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Políticas Públicas e Sistema Único de Saúde

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PÓLO UNIVERSITÁRIO DE NOVA FRIBURGO
Faculdade de Odontologia – FOUF/NF
Disciplina Odontologia em Saúde Coletiva II 
AUTORES:
FERNANDA CITELLI MONTEIRO
ISABELA ROSA CARDOSO DIZ Y ALVAREZ
LÍSSYA TOMAZ DA COSTA GONÇALVES
RAÍSSA MARTINS MENDES
TEREZA VITÓRIA MAURI LORENZONI
POLÍTICAS PÚBLICAS E SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
NOVA FRIBURGO, RIO DE JANEIRO
MARÇO, 2016
Introdução
O conceito de saúde é algo que varia de acordo com a época e contexto social. Por exemplo, antigamente tal definição era tida como algo unicausal, ausência de doença. Com o decorrer dos anos e avanços sociais observou-se que isso era muito limitado; que saúde abrange um campo bem maior, como: bem estar físico, psico e social. Em relação a condições socioeconômicas, essa definição se torna ainda mais perceptível; para uma pessoa de origem rural, sem muita informação ou boas condições de vida, saúde pode ser não sentir dor, ter água encanada, saneamento básico, boa alimentação. Já para uma pessoa mais instruída, esse conceito não vai se limitar a isso, e sim abranger conceitos como atendimento público eficiente, disponibilidade de profissionais de saúde, distribuição gratuita de medicamentos. Dessa forma, foram integradas as políticas publicas, através de financiamentos do Estado, justamente para organizar a prestação de serviços a toda a população. O maior exemplo é o SUS (Sistema Único de Saúde), resultado da evolução de todo esse processo gradativo de evolução da saúde brasileira.
Século XIX
Marcado pela confirmação da teoria microbiana. Sendo esta uma teoria científica em que microorganismos são a causa de inúmeras doenças. É hoje parte integrante da microbiologia clínica e medicina modernas, estando na origem de inovações importantes como os antibióticos e hábitos de higiene.
A unicausalidade das doenças foi um modelo baseado a existência de apenas uma causa (agente) de um agravo ou doença. Essa concepção, que permitiu o sucesso na prevenção de diversas doenças, termina por reduzi-las à ação única de um agente específico.
Na parte urbana, ocorreu a manifestação de surtos epidemiológicos como febre amarela e varíola disseminadas rapidamente entre cortiços pelo grande crescimento populacional. Já no campo, a preocupação era apenas quando tais epidemias chegavam a afetar a produção (menos trabalhadores), Vacinas e medicamentos foram as formas iniciais de tratamento,dando um ponta pé nos processos de cura.
Século XX
Ocorre a evolução do processo de saúde/doença, que deixa de ser alço unicausal para de multicausalidade, com um caráter de observação coletivo e comparação em massa entre indivíduos saudáveis ou adoecidos. 
Com a medicina integral, surge o equilíbrio entre agente, hospedeiro e meio ambiente. Não se estuda apenas a causa da doença, mas todo o contexto que veio a provoca-la.
Prevalecia o modelo do homem como ser bio-psico-social, em que psicológico, fatores sociais e biológicos, influenciam na atividade humano se tratando de enfermidade; assim sendo, a saúde é vista como algo que engloba todas as dimensões cientificas inerentes ao homem. “O foco neste modelo não é apenas a doença em si e o tratamento delas, mas todos os aspectos que estariam diretamente relacionados ao fenômeno do adoecer, sejam eles fisiológicos, psicológicos, sociais, ambientais, dentre outros, os quais também devem ser considerados para que o tratamento seja eficaz” (Silva et al. 2011).
Desenvolvimento
Constituição de 1988
Houve uma mudança de conceito de “seguro” para “seguridade” social.
	O Seguro Social protegia o risco social do indivíduo, como invalidez, orfandade, mutilação, entre outros, uma vez que tinha a ocorrência de algum evento resultante em alguma forma de “dano” ao indivíduo - trabalhador com vínculo de emprego. 
	A Seguridade Social oferece proteção das contingências que venha a passar o indivíduo, independente da existência de qualquer forma de dano. Ou seja, não protege o risco, mas sim a necessidade social do indivíduo.
