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GEOGRAFIA E RECURSOS HÍDRICOS 2º semestre / 2012 AULA 3 Prof. Luiz F P Barros IGC – UFMG Departamento de Geografia GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Processo que têm por objetivo final – promover o inventário, uso, controle e proteção dos recursos hídricos – Viabilizar a apropriação equilibrada dos recursos hídricos em relação à oferta existente evitar a super-exploração, a escassez e a degradação dos estoques hídricos em quantidade e qualidade POLÍTICA DAS ÁGUAS princípios que conformam as aspirações sociais e/ou governamentais quanto a regulamentação ou modificação nos usos, controle e proteção dos recursos hídricos PLANO DE ÁGUAS estudo prospectivo que busca adequar o uso, o controle e o grau de proteção dos recursos hídricos às aspirações expressas formal ou informalmente na Política das Águas, através da coordenação, compatibilização, articulação e/ou projetos de intervenções SISTEMA DE GERENCIAMENTO DAS ÁGUAS conjunto de organismos, agências e instalações governamentais e privadas, estabelecido com o objetivo de executar a Política das Águas através do Modelo de Gerenciamento das Águas adotado e tendo por instrumento o Plano das Águas PLANO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS (MMA, 2006) Vol. 1: Panorama e estado dos recursos hídricos no Brasil Vol. 2: Águas para o futuro: cenários para 2020 Vol. 3: Diretrizes Vol. 4: Programas nacionais e metas MODELO SISTÊMICO DE INTEGRAÇÃO PARTICIPATIVA Planejamento estratégico por bacia hidrográfica Tomada de decisão através de deliberações multilaterais e descentralizadas Estudo de cenários alternativos futuros de uso e proteção da água, permitindo o plano de longo prazo Crescimento econômico, equidade social e sustentabilidade ambiental GESTÃO DE RH NO BRASIL Disponibilidades e demandas – A disponibilidade de águas doces em cursos d’água no Brasil é de 182.170 m3/s, ou 5.744 km3/ano (Freitas e Santos, 1999): 53% das vazões médias anuais da América do Sul e 13,8% do total mundial – A Bacia Amazônica corresponde a 73% do potencial hídrico do país – Há 47.903 km de vias navegáveis (UFV-MMA, 1998) Disponibilidades e demandas Disponibilidade hídrica relativamente elevada, sendo mais de 2.000 m3/hab/ano na maior parte das unidades da federação Estudos da ONU indicam que entre 1950 e 2000 a disponibilidade hídrica per capita decresceu cerca de 400% no Brasil, enquanto na Europa esse índice foi 13 vezes menor Os dados disponibilidade hídrica anual não refletem as grandes flutuações sazonais e interanuais, bem como a qualidade das águas Disponibilidades e demandas O volume de água subterrânea estocado no país é de cerca de 112 trilhões de m3, cerca de 20 vezes a descarga média anual dos nossos rios (Freitas, 1997) Cerca de 61% da população brasileira se autoabastece com água subterrânea, sendo 43% por meio de poços tubulares, 12% por meio de fontes ou nascentes e 6% por meio de poços escavados ou cacimbas (IBAMA, 2002) O principal uso de água no país e no mundo é a irrigação, respondendo por cerca de 70% das demandas Principais problemas na gestão de RH no Brasil Ineficiência de políticas, ações e investimentos Paradigma do aumento contínuo da oferta Ênfase em balanços entre oferta e demanda, geralmente superestimada por incorporar os desperdícios e a ineficiência do setor de abastecimento de água – vazamentos: em média de 40% a 60% nas unidades da Federação, enquanto a média aceitável internacionalmente é 10% Principais problemas na gestão de RH no Brasil Falta de planos de ação e de metas plurianuais elaborados com rigor técnico e informações adequadas, e que sejam efetivamente aplicados, monitorados e fiscalizados Padrão cultural obsoleto quanto às questões hídricas Sub-utilização das águas pluviais e dos esgotos tratados Principais problemas na gestão de RH no Brasil Sub-valorização das águas subterrâneas nas políticas públicas e nas ações de saneamento básico – Falta de informações hidrogeológicas e a falta de controle/fiscalização dos usos Fragmentação dos investimentos públicos e não consideração de interdependência entre organismos públicos e setores usuários Falta de compreensão e participação por parte da população dos processos decisórios Principais problemas na gestão de RH no Brasil 50% da população urbana e mais de 60% da população total não é atendida por coleta de esgoto e 90% do esgoto coletado não é tratado (REBOUÇAS, 2004) Apenas 72% dos domicílios são atendidos por coleta de lixo, sendo 90% do lixo depositado em lixões (REBOUÇAS, 2004) Estrutura legal e institucional da gestão da água no Brasil Constituição Federal (1988): – atribuição de valor econômico à água, estabelecimento da bacia hidrográfica como base para o planejamento regional, extinção do domínio privado da água – Estabelecimento de dois domínios da água: domínio da União domínio dos estados Lei das Águas: 9.433/97 Criação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos Concebida com base na experiência francesa de gestão de águas iniciada em 1964 Política Nacional de Recursos Hídricos Fundamentos: – A água é um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor econômico – Em caso de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e dessedentação de animais – Priorização dos usos múltiplos da água – Adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento – Defesa da gestão descentralizada e participativa Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH): Formulação da Política Organismos Colegiados Administração Direta Implementação dos Instrumentos da Política Poder Outorgante Entidade Da Bacia Âmbito Nacional Estadual (MG) CNRH MMA / SRHU Comitê de Bacia CERH Comitê de Bacia SEMAD IGAM Agência de Bacia Agência de Bacia ANA Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH): – órgão mais elevado na hierarquia do Sistema, a quem cabe decidir sobre as grandes questões do setor – delibera sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões extrapolam o âmbito dos Estados em que serão implantados – acompanha a execução e aprova o Plano Nacional de Recursos Hídricos e determina as providências necessárias ao cumprimento de suas metas Comitês de Bacia Hidrográfica: – Arbitra, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hídricos – Promove o debate e articula a atuação das entidades intervenientes – Aprova o Plano de Recursos Hídricos da bacia e acompanha sua execução – Estabelece os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados – Estabelece critérios e promove o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo São compostos por representantes do poder público, dos usuários das águas e das entidades civis de recursos hídricos com atuação comprovada na bacia Exemplos: <<< MMA / Secretaria de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SRHU): – Criada em 2007, Substituiu a Secretaria de Recursos Hídricos (1995) – é voltada à formulação de políticas para o setor – presta apoio administrativo, técnico e financeiro ao CNRH Agência Nacional de Águas: – Funcionacomo Secretaria executiva do Conselho Nacional de Recursos hídricos – elabora o Plano Nacional de Recursos Hídricos; administra o Sistema Nacional de Informações sobre os Recursos Hídricos do país; efetua a cobrança; articula os estados e o DF para a implantação e funcionamento dos comitês de bacia e agências da água; treina e capacita de técnicos para o setor de recursos hídricos Agências de Bacia: – Secretaria executiva do(s) respectivo(s) CBH’s – Sua criação é autorizada pelo CNRH ou pelos Conselhos Estaduais mediante solicitação dos Comitês – Funções: Propor ao respectivo CBH o enquadramento dos corpos d’água, os valores a serem cobrados pelo uso, o plano de aplicação dos recursos arrecadados e o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo Manter balanço atualizado da disponibilidade de recursos hídricos e o cadastro de usuários Efetuar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos Analisar e emitir pareceres sobre projetos e obras a serem financiados com recursos gerados pela cobrança Acompanhar a administração financeira dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água Gerir o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos em sua área de atuação Elaborar o Plano de RH para apreciação do respectivo Comitê Instrumentos de gestão – Planos de Recursos Hídricos – Enquadramento dos corpos d’água em classes de uso – Outorga de direito de uso dos Recursos Hídricos – Cobrança pelo uso da água – Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos Planos de Recursos Hídricos – Planos diretores para orientar e fundamentar a implementação da PNRH e o gerenciamento – Elaborados por bacia, por Estado e para o país – Principal instrumento para gestão dos recursos hídricos – Instrumento técnico de apoio ao planejamento das ações governamentais em relação ao aproveitamento, gestão e conservação dos recursos hídricos, direcionado ao desenvolvimento regional – Sua elaboração compreende um processo participativo e, portanto, reflete os anseios da sociedade organizada Enquadramento de corpos d’água em classes de uso – estabelece o nível de qualidade (ou classe) a ser alcançado e/ou mantido em um segmento de corpo de água ou aqüífero, de acordo com os usos preponderantes pretendidos • Levantamento dos usos atuais e futuros das águas da bacia • Classificação dos cursos d’água em classes de uso: envolve a definição da qualidade da água necessária para atender aos usos prioritários encontrados • Avaliação da qualidade atual das águas, através de coleta e análises de amostras • Efetivação do enquadramento: a partir de um plano de ação que visa com que a qualidade das águas atenda aos usos existentes – Há 9 classes de águas superficiais no Brasil: especial, 1 a 4 para água doce, 5 e 6 para águas salinas e 7 e 8 para águas salobras – No caso do enquadramento das águas subterrâneas, há 6 classes: Classe especial e classes 1 a 5 (Resolução CONAMA n. 369/2008) – Em função das classes são definidos limites de lançamento de resíduos Podem ser limites absolutos, como no caso da classe especial para águas superficiais Nos demais casos são tolerados lançamentos desde que não venham a fazer com que os limites estabelecidos para as respectivas classes sejam ultrapassados Resolução CONAMA 357/05 Outorga do uso da água – Assegura legalmente os direitos do usuário da água e, ao mesmo tempo, permite controlar e proteger os recursos hídricos – É um instrumento jurídico que pressupõe o uso privativo de um bem público e trata-se de um ato administrativo sujeito ao exercício do Poder de Polícia – Vem sendo aplicada com a fixação de um valor de referência que limita a utilização superior do recurso – Em estados como Minas Gerais, este valor tem sido fixado em função da vazão mínima média, com 7 dias consecutivos de duração e tempo de retorno de 10 anos (Q7,10) É fornecida pela ANA e pelos órgãos estaduais de gestão de recursos hídricos (ou de gestão ambiental) Estão sujeitos a outorga: – Exploração de água (sub. ou superficial) para consumo, inclusive abastecimento público e irrigação, ou insumo de processo produtivo – Lançamento, em corpo de água, de esgotos ou outros resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não – Aproveitamento de potencial hidrelétrico – Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água – Execução de alguns tipos de obras: barramentos e açudes; perfuração de poços tubulares profundos; modificações do curso, leito e margens dos rios; construção de estruturas de transposição de níveis ou travessias; construção de diques; canalização de córregos e obras de drenagem de várzeas; construção de estrutura de lançamento de resíduos; instalação de turbinas, etc. Independem de outorga – O uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais – As derivações, captações e lançamentos de resíduos considerados insignificantes – Acumulações de água consideradas insignificantes Cobrança pelo Uso da Água – Parte do princípio que a água é um recurso mineral finito e que possui valor econômico associado ao seu valor (ligado ao aspecto da abundância ou raridade da água) e aos custos necessários para sua disponibilização em quantidade e qualidade – Os recursos gerados com a cobrança devem ser aplicados nas bacias onde foram gerados, levando a obras como estações de tratamento de água e de esgotos – A adoção do Princípio Usuário-Pagador visa mudar comportamentos sociais insustentáveis (como o desperdício da água) e permitir a geração de recursos financeiros que viabilizem ações nas bacias em que são gerados – A cobrança pode evitar que toda a sociedade pague, através de impostos, os benefícios instaurados em cada bacia hidrográfica Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH) – Objetivo de reunir, dar consistência e divulgar os dados e informações quanti-qualitativos dos recursos hídricos no Brasil, subsidiando a elaboração dos planos de recursos hídricos – Organização, implantação e gestão pela ANA Outros instrumentos EIA/RIMA Zoneamento Ambiental Alocação de Usos Múltiplos EIA/RIMA – Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente – Prévia avaliação de impactos causados por um empreendimento, visando sua aprovação ou proibição – Permite a minimização dos impactos e a internalização de pelo menos parte dos custos ambientais nos projetos através de medidas como modificações nas obras e monitoramento ambiental – Segundo o CONAMA, depende da elaboração de estudo de EIA/RIMA o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, entre as quais: barragens para fins de saneamento, de irrigação ou hidrelétricos acima de 10 MW; abertura de canais de navegação, drenagem e irrigação; retificação de cursos de água; abertura de barras e embocaduras; transposição de bacias; e diques Zoneamento Ambiental – Formulação de diretrizes para o planejamento ambiental, baseado no levantamento das características ambientais de dada porção do espaço, incluindo aspectos do quadro físico e humano e os impactos ambientais – Associação entre o ordenamento do espaço físico de dada região e as diretrizes a serem implementadas em cada área proposta no ordenamento, de forma a respeitar-se a vocação da área e a conservação dos recursos ambientais, visando à manutenção ou à melhoria da qualidade de vida – Elaborado a partir dolevantamento multidisciplinar integrado dos recursos ambientais e da situação socioeconômica e