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1 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO Centro Universitário Augusto Mott a Turno manhã | Avaliação A1 | 26/04/2013 QUESTÃO 1 O conceito grego de areté se afasta da nossa noção contemporânea de virtude, e pode ser entendido mais corretamente como: A) Felicidade B) humildade. C) compaixão. D) liberdade. E) excelência da alma. QUESTÃO 2 Matriz cultural que nos comunga, visão de mundo que nos faz compartilhar uma dada “sabedoria”, o senso comum consegue nos cegar para aquilo que mais fundamentalmente ele é: sentido humanamente produzido e enraizado numa tradição que se crê “a Verdade”. Nesse sentido, é correto afi rmar I. Este fechamento para o qual o senso comum con- corre é o contrário da atitude de abertura intelectual, de estranhamento e curiosidade que o fi lósofo procu- ra produzir. II. O fechamento para o qual o senso comum concor- re é a atitude de abertura intellectual que o fi lósofo procura produzir. III. O senso comum está aberto para o conhecimento. Sua acuidade é fi losófi ca, porque corrobora o espan- to e a pergunta que o formula. IV. O senso comum não se abre para o conhecimen- to. Sua ingenuidade veta a atitude fi losófi ca, porque interdita o espanto e a pergunta que o formula. Estão certas apenas as conclusões A) I e III. B) I e II. C) I e IV. D) II e IV. E) III e IV. QUESTÃO 3 O reconhecimento da própria ignorância tem uma função essencial para o sujeito que deseja saber. É deste reconhecimento intensamente vivido do que lhe falta que surge este seu desejo. E é nele exatamente que está a diferença entre o fi lósofo e o sujeito doutrinado – qualquer que seja a fonte de doutrinação que tenha formado o último. Este indivíduo doutrinado crê saber. A ilusão de um falso saber defi nitivo o domina e o constrange. Ele está possuído de certezas que adormecem sua curiosidade, estagnam seu pensamento e o escravizam ao cacoete das respostas fechadas, acima de qualquer questionamento. Tendo como referência o texto acima, analise as asserções abaixo. A Filosofi a é a busca por uma sabedoria que reconhecemos não ter. Filosofi a signifi ca posse plena da sabedoria, domínio absoluto do saber. Acerca desse enunciado, assinale a opção correta. A) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justifi cativa correta da primeira. B) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justifi cativa correta da primeira. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. QUESTÃO 4 O cuidado de si é viver conforme a justiça – justiça cuja defi nição essencial é o objetivo primordial de toda a fi losofi a socrática. Sócrates procura por conceitos universais. […] Procurará saber o que é a justiça, a coragem, a piedade, etc. de um ponto de vista universal. Diante de tal afi rmativa, aponte qual das frases abaixo corresponde ao ideal socrático. A) Faça o bem, não importa a quem. B) Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. C) O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz. D) É pior cometer uma injustiça do que sofrê-la de outrem. E) O ignorante afi rma, o sábio duvida, o sensato refl ete. QUESTÃO 5 Observe os conceitos expostos abaixo: Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualifi cação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. Disposição fi rme e constante para a prática do bem (FERREIRA, 1986). Trata-se especifi camente dos conceitos de A) Ética e virtude B) Ética e prudência C) Política e prudência D) Sabedoria e virtude E) Virtude e Prudência 2 Centro Universitário Augusto Motta QUESTÃO 6 Para os utilitaristas nós devemos desejar aquelas coisas que nos tragam uma existência livre de dor e, por outro lado, plena de prazeres, tanto em quantidade quanto em qualidade. Assim, atingiremos a felicidade. Atente para as afirmações abaixo, procurando identificar o utilitarismo: I. age de acordo com aquela máxima pela qual possas ao mesmo tempo querer que ela se tor- ne uma lei universal. II. Quando te angustias com tuas angústias, te esqueces da natureza: a ti mesmo te impões infinitos desejos e temores; a quem não basta pouco, nada basta. III. o credo que aceita como fundamento da moral o útil ou o Princípio da máxima felicida- de considera que uma ação é correta na medida em que tende a promover a felicidade e errada quando tende a gerar o oposto da felicidade. IV. Pessoas felizes são aquelas cujas mentes estão fixadas em algum outro objeto que não seja a própria felicidade; na felicidade dos ou- tros, no aperfeiçoamento da humanidade, até mesmo em alguma arte ou busca empreendida não como meio, mas como fim ideal. Ao visar assim o outro elas encontram a felicidade casu- almente. De acordo com o exposto, estão certas apenas as afirmações A) I e III. B) I e II. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. QUESTÃO 7 A filosofia surge no século VI e V a.C. como uma investigação voltada para a Natureza. Filósofos como Tales, Anaximandro, Anaxímenes se preocupam com questões que buscam o elemento primordial (arché) a partir do qual a Natureza física (physis) se constitui. Este é, portanto, o primeiro esforço de uma explicação racional do mundo que passa a: A) opor-se ao mito enquanto explicação do mundo. B) reforçar a religião. C) promover uma prática irracional. D) justificar os mitos anteriores com que se descrevia a Natureza. E) Redefinir a sua cosmogonia QUESTÃO 8 O essencial é que se tenha enunciado, pela primeira vez, a exigência de uma realidade natural objetiva – existente independentemente do homem – e tenha aberto, assim, caminho a toda investigação científica. As primeiras filosofias dos jônicos são de admirar pelo cuidado novo de uma visão racional da realidade, pela reivindicação audaciosa de uma verdadeira explicação desligada dos mitos (MUELLER, 1978). A afirmação acima descrita se refere à oposição entrre mito e logos, nas busca pela arché. A arché dos primeiros filósofos consistia na explicação da physis como água, terra e ar. Acerca desse enunciado, assinale a opção correta. A) As duas asserções não são proposições verdadeiras B) As duas asserções são proposições verdadeiras. C) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa. D) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira. E) As duas asserções são proposições falsas. QUESTÃO 9 A Filosofia possui essa característica: a não conformidade com o que está estabelecido como verdadeiro ou como óbvio ou evidente. As ideias são sempre discursos que se impõem. O posicionamento sobre esses discursos é o que o define. Uma vez definido, é sempre questionável. Por consequência, a filosofia passa a se debruçar sobre todos os campos do conhecimento. Propõe problemas para estes campos, mesmo que seu conhecimento pareça encerrado por uma determinada arrumação histórico-social de seu quadro conceitual ou das suas rotinas de inquérito. Indique qual das assertivas abaixo corresponde ao pensamento acima exposto. A) Não podemos esperar encontrar uma história das ideias, nem sequer um material para uma tal história. As novas idéias não são, na verdade, admitidas como novas. B) Os filósofos da Grécia antiga, ao imaginarem a idéia de um cosmo ordenado por princípios objetivos, podem ter, de fato, aberto caminho para certo tipo de pensa- mento objetivo, mas quão poucos são aqueles que, ainda hoje, ousam pôr em xeque as concepções, baseadas em mitos, com que se descreve o mundo e o lugar do homem neste. C) Idólatras por instinto, convertemos em incondicionados os objetos de nossos sonhos e de nossos interesses. A história não passa de um desfile de falsos Absolutos, uma sucessão de templos elevados a pretextos, um aviltamento do espírito ante o Improvável. D) O princípio do mal reside na tensão da vontade, na inaptidão para o quietismo, na megalomania prometéica de uma raça que se arrebenta de tanto ideal, que explode sob suas convicções e que, por haver-se comprazido em depreciar a dúvida e a preguiça […] embrenhou-se em uma via de perdição, na história, nesta mescla indecente de banalidade e apocalipse [...]. E) Refletir, por exemplo, sobre o lugar da tecnologia e da crescente administração da vida hoje, sobre o lugar quase divino do mercado em nossa cultura e sobre o impacto das descobertas e dos conceitos científicos na imagem do sujeito contemporâneo são questões que deveriam interessar a todos. 3 Centro Universitário Augusto Motta QUESTÃO 10 Meu caro Gláucon, este quadro – prossegui eu – deve agora aplicar-se a tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira. Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista a custo a ideia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que no mundo visível foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública (Platão, 2001). O texto acima é parte do Livro VII da obra A República, onde Paltão apresenta a Alegoria da Caverna. Desse texto, pode-se é certo afirmar que I. Apresenta a real harmonia entre o mundo sensível e o mundo inteligível. II. Apresenta o exercício de elevação do mundo ilusório a que a racionalidade filosófica pode conduzir. III. Apresenta a distinção entre o munso sensível e o mundo inteligível. IV. Apresenta o exercício de elevação do mundo real para o espiritual a que a racionalidade filosófica pode conduzir. Estão certas apenas as afirmações A) I e III. B) I e II. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV.
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