Buscar

Carvalho Jogo de areia e terapia de casal 2000

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O JOGO DE AREIA EM TERAPIA CONJUGAL: UMA PROPOSTA DE 
INTERVENÇÃO 
 
Liliane A. P.P. De Carvalho 
PauloAfranio Sant’anna (O) 
 
RESUMO: Os autores enfocam a comunicação não-verbal na abordagem psicoanalítica de terapia conjugal, 
propondo o Jogo de Areia como instrumento de intervenção. Além de expor os fundamentos teóricos sobre o 
tema, também relata um estudo de caso para o qual elegeu-se um casal como sujeitos, que correspondiam a 
um perfil previamente determinado com as seguintes características: período de união entre um e sete anos; 
ausência de filhos; classe sócio-econômica média e escolaridade mínima correspondente ao ensino básico. 
Com o intuito de verificar se tal instrumento em terapia conjugal viabiliza uma interação não-verbal entre o 
casal e promove uma conscientização de aspectos desconhecidos da relação, solicitou-se aos sujeitos que 
construíssem juntos um cenário de areia, representando o seu casamento. Depois realizou-se uma entrevista 
breve e aplicou-se o genograma com a finalidade de obter dados pessoais e de suas famílias de origem e por 
ser este um instrumento utilizado com regularidade em terapia familiar. 
Os dados obtidos foram analisados qualitativamente e observou-se que o revelar simultâneo de certas imagens 
internas pode possibilitar ao casal uma percepção nova e diferente sobre o relacionamento. Pôde ser 
observado que elementos significativos para o casal foram simbolizados no cenário, sendo estes depois 
averiguados. 
Mesmo necessitando de aprofundamento, este estudo considera que o Jogo de Areia pode contribuir para a 
terapia conjugal, pois promove novas percepções sobre a dinâmica do casal. Os dados levantados não são 
conclusivos mas sugerem que este pode ser um instrumento valioso em psicodiagnóstico e como um recurso 
terapêutico em si, do mesmo modo que o Scenotest é empregado atualmente. 
Pavras-chave: jogo de areia, terapia de casal, comunicação não verbal. 
 
SANDPLAY IN COUPLE PSYCHOTHERAPY: A PROPOSAL OF INTERVENTION 
ABSTRACT: The authors focus on the non verbal communication in the psychoanalytical approach to 
couples therapy, proposing the sandplay as an instrument of intervention. 
Not only does it display theoretical basis for the theme but it also gives an account of a study case in which a 
couple were elected as subjects. This couple corresponded to the profile previously determined with the 
following characteristics: period of union between one and seven years, absence of children, social middle 
class and having minimum schooling corresponding to the primary education. 
In order to verify if that instrument in couples therapy is capable of creating a non verbal interaction between 
the spouses and promote some awareness of unknown aspects, the subjects were asked to build a scenery on 
the sand together representing their relationship. After a brief interview a genograma was applied to obtain 
personal facts and facts about their origin families. Besides this instrument which is commonly used in family 
therapy. 
The obtained facts were qualitatively analised and it was observed that when certain inner images were 
revealed the couple were able to have a new and different perception of the relationship. 
It can be observed that significative elements to the couple were symbolised in the scenery and later being 
investigated. 
Although some further studies are needed this study considers that the sandplay can contribute to couples 
therapy because it promotes new perceptions of couples dynamic. The facts arisen are not conclusive but they 
suggest that this can be a valuable instrument in psychodiagnosis and therapeutic resource, the same way the 
Scenotest is used nowadays. 
Keywords: sandplay, couple therapy, non verbal communication. 
 
 
 
O casamento, célula de origem da família, é uma instituição em crise. Atualmente, no 
Brasil, um em cada quatro matrimônios termina em divórcio. Podem ser enumeradas 
diversas razões para a ocorrência desse índice alarmante, contudo não deter-se-á sobre elas, 
e sim, sobre a necessidade premente de amplos estudos no campo da terapia de casal a fim 
de se compreender melhor o fenômeno da conjugalidade e buscar recursos profiláticos e 
terapêuticos adequados para seus conflitos e distúrbios. 
Assim, o objetivo deste artigo é investigar a viabilidade do uso do Jogo de Areia em terapia 
de casal como um recurso não-verbal com finalidades exploratórias e terapêuticas, a partir 
de uma abordagem junguiana da conjugalidade. Para tanto, realizou-se uma pesquisa 
teórica complementada por um estudo de caso. 
