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Competência e Capacidade Tributária

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Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 01 
 
 
 
 
Prof. George Firmino www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 77 
 
LISTA DE QUESTÕES 
Aula 01 
Sistema Tributário Nacional. Princípios Gerais. Limitações ao poder de tributar. 
Competência tributária. Capacidade tributária. 
 
Questão 01 – (FCC) Analista de Controle Externo – TCE GO/2009 
 
A competência tributária 
a) é competência constitucional administrativa. 
b) é conferida sempre em caráter exclusivo ou privativo a cada um dos entes 
federados. 
c) é delegável, mediante lei complementar do ente detentor da competência 
constitucional. 
d) não pode deixar de ser exercida pelo ente competente, sob pena de caracterizar 
renúncia de receita. 
e) é indelegável e privativa dos entes políticos tributantes. 
 
Questão 02 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009 
 
A respeito da competência tributária, considere: 
I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, por lei 
complementar específica, para aumentar tributos. 
II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou 
fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas 
em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de Direito 
Público a outra. 
III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a 
capacidade tributária, é delegável. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) I e III. 
 
Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado – PGE MT/2011 
 
Sobre competência tributária e capacidade tributária ativa, é correto 
afirmar: 
a) A competência tributária é delegável por lei. 
b) A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária 
principal. 
c) O Código Tributário Nacional fixa as competências tributárias. 
d) A capacidade tributária ativa é exclusiva do ente político definido na Constituição 
Federal. 
e) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser titular da 
capacidade tributária ativa. 
 
 
 
 
Direito Tributário ICMS/RJ 
Resolução de Questões FCC 
Prof. George Firmino – Aula 01 
 
 
 
 
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Questão 04 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AL/2007 
 
Nos termos do art. 153, §4º, III, da Constituição Federal, o Imposto sobre 
a Propriedade Territorial Rural poderá ser fiscalizado e cobrado pelo 
Município. Se o Município, em caráter excepcional, resolver fazer uso dessa 
faculdade, passará a exercer 
a) a competência tributária plena. 
b) juntamente com a União a competência tributária. 
c) a competência e a capacidade tributária ativa. 
d) juntamente com a União a capacidade tributária ativa. 
e) a capacidade tributária ativa, ficando reservada à União a competência 
tributária. 
 
Questão 05 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AL/2007 
 
Prefeito Municipal, diante de manifestações adversas da Câmara Municipal, 
deixou de instituir no Município a Contribuição para o Custeio da 
Iluminação Pública - CIP. A medida, em tese, 
a) merece aplausos, pois contribui para redução da nossa carga tributária, uma das 
mais elevadas do mundo. 
b) merece aplausos, pois a cobrança da referida contribuição é manifestamente 
inconstitucional. 
c) implica em responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, e pode ser combatida via ação popular, por qualquer um 
do povo, por ser lesiva ao patrimônio público. 
d) comporta a propositura de ação declaratória de constitucionalidade para tornar 
efetiva a instituição e cobrança do tributo. 
e) implica em responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, mas não tem o condão de ensejar o impeachment do 
Prefeito. 
 
Questão 06 – (FCC) Auditor Fiscal Municipal – São Paulo/2007 
 
Relativamente à competência tributária e às funções de arrecadação e 
fiscalização, é correto afirmar que 
a) ambas sempre são delegáveis, dependendo de lei complementar federal. 
b) a competência é delegável de uma pessoa jurídica de direito público para outra, 
mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é indelegável. 
c) a competência é indelegável de uma pessoa jurídica de direito público para 
outra, mas a atribuição das funções de arrecadação e de fiscalização é delegável. 
d) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de 
fiscalização são indelegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para outra. 
e) tanto a competência como a atribuição das funções de arrecadação e de 
fiscalização são delegáveis de uma pessoa jurídica de direito público para outra. 
 
Questão 07 – (FCC) Auditor Fiscal – SEFAZ DF/2001 
 
É correto afirmar que 
a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade 
tributária. 
b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes. 
c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis. 
d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada. 
e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os 
descentralizados, de capacidade tributária. 
Direito Tributário ICMS/RJ 
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Questão 14 – (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 
 
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa, 
julgue os itens a seguir: 
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e 
egressos é de natureza tributária, sendo, portanto, constitucional lei estadual com 
tal conteúdo; 
II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do tipo do 
veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar normas gerais 
referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 
3º, da Constituição; 
III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua 
competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia. 
Estão corretos: 
a) apenas o item I. 
b) apenas os itens I e II. 
c) apenas os itens I e III. 
d) apenas os itens II e III. 
e) todos os itens estão corretos. 
 
Questão 15 (ESAF) – AFTN/94 
 
Normas gerais de direito tributário precisam ser reguladas por meio de 
a) lei complementar federal, que ainda não foi editada, razão por que ainda não 
existem normas gerais válidas, estando a União, os Estados e demais entes 
tributantes dispensados de observá-las enquanto o Congresso Nacional não as edite 
b) lei complementar federal que, conquanto ainda não editada como tal, já existia 
sob a forma de lei ordinária (Código Tributário Nacional) e que, por força de normas 
constitucionais posteriores, passou a ter a rigidez própria de lei complementar 
c) lei ordinária federal que já existia (Código Tributário Nacional) e que deve ser 
obrigatoriamente observada pelas leis estaduais e municipais, porém não pelas leis 
ordinárias federais, já que, sendo da mesma hierarquia, estas poderão alterar ou 
revogar aquele Código 
d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matéria de importância 
eminente, que diz respeito à organização do Estado, somente por regra de tal 
hierarquia podem ser veiculadas 
e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definição dos tributos de 
sua competência, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência 
tributários e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. 
 
Questão 16 (ESAF) – PFN/2007 
 
O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado , foi 
recebido pelas Constituições como . 
Normas especiais sobreobrigação, lançamento e crédito tributários cabem à 
 de cada ente tributante. 
, decorrente de obras públicas, poderá ser instituída(o), conforme o 
caso, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Examine as afirmações e as lacunas supra. Após, selecione, entre as 
expressões abaixo, as que preenchem corretamente as lacunas, na devida 
sequência. 
a) como lei ordinária / código / lei complementar / A contribuição de melhoria 
b) como código / lei complementar / lei complementar / A taxa de obra 
c) como lei ordinária / lei complementar / legislação ordinária / A contribuição de 
melhoria 
d) como ato complementar / código / legislação ordinária / O tributo vinculado 
e) como lei complementar / lei ordinária / legislação ordinária / A taxa de serviço 
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Questão 17 (FCC) – Procurador Judicial - Recife/2008 
A Constituição Federal dispõe que compete à lei complementar disciplinar 
normas gerais em matéria tributária, especialmente sobre definição de fato 
gerador, base de cálculo e contribuintes dos impostos discriminados na 
Constituição. Considerando esta regra, a definição de fato gerador, base de 
cálculo e contribuintes do IPTU está disciplinado 
a) em lei complementar municipal.
b) em decreto-lei federal recepcionado como lei complementar.
c) no Código Tributário Nacional.
d) no Código Tributário Municipal.
e) em lei complementar federal específica do IPTU.
Questão 18 (FCC) – Procurador - Salvador/2006 
O art. 146, III, "a", da Constituição Federal estabelece que caberá à lei 
complementar definir fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos 
impostos discriminados na Constituição. Diante disso, 
a) a lei complementar do ente competente deverá, por exigência constitucional, ser
a fonte instituidora de impostos. 
b) a Lei Complementar nº 116/03 instituiu o Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza. 
c) a lei complementar de âmbito nacional fere o Princípio Federativo, eis que a
competência para instituição de impostos é privativa de cada ente. 
d) os entes políticos, no exercício da capacidade tributária, não se sujeitam às
regras impostas por lei complementar nacional, que fixa apenas normas gerais. 
e) o Código Tributário Nacional define o fato gerador, a base de cálculo e o 
contribuinte do imposto sobre propriedade territorial urbana. 
Questão 19 (FCC) – Auditor Fiscal – SEFIN RO/2010 
A Constituição Federal dispõe sobre lei complementar em matéria 
tributária dentro do Sistema Tributário Nacional. Mediante lei 
complementar, 
a) devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição.
b) devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na Constituição.
c) devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes dos
impostos discriminados na Constituição. 
d) podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e municipais.
e) serão criadas as limitações ao poder de tributar.
Questão 20 (FCC) – Defensor Público - SP/2007 
NÃO é matéria reservada à lei complementar: 
a) instituição de empréstimos compulsórios.
b) definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na
Constituição. 
c) criação de impostos não previstos na Constituição.
d) instituição de contribuição de melhoria.
e) disposição sobre lançamento e prescrição tributários.
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Questão 21 (FCC) – Auditor – TCE CE/2006 
 
