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RESUMO ORGANIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAUDE

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AULA 1:
· Definições de saúde:
Quando recordamos a história da humanidade, encontramos várias definições para saúde e doença. “O que é saúde” e “O que é doença” já fazia parte do dia a dia das pessoas.
 Os homens primitivos explicavam tudo o que acontecia através do pensamento mágico, sobrenatural e religioso. 
· Nas civilizações mais antigas, por exemplo, os povos do Egito e Mesopotâmia, a doença era causada de forma externa, o organismo da pessoa não tinha nenhuma participação. Hipócrates discutiu sobre os humores que causam as doenças e dividiu em quatro elementos:
- Ar: Pituíta do cérebro.
- Terra: Bile.
- Fogo: Coração.
- Água: Bile do estômago.
Ao longo dos anos comumente a doença foi vista apenas como “ausência de saúde” e a saúde definida como “ausência de doença”.
· Saúde, segundo a OMS: Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções e enfermidades.
(existem críticas sobre essa definição, alguém autores dizem que ela está ultrapassada, que não está adequada a nossa realidade).
· Doença: Alteração do estado de saúde de um ser vivo, manifestada por um conjunto de sintomas que podem gerar mal estar e sofrimento percebidos ou não.
· A saúde e o adoecer são formas pelas quais a vida se manifesta. Correspondem às experiências singulares e subjetivas, impossíveis de serem reconhecidas e significadas integralmente pela palavra. Contudo, é por intermédio da palavra que o doente expressa seu mal-estar, da mesma forma que o médico dá significações às queixas de seu paciente.
· Será que a doença é essencialmente biológica ou também pode ser social? Se você respondeu que também tem influências sociais, deve perceber que a doença tem caráter histórico e social.
· A maneira como uma sociedade está organizada, pode influenciar no estado de saúde e doença de uma população? Por quê? Ao responder este questionamento, você precisa pensar no modelo político e econômico de uma sociedade. Percebe-se que quanto maior a desigualdade social, maior a chance de pessoas expostas às situações de riscos, que consequentemente irão adoecer mais, e muitas vezes adoeceram da mesma doença várias vezes, com maior ou menor gravidade.
· O que determina a saúde ou doença de uma população? 
Devemos pensar que uma população não está com saúde ou doença por acaso, faz-se necessário pensar em como está organizada esta sociedade. Quais são suas oportunidades? Tem trabalho, renda, comida, moradia, serviços de saúde, transporte, vestuário, saneamento básico, lazer, amor e outros. É importante lembrar que possuir ou não estes bens interferem positiva ou negativamente na saúde de uma população.
Em uma sociedade quanto maior for o seu desenvolvimento, mais tecnologias serão utilizadas em todos os setores, inclusive o da saúde e paralelamente temos o envelhecimento da população e outros tipos de doenças surgem como as doenças cardiovasculares, que o processo de adoecimento está envolvido com os hábitos de vida desta população. Então, percebemos que o conceito de doença que envolvia apenas bactérias e vírus, portanto o agente etiológico, aquele que causa a doença, não contemplam esta nova forma de adoecer.
· Determinação de um Transtorno Mental e tratamento:
- Pode ser que uma pessoa tenha um ou alguns sintomas relacionados a um determinado transtorno, mas isso não necessariamente significa que essa pessoa deva ser caracterizada como um portador daquele transtorno. 
- Uma pessoa pode necessitar de um tratamento por ser portador de um determinado transtorno e pode não apresentar todos aqueles comportamentos característicos da doença.
· Manuais para que o profissional da saúde determine o tratamento do paciente.
1. DSM-5: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da APA. (Associação Psiquiátrica Americana). Ele vai classificar esses conjuntos de comportamentos para auxiliar o profissional de saúde a prescrever um tratamento mais adequado para a pessoa portadora de algum transtorno mental.
2. CID-11: Classificação Internacional de Doenças e de Problemas relacionados a Saúde. (existem outras edições, utilizamos muito ainda o CID-10).
· Hoje, na sociedade atual e com as novas tecnologias para a assistência em saúde, as definições de saúde e doença deverão ser mais flexíveis e amplas, contemplando vários fatores. Podemos citar os fatores psicológicos, sociais e biológicos.
· Os transtornos podem ser analisados com base em três esferas: 
1. Filogenética: Questão biológica em si, o que está contido no material genético. O que aquela pessoa já é pré disposta a desenvolver. 
2. Seleção Ontogenética: corresponde ao histórico de vida daquela pessoa, o ambiente onde ela se desenvolveu. Existem determinados comportamentos/transtornos que podem ser mais propícios de serem desenvolvidos ou até serem bloqueados com base no ambiente que a pessoa vive.
3. Esfera Cultural: Onde essa pessoa está inserida.
· As definições de saúde e doença também estão envolvidas com a religiosidade de uma sociedade. A religiosidade aparece na fala das pessoas quando relatam: “aquela senhora está curada como a graça de Deus” ou “foi a fé que a salvou”. Você também já deve ter ouvido comentários como “fulano está com aquele mal” ou “fulano tem aquela doença que a gente não deve falar o nome”; “é castigo de Deus!” ou “Deus está castigando porque ele foi mal”. Hoje, vários estudos que avaliam como as crenças e comportamentos religiosos podem interferir na saúde.
· Devemos pensar em saúde em sentido mais amplo, pensando em qualidade de vida. Saúde deve ser entendida como um direito social, um “bem-comum”, um direito de todos, direito este assegurado no exercício e na prática do direito à saúde.
· Na Constituição Federal brasileira de 1988, o artigo 196. define a saúde como “um direito de todos e um dever do Estado”.
· Quando falamos em saúde como direito, devemos entender esse direito como um elemento e um exercício da cidadania.
· Processo saúde-doença:
- Nível Individual: No nível individual na sua dimensão orgânica, temos todas as alterações fisiopatológicas.
- Nível da Sociedade: No nível da sociedade temos os problemas de saúde pública.
· Saúde Pública e Saúde Coletiva não são idênticas, pois possuem discursos diferentes: 
- Saúde Pública: Surgiu no século XVII com a Medicina moderna, tendo como objetivo a polícia médica e fundamentada no naturalismo médico. Atualmente é entendida como o campo do conhecimento que tem suas práticas organizadas e orientadas institucionalmente para promover a saúde das populações. Diz respeito a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, e a tentativa de assegurar que o indivíduo tenha dentro da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde.
Saúde Coletiva: A concepção de saúde coletiva, bem ao contrário, se constituiu através da crítica sistemática do universalismo naturalista do saber médico. Seu postulado fundamental afirma que a problemática da saúde é mais abrangente e complexa que a leitura realizada pela Medicina. (Birman, 2005). Corresponde a novos conteúdos e projeções da disciplina que resultou do movimento sanitarista latino-americano e da corrente da reforma sanitária no Brasil. Pra auxiliar no tratamento de determinadas sociedades. 
· Ex: eu tenho uma população que vive em um determinado bairro onde não tem saneamento básico, quando chove alaga, o esgoto é a céu aberto. Isso vai fazer com que esses indivíduos tenha uma certa demanda diferente das pessoas que moram em outro bairro que tenha saneamento, que tem coleta de lixo regular e que tenha uma infraestrutura mais adequada. Então, as questões sociais, econômicas de localização dessas populações vai determinar em cada tipo de tratamento, em cada tipo de abordagem dos profissionais da saúde com relação essas pessoas.
· Então a saúde coletiva, ela enxerga as comunidades com base nas suas características peculiares. A saúde coletiva, ela foi um movimento sanitarista para suprir essas necessidades. As diretrizes da saúde pública, muitas vezes, elas são generalistas, então elasdevem ser aplicadas a todos as pessoas da população de modo geral. Mas nós temos que pensar que as pessoas de uma comunidade têm uma determinada necessidade e essas diretrizes muitas vezes generalistas acabam não atendendo da forma adequada essas e determinadas populações mais específicas. 
· Os profissionais da saúde coletiva vêm para agregar e suprir essas lacunas na hora de fazer um diagnóstico o tratamento e até mesmo a prevenção de doenças nessas populações de forma específica
· Para a saúde coletiva, a saúde não está restrita ao biológico, é marcada em um corpo que é simbólico e pela multidisciplinaridade /interdisciplinaridade.
