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experimento cuba laboratorio de fisica 3

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


 
CCT – Centro de Ciência e Tecnologia. 
LCFIS – Laboratório de Ciências Físicas. 
 
 
 
 
 
 
 
Propagação de Ondas em uma Cuba de Ondas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campos dos Goytacazes, 25 de novembro de 2010. 
Juraci Aparecido Sampaio
Nota 9,5
Juraci Aparecido Sampaio
Juraci Aparecido Sampaio

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
Experimento: Propagação de Ondas em uma Cuba 
de Ondas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplinas: Laboratório de Física Geral III. 
Docente: Juraci Aparecido Sampaio. 
Turma: C (Quinta-feira, 18 horas) 
Discente: Davi de Jesus Chagas. 
Curso: Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



Índice 
 
1. Objetivo--------------------------------------------------------------------------- 3 
2. Introdução------------------------------------------------------------------------ 3 
3. Fundamentos Teóricos------------------------------------------------------- 4 
4. Procedimento Experimental------------------------------------------------- 12 
5. Resultados e Discussões.----------------------------------------------------13 
6. Conclusão------------------------------------------------------------------------ 21 
7. Referências Bibliográficas---------------------------------------------------- 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 
Propagação de Ondas em uma Cuba de Ondas 
 
1. Objetivo. 
Identificar e caracterizar ondas em duas dimensões, sejam elas circulares 
(originadas a partir de uma fonte puntiforme) ou planas (originadas a partir de 
uma lâmina retilínea), bem como alguns fenômenos recorrentes a ondas como 
reflexão (mudança da direção de propagação da onda devido a presença de 
um anteparo colocado na cuba de ondas), difração (passagem da onda por um 
orifício, ou contorno de um objeto pela onda) e interferência de duas fontes 
geradoras de ondas na propagação das mesmas. 
 
2. Introdução. 
O advento da teoria ondulatória teve relevante papel na compreensão de 
fenômenos e mecanismos que não podem ser entendidos a partir da física 
clássica.Um bom exemplo, que caracteriza importantes propriedades das 
ondas, é o de um passageiro sentado em uma estação ferroviária, esperando a 
chegada do seu trem, a fim de embarcar. Ele pode perceber a chegada do trem 
mesmo de olhos fechados: um pequeno tremor passa pelos seus pés, o som 
do motor e os ruídos do atrito das rodas com os trilhos atingem seus ouvidos. 
Esses sinais correspondem a propagação de energia pelo solo (tremor) e pelo 
ar (som), porém sem arrastar o meio em que se propaga. Um outro exemplo 
para este fenômeno ocorre ao lançarmos uma pedra em uma superfície com 
água (um lago, ou piscina por exemplo) e vemos os objetos que flutuam serem 
atingidos pela oscilação, porém sem serem carregados. Ou seja, desses dois 
exemplos, podemos retirar uma das principais características das ondas: 
transporte de energia sem envolver transporte de matéria [1]. 
Neste experimento analisaremos o comportamento de ondas 
bidimensionais na superfície da água de uma cuba de ondas. Estas ondas 
podem ser geradas por uma fonte puntiforme (que gera ondas em forma de 
círculos concêntricos, em que cada círculo é uma frente de onda) ou por uma 
lâmina retilínea (que gera ondas em forma de segmentos de reta, análogas a 
uma onda plana) [2]. 
Esse experimento, através de um aparato de equipamentos simples, 
todavia bem elaborado, permite um aprendizado facilitado por parte do aluno, 
pois suprime as abstrações e imposições de leis que muitas vezes são feitas 



sem nenhum suporte prático. Demonstra ainda de maneira clara e perfeita os 
tipos de ondas que podem existir em meios líquidos (ondas circulares e ondas 
retas), os tipos de interferência que uma onda pode sofrer: reflexão e difração 
(demonstração da capacidade da onda em contornar os obstáculos e 
demonstração do comportamento de uma fenda como fonte de ondas) [3]. 
 
