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Filosofia da Ciência
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Revisão 2
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O que é epistemologia?
Epistemologia: episteme - ciência; logos - teoria: 
Disciplina que tem as ciências como objeto de investigação, tentando reagrupar a crítica do conhecimento científico, a filosofia das ciências e a história das ciências.
Descartes (1596-1650): separação entre filosofia e ciência. 
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Raciocínio dedutivo
Parte de uma ou mais afirmações/premissas para alcançar determinada conclusão lógica:
caso todas as premissas sejam verdadeiras com termos claros;
caso as regras da lógica dedutiva sejam seguidas corretamente, a conclusão será verdadeira.
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Raciocínio indutivo
Após levar em conta uma quantidade suficiente de casos particulares, conclui-se uma verdade geral:
a indução, ao contrário da dedução, baseia-se em observações concretas;
utilizado nas ciências naturais por meio da estatística/ probabilidade.
Exemplo: 
pesquisas eleitorais (margem de erro);
pesquisas médicas;
pesquisas farmacológicas.
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Karl Popper: Crítica à indução
Indução: raciocínio que parte de premissas particulares para chegar a uma conclusão universal (comum). 
Não é suficiente que um raciocínio inicie com premissas particulares e termine com uma conclusão universal para que seja indutivo.
É necessário que a verdade apresentada nas premissas sirva como evidência para a verdade da conclusão.
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Karl Popper: Crítica à indução
Popper: a primazia das repetições é falsa, a repetição dos resultados suscita a crença na conclusão: 
as repetições induzem a expectativas e crenças e não a resultados plausíveis. 
Exemplo: Newton não precisou observar reiteradas vezes que os corpos se atraem com uma força inversamente proporcional ao quadrado da distância para:
enunciar a lei da gravitação universal. 
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Karl Popper: Princípio da falseabilidade
Falseabilidade - delimitação entre o que é científico e o que é metafísico, poético ou mítico.
Popper defende a falseabilidade como critério para avaliação das teorias científicas:
garante a ideia de progresso científico; 
a mesma ciência vai sendo aprimorada por fatos novos que a falsificam.
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substitui o conceito de verificabilidade
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Karl Popper: Princípio da falseabilidade
A busca pelo conhecimento não deve ocorrer a partir da observação de fatos e inferência de enunciados. 
Princípio da falseabilidade: o método científico processa-se na tentativa de provar a falsidade e, não a verdade, das hipóteses de que parte:
verificar até que ponto resistem a hipóteses contrárias. 
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Thomas Kuhn
Concepção de ciência tradicional não se ajustava ao modo pelo qual a ciência real “nasce” e se “desenvolve” ao longo do tempo. 
Foi convidado a passar um ano entre cientistas sociais, no Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences: 
analisou o número de desacordos expressos entre os cientistas sociais no que se refere à natureza dos métodos e dos problemas científicos;
analisou as controvérsias sobre o fundamento de diferentes ciências. 
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Fonte: TOLBERT, P; ZUCKER, L. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1997.
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Michel Foucault e o Conceito de Episteme
Episteme: rede de significados que influencia e caracteriza determinada época nos diversos domínios da sociedade.
Foucault empreendeu significativa análise epistemológica do surgimento das ciências humanas e de seu papel na cultura ocidental.
 Crítica à noção tradicional de sujeito.
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Episteme clássica
Caracterizada pela representação: seres e coisas organizados e classificados de acordo com as semelhanças e diferenças. 
Episteme sécs. XVII e XVIII - classificação e ordenação das representações:
representar significa comparar as estruturas visíveis das coisas da natureza;
relacioná-las por meio de princípio ordenador.
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Episteme moderna
Sécs. XIX e XX:
positividade distinta da clássica cuja ordem não se configura como uma consciência epistemológica do homem como fundamento e objeto. 
Episteme moderna: marcada pela dupla experiência do homem como SUJEITO e OBJETO do saber.
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Origens do Estruturalismo
Nasce com a publicação do livro “Curso de linguística geral” de F. Saussure (1916).
Consolidação do movimento - Antropologia / Claude Lévi-Strauss, com a publicação das obras “As estruturas elementares do parentesco” (1952) e “Antropologia estrutural” (1958).
Psicanálise - trabalhos de J. Lacan. 
Teoria Literária - trabalhos de R. Barthes.