· O SUS enxerga que a saúde deve ser universal, então nós falamos de universalização, todas as pessoas devem ter direito e acesso à saúde. Nós temos a integralidade, ou seja, o indivíduo deve ser visto como um todo, por tanto, o contexto social é fundamental. E temos o princípio da equidade que corresponde a igualdade na hora do tratamento por esse sistema em si.
· A saúde coletiva deve então agregar nesse sentindo, tratar, diagnosticar, oferecer serviços que sejam compatíveis com as necessidades daquela determinada população. nós temos hoje a unidade de saúde que atendem a determinados bairros, determinadas comunidades com esse intuito de trabalhar necessidades específicas.
· O que é Saúde Comunitária? A saúde comunitária traz a discussão sobre a saúde dos indivíduos e como ocorrem a distribuição dos níveis de saúde neste grupo, tendo o objetivo de melhorar a saúde da população. Busca favorecer os processos relativos a se ter mais saúde que doença. Sendo necessário pensar em como a população está organizada socialmente, no ambiente em que vive, como estão distribuídos os recursos e outros. O profissional de saúde deve atuar diretamente na comunidade, planejando, distribuindo serviços e buscando juntamente com a população soluções. Seu enfoque é buscar soluções para os fatores que podem impactar a saúde da população.
· Surge como um dado novo na história da política social brasileira a percepção da saúde como direito de cidadania. A noção de saúde deve ser percebida como: Conjunto de condições coletivas de existência com qualidade de vida.
· As civilizações mais antigas do Egito e Mesopotâmia acreditavam que as doenças eram causadas somente por algum fator externo. Qual era o significado dessa crença? Que o organismo da pessoa não participava do processo de adoecimento.
· A saúde e a doença fazem parte do dia a dia das pessoas. Os homens primitivos explicavam tudo o que acontecia através do pensamento mágico, sobrenatural e religioso. Na atualidade o que podemos afirmar sobre o processo saúde-doença? O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.
 AULA 2:
Qualidade de vida
· Qualidade de vida é um termo muito utilizado ultimamente e em alguns momentos não há consenso sobre sua definição. O conceito genérico de qualidade de vida reflete um interesse com a modificação e o aprimoramento dos componentes da vida, ex.: ambiente físico, político, moral e social; a condição geral de uma vida humana.
· A qualidade de vida tem algo de subjetivo, ou seja, significados diferentes de pessoa para pessoa. A qualidade de vida está relacionada com a satisfação das necessidades mais elementares da vida do homem. Como por exemplo: educação, saúde, alimentação, felicidade, satisfação pessoal, condições de vida, até mesmo a renda, etc.
· Qualidade de vida no trabalho (QVT): É o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias, inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. 
É uma associação entre as ações da organização na
promoção de qualidade de vida dos seus colaboradores e da própria pessoa nas escolhas que essa pessoa faz tanto no seu ambiente de trabalho como fora dele.
· Nós podemos dizer que a qualidade de vida no trabalho segundo alguns autores são as ações da organização para a promoção da saúde dos seus trabalhadores ou prevenção de acidentes e desenvolvimento de doenças ocupacionais.
· Ex: Ginástica laboral. É feita por um profissional da saúde, geralmente um educador físico fisioterapeuta, que vai passando ali em cada departamento para fazer o pessoal mudar de posição, então ele faz alguns exercícios físicos ali mesmo no ambiente de trabalho, que vai auxiliar as pessoas a não desenvolverem doenças ocupacionais.
· Qual a responsabilidade do indivíduo em sua Qualidade de Vida no Trabalho? 
É importante que essa pessoa faça escolhas e também tenha ações que também promova a sua qualidade de vida, por exemplo, na escolha da sua alimentação. 
EX: Tem uma refeição no refeitório da empresa, você tem uma série de alimentos ofertados, a escolha desses alimentos e a quantidade consumida também estão relacionadas ao quanto a pessoa está preocupada com a sua saúde. Outros exemplos: Fazer atividade física, não fumar, preocupar com o peso é em relação a obesidade, fazer exames periódicos...
· Temos que pensar que é ela uma responsabilidade da organização em promover, estimular, em ter ações para promover a saúde do seu trabalhador e também do indivíduo de fazer escolhas que vão promover essa saúde de um modo geral.
· Síndrome de Burnout: É caracterizada por um e levado grau de estresse que culmina em exaustão, esgotamento físico e mental. Então a pessoa trabalha tanto, ela é tão exigida ou se exige tanto no ambiente de trabalho que ela fica extremamente desgastada. 
· Resultado da Síndrome de Burnout: A pessoa pode começar a perder sua atenção, perde concentração no trabalho, pode ocorrer perda de memória e até mesmo tomar aversão ao ambiente de trabalho. Está relacionado com a crises depressivas ansiedade. 
· Dois índices que estão relacionados que devem ser observados: Rotatividade da empresa e absenteísmo dos funcionários.
· Ter saúde é fundamental para melhorar a qualidade de vida de uma população. Por isso, ela é uma das dimensões mais importantes da qualidade de vida.
· Como descreve Minayo (2000) ao citar Auquiere et al. (1997) deve-se considerar três correntes que orientam a construção dos instrumentos disponíveis atualmente:
- Funcionalismo: Define um estado normal para certa idade e função social e seu desvio, ou morbidade, caracterizado por indicadores individuais de capacidade de execução de atividades.
- Teoria do bem-estar: Explora as reações subjetivas das experiências de vida, buscando a competência do indivíduo para minimizar sofrimentos e aumentar a satisfação pessoal de seu entorno.
- Teoria da utilidade: Tem base econômica, que pressupõe a escolha dos indivíduos ao compararem um determinado estado de saúde a outro.
· Ter qualidade de vida em saúde está centrado na ideia da capacidade de viver sem doenças ou da superação dos estados e da condição de morbidade. Para isso é preciso promover a saúde.
· Ter saúde é fundamental para melhorar a qualidade de vida de uma população. Por isso, ela é uma das dimensões mais importantes da qualidade de vida.
· Como descreve Minayo (2000) ao citar Auquiere et al. (1997) deve-se considerar três correntes que orientam a construção dos instrumentos disponíveis atualmente:
- Funcionalismo: Define um estado normal para certa idade e função social e seu desvio, ou morbidade, caracterizado por indicadores individuais de capacidade de execução de atividades.
- Teoria do bem-estar: Explora as reações subjetivas das experiências de vida, buscando a competência do indivíduo para minimizar sofrimentos e aumentar a satisfação pessoal de seu entorno.
- Teoria da utilidade: Tem base econômica, que pressupõe a escolha dos indivíduos ao compararem um determinado estado de saúde a outro.
· Ter qualidade de vida em saúde está centrado na ideia da capacidade de viver sem doenças ou da superação dos estados e da condição de morbidade. Para isso é precisopromover a saúde.
· Conheça o histórico das declarações em relação a Saúde:
- 1978: Declaração de Alma- Ata.
- 1986: Declaração de Otawa.
- 1988: Declaração de Adelaide.
- 1991: Declaração de Sundsval.
- 1997: Declaração de Jakarta.
- 2000: Declaração do México.
· Declaração de Alma-Ata: A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários aconteceu no final da década de 70 quando a OMS realiza I Conferência Internacional de Saúde, em Alma-Ata que tem como meta "Saúde para todos no ano 2000", reforçando a proposta da atenção primária em saúde.
· A conferência enfatiza:
- A saúde como um direito humano fundamental.
- As desigualdades existentes no estado de saúde das populações devem ser alvo de preocupação comum entre todos
os países.
- O desenvolvimento econômico e social deve ser baseado numa ordem econômica internacional, que a população
deve participar no planejamento e execução dos cuidados de saúde, não como uma exceção, mas como um direito e
dever.
- A responsabilidade dos governos com a saúde da população através de adoção de medidas sanitárias e sociais.
- Que os cuidados primários de saúde representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, família e comunidade com o Sistema Nacional de Saúde. Sendo estes essenciais e devendo ser colocados ao alcance de toda a população
· Educação para a saúde:
Pensar em uma educação dirigida para os problemas de saúde prevalentes e os métodos para sua prevenção e
controle. Como exemplo:
- Alimentação e nutrição adequada;
- Abastecimento de água e saneamento básico apropriado;
- Atenção materno-infantil;
- Planejamento familiar;
- Imunização;
- Prevenção e controle de doenças endêmicas e outros.
· Carta de Otawa: O documento fundador do movimento atual da promoção da saúde é conhecido como Carta de Ottawa (1986). Este termo está associado a um “conjunto de valores” e a um “conjunto de estratégias”.
