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Aulas 01 e 02

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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
1 
Direito Obrigacional 
@profCrisSobral 
Livro: Direito Civil Sistematizado 5ª edição. 
Ed. Gen/Método. 
Advogado. Doutorando em Direito. Autor de 
diversas obras. 
 
CONCEITO 
 
Trata- se de uma relação jurídica de caráter 
transitório formada entre credor e devedor em 
torno do cumprimento (adimplemento) de uma 
prestação (exigível) em que deverá ser 
observado uma série de deveres. 
 
Que deveres são esses? 
 
1. Principais: Envolvem as obrigações de dar, 
fazer e não fazer. 
 
2. Acessórios (anexos, implícitos, satelitários): 
Envolvem a cooperação, a proteção e a 
confiança, por exemplo. 
 
A responsabilidade do devedor em caso de 
descumprimento afeta todo o seu patrimônio? 
ATENÇÃO! Mitigação dos arts. 389/390 do 
CC/02. Observação ao Direito Civil- 
Constitucional. 
 
Fundamentos para diversos certames: a) 
estatuto jurídico do patrimônio mínimo. b) 
Dignidade da pessoa humana. c) art. 649 do 
CPC. d) Lei 8.009/90. e) Súmula 364 do STJ. f) 
Súmula 25 Vinculante do STF. 
 
DIREITOS OBRIGACIONAIS X DIREITOS 
REAIS 
 
● Os direitos obrigacionais são numerus 
apertus (art.425. CC), já os reais são clausus 
(art. 1225, CC). 
 
● Os direitos obrigacionais não se submetem a 
seqüela (princípio da aderência ou inerência), 
já os direitos reais sim. 
 
● Nos direitos obrigacionais não observamos a 
exigibilidade do registro (art. 107, CC), porém 
nos reais existe a necessidade de 
registrabilidade. 
 
● Nos direitos obrigacionais existe a presença 
de duas partes (credor/devedor) e nos reais há 
um só sujeito (relação entre o homem e a 
coisa). 
 
● Nos direitos obrigacionais se observa a 
eficácia inter-partes, enquanto nos reais a 
eficácia se dá erga omnes. 
 
OBS: Tema comumente indagado em 
concursos- OBRIGAÇÃO PROPTER REM. 
(registro de propriedade) 
 
São aquelas ligadas a coisa, ou seja, por causa 
do bem. Aderem à coisa. Podem ser chamadas 
em provas de ambulatoriais, reipersecutórias. 
Vejamos o STJ: 
 
CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE 
COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS. 
ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL PELO BANCO. 
DÍVIDA ANTERIOR. OBRIGAÇÃO PROPTER 
REM. AGREGAÇÃO AO IMÓVEL. 
RESPONSABILIDADE DO ARREMATANTE. 
DIREITO DE REGRESSO. 
 
CPC, ART. 42, § 3º. I. O entendimento firmado 
pelas Turmas integrantes da 2a. Seção do STJ 
é no sentido de que a dívida condominial 
constitui obrigação propter rem, de sorte que, 
aderindo ao imóvel, passa à responsabilidade 
do novo adquirente, ainda que se cuide de 
cotas anteriores à transferência do domínio, 
ressalvado o seu direito de regresso contra o 
antigo proprietário. II. Recurso especial não 
conhecido. (REsp 659584/SP, Rel. Ministro 
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA 
TURMA, julgado em 04/04/2006, DJ 
22/05/2006, p. 205) 
 
São híbridas? Sim, pois estão entre os direitos 
pessoais e reais. 
 
Tema de concurso: Obrigação propter rem no 
direito ambiental. 
 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. 
DANOS AMBIENTAIS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE. 
TERRAS RURAIS. RECOMPOSIÇÃO. 
MATAS. TEMPUS REGIT ACTUM. 
AVERBAÇÃO PERCENTUAL DE 20%. 
SÚMULA 07 STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
Cristiano Sobral 
2 
1. A responsabilidade pelo dano ambiental é 
objetiva, ante a ratio essendi da Lei 6.938/81, 
que em seu art. 14, § 1º, determina que o 
poluidor seja obrigado a indenizar ou reparar 
os danos ao meio-ambiente e, quanto ao 
terceiro, preceitua que a obrigação persiste, 
mesmo sem culpa. Precedentes do STJ:RESP 
826976/PR, Relator Ministro Castro Meira, DJ 
de 01.09.2006; AgRg no REsp 504626/PR, 
Relator Ministro Francisco Falcão, DJ de 
17.05.2004; 
 
RESP 263383/PR, Relator Ministro João Otávio 
de Noronha, DJ de 22.08.2005 e EDcl no AgRg 
no RESP 255170/SP, desta relatoria, DJ de 
22.04.2003. 
 
2. A obrigação de reparação dos danos 
ambientais é propter rem, por isso que a Lei 
8.171/91 vigora para todos os proprietários 
rurais, ainda que não sejam eles os 
responsáveis por eventuais desmatamentos 
anteriores, máxime porque a referida norma 
referendou o próprio Código Florestal (Lei 
4.771/65) que estabelecia uma limitação 
administrativa às propriedades rurais, 
obrigando os seus proprietários a instituírem 
áreas de reservas legais, de no mínimo 20% de 
cada propriedade, em prol do interesse 
coletivo. 
Precedente do STJ: RESP 343.741/PR, 
Relator Ministro Franciulli Netto, DJ de 
07.10.2002 
 
Pode a pessoa devedora se livrar da 
obrigação? Sim, pelo abandono da coisa ou 
pelo transmissibilidade. 
 
OBS: DIFERENÇA PARA A OBRIGAÇÃO 
COM ÔNUS REAL= ë aquela que gera 
limitação com relação ao uso e gozo do bem, 
ou seja, é um grave. Vejamos o art. 803, CC. 
Atenção! Essas obrigações desaparecem com 
o perecimento da coisa, tal fato não ocorre na 
propter rem. 
 
OBS: OBRIGAÇÃO COM REFICÁCIA REAL: 
Aqui estamos diante de um direito pessoal com 
eficácia erga omnes. Vejamos: Art. 3º da Lei 
8245/91, art. 505, CC. 
 
 
 
Outro tema de prova! 
 
 
 
INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. 
SUCESSORES. 
 
A Turma deu provimento ao recurso especial a 
fim de assegurar aos sucessores o direito à 
indenização pelos danos morais suportados 
pelo de cujus. Na espécie, a lesada propôs a 
ação indenizatória por danos materiais e 
morais em desfavor da recorrida, mas faleceu 
no curso do processo, tendo sido sucedida 
pelos herdeiros recorrentes. 
O tribunal a quo condenou a recorrida a reparar 
apenas os prejuízos materiais; quanto aos 
morais, entendeu que a imagem e a 
personalidade são patrimônios subjetivos, 
portanto desaparecem com a morte de seu 
detentor. Segundo a Min. Relatora, o direito de 
exigir a reparação do dano, inclusive moral, 
transmite-se com a herança nos termos dos 
arts. 12 e 943 do CC/2002. Ressaltou ser 
intransmissível o direito moral em si, 
personalíssimo por natureza, não o direito de 
ação, de cunho patrimonial. 
Dessa forma, concluiu que, assim como o 
espólio e os herdeiros têm legitimidade ativa ad 
causam para pleitear, em ação própria, a 
reparação dos danos psicológicos suportados 
pelo falecido, com mais razão se deve admitir o 
direito dos sucessores de receber a 
indenização moral requerida pelo de cujus em 
ação iniciada por ele próprio. REsp 1.040.529-
PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
2/6/2011. 
 