3. Fundamentos Teóricos. 
Uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no 
espaço e periódica no tempo que como já visto pode transportar energia porém 
não pode transportar matéria. Sendo assim, podem ser classificadas de acordo 
com sua natureza em ondas mecânicas (necessitam de um meio material para 
se propagar, por exemplo, as ondas sonoras) e ondas eletromagnéticas (não 
necessitam de um meio material para se propagar, podendo prapagarem-se no 
vácuo, por exemplo, a luz). As ondas também podem ser classificadas de 
acordo com a sua direção de propagação em unidimensionais (propagam-se 
em uma única direção, por exemplo, ondas numa corda), bidimensionais 
(propagam-se num plano, exemplo ondas na superfície de um lago) e 
tridimensionais (propagam-se em todas as direções, por exemplo, ondas 
sonoras no ar atmosférico). Quanto a sua direção de vibração as ondas podem 
ser classificadas em transversais (as vibrações são perpendiculares a direção 
de propagação, por exemplo, onda em uma corda) e longitudinais (as vibrações 
coincidem com a direção de propagação, por exemplo, ondas em uma mola). 
Ao gerarmos uma perturbação num meio líquido, a sua superfície livre se 
ondula e se propaga ao longo do plano determinado por ela. Os raios 
luminosos, provenientes da lâmpada, ao encontrar uma superfície curva irão 
convergir ou divergir nestas lentes formadas pelas cristas e ventres da onda 
que se propaga na água. As cristas funcionam como lentes convergentes, 
gerando as regiões claras, enquanto que os vales como lentes divergentes, 
gerando as regiões escuras, quando projetadas em um anteparo. O 
comprimento de onda  é dado pela distância entre dois pontos claros (ou 
escuros). 
Quando observamos as ondas na água pela parede lateral de um aquário, 
elas apresentam uma forma como vista na Figura 3.1. A parte superior da onda 
é denominada crista e a parte inferior, depressão ou vale. A distância entre 
duas cristas ou dois vales é igual ao comprimento de onda, conforme Figura 
3.2. 

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




Figura 3.1: Representação de Ondas na Água. 
 
 
 
Figura 3.2: Representação Esquemática de uma Onda (Comprimento , Crista 
e Vale) 
 
As regiões claras da superfície da água são caracterizadas como cristas 
que atuam com lentes convergentes e tendem a focalizar a luz e as escuras 
como vales (Figura 3.1) que atuam como lentes divergentes e tendem a 
dispersar a luz. Estas regiões podem ser projetadas na parede utilizando um 
retroprojetor. 
Tocando levemente a superfície da água com uma régua, você vai obter 
ondas retas (planas). Uma onda de pequena duração é denominada pulso, no 
caso de ondas retas (planas), um pulso reto. O movimento do pulso reto é tal 



que se mantém paralelo à linha que indica a sua posição original (Figura 3.3). A 
direção e o sentido estão indicados pela seta. O comprimento de onda está 
indicado na Figura 3.3 e, que é medido como a distância entre dois pulsos 
adjacentes quaisquer. 

Figura 3.3: Formação de um pulso reto 
 
Figura 3.4: Direção de propagação e comprimento de onda plana. 
 
As regiões claras da superfície da água são caracterizadas como cristas 
que atuam com lentes convergentes e tendem a focalizar a luz e as escuras 
como vales (Figura 3.1, 3.3 e 3.5) que atuam como lentes divergentes e 
tendem a dispersar a luz. O comprimento de onda vai ser a medida 
considerada de crista a crista ou vale a vale (Figura 3.1, 3.3 e 3.5). Quando 
você atira uma pedra na água, aparece uma configuração circular na água quese estende a partir do ponto de impacto (Figura 3.5). Uma perturbação desse 
tipo se denomina onda circular. Essa onda, do tipo circular (esférica), 
movimenta-se apenas na superfície da água. A Figura 3.5 mostra um pulso 
circular e em seguida o mesmo pulso. A direção e o sentido de propagação 
estão indicados pela seta na Figura 3.6. Observe que a direção de propagação 
é radial e o sentido é de dentro para fora do círculo. 
Juraci Aparecido Sampaio