· Conjunto de estratégias:
- Ações do Estado (políticas públicas saudáveis);
- Ações da comunidade (reforço da ação comunitária);
- Ações dos indivíduos (desenvolvimento de habilidades pessoais);
- Do sistema de saúde (reorientação do sistema de saúde);
- Parcerias intersetoriais (trabalhando com a ideia de “responsabilidade múltipla” – seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas para os mesmos).
· Conjunto de valores:
- Paz. - Habitação.
- Educação. - Alimentação.
- Renda. - Ecossistema estável.
- Recursos sustentáveis. - Justiça social.
- Equidade.
· É preciso pensar que a promoção da saúde vai além dos cuidados de saúde. Ela deve ser uma das prioridades dos governantes. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver.
· Os 5 campos de ação da Carta de Ottawa: 
- Políticas públicas saudáveis: Inclui legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças em saúde, distribuição mais equitativa da renda e
políticas sociais.
- Ambientes saudáveis à saúde: Proteção do meio ambiente e a conservação dos recursos naturais, acompanhamento do impacto do meio ambiente sobre a saúde. Conquista de ambientes que favoreçam a saúde: trabalho, lazer, lar, escola, cidade.
- Reforço da ação comunitária: Serão efetivas se for garantida a participação popular na direção dos assuntos da saúde, acesso à informação e aprendizagem nesta área. Empowerment comunitário é a aquisição de poder técnico e consciência política para atuar em prol de sua saúde. 
- Desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais: Divulgação de informações sobre a educação para a saúde, devendo ocorrer em todos os setores da vida do indivíduo, no lar, escola, trabalho e em qualquer espaço coletivo.
- Reorientação dos serviços de saúde: Visão abrangente e intersetorial, ao recomendar a abertura de canais entre o setor saúde e os setores sociais, políticos, econômicos e ambientais. Mudanças também devem ocorrer na formação dos profissionais de saúde.
· Declaração de Adelaide A Declaração de Adelaide (1988) trata sobre as Políticas Públicas Saudáveis e identificou quatro áreas prioritárias:
- Apoio à saúde da mulher.
- Alimentação e nutrição.
- Tabaco e álcool.
- Criação de ambientes favoráveis.
· NASF (Nucleo de Apoio a Saúde da Família): é um programa que foi criado pelo governo em 2008 com intuito de promover a saúde por meio de uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas do conhecimento que devem atuar de maneira integrada para populações específicas, com necessidades específicas. Se agrega em alguma unidade de saúde.
· Atividades do NASF: Trata-se de uma estratégia de organização da clínica e do cuidado em saúde a partir da integração e cooperação entra as equipes responsáveis pelo cuidado de determinado território.
Ex: Grupos antitabagismo > Reúnem um determinado número de pessoas que queiram parar de fumar, assim realizam encontros semanais para auxiliar essas pessoas a deixar de fumar, traz informações, debate sobre esse hábito, passa tarefa de casa, fala sobre outras comorbidades relacionadas ansiedade em relação ao tabagismo.
· Declaração de Sundsval: A Declaração de Sundsval (1991) traz o tema Criação de Ambientes Favoráveis à Saúde e tem o enfoque na interdependência entre saúde e ambiente, em todos os seus aspectos.
O ambiente não está restrito apenas à dimensão física, mas também às dimensões: social, econômica, política e cultural. Refere-se a todos os espaços: moradia, local de trabalho, espaços de lazer. Discute também quais as oportunidades para ter maior poder de decisão e as estruturas que irão determinar o acesso aos recursos para viver.
Ambientes e saúde são interdependentes e inseparáveis. Um ambiente favorável é de suprema importância para a saúde.
· Foram ressaltados quatro aspectos para um ambiente favorável e promotor de saúde:
- A dimensão social: Inclui a maneira pela quais normas, costumes e processos sociais afetam a saúde.
- A dimensão política: Requer dos governos a garantia da participação democrática nos processos de decisão e a
descentralização dos recursos e das responsabilidades; compromisso com os direitos humanos com a paz e a
relocação de recursos oriundos da corrida armamentista (destaque na conferência).
- A dimensão econômica: Requer o repara escalonamento dos recursos alcançar saúde para todos e o
desenvolvimento sustentável, o que inclui a transferência de tecnologia segura e adequada.
- A necessidade de reconhecer: Utilizar a capacidade e o conhecimento das mulheres em todos os setores, inclusive o político e econômico.
· Princípios básicos pra saúde de todos:
- Equidade: Aponta o compromisso com a superação da pobreza, o desenvolvimento sustentável, o
pagamento do débito humano e ambiental acumulado pelos países em desenvolvimento,
prestação de contas (accountability) das políticas, gerenciamento público dos recursos naturais.
- Respeito a diversidade: Respeito às peculiaridades dos povos indígenas (contribuição que eles podem dar na
questão ambiental, pela singularidade espiritual e cultural que mantêm com o ambiente físico).
· Sistema Único de Saúde: (1988), "Saúde é um direito de todos e dever do Estado". O SUS em conjunto com as demais políticas deve atuar na promoção da saúde, prevenção de ocorrência de agravos e recuperação dos doentes. 
- Universalização: A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito.
- Equidade: O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades.
- Integralidade: Este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades.
· Declaração de Jakarta: A declaração de Jakarta (1997) enfatiza o surgimento de novos determinantes da saúde, dando destaque à integração da economia global, mercados financeiros, assim como a continuação da degradação ambiental, apesar de todos os alertas internacionais.
· Definido 5 prioridades para o campo da promoção da saúde:
1. Promover a responsabilidade social.
2. Aumentar investimentos no desenvolvimento da saúde.
3. Consolidare expandir parcerias para a saúde entre os diferentes setores em todos os níveis do governo e da sociedade.
4. Aumentar a capacidade da comunidade e fortalecer os indivíduos.
5. Assegurar infra-estrutura para a promoção da saúde.
· A capacitação da comunidade é um dos elementos fundamentais para a promoção da saúde.
· Declaração do México: (2000) que discute a promoção da saúde em busca de maior equidade. As principais ações
estão voltadas para:
- Colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais, regionais,
nacionais e internacionais;
- Assumir um papel de liderança para assegurar a participação ativa de todos os setores e da sociedade civil;
- Apoiar a preparação de planos de ação nacionais para promoção da saúde;
- Estabelecer ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde;
- Defender a ideia de que os órgãos da ONU sejam responsáveis pelo impacto em termos de saúde da sua
agenda de desenvolvimento.
· A capacitação da comunidade é um dos elementos fundamentais para a promoção da saúde.
· Declaração do México: (2000) que discute a promoção da saúde em busca de maior equidade. As principais ações
estão voltadas para:
- Colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais, regionais,
nacionais e internacionais;
- Assumir um papel de liderança para assegurar a participação ativa de todos os setores e da sociedade civil;
- Apoiar a preparação de planos de ação nacionais para promoção da saúde;
- Estabelecer ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde;
- Defender a ideia de que os órgãos da ONU sejam responsáveis pelo impacto em termos de saúde da sua agenda de desenvolvimento.
· Determinantes sociais de saúde (DSS): Indicam que a situação de saúde de uma população depende das condições de trabalho e vida dos indivíduos e/ou grupos.
· Iniquidades em saúde: As iniquidades em saúde são as desigualdades que além de sistemáticas e relevantes são também evitáveis, injustas e desnecessárias, segundo a definição de Margareth Whitehead.
Ex: a alta mortalidade infantil; analfabetismo.
· A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde => Declaração de Alma-Ata, trouxe a discussão da importância da ação internacional e nacional sobre a necessidade urgente para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos e aplicados tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Essa Conferência enfatiza 5 aspectos fundamentais. Assinale o aspecto que é FALSO em relação à essa Conferência: Reforço da ação comunitária - serão efetivas se for garantida a participação popular na direção dos assuntos da saúde, acesso à informação e aprendizagem nesta área. Empowerment comunitário é a aquisição de poder técnico e consciência política para atuar em prol de sua saúde. (O Reforço da ação comunitária está descrito na Carta de Ottawa - PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE ocorrida em Ottawa, novembro de 1986.)
· Qual Conferência Internacional de Saúde elaborou uma Declaração estabelecendo como meta a Criação de Ambientes Favoráveis à Saúde, com enfoque na interdependência entre saúde e ambiente, em todos os seus aspectos, o ambiente não está restrito apenas à dimensão física, mas também às dimensões: social, econômica, política e cultural? Sundsval.
