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Quando se é colocado a filosofia ao homem

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Filosofia, Historicidade e Transistoricidade
Quando o homem idealiza o ato de filosofar, muitas vezes ele o ignora, pois quando filosofamos, vamos ao pensar no eu (self), em toda sua existência, qual o motivo de termos vindo a esse mundo. A filosofia encabeça muitos aspectos da vida, mas em suma, quando o ser humano filosofa, cria consciência de sua existência (no sentido de estar vivo e que morrerá), “relativizando” a vida. 
Reconhecer, pensar e questionar todas as áreas existentes no mundo não quer dizer que estamos filosofando sobre o “eu”, já que refletir sobre todas as questões do mundo e existência não nos faz se autoconhecer por completo, porque todos os dias o ser humano muda, pois tudo passa, toda a historia segue a frente, e tudo que já passou não voltará a ser como antes. Por isso, o homem é levado a observar tudo que esta em volta dele, questionando o próprio ser, olhando para si mesmo e encontrar respostas que o levam a entender-se cada vez mais. 
Muitos homens não pensam em si mesmo, apenas vivem. Viver ocupado com outras obrigações, obrigações essas tomadas por outras pessoas, de cunho “social e sistemático”, impondo a esse ser o que deve ser feito e cumprido, visando uma ordem mundial ou alinhamento de valores não é vida, mas sim a banalização e robotização da sociedade como um todo. Muitos temem refletir sobre, pois arriscar de sair dessas regras impostas seria “se suicidar”. O grande problema que ele se acostuma e nem pensa em sair, pois tem a convicção de que não há saída, de que não há nada que se possa fazer para mudar as coisas, o mundo, a sua própria vida. Por conta disso, poucos homens vivem reflexivamente, o que leva a criação da filosofia, que não se resume exclusivamente a grandes filósofos nem as suas obras, mas a “criação” de consciência, quando ele percebe que é o seu próprio tempo e não apenas está inserido em um determinado tempo. 
Quando ele percebe que é o tempo em que vive, consegue observar mais; observa que ele é histórico, que a historia não passou, mas que caminha junto a ele, para sempre, pois, enquanto houver pessoas capazes de enxergar isso, capazes de saber sentir toda a beleza do “saber viver”, que não se resume ao “ser feliz”, mas de se conhecer dentro de uma historia. Ele percebe que esta dentro de uma linha histórica, nem sempre reta, mas o faz caminhar com os próprios pés. Passa a ver a vida e as coisas de um modo diferente, aprendendo que nas pequenas experiências que se conseguem grandes respostas, buscando encontrar-se no meio dessa historicidade; e para encontrar-se, ele precisa ver o que acontece ao seu redor. 
É a partir daí, quando o homem passa a enxergar alem do que estava a sua frente, percebe que essa historicidade é o eixo fundamental, pois ele pode ir e vir quando quiser, transitando no passado para caminhar no presente e olhando o futuro. Pois, ao descobrir que o homem tem necessidade em viver em historia, ele vai mais alem, podendo entrar em transistoricidade, caminhando pelos fatos históricos da vida para se autoconhecer, se identificando e crescendo dentro do seu eu e do mundo.
Nome: Wilson Costa Melo Junior

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