 
Figura 3.5: Representação de ondas circulares na água 
 
Figura 3.6: Direção de propagação e comprimento de onda. 
O gerador de pulsos emite uma quantidade de pulsos sucessivos, em 
intervalos de tempo iguais a T. Quando o gerador de pulsos faz isso, repete 
seu movimento uma vez em cada intervalo de tempo T. Tal movimento se 
denomina periódico, e o intervalo de tempo, período. As ondas assim 
produzidas são denominadas ondas periódicas. A quantidade de vezes que 
este movimento se repete na unidade de tempo é a freqüência, f. 
Como conseqüência das definições de período e freqüência temos que a 
freqüência é o inverso do período e vice-versa: f= 1/ T ou T = 1/f 
Unidade de freqüência – SI: U (f) = 1 ciclo / s = 1 hertz (1 Hz). 
A velocidade v da frente de onda é constante para cada meio e é dada pelo 
produto da freqüência, f, pelo comprimento de onda, ou seja:V = f 
Como f = 1 / T, obtemos também a relação: V = / T. 
 
Pela lei da reflexão da luz temos que o ângulo de incidência, i, é igual ao 
ângulo de reflexão, r (Figura 3.7). 




Figura 3.7: Lei da reflexão: i = r 
O comportamento de uma frente de ondas quando esta incide sobre 
uma barreira é análogo ao do raio da luz em uma superfície polida. Quando a 
frente de ondas incide em uma direção à barreira que é colocada inclinada em 
relação à cuba, ela é refletida em uma direção diferente tal que o ângulo da 
frente de onda que se aproxima da barreira é igual ao ângulo em que a frente 
de onda reflete (Figura 3.8). 
 
Figura 3.8: Reflexão de Ondas. 
A Figura 3.8 mostra que os raios de luz, incidentes e refletidos, são 
perpendiculares às frentes de onda, além disso observa-se que a onda refletida 
tem o mesmo ângulo que a onda incidente.Medindo os ângulos r e i na cuba 
de ondas, podemos demonstrar a lei da reflexão. 
Contrariando o princípio da propagação retilínea da luz, a luz tem a 
propriedade de contornar obstáculos colocados em sua trajetória. Este 
fenômeno é conhecido como difração da luz. Iluminando com um feixe de luz 
de raios paralelos e monocromático (de uma só cor) um pedaço de papelão por 
exemplo no qual há uma fenda. Se a fenda é larga será projetada na tela uma 
tira luminosa de contornos bem definidos. Ao estreitar a fenda, a tira luminosa 
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

irá se alargar ao invés de diminuir. A luz invade a região de sombra. Quanto 
mais estreita for a fenda mais acentuado será o efeito. 
A luz, ao passar por orifícios muito pequenos (por exemplo um orifício feito 
com um alfinete em um cartão), sofre difração. Observa-se nesta figura que a 
luz se espalha apresentando uma mancha luminosa bem maior que orifício. 
Para simular a difração em uma cuba de ondas, colocamos duas barreiras 
retilíneas na cuba, deixando uma pequena abertura entre elas, d (Figura 3.10). 
Utilizando um gerador de ondas retas, quando uma onda reta periódica de 
comprimento de onda atravessa a abertura d (Figura 3.10), observa-se que a 
onda fica curvada nos lados da abertura. A curvatura sofrida pelas frentes de 
ondas retas ao passarem por um obstáculo ou por uma abertura é devido ao 
fenômeno da difração. 
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Figura 3.9: Difração em uma cuba de ondas. 
 

