e avaliar aquela que poderá lhe dar ganho tributário.
Com isso, a Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de fornecer informações (finalidade) a quem possa interessar (usuários).
Mas o quem vem a ser o patrimônio?
É o conjunto, de bens, direitos e obrigações de uma entidade.
Os bens representam as coisas que a empresa possui para usar ou vender, tais como:
Dinheiro em caixa;
Mercadorias para revenda;
Veículos, Máquinas e Equipamentos, etc.
Os valores a receber de alguém referente vendas de mercadorias (bens) a prazo, e as obrigações representam as dívidas perante terceiros referentes compra de mercadorias a prazo, empréstimos obtidos, etc.
A Contabilidade se dedica, portanto, a quantificar esses montantes e acompanhar quaisquer modificações ocorridas neles. É a ciência voltada para o estudo, registro, controle e acompanhamento do patrimônio das Entidades.
O núcleo central da disciplina é formado por dois pontos:
O perfeito entendimento do que é Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas;
Registro (débito e crédito) dos fatos contábeis.
É importante que cada um de nós saiba quanto possui e deve. Você, aluno, tem controle sobre seu patrimônio? Sabe quanto tem em bens e direitos? E, em relação às dividas, sabe quanto deve nesse momento? Comparando sua situação patrimonial com a do ano anterior, seu patrimônio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos desse acréscimo/decréscimo?
Se o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, um primeiro passo é entendermos o significado de tais conceitos. 
Bens, representa algo que atende a uma necessidade humana e pode ser avaliável em moeda. São os elementos que podem ser utilizados ou vendidos e que têm valor: dinheiro no caixa, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, veículos, terrenos, mercadorias, produtos, etc. Os bens podem ser material ou imaterial, ou corpóreo ou incorpóreo e que necessariamente a ele deve ser possível atribuir um custo. O ar, por exemplo, tem uma enorme utilidade, mas não é avaliável em moeda. Ninguém diz: “O ar da minha empresa foi comprado por tantos reais”. Portanto, a Contabilidade trata, em última instância, apenas de itens que possam ser expressos em dinheiro, sendo assim, o ar não faz parte do patrimônio de ninguém.
Direitos, representam os valores que a empresa tem a receber ou a recuperar, bem como tudo o que ela emprestou ou adiantou a alguém.
Obrigações, São as dívidas que a entidade contraiu unto a terceiros: contas a pagar, empréstimos obtidos, tributos a recolher, em, são os valores que, cedo ou tarde, a empresa terá de pagar a alguém.
Patrimônio Líquido (PL), embora não esteja expresso no conceito de patrimônio, é importante o entendimento do que seja o patrimônio líquido. Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em dinheiro e pagar todas as suas dívidas, diz-se que a sobra é o seu patrimônio líquido. É quanto efetivamente pertence ao dono da entidade, sendo, por isso, conhecido como capital próprio (riqueza do proprietário).
 PATRIMÔNIO
Dinheiro 100.000, Financiamentos Bancários Pagar 400.000,
Casa 200.000, Contas a Pagar 200.000,
Terrenos 300.000,
 TOTAL 600.000, TOTAL 600.000,
Análise:
 A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil, mas sua riqueza própria é zero, pois suas dívidas também chegam a 600 mil, ou seja, todos os bens que possui foram adquiridos a prazo.
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO
A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida entre nós pela expressão Balanço Patrimonial. Sabemos que, pela própria definição, Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. É por essa razão que o balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial.
Na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direitos) suplanta o Passivo (Obrigações), a representação mais comum de seu patrimônio, isto é, seu Balanço Patrimonial assume a forma:
 ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 ( Lado esquerdo ) (Lado direito )
Se o passivo suplantar o Ativo, teremos o chamado Patrimônio Líquido Negativo, melhor denominado Passivo a Descoberto.
TÉCNICAS CONTÁBEIS 
A Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de fornecer informações úteis a quem possa interessar (usuários).
Para isso, a Contabilidade se utiliza para exercer o perfeito controle do patrimônio das empresas a fim de municiar seus usuários interno e externo de informações úteis de quatros técnicas contábeis, a saber:
Escrituração;
Demonstrações Contábeis;
Análise de Balanço. E
Auditoria.
Todas as transações que afetam o patrimônio, ou sejam, alteram os bens, direitos e obrigações, deve-se efetuar o registro contábil do que exatamente foi modificado e isso se chama lançamento, que é , nada mais nada menos, o debitar e o creditar na Contabilidade.
O conjunto de todos os lançamentos registrados pela Contabilidade, é que se denomina de “Escrituração”.
Esse universo de registro contábeis referente os fatos econômicos originados da atividade operacional da empresa que proporcionaram alterações no patrimônio fossem informados ao dono da empresa, acionistas, fornecedores, etc, levaria algumas informações? Claro que não. É por isso que, após o registro de todos os fatos econômicos ocorridos em determinado período – ao qual denominamos exercício social, com duração de um ano -, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com uma finalidade específica, informando aos usuários, porexemplo, qual é o seu patrimônio em uma determinada data, o resultado (lucro ou prejuízo) apurado.