	“Com efeito, a Seguridade Social é uma forma de “avanço” da sociedade, decorrente do Seguro Social, que decorreu do Seguro Privado, que, por sua vez, evolui a partir dos ideais de proteção social por meio de auxilio, caridade ais necessitados prestados pela comunidade – quando havia recursos para tanto.” – José Afonso da Silva.
	Na Constituição, a abordagem da Seguridade Social é relacionada à Previdência Social, que é responsável por atender as necessidades dos indivíduos contribuintes relacionadas à saúde, gestação, desemprego involuntário, etc; à Saúde, que é direito de todos e dever do Estado, garantido perante políticas sociais e econômicas que visem diminuir o risco de doenças e acesso igualitário aos serviços públicos de saúde; e à Assistência Social, que é ofertada a todos, independente de ser contribuinte ou não; sendo executada por ações dos Poderes Públicos e da Sociedade e financiada pela sociedade de forma direta e indireta. 
Conferência de Alma Ata – 1978
Sobre CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE: “Saúde para todos no ano 2000”.
	Ocorrida no Casaquistão, a Conferência sublinhou a necessidade de ação urgente por parte de todos os governos, de todos os profissionais da saúde e do desenvolvimento, e da comunidade em geral para estabelecer melhorias na saúde de todo o mundo, a fim de diminuir a desigualdade do estado de saúde dos povos. Nela está relatado que é direito e dever dos povos participar individual e coletivamente do planejamento e execução de seus cuidados de saúde e também que os Cuidados de Saúde Primários refletem (e evoluem) as condições econômicas e as características socioculturais e políticas do país e suas comunidades e se baseiam na aplicação de resultados relevantes de pesquisa social, biomédica e de serviços de saúde e da experiência em saúde pública. E ao final encoraja os participantes a colaborar para que os Cuidados Primários sejam introduzidos, desenvolvidos e mantidos.
	“Uma das principais metas sociais dos governos, das organizações internacionais e de toda a comunidade mundial na próxima década, deve ser a de que todos os povos do mundo atinjam até o ano 2000 um nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva. Os cuidados de saúde constituem a chave para que essa meta seja atingida, através do desenvolvimento e do espírito da justiça social.”
	Prega como elementos/ações essenciais a educação voltada para os problemas de saúde prevalentes e para sua prevenção, a promoção de suprimento de alimentos e nutrição adequada, a distribuição de água de qualidade e saneamento, a atenção materno-infantil - incluindo o planejamento familiar, a imunização contra as principais doenças infecciosas e a prevenção e controle de doenças endêmicas, o tratamento apropriado de doenças comuns e acidentes e distribuição de medicamentos básicos para a população. 
Carta de Ottawa – 1986
Promoção de Saúde nos Países Industrializados: 
1ª Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde
	Na Carta estão as orientações para atingir a saúde para todos no ano 2000 e seguintes, centradas nas necessidades dos países industrializados, porém considerando os demais. Teve como base os progressos decorrentes da Alma-Ata, o documento da OMS “As metas da saúde para todos” e um debate na Assembleia Mundial de Saúde sobre a ação intersetorial para a saúde. 
	Promoção da Saúde
“Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo ou o grupo devem estar aptos a identificar e realizar as suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio. Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma finalidade de vida.”
“Solidariedade, prestação de cuidados, abordagem holística e ecologia, são temas essenciais no desenvolvimento de estratégias para a promoção da saúde. Em consequência, quem está envolvido neste processo deve considerar como princípioorientador que as mulheres e os homens têm de ser tratados como parceiros iguais em todas as fases de planejamento, implementação e avaliação das atividades de promoção da saúde”.
	Pré-requisitos para a Saúde
“A melhoria da saúde decorre da garantia das seguintes condições básicas e recursos fundamentais para a saúde: paz, abrigo, educação, alimentação, recursos econômicos, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.”
Advogar: Na saúde, os fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos, podem ser favoráveis ou nocivos à saúde por meio da advocacia da saúde.
Capacitar: “A promoção da saúde pretende reduzir as desigualdades existentes nos níveis de saúde das populações e assegurar a igualdade de oportunidades e recursos, com vista a capacitá-las para a completa realização do seu potencial de saúde”.
Mediar: “As estratégias e programas de promoção da saúde deverão ser adaptados às necessidades locais e às possibilidades de cada país e região, considerados os diferentes sistemas sociais, culturais e econômicos”.
