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84 CAPÍTULO VIII POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS 85 1. Potência instantânea ( ) ( ) ( )p t v t i t 2. Potência média 0 0 1 ( ) t T t P p t dt T � ³ 3. Valores eficazes de corrente e tensão Método para comparar a potência média dissipada num resistor alimentada por forma de onda diferente. 0 I R ( ) cos( ) p I t I tZ M � R 2 1 0 P RI P2 = P1 se ( ) cos( )pi t I tZ M � 0 2 p I I Verificação: Potência no resistor alimentado por CC rede linear ( )i t ( )v t ( )p t T ( )t s0t 86 2 1 0 P R I Potência no resistor alimentado por CA > @ 2 2 2 2 2 1 ( ) ( ) cos ( ) cos (1 cos 2 ) 2 1 cos2( ) 2 p p p t Ri t R I t ora A A R I t Z M Z M � � � � 1 2 P P 22 0 2 p R I R I 0 0 2 2 p p I I I I o Conclusão: Uma senoide com amplitude de pico igual a p I dissipa a mesma potência que uma corrente constante de valor 2 pI sobre um resistor. Método genérico para determinar o valor eficaz de uma grandeza 0 0 0 0 2 2 2 2 1 ( ) 2 1 ( ) t Tp rms t t T rms t I P R R I R i t dt T I i t dt T � � § · ¨ ¸© ¹ ³ ³ Obs.: para senoide 2 p rms I I , 2 p rms V V 87 4. Potência em elementos passivos 4.1. Caso geral (impedância qualquer) v i M T T � ( ) cos p v t V tZ 0 p p p V VV I I Z ZZ I IM qq � � ( ) cos( ) p i t I tZ M � ( ) ( ) ( ) cos( ) cos( ) p p p t v t i t V t I tZ Z M � 1 1 ( ) cos( ) cos(2 ) 2 2 p p p t V I t t tZ Z M Z Mª º � � � �« »¬ ¼ ,ora> @1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B � � � 1 1 ( ) cos( ) cos(2 ) 2 2 p p p p p t V I V I tM Z M � � ( ) cos( ) cos(2 ) rms rms rms rms p t V I V I tM Z M � � ,ora cos( ) cos cos sin sinA B A B A B� � > @( ) cos( ) cos(2 )cos( ) sin(2 )sin( )rms rms rms rmsp t V I V I t tM Z M Z M � �> @( ) cos( ) 1 cos(2 ) sin( )sin(2 )rms rms rms rmsp t V I t V I tM Z M Z � � potência instantânea na potência instantânea na parte resistiva de Z parte reativa de Z x� Potência média: 0 1 ( ) cos( ) T rms rms P p t dt V I T M ³ , [ W ] V R I R Z Z I 88 x� Potência reativa: Valor de pico da potência instantânea da parte reativa. sin( ) rms rms Q V I M 4.2. Circuito resistivo Tensão e corrente em fase. 0 v i T T M .> @( ) 1 cos(2 )rms rmsp t V I tZ �> @ 0 1 1 cos(2 ) T R rms rms P V I t dt T Z �³ 2 2 rms R rms rms rms V P V I RI R 0 R Q 4.3. Circuito exclusivamente indutivo 0 90 90 v i T T M � q q ( ) sin(2 ) rms rms p t V I tZ 0 L P 2 2 rms L rms rms L rms L V Q V I X I X 4.4 Circuito exclusivamente capacitivo 0 90 90 v i T T M q � q ( ) sin(2 ) rms rms p t V I tZ � 0 C P 2 2 rms C rms rms C rms C V Q V I X I X � � � 89 5. Potência aparente e fator de potência a) Potência aparente: rms rms S V I , [VA] potência desenvolvida pela fonte. b) Fator de potência: Fator de potência: coseno do ângulo da carga, ou coseno da defasagem entre a tensão e a corrente. cos( ) cos( ) p v i F M T T � [adimensional] Como a função coseno é uma função par, cos( ) cos( ) v i i v T T T T� � . Acrescenta-se “atrasado” ou “indutivo” se a corrente da carga é atrasada em relação à tensão nos seus terminais, e “adiantado” ou “capacitivo” se a