Esses demonstrativos são conhecidos como “DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ou DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, as quais resumem a escrituração, tornando-a mais amigável ao usuário.
As demonstrações contábeis mais importantes são:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício; e
Demonstração de Lucro ou Prejuízo Acumulado.
Como a Contabilidade tem como finalidade fornecer informações úteis para tomadas de decisões por parte dos usuários, as vezes apenas as Demonstrações Contábeis isoladas não seriam suficientes, então por isso, que ela utiliza de outra técnica para complementar chamada de “Análise de Balanço”.
Análise de Balanço, trata-se de uma técnica que efetua estudo sobre as demonstrações contábeis sob diferentes aspectos, de modo que o analista consiga extrair diversas informações, tais como:
Liquidez;
Endividamento;
Garantia de Capital de Terceiro;
Rotatividade;
Rentabilidade. 
Todas essas informações terão que ter credibilidade junto aos usuários previstos, para isso, a Contabilidade verifica se todos os fatos foram realmente registrados de forma correta, bem como se as demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis, isso é possível através da “auditoria”.
GUARDANDO O ESSENCIAL
Conceito. Ciência que contra o patrimônio.
Objeto. O patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma entidade.
Finalidade. Fornecer informações úteis aos seus usuários.
Campo de Aplicação. Onde houver um patrimônio sendo gerido.
Usuários. Qualquer interessado na informação contábil. Podem ser internos 
 (administradores, sócios controladores, acionistas, funcionários, etc ) ou 
 externos (bancos, fornecedores, clientes, governo).
Técnicas contábeis. Como a Contabilidade faz para controlar o patrimônio: escrituração, 
 demonstrações contábeis, análise das demonstrações contábeis e 
 auditoria.
CONTAS
A contabilidade fornece informação indicando cada elemento que compõe o patrimônio de uma pessoa; e é cada elemento desse, cada item que forma o patrimônio de alguém, são registrados através de contas, sendo que cada conta deve representar fato ocorrido.
Uma conta pode ser patrimonial ou de resultado. Contas Patrimoniais são aquelas que retratam o patrimônio da entidade em determinada data e que, por isso, aparecem no Balanço Patrimonial, no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido/PL.
As contas de resultados são utilizadas na aferição do desempenho econômico da empresa, ou seja, através delas ficamos sabendo se a empresa teve lucro ou prejuízo em determinado período, são as contas que aparecem na Demonstração do Resultado do Exercício, ou seja, são as receitas e despesas.
Uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos:
ATIVO;
PASSIVO;
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL);
RECEITAS;
DESPESAS.
O importante é entendermos a características de cada um desses grupos e sabemos identificar, quando apresentados a uma conta, a qual grupo ela pertence, pois esse é o ponto de partida para o lançamento contábil.
Ao fazer o lançamento contábil, a empresa deve se preocupar em que haja certa uniformidade no nome das contas utilizadas, por isso a Contabilidade se utiliza do chamado “Plano de Contas”, que consiste em uma relação de todas as contas utilizadas pela empresa, com a indicação da função e do funcionamento de cada uma delas.
A partir daqui, o primeiro passo será identificar as contas do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido/PL para, em seguida, entendermos como se dá o registro de fatos envolvendo tais grupos.
Posteriormente, apresentaremos os conceitos de Despesas e Receitas, mostrando cuidadosamente a diferença entre as contas usadas para aferir o resultado (Despesas e Receitas), e as utilizadas para evidenciar o patrimônio de alguém em determinada data (Ativo, Passivo e PL).
ATIVO.
Representa a parte positiva do patrimônio, representando os bens e direito da entidade, tendo saldo sempre devedor, ou seja, classificado no lado esquerdo do Balanço Patrimonial, por convenção contábil.
Os bens podem ser tangíveis (possível tocar) ou intangíveis (sem substância física). 
Exemplo de bens corpóreos:
Caixa (representa o dinheiro existente dentro da empresa);
Banco (representa dinheiro da empresa em poder de instituição financeira);
Mercadorias ( o que a empresa compra para revender);
Produtos ( o que a indústria fabrica para vender);
Máquina e equipamentos, móveis e utensílios, terrenos, edifícios, instalações (elétricas/hidráulicas), ferramentas e veículos.
Exemplo de bens incorpóreos ou imateriais, aqueles que não podemos tocar:
Marcas e Patentes;
Programa de Computador;
Direito de Exploração de uma mina;
Concessões obtidas do poder público;
Fundo de Comercio ou goodwill.
Direitos representam todos os valores que a empresa tem a receber, quer porque tenha vendido mercadorias ou prestado serviços a prazo, quer porque tenha emprestado ou adiantado recursos a alguém.