Está sujeita à disciplina específica, por meio de lei complementar, a 
a) concessão de isenção de pagamento dos impostos de competência da União 
Federal. 
b) instituição, pela União Federal, de impostos não discriminados na Constituição 
Federal. 
c) majoração de alíquota das contribuições para o financiamento da seguridade 
social previstas no art. 195 da Constituição Federal. 
d) instituição de taxas baseadas no poder de polícia. 
e) outorga de anistia de impostos de competência dos Estados e do Distrito 
Federal. 
 
Questão 22 (FCC) – Analista de Regulação - CE/2006 
 
Cabe à lei complementar, em matéria tributária, EXCETO 
a) instituir empréstimo compulsório. 
b) instituir imposto residual. 
c) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
d) instituir imposto extraordinário. 
e) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre prescrição e decadência. 
 
Questão 23 – (ESAF) TRF/2002.2 
 
Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro 
quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a opção correta. 
 
V. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou 
direitos. 
W. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores nos Territórios Federais. 
X. Imposto não previsto no art. 153 da Constituição Federal, criado por Lei 
Complementar. 
Y. Taxa em razão do exercício do poder de polícia. 
Z. Imposto sobre transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis. 
 
1. Tributo da competência privativa da União. 
2. Tributo da competência privativa dos Municípios. 
3. Tributo da competência comum. 
4. Tributo da competência residual da União. 
5. Tributo da competência privativa dos Estados e do Distrito Federal. 
 
a) V1 W3 X5 Y2 Z4 
b) V5 W1 X4 Y3 Z2 
c) V2 W4 X3 Y1 Z5 
d) V3 W5 X2 Y4 Z1 
e) V4 W2 X1 Y5 Z3 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 27 – (FCC) Analista Legislativo – Câmara/2007 
O Distrito Federal tem competência para instituir, dentre outros, impostos 
sobre 
a) transmissão "causa mortis" e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade
de veículos automotores, operações relativas à circulação de mercadorias e 
serviços, propriedade predial e territorial urbana e serviços de qualquer natureza. 
b) operações de crédito, câmbio e seguro e relativas a títulos ou valores
mobiliários, propriedade predial e territorial urbana, serviços de qualquer natureza, 
operações relativas à circulação de mercadorias e serviços, propriedade predial e 
territorial urbana e propriedade de veículos automotores. 
c) operações relativas à circulação de mercadorias e serviços, propriedade
territorial urbana, produtos industrializados, serviços de qualquer natureza e 
propriedade predial e territorial urbana. 
d) transmissão "causa mortis" e doação de quaisquer bens ou direitos, propriedade
de veículos automotores, serviços de qualquer natureza, operações de crédito, 
câmbio e seguro e relativas a títulos ou valores mobiliários e propriedade predial e 
territorial urbana. 
e) operações relativas à circulação de mercadorias e serviços, propriedade predial e
territorial urbana, serviços de qualquer natureza, operações de crédito, câmbio e 
seguro e relativas a títulos ou valores mobiliários e propriedade predial e territorial 
urbana. 
Questão 28 – (FCC) Técnico de Controle Externo – TCE MG/2007 
O Estado-membro tem competência tributária para instituir contribuição 
a) de intervenção no domínio econômico.
b) a ser cobrada de seus servidores, para o custeio em benefício destes, do regime
previdenciário próprio. 
c) para o custeio do serviço de iluminação pública.
d) de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
e) para o financiamento da assistência social.
Questão 29 – (FCC) Técnico de Controle Externo – TCE MG/2007 
A Constituição Federal atribui exclusivamente à União a competência para 
criar 
a) contribuição social, contribuição de melhoria e impostos sobre serviços de
qualquernatureza. 
b) contribuição de melhoria, contribuição previdenciária e contribuição para o
custeio do serviço de iluminação pública. 
c) impostos, taxas e contribuição de melhoria.
d) contribuições de melhoria e parafiscais, empréstimo compulsório e taxas.
e) empréstimo compulsório, contribuição de intervenção no domínio econômico e
contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 
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Questão 30 – (FCC) Auditor Fiscal Municipal – São Paulo/2007 
 
São tributos de competência municipal: 
a) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a 
prestação de serviço de comunicação e imposto sobre a propriedade territorial 
rural. 
b) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a 
transmissão onerosa, inter vivos, de bens imóveis e imposto sobre a propriedade 
predial urbana. 
c) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, imposto sobre a 
transmissão onerosa, inter vivos, de bens imóveis e imposto sobre a propriedade 
territorial rural. 
d) imposto sobre a propriedade territorial urbana, imposto sobre a transmissão 
onerosa, inter vivos, de bens imóveis e imposto sobre a prestação de serviço de 
comunicação. 
e) imposto sobre a propriedade territorial urbana, imposto sobre serviços de 
qualquer natureza, definidos em lei complementar e não-compreendidos na 
tributação do ICMS, e imposto sobre a transmissão onerosa, inter vivos, de bens 
imóveis. 
 
 
Questão 31 – (FCC) Procurador – TCE CE/2006 
 
O Estado do Ceará tem competência tributária para instituição de 
a) IPTU, ICMS e IPVA. 
b) ITCMD, ICMS e contribuição de melhoria. 
c) ITBI, ITCMD e ISS. 
d) taxas, contribuição de melhoria e imposto residual. 
e) empréstimo compulsório, IPVA e taxas. 
 
 
Questão 32 – (FCC) Auditor – TCE PB/2006 
 
A competência residual tributária é exercida 
a) pela União e Estados, que podem instituir impostos e taxas, que não sejam 
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na Constituição Federal. 
b) pelos Municípios, que podem criar tributos de seu peculiar interesse, observando 
os princípios constitucionais da anterioridade e da irretroatividade. 
c) pelos Estados, que podem instituir contribuições que não tenham fato gerador e 
base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. 
d) pela União, que, através de lei complementar, pode instituir impostos que não 
sejam cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na Constituição Federal. 
e) pelos Estados e Distrito Federal, que podem instituir impostos e contribuições 
sociais, que não sejam cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 33 – (FCC) Auditor Tributário – Jaboatão PE/2006 
 
Sobre discriminação de competências tributárias, é correto afirmar que 
a) a União pode invadir as competências tributárias dos entes políticos, para 
instituir impostos cumulativos, com fato gerador e base de cálculo já relacionados 
na Constituição Federal no exercício da competência residual. 
b) os Estados-membros podem conceder parcelamento, isenções e anistia de 
tributos municipais. 
c) a União poderá instituir impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, na iminência ou no caso de guerra externa. 
d) a União e os Estados-membros podem instituir contribuição de intervenção no 
domínio econômico. 
e) a União pode conceder isenções de caráter geral, em relação aos tributos 
municipais, distritais e estaduais. 
 