· A Conferência em que constatam a necessidade urgente de abordar os determinantes sociais, econômicos e ambientais da saúde, sendo preciso fortalecer os mecanismos de colaboração para a promoção da saúde, em todos os setores e níveis da sociedade é a: Declaração do México
· Sobre os princípios que regem o Sistema Único de Saúde, aquele em que a saúde passa a ser um direito de todos e sendo dever do poder público a provisão dos serviços e ações que lhe garanta, é definição de: Universalidade.
 AULA 3:
· Políticas de saúde no Brasil: No início do século XX, o país vivia um momento histórico de grandes mudanças devido a chegada do progresso, mas também ocorriam epidemias. Como a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro e São Paulo. Outras doenças também assolavam outras cidades do Brasil: a cólera, varíola, malária, peste bubônica, tuberculose e outras.
· No início do século a população pobre só dispunha de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela Igreja. E os ricos podiam pagar (para médicos irem até suas casas).
· • Com a falta de saneamento básico e de outras estruturas a cada dia surgiam mais doentes. As epidemias ficando cada vez mais graves.
• Nas grandes cidades ocorreu a chegada dos imigrantes para o trabalho. E tínhamos uma grande movimentação de pessoas nos portos, o que facilitou a disseminação de doenças.
• Então, percebemos que a falta de saneamento básico, o não acesso das pessoas aos serviços de saúde e a grande movimentação de pessoas de vários lugares nos portos facilitou o aumento da epidemia neste período.
· A população pobre era a que mais sofria. Observe as medidas tomadas para realizar esta mudança:
- O instituto Soroterápico de Manguinhos no Rio de Janeiro produz vacinas. O presidente Rodrigues Alvez tem o objetivo de sanear e reurbanizar o Rio de Janeiro.
- A reforma urbana foi realizada com a retirada da população pobre do centro da cidade e derrubando vários cortiços. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”.
- Inicia-se o programa de Saneamento de Oswaldo Cruz, o objetivo era eliminar a peste e febre amarela. Para combater a peste ele criou brigadas sanitárias espalhando raticidas, removendo lixo e comprando ratos. Para combater a febre amarela o alvo foi a eliminação dos mosquitos transmissores da febre amarela.
- E finalmente, inicia-se uma campanha para acabar com a epidemia que assolava a população neste período. Institui-se a vacinação obrigatória contra a varíola. Em 1904 ocorreu a Revolta da Vacina.
· Revolta da vacina: Foi um marco importante que aconteceu no início do século XX, mais precisamente 1904.
A revolta da vacina aconteceu por conta do contexto das pessoas daquela época, nós tínhamos em várias epidemias, doenças que alastravam e acabavam aumentando muito os índices de mortalidade. Uma dessas doenças era varíola, doença qual fez o médico sanitarista (Oswaldo Cruz) colocar que era importante vacinar as pessoas para minimizar os casos que estavam crescendo de forma muito intensa. E essa vacinação contra a varíola era obrigatória e coercitiva, muitas pessoas não sabiam sobre a importância da vacinação e acabaram sendo resistentes a ela. Por conta dessa resistência, por
não entenderem o que era vacinação e forma como a vacina era produzida, as pessoas tinham resistência para tomar. Dessa forma, os profissionais da saúde invadiam as residências e obrigavam as pessoas a vacinar, era imposto pelo governo que todos tomassem, isso gerou uma revolta da população de modo geral. Por conta disso, movimento popular começou a tomar conta das cidades (principalmente no Rio de Janeiro), ocasionando a depredação de vários prédios públicos, trens, etc. Depois, com base no que aconteceu o governo acabou intervindo militarmente para conter, apaziguar e minimizar essa revolta. Quando a ordem já estava estabelecida a vacinação foi então retomada, com intuito também de explicar melhor e sensibilizar as pessoas sobre a importância da vacinação.
· Foi um período de desemprego, alto custo de vida e inflação.
Então, é revogada a lei da vacinação obrigatória. O Exército, Marinha e a polícia são acionados para acabar com os tumultos nas ruas.
Porém, muitos estudos sobre as doenças que ocorriam no período continuavam acontecendo. Como em São Paulo Emílio Ribas, mora com os doentes de febre amarela para provar que a doença não pega por contato.
Esta época foi marcada também por greves, como as ocorridas em 1917 pelos operários das indústrias têxteis.
· A Era Vargas foi dividida em três momentos conhecidos como:
- Governo Provisório (1930 a 1934): Marcado pela Lei Orgânica, que estabelecia plenos poderesa Vargas.
- Governo Constitucional (1934 a 1937): Marcado por crise econômica, desemprego, inflação e carestia. Com a Constituição de 1934 foi criado o Tribunal do Trabalho, legislação trabalhista e liberdade de organização sindical, e as mulheres adquirem o direito ao voto. Getúlio Vargas cria IAP (Instituto de Aposentadoria e Pensões) e pensões dos marítimos. As Caixas de Aposentadoria e Pensões são substituídas porque são poucas e ineficientes. Com os IAPS, os trabalhadores passaram a ter direito à assistência medica e aposentadoria e pensões.
- Estado Novo (1937 a 1945): Período da ditadura de Vargas, teve como características a centralização política com os executivos, e o intervencionismo do Estado na economia e na sociedade. Várias ações em saúde pública foram instituídas neste período, como as ações de combate a malária e proteção dos trabalhadores da borracha, ações que ficaram conhecidas como Atividades do Serviço Especial de Saúde Pública (S.E.S.P). Em 1945, o ditador Getúlio Vargas é deposto.
· Em 1950, Getúlio Vargas ganhou as eleições para presidência, pelo voto popular. O Ministério da Saúde é criado, com objetivo de fortalecer as ações de saúde pública, medicina preventiva.
· O Ministério da Saúde foi criado como uma instituição e nacional para cuidar da saúde do país em 1953. Então, até a década de 50, o Ministério da Saúde era junto com o Ministério da Educação da Cultura.
· Em 1956 surge o Departamento Nacional de Endemias Rurais para investigar e combater doenças como a malária e a febre amarela. 
· Para o país desenvolver é necessário investir na saúde das pessoas e infraestrutura.
· Em 1974, as Secretarias de Saúde e de Assistência Médica foram englobadas passando a constituir a Secretaria Nacional de Saúde. 
· Neste período existiam duas correntes para a assistência em saúde: uma defendia a atenção com programas verticais do tipo de doenças, como exemplos: tuberculose e hanseníase e a outra defendia uma assistência que aproxima a medicina às condições sociais da população.
· Reforma Sanitária: Se iniciou na década de 1970, foi um movimento sanitário relacionado aos profissionais da saúde, foi marcada pela existência de desigualdade social e portanto, um aumento doenças que eram típicas de países em desenvolvimento. EX: cólera, malária, febre amarela, leishmaniose, entre outras doenças que são causadas e pela falta de higiene, saneamento básico e informação.
· As propostas da Reforma Sanitária resultaram na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
· Em 1964, ocorreu o Golpe Militar e é instituído o Governo Militar. O governo militar foi marcado pelo desenvolvimento econômico acelerado e desordenado, com restrição da cidadania e repressão com violência a todos os movimentos de oposição.
· Os IAPS e outros órgãos foram unificados para o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), concentrando todas as contribuições previdenciárias do país, passando a gerir todas as aposentadorias e pensões e assistência médica dos trabalhadores do país.
· Obras gigantescas foram realizadas: como a Abertura da Transamazônica, a construção da Ponte Rio-Niterói e Usina de Itaipu.
· Assinale a afirmação correta sobre as diferenças o período da Era Vargas: A Era Vargas tinha como característica do modelo da saúde um aumento de construção de hospitais, logo, um modelo hospitalocêntrico de saúde.
· Algumas das doenças que conhecemos ainda hoje como: hanseníase, tuberculose, malária e doenças sexualmente transmissíveis provocavam endemias e epidemias, já faziam parte das doenças no período colonial. Sobre conceito de endemias e epidemias, responda: A epidemia representa a ocorrência de um agravo acima da média (ou mediana) histórica de sua ocorrência.
· A NOAS/2001 tem o objetivo de colocar em prática o princípio da regionalização, que deve ser entendido como: Serviços organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida.