Também são classificados como direitos os tributos que a empresa tenha direito de recuperar. Isso acontece porque há alguns tributos que, por definição, são não cumulativos, como o ICMS, e o IPI, e outros que, dependendo do regime, também podem ser (PIS e COFINS).
A não cumulatividade consiste em poder abater do valor do tributo devido na venda o valor pago por ele na compra.
Objetivos é que você saiba da existência de tributos que podem ser recuperados (compensados com os valores a recolher), indicando um direito da entidade, e que, por isso, ficam no Ativo: ICMS A RECUPERAR, IPI A RECUPERAR, PIS A RECUPERAR, COFINS A RECUPERAR, IRPJ A RECUPERAR e CSLL A RECUPERAR.
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, no Pronunciamento que trata da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, o “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade”.
PASSIVO.
É formado pelas dívidas da entidade, ou seja, tudo o que a empresa está devendo para terceiros (por isso mesmo também conhecido como capital de terceiros). Quaisquer contas a pagar (títulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar), empréstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de alguém, tributos a recolher, dívidas junto a fornecedores, enfim, tudo o que devemos fica em nosso Passivo.
De acordo com o CPC, “Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos”.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Quando alguém resolve começar uma empresa, deve, necessariamente, entregar algum recurso para que a pessoa jurídica comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de algo para sair do papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos sócios é chamado de capital social.
Imagine que você e seu sócio abrem uma empresa, subscrevendo e integralizando, em dinheiro, um capital de R$ 100,000,00. O patrimônio fica assim:
 ATIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa 100.000,00 Capital Social 100.000,00
Após integralização do Capital, a empresa obtém empréstimos bancário de R$ 100.000,00 para aplicar em sua atividade operacional. Teríamos agora o seguinte Balanço Patrimonial.
 ATIVO PASSIVO
Caixa 100.000,00 Empréstimos 100.000,00
Banco 100.000,00 Patrimônio Líquido.Capital Social 100.000,00
ATIVO TOTAL 200.000,00 PASSIVO TOTAL 200.000,00
Repetindo, é o PATRIMÔNIO LÍQUIDO que vai indicar:
A riqueza da entidade;
Quanto, efetivamente, o titular do patrimônio possui de recursos próprios;
Quanto, no final das contas, o sócio bota no bolso caso ocorra a liquidação da empresa;
Se ao longo do tempo a pessoa está ficando mais rica ou mais pobre.
O Patrimônio Líquido não é formado apenas do capital colocado inicialmente na empresa. 
Primeiro, porque a qualquer momento eles podem aumentar esse capital mediante novos aportes, bem como diminui-lo. Outros fatores também influenciam na riqueza do proprietário, sendo o mais conhecido deles o lucro.
Ao longo de suas operações, a empresa tem mais receitas do que despesas, diz-se que obteve lucro, e tal resultado aumenta sua riqueza. Caso, entretanto, ocorra prejuízo em determinado período (Despesas superiores às receitas), o PL da empresa fica menor.
Outra coisa: quando ocorre lucro, a empresa pode aproveitar o bom momento e, por segurança, destinar parte dele para a constituição das reservas de lucros, guardando, assim, um pouco da “gordura” criada para usar, caso necessário, em determinadas ocasiões no futuro. Há, ainda no PL, outros tipos de reservas que não são originadas do lucro da companhia, as chamadas reservas de capital, bem como os ajustes de avaliação patrimonial, as ações em tesouraria e os prejuízos acumulados. 
De acordo com o CPC “Patrimônio Líquido é o valor residual dos Ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus Passivos”.
Origens e Aplicações e o Método das Partidas Dobradas 
Origens e Aplicações
A Contabilidade está toda pautada na ideia de que para toda aplicação há uma origem. 
Se algo mexe com o patrimônio de alguém, podemos garantir que houve, pelo menos, uma origem e uma aplicação em relação ao fato; por isso, diz-se que as origens sempre serão iguais às aplicações – eis porque os dois lados do Balanço sempre são iguais. Não é exagero dizer que esse é o fundamento que está por trás de toda a ciência contábil. 
Podemos garantir, então, que, quando ocorre um evento que altera o patrimônio, o chamado fato contábil, pelo menos dois itens são movimentados, existindo, assim, uma origem e uma aplicação. 
DIGRAFIA » Registro do fato contábil levando em consideração que pelo menos dois itens do patrimônio são movimentados. 
Exemplo: 
Fato 1) Houve entrada de dinheiro de R$ 100, porque peguei emprestado de alguém. 
Fato 2) Houve saída de dinheiro de R$ 200, porque comprei um veículo à vista. 
A digrafia contábil é mais conhecida como “Método das Partidas Dobradas” e significa que uma conta registrada (partida) terá a companhia de outra (contrapartida), por isso, o termo “partidas dobradas” nada tem a ver com uma mesma coisa sendo feita duas vezes. Todo débito tem um ou mais créditos e vice-versa. 
Já vimos que tudo na Contabilidade começa com o registro das ocorrências que alteram o patrimônio e que, por causa da regra das origens e aplicações, ocorrido um fato contábil, pelo menos duas contas são movimentadas, o que significa dizer que elas sofrerão aumentos ou diminuições. Como vamos, então, registrar os acréscimos e decréscimos ocorridos nas contas?
