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Jusnaturalismo - Resumo

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Mayara Mathias Introdução ao Direito (Resumo) Curso de Direito – Unesc-CG
___________________________________________________________________
INTRODUÇAO: 
 As teorias jusnaturalistas afirmam existir um direito natural, que tem
validade em si mesmo (independentemente da vontade/ da autoridade política). Portanto, o direito é em parte cultural (é produzido pelo ser humano) e em parte natural (independe do agir humano), daí a dicotomia entre o direito positivo, produzido pela autoridade política e, acima dele, pairando como um norte moral, o direito natural.
O direito Natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza.
Possibilita ao Direito à valorização do seu conteúdo.
O Direito Positivo deve ser analisado sob um sistema superior de normas ou princípios, que se denominam Direito Natural.
NATURAL é o que regula o homem por natureza. 
A ideia de Justiça sempre representa uma busca constante da humanidade, e ao mesmo tempo, simboliza uma defesa contra as leis humanas (direito positivo/colocado).
Do jusnaturalismo originam-se os princípios gerais do Direito comum em todos os ordenamentos jurídicos, como: o direito á liberdade, ao alimento, ao vestuário, à moradia entre outros.
Historicamente: 
 O Direito Natural, cumpriu funções importantes ainda que diferentes e opostas. Em certas ocasiões, foi conservadora da estrutura social e política existente. Noutras, pelo contrário, atuou como lema revolucionário, como exemplo, a Revolução Francesa XVII. 
Teorias Jusnaturalistas: 
 Mas como, afinal, podemos conhecer o direito natural? A resposta a essa
pergunta não é fácil, pois depende da época e do autor considerado. Vamos tomar como base as Escolas Moralistas: Antiguidade (Grécia e Roma), Idade Medieval e Modernismo.
Jusnaturalismo Antiguidade (Grécia e Roma): 
De acordo com Aristóteles: 
As normas de direito natural têm validade universal, ou seja, valem em 
qualquer lugar e em qualquer época. EX: O fogo que queima em toda parte do mesmo modo, tanto na Grécia quanto na Pérsia.
O direito natural corresponde ao que é justo e injusto, sem levar em
conta nossas opiniões e preferências e, assim, estabelece comportamentos
obrigatórios independentemente de nossa vontade.
Através da razão, podemos descobrir a justiça por meio da ordem natural das coisas. 
O direito natural e o direito positivo regulam, em princípio, matérias distintas. Mas o que acontece quando o direito positivo invade a esfera das coisas reguladas pelo direito natural? Nesses casos, explica Aristóteles: 
Se a lei positiva regular o comportamento do mesmo modo que a lei natural, não há qualquer problema, mas apenas o reforço da conduta boa em si. 
Mas se houver conflito entre a lei positiva e o direito natural. Nesses casos o direito natural, é superior ao direito positivo.
Jusnaturalismo Medieval
 Na Idade Média a razão divina estabeleceu a ordem geral do universo. 
De acordo com Thomás Aquino: 
 Durante séculos a teologia e filosofia de Thomas de Aquino foram a base mais sólida do pensamento católico, já que se mantinha fiel à visão teocêntrica do mundo. 
Logo, o Direito Natural nesse contexto, é visto como: 
 
1° Lei Divina: Revelada pelos textos sagrados (escrituras). 
 A lei divina é evidentemente superior a todas, e seu único interprete é a Igreja, o que a coloca como supremo poder moral do mundo.
2° Lei Natural: É comunicada por Deus, através da razão, sem que haja revelação. 
 O direito Natural é descoberto pela razão e não pode em nenhum momento ser oposto ao que Deus revelou. 
3° Lei Humana: É ditada pelos homens com vista no bem comum. 
 Não pode ser contrariada à lei natural nem à divina. 
OBS: Em Tomás de Aquino, há portanto uma hierarquia: a lei humana retira
sua legitimidade da lei natural, que retira sua legitimidade da lei eterna. Sendo
assim: “qualquer lei estabelecida pelos homens é autêntica na medida em que
deriva da lei da natureza; se discordar desta, já não será uma lei, mas uma
corrupção da lei”.
Jusnaturalismo Moderno:
 O RENASCIMENTO proclamou os foros da razão independente, isto é, não harmonizada com uma fé religiosa. A Reforma acarretou na ruptura da unidade católica, sendo assim, o 	Direito Natural deixou praticamente unanime de ser a doutrina da Europa crista, para se converter as correntes de pensamento que se desenvolvem a partir do Renascimento. 
Segundo o jurista holandês Hugo Grocio:
 Existe realmente um Direito Natural, mas que o seu único fundamento é a razão. Está razão, para Grocio, é independente de qualquer fé religiosa. Sendo assim, o Direito Natural é tao imutável que não pode ser mudado por Deus e existiria mesmo se Deus não existisse. 
 Ele ainda enxerga no Direito um conjunto de regras e princípios concretos, deduzível pela razão e experiência dos povos civilizados e superiores ao direito positivista.
Contrato Social (O direito do homem perante o Estado):
 Outra linha de inspiração jusnaturalista, que atinge seu apogeu na mesma época e debaixo da mesma tendência racionalista, é a dos Direitos Naturais do Homeme Perante o Estado, ou seja, o Contrato Social. 
 Segundo Jonh Locke:
Sabemos que o homem tem direito naturais inalienáveis, isto é, que não podem ser transferidos para nenhum governante. Jonk Locke, afirma que nascemos com esses direitos: de vida, de liberdade e de propriedade. Para assegura, Locke recorre a ideia de que outros pensadores utilizava com os mais diversos fins, o contrato social 
 Segundo Rousseau: 
O mais celebre representante dessa tedencia, que reforça em sua obra O Contrato Social, diz que: “O homem nasceu livre e em todo o lado está encadeado.” O grande problema político é conciliar a liberdade natural do homem com a necessidade da vida num Estado. Para essa pergunda Roussan responde: “É preciso encontrar uma forma que defenda as pessoas e os bens de cada associado, pelo qual cada um, unindo-se, não obedeçam, a não ser a si mesmo e continue tão livre como antes.” Sendo assim, o Contrato Social não é um fato histórico e sim um modelo ideal de organização política. 
A Crise do Jusnaturalismo sec. XIX: 
A ruína do jusnaturalismo foi provocada pela elevação da lei à principal fonte do direito; a elevação da lei à principal fonte do direito foi o resultado da elaboração das codificações e constituições modernas; as codificações e constituições modernas representaram a conquista política da limitação da autoridade soberana em função dos direitos dos indivíduos; e,finalmente, a limitação da autoridade soberana em função dos direitos dos indivíduos foi o grande ideal do jusnaturalismo moderno.
O ressurgimento Atual do Jusnaturalismo:
O jusnaturalismo renasce após a II Guerra Mundial, sem muitas variações importantes ao seu modelo anterior. 
A ideia de justiça era essencial no Direito , afirmava então Stmmeler: A ideia de justiça era uma ideia puramente “formal”, sem nem um conteúdo permanente válido. 
O que é significativo nas modernas doutrinas é o regresso a uma procura da justiça material, isto é, com conteúdos concretos. 
Os modernos defensores destas tendências não pensam no sistema detalhado de normas, mas antes, em um conjunto de princípios gerais e flexíveis.
A maioria dos jusnaturalistas modernos deixa claro a prioridade do direito natural sobre o positivo. 
Foi na Alemanha que este novo jusnaturalismo teve culminância/apogeu.

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