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1. Física do solo 1. Física do solo Definição: Ramo da ciência do solo que trata das características e propriedades físicas do solo, bem como da medição, predição e controle dos processos físicos e que ocorrem no solo; Características: Atributos intrínseco (independente do meio ambiente). Ex: textura; Propriedades: Atributos relativos ao comportamento (depende do meio). Ex: retenção de água no solo 1. Física do solo Ciências inter-relacionadas: Ecologia, Hidrologia, Climatologia, Geologia, Sedimentologia, Botânica e Agronomia;Sedimentologia, Botânica e Agronomia; 1. Física do solo O papel da física do solo: Solo: substrato básico da vida terrestre (crescimento das plantas e reciclagem de nutrientes); Manejo sustentável do solo e da água.Manejo sustentável do solo e da água. O solo como sistema trifásico disperso: Solo: sistema heterôgenio, polifásico, particulado, disperso e poroso, onde a área interfacial por unidade de volume pode ser muito grande; 1. Física do solo O solo como sistema trifásico disperso: OBS: A natureza dispersa do solo e sua consequente atividade interfacial dá lugar a fenômenos tais como adsorção de água e químicos, troca iônica, adesão, expansão e contração, dispesão e floculação eexpansão e contração, dispesão e floculação e capilaridade. Fases do solo: Sólida: matriz do solo inclui partículas de diferentes composição química e mineralógica, tamanho, forma e orientação; 1. Física do solo Fases do solo: Sólida: Constituída de 2 partes. Mineral: partículas provenientes do intemperismo que variam quanto a forma (cúbica, esférica, laminar etc), composição (rocha) e tamanho (Tabela 1). Orgânicas: Substâncias amorfas (MOS) unem aos grãos minerais (organização dos componentes sólidos / estruturação). 1. Física do solo Tabela 1. Classificação quanto ao tamanho. 1. Física do solo Fases do solo: Líquida: solução do solo. Gasosa: semelhante ao ar atmosférico, porém, apresenta maior [CO2] e menor [O2]. Relações matemática entre os constituintes do solo. 2. Textura do solo Definição: Representa a distribuição quantitativa das partículas sólidas minerais, menores que 2 mm, quanto ao tamanho. Sistemas de classificação do tamanho das partículas: •Sistema Norte-Americano – USDA (U.S. Department of Agriculture) •Sistema Internacional – ISSS (Atterberg) Inst. Soil Science Society 2. Textura do solo Outros sistemas de classificação do tamanho das partículas: 2. Textura do solo Sistemas de classificação do tamanho das partículas mais adotados no Brasil: • Ajustar a metodologia de determinação da textura. • Teste de Campo: • Utilizado em Pedologia, onde procura-se correlacionar a sensibilidade ao tato com o tamanho das partículas: Areia (sensação de aspereza); 2. Textura do solo Determinação da textura do solo: tamanho das partículas: Areia (sensação de aspereza); Silte (sedosidade); Argila (plasticidade e pegajosidade) • Análise Textural: No Laboratório: Análise Textural ou Análise Granulométrica (distribuição quantitativa das partículas menores que 2 mm de diâmetro). 2. Textura do solo Fases da análise textural do solo: 1ª Fase – Pré- Tratamento: consiste na eliminação dos agentes cimentantes, íons floculante e sais solúveis, que podem comprometer a dispersão e estabilizaçãoque podem comprometer a dispersão e estabilização da suspensão. Matéria Orgânica: principal agente cimentante. Eliminação com peróxido de hidrogênio (H2O2), quando o solo apresentar mais que 5%. Carbonatos e Sais:compostos floculantes Carbonatos - eliminação com ácidos diluídos. 2. Textura do solo Fases da análise textural do solo: Carbonatos - eliminação com ácidos diluídos. Sais solúveis – eliminados pela diálise. Nota: Como a maioria dos nossos solos são pobres em MO e distróficos, não se faz o pré-tratamento rotineiramente. 2. Textura do solo Fases da análise textural do solo: 2ª Fase - Dispersão: tem por finalidade a destruição dos agregados do solo, transformando-os em partículas individualizadas.individualizadas. Dispersão Mecânica: agitação Suave e demorada (60rpm/4hs) Violenta e rápida (12000rpm/15min) 2. Textura do solo Dispersão Química : Hidratação da argila – NaOH A eficiência dispersante dos íons segue a Série liotrópica de Hofmeister: Li+ > Na+ > K+ > Cs+ > Ca++ > Mg++ > >Al+++ Aumenta o tamanho do íon e diminui o grau de hidratação. OBS: O Al tem elevado poder floculante. Embora o Na+ não seja o íon mais eficiente, seus compostos (NaOH) são mais utilizados com base na relação custo/benefício. 2. Textura do solo 2. Textura do solo Fases da análise textural do solo: [ ] mmol/dm3 Espessura (monovalente A) Espessura (divalente A 0,01 1000 500 Espessura da dupla camada difusa. 