Seguindo o raciocínio que levará à regra para registro dos fatos, houve a vinculação dos débitos e créditos à ideia das origens e aplicações, já que tudo na Contabilidade funciona com base nessa premissa. Ficou convencionado, então, que os créditos representariam as origens; e os débitos, as aplicações.
DÉBITOS = APLICAÇÕES 
CRÉDITOS = ORIGENS 
Passo seguinte foi a identificação do que seria origem e do que seria aplicação no patrimônio. De onde vêm os recursos? De terceiros (empréstimos, por exemplo), dos proprietários (capital social, reservas) e das Receitas (uma doação, por exemplo, representa uma fonte de recurso). Passivo, PL e Receitas seriam, assim, as origens. Por sua vez, tais recursos são aplicados na compra de bens (máquinas, mercadorias, veículos), emprestados a alguém (direitos) ou usados para pagamentos de serviços ou consumos, as chamadas Despesas; diz-se, por isso, que Ativo e Despesas representam as aplicações. É importante fixar que: 
ATIVO e DESPESAS => APLICAÇÕES 
PASSIVO, PL e RECEITAS => ORIGENS 
Assim esta aberto o caminho para o lançamento contábil. Se as aplicações correspondiam aos débitos, era só debitar uma aplicação para que ela fosse aumentada, por conta de sua natureza devedora. Ter natureza devedora significaria gostar de débitos, aumentando diante deles e, obviamente, não gostar de crédito, diminuindo diante dele. Com as contas de natureza credora aconteceria exatamente o contrário. 
Como Ativo e Despesa representam uma aplicação, e uma vez convencionado que as aplicações são os débitos, temos que Ativo e Despesa possuem natureza devedora (adoram débitos). Isso significa que, para uma conta do Ativo ou de Despesa ser aumentada, debitamos referida conta (damos a ela o que ela gosta: débitos). 
É por isso que na Contabilidade, quando entra dinheiro na empresa, debitamos a conta caixa (caixa é do Ativo, e Ativo adora débitos!). Por seu turno, para diminuirmos uma conta do Ativo, devemos creditá-la (lembre-se de que conta de natureza devedora detesta créditos). O raciocínio traçado para a conta caixa pode ser estendido às demais contas do Ativo (exceto às retificadoras).
Como as contas do Passivo, PL e Receitas representam origens, e uma vez convencionado que as origens são os créditos, temos que Passivo, PL e Receitas possuem natureza credora (adoram créditos). Dito isso, você já sabe, então, que, para aumentarmos uma conta de tais grupos, devemos creditar referida conta (afinal elas adoram créditos). Como adoram créditos, diante daquilo que não gostam (débitos), elas diminuem. “Como assim uma conta aumenta ou diminui?”. Estamos nos referindo, obviamente, ao saldo das contas. 
Debitar e creditar é muito simples. Basta que você saiba quais contas têm natureza devedora e quais possuem natureza credora. Repetindo: as contas de natureza devedora adoram débitos e detestam créditos; logo, débito para aumentar e crédito para diminuir. As contas de natureza credora, por sua vez, adoram créditos e detestam débitos; sendo assim, para aumentar, crédito; para diminuir, débito. Ativo e Despesa têm natureza devedora, e Passivo, PL e Receita possuem natureza credora. Pronto, você já possui todo o instrumental para registrar os fatos contábeis. Não esqueça: 
Como Ativo e Despesa têm natureza devedora: 
Para AUMENTAR » Débito 
Para DIMINUIR » Crédito 
Como Passivo, PL e Receita têm natureza credora: 
Para AUMENTAR » Crédito 
 Para DIMINUIR » Débito
A regra para lançar é simples, mas, como estamos acostumados à ideia de que débito é ruim e crédito é bom, por vezes complicamos algo desnecessariamente. Não confunda. Atenha-se no seguinte: 
A Contabilidade deve controlar o patrimônio; 
Esse controle começa pelo registro de todos os fatos que alteram o patrimônio;
Registrar é indicar que pelo menos duas contas foram movimentadas (aumentando ou diminuindo); 
Esses aumentos e/ou diminuições são representados por débitos e créditos que, por sua vez, são simples convenções contábeis. Não representam, de modo algum, algo “ruim” ou “bom”; 
Cientes disso, para sabermos quando debitar ou creditar, devemos nos ater à natureza das contas; 
Contas do Ativo e de Despesas têm natureza devedora, as do Passivo, PL e Receitas têm natureza credora; 
Por terem natureza devedora, contas do Ativo e de Despesas são aumentadas pelo débito e diminuídas pelo crédito; 
Por terem natureza credora, contas do Passivo, PL e Receitas são aumentadas ao serem creditadas e diminuídas ao serem debitadas.
Guardando o essencial 
Origens e aplicações » O capital próprio (PL) e o obtido junto a terceiros (PE) representam as origens de recursos, as quais terão valor idêntico ao das aplicações, representadas pelos bens e direitos (ATIVO). 
Aspectosqualitativo e quantitativo » As contas debitadas e creditadas representam o aspecto qualitativo do lançamento; já o valor representa o aspecto quantitativo. 
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido » No Ativo, temos todos os bens e direitos da entidade. No Passivo, as obrigações. O PL representa quanto fica no Ativo após o pagamento de todo o Passivo (PL = A – P). 
Representação gráfica » Do lado esquerdo do balanço, temos o Ativo; do lado direito, o PE e o PL. O lado direito (origens) vai sempre “bater” com o esquerdo (aplicações). 