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO 
 
Elementos subjetivos: Credor e Devedor. 
1. Elementos Objetivos: Prestações. 
2. Elemento Virtual ou Espiritual: Vinculo. 
 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
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3 
 
OBS: Tema de prova: VÍNCULO- TEORIAS- 
DUALISTA. 
 
● Schuld: executar a prestação. DÉBITO. 
● Haftung: responsabilidade. 
 
Algumas classificações importantes. 
 
OBRIGAÇÃO CIVIL: SCHULD+HAFTUNG 
OBRIGAÇÃO NATURAL: SCHULD 
OBRIGAÇÃO DE GARANTIA: HAFTUNG. 
OBS: ART. 820, CC. 
 
FONTES DAS OBRIGAÇÕES 
 
● Lei 
● Contratos 
● Atos ilícitos. Vide art. 187, CC. 
● Atos unilaterais. Vide art.854/860; 876/883 e 
884/886, ambos do CC. 
● Princípios 
● Súmula Vinculante 
 
OBS: Os dois últimos não estão contidos na 
visão clássica. Para provas objetivas indico 
marcar somente os quatro primeiros. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
 
OBRIGAÇÕES DE DAR (AD DANDUM) 
 
Podem elas ter os seguintes entendimentos, 
vejamos: 
 
1. Dar: Idéia de transferência. Compra e 
Venda. 
2. Entregar: Transferir a posse ou mesmo a 
detenção. 
3. Restituir: Devolução da posse ou detenção. 
 
DAR A COISA CERTA. LEI 
 
1. OBJETO INDIVIDUALIZADO 
2. PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA 
3. OBSERVAÇÃO PARA AS PERTENÇAS. 
4. PRINCÍPIO DA EXATIDÃO # ALIUD PRO 
ALIO (UMA COISA POR OUTRA) 
5. DAÇÃO EM PAGAMENTO 
6. OBRIGAÇÃO POSITIVA 
7. RESPERIT DOMINO SUO 
 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa 
abrange os acessórios dela embora não 
mencionados, salvo se o contrário resultar do 
título ou das circunstâncias do caso. 
 
Art. 93. São pertenças os bens que, não 
constituindo partes integrantes, se destinam, 
de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao 
aformoseamento de outro. 
 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem 
respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, 
da manifestação de vontade, ou das 
circunstâncias do caso. 
 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda 
que mais valiosa. 
 
Art. 356. O credor pode consentir em receber 
prestação diversa da que lhe é devida. 
 
PERDA SEM CULPA E COM CULPA 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a 
coisa se perder, sem culpa do devedor, antes 
da tradição, ou pendente a condição 
suspensiva, fica resolvida a obrigação para 
ambas as partes; se a perda resultar de culpa 
do devedor, responderá este pelo equivalente e 
mais perdas e danos. 
 
DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM 
CULPA 
 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o 
devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu 
preço o valor que perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o 
credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa 
no estado em que se acha, com direito a 
reclamar, em um ou em outro caso, 
indenização das perdas e danos. 
 
CÔMODOS OBRIGACIONAIS 
 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a 
coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento 
no preço; se o credor não anuir, poderá o 
devedor resolver a obrigação. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
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4 
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR. 
PERDA/DETERIORAÇÃO SEM CULPA E 
COM CULPA 
 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa 
certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder 
antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a 
obrigação se resolverá, ressalvados os seus 
direitos até o dia da perda. 
 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do 
devedor, responderá este pelo equivalente, 
mais perdas e danos. 
 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar 
sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal 
qual se ache, sem direito a indenização; se por 
culpa do devedor, observar-se-á o disposto no 
art. 239. 
 
VIDE ENUNCIADO 15 I CJF. 
 
BENEFÍCIOS 
 
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem 
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o 
credor, desobrigado de indenização. 
 
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o 
caso se regulará pelas normas deste Código 
atinentes às benfeitorias realizadas pelo 
possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, 
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto 
neste Código, acerca do possuidor de boa-fé 
ou de má-fé. 
 
DAR A COISA INCERTA 
 
● GENÉRICA 
● GÊNERO E QUANTIDADE 
● CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO 
● CRITÉRIO MÉDIO 
● TRANSITORIEDADE/ RELATIVIDADE 
● GENUS NUNQUAM PERIT. CRÍTICA. 
 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao 
menos, pelo gênero e pela quantidade. 
 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero 
e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da 
obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, 
nem será obrigado a prestar a melhor. 
 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, 
vigorará o disposto na Seção antecedente. 
 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o 
devedor alegar perda ou deterioração da coisa, 
ainda que por força maior ou caso fortuito. 
 
OBRIGAÇÃO DE FAZER (AD FACIENDUM) 
 
● FACERE 
● FUNGÍVEL E INFUNGÍVEL 
● ARTS 633/634 CPC 
● RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO 
PRÓPRIO SUBJETIVA 
● URGÊNCIA: AUTOTUTELA CIVIL.. 
CUIDADO ARTS.187, CC (ABUSO DE 
DIREITO). ENUNCIADO 37 I CJF. 
● INFUNGIBILIDADE MEDIDAS: ARTS 461 E 
645 DO CPC E ART. 84 DO CDC. 
● ENUNCIADO 22 I CJF. 
● SÚMULA 410 STJ 
 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar 
perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele 
exeqüível. 
 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se 
impossível sem culpa do devedor, resolver-se-
á a obrigação; se por culpa dele, responderá 
por perdas e danos. 
 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por 
terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar 
à custa do devedor, havendo recusa ou mora 
deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o 
credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, 
sendo depois ressarcido. 
 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER (AD NON 
FACIENDUM) 
 
● NEGATIVA 
● ABSTENÇÃO DE CONDUTA 
● QUASE SEMPRE INFUNGÍVEL E 
INDIVISÍVEL PELA NATUREZA 
● VIDE ART. 390, CC 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Civil 
Cristiano Sobral 
5 
● SE FOR TRANSEUNTE CABE PEDIDO DE 
PERDAS E DANOS 
● SE FOR PERMANENTE- ART.637 DO CPC. 
● AUTOTUTELA CIVIL. CUIDADO ART. 187, 
CC. 
 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, 
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a 
não praticar. 
 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja 
abstenção se obrigara, o credor pode exigir 
dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à 
sua custa, ressarcindo o culpado perdas e 
danos. 
 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá 
o credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, 
sem prejuízo do ressarcimento devido. 
 
OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. 
CONCEITOS. 
 
● Simples: singularidade de sujeitos e 
prestações. Um credor, um devedor, uma 
prestação. 
● Compostas: mais de um sujeito e mais de 
uma prestação. Multiplicidade é a palavra. 
 
OBRIGAÇÕES COMPOSTAS- 
ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS) E 
CUMULATIVAS (CONJUNTIVAS) 
 
● Alternativas: Compostas pela multiplicidade 
de objetos e aqui o devedor somente necessita 
cumprir com uma das prestações assumidas. 
Lembre do ou. 
● Cumulativas: Veja o nome! Compostas pela 
multiplicidade de objetos, e o devedor tem que 
cumprir todas as prestações. 
● ESCOLHA. A QUEM CABE? 
● PLURALIDADE DE OPTANTES 
● PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE 
● TRATO SUCESSIVO. JUS VARIANDI. 
BALANCEAMENTO DA CONCENTRAÇÃO. 
● #OBRIGAÇÃO FACULTATIVA OU COM 
FACULDADE DE CUMPRIMENTO. FALATA 
DE PREVISÃO. IMPORTANTE PARA 
CONCURSOS. 
 
