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Conduta frente à acidente perfurocortante

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UN I CHR I S TUS
Conduta frente à
acidente
perfurocortantes 
Trabalho acadêmico
Odontologia
Saúde Coletiva II 
Submeter a: 
Professora Patrícia Maria
Costa de Oliveira
17 Abril 2023
Juliana Teixeira
Fabby Mendonça
Alana Beatriz
Emanuelle Dias
Rebeca Andrade
Jonas Rodrigues
 
Os acidentes com perfurocortantes é um problema desde a década de 70. 
No o início dos anos 80, ainda não se tinha tanto conhecimento a respeito da
transmissão de agentes patogênicos por meio de materiais perfurocortantes,
tanto que, durante anos se fez uso de seringas reutilizáveis, que eram chamadas
as “seringas de vidro”. 
Na década de 70, a BD (empresa global de tecnologia médica), importa para o
Brasil as primeiras seringas descartáveis. Porém, o Brasil enfrentou grande
resistência em subsistir as seringas de vidro pelas seringas descartáveis. 
Em 1996 tornou-se obrigatória a inclusão definitiva de dispositivos de segurança
que impedissem a reutilização das seringas descartáveis. Isso se deu após a
descoberta do HIV, e aos altos índices de transmissão de doenças. 
A descoberta do HIV,
uma pespectiva
diferente 
Em um consultório odontológico, é fulcral que todas as medidas de
biossegurança sejam adotadas para prevenir acidentes com materiais
perfurocortantes. Entre os materiais perfurocortantes encontrados no consultório
odontológico, alguns deles são: agulhas, bisturis e pontas de brocas. 
Embora, medidas essenciais de biossegurança sejam adotadas, acidentes
podem vir a ocorrer. E se ocorrer, é de máxima importância que o acidentado,
seja ele o cirurgião-dentista, TSB, ASB ou qualquer outro profissional do
respectivo ambiente, tomem as medidas corretas para diminuir os possíveis
riscos de agravos e danos à saúde. 
Mesidas de biossegurança e
materiais perfurocortantes
odontologicos 
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A exposição ocupacional odontológica a patógenos potencialmente
perigosos provocada por acidentes com materiais perfurocortantes é um
problema grave.
Só foi possível obter dados gerais, ou seja, entre todos os profissionais de
saúde do Brasil, não apenas do público profissional odontólogo. A taxa de
prevalência de acidentes com perfurocortantes segundo os dados da
Pesquisa Nacional de Saúde do Trabalhador (PNST), em 2015 foi de 4,4%. Um
forte indicativo em relação a relevância da questão, isso acende um alerta
para uma atenção especial por parte dos profissionais de odontologia e das
autoridades de saúde pública. 
Além disso, estima-se um considerável índice de subnotificações por parte
de profissionais e estudantes da saúde.
Taxas de profissionais
acidentados e as
subnotificações, acendem um
alerta
Manipular os perfurocortantes com cuidado e atenção.
Não reencapar agulhas, quebrá-las ou tentar desconectar da seringa.
Buscar treinamento de medidas de prevenção.
Desprezar agulhas e outros materiais perfurocortantes em locais próprios.
Dar preferência as seringas com dispositivos de segurança. 
Utilizar recipientes de paredes rígidas, preenchendo somente 2/3 de sua
capacidade. 
Desprezar os recipientes somente após lacrá-los.
Muitas vezes os acidentes com perfurocortantes podem ser evitados, para isso é
importante seguir algumas medidas de precaução padrão:
Quais seriam essas medidas?
Previnir é melhor do que
remediar 
2
Após a exposição a materiais biológicos, é necessário diminuir a carga de
patógenos no local afetado.
Lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão no caso de
exposições percutâneas ou cutâneas.
Lavar exaustivamente com água e solução salina fisiológica (soro fisiológico)
no caso de exposições de mucosas.
Não se deve apertar a área afetada, espremer, utilizar soluções irritantes
como éter, hipoclorito ou glutaraldeído.
Estudantes de odontologia devem comunicar ao seu superior.
Em caso de acidente com perfurocortante quais as primeiras medidas a serem
tomadas?
Medidas preliminares
3
Por mais desesperador que pareça ser, é importante tentar manter a calma.
Os riscos para a contaminação para HIV com perfurocortante é de 0% a 0,3%,
considerado baixo.
Para hepatite C é de quase 2%
Para hepatite B é de 6% a 30%, apesar de não ser tão baixo, existe vacinação
para hepatite B. 
Se desesperar não é
a solução
Registrar CAT/Sinan 
Todos os casos de acidentes com material biológico devem ser
comunicados ao INSS por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho
(CAT), e ao Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (Sinan), conforme previsto na Portaria n.o 777, de 28
de abril de 2004, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004a). Além disso, a
instituição deve manter um registro interno com os dados do acidente: setor
em que ocorreu, data e hora do acidente, função que exerce o acidentado,
tipo de acidente (contato com mucosa, perfurocortante, pele íntegra, pele
lesada), material biológico implicado (sangue, soro, outros), uso de EPI, modo
e condições que podem ter favorecido a ocorrência do acidente (falta de
espaço nas coletores, descarte inadequado, recapamento de agulha, etc). 
Profilaxia pós-exposição (PEP): uso de medicamentos antirretrovirais após
uma exposição de risco, como um acidente ocupacional com material
biológico infectado.
A PEP deve ser iniciada o mais rapidamente possível após a exposição de
risco, idealmente nas primeiras horas até 72 horas, depois das 72 horas já
não é mais recomendado. 