 AULA 4:
· O INPS criou uma linha de crédito ilimitado para que a iniciativa privada construísse hospitais que pudessem atender aos trabalhadores inscritos na previdência social. Ocorreu a extensão da previdência aos trabalhadores rurais.
· Eventos que resultaram na Reforma Sanitária e na criação do SUS:
1. SINPAS / IAPAS
2. Movimento Popular
3. Falência do INPS e IAPAS
4. Início do projeto AIS
5. 1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde
6. 1987 - Criação do SUDS
7. 1988 - Criação do SUS
· SINPAS / IAPAS: Com a criação do Sistema Nacional de Assistência social (SINPAS) este passou a reunir:
- Todos os órgãos de assistência médica no Instituto Nacional Assistência Médica Previdência Social (INAMPS).
- Todos os órgãos de aposentadoria e pensões no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
· A administração dos recursos financeiros passou a ser controlada pelo Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS).
· INPS: Instituto Nacional de Previdência Social. Era responsável por serviços médicos e de saúde que foram passados para uma outra autarquia em 1977 chamado (INAMPS).
· INAMPS: Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. Foi então uma autarquia que tinha responsabilidade de cuidar dos serviços médicos relacionados a previdência social. (1977 até 1993). 
· SINPAS: Sistema nacional de Assistência e Previdência Social.
· Movimento Popular: O movimento da Reforma Sanitária Brasileira é marcado por uma luta de trabalhadores, intelectuais e partidos políticos em busca de uma mudança legal que regulamentasse a proteção à saúde da população.
Este movimento popular lutou em busca de um Sistema de Saúde que atendesse às necessidades da população. Visto que neste momento histórico as ações de promoção e prevenção não estavam ocorrendo em sua totalidade e tendo como consequência a volta de inúmeras doenças que estiveram controladas, os investimentos na área eram pequenos e a falta de saneamento favorecia o adoecimento da população
· Como estava ocorrendo a assistência em saúde, então? As indústrias de equipamentos e medicamentos cresceram muito no país e a Medicina de grupo também. Os especialistas defendem a ideia que o hospital era o local de maior segurança e confiabilidade para os tratamentos de saúde, pois incorporaram em suas atividades o uso de equipamentos sofisticados e de alto custo.
· Assim, o Sistema de Saúde era:
- Excludente: O acesso às ações e aos serviços de saúde só eram garantidos às pessoas ligadas formalmente ao trabalho - Empregadores e empregados (e seus dependentes) que contribuíam mensalmente para Previdência Social - As pessoas que não trabalhavam formalmente não estavam cobertas pelas políticas de saúde e não tinham seus direitos reconhecidos.
- Socialmente desigual: Somente eram garantidos os direitos dos trabalhadores formais e o restante da população não tinha acesso, mantendo as desigualdades de direito.
- De escassos recursos: Os recursos financeiros eram insuficientes. A Reforma Sanitária foi uma luta pelo direito à saúde a toda a população brasileira, independente de contribuição, que a população tivesse acesso às ações preventivas e/ou curativas, que ocorresse a descentralização da gestão administrativa e financeira e o controle social das ações de saúde.
· Falência do INPS e IAPAS: Cresce no país a insatisfação e a ditadura começa a declinar. O processo de redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já estão ocorrendo por todo o país. É anunciada a falência do IAPAS, o Instituto não dispõe mais de verbas para financiar o INPS e INAMPS.
· Início do projeto AIS: Em 1982, acontecem as eleições diretas para governadores e vários participantes do movimento sanitário ocuparam cargos políticos em Secretarias Estaduais de Saúde e puderam iniciar os projetos que contemplassem os princípios da Reforma Sanitária.
O projeto Ações Integradas de Saúde (AIS) visaramà integração das ações curativos-preventivas e educativas. Dando início formal à participação popular e fortaleceu a ideia da municipalização.
Acontecia ao mesmo tempo o descredenciamento de vários hospitais que após terem se capitalizado deixaram de atender aos pacientes que contribuíam para a previdência.
· 1986 - VIII Conferencia Nacional de Saúde: O movimento da Reforma Sanitária teve como grande marco histórico a VIII Conferência Nacional de Saúde – 1986. 
Foram discutidos os temas:
- Reformulação do Sistema Nacional de Saúde;
- Saúde como Direito;
- Financiamento Setorial.
Por ter sido uma construção altamente participativa, democrática e representativa permitiu um alto grau de consenso.
· Conferência Nacional de Saúde: foi um evento muito importante para a criação do sistema único de saúde. Foi discutido a importância do governo se responsabilizar pela saúde do Brasil.
· O que é uma conferência? É um evento organizado com certa periodicidade para discussão de temas com intuito de levantar soluções, prioridades e propostas para o bem comum.
VIII Conferência Nacional de Saúde (1986).
· A saúde como direito, em seu sentido mais abrangente, é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida. A saúde não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas. (Trecho retirado da 8a Conferência Nacional de Saúde – Relatório Final, 1986).
· 1987 - Criação do SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde): Através de um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, retomam-se várias propostas para a saúde como a integração, hierarquização, regionalização e busca maior de deficiência e eficácia ao sistema de saúde.
· O que você entende por hierarquização? Qual a sua importância para o setor de saúde? 
1. Quando se pensa em hierarquização devemos entender que os serviços de saúde devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, em uma área geográfica delimitada e com definição da população a ser entendida.
2. O acesso deve ser através dos serviços de nível primário de atenção.
3. Quando a rede de serviços está organizada de maneira hierarquizada, permite um conhecimento mais profundo dos problemas de saúde da população e favorece as ações de vigilância epidemiológica, sanitária e das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
· Atenção Primária de Saúde: Unidades Básicas de saúde (UBSs). Nos temos os casos de menor complexidade, geralmente curativos, as vacinas, educação para saúde... Na atenção primara os profissionais da saúde não ficam apenas nas UBS, mas também saem para visitar população, fazem campanhas em escolas, instituições, empresas, sempre para trabalhar com a prevenção e propagar hábitos saudáveis de um modo geral.
· Atenção Secundária de Saúde: Nesse caso temos serviços de média complexidade. Nós podemos dizer que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) vão os casos mais urgentes, que precisam de atendimento médico com maior rapidez. também está incluso os serviços móveis de atendimento e de urgência como SAMU. A atenção segundaria está mais relacionado ao diagnóstico e tratamento em si ao invés da prevenção.
· Atenção Terciária de Saúde: Por fim, o nível terciário de atenção à saúde fornece atendimento de alta complexidade, sendo formado por hospitais de grande porte. Também envolve procedimentos que demandam tecnologia de ponta e custos maiores, como os oncológicos, transplantes e partos de alto risco. Os especialistas da categoria estão aptos para tratarem casos que não puderam ser atendidos na atenção secundária por serem mais singulares ou complexos. 
· 1988 - Criação do SUS: A nova Constituição Brasileira aprovou os mais importantes princípios da Reforma Sanitária e finalmente criou o Sistema Único de Saúde (SUS).
· Sistema Único de Assistência Social: Foi criado em 2004 e integrado 2005, veio para agregar o SUS, cuidando de uma outra esfera, no caso, a pobreza e a fome do país. O SUAS também organiza a oferta da assistência social em todo o Brasil, promovendo bem-estar e proteção social a famílias, crianças, adolescentes e jovens, pessoas com deficiência, idosos – enfim, a todos que dela necessitarem.
 AULA 5:
· Passados mais de 20 anos da promulgação da Constituição Federal Brasileira de que maneira a população brasileira tem participado para que ocorram as mudanças no setor da saúde? Nos municípios, através da participação nos conselhos e conferências municipais de saúde, por meio de reuniões de grupos por área de afinidades, nos debates nas universidades e nos serviços de saúde (estas participações são previstas por lei ou normas do SUS). Também devemos nos lembrar dos serviços de ouvidoria dos serviços de saúde, canal aberto para que a população participe, seja elogiando, criticando, reclamando, denunciando, solicitação de informação de um serviço ou atendimento.
· Significado das Palavras:
- Cidadania: Qualidade de cidadão.
- Competência: Atribuição, jurídica ou consuetudinária, de desempenhar certos encargos ou de apreciar ou julgar determinados assuntos: competência de um tribunal. / Capacidade decorrente de profundo conhecimento que alguém tem sobre um assunto: recorrer à competência de um especialista.
- Injustiça: Falta de justiça. / Ato contrário à justiça: reclamar contra uma injustiça. / Iniquidade.