Figura 3.10: Difração de uma onda plana. 
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

As ondas são fortemente difratadas quando o comprimento de onda é da 
ordem da abertura, d. Quando << d, verifica-se experimentalmente, que 
menor será o efeito da difração, ou seja, se o comprimento de onda for muito 
menor que a largura do orifício, d, a onda praticamente não se difrata. 
T. Young (1773 - 1829) foi quem, pela primeira vez, comprovou que há 
interferência da luz quando dois feixes luminosos se cruzam. O esquema 
utilizado por Young está mostrado nas Figura 3.11 e Figura 3.12. 

Figura 3.11: Esquemas de montagem de Young para interferência 
 

Figura 3.11: Esquemas de montagem de Young para interferência 
Na Figura 3.11 tem-se que a luz emitida por uma fonte de luz atravessa um 
pequeno orifício, difratando. Na frente desta onda há dois orifícios F1 e F2 
fazendo com que a onda novamente seja difratada. As ondas luminosas assim 
obtidas se superpõem, originando uma figura de interferência. 
No anteparo obtém-se regiões claras e escuras. As regiões claras são 
aquelas em que dois vales ou duas cristas se superpõem. Temos neste caso 
uma interferência construtiva (Figura 3.12) 
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


Figura 3.12: Interferência construtiva 
As regiões escuras são aquelas em que um vale e uma crista se 
superpõem. Neste caso temos uma interferência destrutiva (Figura 3.13). 

Figura 3.13: Interferência destrutiva. 
Para analisar a interferência em uma cuba de ondas vamos considerar 
duas fontes pontuais separadas por uma distância d que geram pulsos 
circulares com a mesma freqüência. Como cada fonte produz uma crista no 
mesmo instante, dizemos que as fontes estão em fase (Figura 3.14). 
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


 Figura 3.14: Duas fontes pontuais em uma cuba gerando pulsos circulares 
As fontes, sendo periódicas, fazem com que as cristas estejam sempre 
separadas de uma mesma distância, que é o comprimento de onda, . 
Quando duas ondas se superpõem pode ocorrer: duas cristas (uma de 
cada fonte), ao se interceptarem, formam uma crista dupla, produzindo regiões 
brilhantes sobre o anteparo; ou duas depressões (uma de cada fonte) se 
interceptando e produzindo regiões escuras sobre o anteparo. Uma crista 
procedente de uma fonte encontra uma depressão procedente da outra, produz 
uma região em que não há deslocamento (a água permanece imóvel) e sobre o 
anteparo aparecerá uma região cinzenta. 
 
4. Procedimento Experimental. 
O experimento, ocorrida na noite do dia 08 de novembro de 2010, foi 
conduzido pelo professor, através de uma aula demonstrativa e prática a 
cerca do assunto. Para tal, o aparato para realização deste experimento é 
constituído dos seguintes materiais: 01 retroprojetor CIDEPE, 01 uma cuba 
de ondas para retroprojetor CIDEPE, 01 gerador de abalos (fonte geradora 
de ondas), 01 conta gotas e anteparos de metal, de formatos variados. 
Estes materiais podem ser vistos na Figura 4.1. 
 
Juraci Aparecido Sampaio



 
Figura 4.1: Equipamentos utilizados no experimento. 
 Com a sala (laboratório) fechada, luz apagada para facilitar a 
visualização, e equipamentos previamente montados (cuba de ondas contendo 
água sobre o retroprojetor e demais equipamentos ligados a rede elétrica) o 
experimento foi iniciado com a perturbação do meio (água) com a adição de 
água na cuba através do conta-gotas. A uma distância de aproximadamente10 
cm o professor deixava cair do conta-gotas gotículas de água, utilizando-o 
como uma fonte puntiforme gerando ondas bidimensionais circulares. Todo 
procedimento experimental foi projetado em uma parede aumentando e 
facilitando a visualização. 
 Após algumas orientações, o passo seguinte do experimento foi analisar 
o que ocorre quando se tem uma fonte vibrando a uma determinada freqüência 
de amplitude, em quatro situações: sem anteparo, com anteparo, com anteparo 
formando ângulo de 45º em relação a sua posição iniciale com um anteparo 
semicircular. 
 Ao término das análises de reflexão, foi avaliada a difração. Com a 
frequência ajustada para seu valor máximo, colocou-se dois anteparos 
afastados primeiramente por uma distância maior que 5 cm e posteriormente 
por uma distância menor que 0.5 cm. Logo após fixou-se a distância entre os 
anteparos em 3cm e variou-se a frequência. 
 Encerrando o experimento, a frequência foi novamente ajustada para 
seu valor máximo e foram ligadas duas fontes geradoras de ondas na cuba a 
fim de avaliar interferências construtivas e destrutivas do movimento 
ondulatório. 
 