O matrimônio implica intimidade, em que um olhar ou um gesto assumem uma gama 
infinita de variações e expressam diversos significados. A comunicação tem um importante 
papel na dinâmica conjugal. O dito e o não–dito, circulam pela relação compondo o mito do 
casal. Um meio provável de avaliar o quão íntimo se é de alguém é mensurar o quanto se 
pode compreender do outro através do olhar e dos gestos, o quanto pode-se saber do não - 
dito. Embora o diálogo cumpra um importante papel na integração do casal, não abrange 
todos as aspectos da relação pois, como falar daquilo que eu mesmo desconheço em mim? 
A intimidade vivenciada pelo casal pode ser comparada àquela vivida entre mãe e bebê, 
contudo apresenta um traço diferencial: a escolha. O casamento, segundo Whitaker (1995), 
é definido a partir da eleição mútua que institui uma relação de compromisso, implicando 
em continuidade temporal e projeto vital compartilhado. Dessa forma, constitui um modelo 
adulto de intimidade, uma vez que pressupõe firmar um pacto afetivo espontâneo e de 
contínua ratificação. 
A escolha mútua entre os parceiros constitui o vínculo conjugal, selado por um contrato 
secreto, um acordo nunca dito ou escrito, que regulamenta a reciprocidade e 
complementaridade das necessidades, anseios e medos do casal. 
Esse contrato serve de base para a formação da aliança conjugal e de acordo com Miermont 
(1994), apresenta três níveis: consciente, pré-consciente e inconsciente, sendo que os dois 
últimos atuam através de manifestações não-verbais. 
O contrato consciente contém os elementos discriminados pela consciência como os 
motivos que justificam a escolha amorosa e podem ser nomeados “ Eu gosto de ti por que 
és assim”. 
O contrato pré-consciente esconde as metacomunicações não verbalizadas das expectativas 
de mudar alguns traços parceiro. “ Eu gosto de ti assim, mas nem pense em fazer isso 
quando casarmos”. 
O contrato inconsciente, por sua vez, refere-se ao intercâmbio de sentimentos que 
satisfazem necessidades inconscientes de ambos. Essa troca ocorre por meio de uma 
comunicação inconsciente entre os cônjuges, a qual exerce um papel decisivo no casamento 
e tem antecedentes arcaicos na psique, pois segue o modelo da primitiva relação não–verbal 
mãe–bebê. Segundo Pincus e Dare (1987), esse contrato teria a seguinte forma: 
Eu tentarei ser algumas das coisas mais importantes que você quer de mim, ainda que 
algumas delas sejam impossíveis, contraditórias e loucas, desde que você seja para mim 
algumas das coisas impossíveis, contraditórias e loucas que eu quero que você seja. Não 
precisamos contar um ao outro o que estas coisas são, mas ficaremos zangados, aborrecidos 
ou deprimidos se não formos fiéis a isso. (p. 40). 
A fidelidade às clausulas desses três níveis de contrato possibilita a manutenção da aliança 
conjugal sem a ocorrência de crises, em uma pretensa estabilidade. Contudo, nem sempre 
essa harmonia é indicativa de um vínculo saudável. 
Na maioria das vezes, o casal busca a terapia somente quando enfrenta um período intenso 
de crise matrimonial. Porém, vale ressaltar que o processo terapêutico conjugal não visa 
exclusivamente a supressão dos conflitos, pois são justamente as crises que possibilitam 
oportunidades de crescimento individual para os parceiros e também um incrementode 
criatividade no relacionamento. 
Existem duas principais vertentes em terapia de casal: o modelo sistêmico e o psicanalítico. 
O primeiro foi influenciado pelo da escola de Palo Alto e o segundo derivou da teoria de 
relações objetais de Melanie Klein e foi difundido pela Tavistock Clinic. No entanto, 
nenhuma das vertentes apresenta homogeneidade, englobando variados enfoques 
divergentes em perspectiva e procedimento terapêutico. O modelo sistêmico enfatiza o 
aspecto interpessoal: o casal é um subsistema familiar estruturado em forma de díade. Já o 
psicanalítico enfatiza o aspecto intrapsíquico, considerando os determinantes profundos da 
relação, sejam estes reais ou fantasiados. 
A abordagem da Psicologia Analítica, adotada neste artigo, tem a vantagem de integrar 
diferentes conceitos, sobretudo em função de que “o que caracteriza o trabalho do analista 
junguiano de casal não é um modo técnico de trabalhar, mas uma visão de ser humano” 
(Vargas, 1994, p.108). Por conseguinte, esse autor considera possível inserir a terapia 
conjugal de abordagem junguiana nos dois modelos. No sistêmico, pelo fato de pressupor 
um sistema de funcionamento da personalidade arquetipicamente estruturado e, no 
psicanalítico, por considerar os aspectos inconscientes da psique. 