corrente da carga é adiantada em relação à tensão. x� Fluxo da potência num circuito: F o n t e R L C Carga x� Relações adicionais: cos( )P S M sin( )Q S M 2 2S P Q � tan( ) Q P M 90 6. Potência complexa v iI T T � cos( ) cos( ) rms rms rms rms v i P V I V II T T �^ `cos( ) sin( )rms rms v i rms rms v iP V I jV IT T T T � � �^ `( )v ijrms rmsP V I e T T� ^ `v ij jrms rmsP V e I eT T� ^ `*P V Iq q ^ `P S Definindo a potência complexa * S V I S Iq q Portanto ^ `P S ^ `ImQ S S P jQ � S S cos( ) p F I rms iI I Tq rmsV V vTq Z Z I 91 x� Conservação da potência complexa: * S V I q q � �* *1 2S V I Iq q q � * * 1 2 S V I V I q q q q � 1 2 S S S � Não importa como os elementos estão conectados entre eles, para determinar a potência complexa desenvolvida pela fonte, basta somar todas as potências complexas de cada elemento. x� Triângulos de potência (interpretação geométrica da potência complexa): 0M ! o carga indutiva x� Relações adicionais: V Z I q q 2 * * 2 rms rms I S V I Z I I S Z I Y q q q q * 2 * 2 * * rms rms VV V S Y V Z Z qq I q V q 1I q 2I q S P Q M 92 7. Correção do fator de potência Objetivo: Minimizar a troca de energia reativa entre a fonte e a carga, sem alterar a energia útil absorvida pela carga. S P Q M 'M Q' S' Exemplo: Uma carga de 500 kVA com fator de potência igual a 0,6 atrasado, é alimentado sob uma tensão de 13,8 kVrms. f = 60 Hz a) Determinar a corrente da carga b) Deseja-se corrigir o fator de potência para 0,9 atrasado, através da ligação de capacitores em paralelo com a carga. Determine o valor da capacitância requerida. c) Calcular a nova corrente da carga. Solução: a) 3 3 500 10 36,2 13,8 10 rms S I A V u u b) 3 1 500 10 53,13 cos( ) 0,6 53,13S VA M Mq u q q 300 400k j k � 300P kW ' cos(0,9) 25,84Q arc q 400Q kVAR ' 333,33 cos( ') P S kVAM ' 'sin( ') 145,3Q S kVARM S P Q M 'M Q' S' 93 Potência reativa do capacitor: ' 254,7 C Q Q Q kVAR � � Potência complexa no capacitor: * CC CS V I P q q q 0C CjQ� V q C * CC C V I jQ q q * 2 * * C C C C C CC VV V jQ jQ ZZ qq *1 1 C C Z Z jc jcZ Z � 22 C C Q C f VS � 3 3 254,7 10 3,55 2 60 13,8 10 C FPS u � u u� u c) 3 3 ' 333,33 10 ' 24,15 13,8 10 S I A V u u 94 8. Transferência máxima de potência Objetivo: obter L Z de modo que a potência ativa na carga seja máxima. SV q L L LZ R jX � S S SZ R jX � A B 8.1 Carga puramente resistiva o L L Z R SV q LR SZ LI q S S L S S LS L V V I R jX RZ R q qq � �� 2 2( ) S L S L S V I R R X � � Potência na carga: 2 2 2 2( ) L S L L L S L S R V P R I R R X � � max 0LL L dP P se dR 2 2 L S S S R R X Z � 95 8.2 Carga com RL fixo e XL variável SV q LR SZ LI qA B LjX ( ) ( ) S L S L S L V I R R j X X qq � � � 2 2( ) ( ) S L S L S L V I R R X X q q � � � Potência na carga: 2 2 2 2 max ( ) ( ) L S L L L L S L S L S L R V P R I P se X X R R X X �� � � 2 max 2( ) L S L S L R V P R R � 8.3 Carga com RL variável e XL fixo SV LR SZ A B LjX 96 � � � �2 2SL S L S LVI R R X X � � � � � � �22 2L SL S L S LR VP R R X X � � � ; max 0LL LdPP se dR então � �22L S S LR R X X � � 8.4 Carga com RL variável e XL variável � � � �22 2L SL S L L