Questão 34 – (ESAF) Auditor Fiscal - PB/2006 
 
A Constituição Federal relaciona os impostos que podem ser criados pelos 
entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e atribui 
competência residual tributária 
a) à União para criar, através de lei complementar, novos impostos, desde que 
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na Constituição Federal. 
b) ao Distrito Federal para criar, através de lei ordinária, novos impostos, desde 
que sejam não-cumulativos e não tenham hipótese de incidência e fato imponível 
próprios dos discriminados na Constituição Federal. 
c) aos Estados, para os quais estão reservadas as competências que não sejam 
vedadas pela Constituição Federal. 
d) aos Municípios, para criar, através de lei, novos impostos, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados na Constituição Federal. 
e) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para criarem, através de lei, 
novos impostos, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou 
base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal. 
 
Questão 35 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006 
 
A Constituição Federal atribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios competências tributárias privativas, vedando que um ente 
político invada a competência do outro, exceto, em relação 
a) à União que, no exercício de sua competência residual, poderá invadir as 
competências tributárias dos entes políticos, para instituir impostos cumulativos, 
com fato gerador e base de cálculo já relacionados na Constituição Federal. 
b) aos Estados-membros, que podem conceder moratória de caráter geral, em 
relação aos tributos municipais. 
c) à União que, na iminência ou no caso de guerra externa, poderá instituir 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária. 
d) à União, que pode instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
e) aos Estados-membros, que podem conceder parcelamento, isenções e anistia de 
tributos municipais. 
 
 
 
 
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Questão 36 – (ESAF) AFTE – PA/2002 
 
A Constituição Federal atribui a denominada competência residual ou 
remanescente, quanto aos impostos ______1______, e, no que se refere 
às taxas e às contribuições de melhoria, _______2_______. 
a) 1 aos Estados-membros, 2 à União 
b) 1 à União, 2 aos Municípios 
c) 1 ao Distrito Federal, 2 aos Estados-membros 
d) 1 à União, 2 aos Estados-membros 
e) 1 aos Estados-membros, 2 aos Municípios 
 
Questão 37 – (ESAF) Analista - SUSEP/2010 
 
A Constituição Federal, em seu art. 154, inciso I, prevê a criação de 
impostos que não os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de 
competência da União). Sobre esta competência, usualmente denominada 
na doutrina “competência residual”, é incorreto afirmar-se que: 
a) o exercício da competência residual é reservado ao legislador ordinário, e não ao 
constituinte derivado. 
b) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a 
não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser observados quando da 
criação de um novo imposto por meio de emenda constitucional. 
c) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do que ocorre 
para os impostos discriminados, que têm apenas os seus fatos geradores, bases de 
cálculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituição de 
novo imposto pela União, no exercício de sua competência residual, exige-se que 
também a alíquota seja prevista em lei complementar. 
d) admite-se, excepcionalmente,a instituição de novos impostos, no exercício da 
competência residual, por meio de medida provisória. 
e) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual, fica sujeita ao 
princípio da anterioridade. 
 
Questão 38 – (FCC) Procurador – TCM BA/2011 
 
Comparada com a norma de Direito Penal, verifica-se que a norma tributária é mais 
rígida. No Direito Penal, o nullum crimen nulla poena sini lege exige que o delito 
seja típico, decorra de uma previsão legal precisa, mas se permite ao juiz, ao 
sentenciar, a dosimetria da pena, com relativa liberdade, assim como diminuir ou 
afrouxar a pena a posteriori. No Direito Tributário, além de se exigir seja o fato 
gerador tipificado, o dever de pagar o tributo também deve sê-lo em todos os seus 
elementos, pois aqui importantes são tanto a previsão do tributo quanto o seu 
pagamento, baseado em fórmulas de quantificação da prestação devida, e que a 
sociedade exige devam ser rígidas e intratáveis. (Sacha Calmon Navarro Coelho. 
Curso de direito tributário brasileiro. 9.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, p. 220). 
O texto acima está se referindo ao princípio explícito da 
a) legalidade. 
b) irretroatividade da lei tributária. 
c) anterioridade da lei tributária. 
d) segurança jurídica. 
e) igualdade. 
 
 
 
 
 
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Questão 39 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009 
 
Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo 
destinado a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à 
data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então 
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada, é possível 
identificar o cumprimento do princípio constitucional da 
a) irretroatividade tributária. 
b) anterioridade anual. 
c) anterioridade nonagesimal. 
d) isonomia tributária. 
e) capacidade contributiva. 
 
Questão 40 – (FCC) Agente Legislativo – SP/2010 
 
A concessão de isenção de certo tributo para um determinado setor 
produtivo, que esteja passando por dificuldades de mercado, em 
detrimento de outros setores produtivos, 
a) é inconstitucional, por violar o princípio da capacidade contributiva. 
b) pode ser feita pela União relativamente a tributos estaduais, desde que também 
esteja concedendo isenção para um tributo federal. 
c) é ilegal, pois o Código Tributário Nacional só prevê isenção em caráter geral. 
d) é inconstitucional, por violar o princípio da uniformidade geográfica. 
e) é constitucional, atendendo, em tese, ao princípio da isonomia. 
 
Questão 41 – (FCC) Procurador – Recife/2008 
 
Município do interior pernambucano institui isenção de IPTU para pais 
adotivos. Esta medida é 
a) inconstitucional, por violar o princípio da igualdade, além de não ter o critério 
adotado qualquer relação com os aspectos da hipótese de incidência. 
b) constitucional, já que estimula a adoção, tendo cará ter nitidamente extrafiscal e 
social. 
c) ilegal, por violar dispositivo constante do Código Civil que veda discriminação 
entre filhos adotivos e biológicos. 
d) constitucional, mas ilegal, por não ser da autonomia do Município políticas 
públicas de planejamento familiar, aí incluído o estímulo à adoção. 
e) constitucional, porque a Constituição Federal não veda qualquer discriminação 
decorrente da filiação e legal de acordo com o Código Civil. 
 
Questão 42 – (FCC) Procurador – TCE AL/2008 
 
É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a 
a) vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional. 
b) concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio 
do desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País. 
c) vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de 
competência dos Municípios. 
d) concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência. 
e) vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais. 
 
 
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Questão 47 – (FCC) Analista Legislativo - Câmara/2007 
 
Quando a Constituição Federal dispõe que "é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos 
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado" está consagrando o princípio da 
a) uniformidade. 
b) anterioridade. 
c) isonomia. 
d) irretroatividade. 
e) legalidade. 
 
 
 
Questão 48 – (ESAF) AFM - Natal/2008 
 
O Governador do Estado de Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro 
de 2007, em atenção às Constituições Estadual e Federal, medida 
provisória visando à majoração de imposto estadual. A norma entrou em 
vigor na data de sua publicação. O Poder Legislativo Estadual, porém, 
somente converteu a medida provisória em lei no dia 20 de fevereiro de 
2008. Em face da situação hipotética e considerando os parâmetros de 
vigência e aplicação da legislação tributária, aponte em que data o 
aumento poderá ser efetivamente cobrado. 
a) 1º de janeiro de 2008. 
b) 4 de fevereiro de 2008. 
c) 20 de maio de 2008. 
d) 1º de janeiro de 2009. 
e) 31 de março de 2009. 
 
 
 
Questão 49 – (ESAF) AFRF/20009 
 
Diversos fatos podem resultar na desoneração tributária. Assinale, entre as 
que se seguem, a forma de desoneração tributária pela qual não nascem 
nem a obrigação tributária, nem o respectivo crédito por força do não-
exercício da competência a que tem direito o poder tributante. 
a) Imunidade. 
b) Não-incidência. 
c) Isenção. 
d) Alíquota zero. 
e) Remissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Aula 01 
Sistema Tributário Nacional. Princípios Gerais. Limitações ao poder de 
tributar. Competência tributária. Capacidade tributária. 
 