Hall (1987) partilha da mesma opinião, apontando que a abordagem junguiana de terapia 
conjugal não só considera as distorções de comunicação ou os distúrbios vinculares, mas 
propõe uma visão que congrega ambos aspectos: o interpessoal, na medida em que visa a 
integração dos papéis de marido/mulher na persona, e o intrapsíquico pois, fundamenta o 
relacionamento do casal no padrão arquetípico da coniunctio. Segundo Sharp (1993), 
Coniunctio, é um termo alquímico que define uma operação na qual os opostos de uma 
massa caótica são separados e depois reunidos em uma forma estável. 
O Arquétipo da Coniunctio que refere a união e separação, está na base da instituição do 
casamento e geralmente é responsável pela atração original entre duas pessoas no estágio 
de enamoramento. Além do papel de homem e mulher, os parceiros exercem os papéis 
sociais de marido/esposa e de pai/mãe, os quais têm como base as vivências parentais de 
cada um. 
Embora Jung (1995) nunca tenha atuado diretamente como terapeuta de casais, foi um 
precursor no assunto ao publicar em 1925 o artigo “O casamento como relacionamento 
psíquico”, postulando que quanto maior for o grau de inconsciência do indivíduo a respeito 
de si mesmo, menor a possibilidade de livre escolha do parceiro. Por essa razão, considera 
que quando o casamento ocorre na primeira metade da vida, fundamenta-se exclusivamente 
na projeção de imagens inconscientes do homem e da mulher, denominadas de anima e 
animus. A anima é uma massa hereditária inconsciente, gravada no sistema vital e 
proveniente de todas as experiências que os antepassados tiveram com o ser feminino, é 
uma imagem de mulher que cada homem carrega dentro de si. O mesmo vale para a 
mulher, que carrega uma imagem de homem interna, denominada animus. 
O matrimônio enquanto uma escolha psicologicamente diferenciada só é possível se os 
parceiros tiverem estabelecido uma relação consciente com o seu processo de Individuação, 
que é o processo de diferenciação psicológica. A meta da individuação não é tornar-se 
perfeito e sobrepujar a própria psicologia pessoal, mas familiarizar-se com ela. Por essa 
razão, envolve uma consciência crescente da realidade psíquica única, inclusive das forças 
e limitações pessoais, e, ao mesmo tempo, implica em uma apreciação mais ampla da 
humanidade em geral. Dessa forma, segue dois princípios: em primeiro lugar é um processo 
interno e subjetivo de integração, e em segundo, é um processo igualmente indispensável 
de relacionamento objetivo, segundo Jung (1995). 
A desigualdade de tempo em que os parceiros iniciam esse processo pode dificultar a 
relação matrimonial do ponto de vista psicológico. Assim, para atingir o relacionamento 
individual, o casamento passará por crises, condição indispensável para a tomada de 
consciência. 
Guggenbuhl-Craig (1980), retoma a questão apontando duas vias para a conjugalidade. A 
primeira, considerando o casamento como um meio de individuação, ou seja, descobrir a 
própria alma através do confronto com o outro. Nesse caso, os conceitos de normalidade 
matrimonial seriam relativos, pois o caminhar de um casal em direção à individuação é 
singular e não segue um padrão dos costumes e moral vigentes. A segunda, tratando da 
concepção do casamento de bem-estar, a qual o autor considera falida, uma vez que a 
convivência diária e rotineira gera inevitáveis confrontos e conflitos. 
O casamento é visto por Vargas (1994) como um organismo vivo e criativo, que irá gerar 
filhos concretos ou simbólicos em diferentes áreas da personalidade humana: biológica, 
social, cultural, psicológica, etc. Dessa forma, o vínculo conjugal sadio é aquele que 
permite o desenvolvimento individual dos parceiros e é caracterizado por uma vivência 
dialética criativa. Isso não significa um estado de perfeito entendimento entre o casal ou 
ausência de conflitos, mas a elaboração dos mesmos de forma dinâmica, transformando-os 
em aspectos propulsores de crescimento e enriquecendo a relação. 
O presente estudo parte da hipótese de que o Jogo de Areia é um instrumento terapêutico 
que pode contribuir para a vivência dialética entre o casal por facilitar a expressão 
simbólica do mundo interno e também permitir a representação de aspectos pertinentes à 
realidade objetiva. 
O Jogo de Areia é uma modalidade terapêutica inspirada na World Technique de Margareth 
Lowenfeld e desenvolvida por Dora Kalff. Enfatiza a espontaneidade e criatividade, 
fundamentando-se em conceitos junguianos. 