5. Resultados e Discussões. 
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

Sete questões foram propostas pelo professor a respeito do experimento: 
I. Inicialmente vamos deixar cair uma gota de água, sobre a superfície da 
água na cuba, e depois compassadamente, outras gotas serão 
liberadas. Como essas ondas na superfície da água estão 
relacionadas à música e ao som? 
 
A música e o som são ondas sonoras e possuem natureza 
mecânica assim como as ondas geradas pela queda de gotas em uma 
superfície líquida, pois em ambos os casos (ondas sonoras e ondas em 
superfícies líquidas) é necessário que haja um meio material para sua 
propagação. Outra semelhança é o fato de ambas ao incidirem em um 
meio de características diferentes, refletem e voltam a se propagar no 
meio inicial interferindo de forma construtiva ou destrutiva nas ondas 
incidentes. No entanto essas ondas diferem quanto a direção de 
propagação, as ondas na superfície da água são ondas bidirecionais, 
portanto propagam-se em um plano, já as ondas sonoras são ondas 
tridimensionais e propagam-se no espaço. 
 
 
II. Como você determinaria a velocidade da onda nesse meio? 
 
A velocidade de propagação pode ser obtida através do produto 
entre a freqüência (f) e o comprimento de onda (), logo V = .f. Como o 
valor da freqüência pode ser facilmente observado e mantido fixo, bas ta 
encontrar o comprimento de onda, o que pode ser feito usando uma 
escala embaixo da cuba ou medindo na projeção feita na parede o 
intervalo entre duas pontos claros ou escuros. 
 
III. Qual é o tipo de frente de ondas que são produzidos pelas gotas que 
caem na superfície da água? Porque elas possuem essa forma e não 
outra forma? 
Quando gotas caem na superfície da água são produzidas frente de 
ondas circular e mecânica. Essas ondas possuem essa forma devido ao 
fato de gotas caindo em uma superfície de água caracterizarem-se como 
uma fonte puntiforme, que por estar em plano (bidimensional) causam 
uma propagação de onda circular (Figura 5.1). 
 
Juraci Aparecido Sampaio



 
Figura 5.1: Simulação de uma fonte puntiforme gerando frente de 
ondas circulares que sofrem reflexão ao chocar-se com a borda da cuba 
de ondas [4]. 
 
IV. Agora teremos uma fonte vibrando a uma determinada freqüência e 
amplitude. Veja nas próximas figuras. 
 
(a) Qual é o ângulo de propagação das frentes de ondas na situação 
em que não há nenhum obstáculo? 
 
Quando uma fonte está vibrando a uma determinada freqüência e 
amplitude, sem a presença de nenhum obstáculo, o ângulo de 
propagação das frentes de ondas, no sentido de cima para baixo, é nulo, 
ou seja,  = 0º (Figura 5.2 e Figura 5.3). 
 



Figura 5.2: Frente de ondas sem a presença de nenhum obstáculo. 
 
 
 
Figura 5.3: Simulação de uma frente de ondas retas [4]. 
 
(b) O que você observa quando é colocado um anteparo? 
 
Observa-se que as ondas refletem ao encontrar um obstáculo, 
e ao incidirem, podem causar interferências construtivas ou 
destrutivas (Figura 5.4 e Figura 5.5). É interessante observar também 
que o obstáculo (anteparo) comporta-se como um espelho plano. 
 