Questão 01 – (FCC) Analista de Controle Externo – TCE GO/2009 
 
A competência tributária 
a) é competência constitucional administrativa. 
b) é conferida sempre em caráter exclusivo ou privativo a cada um dos 
entes federados. 
c) é delegável, mediante lei complementar do ente detentor da 
competência constitucional. 
d) não pode deixar de ser exercida pelo ente competente, sob pena de 
caracterizar renúncia de receita. 
e) é indelegável e privativa dos entes políticos tributantes. 
 
Comentários 
Para responder as questões sobre competência tributária, é necessário o 
conhecimento dos arts. 6º a 8º do CTN. As bancas geralmente misturam 
os conceitos de competência tributária com capacidade tributária ativa. 
Torna-se imperativo, portanto, efetuarmos a distinção entre estes 
institutos. 
 
Competência tributária 
A competência tributária consiste no poder conferido pela Constituição 
aos entes políticos (União, Estados, DF e Municípios) para instituírem 
seus tributos. 
Conforme estudamos na aula anterior, o tributo é uma prestação 
instituída em lei. Dessa forma, podemos inferir que a competência 
tributária é a prerrogativa prevista na Constituição Federal que 
possibilita aos entes federados editarem leis instituindo seus tributos. 
Assim prevê o art. 6º do CTN: 
“Art. 6º A atribuição constitucional de competência 
tributária compreende a competência legislativa plena, 
ressalvadas as limitações contidas na ConstituiçãoFederal, 
nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do 
Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto 
nesta Lei.” 
Observe, de início, que por se tratar de uma competência legislativa 
compreende uma faculdade. O ente político não está obrigado a exercer 
a sua competência tributária. Entretanto, só poderá instituir tributos e, 
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consequentemente, arrecadar para custear os gastos públicos quando a 
exercer, mediante a edição de lei instituidora de tributo. 
Na hipótese de não-exercício dessa competência, não ocorre a 
transferência para que outro ente possa utilizá-la. Assim, na omissão da 
pessoa política que detém a competência não há que se falar em 
transferência a ente diverso. 
Além disso, o ente político competente para instituir determinado tributo 
não pode delegar este poder, conferido pela Constituição, para que outro 
o faça em seu lugar. Temos, assim, que a competência tributária é 
indelegável. 
Logo, a competência tributária é indelegável tanto por ação como 
por omissão. 
Essa é a inteligência do art. 8º do CTN: 
“Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a 
defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a 
que a Constituição a tenha atribuído.” 
Já o art. 7º, determina: 
“Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou 
de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas 
em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios 
processuais que competem à pessoa jurídica de direito 
público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por 
ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a 
tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, 
a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de 
arrecadar tributos.” 
Percebemos que, apesar da impossibilidade de delegação da 
competência tributária, eis que esta é definida na própria Constituição, o 
CTN prevê a possibilidade de delegação de algumas atividades da 
Administração Tributária. Estas atividades compõem a denominada 
capacidade tributária ativa. 
 
Capacidade tributária ativa 
Não obstante a impossibilidade de delegação da competência tributária, 
o Código Tributário Nacional permite a atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou 
decisões administrativas em matéria tributária. Assim, podemos dizer 
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que a capacidade tributária ativa é a atribuição de atuar no pólo ativo da 
relação tributária, com poderes de cobrar e fiscalizar tributos, além dos 
privilégios e garantias processuais inerentes à pessoa política que detém 
a competência tributária. 
Todavia, devemos observar que, por determinação do próprio CTN, a 
delegação da capacidade tributária ativa só pode ser efetuada a outra 
pessoa jurídica de Direito Público (autarquias e fundações públicas de 
Direito Público, por exemplo) e não a entidades de Direito Privado (como 
empresas públicas ou sociedades de economia mista). Além disso, tal 
delegação pode ser revogada a qualquer tempo, a critério da pessoa 
política que detém a competência. Nessa situação, passa a atuar 
novamente na cobrança, fiscalização e execução das suas próprias leis 
tributárias. 
Passemos agora à análise das alternativas. 
Alternativa A – Errada. A competência tributária constitui uma 
atribuição legislativa e não administrativa. 
Alternativa B – Errada. Veremos mais adiante que há tributos cuja 
competência é comum a todos os entes tributantes. É o caso das taxas e 
da contribuição de melhoria, por exemplo. 
Alternativa C – Errada. A competência tributária é indelegável. 
Alternativa D – Errada. Vimos que, por se tratar de uma competência 
legislativa, compreende uma faculdade. O ente político não está 
obrigado a exercer a sua competência tributária. 
Alternativa E – Correta. A competência tributária é indelegável, nos 
termos do art. 7º do CTN. Além disso, a Constituição Federal apenas a 
confere aos entes políticos, eis que se trata de uma atribuição 
legislativa. 
Gabarito: E. 
 
Questão 02 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009 
 
A respeito da competência tributária, considere: 
I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, 
por lei complementar específica, para aumentar tributos. 
II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar 
ou fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa 
jurídica de Direito Público a outra. 
III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e 
a capacidade tributária, é delegável. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
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d) I e II. 
e) I e III. 
 
Comentários 
Item I – Errado. A competência tributária é o poder conferido pela 
Constituição para que os entes federados possam instituir seus 
tributos. Não há que se falar em atribuição de competência tributária 
mediante lei. Tal prerrogativa decorre SEMPRE da Constituição 
Federal. 
Item II – Correto. Apesar da indelegabilidade da competência 
tributária, o CTN faz uma ressalva quanto à possibilidade de 
delegação, a outra pessoa jurídica de Direito Público, das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou seja, a capacidade tributária ativa. 
O detentor da capacidade tributária ativa passa atuar no polo ativo da 
relação tributária, ou seja, na condição de credor, de cobrador da 
exigência. No pólo passivo encontra-se o contribuinte, na qualidade 
de devedor. 
Item III – Errado. Prevê o CTN, em seu art. 7º, que a competência 
tributária é indelegável. Não há possibilidade de delegação por 
qualquer instrumento normativo. Não há que se confundir a 
possibilidade de delegação da capacidade tributária ativa com a 
delegação da competência tributária. 
Gabarito: B. 
 
Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado – PGE MT/2011 
 
Sobre competência tributária e capacidade tributária ativa, é correto 
afirmar: 
a) A competência tributária é delegável por lei. 
b) A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária 
principal. 
c) O Código Tributário Nacional fixa as competências tributárias. 
d) A capacidade tributária ativa é exclusiva do ente político definido na 
Constituição Federal. 
e) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser 
titular da capacidade tributária ativa. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. Conforme dispõe o art. 7º do CTN, a 
competência tributária é indelegável. Essa regra não comporta 
exceção. 
Alternativa B – Correta. A capacidade tributária ativa constitui a 
atribuição de atuar no pólo ativo da relação tributária, conferindo 
poderes de cobrar e fiscalizar tributos, além dos privilégios e garantias 
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processuais inerentes à pessoapolítica que detém a competência 
tributária. 
Alternativa C – Errada. Apenas a Constituição Federal pode fixar as 
competências tributárias. Em nenhuma hipótese poderá ocorrer 
determinação da competência por lei. 
Alternativa D – Errada. A princípio, o ente competente para instituir 
determinado tributo, também o é para cobrar e fiscalizar. Porém, estas 
últimas atribuições, que representam a capacidade tributária ativa, 
podem ser delegadas a outra pessoa jurídica de Direito Público. 
Alternativa E – Errada. Esta alternativa diz o mesmo que a anterior e 
valem os mesmo comentários acima. 
Gabarito: B. 
 