Consiste na montagem de cenas a partir de imagens espontâneas, utilizando-se de 
miniaturas em uma caixa-de-areia. Esta caixa deve ter a forma retangular rasa com a 
seguinte dimensão: 72 x 50 x 7 cm. Deve ser construída com material impermeável, a fim 
de que se possa molhar a areia para facilitar a modelagem do cenário e ser revestida 
internamente com chapa na cor azul claro, para possibilitar a simbolização da água no 
fundo e do horizonte nas laterais. 
A areia deve cobrir metade da altura da caixa, podendo ser utilizada seca ou molhada, 
desde que separadas em caixas diferentes. Preferencialmente, a areia deve ter sido 
purificada de detritos e impurezas e especialmente tratada para este fim. 
Miniaturas dispostas em um armário ou estante são oferecidas aos clientes para a 
montagem das cenas. Podem ser realistas ou fantásticas, abrangendo diversas categorias, 
tais como: animais (domésticos, selvagens, répteis, marinhos, pré-históricos, peçonhentos e 
insetos); construções; brinquedos; armas; objetos; pedras; figuras (humanas, mitológicas, 
fantásticas e sacras); meios de transporte e objetos . 
O registro das cenas é feito através de fotografia da cena final e anotações esquemáticas 
durante a montagem das cenas, especificando a ordem de colocação das peças e possíveis 
alterações. 
Geralmente, utiliza-se uma máquina fotográfica de revelação instantânea (Pollaroid), porém 
pode-se optar por registro em slides ou máquina comum. 
De acordo com Weinrib (1993), o valor do Jogo de Areia repousa no seu caráter vivencial, 
pois prescinde de regras. É livre e encoraja o espírito lúdico, tornando concreto o mundo 
interior através de uma representação tridimensional. Para a autora, o priorizar da 
espontaneidade aliado a um ambiente seguro e confiável, permite o livre expressar de 
fantasias oriundas de camadas profundas do inconsciente, pertencentes a um estágio pré-
verbal da psique. 
Além disso, considera que as principais metas de um processo terapêutico - expansão da 
consciência e cura - são possíveis de serem alcançadas através do Jogo de Areia. Tal fato se 
deve, segundo Kallf (apud Weinrib,1993), pela ocorrência de um evento sincronístico 
proporcionada pelo encontro da imagem interna com a externa. Esse encontro simbólico 
eu-outro é característico da vivência dialética e pode resultar em expansão de consciência 
para os cônjuges. 
Embora existam depoimentos de terapeutas sobre os benefícios e validade do uso do Jogo 
de Areia em psicoterapia de casal, não encontrou-se relatos de casos ou artigos versando 
especificamente sobre o tema, apenas relatos do Jogo de Areia aplicado em psicoterapia 
familiar. 
Em “Sandplay Therapy with children and families”, Carey (1999), estabelece algumas das 
possibilidades oferecidas pela combinação do Jogo de Areia com a psicoterapia familiar. 
Primeiramente, ressalta que as dimensões da caixa de areia representam um set físico e 
simbólico continente para o problema da família. Além disso, oferece a possibilidade de 
que um membro tenha uma apreensão particularizada do problema ao mesmo tempo em 
que adquire uma nova percepção de integração e comunicação com o grupo familiar. 
Em segundo lugar, destaca a observação das alianças familiares, as quais ficam explícitas 
durante o processo. O Jogo de Areia pode vir a ser uma oportunidade de reestruturá-las, 
principalmente se forem alianças negativas. 
É importante salientar que os conteúdos inconscientes são rapidamente revelados ao 
terapeuta, facilitando a discussão dos padrões familiares. 
Outro ponto relevante é que o Jogo de Areia tem um apelo imediato com as crianças, 
podendo ser também um processo de reparação da criança interior dos pais. 
Carey (1999) também destaca ser possível observar aquilo que existe de único em cada 
grupo familiar através do Jogo de Areia. Além disso, menciona as vantagens adicionais da 
experiência tátil com a areia encorajar a expressão de conflitos inconscientes e também de 
não requerer habilidades artísticas para ser executado. Por último, a autora conclui que o 
brincar incorporado na terapia possibilita a compreensão dos padrões negativos familiares e 
também a elaboração de novas perspectivas e soluções. 
Em função da escassez bibliográfica acerca do tema deste trabalho, buscou-se tecer 
comparações com outros recursos utilizados em terapia familiar, tais como o Scenotest, em 
função deste apresentar alguma semelhança quanto aos princípios teóricos e aspectos 
técnicos do Jogo de Areia. 
O Scenotest foi desenvolvido por Gerdhild Von Staabs em 1938 a partir da sua experiência 
clínica em atendimento infantil, contudo indicou a aplicação deste instrumento para vários 
campos da psicologia aplicada, inclusive na terapia conjugal. 
