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A IMPESSOALIZAÇÃO DO TEXTO

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FACULDADE CASTELO BRANCO – LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS – PROF. OLNEY BRAGA – CURSO: DIREITO. 1ºPERÍODO (turmas A e B) – Data: 14-04-2016 e 15-04-2016.
A IMPESSOALIZAÇÃO DO TEXTO
 Na maioria dos casos, não haveria interesse no aparecimento do agente ou do sujeito, ocasião em que os textos aparecem impessoalizados. Vejamos as frases abaixo, como exemplo:
“Pintores pintaram a casa por dentro e por fora. Encanadores reviram todo o encanamento. Azulejistas trocaram os azulejos avariados”.
 Ora, gastam-se palavras desnecessárias, como nos casos acima. Quem não sabe que quem pinta é pintor, que quem revê encanamento é o encanador e quem troca o azulejo é o azulejista? Todo mundo sabe.
 Bastaria, então, que as frases do 1º parágrafo estivessem expressas da seguinte maneira:
“Pintou-se a casa por dentro e por fora. Reviu-se todo o encanamento. Trocaram-se os azulejos avariados”.
 Não há, pois, necessidade de se tornar implícita a presença do agente. Isso é o que se chama de “impessoalização do texto” ou “impessoalização do agente”.
 Para que isso aconteça, faz-se mister que se explique em que situações é possível haver essa impessoalização. 
 Há verbos que são chamados de “transitivos diretos”, aqueles que pedem objeto direto, como é o caso dos verbos “pintar”, “rever” e “trocar”, utilizados nas frases acima. Com eles, podemos mudar as vozes: passar da voz ativa para a passiva.
 Voz ativa é aquela em que o verbo expressa uma ação exercida pelo sujeito. Somente verbos transitivos diretos expressão essa ação. “O pintor pinta a casa”. “Os encanadores reveem os encanamentos”. “Os pedreiros trocam os azulejos”.
 São tão óbvios os agentes das frases acima, e, por isso mesmo, tão dispensáveis, que podemos ignorá-los, pois eles não fazem falta à frase. Nesses casos, podemos – e devemos – impessoalizar o texto. E fazemos isso com o uso da voz passiva sintética, aquela voz que é caracterizada pelo pronome apassivador “se”. Quando digo “pinta-se a casa”, estou omitindo o agente “pintor” por absoluta desnecessidade. Poderia usar, também, a voz passiva analítica: “A casa é pintada”.
 No parágrafo acima, expressamos a voz passiva de duas maneiras: (1) a voz passiva com “se”; (2) a voz passiva com “ser”, as quais têm, também, as seguintes denominações: (1) voz passiva sintética; (2) voz passiva analítica, respectivamente.
 Pintou-se a casa. Reviu-se o encanamento. Trocaram-se os azulejos. (Nas três frases, usei a voz passiva com o pronome “se”, a que damos também o nome de pronome apassivador). Observe-se que, agora, mudei os verbos do presente para o pretérito perfeito do indicativo.
A casa foi pintada. O encanamento foi revisto. Os azulejos foram trocados. (Nas três frases, usei a voz passiva com o verbo “ser”).
 É óbvio que o uso do pronome apassivador “se” dá mais ênfase à frase do que o uso do verbo “ser”, embora isso também seja possível.
 A melhor forma de se impessoalizar um texto é com a voz passiva sintética, ou seja o voz passiva com o pronome apassivador “se”.
 É óbvio que os verbos transitivos indiretos não podem ser passados para a voz passiva. 
Exercícios
Tomemos as frases abaixo e impessoalizemos os textos:
O diretor suspendeu os alunos. 
Com a passiva sintética = ______________________________________.
Com a passiva analítica = ______________________________________.
Todos ouviram vozes durante a noite.
Com a passiva sintética = ______________________________________.
Com a passiva analítica = ______________________________________.
Aqueles meninos vendem picolés.
Com a passiva sintética = ______________________________________.
Com a passiva analítica = ______________________________________.
Meu pai comprará dois apartamentos.
Com a passiva sintética = ______________________________________.
Com a passiva analítica = ______________________________________.
Os alunos compreenderam a lição.
Passiva sintética = ____________________________________________.
Passiva analítica= ____________________________________________.
Observação: Não se pode fazer voz passiva ou impessoalizar-se um texto com verbos que exijam preposição. Exemplo: Todos confiam em pessoas honestas. 
Observemos que, no caso acima, o verbo “acreditar” exige a preposição “em”. É, pois, transitivo indireto. Não podemos passá-lo para a voz passiva nem sintética nem analítica.
Outros exemplos:
Acreditamos em Deus. Resistimos às pressões. Todos devem obedecer aos pais. 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Sempre que o verbo estiver no “futuro do presente” ou no “futuro do pretérito”, a transformação será feita com a utilização mesoclítica do pronome apassivador, na passiva sintética. Assim:
Meu pai comprará dois apartamentos. Comprar-se-ão dois apartamentos.
Maria estudaria as lições. Estudar-se-iam as lições.
Voltaremos ao assunto oportunamente.

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