Variações patrimoniais » Podem ser de ordem qualitativa (não alteram o valor do PL) ou quantitativa (modificam o valor do PL, para mais ou para menos). 
Fatos contábeis » Os fatos contábeis alteram o patrimônio da entidade qualitativa e/ou quantitativamente. 
Débito, crédito e saldo » Débito e crédito, na contabilidade, representam meramente um mecanismo de registro de aumentos e/ou diminuições nos saldos das contas. Saldo é a diferença entre o total debitado e o creditado em determinado período. Pode ser devedor (mais débitos que créditos) ou credor (créditos superiores aos débitos).
DESPESAS 
Despesa é uma ocorrência (geralmente a utilização de um serviço ou consumo de um bem) que diminui o PL da entidade. 
O CPC, no pronunciamento que trata da estrutura conceitual básica, definiu Despesa do seguinte modo: 
“Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de Ativos ou incremento em Passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.”.
Não há motivo para confundirmos Despesa com Passivo. Pode, inclusive, ocorrer uma Despesa sem qualquer repercussão no Passivo, no caso de despesa paga à vista. Devemos atentar para o caso das Despesas que serão pagas nos meses seguintes; nesse caso, surgirá uma conta do Passivo, indicando a obrigação:
DESPESA PASSIVO 
Salário Salários a pagar 
Energia Energia a pagar 
Água e Esgoto Água e Esgoto a pagar 
Frete e Carretos Fretes e Carretos a pagar 
Propaganda e Publicidade Propaganda e Publicidade a pagar 
Impostos Impostos a recolher 
Despesas de Juros (ou Juros Passivos) Juros a pagar 
 Despesa de Aluguel (ou Aluguéis Passivos) Alugueis a Pagar
RECEITAS 
Receita é uma ocorrência (geralmente venda de mercadoria ou prestação de serviço) que aumenta o PL da entidade.
É importante destacar que, assim como as Despesas, as Receitas devem ser registradas no mês de sua ocorrência de acordo com o regime de competência. Não é preciso esperar o recebimento do dinheiro.
Vejamos como o CPC define Receitas: 
“São aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de Ativos ou diminuição de Passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.”
Fórmulas de Lançamentos »
Dizem respeito à quantidade de débitos e créditos existentes em um registro. São quatro as fórmulas de lançamento: 
a) 1ª Fórmula: uma conta debitada e uma conta creditada; 
b) 2ª Fórmula: uma conta debitada e mais de uma conta creditada; 
c) 3ª Fórmula: mais de uma conta creditada e uma conta debitada; 
d) 4ª Fórmula: mais de uma conta sendo debitada e mais de uma conta sendo creditada. 
Tipos de Fatos Contábeis 
Um fato contábil pode ser classificado como permutativo, modificativo ou misto, de acordo com a repercussão que causa no patrimônio.
Já sabemos que o fato permutativo é aquele que não altera o valor do patrimônio líquido, ou seja, nem saímos dele “mais ricos”, nem “mais pobres”. Diz-se, por isso, que altera o patrimônio apenas em termos qualitativos. Lançamentos envolvendo apenas contas do Ativo ou Passivo sempre serão permutativos, bem como os que contenham somente contas do PL. 
O fato contábil modificativo altera o valor do PL. Pode ser aumentativo ou diminutivo, na medida em que aumente ou diminua o valor do capital próprio. Geralmente se dá com a ocorrência de uma despesa (diminuindo o PL) ou receita (aumentando o PL). Pode, entretanto, ocorrer com fatos que envolvam diretamente alguma conta do patrimônio líquido: 
O fato contábil misto ou composto também altera o valor do patrimônio líquido para mais (misto aumentativo) ou para menos (misto diminutivo). A diferença em relação ao modificativo é que no misto, além da alteração na situação líquida, há uma permuta entre elementos patrimoniais (contas do ativo e/ou do passivo). Diz-se, por isso, que é a junção do fato permutativo com o modificativo. Exemplos clássicos de fatos mistos são os pagamentos e recebimentos com juros ou descontos: 
Permutativo
 Caixa Mercadorias
A Dupl. Receber a Fornecedor
Modificativo Diminutivo 
 Despesa de Aluguel Capital Social 
a Caixa/Aluguéis a Pagar a Caixa 
Modificativo Aumentativo 
 Caixa/Aluguéis a Receber Caixa 
a Receita de Aluguel a Capital 
Misto Aumentativo 
 Caixa----------------------------------------110 
a Duplicatas a Receber---------.................................-100 
a Juros Ativos---------....................................------------10 »Aumento no PL
Misto Diminutivo 
 Juros Passivos---------10 » Diminuição no PL 
 Duplicatas a Pagar----100 » Permuta 
a Caixa--------------------------.............................................-110 
CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS FATOS CONTÁBEIS E AS DEMONSTRAÇÕES 
Já sabemos que no final do exercício social, a empresa deve elaborar as Demonstrações Contábeis. Vejamos o caso do Balanço Patrimonial, onde aparecerão todos os itens que compõem o patrimônio da entidade em determinada data. No Balanço de 31.12.X1, por exemplo, serão mostrados os saldos das contas do Ativo, Passivo e PL nessa data. Como fazer para, após um ano de escrituração, que pode envolver milhares de lançamentos, sabermos o valor exato de cada item que fará parte da Demonstração? 
Diário x Razão 