Staabs (apud Cervany, 1982) buscou colocar à disposição de seus clientes, um material 
através do qual eles pudessem reproduzir mais facilmente sua situação cotidiana. 
Possibilitando assim, que crianças, adolescentes e adultos montassem cenas evocativas de 
situações, problemas e conflitos vivenciados na estrutura familiar. 
O material que compõe o Scenotest consiste em uma caixa com marionetes de figuras 
humanas, peças de madeira para construções diversas, personagens simbólicas, 
representações de natureza e objetos variados. 
Segundo Cerveny (1982), através da sessão familiar pode-se perceber uma repetição de 
algo que acontece no cotidiano de uma família. Esta análise fornece a noção do tipo de 
grupo com o qual se está trabalhando, o tipo de interação que existe entre seus membros, o 
tipo de ambiente físico em que vive a família, quais as normas, condutas e limites presentes 
no grupo familiar. Diz ainda que a observação do grupo familiar permite a melhor 
percepção do indivíduo que está em processo diagnóstico dentro deste grupo e o quanto de 
influência o mesmo exerce sobre ele. Formula a hipótese de que pode-se usar este 
instrumento para investigar aspectos interativos do grupo familiar no qual está inserido o 
sujeito do diagnóstico psicológico. 
Cerveny (1982) considera que a observação da rede de comunicações é um dos aspectos 
mais importantes no sentido de oferecer uma visão da estrutura do grupo familiar. Por essa 
razão, esse recurso é precioso no psicodiagnóstico familiar, uma vez que permite observar a 
rede de comunicações operante tanto no nível verbal como no não–verbal. 
A autora discorre sobre a eficiência das mensagens não-verbais, afirmando que esta 
modalidade é mais eficiente que a verbal; pois se os dois tipos de mensagem entrarem em 
conflito, os conteúdos verbais são praticamente desprezados. Dessa forma, levanta a 
hipótese de que, no comportamento social humano, utiliza-se o canal não-verbal para 
negociar atitudes interpessoais e o canal verbal primariamente para transmitir informação. 
Por conseguinte, a importância deste tipo de linguagem também ressalta a necessidade de 
existirem recursos terapêuticos que estimulem essa via. 
Considerando as semelhanças existentes entre os dois recursos, Scenotest e Jogo de Areia, é 
possível aplicar o Jogo de Areia com grupos familiares de modo similar, uma vez que este 
também auxilia na observação do grupo e de seus componentes. 
Para efeito de comparação, destacar-se-á algumas diferenças entre os dois instrumentos 
citados. 
O Scenotest oferece materiais limitados e que são restritos à reprodução quase que única e 
exclusiva do cotidiano familiar. Já o Jogo de Areia busca oferecer uma imensa variedade de 
materiais, possibilitando a simbolização tanto de aspectos cotidianos como também de 
outros relacionados ao mundo fantástico. O cenário do Jogo de Areia não é restrito ao 
modelo de estruturação de uma casa, podendo ser construído de acordo com a imaginação 
do paciente. Além disso, deve-se ressaltar a importância da areia como fator terapêutico em 
si, pois o sentido do tato é uma dos meios precoces pelo qual o indivíduo descobre o 
mundo. O que vai ao encontro de Oaklander (1980) que enfatiza a importância de 
experiências sensórias como recursos terapêuticos. 
Em razão de sua amplitude de recursos e variações de expressão, é possível considerar a 
hipótese de que o Jogo de Areia é um instrumento que possibilita a manifestação livre tanto 
de aspectos intrapsíquicos como daqueles referentes a relação interpessoal da dinâmica 
familiar. Enquanto que o Scenotest, devido às restrições mencionadas, teria por foco apenas 
o aspecto interpessoal. 
Com o intuito de verificar a possibilidade do uso do Jogo de Areia em terapia conjugal 
como um instrumento projetivo que viabilize uma interação não-verbal entre o casal e 
promova a conscientização de aspectos desconhecidos da relação, realizou-se uma sessão 
experimental de Jogo de Areia. Elegeu-se um casal a partir de um perfil previamente 
delimitado: período de união entre um e sete anos, ausência de filhos, classe sócio-
econômica média e escolaridade mínima de ensino fundamental. 
Optou-se por um casal sem filhos a fim de evitar que a problemática pertinente a estes se 
sobrepusesse a do casal e também evitar a mistura do papel conjugal e parental. 