cultural, baseado na integração dos conhecimentos sobre a estrutura e funcionamento dos sistemas naturais Alocação de usos múltiplos organização lógica dos usos no espaço, compatibilizando-se as necessidades e implicações dos usos de montante a jusante e minimizando-se conflitos (redução da disponibilidade hídrica, poluição, etc.) – Em situações graves em que não adianta a realocação de usos, há a necessidade de eliminação de usos segundo as prioridades – Fatores considerados na alocação de usos múltiplos: 1 - Benefícios coletivos; 2 - Relações inter-usos; 3 - Escala geográfica e econômica; 4 - Custos e interesse; 5 – Riscos Plano de Segurança da Água – PSA Ferramentas metodológicas de avaliação e gerenciamento de riscos à saúde, associados aos sistemas de abastecimento de água, desde a captação até o consumidor (Org. Mundial de Saúde) Facilita a implementação dos princípios de múltiplas barreiras, boas práticas e gerenciamento de riscos, inseridos na portaria do Ministério da Saúde sobre potabilidade da água para consumo humano – Portaria MS nº 2.914/2011 Plano de Segurança da Água... Sua implantação justifica-se pelo reconhecimento das limitações da abordagem tradicional de controle da qualidade da água para consumo humano – análises laboratoriais, com métodos demorados e de baixa capacidade para o alerta rápido à população, em casos de contaminação da água, não garantindo a efetiva segurança para consumo humano É um importante instrumento para a identificação de possíveis deficiências no sistema de abastecimento, organizando-o e estruturando-o para minimizar incidentes Estabelece planos para responder a falhas no sistema ou eventos imprevistos, que podem ter um impacto na qualidade da água, como as severas secas, fortes chuvas ou inundações Plano de Segurança da Água... Plano de Segurança da Água... Plano de Segurança da Água... Outros marcos legais Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005 Estabelece mecanismos e instrumentos de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano e regulamenta a forma e a periodicidade com que tais informações devem ser prestadas ao consumidor Aplica-se a toda e qualquer entidade pública ou privada, pessoa física ou jurídica que realize captação, tratamento e distribuição de água para consumo humano a uma coletividade Outros marcos legais... Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 Estabelece os objetivos e as diretrizes nacionais para o saneamento básico Determina os princípios fundamentais para os prestadores de serviços públicos de saneamento básico e os princípios para o exercício da função de regulação Estrutura os fatores que devem ser levados em consideração para remuneração e cobrança dos serviços públicos de saneamento básico, define as hipóteses em que os serviços poderão ser interrompidos pelo prestador, os requisitos mínimos de qualidade de prestação dos serviços e dispõe sobre o controle social dos serviços públicos de saneamento básico É regulamentada pelo Decreto nº 7.217, de 21/06/2010 Outros marcos legais... Resolução Conama nº 357, de 17/03 de 2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água em águas doces, salobras ou salinas e sobre as diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões orgânicos e inorgânicos de lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, vedando tal lançamento quando os efluentes estiverem em desacordo com as condições e os padrões estabelecidos Outros marcos legais... Resolução Conama nº 396, de 3 de abril de 2008 Dispõe sobre a classificação das águas subterrâneas Define procedimentos mínimos a serem adotados nas amostragens, análises e no controle de qualidade, para caracterização e monitoramento das águas subterrâneas Outros marcos legais... Resolução Conama nº 430, de 13 de maio de 2011 Dispõe sobre as condições e os padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução Conama nº 357, de 17 de março de 2005 Estabelece que os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões orgânicos e inorgânicos, e às exigências legais Determina que os responsáveis pelas fontes poluidoras dos recursos hídricos deverão realizar o automonitoramento para controle e acompanhamento periódico dos efluentes lançados nos corpos receptores Outros marcos legais... Portaria nº 2.914, de 12 de Dezembro de 2011 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade Não se aplicam à água mineral natural, à água natural e às águas adicionadas de sais, destinadas ao consumo humano após o envasamento, e a outras águas utilizadas como matéria-prima para elaboração de produtos (legislações específicas) Lei 13.199/99 Institui a Política estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRH-MG) Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH): Formulação da Política Organismos Colegiados Administração