Filosofia - publicação de “As palavras e as coisas” (1966), escrito por M. Foucault.
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Origens do Estruturalismo
Nasce com a publicação do livro “Curso de linguística geral” de F. Saussure (1916).
Consolidação do movimento - Antropologia / Claude Lévi-Strauss, com a publicação das obras “As estruturas elementares do parentesco” (1952) e “Antropologia estrutural” (1958).
Psicanálise - trabalhos de J. Lacan. 
Teoria Literária - trabalhos de R. Barthes.
Filosofia - publicação de “As palavras e as coisas” (1966), escrito por M. Foucault.
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Bourdieu critica insuficiências das abordagens que se restringem à experiência imediata do ator individual:
representações, preferências, escolhas e ações individuais.
Defende o caráter socialmente condicionado dos comportamentos individuais, das preferências, das aptidões, da postura corporal. 
 (NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002)
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Subjetivismo
Objetivismo
Dilema sociológico de Bourdieu
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Dilema sociológico de Bourdieu
Analisou a relação entre as dimensões subjetivas e objetivas da vida social com base na articulação entre dois conceitos específicos
(PETERS, 2013): 
Campo: “jogo” / disputa dos atores sociais.
Habitus: “guia interiorizado” para ação.
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Habitus
Origem do conceito - referências à Filosofia (Aristóteles) e à Sociologia (Durkheim):
aplicado nos estudos do pesquisador em diferentes campos empíricos (DUBAR, 2005). 
Habitus - articulação entre estrutura e prática:
fruto das condições sociais de existência;
opera como estrutura incorporada, dotada de práticas, disposições e esquemas de percepção que dão sentido ao mundo e às ações do agente social. 
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“O habitus encerra a solução dos paradoxos do sentido objetivo sem intenção subjetiva, [...] pois propõe explicitamente a questão de sua própria gênese coletiva e individual [...]”. 
 (BOURDIEU, 1998a, p. 84, grifo do autor)
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Habitus
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Indivíduo - Subjetividade
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Sociedade - Objetividade
HABITUS
Posturas corporais
Representações
Classificação, julgamentos de valor
Exemplo: julgamentos estéticos 
 (gosto musical)
Fonte: Adaptado de Montagner (2006).
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Habermas e a Ação comunicativa
Surge como uma interação de, no mínimo dois sujeitos, capazes de falar e agir, que estabelecem relações interpessoais.
Com o objetivo de alcançar uma compreensão sobre a situação em que ocorre a interação e sobre os respectivos planos de ação com vistas a coordenar suas ações pela via do entendimento.
 (PINTO, 1995) 
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Sujeitos se remetem a pretensões de validade criticáveis quanto à sua veracidade, correção normativa e autenticidade, cada uma destas pretensões referindo-se respectivamente:
a um mundo objetivo dos fatos;
a um mundo social das normas;
a um mundo das experiências subjetivas.
(PINTO, 1995)
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Habermas e a Ação comunicativa
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Habermas e a Ação comunicativa
Sob o aspecto do entendimento mútuo, a ação comunicativa serve para transmitir e renovar o saber cultural.
Sob
o aspecto de coordenar a ação, ela propicia a integração social.
Sob o aspecto da 
socialização, ela serve à 
formação da personalidade 
individual.
(PINTO, 1995)
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Patologias da Modernidade: invasão da racionalidade econômica e burocrática em esferas às quais estas formas de racionalidade não são adequadas, o que leva à perda de liberdade e sentido.
Para Habermas, o agir comunicativo deve abrir oportunidades para um entendimento em sentido abrangente e não restritivo.
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Habermas e a Ação comunicativa
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Referências
BOURDIEU, P. Futuro de classe e causalidade do provável. In: ______. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1998a. p. 81-126. 
BOURDIEU, P. O poder simbólico. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 2006. 
CHAUÍ, M. Para compreender a ciência. São Paulo: Ática, 2006.
DOSSE, F. História do estruturalismo. Bauru: Edusc, 2007. v. 1: O campo do signo. v. 2: O canto dos cisnes. 
JAPIASSU, H; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. 4. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
PINTO, J. M. R. A teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas: conceitos básicos e possibilidades de aplicação à administração escolar. Paidéia (Ribeirão Preto), n.8-9, p. 77-96, 1995.
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