SR VP R R X X � � � Fazendo L X variar: maxL P para L S X X � . Então: � �2 2' L SL S LR VP R R � . Em seguida, fazendo L R variar: max ' 0L L L S L dP P se R RdR . Então: * L S S S Z R jX Z � . SV q LR SZ LjX 97 CAPÍTULO IX CIRCUITOS TRIFÁSICOS 98 1. Tensões trifásicas equilibradasx� Um sistema de tensões trifásicas equilibradas é um conjunto de 3 tensões senoidais com mesma a mesma amplitude, a mesma freqüência mas defasadas entre si de 120º. x� As tensões são chamadas tensões de fase a, b, c. x� Seqüência de fases (defasagem entre as tensões de fase): Seqüência abc, positiva ou direta 0an PV V q q 120bn PV Vq � q 120cn PV Vq � q bnV q cnV q anV q Seqüência acb, negativa ou indireta 0an PV V q q 120bn PV Vq q 120cn PV Vq � q 0an bn cnV V V q q q� � bnV q cnV q anV q 99 x� Tipos de ligações possíveis de um gerador 3I ideal: caV q bcV q abV q a c b tipo Y tipo ' 2. Análise do circuito Y-Y (equilibrado) anV q cnV q bnV q a c b A C B n N NnI q aAI q bBI q cCI q Z Z Z x� Tensões nas fases: Tensões entre o neutro e cada uma das linhas, ou tensões nos terminais de cada elemento. Na fonte: anV q , bnV q , cnV q Na carga: ANV q , BNV q , CNV q anV q cnV q bnV q a c b 100 x� Tensões de linhas: Tensões entre as linhas Na fonte = na carga : abV q , bcV q , caV q . x� Corrente no neutro: Nn aA bB cCI I I I q q q q � � 1 0an bn cnNn an bn cn V V V I V V V Z Z Z Z q q qq q q q§ · � � � � ¨ ¸© ¹ Portanto, não existe corrente circulando no neutro num sistema equilibrado. Então: � Quando existe impedância de linha no neutro, o mesmo pode ser considerado como um curto circuito. � Quando o neutro não está disponível, o mesmo pode ser colocado no circuito para efeito de cálculo. x� Relação entre as tensões de fase e de linha: Supondo seqüência então: 0an PV V q q 120bn PV V q � q 120cn PV V q q Sabendo que ab an nbV V V q q q � 0 120an bn P PV V V V q q � q� � q 3 3 (cos( 120 ) sin( 120 )) 2 2 P P PV V j V j ª º � � q � � q �« »« »¬ ¼ Logo 3 30ab PV V q q 3 90bc PV V q � q da forma mais geral fase PV V Mq 3 150ca PV V q q 3 30linha PV V Iq � q 101 bnV q cnV q anV q30q abV q x� Circuito monofásico equivalente (válido somente para sistema equilibrado): anV q Z bnV q cnV q a,b,c A,B,C n N 102 3. Análise do circuito Y-' (equilibrado) anV q cnV q bnV q a c b A C B n aAI q bBI q cCI q Z ' ABI q BCI q CAI q Z' Z ' Correntes de fase: Na carga: , ,AB BC CAI I I q q q§ ·¨ ¸© ¹ Na fonte: , ,aA bB cCI I I q q q§ ·¨ ¸© ¹ Correntes de linhas: Na carga = na fonte: , ,aA bB cCI I I q q q§ ·¨ ¸© ¹ x� Determinação das correntes de linhas: Ex.: anaA Y V I Z qq cncC Y V I Z qq bn bB Y V I Z qq Circuito monofásico equivalente aAI q 3 Y Z Z a,b,c A,B,C n N cCI q bB I q 103 x� Determinação das correntes de fases nas cargas pela relação entre correntes de linhas e correntes de fase: aA AB CAI I I q q q � Supondo seqüência : 0AB pI Iq q q 120BC pI I q � q 120CA pI I q q 0 120aA p pI I I q q � q (cos(120 ) sin(120 ))aA p pI I I j q � q � q 3 3 2 2 aA pI I j q § · �¨ ¸¨ ¸© ¹ 3 30aA pI I q � q 3 150bB pI I q � q 3 90cC pI I q q da forma mais geral, 0fase pI I q q 3 30linha pI I Iq � q Observação: se o gerador estiver ligado em ', substitui-se o mesmo por um gerador equivalente ligado em Y tal que a tensão de linha senha a mesma. a c b 220 90 3 q 220 30 3 � q 220 150 3 � q seqüência 3 30 30 3 linha linha fase fase V V V V q � q 220120q a c b 220 0q 220 120� q 104 4. Circuitos 3I desequilibrados 4.1. Carga desequilibrada em Y com neutro A C B N NI q AI q BI q CI q AZ BZ CZ 3 circuitos independentes. 