 
Questão 04 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AL/2007 
 
Nos termos do art. 153, §4º, III, da Constituição Federal, o Imposto 
sobre a Propriedade Territorial Rural poderá ser fiscalizado e 
cobrado pelo Município. Se o Município, em caráter excepcional, 
resolver fazer uso dessa faculdade, passará a exercer 
a) a competência tributária plena. 
b) juntamente com a União a competência tributária. 
c) a competência e a capacidade tributária ativa. 
d) juntamente com a União a capacidade tributária ativa. 
e) a capacidade tributária ativa, ficando reservada à União a competência 
tributária. 
 
Comentários 
As atribuições de fiscalizar e cobrar o tributo constituem a 
denominada capacidade tributária ativa, cuja delegação é permitida, 
nos termos do art. 7º do CTN. 
De início, já podemos eliminar as alternativas que apontam a 
competência tributária, pois, como estudamos, não pode ser 
delegada. Eliminam-se, assim, as alternativas A, B e C. 
A alternativa D fala em compartilhamento simultâneo da capacidade 
tributária ativa. Isso não pode ocorrer, eis que, representando o pólo 
ativo da relação tributária apenas um ente poderá figurar. No caso 
especifico da questão, a União apenas poderia atuar nessa condição 
após a revogação da delegação, fazendo uso do disposto no art. 7º, 
§2º, do CTN. 
A alternativa E está perfeita, já que, mesmo havendo delegação da 
capacidade tributária ativa, a União continua detendo a competência 
tributária, eis que esta é indelegável. 
Gabarito: E. 
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Questão 05 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AL/2007 
 
Prefeito Municipal, diante de manifestações adversas da Câmara 
Municipal, deixou de instituir no Município a Contribuição para o 
Custeio da Iluminação Pública - CIP. A medida, em tese, 
a) merece aplausos, pois contribui para redução da nossa carga tributária, 
uma das mais elevadas do mundo. 
b) merece aplausos, pois a cobrança da referida contribuição é 
manifestamente inconstitucional. 
c) implica em responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, e pode ser combatida via ação popular, por 
qualquer um do povo, por ser lesiva ao patrimônio público. 
d) comporta a propositura de ação declaratória de constitucionalidade para 
tornar efetiva a instituição e cobrança do tributo. 
e) implica em responsabilidade na gestão fiscal, nos termos da Lei de 
Responsabilidade Fiscal, mas não tem o condão de ensejar o impeachment 
do Prefeito. 
 
Comentários 
Essa questão é muito interessante. 
Estudamos que a competência tributária representa a competência 
legislativa plena e que, sendo assim, o ente político não está obrigado 
a exercer a sua competência tributária. 
No âmbito do estudo do Direito Tributário a única consequência 
possível resultante do não exercício da competência é que o ente 
deixaria de instituir tributos e, consequentemente, de arrecadar para 
custear os gastos públicos, o que somente pode ser realizado 
mediante a edição de lei instituidora de tributo. 
Contudo, a Lei Complementar nº 101/00 estabeleceu normas de 
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. 
Trata-se da famosa Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que fez 
referência à instituição de todos os tributos da competência do ente 
político como requisito da responsabilidade na gestão fiscal, nos 
seguintes termos: 
“Art. 11. Constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e 
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação.” 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 06 – (FCC) Auditor Fiscal Municipal – São Paulo/2007 
 
Relativamente à competência tributária e às funções de arrecadação 
e fiscalização, é correto afirmar que 
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Alternativa A - Errada. Apenas a capacidade tributária ativa é 
delegável. Não há possibilidade de delegação da competência tributária, 
por força de vedação expressa do CTN. 
Alternativa B - Errada. A alternativa trocou as características. É 
exatamente o contrário: a competência é indelegável, ao passo que a 
capacidade ativa pode ser delegada. 
Alternativa C - Correta. Esta é a previsão do art. 7º do CTN, a saber: a 
possibilidade de delegação da capacidade tributária ativa e a vedação à 
delegação da competência tributária. 
Alternativa D - Errada. A capacidade tributária ativa é delegável. 
Alternativa E - Errada. A competência tributária é indelegável. 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 07 – (FCC) Auditor Fiscal – SEFAZ DF/2001 
 
É correto afirmar que 
a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da 
capacidade tributária. 
b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes. 
c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis. 
d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser 
delegada. 
e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os 
descentralizados, de capacidade tributária. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. O §3º do art. 7º do CTN estabelece que não 
constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de 
Direito Privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Nesta 
situação, não estamos diante da delegação da capacidade tributária 
ativa, mas de mera autorização para que os bancos, casas lotéricas e 
demais correspondentes bancários possam receber os pagamentos 
dos tributos. Corresponde, portanto, à arrecadação pelas instituições 
que firmem convênio com o ente tributante. 
Alternativa B – Errada. A competência tributária consiste no poder 
conferido pela Constituição aos entes políticos (União, Estados, DF e 
Municípios) para instituírem seus tributos. Já a capacidade tributária 
ativa é a atribuição de atuar no pólo ativo da relação tributária, com 
poderes de cobrar e fiscalizar tributos. 
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tributária. Qualquer pessoa jurídica pode, pois, desempenhar 
tal atividade, mesmo que se trate de pessoa jurídica de 
direito privado com finalidade de lucro.” (PAULSEN, Leandro. 
Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da 
jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 625) 
Gabarito: A. 
 
 
Questão 09 – (FCC) Inspetor Fiscal – São Paulo/98 
 
Para distinguir competência de capacidade tributária deve-se 
considerar que: 
a) todos os entes investidos de capacidade tributária desfrutam de 
competência tributária 
b) todos os entes investidos de competência desfrutam de capacidade 
tributária 
c) os entes investidos de competência tributária não desfrutam de 
capacidade tributária 
d) todas as pessoas jurídicas de direito público estão investidas de 
competência tributáriae) as pessoas jurídicas de direito privado estão investidas de capacidade 
tributária 
 
Comentários 
Conforme estudamos, a princípio, o ente competente para instituir 
determinado tributo, também o é para cobrar e fiscalizar. Em outras 
palavras, quem detém a competência tributária também detém a 
capacidade tributária ativa. 
Ocorre que a capacidade tributária ativa pode ser delegada. 
É importante observar, porém, que, na hipótese de delegação da 
capacidade ativa, apenas outra pessoa jurídica de Direito Público 
poderia receber as atribuições. 
Isso não quer dizer que todas as pessoas jurídicas de Direito Público 
estão dotadas de capacidade tributária ativa. Apenas aquelas que 
receberam as atribuições por meio de delegação do ente político que 
detém a competência. 
Além disso, há que se destacar que as pessoas jurídicas de Direito 
Privado não podem exercer a capacidade tributária ativa. Apenas 
poderiam ser acometidas do encargo ou da função de arrecadar 
tributos, que não se confunde com a delegação da capacidade ativa. 
Gabarito: B. 
 
