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Teoria do Portão Medular e a Morfina

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De acordo com a teoria do portão medular, a sensação tátil da dor seria transportada por fibras que possibilitam a maior velocidade, fazendo assim com que o impulso sensorial de dor, que é transportado por fibras mais lentas, chegue depois na medula, Impedindo a transmissão para o sistema nervoso central, possibilitando assim que a via descendente estimule a substancia gelatinosa presente no corno dorsal da medula espinhal a liberar substancias opióides endógenas que irão inibir a sensação da dor. Essas substâncias irão funcionar da mesma forma que anestésicos. Tais opióides ativam receptores acoplados à proteína G inibitória levando a diminuição do influxo de cálcio, hiperpolarizando a membrana e provocando menor liberação dos neurotransmissores envolvidos na dor.
Seguindo os dados do gráfico abaixo, ao ocorrer a indução, representada pela linha vermelha, a resposta celular é inibida com uma dose de morfina indicada abaixo(barra azul). Essa morfina com o passar do tempo, em resposta a adaptação da célula a morfina referente a down regulation (capacidade da célula de, ao receber um estimulo constante de qualquer neurotransmissor, inibitório ou excitatório, para que a célula não entre em stress, retira de sua membrana os receptores para aquela substancia e guarda-os em vesículas que serão degradas ou simplesmente inativadas, a inativação do receptor também pode ocorrer sem a retirada do receptor da célula, mas com a inativação dele na própria membrana) a resposta a morfina diminui, o que no caso foi completamente cessado com uma injeção de naloxone no sistema, que reverte ou inibem os sintomas dos opióides no corpo. Nesse momento os níveis de morfina já estavam baixos devido adaptação celular, o aumento abrupto da dor, mesmo com a queda da indução da dor os canais abertos causando a despolarização da célula, causariam a síndrome da abstinência.

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