- Opressão: Ação ou efeito de oprimir; estado do que se encontra oprimido. / Sensação de sufocação; dificuldade de respirar. / Fig. Jugo; tirania; ação de fazer violência por abuso de autoridade. / Humilhação.
- Ordem: Disposição das coisas de acordo com a categoria, o lugar que lhes convém. / Regras, leis, estruturas que constituem uma sociedade. / Boa administração das finanças de um Estado ou de um particular. / Mando, comando. / Classe, categoria, posição, mérito. / Fileira, renque, ala. / Natureza, modo de ser, maneira. / Lei geral proveniente do costume, da autoridade; lei relativa a assunto particular.
- Miséria: Estado de penúria, de extrema pobreza. / Fraqueza, imperfeição: a miséria humana. / Fig. Insignificância, coisa de pouca importância: ser tentado por uma miséria. (Sin.: necessidade, indigência, carência).
- Analfabetismo: Ausência de instrução. / Instrução insuficiente, atraso intelectual. / Ignorância total.
- Pobreza: Estado do que ou de quem é pobre. / Miséria, penúria, indigência.
- Sociedade: Reunião de homens, de animais, que vivem em grupos organizados; corpo social. / Conjunto de membros de uma coletividade, sujeitos às mesmas leis. / Cada um dos diversos estádios da evolução do gênero humano: sociedade primitiva, feudal, capitalista. / União de várias pessoas que acatam um estatuto ou regulamento comum: sociedade cultural. / Grêmio, associação. / Parceria. / Direito, Associação de pessoas que têm algum bem em comum, com o objetivo de dividir o lucro dele auferido, e a que a lei atribui personalidade jurídica, considerando-a como proprietária do patrimônio social. // Alta sociedade, conjunto de pessoas notáveis pela sua posição social e econômica.
- Participação social: É uma das maneiras de se efetivar a democracia, por meio da inclusão de novos sujeitos sociais nos processos de gestão do SUS como participantes ativos nos debates, formulações e fiscalização das políticas desenvolvidas pela Saúde Pública brasileira, conferindo-lhe legitimidade e transparência. Com previsão constitucional e legal, a participação popular confere, à gestão do SUS, realismo, transparência, comprometimento coletivo e efetividade de resultados. Está diretamente relacionada ao grau de consciência política e de organização da própria sociedade civil. O SUS deveidentificar o usuário como membro de uma comunidade, com direitos e deveres, e não como recebedor passivo de benefícios do Estado.
· - União: Planeja e fiscaliza o SUS em todo o país.
- Estados: Criam suas próprias políticas de saúde e ajuda na execução das políticas nacionais, aplicando recursos próprios (mínimo de 12% de sua receita), além dos repassados pela União.
- Prefeituras: Devem garantir os serviços de atenção básica à saúde e prestar serviços em sua localidade, com a parceria dos governos estadual e federal. Aplicam recursos próprios Estado e da União. 15% deve ser aplicado na saúde.
· Por que Sistema Único? Por seguir a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional. Tendo serviços que interagem com um mesmo propósito. Está organizado nas três esferas governamentais:
1. Federal.
2. Estadual.
3. Municipal.
· Princípios Gerais do SUS:
- Universalidade: Todo cidadão tem direito à saúde e acesso a todos os serviços públicos de saúde. Além disso, o governo tem o dever de prover assistência à saúde igualitária para todos.
- Integralidade: Todas as pessoas devem ser atendidas desde as necessidades básicas, de forma integral. A integralidade trabalha em todo o ciclo vital do ser humano, do nascimento até a morte. Esse princípio foca na prevenção e reabilitação da saúde. É preciso ter ações preventivas antes de o ser humano adoecer e precisar de cuidados médicos.
• Cada pessoa é um todo indivisível, devendo ser atendida com uma visão integral por um sistema também integral, que busque a promoção, proteção e recuperação da saúde;
• Cada pessoa é integrante de uma comunidade;
• Todas as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível;
• As unidades prestadoras de serviço com seus diversos graus de complexidade, não podem ser divididas, configurando um sistema de saúde capaz de prestar assistência integral.
- Equidade: Toda pessoa é igual perante o SUS. Contudo, esse princípio não significa prover os mesmos serviços de saúde para todos, pois o atendimento deve ser realizado de acordo com a necessidade de cada um. (fazer mais a quem precisa de mais).
· Princípios Organizativos do SUS: 
- Regionalização e hierarquização: Dada região deve ofertar serviços de diferentes complexidades, desde a atenção básica, até a média e alta complexidade. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.
- Descentralização e Comando Único: Descentralização significa que tanto a esfera estadual e municipal tem autonomia para tomar as decisões a respeito da de campanhas que vão fazer e de aplicação dos recursos financeiros que são passados pela União. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
- Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
· Quando ocorrer a priorização das ações e serviços? Apenas em função de situações de risco, das condições de vida e da saúde de determinados indivíduos e grupos de população.
· Você pode citar algum princípio organizativo?
O Art. 198 da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 descreve que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
1. Descentralização, com direção única em cada esfera de governo.
2. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
3. Participação da comunidade.
· O SUS e seus princípios organizativos:
- Regionalização: Os serviços devem ser organizados em níveis de complexidade crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com definição da população a ser atendida. O acesso da população à rede deve se dá através dos serviços de nível primário de atenção que devem ser qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais devem ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica.
- Hierarquização: A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
- Descentralização: Redistribuição das responsabilidades das ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo. A regionalização deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde. Neste processo são identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade nos resultados, assim como maior capacidade de cogestão regional.
- Resolutividade: É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua complexidade.
- Controle Social: É a garantia constitucional de que a população através de suas entidades representativas participará na formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os níveis de governo.
- Complementaridade do setor privado: Os serviços privados podem atuar de forma complementar por contrato ou convênio, desde que as disponibilidades de serviços ofertados pelo SUS sejam insuficientes para o atendimento à população, mas as entidades filantrópicas e as sem-fins lucrativos têm preferência para participar do SUS.
· Lei Orgânica de Saúde: No ano de 1990 foi criada a Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080/1990) que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
· Lei Complementar da Saúde: No ano de 1990 foi criada a Lei Complementar da Saúde (Lei nº 8.142/1990) que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
· Lei 8.08./1990: Vários conceitos foram tratados na Lei nº 8080/1990 como o de vigilância sanitária, epidemiológica, saúde do trabalhador.
A direção do SUS é única de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal. 
Descreve ainda a competência de cada esfera do governo, e ao município cabe as ações de execução de serviços como o de vigilância epidemiológica; de vigilância sanitária; de alimentação e nutrição; de saneamento básico; e de saúde do trabalhador.
· Lei 8.142/90: Para dar continuidade às mudanças ocorridas no setor de saúde foram necessárias a publicação das Normas Operacionais Básicas e Normas Operacionais da Atenção à Saúde.
De acordo com RICARDO F. SCOTTI, Assessor do Ministério da Saúde, as Normas Operacionais Básicas são Instrumentos jurídicos-institucional editados periodicamente pelo Ministério da Saúde, após amplo processo de discussão com os demais gestores e outros segmentos da sociedade, negociado e pactuado na Tripartite e aprovado no Conselho Nacional de Saúde, para:
• Aprofundar e reorientar a implementação do SUS;
• Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacional;
• Regular as relações entre seus gestores;
• Normatizar o SUS.
Com a instituição do SUS surgiu nas discussões as seguintes palavras: GERÊNCIA e GESTÃO.
· Leia sobre Normas Operacionais Básicas:
- NOB/91: Discute sobrea equiparação dos prestadores públicos e privados e ainda aponta uma gestão do SUS a nível federal muito centralizada.
- NOB/93: Discute a habilitação dos municípios nos modelos de gestão incipiente, parcial e semiplena, desencadeando o processo de municipalização; cria a transferência de recursos financeiros que ficou conhecido como fundo a fundo, sendo necessário que seja aberta uma conta para que o dinheiro seja repassado diretamente, é criado também as Comissões Intergestores Bipartites (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional).
- NOB/96: Discute sobre a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde aos municípios (descentralização), a responsabilidade sanitária de cada gestor, o estabelecimento de vínculo entre a população e o SUS, a instituição da gestão da atenção básica e a gestão plena do sistema municipal, o aumento da transferência regular e automática (fundo a fundo) dos recursos federais a estados e municípios – PAB (Piso Ambulatorial Básico), a reorganização do modelo de atenção à saúde com a ampliação de cobertura do PSF (Programa Saúde da Família) e do PACS (Programa Agente Comunitário de Saúde).