 
 
 
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Questão 10 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª/2007 
 
No que diz respeito à competência legislativa, o Código Tributário 
Nacional, dentre outras situações, dispõe que, 
a) a competência tributária é sempre indelegável, abrangendo a atribuição das 
funções de fiscalizar tributos ou de executar leis ou serviços de natureza 
tributária. 
b) a atribuição da função de arrecadar tributos implica que sua revogação seja 
feita com prévio aviso, e por ato bilateral entre as partes. 
c) a atribuição da função de fiscalizar tributos não compreende as garantias e 
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público 
que a conferir. 
d) o não-exercício da competência tributária a defere à pessoa jurídica de 
direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. 
e) não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito 
privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. De fato, a competência tributária é 
indelegável. Entretanto, não representa a atribuição das funções de 
fiscalizar tributos ou de executar leis ou serviços de natureza 
tributária, eis que tais atividades constituem a capacidade tributária 
ativa. 
Alternativa B – Errada. De acordo com o CTN, art. 7º, §2º, a 
delegação ocorre em caráter precário, ou seja, a atribuição pode ser 
revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica 
de direito público que a tenha conferido. 
Alternativa C – Errada. A assertiva ofende o disposto no art. 7º, 
§1º, do CTN, segundo o qual a atribuição compreende as garantias e 
os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de Direito 
Público que a conferir. 
Alternativa D – Errada. Preceitua o art. 8º do CTN que o não-
exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de 
Direito Público diversa daquela a que a Constituição a tenha 
atribuído. Vale notar, a competência tributária é indelegável, tanto 
por ação como por omissão. 
Alternativa E – Correta. A situação prevista representa mera 
atividade de recebimento dos pagamentos geralmente realizados por 
uma rede arrecadadora, constituída pelos bancos e correspondentes 
bancários. Temos, assim, que não viola a regra da indelegabilidade 
da competência tributaria. 
Gabarito: E. 
 
 
 
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Questão 12 – (ESAF) AFTE - MS/2001 
 
Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito 
Tributário, é correta a afirmação de que: 
a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre 
normas gerais de Direito Tributário. 
b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito 
Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. 
c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica 
mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo 
no que lhe for contrário. 
d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito 
Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. 
e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, 
em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito 
Tributário. 
 
Comentários 
Outra atribuição constitucional que não se pode confundir com a 
competência tributária é a competência para legislar sobre Direito 
Tributário. 
A primeira, como vimos, corresponde ao poder para instituir tributos. 
Já a competência para legislar sobre Direito Tributário, constitui o 
poder de estabelecer normas gerais em matéria tributária e está 
prevista no art. 24, I e §§ 1º ao 4º, da CF/88: 
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico; 
(...) 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da 
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas 
gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena, para atender a 
suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais 
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.” 
 
Com base no art. 24 da Carta Magna, podemos resumir que a 
competência para legislar sobre Direito Tributário: 
 
 
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Sobre o tema competência tributária, assinale a alternativa 
incorreta. 
a) Apesar de não criar tributos, no plano normativo o processo de 
instituição de tributo tem início na própria Constituição. 
b) A Constituição Federal descreve genericamente as hipóteses de 
incidência do tributo, às quais estará limitada a pessoa política competente. 
c) A rigidez do sistema tributário exige o estabelecimento de limitações aos 
entes tributantes, a fim de evitar a invasão de competência. 
d) Compartimentos estanques estão estruturados no Estatuto Supremo, 
sem que se conceda ao legislador complementar ou ordinário possibilidade 
de dispor além daquelas fronteiras. 
e) A estruturação parcial de tributo na própria Constituição pode ser vista 
apenas em se tratando de impostos. 
 
ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO 
 
“Tem a doutrina como incontroverso que a Constituição 
Federal não cria tributos, limitando-se tão-só à outorga de 
competência, através da qual o ente político se investe das 
condições para instituí-lo. No plano normativo, porém, o 
processo de instituição de tributo tem início na Constituição 
mesma. A rigidez do sistema assim o exige. Compartimentos 
estanques estão estruturados no Estatuto Supremo, sem que 
se conceda ao legislador complementar ou ordinário 
possibilidade de dispor além daquelas fronteiras. (...) A 
estruturação parcial de tributo na própria Constituição pode 
ser vista quer em se tratando de impostos, quer diante de 
taxas, quer em face de contribuições. Em análise destas, 
tivemos o ensejo de asseverar que a Constituição não apenas 
permite (outorga de competência), mas, em certos casos, 
estabelece a que título permite e, em outro, vai mais longe: 
dispõe de quem pode ser exigida. Em outras palavras, 
descrevegenericamente as hipóteses de incidência do 
tributo, às quais estará limitada a pessoa política competente 
ou, indo adiante, circunscreve a eleição do sujeito passivo a 
certas categorias adrede definidas.” (Aires F. Barreto, em 
Comentários ao Código Tributário Nacional, vol. I, coord. Ives Gandra da 
Silva Martins, ed. Saraiva, 1998, p. 537/538) 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 14 – (ESAF) Fiscal de Rendas - RJ/2010 
 
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa 
afirmativa, julgue os itens a seguir: 
I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem 
apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto, 
constitucional lei estadual com tal conteúdo; 
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II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do tipo 
do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar normas 
gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista 
no art. 24, § 3º, da Constituição; 
III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua 
competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia. 
Estão corretos: 
a) apenas o item I. 
b) apenas os itens I e II. 
c) apenas os itens I e III. 
d) apenas os itens II e III. 
e) todos os itens estão corretos. 
 
Comentários 
Questão interessante, que não se limita à literalidade do art. 24, da 
CF/88. Para responder aos itens, temos que recorrer à jurisprudência 
do STF. Senão, vejamos: 
Item I - "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8.366, de 7 de julho de 
2006, do Estado do Espírito Santo. Lei que institui incentivo fiscal para as 
empresas que contratarem apenados e egressos. Matéria de índole 
tributária e não orçamentária." (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 14
6 2007, Plenário, DJ de 14 9 2007.). CORRETO. 
Item II – “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do 
veículo. Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais 
referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no 
art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil.” (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 
julgamento em 24 6 2008, Segunda Turma, DJE de 15 8 2008.) No mesmo sentido: AI 
500.743-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 2 12 2010, Primeira Turma, DJE de 
3 3 2011. CORRETO. 
Item III - “Os institutos da imunidade e da isenção tributária não se 
confundem. É perfeitamente possível ao Estado conceder, mediante lei, 
isenção de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites 
de sua autonomia. Enquanto não editada a lei a que se refere o § 21 do art. 
40 da CF/1988, vigem os diplomas estaduais que regem a matéria, que só 
serão suspensos se, e no que, forem contrários à lei complementar nacional 
(CF, art. 24, § 3º e § 4º).” (SS 3.679-AgR, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, 
julgamento em 4 2 2010, Plenário, DJE de 26 2 2010.) Item Verdadeiro. 
Gabarito: E. 
 
 
Questão 15 (ESAF) – AFTN/94 
 
Normas gerais de direito tributário precisam ser reguladas por meio 
de 
a) lei complementar federal, que ainda não foi editada, razão por que ainda 
não existem normas gerais válidas, estando a União, os Estados e demais 
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entes tributantes dispensados de observá-las enquanto o Congresso 
Nacional não as edite 
b) lei complementar federal que, conquanto ainda não editada como tal, já 
existia sob a forma de lei ordinária (Código Tributário Nacional) e que, por 
força de normas constitucionais posteriores, passou a ter a rigidez própria 
de lei complementar 
c) lei ordinária federal que já existia (Código Tributário Nacional) e que 
deve ser obrigatoriamente observada pelas leis estaduais e municipais, 
porém não pelas leis ordinárias federais, já que, sendo da mesma 
hierarquia, estas poderão alterar ou revogar aquele Código 
d) norma constitucional apenas, pois, tratando-se de matéria de 
importância eminente, que diz respeito à organização do Estado, somente 
por regra de tal hierarquia podem ser veiculadas 
e) lei complementar de cada ente tributante, que regule a definição dos 
tributos de sua competência, obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários e adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. 
 
Comentários 
Normas gerais de Direito Tributário devem ser veiculadas em lei 
complementar, conforme disposição constitucional no art. 146, III. 
Devemos interpretar este artigo em conjugação com o disposto no 
art. 24, I da própria Constituição, que prevê a competência da União 
em editar normas gerais de Direito Tributário. 
Por conseguinte, o único instrumento hábil para edição de tais 
normas é a lei complementar federal. 
A questão exige, além desse conhecimento, que o candidato saiba se 
já existe tal norma editada pela União. A resposta é positiva. As 
normas gerais de Direito Tributário são estabelecidas no Código 
Tributário Nacional, o CTN, que, apesar de ter sido editado como lei 
ordinária, possui status de lei complementar, como veremos na 
próxima questão. 
Gabarito: B. 
 