Intervenção em Promoção de Saúde
Construir Políticas Saudáveis: “Uma política de promoção da saúde combina diversas abordagens complementares, incluindo a legislação, as medidas fiscais, os impostos e as mudanças organizacionais. A ação coordenada que leva à saúde, ao rendimento e às políticas sociais, cria maior equidade”.
Criar ambientes favoráveis: “O princípio orientador a nível mundial, das nações, das regiões e das comunidades é a necessidade de encorajar os cuidados mútuos – cuidar uns dos outros, das comunidades e do ambiente natural. É preciso assegurar a conservação dos recursos naturais do planeta, numa perspectiva de responsabilidade global”.
Reforçar a ação comunitária: “Tudo isto exige um acesso pleno e contínuo à informação, oportunidades de aprendizagem sobre saúde, para além de suporte financeiro”.
Desenvolver competências pessoais;
Reorientar os Serviços de Saúde: “Devem apoiar os indivíduos e as comunidades na satisfação das suas necessidades para uma vida saudável e abrir canais de comunicação entre o setor da saúde e os setores social, político, econômico e ambiental”.
Ao final, “se as pessoas de todos os meios – as organizações não governamentais e de voluntariado, os governos, a Organização Mundial de Saúde e todas as outras instâncias a quem tal diz respeito — se unirem e apresentarem estratégias para a promoção da saúde, em conformidade com os valores morais e sociais que compõem a presente Carta, a Saúde Para Todos no Ano 2000 será uma realidade”.
Descentralização do Sistema e Bases Conceituais do SUS
Descentralização do Sistema
Este princípio da descentralização encontra-se estabelecido na Constituição de 1988 no artigo 198.  As ações e serviços públicos de saúde devem formar parte de uma organização regionalizada e hierarquizada, e que devem constituir um sistema único.
O SUDS, Programa de Desenvolvimento de Sistemas Unificados e Descentralizado de Saúde nos Estados, resultante da 8ª Conferência Nacional de Saúde, foi criado por iniciativa do INAMPS, Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, no período anterior à aprovação da Lei Orgânica da Saúde com o intuito de universalizar a sua assistência que até então beneficiava apenas os trabalhadores da economia formal que contribuíam para a previdência social e seus dependentes. O SUDS tentou incorporar, em seu desenho, além da universalização, outros elementos centrais da proposta da reforma sanitária: a descentralização pela via da estadualização e a democratização das instâncias gestoras. 
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde; e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080) fundou o SUS. O SUS trouxe a descentralização principalmente focada na municipalização. Na IX Conferência Nacional da Saúde a municipalização foi reforçada com o tema “Saúde: a Municipalização é o caminho”.
Lei Orgânica 8080/1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
Artigo 2:
A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Definição de determinantes e condicionantes da saúde, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
Artigo 7: Determinou os princípios e diretrizes do SUS
Lei Orgânica 8142/1990: Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde e dá outras providências
No primeiro artigo define a participação da comunidade na gestão do SUS através de:
Conferência de Saúde: avalia a situação de saúde e propõe as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
Conselho de Saúde: composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
O segundo artigo dispõe sobre as transferências de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), que são utilizados em despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta; investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional; investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde; cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados (assistencial ambulatorial e hospitalar) pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
O repasse dos recursos fica definido, pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados. Para receberem os recursos, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com fundo de saúde, conselho de saúde, plano de saúde, relatórios de gestão, contrapartida de recursos para a saúde, comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
Bases Conceituais do SUS
Princípios do SUS
Universalidade: Garante a toda a população acesso aos serviços de saúde, em todos os níveis de assistência, sem preconceitos ou privilégios.
Integralidade: É o conjunto articulado e contínuo de ações e serviços curativos e preventivos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema, seja em nível de atenção básica ou em nível de alta complexidade.
Equidade: igualdade na atenção à saúde, com serviços e ações priorizadas em função de situações de risco e condições de vida e saúde de determinados indivíduos e grupos de população, de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social.
Diretrizes do SUS
 	A descentralização implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal para os estados e municípios. 
Assim, ao município cabe a execução da maioria das ações na promoção das ações de saúde voltadas aos seus cidadãos. Isso significa dar ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. 
 	O que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade estadual e o que for de abrangência nacional será de responsabilidadefederal. Cada esfera de governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
 	A Hierarquização consiste em que os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade tecnológica em forma piramidal, tendo a base como a Atenção Básica para que seja possível atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. A pirâmide segue em sua área menor os serviços de maior complexidade tecnológica.