- NOAS/2001: Instituiu o Plano Diretor de Regionalização e o Plano Diretor de Investimentos.
Plano Diretor de Regionalização (PDR): O Plano Diretor de Regionalização (PDR) é considerado um dos instrumentos de planejamento e coordenação do processo de regionalização, o PDR deverá expressar o desenho final do processo de identificação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal.
Plano Diretor de Investimentos (PDI): O Plano Diretor de Investimentos (PDI) é considerado também um instrumento de planejamento do processo de regionalização, o PDI deverá expressar os recursos de investimentos para atender às necessidades pactuadas no processo de planejamento estadual e regional. Os planos de investimentos deverão ser discutidos e aprovados na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) dos estados.
· A NOAS/2001 tem o objetivo de colocar em prática os princípios da Integralidade, Regionalização e Hierarquização.
· 1. Propôs uma política para ações de Média e Alta Complexidade.
2. Cria mecanismo de referência e contra-referência.
3. Propõe a criação de módulos assistencial e município-satélite (agrupamento de municípios).
4. Amplia as ações da Atenção Básica.
· A ampliação das responsabilidades dos municípios da Atenção Básica. >>> Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. >>> Procede à atualização dos critérios de habilitação de estados e municípios.
· O Plano Diretor de Regionalização – PDR visa garantir o acesso dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência, a um conjunto de ações e serviços de saúde, como por exemplo:
- Assistência pré-natal, parto e puerpério.
- Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
- Cobertura universal do esquema preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações, para todas as faixas etárias.
- Acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência e outros serviços.
· Muitas mudanças ocorreram desde a instituição do SUS, você pode citar algumas? O SUS é um sistema gratuito, com acesso universal, igualitário e integral. Oferece serviços que vão desde a atenção primária até a terciária, ofertando a população desde vacinas até transplantes.
· Com relação à Conferência de Saúde, preconizada pela lei no 8.142/90, esta reunir-se-á: De acordo com a Lei 8142/90 em seu artigo 1º - § 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
· O que é o Sistema Único de Saúde? É uma nova formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações da saúde.
· Assinale a alternativa que contempla os princípios organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS): Regionalização, hierarquização, descentralização, resolutividade, controle social e complementaridade do setor privado.
· A aprovação da Emenda Constitucional nº 29, em 2000, representou uma importante conquista da sociedade para a construção do SUS, pois estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para um processo de financiamento mais estável do Sistema Único de Saúde (SUS). Com ela podemos afirmar que: O gasto municipal em saúde aumentou.
· A resolutividade no atendimento de saúde significa: Que quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema coletivo de saúde, o serviço correspondente estará capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo.
· É uma instância colegiada do Sistema Único de Saúde: Conferência de Saúde. Reunir-se-á a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
· A Saúde da Família é a estratégia prioritária da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde (SUS). Para um funcionamento efetivo da Atenção Básica. existem vários princípios e diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica.
São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica, EXCETO: Prioridade a população mais pobre.
· É fonte de recursos para o SUS: A seguridade social.
· De acordo com a Lei nº 8.142, de dezembro de 1990, o conselho municipal de saúde é um órgão colegiado, que conta com representantes: Do governo, dos prestadores de serviços e dos usuários.
· A integralidade emerge como um princípio de organização continua do processo de trabalho nos serviços de saúde, buscando apreender as necessidades de saúde de um grupo populacional. Sua ampliação se dá: Através de uma perspectiva de diálogo entre os diferentes sujeitos.
 AULA 6
· O pacto pela saúde: Conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (governo, estados e municípios) com o objetivo de promover inovações e mudanças para melhorias do SUS.
· A PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006, divulga o Pacto pela Saúde 2006, a Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Suas prioridades são:
1. O Pacto pela Vida.
2. O Pacto em Defesa do SUS.
3. O Pacto de Gestão do SUS.
· O Pacto pela Vida: (Acontece todo ano) Ele prevê que os dados do 1º trimestre de cada ano as instituições de saúde tem que levantar os principais dados relacionados aos tipos de atendimento que foram feitos, perfil da população, os tipos de doença mais atendidos referente ao ano anterior, essas informações são de extrema importância, com base nisso é possível verificar se as metas foram alcançadas ou não e ainda reformular metas para o ano seguinte, a então, isso nada mais é do que uma estratégia administrativa. 
• Suas prioridades e seus objetivos em 2006 são:
- Saúde do idoso: Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
- Câncer de colo de útero e de mama: Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
- Mortalidade infantil e materna: Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarreica e por pneumonias.
- Doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase: Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.
- Promoção da saúde: Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo.
- Atenção básica à saúde: Consolidare qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
· O Pacto em Defesa do SUS
- Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de:
1. Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS como sistema público universal garantidor desses direitos.
2. Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional.
3. Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde.
3. Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o compromisso de cada uma delas.
- Elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do SUS.
· O Pacto em Defesa do SUS tem como objetivos reforçar o SUS como política de Estado e depender seus princípios inscritos na Constituição Federal.
· O Pacto de Gestão do SUS. As prioridades são:
- Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS: Federal, estadual e municipal, superando o atual processo de habilitação.
- Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS: Com ênfase na Descentralização; Regionalização; Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; Regulação; Participação e Controle Social; Planejamento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
· -MS: Ministério da Saúde.
- CONASS: Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
- CONASEMS: Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde.
· Quem são os gestores do SUS?
- Ministério da Saúde: No âmbito nacional.
- Secretário de Estado da Saúde: No âmbito estadual.
- Secretário Municipal da Saúde: No âmbito municipal.
· Funções gestoras no SUS: Podem ser definidas como “um conjunto articulado de saberes e práticas de gestão necessários para a implementação de políticas na área da saúde” (Souza, 2002). 
· Direção do SUS: No capítulo III da Lei orgânica nº 8080/90 em seu artigo 9º descreve que a direção do Sistema Único de Saúde-SUS é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos:
1. No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde.
2. No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente.
3. No âmbito dos Municípios, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente.
· Pacto pela Vida: Como vimos anteriormente este pacto é um compromisso entre os gestores do SUS. As prioridades devem ser estabelecidas através de metas: 
- Nacionais.
- Estaduais.
- Regionais.
- Municipais.
· Pacto em Defesa do SUS: O Pacto em Defesa do SUS trata de expressar os compromissos entre os gestores do SUS na defesa dos princípios do SUS estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira. Busca qualificar e assegurar o SUS como política pública de saúde. 
· As iniciativas são:
- Repolitizar a saúde.
- Promover a cidadania através da mobilização social.
-Garantir o financiamento.
· As ações estão voltadas para:
- A articulação e apoio à mobilização social – saúde como um direito.
- Estabelecimento de diálogo com a sociedade.
- Ampliação e fortalecimento das relações com os movimentos sociais, em especial os que lutam pelos direitos da saúde e cidadania.
- Laboração e publicação da Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional.
- Aprovação do orçamento do SUS.
· Art. 6 e 7 Emenda Constitucional nº29 de 13 de setembro de 2000: Assegura os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde.
· Pacto de Gestão: Trata das diretrizes para a gestão nos seguintes aspectos:
Descentralização → Regionalização → Financiamento → Planejamento → Programação Pactuada e Integrada – PPI → Regulação → Participação Social → Gestão do Trabalho → Educação na Saúde.
· Gestão do Trabalho e Educação na Saúde: Na área da Educação na Saúde, promoção de mudanças na formação dos profissionais da saúde, com vistas à integralidade e ao desenvolvimento da humanização da atenção em saúde. Na área do Trabalho em Saúde vem promovendo um conjunto de ações, tais como a implementação das Diretrizes para o Plano de Carreira, Cargos e Salários do SUS; a desprecarização dos vínculos de trabalho no sistema de saúde.
· Financiamento do SUS: As ações e serviços de Saúde, implementados pelos estados, municípios e Distrito Federal são financiados com recursos próprios da União, estados e municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente contemplados no orçamento da seguridade social. Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a Emenda Constitucional nº 29, de 2000.
· Regulação da atenção à saúde
A regulação da atenção à saúde tem por objeto atuar sobre a produção das ações diretas e finais de atenção à saúde. Em relação às premissas da descentralização devemos nos atentar a:
1. Descentralização administrativa relativo à gestão para as Comissões Intergestores Bipartite.
2. Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da Saúde que promoverão e apoiarão processo de qualificação permanente para as Comissões Intergestores Bipartite.