 
TEMA DE PROVA!!!! 
 
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA: - uma 
prestação- uma faculdade do devedor- não 
possibilidade do credor exigir qualquer 
alternância. É UMA OBRIGAÇÃO SIMPLES. 
 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a 
escolha cabe ao devedor, se outra coisa não 
se estipulou. 
 
§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a 
receber parte em uma prestação e parte em 
outra. 
 
§ 2o Quando a obrigação for de prestações 
periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
 
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não 
havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a 
deliberação. 
 
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e 
este não quiser, ou não puder exercê-la, 
caberá ao juiz a escolha se não houver acordo 
entre as partes. 
 
Art. 253. Se uma das duas prestações não 
puder ser objeto de obrigação ou se tornada 
inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 
 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se 
puder cumprir nenhuma das prestações, não 
competindo ao credor a escolha, ficará aquele 
obrigado a pagar o valor da que por último se 
impossibilitou, mais as perdas e danos que o 
caso determinar. 
 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e 
umadas prestações tornar-se impossível por 
culpa do devedor, o credor terá direito de exigir 
a prestação subsistente ou o valor da outra, 
com perdas e danos; se, por culpa do devedor, 
ambas as prestações se tornarem 
inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor 
de qualquer das duas, além da indenização por 
perdas e danos. 
 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem 
impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-
se-á a obrigação. 
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 
 
● ART.87, CC. 
● CONCURSU PARTES FIUNT (HAVENDO 
CONCURSO DE CREDORES E DEVEDORES 
A OBRIGAÇÃO SERÁ FRACIONADA). 
● INDIVISIBILIDADE: NATURAL, JURÍDICA, 
CONVENCIONAL. 
● OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL E A 
PLURALIDADE DE CREDORES. O QUE 
FAZER? ART. 260, CC. 
● ART. 263 E A # PARA AS OBRIGAÇÕES 
SOLIDÁRIAS. ISSO SE DÁ PORQUE A 
INDIVISIBILIDADE É RELACIONADA AO 
OBJETO. JÁ A SOLIDARIEDADE ESTÁ 
RELACIONADA AO SUJEITO, ASSIM 
PERSISTE MESMO DIANTE DE PERDAS E 
DANOS. 
● PERDÃO E A OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL: 
REMISSÃO. A COTA PARTE DEVE SER 
ABATIDA E COMPENSADA AO DEVEDOR. 
 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais 
de um credor em obrigação divisível, esta 
presume-se dividida em tantas obrigações, 
iguais e distintas, quantos os credores ou 
devedores. 
 
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a 
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato 
não suscetíveis de divisão, por sua natureza, 
por motivo de ordem econômica, ou dada a 
razão determinante do negócio jurídico. 
 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, 
a prestação não for divisível, cada um será 
obrigado pela dívida toda. 
 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, 
sub-roga-se no direito do credor em relação 
aos outros coobrigados. 
 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, 
poderá cada um destes exigir a dívida inteira; 
mas o devedor ou devedores se desobrigarão, 
pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos 
outros credores. 
 
Art. 261. Se um só dos credores receber a 
prestação por inteiro, a cada um dos outros 
assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a 
parte que lhe caiba no total. 
 
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a 
obrigação não ficará extinta para com os 
outros; mas estes só a poderão exigir, 
descontada a quota do credor remitente. 
 
Parágrafo único. O mesmo critério se 
observará no caso de transação, novação, 
compensação ou confusão. 
 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a 
obrigação que se resolver em perdas e danos. 
 
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, 
houver culpa de todos os devedores, 
responderão todos por partes iguais. 
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão 
exonerados os outros, respondendo só esse 
pelas perdas e danos. 
 
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS 
 
● MULTIPLICIDADE DE OBJETOS 
● UNIDADE OBJETIVA DA OBRIGAÇÃO 
(DÍVIDA TODA) 
● NÃO SE PRESUME. LEGALIDADE E 
CONVENCIONALIDADE. EXEMPLO: LEI 932 
C/C 942, CC. ART. 2º LEI 8245/91. ART. 585, 
CC. ART. 829, CC.SENDO CONVENCIONAL. 
VER O ART. 266,CC. VIDE ENUNCIADO 247 
IV CJF. 
● PREVENÇÃO JUDICIAL: ART. 268, CC. 
VIDE ART.219, CPC. 
● REFRAÇÃO DO CRÉDITO. ART. 270, CC. 
BENEFÍCIOS DO INVENTÁRIO. 
● REFRAÇÃO DO DÉBITO. ART. 276, CC. 
● DEVEDOR SOLIDÁRIO E EXCEÇÕES 
PESSOAIS E DEMAIS EXCEÇÕES. AS 
PESSOAIS SÃO INCOMUNICÁVEIS. 
EXEMPLO: SE SOMENTE UM DEVEDOR FOI 
COAGIDO A ASSINAR UM CONTRATO 
SOMENTE ELE PODERÁ ALEGAR ESSA 
DEFESA. 
● ART. 274 SUA POLÊMICA. SE UM DOS 
CREDORES PERDE EM JUÍZO? NÃO SERÁ 
EFICAZ COM RELAÇÃO AO OUTROS. SE O 
CREDOR GANHA? TAL JULGADO IRÁ 
BENEFICIAR OS OUTROS. 
● ENUNCIADOS 348, 349 E 359 IV CJF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma 
obrigação concorre mais de um credor, ou mais 
de um devedor, cada um com direito, ou 
obrigado, à dívida toda. 
 
Art. 265. A solidariedade não se presume; 
resulta da lei ou da vontade das partes. 
 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e 
simples para um dos co-credores ou co-
devedores, e condicional, ou a prazo, ou 
pagável em lugar diferente, para o outro. 
 
Da Solidariedade Ativa 
 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem 
direito a exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores 
solidários não demandarem o devedor comum, 
a qualquer daqueles poderá este pagar. 
 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores 
solidários extingue a dívida até o montante do 
que foi pago. 
 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer 
deixando herdeiros, cada um destes só terá 
direito a exigir e receber a quota do crédito que 
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível. 
 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em 
perdas e danos, subsiste, para todos os 
efeitos, a solidariedade. 
 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou 
recebido o pagamento responderá aos outros 
pela parte que lhes caiba. 
 
Art. 273. A um dos credores solidários não 
pode o devedor opor as exceções pessoais 
oponíveis aos outros. 
 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos 
credores solidários não atinge os demais; o 
julgamento favorável aproveita-lhes, a menos 
que se funde em exceção pessoal ao credor 
que o obteve. 
 