 
Questão 16 (ESAF) – PFN/2007 
 
O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado _____________, foi 
recebido pelas Constituições como _____________. 
Normas especiais sobre obrigação, lançamento e crédito tributários cabem à 
_____________ de cada ente tributante. 
_____________, decorrente de obras públicas, poderá ser instituída(o), 
conforme o caso, pela União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Examine as afirmações e as lacunas supra. Após, selecione, entre as 
expressões abaixo, as que preenchem corretamente as lacunas, na 
devida seqüência. 
a) como lei ordinária / código / lei complementar / A contribuição de 
melhoria 
b) como código / lei complementar / lei complementar / A taxa de obra 
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c) como lei ordinária / lei complementar / legislação ordinária / A 
contribuição de melhoria 
d) como ato complementar / código / legislação ordinária / O tributo 
vinculado 
e) como lei complementar / lei ordinária / legislação ordinária / A taxa de 
serviço 
 
Comentários 
A Constituição Federal de 1988, como vimos, reserva à lei 
complementar a instituição de normas gerais de Direito Tributário. 
Normas gerais são aquelas que estabelecem princípios, fundamentos 
e critérios básicos, de modo a tornar uniforme a aplicação da 
legislação tributária em todo o país. 
O Código Tributário Nacional foi editado em 1966, sob a vigência da 
Constituição de 1946, que ainda não previa a lei complementar como 
espécie legislativa. Assim, o CTN foi editado como uma lei ordinária. 
A partir da Constituição de 1967, passou a existir a figura da lei 
complementar como espécie normativa, sendo exigida sua edição 
para o trato de algumas matérias. Assim permaneceu com a CF/88. 
Aprendemos no estudo do Direito Constitucional a teoria da recepção, 
segundo a qual, no advento de uma nova Constituição, as normas 
que sejam com ela compatíveis materialmente passam a ser 
recepcionadas. Assim, permanecem em vigor com o status da espécie 
normativa que a nova Constituição exige para regular aquela matéria. 
Dessa forma, se uma lei ordinária que disciplina certa matéria for 
recepcionada por uma nova Constituição que exige o trato de lei 
complementar, passaráa ter força de lei complementar. 
Foi o que ocorreu com o CTN que foi recepcionado pela CF/88. Como 
a Constituição exige lei complementar para traçar normas gerais em 
matéria tributária, o CTN passou a vigorar com status de lei 
complementar. 
Assim, respondendo ao primeiro item, o texto ficaria da seguinte 
forma: O Código Tributário Nacional, embora tenha sido criado como 
lei ordinária, foi recebido pelas Constituições como lei complementar. 
Uma vez traçadas normas gerais de Direito Tributário, mediante lei 
complementar federal, os entes federados passam a exercer a sua 
competência tributária para instituir seus tributos, definindo suas 
peculiaridades, que o fazem por meio de lei ordinária. 
Por fim, temos que, nos termos do art. 145, III, União, Estados, DF e 
Municípios podem instituir contribuição de melhoria, decorrente de 
obras públicas. 
Gabarito: C. 
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Questão 17 (FCC) – Procurador Judicial - Recife/2008 
 
A Constituição Federal dispõe que compete à lei complementar 
disciplinar normas gerais em matéria tributária, especialmente 
sobre definição de fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos 
impostos discriminados na Constituição. Considerando esta regra, a 
definição de fato gerador, base de cálculo e contribuintes do IPTU 
está disciplinado 
a) em lei complementar municipal. 
b) em decreto-lei federal recepcionado como lei complementar. 
c) no Código Tributário Nacional. 
d) no Código Tributário Municipal. 
e) em lei complementar federal específica do IPTU. 
 
Comentários 
Conforme estudamos, o Código Tributário Nacional, apesar de editado 
como lei ordinária, adquiriu status de lei complementar, constituindo, 
atualmente, nossa norma geral em matéria tributária. 
Nesse sentido, estabelece em seus arts. 32 a 34, o fato gerador, a 
base de cálculo e os contribuintes do IPTU: 
“Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a 
propriedade predial e territorial urbana tem como fato 
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem 
imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na 
lei civil, localizado na zona urbana do Município. 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona 
urbana a definida em lei municipal; observado o requisito 
mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo 
menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou 
mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas 
pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento 
para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância 
máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado. 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas 
urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de 
loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, 
destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo 
que localizados fora das zonas definidas nos termos do 
parágrafo anterior. 
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Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do 
imóvel. 
Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se 
considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter 
permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua 
utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. 
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o 
titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer 
título.” 
A questão se responde facilmente pelo exposto acima. Porém, é 
importante observar que o CTN não é norma geral para todos os 
impostos discriminados na Constituição Federal. Isso ocorre, 
especificamente, para o IPVA, eis que não previsto no CTN por não 
existir à época da sua edição. 
Por isso, em relação ao IPVA, por força do disposto no art. 24, §3º, 
da Constituição Federal, os Estados e DF exercem a capacidade 
legislativa plena, podendo editar suas próprias normas gerais em 
matéria de IPVA. Assim decidiu o STF: 
“Deixando a União de editar as normas gerais disciplinadoras 
do IPVA, os Estados exercem a competência legislativa plena 
(CF, art. 24, § 3º) e ficam autorizados a editarem as leis 
necessárias à aplicação do sistema tributário nacional 
previsto na CF (ADCT, art. 34, § 3º). Com esse 
entendimento, a Turma, por unanimidade, manteve acórdão 
do Tribunal de Justiça de São Paulo, que rejeitara a 
pretensão de contribuinte do Imposto sobre Propriedade de 
Veículos Automotores - IPVA de eximir-se do pagamento do 
tributo, sob a alegação de que o Estado de São Paulo não 
poderia instituí-lo, dado que não possui competência para 
suprir a ausência de lei complementar estabelecendo as 
normas gerais (CF, 146, III, a). Precedente citado: AG 
(AgRg) 167.777-DF (DJU 09.05.97).” RE 236.931/SP 
(Informativo nº 157 do STF) 
Gabarito: C. 
 
 
Questão 18 (FCC) – Procurador - Salvador/2006 
 
O art. 146, III, "a", da Constituição Federal estabelece que caberá à 
lei complementar definir fato gerador, base de cálculo e 
contribuintes dos impostos discriminados na Constituição. Diante 
disso, 
a) a lei complementar do ente competente deverá, por exigência 
constitucional, ser a fonte instituidora de impostos. 
b) a Lei Complementar nº 116/03 instituiu o Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza. 
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c) a lei complementar de âmbito nacional fere o Princípio Federativo, eis 
que a competência para instituição de impostos é privativa de cada ente. 
d) os entes políticos, no exercício da capacidade tributária, não se sujeitam 
às regras impostas por lei complementar nacional, que fixa apenas normas 
gerais. 
e) o Código Tributário Nacional define o fato gerador, a base de cálculo e o 
contribuinte do imposto sobre propriedade territorial urbana. 
 