Direta Implementação dos Instrumentos da Política Poder Outorgante Entidade Da Bacia Âmbito Nacional Estadual (MG) CNRH MMA / SRHU Comitê de Bacia CERH Comitê de Bacia SEMAD IGAM Agência de Bacia Agência de Bacia ANA Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH/MG – Estabelecer os princípios e as diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos a serem observados pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos e pelos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas – Aprovar a instituição de comitês de bacia hidrográfica – Decidir os conflitos entre comitês de bacia hidrográfica e atuar como instância de recurso nas decisões dos comitês de bacia hidrográfica – Deliberar sobre projetos de aproveitamento de recursos hídricos que extrapolem o âmbito do comitê de bacia hidrográfica; – Estabelecer os critérios e as normas gerais para a outorga e sobre a cobrança – Reconhecer os consórcios ou as associações intermunicipais de bacia hidrográfica ou as associações regionais, locais ou multissetoriais de usuários – Deliberar sobre o enquadramento dos corpos de água em classes Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – órgão central coordenador do SEGRH-MG – aprovar a programação do gerenciamento de recursos hídricos elaborada pelos órgãos e pelas entidades sob sua supervisão e coordenação – encaminhar à deliberação do CERH-MG propostas do Plano Estadual de Recursos Hídricos e de suas modificações elaborados com base nos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas de Recursos Hídricos – fomentar a captação de recursos para financiar as ações e atividades do Plano Estadual de Recursos Hídricos, supervisionar e coordenar a sua aplicação – prestar orientação técnica aos municípios relativamente a recursos hídricos, por intermédio de seus órgãos e entidades – acompanhar e avaliar o desempenho do SEGRH-MG – zelar pela manutenção da política de cobrança pelo uso da água, observadas as disposições constitucionais e legais aplicáveis Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM – superintender o processo de outorga e de suspensão de direito de uso de recursos hídricos– gerir o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos e manter atualizados, com a cooperação das unidades executivas descentralizadas da gestão de recursos hídricos, os bancos de dados do sistema – manter sistema de fiscalização de uso das águas da bacia, com a finalidade de capitular infrações, identificar infratores e representá-los perante os órgãos do sistema competentes para a aplicação de penalidades, conforme dispuser o regulamento Política Estadual de Recursos Hídricos O reconhecimento dos recursos hídricos como bem natural de valor ecológico, social e econômico, cuja utilização deve ser orientada pelos princípios do desenvolvimento sustentável A prevenção dos efeitos adversos da poluição, das inundações e da erosão do solo A compensação ao município afetado por inundação resultante da implantação de reservatório ou por restrição decorrente de lei ou outorga relacionada com os recursos hídricos O reconhecimento da unidade do ciclo hidrológico em suas três fases: superficial, subterrânea e meteórica A gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos - UPGRH Unidades físico-territoriais, que apresentam identidade regional dada por aspectos físicos, sócio-culturais, econômicos e políticos Objetivos – Identificação de áreas específicas para embasar a implantação de instrumentos da PERH e a gestão descentralizada desses recursos – Orientação do planejamento da formação dos comitês de bacia e outras formas de organização dos usuários da água – Referência para elaboração de planos diretores, programas de desenvolvimento e outros estudos regionais – Contribuição no planejamento de outras ações do Estado Os códigos foram dados a partir das bacias hidrográficas de rios de domínio da União UPGRH... Procedimentos metodológicos Compilação de estudos feitos pela COPASA, CETEC, FEAM, IBGE, RURALMINAS, dentre outros. Primeira divisão (prioridade para os aspectos físicos): – Caracterização climática baseada na distribuição temporal de chuva – Potencial hídrico representado pela vazão específica média de longo período – Principais sistemas aqüíferos como indicador do potencial hidrogeológico – Unidades de solos – Relevo predominante, representado pela porcentagem da declividade média da área UPGRH... Reavaliação e subdivisão em função do processo da ocupação humana: – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – Contaminação por tóxicos – Análise de aspectos socioeconômicos – Definição de um número máximo de 50 municípios por unidade viabilizar uma administração eficiente, facilitar a representatividade dos integrantes nos fóruns de decisão
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