O tratamento tem duração de 28 dias e consiste no uso combinado de três
medicamentos antirretrovirais, geralmente tenofovir, emtricitabina e um
inibidor de protease ou inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeo. 
Para obter a PEP, é necessário procurar atendimento médico imediatamente
após a exposição de risco. Em hospitais e serviços de saúde especializados
em HIV, há plantões específicos para atender casos de exposição
ocupacional ou qualquer outra. O médico avaliará o tipo de exposição, o risco
de infecção pelo HIV e a necessidade de iniciar a PEP. Também serão
realizados testes para confirmar a sorologia do paciente e descartar outras
infecções sexualmente transmissíveis.
A PEP pode causar efeitos colaterais, como náuseas, diarreia, fadiga entre
outros. Esses efeitos colaterais são devem ser motivos para que algumas
pessoas optem por não fazer ou não completarem o tratamento.
4
Profilaxia HIV 
A profilaxia para a hepatite B pode ser feita por meio da vacinação contra o
vírus da hepatite B. A vacinação é altamente eficaz na prevenção da infecção
pelo vírus, e é recomendada para todas as pessoas, em especial aqueles que
possuem maior risco de exposição ao vírus, como profissionais da
odontologia.
A profilaxia pós-exposição pode ser realizada com a administração de
imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG) e vacina contra hepatite B.
Essa medida deve ser tomada o mais breve possível após a exposição e
pode ser eficaz na prevenção da infecção em alguns casos. 
Profilaxia HIV 
Embora a pesquisa sobre vacinas para prevenir a hepatite C esteja em
andamento, atualmente não há uma vacina aprovada para uso público.
O vírus da hepatite C pode sobreviver em superfícies por até 3 semanas.
Certificar-se de que todo o equipamento odontológico seja limpo e
esterilizado adequadamente antes de cada uso. A transmissão da hepatite C
por meio de equipamentos odontológicos contaminados apesar de rara, é
possível.
Fazer o teste de detecção da hepatite C regularmente, pode ajudar a
identificar a infecção precocemente e permitir o tratamento adequado.
O tratamento para hepatite C depende de vários fatores, incluindo o genótipo
do vírus, a extensão da doença hepática e a condição geral de saúde do
paciente. O tratamento visa curar a infecção, reduzir a inflamação do fígado e
prevenir a progressão para cirrose, câncer de fígado e outras complicações
graves.
O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos antivirais de ação
direta (DAAs), altamente eficazes em curar a infecção. Esses medicamentos
são tomados por via oral e, em geral, são tomados diariamente por cerca de
8 a 12 semanas, dependendo do genótipo do vírus e da condição do
paciente. Os DAAsfuncionam impedindo a replicação viral, o que leva à
diminuição da carga viral no corpo e, em última análise, à cura da infecção.
O tratamento também pode envolver a administração de outros
medicamentos para ajudar a reduzir a inflamação do fígado e prevenir a
progressão da doença. 
O tratamento da hepatite C pode ser complexo e envolve uma equipe médica
multidisciplinar, incluindo um hepatologista ou gastroenterologista, um
infectologista e um especialista em saúde mental, se necessário.
Após o tratamento, é importante fazer o acompanhamento com o médico
para monitorar a resposta ao tratamento e garantir que a infecção tenha sido
completamente curada. 
5
Profilaxia Hepatite C 
A hepatite delta é uma infecção causada pelo vírus da hepatite delta (HDV),
que só consegue se replicar em células infectadas pelo vírus da hepatite B
(HBV).
Não há uma vacina específica para a hepatite delta. No entanto, a prevenção
da hepatite B também é eficaz na prevenção da hepatite delta, uma vez que a
infecção pelo HDV ocorre apenas em pessoas que já estão infectadas pelo
HBV. Portanto, a vacinação contra a hepatite B é a principal medida de
profilaxia da hepatite delta. 
Profilaxia - hepatite delta 
6
No caso da hepatite B, a vacinação é uma medida importante de prevenção.
Se a exposição ocorrer dentro de 24 horas, é possível realizar uma
imunoglobulina anti-hepatite B para reduzir o risco de infecção.
Não há uma imunoglobulina disponível para profilaxia após exposição. No
entanto, é possível realizar uma terapia antiviral precoce para reduzir o risco
de infecção crônica.
Se o portador de HIV sofrer uma nova exposição ao vírus, será necessário
avaliar novamente o risco de infecção e, se indicado, realizar uma nova
profilaxia pós-exposição (PEP).
Uma pessoa com AIDS pode ter um sistema imunológico comprometido, o
que pode aumentar o risco de complicações da infecção pelo HIV. Se
exposta ao HIV, ela deve buscar atendimento médico imediatamente para
avaliação do risco de infecção e possível realização de PEP. 
Hepatite B
Hepatite C
HIV ou AIDS
Profilaxia Hepatite delta 
Profilaxia Hepatite delta 
H T T P S : / / W W W . B D . C O M / P T - B R / A B O U T - B D / B D - I N - B R A Z I L
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P E R F U R O C O R T A N T E S : P R E V A L Ê N C I A E M E D I D A S
P R O F I L Á T I C A S E M A L U N O S D E O D O N T O L O G I A . R E V I S T A
B R A S I L E I R A D E S A Ú D E O C U P A C I O N A L [ O N L I N E ] . 2 0 0 9 , V .
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D I S P O N Í V E L E M : < H T T P S : / / D O I . O R G / 1 0 . 1 5 9 0 / S 0 3 0 3 -
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C O L O _ E X P O S _ M A T _ B I O L O G I C O S . P D F
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