 
 
Da Solidariedade Passiva 
 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber 
de um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento 
tiver sido parcial, todos os demais devedores 
continuam obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da 
solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
 
Art. 276. Se um dos devedores solidários 
falecer deixando herdeiros, nenhum destes 
será obrigado a pagar senão a quota que 
corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível; mas todos 
reunidos serão considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais devedores. 
 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos 
devedores e a remissão por ele obtida não 
aproveitam aos outros devedores, senão até à 
concorrência da quantia paga ou relevada. 
 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou 
obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá 
agravar a posição dos outros sem 
consentimento destes. 
 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por 
culpa de um dos devedores solidários, subsiste 
para todos o encargo de pagar o equivalente; 
mas pelas perdas e danos só responde o 
culpado. 
 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos 
juros da mora, ainda que a ação tenha sido 
proposta somente contra um; mas o culpado 
responde aos outros pela obrigação acrescida. 
 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao 
credor as exceções que lhe forem pessoais e 
as comuns a todos; não lhe aproveitando as 
exceções pessoais a outro co-devedor. 
 
Art. 282. O credor pode renunciar à 
solidariedade em favor de um, de alguns ou de 
todos os devedores. 
 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da 
solidariedade um ou mais devedores, subsistirá 
a dos demais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por 
inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se 
igualmente por todos a do insolvente, se o 
houver, presumindo-se iguais, no débito, as 
partes de todos os co-devedores. 
 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-
devedores, contribuirão também os exonerados 
da solidariedade pelo credor, pela parte que na 
obrigação incumbia ao insolvente.Art. 285. Se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele 
que pagar. 
 
OBRIGAÇÕES DE MEIO E RESULTADO 
 
● As de meio são aquelas em que o devedor 
obriga-se apenas executar a atividade com a 
maior probidade e diligência possível. Exemplo: 
Advogado ele não garante o ganho da causa. 
OBS: Art. 14 par. 4º CDC e art.951, CC. 
 
● As de resultado são aquelas em que o 
devedor assume o risco, ou seja, se 
compromete, independente dos meios 
utilizados. OBS: Art. 737, CC. Vejamos o STJ: 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO 
ESPECIAL. TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. 
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA 
CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. 
TRATAMENTO ORTODÔNTICO. EM REGRA, 
OBRIGAÇÃO CONTRATUAL DE 
RESULTADO. REEXAME DE PROVAS. 
INADMISSIBILIDADE. 1. As obrigações 
contratuais dos profissionais liberais, no mais 
das vezes, são consideradas como "de meio", 
sendo suficiente que o profissional atue com a 
diligência e técnica necessárias, buscando a 
obtenção do resultado esperado. 
Contudo, há hipóteses em que o compromisso 
é com o "resultado", tornando-se necessário o 
alcance do objetivo almejado para que se 
possa considerar cumprido o contrato. 2. Nos 
procedimentos odontológicos, mormente os 
ortodônticos, os profissionais da saúde 
especializados nessa ciência, em regra, 
comprometem-se pelo resultado, visto que os 
objetivos relativos aos tratamentos, de cunho 
estético e funcional, podem ser atingidos com 
previsibilidade. 
3. O acórdão recorrido registra que, além de o 
tratamento não ter obtido os resultados 
esperados, "foi equivocado e causou danos à 
autora, tanto é que os dentes extraídos terão 
que ser recolocados". Com efeito, em sendo 
obrigação "de resultado", tendo a autora 
demonstrado não ter sido atingida a meta 
avençada, há presunção de culpa do 
profissional, com a consequente inversão do 
ônus da prova, cabendo ao réu demonstrar que 
não agiu com negligência, imprudência ou 
imperícia, ou mesmo que o insucesso se deu 
em decorrência de culpa exclusiva da autora. 
4. A par disso, as instâncias ordinárias 
salientam também que, mesmo que se tratasse 
de obrigação "de meio", o réu teria "faltado com 
o dever de cuidado e de emprego da técnica 
adequada", impondo igualmente a sua 
responsabilidade. 5. Recurso especial não 
provido. (REsp 1238746/MS, Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado 
em 18/10/2011, DJe 04/11/2011) 
 
TEMA DE PROVA: PODE HAVER 
EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE NAS 
OBRIGAÇÕES DE RESULTADO? 
 
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL 
DO MÉDICO. CIRURGIA PLÁSTICA. 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. 
SUPERVENIÊNCIA DE PROCESSO 
ALÉRGICO. CASO FORTUITO. 
ROMPIMENTO DO NEXO DE 
CAUSALIDADE. 
 
1. O requisito do prequestionamento é 
indispensável, por isso inviável a apreciação, 
em sede de recurso especial, de matéria sobre 
a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, 
incidindo, por analogia, o óbice das Súmulas 
282 e 356 do STF. 
 
2. Em procedimento cirúrgico para fins 
estéticos, conquanto a obrigação seja de 
resultado, não se vislumbra responsabilidade 
objetiva pelo insucesso da cirurgia, mas mera 
presunção de culpa médica, o que importa a 
inversão do ônus da prova, cabendo ao 
profissional elidi-la de modo a exonerar-se da 
responsabilidade contratual pelos danos 
 
 
 
 
 
 
 
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causados ao paciente, em razão do ato 
cirúrgico. 
 
3. No caso, o Tribunal a quo concluiu que não 
houve advertência a paciente quanto aos riscos 
da cirurgia, e também que o médico não 
provou a ocorrência de caso fortuito, tudo a 
ensejar a aplicação da súmula 7/STJ, porque 
inviável a análise dos fatos e provas 
produzidas no âmbito do recurso especial. 4. 
Recurso especial não conhecido. (REsp 
985888/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE 
SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 
16/02/2012, DJe 13/03/2012) 
 
ADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
● SOLUTIO 
● ATO JURÍDICO LÍCITO/FATO JURÍDICO. 
● PLANO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO 
JURÍDICO 
● ENUNCIADO 425 V CJF 
● SOLVENS- QUEM DEVE PAGAR 
● ACCIPIENS- A QUEM SE DEVE PAGAR 
● VÍNCULO OBRIGACIONAL 
● PAGAMENTO DIRETO 
● PAGAMENTO INDIRETO OU ESPECIAL 
● EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO SEM O 
PAGAMENTO 
● PRINCÍPIO DA PONTUALIDADE 
● PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA NORMAL 
 
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- 
SOLVENS 
 
1. DEVEDOR 
2. REPRESENTANTE DO DEVEDOR 
3. TERCEIRO INTERESSADO (JURÍDICO-
MAJORITÁRIO E MORAL- MINORITÁRIO) E 
NÃO INTERESSADO (EM NOME PRÓPRIO 
(art.305) E EM NOME DO DEVEDOR 
(art.304)). OBS: RECIBO DE QUITAÇÃO. 
4. SUB-ROGAÇÃO LEGAL- ART. 349,CC. 
5. IMPOSSIBILIDADE NOS CASOS DE 
OBRIGAÇÕES INTUITU PERSONAE- 
ART.247,CC. 
6. Vamos lá! Aqui chamo sua atenção para 
possível questão de prova. O 3º interessado 
que paga o débito em nome próprio tem direito 
de regresso (ex. Fiança Criminal). O 3º 
interessado que paga em nome do devedor, 
sem oposição deste, não terá o reembolso. 
Obrigação natural? 
7. Art.306,CC Boa pergunta! 
8. ART.307,CC ALIENAÇÃO A NON DOMINO 
 
TEMAS MAIS COMUNS EM PROVAS- 
ACCIPIENS 
 
1. CREDOR 
2. REPRESENTANTE DO CREDOR 
3. TERCEIRO 
4. ENUNCIADO 424 CJF 
5. QUEM PAGA MAL PAGA DUAS VEZES? 
ARTS 308/309, CC. 
6. CREDOR PUTATIVO- TEORIA DA 
APARÊNCIA? PRINCÍPIO DA CONFIANÇA? 
 