Até aqui, o que vimos sobre lançamentos – o debitar e o creditar – corresponde ao chamado Livro Diário. Nele, há o registro, em ordem cronológica, de todos os fatos contábeis ocorridos no exercício social. Quando, então, neste curso, debitamos uma conta e creditamos outra, com os respectivos valores, estamos simplesmente lançando no Diário. 
Lançamento da compra de mercadorias à vista: 
 Mercadorias-------- 100 
a Caixa----------- -- 100
A medida que um fato é registrado no Diário, conforme exemplo acima, ele também é registrado no Livro Razão. Neste, o saldo de cada conta é acompanhado a cada momento, pois o registro é feito de forma sistematizada, separando cada item que faz parte do patrimônio. O lançamento anterior seria registrado do seguinte modo no Razão: 
 MERCADORIAS CAIXA
 100 100
O Razonete (ou Conta em T) é uma representação gráfica de conta bastante simples, funcionando como se fosse o Livro Razão. Toda conta movimentada terá seu próprio Razonete. Por convenção, do lado esquerdo ficam os débitos e, do lado direito, os créditos. Observe que, assim como no Diário, a conta mercadorias foi debitada no valor de 100, e a conta caixa foi creditada. 
Com a utilização do Razonete, no final do período, basta à empresa somar as colunas débitos e créditos.Caso haja mais débitos do que créditos, diz-se que a conta ficou com saldo devedor. Isso é o que vai acontecer com as contas normais de Ativo e Despesas e com as Retificadoras do Passivo/PL. Por seu turno, se os créditos superarem os débitos, o saldo será credor (Passivo, PL, Receitas e Retificadoras do Ativo). 
De posse de todos os saldos, a Contabilidade prepara o Balancete de Verificação, que consiste em uma relação ordenada dos saldos das contas do Razão. Haverá uma coluna para os saldos devedores e outra para os credores, as quais, por conta do método das partidas dobradas, devem apresentar valores iguais.
A partir do balancete inicial, a empresa efetua os lançamentos de ajustes, apura o resultado do exercício, faz a destinação deste resultado e elabora um novo Balancete de Verificação, agora completamente ajustado, a partir do qual a entidade prepara seus demonstrativos.
Formalidades Extrínsecas e Intrínsecas »dos Livros Contábeis 
Tanto o Diário como o Razão contêm toda a movimentação ocorrida na empresa, sendo, por isso, considerados Livros Principais. O que muda é o enfoque. Enquanto o Diário se preocupa com o registro em ordem cronológica, o Razão faz uma espécie de controle de saldo por cada conta. Tais livros, quando apresentados em forma não digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas que lhe assegurem alguma segurança, tais como: 
a) encadernação; 
b) folhas numeradas sequencialmente; e 
c) termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade. 
Existem também formalidades que se relacionam com a escrituração em si, ou seja, com o conteúdo dos livros. São as chamadas formalidades intrínsecas, as quais determinam que a escrituração deve ser executada: 
a) em idioma e em moeda corrente nacionais; 
b) em forma contábil; 
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano; 
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e 
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis. 
Caso estejam em forma digital, o Diário e o Razão devem ser assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado, além de autenticados no registro público competente. 
Cabe destacar que, embora o Código Civil considere apenas o Diário como livro obrigatório ¬ dispensando-o, entretanto, no caso do pequeno empresário ¬, a Resolução nº 1.330/11 do CFC, que trata da Escrituração Contábil, considera o Diário e o Razão como livros obrigatórios. Além disso, a legislação do Imposto de Renda obriga a escrituração do Razão pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.
REGIMES CONTÁBEIS E TRIBUTÁRIOS 
Regime de escrituração diz respeito ao modo como as entidades vão considerar ocorridas
receitas e despesas. Possui, assim, estreita relação com a apuração do resultado nas
entidades. 
Regime de Competência – 
CONCEITO:
Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
O principio da competência determina em que data as alterações, no ativo ou no passivo, resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo, ainda, diretrizes para classificação das mutações patrimoniais resultantes da observância do princípio da oportunidade.
Regime de Caixa 
CONCEITO:
Segundo o regime de caixa, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que forem realizadas, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem, dependentemente do período de ocorrência . 
Consiste basicamente em considerar Receita do período aquela efetivamente recebida dentro do exercício (entrada de dinheiro) e Despesa do período aquela também efetivamente paga no exercício(saída de dinheiro Desembolso).[1: 	 CONTABILIDADE EMPRESARIAL JOSÉ CARLOS MARION 8.a EDIÇÃO - ATLAS]
O regime de caixa é uma forma simplificada de controle permitida pelo Fisco destinada, geralmente, a empresas de pequeno porte, tais como pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES, entidades sem fins lucrativos e, opcionalmente, empresas tributadas pelo Lucro Presumido.
FORMAS DE ESCRITURAÇÕES E MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO 
	CONTÁBIL COMPLETA 
	FISCAL SIMPLIFICADA
	RR
EE
GG
II 
MM
EE
S
	 
