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Acidente Nuclear de Fukushima



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Dia 11/março/2011 – 14h46 (local)
Um forte terremoto de 9 graus de magnitude atinge a costa do Japão, provocando um tsunami de 15 metros em todo o nordeste do país. 
MAPAS
Dia 12/março/2011 - Sábado
Ocorre a primeira explosão, dada no reator 1, da centra de Daiichi, após falhas no sistema de resfriamento dos reatores.
Governo ordena que a área seja isolada
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Dia 14/março/2011 – 11h05 (local)
Ocorre a segunda explosão na usina, desta vez no reator 3, deixando 11 feridos e sentida a cerca de 40 km da usina. 
Isolamento é entendido para 30 km 
Dia 15/março/2011 – 6h10 (local)
Terceira explosão acontece no reator nº 2, destruindo reservatório de condensador do cilindro de confinamento concebido para impedir vazamentos radioativos. 
Dia 15/março/2011 – 11h28 (local)
Incêndio atinge reator 4, queimando barras de combustíveis e levando a vazamentos radioativos. 
Dia 16/março/2011 – 5h45 (local)
Segundo incêndio atinge reator 4. Alto índice de radiação força retirada dos trabalhadores do local. Houve também alto risco de fusão nuclear, por falta de água na piscina deste reator. 
Desastre ‘Made in Japan’
“O acidente na usina nuclear de Fukushima foi o resultado do conluio entre o governo, as entidades reguladoras e a Tepco. Eles traíram o direito da nação de estar a salvo dos acidentes nucleares. Dessa forma, concluímos que o desastre foi claramente causado pelo homem”, afirma o relatório.
http://busca.ig.com.br/buscar?q=fukushima&o=IG&s=ig_content&c=all&t=&d=&p=2
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=731073
A central foi protegida por um dique projetado para resistir a um maremoto de 5,7 metros de altura. 
A central nuclear é composta por seis reatores de água fervente em separado mantidos pela Tokyo Electric Power Company (TEPCO). Os reatores 4, 5 e 6 haviam sido fechados para manutenção antes do terremoto.  Os reatores restantes foram fechados automaticamente após o terremoto e geradores de emergência foram iniciados para manter as bombas de água necessárias para resfriá-los. 
mas cerca de 15 minutos após o terremoto foi atingido por uma onda de 14 metros,  que chegou facilmente ao topo do paredão.
Evidências apontaram uma fusão parcial do núcleo nos reatores 1, 2 e 3; explosões destruíram o revestimento superior de hidrogênio dos edifícios de alojamento dos reatores 1, 3 e 4; uma explosão danificou o confinamento dentro do reator 2; e múltiplos incêndios eclodiram no reator 4. Além disso, as barras de combustível armazenado em piscinas de combustível irradiado das unidades 1-4 começaram a superaquecer os níveis de água nas piscinas abandonadas. Receios de vazamentos de radiação levaram a uma evacuação de 20 km deraio ao redor da planta. Os trabalhadores da fábrica sofreram exposição à radiação e foram temporariamente evacuados em vários momentos. Em 11 de abril, as autoridades japonesas designaram a magnitude do perigo em reatores 1, 2 e 3 no nível 7 da Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES).[4] A energia foi restaurada para partes da central nuclear em 20 de março, mas máquinas danificadas por inundações, incêndios e explosões permaneceram inoperantes.[5]  A planta inteira, incluindo o gerador de baixa altitude, foi inundada. Como consequência, os geradores de emergência foram desativados e os reatores começaram a superaquecer devido à deterioração natural do combustível nuclear contido neles. Os danos causados pela inundação e pelo terremoto impediram a chegada da assistência que deveria ser trazida de outros lugares.
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Radiação encontrada no mar
Dia 21 de março foi detectada elevada radioatividade na mar e próxima à central e também em alguns alimentos, cuja distribuição é proibida.
Falar sobre os peixes que foram encontrados com alta taxa de radioatividade!!!!
Baixos níveis de radiação nuclear oriunda da usina atômica de Fukushima, no Japão, foram detectados em atuns na costa da Califórnia, num sinal de que esses peixes transportaram isótopos pelo Pacífico mais rapidamente do que o vento ou o mar, disseram cientistas nesta segunda-feira (28). 