 	O Nível Primário ou de baixa complexidade consiste nas Unidades Básicas de Saúde, ou Postos de Saúde, onde se configura a porta de entrada do SUS. Nesse nível de atenção são marcados exames, consultas e são feitos procedimentos básicos como troca de curativos. O Nível Secundário ou média complexidade, estão as Clínicas e Unidades de Pronto Atendimento, como hospitais escolas. Nesses são realizados procedimentos de intervenção bem como tratamentos a casos crônicos e agudos de doenças.  O nível terciário ou de alta complexidade estão os hospitais de grande porte, sejam mantidos pelo estado ou pela rede privada, são realizados procedimentos mais invasivos e de maior risco à vida.
 	Juntamente, a regionalização dispõe que os serviços devem ser prestados em uma área geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida, planejados a partir de critérios epidemiológicos. Resultando, dessa forma, na capacidade dos serviços serem oferecidos a uma determinada população em todos os níveis e modalidades de assistência, possibilitando alto grau de resolutividade. 
 	A participação da comunidade permite que através de seus representantes, a população defina, acompanhe e fiscalize a política de saúde. A participação possibilita a população interferir na gestão da saúde, colocando as ações na direção dos interesses coletivos através das Conferências e Conselhos de Saúde.
 	As Normas Operacionais Básicas do SUS se voltam para a definição de estratégias e movimentos táticos, que orientam a operacionalidade deste Sistema. Resulta do contínuo movimento de pactuação entre os três níveis de gestão, visando o aprimoramento do Sistema Único de Saúde.
 	A presente Norma Operacional Básica tem a finalidade principal de promover e consolidar o exercício da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes com a consequente redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS. Isso requer aperfeiçoamento da gestão dos serviços de saúde no país e a própria organização do Sistema, visto que o município passa a ser o responsável imediato pelo atendimento das necessidades e demandas de saúde do seu povo e das exigências de intervenções saneadoras em seu território.
As Normas da assistência à saúde ampliam as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica; estabelecem o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade; além de criar mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do Sistema Único de Saúde e proceder à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.
Com a aplicação das bases do SUS e a evolução do programa ao longo dos anos é signifativa a ampliação dos serviços prestados à população nacional. Alguns programas que funcionam estão brevemente descritos abaixo:
SAMU
O SAMU 192 funciona 24 horas, por meio da prestação de orientações e do envio de veículos tripulados por equipe capacitada. SAMU realiza os atendimentos em qualquer lugar e conta com equipes com médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas.
O SAMU prioriza os princípios do SUS, com ênfase na construção de redes de atenção integral às urgências regionalizadas e hierarquizadas que permitam a organização da atenção, com o objetivo de garantir a universalidade do acesso, a eqüidade na alocação de recursos e a integralidade na atenção prestada.
UPA
As Unidades de Pronto Atendimento - UPA 24h são os estabelecimentos de saúde de complexidade intermediária situados entre a Atenção Básica à Saúde e a Rede Hospitalar, onde em conjunto com esta, compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências. Atendimento em urgência de: clínica médica, pediatria e odontologia.
Brasil Sorridente 
O Brasil Sorridente - Política Nacional de Saúde Bucal - é o programa do governo federal que tem mudado a Atenção da Saúde Bucal no Brasil. De modo que garante ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população, o Brasil Sorridente reúne uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito, por meio do SUS. 
Em 2006, o Ministro de Estado da Saúde aprova as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde e divulga o Pacto pela Saúde. Este é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) que tem como objetivo promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do SUS. O Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população.
O Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG), que estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. Umas das prioridades definidas são: a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doenças emergentes e endemias (como dengue) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama.
 A maneira como os recursos federais são transferidos para estados e municípios mudaram pelo pacto pela saúde, passando a ser integradas em blocos de financiamento.
Bibliografia
Portal Educação http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/38572/sus-principios-e-diretrizes#ixzz41fCXLYaT
Saúde e Cidadania. Disponível em http://portalses.saude.sc.gov.br/arquivos/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/extras/notas.html
Conselho Nacional de Saúde. Disponível em http://conselho.saude.gov.br/webpacto/index.htm 
Centro Cultural do Ministério da Saúde. Disponível em http://www.ccms.saude.gov.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0373_27_02_2002.html
http://pensesus.fiocruz.br/
Jus navigandi (www.jus.com.br)
www.saudepublica.web.pt

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