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
OBRIGAÇÃO DE FAZER. PEDIDO DE 
OUTORGA DE ESCRITURA DEFINITIVA DE 
COMPRA E VENDA. DEFERIMENTO DE 
OUTORGA DE ESCRITURA DE CESSÃO DE 
DIREITOS HEREDITÁRIOS. JULGAMENTO 
EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. BEM 
TRANSACIONADO OBJETO DE 
INVENTÁRIO. PAGAMENTO AO CREDOR 
PUTATIVO. EFICÁCIA. SUCUMBÊNCIA 
RECÍPROCA. FALTA DE 
PREQUESTIONAMENTO. 
 
1.- Não há vício na sentença que determina a 
outorga de cessão de direitos hereditários e 
não a de escritura definitiva de compra e 
venda, conforme pedido na inicial se, sendo 
válido o negócio realizado pelas partes, até o 
proferimento da decisão não houver se 
encerrado o inventário, por ser a cessão um 
minus em relação ao pedido da autora. 
 
2.- Considera-se eficaz o pagamento realizado 
àquele que se apresenta com aparência 
consistente de ser mandatário do credor se as 
circunstância do caso assim indicarem. A 
atuação da corretora e do recorrente indicaram 
à recorrida, compradora do bem, que aquela 
tinha legitimidade para as tratativas e 
fechamento do negócio de compra e venda. 
 
3.- O prequestionamento, entendido como a 
necessidade de o tema objeto do recurso haver 
sido examinado pela decisão atacada, constitui 
exigência inafastável da própria previsão 
constitucional, ao tratar do recurso especial, 
impondo-se como um dos principais requisitos 
ao seu conhecimento. Não examinada a 
 
 
 
 
 
 
 
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matéria objeto do especial pela instância a quo, 
incidem os enunciados 282 e 356 da Súmula 
do Supremo Tribunal Federal. 
 
4.- Recurso Especial improvido. (REsp 
823.724/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, 
DJe 07/06/2010) 
7. CREDOR INCAPAZ? ART.310,CC. 
ATENÇÃO! ARTS 166, 171, 172, 180, AMBOS 
DO CC/02. ATENÇÃO! VENIRE CONTRA 
FACTUM PROPRIUM. 
8. ART.312, CC- PENHORA PRÉVIA E 
OPOSIÇÃO. 
 
TÍTULO III
Do Adimplemento e Extinção das 
Obrigações 
CAPÍTULO I
Do Pagamento 
Seção I
De Quem Deve Pagar 
 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da 
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se 
opuser, dos meios conducentes à exoneração 
do devedor. 
 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro 
não interessado, se o fizer em nome e à conta 
do devedor, salvo oposição deste. 
 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga 
a dívida em seu próprio nome, tem direito a 
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-
roga nos direitosdo credor. 
 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a 
dívida, só terá direito ao reembolso no 
vencimento. 
 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o 
devedor tinha meios para ilidir a ação. 
 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que 
importar transmissão da propriedade, quando 
feito por quem possa alienar o objeto em que 
ele consistiu. 
 
Parágrafo único. Se se der em pagamento 
coisa fungível, não se poderá mais reclamar do 
credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, 
ainda que o solvente não tivesse o direito de 
aliená-la. 
 
Seção II
 
Daqueles a Quem se Deve Pagar 
 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor 
ou a quem de direito o represente, sob pena de 
só valer depois de por ele ratificado, ou tanto 
quanto reverter em seu proveito. 
 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao 
credor putativo é válido, ainda provado depois 
que não era credor. 
 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente 
feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor 
não provar que em benefício dele efetivamente 
reverteu. 
 
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o 
pagamento o portador da quitação, salvo se as 
circunstâncias contrariarem a presunção daí 
resultante. 
 
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar 
de intimado da penhora feita sobre o crédito, 
ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o 
pagamento não valerá contra estes, que 
poderão constranger o devedor a pagar de 
novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra 
o credor. 
 
ELEMENTOS DO PAGAMENTO 
 
DOS ELEMENTOS OBJETIVOS 
 
1. ART 313, CC- PRINCÍPIO DA EXATIDÃO 
 
2. ART.314,CC – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE 
FÍSICA DA PRESTAÇÃO 
 
3. ART.315,CC- PRINCÍPIO DO 
NOMINALISMO. Atenção o DL 857/69 e Lei 
8880/94 
 
4. ART. 316,CC- CLÁUSULA DE ESCALA 
MÓVEL OU ESCALONAMENTO DO PREÇO- 
PRINCÍPIO DO AUMENTO PROGRESSIVO. 
ATENÇÃO! É POSSÍVEL EM PROVAS SER 
ALEGADO O PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA 
MATERIAL. (ETICIDADE E FUNÇÃO SOCIAL 
DOS CONTRATOS). 
 
 
 
 
 
 
 
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5. ART. 317- TEORIA DA IMPREVIÃO. 
ATENÇÃO! ENUNCIADOS 17 I CJF E 176 III 
CJF.. NO CDC (ART. 6º V) NÃO SE ADOTA 
TAL TEORIA E SIM A DO ROMPIMENTO DA 
BASE OBJETIVA DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 
6. ART. 418- CLÁUSULA OURO 
 
7. ART. 319,CC- IMPORTÂNCIA DO RECIBO. 
DIREITO DE RETENÇÃO. EUNCIADO 18 I 
CJF. 
 
8. REQUISITOS DA QUITAÇÃO: VALOR DA 
QUANTIA A SER PAGA; IDENTIFICAÇÃO DA 
DÍVIDA; INDICAÇÃO DO SOLVENS; TEMPO 
E LOCAL DO PAGAMENTO; ASSINATURA 
DO ACCIPIENS. 
 
9. ART.320,CC- UMA FACULDADE. 
 
10. ART. 320, PAR ÚNICO- TEORIA DA 
RELATIVIZAÇÃO DO RECIBO. 
 
11. ART. 324, CC- PRAZO DECADENCIAL. 
AÇÃO DE ANULAÇÃO, ART 907, CPC. 
 
12. ART. 322, CC- MITIGAÇÃO PELA 
AUTONOMIA PRIVADA. VIDE RESP. 70.170-
SP. 
 
13. ART. 323, CC- PRINCÍPIO DA 
GRAVITAÇÃO JURÍDICA. 
 
LOCAL DO PAGAMENTO 
 
1. DOMICÍLIO DO DEVEDOR. ART. 327, CC- 
OBRIGAÇÃO QUERÁBLE/QUESÍVEL. 
 
2. DOMICÍLIO DO CREDOR- OBRIGAÇÃO 
PORTÁBLE/PORTÁVEL. 
 
3. ART. 328, CC- LOCAL DO IMÓVEL 
 
4. ART.329,CC- MITIGAÇÃO DA PACTA 
SUNT SERVANDA. 
 
5. ART. 330, CC- SUPRESSIO/SURRECTIO. 
FIGURAS PARCELARES DA BOA-FÉ 
OBJETIVA. COTIDIANO FORENSE- 
CLÁUSULA DA PERMISSÃO OU 
TOLERÂNCIA- CONDUTA CONTRÁRIA NÃO 
GERA RENÚNCIA TÁCITA? 
 