Pequenas quantidades de césio-137 e césio-134 foram detectados em 15 atuns apanhados perto de San Diego em agosto de 2011, cerca de quatro meses depois do terremoto e do tsunami que danificaram a usina japonesa, causando o vazamento radiativo.
Os peixes radioativos percorreram 9.650 quilômetros pelo oceano Pacífico, marcando a primeira vez que um enorme peixe migratório demonstra transportar radioatividade por tão longo trajeto.
"Ficamos realmente surpresos", disse Nicholas Fisher, um dos pesquisadores que participaram do estudo que relata a migração do atum do Pacífico no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2012-05-29/atum-com-radiacao-de-fukushima-cruza-o-pacifico-e-chega-aos-eua.html
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Peixes
Peixes achados a cerca de 20 quilômetros da usina de Fukushima têm taxa de radiação 258 vezes mais alta que o máximo permitido pelo governo japonês para consumo.
Baixos níveis de radiação nuclear oriunda da usina atômica de Fukushima, no Japão, foram detectados em atuns na costa da Califórnia.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2012/08/22/peixes-capturados-em-fukushima-tem-nivel-recorde-de-radiacao.htm
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/empresa-japonesa-comeca-a-despejar-agua-radioativa-no-mar
Empresa japonesa começa a jogar água radioativa no mar
Enquanto Tepco inicia polêmica operação, AIEA diz que crise mudará setor
"Esta crise tem implicações enormes para a energia atômica e coloca o mundo todo diante de um grande desafio", disse Yukia Amano, da AIEA
A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que opera a central nuclear japonesa de Fukushima, começou nesta segunda-feira a jogar no mar 11.500 toneladas da água radioativa que estava acumulada na usina, informou a imprensa local. Horas antes, um porta-voz da Tepco afirmou que 10.000 toneladas de água depositada nas piscinas e 1.500 toneladas atualmente nos reatores 5 e 6 seriam jogadas no Pacífico. Ele afirmou, no entanto, que a água tem pequeno nível de radioatividade.
"Não temos outra opção a não ser jogar a água contaminada no oceano, como medida de segurança", afirmou o porta-voz do governo, Yukio Edano. A água apresenta um índice de radiação 100 vezes acima do normal. Os funcionários da Tepco seguem enfrentando problemas com a radiação na usina danificada pelo terremoto. No sábado, os técnicos confirmaram que água com elevado nível de radioatividade procedente do reator 2 da central chegou ao mar, disse a rede de TV NHK. 
AIEA - Enquanto a Tepco dava início à controversa operação com a água radioativa, o japonês Yukia Amano, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmava em Viena que a crise nuclear em Fukushima deve transformar o setor. "Ela tem implicações enormes para a energia atômica e coloca o mundo diante de um grande desafio", disse ele, ao abrir uma reunião da Convenção sobre a Segurança Nuclear (CSN). "Não podemos voltar à velha rotina depois disso."
A CSN, ratificada por todos os países que possuem centrais nucleares, entrou em vigor em 1996, depois dos acidentes de Three Mile Island (EUA) e Chernobyl (no território da Ucrânia, antiga parte da União Soviética). O objetivo da convenção é melhorar a segurança das usinas nucleares. A AIEA organiza uma reunião sobre a CSN a cada três anos. Amano já havia afirmado que a situação delicada em Fukushima tornaria inevitável a discussão sobre mudanças na segurança nuclear.
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Borboletas
Os insetos foram coletados entre maio e setembro de 2011
Radiação poderá causar cancer
Pesquisadores da Universidade de Stanford concluíram que cerca de 2,5 mil pessoas provavelmente desenvolverão câncer pelo contato com o material radioativo vazado no desastre.
Contrariando avaliações de que o acidente nuclear de Fukushima não afetaria a saúde da população local, pesquisadoresda Universidade de Stanford concluíram que entre 24 e 2,5 mil pessoas provavelmente desenvolverão câncer pelo contato com o material radioativo vazado no desastre. Além disso, entre 15 e 1,3 mil pessoas devem morrer prematuramente em decorrência da doença.
A grande maioria dos casos ficará concentrada no Japão, com poucas ocorrências previstas no restante da Ásia e na América do Norte. Para John Ten Hoeve, pesquisador do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental de Stanford, o número de casos no resto do mundo é relativamente baixo e a estimativa serve apenas para "administrar o medo em outros países de que o desastre possa ter tido um alcance mundial".