Figura 5.4: Frentes de ondas com a presença de um obstáculo inserido. 
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

 
Figura 5.5: Simulação de ondas retas refletidas por obstáculo reto posicionado 
paralelo à frente de onda. 
 
(c ) Agora o que ocorre quando esse obstáculo forma um ângulo  
(=45º)? Há alguma região em que as ondas são estacionárias? O que é 
a separação entre as linhas claras e escuras na onda estacionária? 
 
Sim, sabendo-se que ondas estacionárias são ondas resultantes 
da superposição de duas ondas de mesma freqüência, mesma 
amplitude, mesmo comprimento de onda, mesma direção e sentidos 
opostos, pode-se que existem ondas estacionarias resultantes da 
superposição das ondas incidentes com as refletidas. A separação entre 
as linhas claras e as linhas escuras são chamadas de nó da onda 
estacionária (Figura5.6). 
 
 



 
Figura 5.6: Simulação de ndas refletidas por um obstáculo resto, inclinado a 
45º, gerando ondas estacionárias. 
 
V. Agora colocamos um refletor curvado. O que você observa? 
Pode-se observar que o refletor curvado comporta-se como uma 
lente ou espelho convergente e que a onda ao refletir adquire o formato 
do obstáculo, convergindo para o foco que passa a comportar-se como 
uma fonte de propagação de ondas (Figura 5.7). 
 
Figura 5.7: Simulação de ondas ao encontrar um obstáculo curvo. 
VI. Agora vamos estudar a difração. A freqüência neste caso será ajustada 
para o seu valor máximo. Vamos inicialmente colocar dois anteparos 
separados por: 
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
(a) Uma distância > (maior) que 5 cm; 
(b) Uma distância < (menor) que 0.5 cm. 
Em que situação a fenda se comporta próximo de uma fonte pontual? 
Em que situação a fenda se comporta como uma fonte de ondas planas? 
 
 
Figura 5.8: Fenda com uma distância > 5cm 
 
Figura 5.9: Fenda com distância menor que 0.5 cm 
Quando a distância é > 5 cm, comporta-se como fonte de ondas planas 
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
Quando a distância é menor que 0.5cm a fenda comporta-se como uma 
fonte pontual. 
Para avaliar a difração deve-se levar em conta o comprimento da onda 
() e distãncia entre as fendas (d), de forma que: 
 < d : a onda permanece a se propagar de forma plana, ou seja, não 
ocorre difração; 
 = d : ocorre pequena difração; 
 > d : Ocorre difração, a fenda funciona como uma fonte pontual 
(c ) Agora a fenda terá uma distância de 3 cm e vamos variar a 
freqüência das ondas incidentes. Pergunta-se qual freqüência (alta ou 
baixa) que faz com que as ondas se espalhem mais ao passar pela 
fenda? 
Quando se diminui a freqüência (f), o comprimento de onda () aumenta 
e há difração, pois d é constante. Quando se aumenta a freqüência(f), o 
comprimento de onda () diminui e não há difração, há comportamento de onda 
plana. A onda se espalha mais em freqüências maiores. Na verdade, a 
mudança de comportamento está intimamente ligada ao fato de o comprimento 
de onda ser da mesma ordem de grandeza ou não da largura da fenda. 
(d) Quando dizemos “largo” e “estreito” para distinguir dois 
comportamentos nas situações (a) e (b), que tamanhos estamos 
comparando a ele? 
O comprimento de onda () e o tamanho da fenda (d) são os valores de 
referência. 
VII. Para finalizar nosso experimento vamos agora estudar a interferência 
de duas fontes. A freqüência é ajustada para seu valor máximo. Faça 
o esboço do que é observado. Anote no desenho com um C o lugar 
em que é observada uma região Construtiva e com um D em que é 
observada uma região destrutiva. A diferença do caminho percorrido 
L é a diferença na distância de um qualquer ponto até cada uma 
das fontes. (a) o que é L ao longo da linha pontilhada? (b) o que 
deve ser L, em termos de comprimento de onda, para a 
interferência construtiva? Coloque no seu esboço qual deve ser o L 
apropriado para cada região C.Faça o mesmo para a região D. (c) o 
que acontece nas regiões C e D e porque? Em particular, o que 
ocorre quando a fase é 180º? 
Juraci Aparecido Sampaio
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Figura 5.10: Simulação de interferência de duas fontes 
 