0N A B CI I I I q q q q � � z Neste caso ANA A V I Z qq BN B B V I Z qq CN C C V I Z qq 4.2. Carga desequilibrada em Y sem neutro anV q cnV q bnV q AI q BI q CI q BZ AZ CZ 1I 2I Utiliza-se o método das malhas ou análise nodal. 105 4.3. Carga desequilibrada em ' x� Caso não se conhece as tensões de linha na carga, substitui-se o circuito ' por seu equivalente em Y, e utiliza-se o método das malhas. x� Conhece-se as tensões de linha na carga: anV q cnV q bnV q A C B aI q 1Z ABI q 2Z 3Z 1 AB AB V I Z qq 2 CA CA V I Z qq => a CA ABI I Iq q q � gZ gZ gZ 1Z 2Z 3Z 106 5. Potência em sistema 3I A A AZ Z I B B BZ Z I C C CZ Z I , , , ,, , A B C A B CA B C v i I T T � Tensões de fase instantâneas: Correntes de fase instantâneas: ( ) cos( ) AN Ap vA v t V tZ T � ( ) cos( ) AN Ap iA i t I tZ T � ( ) cos( ) BN Bp vB v t V tZ T � ( ) cos( ) BN Bp iB i t I tZ T � ( ) cos( ) CN Cp vC v t V tZ T � ( ) cos( ) CN Cp iC i t I tZ T � Sabendo que > @1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B � � � Potências instantâneas em cada fase: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) cos ( ) ( ) cos 2 A B C A AN A A rms A rms A A rms A rms v A B B B B B B B B B C C C C C C C C C P t v t i t V t I t V t I t tI Z T Iª º§ ·« »¨ ¸ � � �« »¨ ¸¨ ¸« »© ¹¬ ¼ Potência instantânea total: ( ) ( ) ( ) ( )A B Cp t p t p t p t � � Potência ativa total: cos cos cos rms rms rms rms rms rmsA B C A A A B B B C C C P P P P V I V I V II I I � � � � 5.1. Para um sistema equilibrado rms rms rmsA B C rms V V V V A B C A B CZ Z Z Z I I I I rms rms rmsA B C rms I I I I x� Potência instantânea: ( ) 3 cosrms rmsp t V I M A C B ( )AI t ( )BI t ( )CI t AZ BZ CZ 107 x� Potência média: 3 cosrms rmsP V I M o Para carga ligada em Y fase linhaI I 3 fase linhaV V 3 cos 3 cos 3 linha Y linha Y linha linha V P I P V IM M o Para carga ligada em ' fase linhaV V 3 fase linhaI I 3 cos 3 cos 3 linha linha linha linha I P V P I VM M YP P Resumo: V e I em valores eficazes. Por fase Total Potência ativa cosf f fP V I M 3 cos 3 cosT f f L LP V I V IM M Potência reativa sinf f fQ V I M 3 sin 3 sinT f f L LQ V I V IM M Potência aparente f f fS V I 3 3T f f L LS V I V I Potência complexa * ff fS V I q q q *3T f fS V Iqq q Fator de potência cospF M cospF M 5.2. Para um sistema desequilibrado Potência ativa total: T A B CP P P P � � Potência reativa total: T A B CQ Q Q Q � � Potência aparente total: 2 2T T TS P Q � Fator de potência: cos TT T P S M Potência complexa total: T A B CS S S S q q q q � � 108 6. Medida da potência média em um circuito 3I 6.1. O Wattímetro I V C A R G A bobina da tensão (resistência alta) bobina