3. Instrumentos de planejamento que são o Plano Diretor de Regionalização – PDR, o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde (PPI).
4. Garantia de acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde.
5. Busca da redução das desigualdades sociais e territoriais e promoção da equidade.
6. Garantia da integralidade na atenção à saúde.
· Esta organização visa favorecer a:
1. Ação cooperativa e solidária entre os gestores.
2. O fortalecimento do controle social.
· Em relação à regionalização devemos nos atentar as regiões de saúde. E o que são Regiões de Saúde? De acordo com a portaria nº 399, as regiões em saúde são recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados do território.
· Em relação ao Financiamento do Sistema Único de Saúde a Portaria nº 399 descreve que:
- É responsabilidade das três esferas de gestão – União, Estados e Municípios pelo financiamento do Sistema Único de Saúde;
- A redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e regionais;
- O repasse deverá ser realizado fundo a fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores;
- O financiamento de custeio será organizado e transferido em blocos de recursos, utilizando recursos federais;
- Os blocos do financiamento para o custeio ficou dividido para: Atenção básica; Atenção de média e alta complexidade; Vigilância em Saúde; Assistência Farmacêutica e Gestão do SUS.
· Quanto ao Planejamento no SUS: O sistema de planejamento buscará, de forma tripartite, a pactuação de bases funcionais do planejamento, monitoramento e avaliação do SUS, bem como promoverá a participação social e a integração intra e intersetorial, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
Esta Portaria apresenta também as responsabilidades:
1. Gerais da gestão do SUS.
2. Na regionalização.
3. No planejamento e programação.
4. Na regulação, controle, avaliação e auditoria.
5. Na gestão do trabalho.
6. Na educação na saúde.
7. Na participação e controle social em relação aos municípios.
8. Estados, distrito federal e união.
· A portaria nº 648/2006 aprova a Política Nacional de Atenção Básica, que trata das diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e para o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
· O capítulo I trata:
- Dos princípios gerais;
- Responsabilidade de cada esfera de governo;
- Da infraestrutura e dos recursos necessários;
- Do cadastramento das unidades que prestam serviços básicos de saúde;
- Do processo de trabalho das equipes de atenção básica;
- Das atribuiçõesdos membros das equipes de atenção básica;
- Do processo de educação permanente.
· O capítulo II trata:
- Das especificidades da estratégia de saúde da família;
- Dos princípios gerais;
- Das responsabilidades de cada nível de governo;
- Da infraestrutura e dos recursos necessários;
- Do processo de trabalho da saúde da família;
- Da capacitação e educação permanente das equipes;
- Do processo de implantação.
O capítulo III trata do financiamento da atenção básica:
- Considerações gerais;
- Do piso de atenção básica;
- Da parte fixa do piso da atenção básica;
- Requisitos mínimos para manutenção da transferência do PAB;
- Da solicitação de crédito retroativo;
- Da suspensão do repasse de recursos do PAB;
- Da suspensão do repasse de recursos do PAB variável;
- Dos recursos de estruturação.
· O anexo I trata: das atribuições dos profissionais das equipes de saúde da família, de saúde bucal e de ACS.
· Superação das deficiências regionais: Os estados e municípios devem deflagrar processos de discussão e avaliação, antecedendo à assinatura de seus respectivos termos de Compromisso de Gestão, nos quais deverão estar explicitadas as responsabilidades já assumidas e/ou em condições de serem assumidas, bem como indicado o cronograma para o cumprimento das responsabilidades cujos cumprimentos ainda não tenham sido contemplados. Importante pensar que quanto mais perto das situações vivenciadas pela população maiores são as chances para solucionar os problemas.
· Efetividade em saúde: Probabilidade de que indivíduos de uma população definida obtenham um benefício da aplicação de uma tecnologia em saúde direcionada a um determinado problema em condições reais de uso.
· Eficiência em saúde: Relação entre os custos decorrente da provisão de um cuidado em saúde com os benefícios advindos do mesmo.
· Com relação aos direitos dos usuários do SUS, assinale a opção correta: Nos casos de espera por atendimento, o usuário deverá ser encaminhado a um local protegido, ventilado, limpo e munido de água potável e de sanitários.
 AULA 7
· Projetos do Sistema Único de Saúde:
- QualiSUS.
- HumanizaSUS.
- Programa Farmácia Popular do Brasil.
- Programa de Volta para Casa.
· O que é QualiSUS? É a sigla para Política de Qualificação da Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde.
• Para o quê suas ações estão voltadas? Melhorar a qualidade da assistência à saúde prestada a toda população.
• Quais são os objetivos? 
1. Maior resolubilidade em todos os níveis de assistência prestada à população;
2. Prestar atenção à saúde de maneira mais digna e humanizada e desenvolver uma prática segura e ética;
3. Aumentar a satisfação dos profissionais atuantes na saúde;
4. Aumentar a capacidade de gestão dos estados e municípios e satisfazer todos os usuários do SUS.
• O QualiSUS tem pactuação bipartite ou tripartite? Pactuação Tripartite, sendo definidas no âmbito do QualiSUS as ações para qualificar a rede assistencial pública.
· Implementação da política nacional de humanização:
Quais os resultados esperados após a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH)?
1. Redução das filas e tempo de espera.
2. Atendimento acolhedor e resolutivo, baseado em critério de risco.
3. Usuários saberão quem são os profissionais que cuidam de sua saúde.
4. As Unidades de Saúde garantirão os direitos dos usuários.
5. Gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários.
6. Implementação de atividades de valorização e cuidado.
· O compromisso ético-estético-político da humanização do SUS se assenta nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão.
· Humanizar a atenção e a gestão em saúde no SUS é: qualificar a atenção e a gestão. Significa prestar uma atenção integral - com responsabilidade e vínculo, como valorização dos profissionais de saúde, com democratização da gestão e controle através da participação social.
· Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde: A carta dos direitos dos usuários da Saúde traz informações sobre seus direitos ao procurar atendimento de saúde no Brasil. Ela traz princípios básicos de cidadania.
Os princípios da carta são:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde.
2.Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação.
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos.
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada.
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
· Diretrizes gerais para a implementação da PNH:
- Ampliar o diálogo entre os profissionais e a população e entre eles e a administração, promovendo uma gestão participativa. Implantar, estimular e fortalecer grupos de trabalho de humanização com plano de trabalho definido.
- Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde.
- Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos.
- Adequar os serviços ao ambiente e à cultura locais, respeitando a privacidade e promovendo uma ambiência acolhedora e confortável. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores.
- Implementar um sistema de comunicação e de informação, que promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso social dos trabalhadores de saúde.
Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, de trabalho em equipe e da participação em processos de educação permanentes, que qualifiquem a ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS.
· O programa farmácia popular do Brasil:
- Como consigo o acesso aos benefícios da Farmácia Popular? Mediante apresentação de receituário médico ou odontológico, prescrito de acordo com a legislação vigente.
- A quem se destina este Programa? Destina-se a pessoas usuárias ou não dos serviços públicos de saúde. Usuários dos serviços públicos e privados têm atendimento igualitário.
- O que é o programa Farmácia Popular do Brasil? Política pública que tem o objetivo de ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais.
- A aquisição dos medicamentos do programa é feita em que laboratórios farmacêuticos? A prioridade para aquisição dos medicamentos do programa é dada aos laboratórios, farmacêuticos públicos, pertencentes à União, estados e municípios. Complementarmente à aquisição, dar-se-á no mercado privado, priorizando os medicamentos genéricos.
- A Portaria nº. 491, de 9 de março de 2006, trata de quê? Da expansão do Programa Farmácia Popular do Brasil, por meio da subvenção a um grupo de medicamentos para hipertensão e diabetes em parceira com redes privadas de farmácias e drogarias.
- De quanto em quanto tempo podemos pegar os medicamentos? Vai depender do tipo de medicamento que você vai utilizar, a intenção é que ninguém fique sem medicamento, por isso você só pega a quantidade necessária por um determinado período até ter a necessidade de pegar outra caixa.
- Que tipo de medicamentos entramos no programa? Qual o valor dos medicamentos? Os medicamentos que são gratuitos são os de diabetes, hipertensão e asma. até 90% de descontos medicamentos para o tratamento de rinite, dislipidemia, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.

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