Nos pontos onde as cristas de cada fonte se superpõem, há uma 
interferência construtiva. Nestes pontos, os percursos das ondas, medidos a 
partir de cada fonte, ou têm o mesmo comprimento ou diferem por um número 
inteiro de comprimentos de onda. As retas tracejadas mostram os pontos 
eqüidistantes das fontes ou aqueles onde a diferença de percurso é de um, ou 
dois ou mais comprimentos de onda. Entre cada par de máximos de 
interferência sucessivos, há um mínimo de interferência, onde a diferença de 
percurso é numero impar de meio comprimento de onda (Figura 3.14). As retas 
sobre as quais as ondas se cancelam mutuamente são retas nodais [2] 
Nos pontos em que a diferença de percurso é um número inteiro de 
comprimentos de onda, a interferência é destrutiva, pois as ondas tinham a 
diferença de fase inicial 180°. Nos pontos onde a diferença de percurso é de 
número ímpar de comprimento de onda, as ondas estão em fase, em virtude da 
diferença de fase inicial de 180°. 
 
 
6. Conclusão 
 
Este experimento possibilitou maior compreensão a respeito do 
comportamento das ondas quando submetidas a diversas situações. A 
simplificação deste assunto, as vezes considerado de elevado grau de 
dificuldade, resultou da analogia que se pode fazer entre as frentes de ondas 
provocadas por um fonte em uma cuba de água os mecanismos dos raios da 
luz. 
Pode-se através deste experimento verificar diversas propriedades das 
ondas, tais como classificação quanto a sua natureza, direção de propagação, 
diferenciação das ondas numa cuba de outros tipos de ondas, determinação de 
sua velocidade, análise dos tipos de frentes de ondas e como elas são 
formadas. Outra parte deste experimento foi a análise de fenômenos 
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relacionados as ondas, tais como reflexão, difração e interferência de duas 
fontes de ondas. 
Os resultados obtidos e conclusões as quais se pode chegar através da 
realização do experimento são compatíveis com a conceituação deste assunto 
existente na literatura, como por exemplo: As ondas tem a capacidade de 
refletir quando encontra algum anteparo, para um anteparo côncavo as ondas 
convergem para o foco e este age como uma fonte pontual. Quando uma onda 
atravessa uma fenda muito pequena em relação ao seu comprimento de onda 
ocorre difração. 
Na interferência entre duas ondas geradas por fontes distintas na 
mesma fase quando a diferença da distância percorrida entre elas for de meia 
onda ocorre interferência destrutiva, já quando a diferença é de um 
comprimento de onda a interferência é construtiva. 
 
 
 
 
7. Referências Bibliográficas. 
[1] Carron, W.; Guimarães, O. Física: Volume Único. 2ª Ed. São Paulo: Editora 
Moderna, 2003. Paginas: 196 a 212. 
[2] TIPLER, A. P. Física para Cientistas e Engenheiros. Vol. 1. 4ª Ed. Rio de 
Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos, 2000. Páginas: 423,424, 454 e 
455. 
[3] LUNAZZI, J.J. Cuba de Ondas.Disponível em: 
<http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_
sem2_2004/011863Marcosp-RichardLanders_RF.pdf>. Acesso em: 26 de 
novembro de 2010. 
[4] http://www.falstad.com/ripple/index.html ; Acesso em: 26 de novembro de 
2010. 
[5] http://www.falstad.com/mathphysics.html ; Acesso em: 26 de novembro de 
2010.

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