da corrente (resistência baixa) Observação: Bobina da corrente em série com a carga Bobina da tensão em paralelo com a carga. cos( )v iW V I T T � 6.2. O método dos dois Wattímetros 1 cos( )ac aac a v IW V I T T � 2 cos( )bc bbc b v IW V I T T � 1 2P W W � ou Y a c b 1W 2W 109 Exemplo: Se a carga estiver ligada em Y, e o gerador ligado em Y: Seqüência 0anV V q 120bnV V � q 120cnV V q Z Z M 3 30linha faseV V q 3 30bc bnV V q q 3 120 30bcV V q � q q 3 90bcV V q � q ac caV V q q � 3 30ca cnV V q q 3 30 120caV V q q q 3 150caVV q q 3 150 3 330 3 30V V V V q � q q � q 0an a V V I I ZZ MM qq q � 120 120bnb V V I I ZZ MM qq � q � � q 1 3 cos( 30 ( ))W V I M � q� � 2 3 cos( 90 ( 120 ))W V I M � q � � q 1 cos( 30 )L LW V I M � q 2 cos( 30 )L LW V I M � q Obs.: Para o sistema equilibrado é possível determinar o fator de potência da carga. > @1 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I M M q � q> @2 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I M M q � q 110 2 1( ) 2 cos( ) cos(30 )L LW W V I M� q 2 1 2 1 cos(30 ) cos( ) sin( ) cos(30 ) W W W W MM� q �� q 2 1( ) 2 sin( ) sin(30 )L LW W V I M� � q 2 1 2 1 3 cos( ) 32 1 tan( ) sin( ) 2 W W W W M MM� � � � 1 2 1 2 tan( ) 3 W W W W M � � 1 2 tan( ) 0 0 cos( ) 1W W M M M carga resistiva 1 2W W com sinais apostos o carga reativa pura 1 2 0W W M! ! carga indutiva 1 2 0W W M� � carga capacitiva 111 CAPÍTULO X INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIAS 112 1. Introdução Até agora, em nossas análises de circuitos com fontes senoidais, supomos que a freqüência da fonte era constante. Neste capitulo, vamos estudar o efeito da variação da freqüência sobre as tensões e correntes do circuito resposta em freqüência do circuito. jLZ seZ f 0seZ 1 jCZ seZ f 0seZ Escolhendo adequadamente os valores das componentes e a forma de ligação entre eles, podemos montar circuitos que deixam passar apenas sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa circuitos de seleção de freqüência ou Filtros. Exemplos de aplicação: telefone, televisão, satélites, rádios, equalizadores, etc. Principais tipos de filtro: filtro passa-baixas, filtro passa-altas, filtro de banda de passagem, filtro de banda de rejeição. Estes filtros são chamados filtros passivos, pois são construídos a partir de componentes passivos. 113 2. Filtros passa-baixas iV o V R C Para identificar o tipo de filtro, examina-se o gráfico da resposta de freqüência no domínio da freqüência. iV q oV q R jLZ ( )i oo i RV V R V H j R jL R jL V ZZ Z q qq q q � � 2 2 ( ) ( ) R R L LH j H j R Rj L L Z ZZ Z q � § ·� ¨ ¸© ¹ ( ) arctan L j R ZT Z � Gráfico de amplitude: Para freqüências altas o circuito deixa passar pouco sinal. iV oVR L 0 1 1 2 ( )H jZ ZcZ Banda rejeitada Banda passante 114 Gráfico de fase: Tensão de saída atrasada de 90º em relação à tensão de entrada. A freqüência limite entre a banda rejeitada e a banda passante é chamada freqüência de corte cZ . Ela corresponde à freqüência pela qual max 1 ( ) 2 cH j HZ . Amplitude da função de saída é igual a pelo menos 70,7% do valor máximo