TEMPO DO PAGAMENTO 
 
1. ART. 331, CC- PRINCÍPIO DA 
IMEDIATIVIDADE. 
 
2. ART. 332, CC- OBRIGAÇÕES 
SUBMETIDAS À CONDIÇÃO 
 
3. ART. 33, CC- VENCIMENTO ANTECIPADO 
 
FORMAS ESPECIAIS OU INDIRETAS DE 
PAGAMENTO 
● CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS 
334/345,CC): INFUNDADA NEGATIVA DO 
CREDOR DE RECEBER O VALOR OU 
QUALQUER OUTRO FATO OBSTATIVO. 
AFASTAMENTO DA MORA E TRANSFERE 
OS RISCOS PARA O CREDOR (ART.400,CC). 
TRATA-SE DE UM INSTITUTO HÍBRIDO, 
POIS REFERE-SE AO DIREITO MATERIAL E 
PROCESSUAL. O OBJETO DA 
CONSINAÇÃO É A OBRIGAÇÃO DE DAR. 
 
DUAS SITUAÇÕES JURISPRUDENCIAIS 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO. RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO. DEPÓSITOS INSUFICIENTES. 
QUITAÇÃO PARCIAL DA OBRIGAÇÃO. 
ÔNUS SUCUMBENCIAIS. - Na ação de 
consignação em pagamento, a insuficiência do 
depósito não conduz à improcedência do 
pedido, mas sim à extinção parcial da 
obrigação, até o montante da importância 
consignada. 
 
- Na hipótese de procedência parcial dos 
pedidos, os ônus de sucumbência devem ser 
suportados por ambas as partes.- Agravo não 
provido. (AgRg nos EDcl no REsp 
1223520/MS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 09/10/2012, 
DJe 15/10/2012). 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO IMPROCEDENTE. VALOR 
DEPOSITADO INSUFICIENTE. PAGAMENTO 
DE DÍVIDA COMO TERCEIRO 
INTERESSADO. NECESSIDADE DE 
DEPÓSITO INTEGRAL COMPREENDENDO 
PRESTAÇÃO DEVIDA, JUROS, CORREÇÃO 
E EVENTUAIS DESPESAS. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. "A teor da jurisprudência desta Corte, aliás, 
fundamentada no caráter propter rem das 
quotas condominiais, uma vez transferido o 
imóvel, a ação de cobrança dos encargos a ele 
correspondentes pode ser proposta tanto 
contra o proprietário como contra o promissário 
comprador, pois o interesse prevalente é o da 
coletividade de receber os recurso para 
pagamento de despesas indispensáveis e 
inadiáveis, podendo o credor escolher, entre 
aqueles que tenham uma relação jurídica 
vinculada ao imóvel, ou seja, a 
responsabilidade pelas quotas deve ser aferida 
de acordo com as circunstâncias do caso 
concreto". (REsp n.771.610/SP, relator Ministro 
JORGE SCARTEZZINI, 4ª Turma, unânime, DJ 
13.3.2006) 2. "A consignação em pagamento 
visa exonerar o devedor de sua obrigação, 
mediante o depósito da quantia ou da coisa 
devida, e só poderá ter força de pagamento se 
concorrerem 'em relação às pessoas, ao 
objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem 
os quais não é válido o pagamento' (artigo 336 
do NCC)". 
 
(REsp 1194264 / PR, relator Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, 4ª Turma, unânime, DJe 
4.3.2011) 3. Agravo regimental a que se nega 
provimento. (AgRg no REsp 947.460/RS, Rel. 
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA 
TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 
10/04/2012) 
 
IMPORTANTE! O ROL DO ART. 335, CC É 
EXEMPLIFICATIVO. 
 
MODALIDADES: CONSIGNAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL OU BANCÁRIA- LINHA DA 
DESJUDICIALIZAÇÃO. SOMENTE PODE SER 
CONSIGNADO UM VALOR PECUNIÁRIO? 
VAMOS LER O ART. 890, PAR 1º DO CPC. 
EM PROVAS OBJETIVAS ADOTAR A 
LITERALIDADE, MAS ADMITE-SE DEPÓSITO 
DE JÓIAS E OUTROS BENS. 
 
O BANCO TEM QUE SER OFICIAL? 
ENTENDO QUE SIM, MAS SE NÃO TIVER 
UM BANCO OFICIAL NA LOCALIDADE NADA 
IMPEDE QUE OCORRA A DEVIDA 
CONSIGNAÇÃO EM OUTRA INSTITUIÇÃO. 
CONSIGNAÇÃO JUDICIAL- ART. 891, CPC. 
REQUISITOS OBRIGATÓRIOS- ART. 893, 
CPC. MATÉRIAS DE DEFESA- ART. 896, 
CPC. PRAZO- ART. 297, CPC. 
 
● IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO: 
REQUISITOS- IGUALDADE DE SUJEITOS, 
LIQUIDEZ E VENCIMENTO DE DÍVIDAS DA 
MESMA NATUREZA, PAGAMENTO NÃO 
INTEGRAL DAS DÍVIDAS. EM REGRA QUE 
IMPUTA É O DEVEDOR, MAS É POSSÍVEL A 
MESMA PELO CREDOR. OBS: IMPUTAÇÃO 
LEGAL- ART. 334/335, CC. REQUISITOS: A) 
PRIORIDADE PARA OS JUROS VENCIDOS 
EM DETRIMENTO DO CAPITAL; B) 
PRIORIDADE PARA AS DÍVIDAS LIQUIDAS E 
VENCIDAS ANTERIORMENTE, EM 
DETRIMENTO DAS MAIS RECENTES; 
 
C) PRIORIDADE ÀS DÍVIDAS MAIS 
ONEROSAS, EM DETRIMENTO DAS MENOS 
VULTUOSAS, SE VENCIDAS E LÍQUIDAS AO 
MESMO TEMPO. 
 
Tema de concurso! 
 
Se o devedor e o credor silenciarem com 
relação a imputação do pagamento e as 
dívidas possuírem o mesmo vencimento, 
natureza, onerosidade e valor? Existe 
posicionamento doutrinário baseado no 
revogado Código Comercial no seu art. 433, o 
qual determinava a quitação de todasas 
dívidas de forma parcial. 
 
● PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (ARTS 
346/351,CC): SUBSTITUIR. SUJEITOS: SUB-
ROGAÇÃO PESSOAL. EXEMPLO: FIADOR 
QUE PAGA A DÍVIDA. EFEITOS: 1º 
LIBERATÓRIO (EM RELAÇÃO AO ANTIGO 
CREDOR); 2º TRANSLATIVO (EM RELAÇÃO 
AO NOVO CREDOR). ATENÇÃO! ESTAMOS 
DIANTE DE UMA SITUAÇÃO EM QUE NÃO É 
GERADO O EFEITO LIBERATÓRIO PARA O 
DEVEDOR. SUB-ROGAÇÃO REAL (ATINGE 
O OBJETO). 
 
A SUB-ROGAÇÃO LEGAL (ART.346,CC): 
ACONTECE QUANDO TERCEIROS 
INTERESSADOS PAGAM A DÍVIDA (ATO 
UNILATERAL). A SUB-ROGAÇÃO 
CONVENCIONAL (ART.347, CC): OCORRE 
QUANDO O TERCEIRO NÃO INTERESSADO 
PAGA A DÍVIDA (ATO BILATERAL). 
 