0,01 1000 500 1,0 100 50 100 10 5 OBS: Quanto maior a espessura, maior a disperssão. 2. Textura do solo Fases da análise textural do solo: 3ª Fase - Separação das frações: • Peneiras: separação das partículas maiores que 0,05 mm (areias).mm (areias). • Sedimentação: separação do silte e argila (Lei de Stokes) 2. Textura do solo 3ª Fase - Separação das frações: 2. Textura do solo 3ª Fase - Separação das frações: Métodos de Análise Textural: 2. Textura do solo De acordo com a técnica de quantificação da fração argila: • Método da Pipeta • Método do Hidrômetro de Bouyoucos Classificação Textural 2. Textura do solo Em função do percentual de cada fração obtido, determina-se a classe textural do solo. 2. Textura do solo Importância da Textura • Gênese, morfologia e classificação do solo: � Detecção de gradiente textural entre horizontes diagnósticos; � Relação com o material de origem; • Fertilidade do solo: � Interpretação da disponibilidade de P; � Definição das doses de calcário (método de MG) e gesso agrícola. 2. Textura do solo Importância da Textura • Conservação do solo: � Dimensionamento de terraços (permeabilidade de � Dimensionamento de terraços (permeabilidade de água no solo e resistência a erosão); 2. Densidade de partículas (Dp) ou densidade real ou densidade específica real Definição: representa a relação entre a massa de solo seco em estufa a 105 – 110 oC (Ms) e o seu respectivo volume de partículas (Vs). Vs MsDp = Unidades: g.cm-3 Kg.m-3 ton.m-3 Mg.m-3 2. Densidade de partículas (Dp) Fatores que interferem (determinam) os valores de Dp de um solo: Composição da fração sólida do solo: Matéria Orgânica Parte mineral (Composição mineralógica)mineralógica) A Dp dos diversos solos varia de 2,6 a 2,7 g.cm-3, sendo o valor 2,65 g.cm-3 considerado modal, devido à predominância do quartzo, que apresenta esse valor para o seu peso específico. Matéria Orgânica – P.E. ≈ 1,4 g.cm-3 Magnetita – P.E. ≈ 5,2 g.cm-3 2. Densidade de partículas (Dp) Nota: Solos ou camadas de solos ricos em MO apresentam Dp < 2,65 g.cm-3 e solos ricos em óxidos de Fe apresentam valores de Dp > 2,65 g.cm-3. Determinação da Dp: • Método do Picnômetro: usando água destilada, desaerada sob vácuo. 2. Densidade de partículas (Dp) • Método do Balão Volumétrico: usando álcool etílico (aula prática) Aplicações de Dp: - Cálculo da Porosidade Total 2. Densidade de partículas (Dp) - Cálculo do tempo de sedimentação das partículas - Mineralogia da Fração Grosseira: separação de minerais leves e pesados. 3. Densidade do solo (Ds) (Densidade Aparente ou Densidade Global) Definição: representa a relação entre a massa de solo seco em estufa (105 – 110oC) e o seu respectivo volume total, isto é, volume do solo incluindo osvolume total, isto é, volume do solo incluindo os espaços ocupados pela água e ar (Vporos). Vt MsDs= Unidades: g.cm -3 Kg.m-3 Ton.m-3 Mg.m-3 3. Densidade do solo (Ds) OBS: Os valores de Ds refletem o arranjamento das partículas do solo (Ds = 0,9 a 1,5 g/dm3). Fatores que interferem nos valores de Ds de determinado solo: • Estrutura do solo• Estrutura do solo • Compactação do solo • Umidade do solo (solos com argila expansiva) – época de amostragem – época seca x época úmida • Matéria Orgânica • Textura do solo 3. Densidade do solo (Ds) Determinação da Ds: • Método do Anel volumétrico ou do cilindro de Uhland (aula prática) •Método do Torrão Impermeabilizado com parafina•Método do Torrão Impermeabilizado com parafina (exemplo de cálculo)) • Método da Absorção de Raios Gama • Método da Moderação de Nêutrons • Método da Tomografia Computadorizada Não destrutivo 3. Densidade do solo (Ds) Importância (Aplicações) da Ds: •Avaliação da compactação do solo; •Cálculo da Porosidade total; •Conversão de resultados analíticos expressos em peso para volume.peso para volume. Exemplo: Umidade do Solo U = umidade em base peso (g de água/g solo seco): g.g-1 Ө = umidade em base volume (cm3 de água/ cm3 solo seco): cm3.cm-3 Ө = Ds x U Nota: Em muitas situações há necessidade de determinar a umidade em base volume: Condutividade hidráulica (K): K(Ө); 3. Densidade do solo (Ds) Armazenamento de água no solo: (Exemplo de cálculo) ∫ Θ L dz 0 .AL = 4. Porosidade do solo (PT) Definição: representa a porção do solo em volume não ocupada por sólidos. Vt VáguaVar + Vt Vporos = Vt Vt Determinação da Porosidade Total: • Porosidade Total Calculada VTP = 1001 x Dp Ds − 4. Porosidade do solo (PT) • Porosidade Total Determinada Umidade de Saturação (umidade em volume) - Өs P.T. Calculada ≠ P. T. Determinada (>) (<) Poros Bloqueados ou Porosidade Livre de Água Nota: A Porosidade Livre de Água é importante na aeração do solo.
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