possível. Razão da escolha de max 2 H para definir cZ : x� Potência máxima na saída: 2 max1 2 R R V P R x� Potência na saída quando cZ Z : max max 1 1 ( ) ( ) 2 2 c o R c RH j H V V j VZ Z 2 2 2max max 1 ( )1 1 12 2 2 2 2c R R RR c P V VV j P R R R Z Z § ·¨ ¸© ¹ � 1 2c RP PZ No limite entre a banda rejeitada e a banda passante a potência média fornecida à carga = 50% da potência média máxima. cZ = freqüência de meia potência. Dentro da banda passante, a potência fornecida a uma carga é pelo menos 50% da potência média máxima. 0 ( )jT Z 90� q Z 115 3. Filtros de banda de passagem Circuitos que deixam passar sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa e rejeitam sinais cujas freqüências estejam fora desta faixa. Exemplo: No domínio da freqüência: iV q R 1 jCZjLZ i q 1 V I R j L C Z Z qq § ·� �¨ ¸© ¹ 2 2 1 1 1 ( ) tan 1 1 L I CH j arc R V R j L R LC C Z ZZ Z ZZ Z q q § ·�¨ ¸ � ¨ ¸§ · ¨ ¸§ ·� � ¨ ¸¨ ¸ � � © ¹¨ ¸© ¹ © ¹ � � 2 2 1 1 H j R L C Z Z Z § ·� �¨ ¸© ¹ iV o VR CL i iV o V R C L 116 1 ( ) arctan L Cj R Z ZT Z § ·�¨ ¸ � ¨ ¸¨ ¸¨ ¸© ¹ x� Freqüência de ressonância 0Z : Freqüência pela qual ( )H jZ é máxima. max 1 IH R V . Na freqüência de ressonância a impedância equivalente do circuito é um resistor puro. As impedâncias do capacitor e do indutor têm módulos iguais e de sinais opostos. a tensão de entrada e a corrente estão em fase. 1 eqZ R j L C Z Z§ · � �¨ ¸© ¹ , como na ressonância 0( )eqZ RZ 117 0 0 0 1 1 0L C LC Z ZZ� x� Freqüências de cortes 1Z e 2Z Potência máxima = Potência na freqüência de ressonância 2 0 max 1 2 pP R I . Freqüências de cortes = Freqüência para max 2 pI I =freqüência ½ potência. 1 2 2 2 max max 0 1 1 1 2 2 2 22 p pI I P P R R PZ Z § · ¨ ¸¨ ¸© ¹ max 1 2 2 2 2 ( ) ( ) 2 2 2 p p p pI V V V I I R R R R Z Z � 2 2 1 pV I R L C Z Z § ·� �¨ ¸© ¹ 2 2 1 1R L R L C C Z ZZ Z§ · § · � r �¨ ¸ ¨ ¸© ¹ © ¹ a) 22 2 2 2 1 1 0R L L R C C Z Z ZZ � � � 2 2 4 2 L R R C L Z r � 2 2 4 2 L R R C L Z � � b) 21 1 1 1 1 1 0R L L R C C Z Z ZZ � � � 2 1 4 2 L R R C L Z � r � 2 1 4 2 L R R C L Z � � � x� Banda passante Z' Largura de banda da passagem: 118 2 1 R L Z Z Z' � 0 1 2Z Z Z x� Fator de qualidade Q 0 0LQ R Z ZZ ' Q maior, circuito mais seletivo. 119 Bibliografia 1) Electric Circuits, James W. Nilsson, Susan A. Riedel. Ed. Prentice Hall, Sixth Edition, 1999. ISBN 0-201-43653-1. 2) Fundamentos de análise de Circuitos Elétricos, David E. Johnson, John L. Hilburn, Johnny R. Johnson. Ed. Prentice Hall do Brasil, Quarta Edição, 1994. ISBN 85-7054-047-7. 3) Linear Circuit analysis, Artice M. Davis. Ed. PWS Publisching Company, 1998. ISBN 0-534-95095-7. 4) Introdução à Analise de Circuitos, Robert L. Boylestad. Ed. Prentice Hall do Brasil, 8a Edição, 1998. ISBN 85-7054-078-7. 5) Análise de Circuitos em Engenharia, J. David Irwin. Ed. Pearson Education, 4a Edição, 2000. ISBN 85-346-0693-5. 6) Análise de Circuitos em Engenharia, William H. Hayt Jr., Jack E. Kemmerly. Ed. McGraw-Hill, 1973. 7) Circuitos Elétricos, Joseph A. Edminster. Ed. McGraw-Hill, 1980.
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