O período de união foi delimitado a partir de estudos sobre o ciclo de vida do casal com o 
objetivo de evitar os períodos de crise conjugal. Segundo Miermont (1994), o primeiro ano 
do casamento é considerado como uma fase de adaptação e após o sétimo ano inicia-se uma 
revisão interna do sentido do casal permanecer unido, podendo ser este um elemento 
gerador de crises. 
Desconsiderou-se a legitimação da união devido as mudanças nos costumes da sociedade 
brasileira. Segundo Petrucelli (1994), observa-se uma tendência progressiva de aumento da 
união consensual, que prescinde de uma cerimônia de casamento ou de sua formalização 
jurídica. 
Os sujeitos deste trabalho são um casal heterossexual, sem filhos e vivendo há um ano e 
três meses em união do tipo consensual. 
O componente do sexo feminino, E. N. S., apresenta as seguintes características: 23 anos, 
operadora de xerox, escolaridade nível médio completo, religião católica. Por sua vez, o 
componentedo sexo masculino, A. T. O., 31 anos, motorista de ônibus, escolaridade nível 
médio incompleto, religião católica. Para facilitar a identificação referir-se-á o componente 
feminino como F (feminino) e o componente masculino como M (masculino). 
Foi realizada uma sessão experimental com duração de 90 minutos na qual solicitou-se aos 
colaboradores que construíssem juntos um cenário na caixa de areia, representando o seu 
casamento. Depois foi pedido ao casal que contasse uma história sobre a cena construída e 
escolhesse um título para a mesma. 
Observou-se que durante a montagem da cena, os colaboradores não se falaram e nem 
trocaram olhares, cada um permaneceu concentrado na sua atividade, individualmente, 
como se o outro não estivesse presente. Também não se detiveram sobre o que o outro 
construía, agindo de forma independente e isolada. Apesar de não ter ocorrido interação 
consciente entre o casal durante o processo, ambos versaram sobre o mesmo tema, “a casa”, 
embora sob ângulos opostos. 
Enquanto M construiu um cenário que representa uma casa e as suas dependências 
externas, F representou uma cena interna de uma residência. Assim, é possível considerar 
como tema em comum a casa. Este tema manifestou-se espontaneamente, o que pode 
evidenciar alguma comunicação inconsciente entre o casal, bem como este tratar-se de um 
símbolo representante da aliança conjugal. De qualquer modo, a escolha do tema comum 
parece revelar que o casal valoriza a moradia compartilhada como representante da união 
conjugal. 
De acordo com a teoria junguiana dos tipos psicológicos, essa escolha poderia indicar de 
traços de introversão ou extroversão. Assim, pode-se supor que M valorize o meio externo, 
social, enquanto que F o mundo interno, a intimidade. Nesse caso, M corresponderia ao 
tipo extrovertido e F ao introvertido. 
Por outro lado, o mundo externo e interno também podem representar os papéis sociais 
convencionais do masculino e do feminino no casamento, cujo estereótipo corresponde a 
mulher incumbida em cuidar da casa e do lar, enquanto o homem exerce atividades fora 
deste. 
A casa representada por F é composta por objetos inanimados e plantas, porém estas foram 
colocadas por último e parecem ter uma função secundária. O predomínio de elementos 
inanimados somado à ausência de figuras humanas sugere a ausência de expressão afetiva. 
Deste modo pode-se supor que F procura se afastar e não estabelecer contato com as 
emoções suscitadas na relação entre o casal. Além disso, a predominância da cor rosa no 
cenário, pode ser um indicativo da projeção de aspectos idealizados sobre a relação. 
A primeira miniatura escolhida por F para compor a cena foi um vaso sanitário. Esta 
também foi a única peça que foi remanejada de posição. Inicialmente, a peça foi colocada 
no lado da caixa oposto ao que F se encontrava e depois em uma posição próxima. Essa 
mudança pode sugerir alguma dificuldade inicial com a representação escolhida, pois esta 
teve de ocupar primeiro um lugar distante para depois poder aproximar-se. 
O vaso sanitário é um objeto destinado ao depósito dos excrementos. De modo geral, 
representa uma evolução da civilização em termos de higiene pessoal. A privada provê um 
destino adequado aos dejetos, portanto pode ser considerada como um elemento purificador 
e promotor de limpeza. 
Segundo Chevalier e Gheerbrant (1991) os excrementos, que aparentemente podem ser 
considerados como elementos desvalorizados, são um receptáculo de força e uma potência 
biológica regeneradora, a ponto de alguns radioestesistas afirmarem que a vibração dos 
dejetos é equivalente à do ouro. 