 
 
 
 
 
 
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# DA CESSÃO DE CRÉDITO, ESSA OCORRE 
ANTES DO PAGAMENTO DA DÍVIDA, JÁ NO 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO, A 
TRANSFERÊNCIA SE DÁ APÓS A 
LIBERAÇÃO DA DÍVIDA (EXTINÇÃO) 
 
● DAÇÃO EM PAGAMENTO (ARTS 356/359, 
CC): NESTA O CREDOR ADMITE RECEBER 
PRESTAÇÃO DIVERSA DA QUE FORA 
PACTUADA. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA 
EXATIDÃO (ART. 313, CC). EXEMPLO: UMA 
PESSOA DEVE DINHEIRO E PAGA COM A 
EXECUÇÃO DE UM SERVIÇO. REQUISITOS: 
EXISTÊNCIA DE DÍVIDA VENCIDA, 
CONSENTIEMENTO DO CREDOR, 
ENTREGA DE COISA DIVERSA, ANIMUS 
SOLVENDI. 
 
TEMA DE PROVA! DAÇÃO EM PAGAMENTO 
E A EVICÇÃO. 
 
● NOVAÇÃO (ARTS 360/367, CC): TRATA-SE 
ATRAVÉS DA VONTADE DA 
EXTINÇÃO/CRIAÇÃO DE UMA NOVA 
OBRIGAÇÃO. IMPOSSÍVEL OCORRER 
NOVAÇÃO LEGAL. O ATO DE NOVAÇÃO 
ACARRETA A EXTINÇÃO DA DÍVIDA 
PRIMITIVA COM TODOS OS SEUS 
ACESSÓRIOS E GARANTIAS, MAS ISSO 
PODE SER EXCEPCIONADO PELA 
VONTADE. 
 
NO NOVO VÍNCULO OCORRE UMA 
MUDANÇA DAS PESSOAS E/OU ATERA-SE 
O OBJETO. 
 
TEMA DE PROVA! OBRIGAÇÕES NATURAIS 
PODEM SER OBJETO DE NOVAÇÃO? 
 
ESPÉCIES: 
 
1. NOVAÇÃO OBJETIVA OU REAL: ART. 360, 
I, CC. EXEMPLO: OBRIGAÇÃO DE DAR 
PARA A OBRIGAÇÃO DE FAZER. 
 
2. NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA: ART. 
360, II, CC. SAI O ANTIGO DEVEDOR E 
ENTRA O NOVO DEVEDOR. PODE SER POR 
EXPROMISSÃO OU POR DELEGAÇÃO. 
EXPROMISSÃO- INDEPENDE DA VONTADE 
DO DEVEDOR. 
 
DELEGAÇÃO- EXISTE A PARTICIPAÇÃO DO 
DEVEDOR. 
 
3. NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA: AQUI 
COMO É EXTINTO O VÍNCULO PRIMITIVO, O 
DEVEDOR FICA QUITE COM O CREDOR 
PRIMITIVO PASSANDO A DEVER A OUTRO 
CREDOR. EXEMPLO: A É CREDOR DE B E 
DEVEDOR DE C. FAZ-SE A NOVAÇÃO NA 
QUAL C PASSA A SER CREDOR DE B. 
 
4. NOVAÇÃO MISTA. MISTURA DOS 
INSTITUTOS. 
 
● COMPENSAÇÃO (ARTS 368/380, CC): 
AQUI OS TITULARES SÃO CREDORES E 
DEVEDORES RECIPROCAMENTE. PODE 
SER ELA TOTAL OU MESMO PARCIAL. 
QUESTÃO! SE A É DEVEDOR DE B (SEU 
TIO) NO VALOR DE 15 MIL REAIS E B VEM A 
FALECER. SE A FOR O SEU ÚNICO 
HERDEIRO ESTAREMOS DIANTE DE 
COMPENSAÇÃO? CONFUSÃO. 
 
ESPÉCIES: A) LEGAL; B) CONVENCIONAL; 
C) JUDICIAL 
 
REQUISITOS DA LEGAL E A 
CONVENCIONAL: A) RECIPROCIDADE DAS 
OBRIGAÇÕES; B) LIQUIDEZ DAS DÍVIDAS; 
C) EXIGIBILIDADE ATUAL DAS 
PRESTAÇÕES; D) FUNGIBILIDADE OU 
HOMOGENEIDADE DOS DÉBITOS. 
 
● CONFUSÃO: VEJAMOS O ART. 381, CC. 
EXTINÇÃO SEM O PAGAMENTO. PODE A 
MESMA ACARRETRA A EXTINÇÃO TOTAL 
OU PARCIAL DA DÍVIDA (ART. 382, CC). 
PODE SE DAR POR MORTIS CAUSA OU 
POR ATO INTER VIVOS. JÁ VIMOS UM 
EXEMPLO DE MORTIS CAUSA. COMO 
EXEMPLO DE ATO INTER VIVOS CITO UMA 
PESSOA EMITE UM CHEQUE E EM RAZÃO 
DA SUA CIRCULAÇÃO SE TORNA CREDOR 
DE SI MESMO. 
 
● REMISSÃO: PERDÃO DA DÍVIDA. 
VEJAMOS O ART.385, CC. SOMENTE 
ACARRETA EFEITOS ENTRE AS PARTES. 
SÃO SEUS REQUISITOS: A) O INEQUÍVOCO 
ÂNIMO DE PERDOAR; B) A ACEITAÇÃO DO 
PERDÃO PELO DEVEDOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Transmissão das Obrigações 
 
● Cessão de Crédito 
 
Partes: Cedente, Cessionário e Cedido. 
 
Necessidade de consentimento do devedor? 
 
Necessidade de notificação do devedor? 
 
# Novação Subjetiva Ativa 
 
A cessão pode ser: a) parcial ou pro solvendo, 
quando a obrigação não se extingue 
imediatamente; b) total ou pro soluto, quando 
se dá extinção imediata da obrigação primitiva; 
c) gratuita, quando não possui contraprestação; 
d) onerosa, quando ocorre contraprestação; e) 
convencional, quando decorre de livre 
declaração de vontade; 
f) legal, quando resulta da lei, como na cessão 
dos acessórios de uma obrigação (cláusula 
penal, juros, garantias); g) judicial, quando 
prolatada por sentença, como no caso de 
adjudicação do herdeiro único. 
 
Princípio da Gravitação Jurídica- art. 287, CC. 
 
Pode se dar por instrumento público ou 
particular 
● Cessão de Débito 
 
Diz-se do negócio jurídico bilateral pelo qual 
um terceiro, estranho à relação obrigacional, 
assume a posição de devedor (com 
consentimento expresso do credor), 
responsabilizando-se pela dívida, sem extinção 
da obrigação, que subsiste com os seus 
acessórios. 
Ver Enunciado 16 I CJF 
 
Importante! 
 
Art. 300. Salvo expressa concordância dos 
terceiros, as garantias por eles prestadas se 
extinguem com a assunção de dívida; já as 
garantias prestadas pelo devedor primitivo 
somente são mantidas no caso em que este 
concorde com a assunção. 
 