 Período de apuração : 
 
1-lucro real 1-trimestral
 2-mensal acumulado
 3-anual
 (*)
 a) na suspensão/redução
 de pagamento IR/CS
 b) há obrigatoriedade da 
 apuração do lucro real anual
	 
 Período de apuração :
1-2-lucro estimado ..................mensal(*)
 
2-3- lucro presumido................trimestral
 
3-4-lucro (auto) arbitrado........trimestral
4-5-simples/Supersimples............mensal(**)
(**) a tributação é feita juntamente com outros tributos e contribuições
	 A DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS PARA SÓCIOS,PROPRIETÁRIOS: NA FORMA ESTABELECIDA E NOS LIMITES EM TODAS AS MODALIDADES DE TRIBUTAÇÃO ACIMA NÃO HÁ retenção na fonte e é ISENTO na Declaração de Rendimento da Pessoa Física
1- Lucro Real – é o regime completo, baseado e apurado por meio da escrituração contábil e fiscal da empresa tais como: livro de apuração do lucro real, livro diário, livro razão, livros fiscais IPI, ICMS,ISS. 
2-Lucro Estimado – cálculo simplificado do IRPJ e CSLL baseado em taxa fixa de lucro sobre as vendas mais outras receitas. Nele há dispensa dos registros contábeis, exceto se houver suspensão ou redução de pagamento. Ele faz parte do regime de Lucro Real anual. 
3-Lucro Presumido - semelhante ao Regime de Lucro Estimado – é uma forma simplificada de cálculo do IRPJ e CSLL baseado em taxa de lucro sobre as vendas mais outras receitas, há dispensa dos registros contábeis. Neste regime durante o ano de opção não pode ser mudado para o Lucro Real e, há determinadas empresas em função do faturamento e atividade que não podem utilizá-lo.
4-Lucro Arbitrado – calculo do IRPJ e CSLL baseado em taxa de lucro elevadas em 20% se comparada dom o regime de lucro presumido, sobre as vendas mais outras receitas. Trata-se de um regime de caráter extremo e excepcional e não deve ser encarado como modalidade optativa ou favorecida de tributação. É um regime imposto pelo fisco da Receita Federal, sendo utilizado quando há falta de escrituração contábil e fiscal que permita a tributação com base no regime de Lucro Presumido ou Lucro Real.
5- Simples Nacional - Supersimples – entrou em vigor em 01/07/2007 contempla além dos tributos federais (IRPJ,CSLL,PIS,COFINS,IPI e INSS) os tributos: Estadual ICMS e o tributo Municipal ISSQN. Contem tabelas de tributação para cada atividade, onde a ME – micro empresa terá uma faixa de receita bruta anual ampliada até R$ 360.000,00) e a EPP - empresas de pequeno porte (receita bruta anual até R$ 3.600.000,00). 
Guardando o essencial 
Método das partidas dobradas » Todo fato contábil repercute, pelo menos, em dois itens do patrimônio; por isso, o lançamento é formado de débito(s) e crédito(s), sempre nos mesmos valores. 
Fórmulas de lançamento » São quatro fórmulas: um débito e um crédito (1ª); um débito e mais de um crédito (2ª); mais de um débito e um crédito (3ª); e mais de um débito e mais de um crédito (4ª). 
Razonetes » Cada conta movimentada possui um, em forma de “T”. Do lado esquerdo ficam os “débitos” e do lado direito ficam os “créditos”. 
Balancete de verificação » Relação decontas com seus respectivos saldos. Feito preliminarmente ao Balanço, serve como ponto de partida para verificações e ajustes necessários. 
Encerramento do exercício » No final do exercício social, é feito o confronto entre as contas de Despesas e Receitas, ocasião na qual todas elas são zeradas, de modo que o exercício seguinte começa sem nenhuma conta de resultado. 
Regimes de escrituração » Dizem respeito à regra que a entidade vai usar para reconhecer a ocorrência de Receitas e Despesas. No regime de competência, Despesas e Receitas estão relacionadas à ocorrência de seus fatos geradores, independentemente de pagamento/recebimento. O regime de caixa, por sua vez, está totalmente atrelado à entrada/saída de dinheiro. 
Livros contábeis » De acordo com o CFC, são obrigatórios os livros Diário (onde todos os fatos contábeis ocorridos no exercício são apresentados em ordem cronológica) e Razão (que também contém todos os fatos administrativos do período, mas os apresenta de forma sistematizada, por contas).
CASO PRÁTICO PARA FIXAÇÃO.
Indique a alternativa correta de cada questão.
O objetivo da Contabilidade é:
Permitir o estudo e o controle da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.
O Patrimônio;
A Entidade;
Fornecer informações sobre o patrimônio das entidades.
A finalidade da Contabilidade é:
O Patrimônio;
Permitir o estudo e o controle do Patrimônio;
Permitir a seus usuários a obtenção de informações de natureza econômica e financeira acerca da entidade;
Registrar os fatos administrativos visando à elaboração do Balanço Patrimonial.
Escrituração, Atos Administrativos, Demonstrações Contábeis, Auditoria, Análise de Balanços, Mecanismo do Débito e do Crédito, Equação Fundamental do Patrimônio, Princípios Contábeis. Indique quantas técnicas contábeis constam dos itens acima.
Duas;
Quatro;
Três;
Cinco;
Seis.
Classifique os elementos abaixo em: A) = Ativo ou Passivo; B)= Bem, direito ou obrigação.
	ELEMENTOS
	A
	B
	Computador
	