Ao mesmo tempo que os dejetos são portadores de um caráter negativo da manifestação da 
sombra, significando imundície, conteúdos reprimidos e pecado, assumem também um 
aspecto regenerador de poder e vitalidade. A atitude que F projeta na cena ao mudar o vaso 
sanitário de lugar e ao relatar a necessidade de manter a limpeza, pode indicar um certo 
grau de ansiedade e necessidade de controle sobre os aspectos sombrios da relação. 
Na cena construída por M existem figuras humanas, plantas, fogo, alimento, veículo de 
transporte e animal. Ao descrever a cena M diz que é um churrasco com os amigos, 
sugerindo dinamismo e afetividade. 
A presença do cachorro foi enfatizada por M, “não poderia faltar” [sic]. Na cultura 
ocidental esse animal está associado a imagem de fidelidade e companheirismo e conforme 
o dito popular: “o cão é o melhor amigo do homem”. O cachorro é o animal doméstico por 
excelência e também cumpre a função de guardião vigilante do lar, o que pode ser uma 
representação da função tradicional masculina de proteger e prover a família. 
É interessante observar que a cena de M traz aspectos que não foram representados por F 
entre eles, relacionamento, interação, afetividade, fidelidade, etc e que geralmente estão 
mais associados ao feminino. 
Após a realização das cenas fez-se uma entrevista breve e aplicou-se o genograma, tendo 
este último a finalidade de obter dados acerca das famílias de origem. O genograma é um 
recurso muito utilizado por terapeutas familiares em processos de avaliação e 
psicodiagnóstico. Segundo Miermont, “é um mapa que oferece uma imagem gráfica da 
estrutura familiar ao longo de várias gerações, esquematiza as grandes etapas do ciclo de 
vida familiar, além dos movimentos emocionais a ele associados.” (1994, p. 291). 
A técnica é similar a construção de uma árvore genealógica, especificando-se diversas 
informações referentes aos membros de até três gerações da família no máximo. 
O genograma revelou que ambos tiveram experiências de desestruturação familiar. F é a 
primogênita de quatro filhos. Seus pais se divorciaram quando ela tinha 10 anos. Seu pai 
abandonou a esposa e filhos na Bahia e mudou-se para São Paulo, casando-se pela segunda 
vez. Ao completar 18 anos, F optou em morar com o pai. Relata ter enfrentado dificuldades 
no relacionamento com a madrasta e também com os enteados do pai. Pouco tempo depois, 
seu pai faleceu e F passou a morar de favor na casa de uma amiga. 
M é o segundo filho e tem dois irmãos. Casou-se pela primeira vez aos 18 anos e sua 
esposa tinha 17 na época. Tiveram dois filhos do sexo masculino, atualmente com 9 e 7 
anos de idade. O casal divorciou-se há 3 anos devido aos constantes desentendimentos. 
Contudo, M ressalta que esforçou-se muito para evitar a separação, mas convenceu-se de 
que a ex-mulher “não era a pessoa certa para mim” [sic]. Após o fim do casamento voltou a 
morar com os pais, pois temia morar sozinho. 
Os dados obtidos na entrevista demonstram um intenso desejo do casal em possuir uma 
casa própria quando se conheceram. F morava com uma colega em uma situação de 
subserviência e M morava com os pais após a sua separação, pois não desejava morar só. A 
união representava para ambos uma forma de realizar esse desejo. Para F seria a 
oportunidade de ser a dona da casa e para M, a disponibilidade de uma pessoa “certa” [sic] 
lhe fazer companhia. Talvez essa seja uma das razões do casal ter optado pela moradia em 
comum após 4 meses de namoro. 
F viveu como hóspede por um longo período de sua vida. O casamento lhe proporcionou 
um lar, um espaço no qual ela exerce o comando e é a “dona da casa”, possibilitando assim, 
o viver de experiências caracterizadas pelo exercício do poder e da criatividade. 
Na entrevista, M comentou que retornou para a casa paterna depois de separar-se do 
primeiro casamento porque não queria morar só. Isso pode sugerir que M valoriza o 
companheirismo como fator preponderante no casamento, tal aspecto também é 
preponderante no cenário construído, onde o cão aparece com destaque e sugere a 
expectativa de fidelidade e companheirismo em relação ao casamento. 
Outro ponto a ser destacado é que o casal referiu o desejo de ter um filho durante a 
entrevista. Após a montagem da cena F. comentouque pensou em colocar um berço, mas 
não o fez porque ainda não tem um bebê. A evocação da imagem de um bebê pode sugerir 
a antecipação de acontecimentos futuros que implicam em desenvolvimento criativo para o 
casamento. Segundo Jung (1993), a criança é futuro em potencial e simboliza as mudanças 
da personalidade. É também um símbolo mediador e portador de cura, ou seja, possibilita 
restaurar a integridade da psique. No processo de individuação, é um símbolo que antecipa 
a figura de Self, decorrente da síntese entre consciente e inconsciente. Desse modo é 
possível supor que o casamento represente, através da imagem da criança, o 
desenvolvimento criativo para ambos os cônjuges. 