Art. 300. (Fica mantido o teor do Enunciado n. 
352) A expressão “garantias especiais” 
constante do art. 300 do CC/2002 refere-se a 
todas as garantias, quaisquer delas, reais ou 
fidejussórias, que tenham sido prestadas 
voluntária e originariamente pelo devedor 
primitivo ou por terceiro, vale dizer, aquelas 
que dependeram da vontade do garantidor, 
devedor ou terceiro para se constituírem. 
(ENUNCIADO 422 DA V CJF) 
 
Art. 301 e o Enunciado da V Jornada 
 
423 – Art. 301. O art. 301 do CC deve ser 
interpretado de forma a também abranger os 
negócios jurídicos nulos e a significar a 
continuidade da relação obrigacional originária 
em vez de “restauração”, porque, envolvendo 
hipótese de transmissão, aquela relação nunca 
deixou de existir. 
 
Art. 303 e o Enunciado 424 V CJF 
 
Difere da novação subjetiva passiva, uma vez 
que a relação obrigacional é a mesma. 
 
Formas de assunção: 
 
a) por delegação: vislumbra-se uma relação 
triangular: o devedor cedente (delegante); o 
terceiro cessionário (delegado); e o credor 
(delegatário). Essa ainda poderá ser primitiva, 
quando o devedor originário (delegante) não 
assume qualquer responsabilidade, e 
cumulativa, quando o mesmo assume a 
responsabilidade pelo débito em caso de 
inadimplemento do novo devedor. 
 
b) por expromissão: nesse caso, o delegado 
assume a obrigação independentemente do 
consentimento do devedor primitivo. Pode esta 
modalidade ser: a) liberatória, isto é, aquela 
que desvincula o devedor originário; b) 
cumulativa, ou seja, o devedor originário 
permanece na relação jurídica junto ao que 
vem integrar a mesma. (retirado do livro Direito 
Civil Sistematizado) 
 
● Da cessão de contrato 
 
Tal cessão em bloco não foi abraçada pelo 
Código Civil, sendo instituto adotado pela 
doutrina. Aqui o que ocorre é a transferência da 
própria posição contratual como um todo a uma 
terceira pessoa (todos os direitos e deveres). 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
Cito como exemplo o mútuo quando transferido 
por endosso documentado em título de crédito. 
Seus requisitos constituem a celebração entre 
o cedente e o cessionário, a cessão global 
(crédito e débito) e a anuência expressa do 
cedido. 
 
Exemplificando: 
 
• contratos de empreitada; 
• contratos de mandato; 
• contratos de locação 
 
● Inadimplemento das obrigações 
 
Trata-se do descumprimento da obrigação, 
podendo ser culposo ou fortuito. Menciona 
assim a Lei: 
 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde 
o devedor por perdas e danos, mais juros e 
atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidose honorários de 
advogado. 
 
Válido mencionar a V Jornada de Direito 
Civil: 
 
426 – Art. 389. Os honorários advocatícios 
previstos no art. 389 do Código Civil não se 
confundem com as verbas de sucumbência, 
que, por força do art. 23 da Lei n. 8.906/1994, 
pertencem ao advogado. 
 
Inadimplemento absoluto – a frustração do 
interesse do credor é total, ou seja, é quando o 
credor nada recebe; o bem da vida devido, por 
ele perseguido, não lhe é entregue; a 
prestação se perdeu inteiramente, e nem 
adianta sonhar com ela. É também conhecido 
como inadimplemento definitivo e constitui o 
pior acontecimento para o credor.167 
 
Relativo/Mora – é uma forma de 
inadimplemento, ou seja, a prestação é 
entregue ao credor, mas com atraso; não 
constitui forma de inadimplemento tão grave 
para o credor, pois ele recebe, apesar do 
atraso.168 
 
Pagamento incompleto ou defeituoso – quando 
a prestação é entregue ao credor no prazo 
avençado, estando essa defeituosa. 
Violação positiva do contrato169– ocorre em 
razão da violação dos deveres satelitários.170 
Veja-se, a respeito, o Enunciado n. 24 da I 
Jornada de Direito Civil: 
 
Art. 422. Em virtude do princípio da boa-fé, 
positivado no art. 422 do novo Código Civil, a 
violação dos deveres anexos constitui espécie 
de inadimplemento, independentemente de 
culpa. 
 
Importante! 
 
O inadimplemento total não é necessariamente 
absoluto e o inadimplemento parcial não é 
necessariamente relativo. Assim, se José 
obtém empréstimo de Maria no valor de R$ 
5.000,00, comprometendo-se a pagar todo o 
montante no dia 10 do mês seguinte e não 
paga um centavo sequer na data acordada, 
haverá inadimplemento total (eis que a 
prestação assumida foi integralmente 
descumprida) e relativo (tendo em vista que a 
prestação é ainda suscetível de cumprimento e 
útil para a mutuante Maria. 
 
Cláusula Penal 
 
A cláusula penal (penalidade civil) é uma 
estimativa (prefixar) das perdas e danos 
decorrentes do inadimplemento do contrato. 
Conforme o Código Civil, a cláusula penal 
aplica-se tanto ao inadimplemento absoluto 
quanto à mora ou inadimplemento relativo. São 
suas funções: a) coercitiva; b) ressarcitória. 
 
Cláusula Penal Compensatória 
 
Cláusula Penal Moratória 
 
Limite da Cláusula Penal 
 
Redução da Penalidade 
 
Atenção! 
 
Art. 413. Não podem as partes renunciar à 
possibilidade de redução da cláusula penal se 
ocorrer qualquer das hipóteses previstas no art. 
413 do Código Civil, por se tratar de preceito 
de ordem pública (Enunciado n. 355). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
Art. 413. Nas hipóteses previstas no art. 413 do 
Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula 
penal de ofício (Enunciado n. 356). 
 
Art. 413. O caráter manifestamente excessivo 
do valor da cláusula penal não se confunde 
com a alteração de circunstâncias, a excessiva 
onerosidade e a frustração do fim do negócio 
jurídico, que podem incidir autonomamente e 
possibilitar sua revisão para mais ou para 
menos (Enunciado n. 358). 
 
Art. 413. A redação do art. 413 do Código Civil 
não impõe que a redução da penalidade seja 
proporcionalmente idêntica ao percentual 
adimplido (Enunciado n. 359). 
 
Art. 413. As multas previstas nos acordos e 
convenções coletivas de trabalho, cominadas 
para impedir o descumprimento das 
disposições normativas constantes desses 
instrumentos, em razão da negociação coletiva 
dos sindicatos e empresas, têm natureza de 
cláusula penal e, portanto, podem ser 
reduzidas pelo Juiz do Trabalho quando 
cumprida parcialmente a cláusula ajustada ou 
quando se tornarem excessivas para o fim 
proposto, nos termos do art. 413 do Código 
Civil. (Enunciado n. 429) 
 
Dispõe o art. 416 que, para exigir a pena 
convencional, não é necessário que o credor 
alegue prejuízo. Ainda que o prejuízo exceda 
ao previsto na cláusula penal, não pode o 
credor exigir indenização suplementar se assim 
não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena 
vale como mínimo da indenização, competindo 
ao credor provar o prejuízo excedente. 
Finalizando válida é a citação da V Jornada de 
Direito Civil: 
 
430 – Art. 416, parágrafo único. No contrato de 
adesão, o prejuízo comprovado do aderente 
que exceder ao previsto na cláusula penal 
compensatória poderá ser exigido pelo credor 
independentemente de convenção. 
 
 
 
 
 
 
 
● Arras 
 
Confirmatórias 
 
Penitenciais 
 
Regra geral

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