	
	Estante
	
	
	Duplicata a Receber
	
	
	Impostos a Recolher
	
	
	Aluguéis a Receber
	
	
	Dinheiro em Caixa
	
	
	Fornecedores
	
	
	Clientes
	
	
	Promissórias a Receber
	
	
	Carnês a Receber
	
	
	Impostos a Pagar
	
	
	Salários a Pagar
	
	
	Mercadorias para Revenda
	
	
	Veículos
	
	
	Máquinas e Equipamentos
	
	
	Móveis e Utensílios
	
	
	Empréstimos e Financiamento Obtidos
	
	
	Adiantamento à Funcionário
	
	
	Adiantamento de Cliente
	
	
	Adiantamento à Cliente
	
	
	Adiantamento para Viagem
	
	
	Matéria Prima
	
	
	Impostos a Recuperar
	
	
	Adiantamento à Fornecedor
	
	
	Adiantamento de Fornecedor
	
	
	Marcas e Patentes
	
	
	Fundo de Comércio
	
	
 Uma empresa apresenta:
Dinheiro 200.000,00
Contas a Pagar 50.000,00
Imóvel 400.000,00
Mercadorias para Revenda 200.000,00
Terreno 100.000,00
Fornecedores 200.000,00
Empréstimos e Financiamentos 600.000,00
Duplica a Receber 100.000,00
Impostos a Pagar 150.000,00
De acordo com as informações acima:
O total dos bens;
O total dos direitos;
O total das obrigações;
O total da riqueza própria.
A diferença entre Ativo (Bens e Direitos ) e Passivo (obrigações ) denomina-se:
Balanço Patrimonial;
Situação líquida;
Situação líquida positiva;
Situação líquida negativa.
A equação: Ativo maior que zero, Passivo maior que zero e situação líquida menor que zero, evidencia:
Situação líquida positiva;
Situação líquida negativa;
Situação líquida superavitária;
Situação líquida nula.
A equação: Ativo maior que zero, Passivo maior que zero e situação líquida igual a zero, evidencia:
Situação líquida positiva;
Situação líquida negativa;
Passivo a descoberto;
Situação líquida nula ou inexistente.
Diz-se que a Situação Líquida é negativa quando o Ativo Total é:
Maior que o passivo total;
Maior que o passivo exigível;
Igual à soma do Passivo Circulante com o Passivo Exigível a Longo Prazo;
Igual ao Passivo Exigível;
Menor que o Passivo Exigível.
Uma empresa transferiu seu Ativo e Passivo por R$ 165.000,00, importância recebida em dinheiro. Sabendo-se que o seu Patrimônio Líquido era de R$ 145.000,00, pode-se afirmar que a operação gerou:
Resultado nulo – nem lucro, nem prejuízo – porque a empresa foi vendida integralmente;
Prejuízo de R$ 310.000,00;
Prejuízo de R$ 20.000,00;
Lucro de R$ 310.000,00;
Lucro de R$ 20.000,00.
Eis os componentes patrimoniais da empresa “ADM”:
Dinheiro em caixa		50.000,00
Bens para revenda		90.000,00
Impostos a recolher		15.000,00
Títulos a pagar		55.000,00
Capital social 			95.000,00
Veículos em uso		40.000,00
Dívidas com Fornecedores 35.000,00
Títulos a receber		60.000,00
Com os dados acima, pode-se afirmar que o Capital Próprio e o Capital de Terceiros neste patrimônio são respectivamente:
95.000,00 e 105.000,00
135.000,00 e 90.000,00
135.000,00 e 105.000,00
240.000,00 e 200.000,00
240.000,00 e 105.000,00

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