A partir dos dados obtidos observou-se que o revelar simultâneo de certas imagens internas, 
um meio de comunicação não-verbal, possibilitou ao casal uma percepção nova e diferente 
sobre o relacionamento. Elementos significativos para o casal foram simbolizados no 
cenário, sendo estes depois averiguados. O tema desenvolvido no cenário foi “a casa”, 
sugerindo a ocorrência da simbolização de uma necessidade do casal em possuir um lar, 
posteriormente confirmada na entrevista e no genograma. Também foi possível avaliar a 
frágil comunicação existente entre o casal durante a montagem da cena, construída 
separadamente e sem a interação de elementos. 
O Jogo de Areia demonstrou-se um recurso importante para ser utilizado em avaliação da 
dinâmica conjugal, pois revela os padrões de interação do casal . O processo de construção 
do cenário permite que através dos materiais simbólicos, se faça uma investigação profunda 
averiguando, por exemplo, símbolos da aliança conjugal e as motivações inconscientes para 
escolha do cônjuge. 
Apesar de breve e limitado, este estudo de caso revela que o Jogo de Areia pode contribuir 
para a terapia conjugal ao promover novas percepções sobre a dinâmica do casal. Os dados 
levantados não são conclusivos, mas sugerem que este pode ser um instrumento valioso 
para avaliação conjugal e também como um recurso terapêutico. Além das similaridades 
com o Scenotest, pode ser empregado com algumas vantagens, tais como: a possibilidade 
de representar tanto os aspectos cotidianos como os fantásticos e o fator terapêutico 
proporcionado pelo contato com a areia. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
CAREY, L. J. Sandplay therapy with children and family. Northvale, Jason 
Aronson,1999. 
CERVENY, C. M. O. O Scenotest como instrumento de investigação das relações 
familiares, no processo do diagnóstico psicológico com crianças e adolescentes. 
Dissertação de mestrado, PUC, São Paulo, 1982. 
CHEVALIER, J. ; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, 
gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro, José Olympio, 1991. 
GUGGENBHUL-CRAIG, A. O casamento está morto, viva o casamento. São Paulo, 
Símbolo, 1980. 
HALL, J.A. Variações na análise. In: A experiência junguiana: análise e individuação. 
São Paulo, Cultrix, 1987, p. 142 – 156. 
JUNG, C.G. The psychology of the child archetype. In: Essays on a science of mithology: 
the myth of the divine child and the mysteries of Eleusis. New Jersey, 1993. P. 70-
100. 
JUNG, C.G. O casamento como relacionamento psíquico. In: O desenvolvimento da 
personalidade. São Paulo, Círculo do livro, 1995, p. 265 – 283. 
KALFF, M. Twenty points to be considered in the interpretation of a sandplay. Journal of 
Sandplay therapy. San Francisco, v.2, n. 2, p. 17 – 35, 1993. 
MIERMONT, J. et al. Dicionário de terapias familiares: teoria e prática. Porto Alegre, 
Artes Médicas, 1994. 
OAKLANDER, V. Descobrindo crianças: a abordagem gestáltica com crianças e 
adolescentes. São Paulo, Summus, 1980. 
PETRUCELLI, J.L. Nupcialidade. In: KALOUSTIAN, S.M., org. Família brasileira, a 
base de tudo. São Paulo, Cortez, 1994, p. 159-171. 
PINCUS, L.; DARE C. O contrato secreto do casamento. In: Psicodinâmica da família. 
Porto Alegre, Artes Médicas, 1987, p. 34 – 48. 
SHARP, D. Léxico junguiano: dicionário de termos e conceitos. São Paulo, Cultrix, 1993. 
VARGAS, N. S. Terapia de casais: uma visão simbólico-arquetípica da conjugalidade. 
São Paulo, 1995, 337p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina, Universidade de 
São Paulo. 
WEINRIB, E. L. Imagens do Self: o processo terapêutico na caixa-de-areia. São Paulo, 
Summus, 1993. 
WHITAKER, C. As funções do casal. In: ANDOLFI, M.; ANGELO,C.; SACCU, C., orgs. 
O casal em crise. São Paulo, Summus, 1995, p. 21 – 28. 
WHITMONT, E. C. O complexo de identidade: o ego. In: A busca do símbolo: conceitos 
básicos de psicologia analítica, São Paulo, Cultrix, p. 205 – 221.

Continue navegando