Comentários 
Alternativa A – Errada. Estudamos que normas gerais são aquelas 
que estabelecem princípios, fundamentos e critérios básicos, de modo 
a tornar uniforme a aplicação da legislação tributária em todo o país. 
Logo, não é a lei de normas gerais que institui o tributo. A instituição 
requer lei específica para tal fim. 
Alternativa B – Errada. A lei complementar 116/03 é norma geral 
em matéria de ISS. Assim, como visto na alternativa anterior, não 
institui o imposto. Para isso, cada município deveria editar lei própria, 
instituindo o ISS nos seus respectivos territórios. 
Alternativa C – Errada. A lei nacional de normas gerais visa à 
uniformidade da tributação em todo o território nacional. Por 
conseguinte, não há que se falar em ofensa ao pacto federativo. 
Ademais, não prejudica a instituição dos tributos, pois cada ente o 
fará mediante lei própria, específica para esta finalidade. 
Alternativa D – Errada. As normas gerais harmonizam os 
procedimentos a serem adotados e observados por todos os entes 
tributantes, tais como nos casos de prescrição, decadência, etc. Por 
estas razões, a lei de normas gerais deve ser obedecida tanto na 
instituição como na cobrança do tributo. Nesse mesmo sentido, 
convém verificarmos uma importante decisão do STF: 
“A observância de normas gerais em matéria tributária é 
imperativo de segurança jurídica, na medida em que é 
necessário assegurar tratamento centralizado a alguns temas 
para que seja possível estabilizar legitimamente expectativas.Neste contexto, ‘gerais’ não significa ‘genéricas’, mas sim 
‘aptas a vincular todos os entes federados e os 
administrados’.” (RE 433.352-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 
julgamento em 20 4 2010, Segunda Turma, DJE de 28 5 2010.) 
Alternativa E – Correta. Como vimos na questão anterior, o CTN 
estabelece estas normas nos arts. 32 a 34. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
 
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Questão 19 (FCC) – Auditor Fiscal – SEFIN RO/2010 
 
A Constituição Federal dispõe sobre lei complementar em matéria 
tributária dentro do Sistema Tributário Nacional. Mediante lei 
complementar, 
a) devem ser instituídos os impostos discriminados na Constituição. 
b) devem ser fixadas as alíquotas dos impostos discriminados na 
Constituição. 
c) devem ser fixados a base de cálculo, o fato gerador e os contribuintes 
dos impostos discriminados na Constituição. 
d) podem ser concedidas isenções federais sobre tributos estaduais e 
municipais. 
e) serão criadas as limitações ao poder de tributar. 
 
Comentários 
O art. 146, III, da Constituição Federal disciplina que cabe à lei 
complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária, 
especialmente sobre: definição de tributos e de suas espécies, bem 
como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a 
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. 
Cumpre observar que a lei de normas gerais não institui os impostos 
previstos na CF/88. Para tal ação faz-se necessário que cada ente 
tributante edite suas próprias leis, instituindo assim seus impostos. 
Alternativa A – Errada. A lei complementar de normas gerais não 
institui impostos. 
Alternativa B – Errada. A lei de normas gerais deve discriminar o 
fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes dos impostos, mas 
não as alíquotas. Estas são definidas na lei do próprio ente que 
institui o tributo. 
Alternativa C – Correta. Esta é a determinação constitucional 
prevista no art. 146, III, a. 
Alternativa D – Errada. A lei de normas gerais não concede 
isenções. Além disso, há vedação expressa na Constituição quanto à 
concessão de isenção dos tributos estaduais e municipais pela União 
(isenção heterônoma). 
Alternativa E – Errada. Aqui há uma grande pegadinha. O art. 146, 
II, da CF que cabe à lei complementar regular as limitações 
constitucionais ao poder de tributar. Há que se observar que a lei 
regulará as limitações, mas não as cria. 
A criação de limitações ao poder de tributar é realizada na própria 
Constituição, tanto que há uma Seção específica, denominada “Das 
limitações do poder de tributar”. 
Gabarito: C. 
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Questão 20 (FCC) – Defensor Público - SP/2007 
 
NÃO é matéria reservada à lei complementar: 
a) instituição de empréstimos compulsórios. 
b) definição de fato gerador e base de cálculo de impostos discriminados na 
Constituição. 
c) criação de impostos não previstos na Constituição. 
d) instituição de contribuição de melhoria. 
e) disposição sobre lançamento e prescrição tributários. 
 
Comentários 
A Constituição Federal dispõe, de forma expressa, as matérias cuja 
disciplina ocorrerá em caráter complementar, mediante veículo 
legislativo próprio, a lei complementar. 
Para sabermos se é ou não necessária lei complementar para veicular 
determinada matéria, há que se analisar exclusivamente o texto 
constitucional. Somente será necessária a edição de lei complementar 
quando houver determinação expressa na Constituição Federal. 
Alternativa A – A instituição de empréstimos compulsórios requer a 
edição de lei complementar (art. 148). 
Alternativa B – Estas definições encontram determinação expressa 
para edição de lei complementar (art. 146, III, a). 
Alternativa C – Trata-se da criação de novos impostos com 
fundamento na competência residual da União, conforme veremos 
mais adiante, cuja efetivação somente se dará por meio de lei 
complementar (art. 154, I). 
Alternativa D – A instituição de contribuição de melhoria não exige 
lei complementar. Não há determinação expressa nesse sentido. 
Assim, basta a edição de lei ordinária para a sua instituição. 
Alternativa E – Lançamento e prescrição são temas inerentes às 
normas gerais, por isso há previsão expressa para serem veiculados 
em lei complementar (art. 146, III, b). 
Gabarito: D. 
 
 
Questão 21 (FCC) – Auditor – TCE CE/2006 
 
Está sujeita à disciplina específica, por meio de lei complementar, a 
a) concessão de isenção de pagamento dos impostos de competência da 
União Federal. 
b) instituição, pela União Federal, de impostos não discriminados na 
Constituição Federal. 
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c) majoração de alíquota das contribuições para o financiamento da 
seguridade social previstas no art. 195 da Constituição Federal. 
d) instituição de taxas baseadas no poder de polícia. 
e) outorga de anistia de impostos de competência dos Estados e do Distrito 
Federal. 
 
Comentários 
Acabamos de estudar que somente será necessária a edição de lei 
complementar quando houver determinação expressa na Constituição 
Federal. Senão, vejamos o entendimento do STF: 
“De há muito se firmou a jurisprudência desta Corte no sentido de 
que só é exigível lei complementar quando a Constituição 
expressamente a ela faz alusão com referência a determinada 
matéria, o que implica dizer que quando a Carta Magna alude 
genericamente a ‘lei’ para estabelecer princípio de reserva legal, essa 
expressão compreende tanto a legislação ordinária, nas suas 
diferentes modalidades, quanto a legislação complementar.” (STF, 
Plenário, ADIn 2.028, Min. Moreira Alves, Nov/99) 
“Registre-se que a Constituição, no capítulo do Sistema Tributário 
Nacional – arts. 145 e seguintes – quando quer lei complementar ela 
assim o diz, expressamente, como se pode ver ... Assim, quando a 
Constituição, no capítulo do Sistema Tributário Nacional, fala apenas 
em lei e não em lei complementar, lícito é concluir que, mesmo nos 
casos em que a disciplina seria, em princípio, por lei complementar, 
ela, Constituição, excepcionou, exigindo apenas lei.” (excerto do voto 
do Min. Carlos Velloso no RE 225.602-8/CE, Nov/98). 
Nesse sentido, das alternativas apresentadas, apenas a hipótese 
prevista na letra B representa matéria a ser veiculada por meio de lei 
complementar, nos termos do art. 154, I, da Constituição Federal. 
Gabarito: B. 
 
 
 
Questão 22 (FCC) – Analista de Regulação - CE/2006 
 
Cabe à lei complementar, em matéria tributária, EXCETO 
a) instituir empréstimo compulsório. 
b) instituir imposto residual. 
c) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
d) instituir imposto extraordinário. 
e) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre prescrição e decadência. 
 
Comentários 
Essa questão é semelhante à 17, que acabamos de ver. 
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Alternativa A – A instituição de empréstimos compulsórios requer a 
edição de lei complementar (art. 148 da CF/88). 
Alternativa B – A criação de novos impostos com fundamento na 
competência residual da União

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