O acidente foi precipitado por um terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que atingiu o Japão no dia 11 de março de 2011. O tremor levou à formação de um tsunami que inundou quatro dos cinco reatores na usina de Fukushima Daichii.
Este é o primeiro estudo sobre o desastre a usar um modelo atmosférico global em terceira dimensão para prever a maneira como o material radioativo foi transportado. Diferentemente de avaliações anteriores, essa pesquisa levou em conta o transporte das partículas radioativas pelo ar, pela água e pela chuva, além da deposição em solo.
O fato de que 80% do material radioativo vazou no Oceano Pacífico, e não no solo, como ocorreu no acidente de Chernobyl, levou a análises otimistas quanto aos efeitos da radiação. "Há grupos de pessoas que disseram que não haveria efeitos", disse o engenheiro Mark Jacobson, professor de Stanford e autor do estudo.
Riscos. Em maio, o Comitê Científico da ONU para os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear), que avalia os danos de Fukushima, divulgou que 167 trabalhadores, de um total de 20.115 funcionários ligados à Tepco, operadora da usina nuclear de Fukushima, receberam doses de radiação que podem ter aumentado discretamente o risco do desenvolvimento do câncer. Já o público em geral, de acordo com o comitê, foi amplamente protegido pela rápida evacuação promovida pelo governo.
Para calcular os prejuízos da exposição à radiação para a saúde, o estudo de Stanford, que foi publicado na revista científica Energy & Environmental Science, usou um segundo modelo científico, similar ao utilizado para calcular os efeitos de outros acidentes nucleares.
Segundo Jacobson, será muito difícil constatar, fora do Japão, a presença de casos de câncer relacionados ao acidente de Fukushima, por causa da pulverização das ocorrências. "Mas, no Japão, eu estimaria que tendências de aumento do câncer poderão ser detectáveis em um prazo de cinco a dez anos", diz o engenheiro.
De acordo com a física Kellen Adriana Curci Daros, da Comissão de Proteção Radiológica do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), os tipos mais comuns de câncer provocados em longo prazo pela exposição a altas doses de radiação atingem a tireoide e o sangue.
A especialista observa que, no caso de Fukushima, os prejuízos foram minimizados pela ação rápida do governo local. "O Japão, como teve a experiência de Hiroshima, já tinha estudos relativos a esse tipo de efeito. A intervenção foi muito mais rápida que em Chernobyl e, em pouco tempo, as áreas foram isoladas e começaram a ser monitoradas."
http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/radiacao-de-fukushima-pode-causar-2.500-casos-de-cancer-18072012-27.shl
Um estudo publicado nesta semana por pesquisadores da Universidade de Stanford tenta estimar quantos casos de câncer e quantas mortes acontecerão por causa da exposição à radiação emitida no acidente dausina nuclear de Fukushima, no Japão.
Segundo os autores, a estimativa mais provável é de cerca de 130 mortes causadas pela exposição à radiação – um número bem menor do que as mortes causadas pelo terremoto e tsunami, quando morreram 20 mil pessoas.
O problema está na dificuldade de fazer esse tipo de estimativa, já que os cálculos apresentam alto grau de incerteza. Por exemplo, a quantidade de casos de câncer pode ser baixa, com apenas 24 pessoas afetadas, ou alta, com 2.500 pessoas afetadas. A quantidade de pessoas que morrerão de câncer vai de 15 até 1.300 (com a estimativa de 130 mortes sendo considerada a mais provável), uma margem de erro muito grande.
Apesar das incertezas, o estudo apresenta dados interessantes. Por exemplo, cerca de 80% da radiação emitida por Fukushima após o acidente foi levada, por correntes de ar e vento, para o oceano, reduzindo a exposição da população japonesa. Se um acidente da mesma magnitude ocorresse em uma usina nuclear na Califórnia, os pesquisadores estimam que 25% mais pessoas morreriam, já que os ventos levariam a radiação para o interior dos Estados Unidos, e não para o oceano.
Antes do acidente em Fukushima, 440 reatores nucleares estavam em atividade no mundo. Após o acidente, países como a Alemanha anunciaram planos para desativar usinas. O Japão fechou temporariamente todos os reatores para testes de segurança, e está reabrindo as usinas nucleares aos poucos. Até o momento, dois reatores já voltaram a funcionar.
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Centro de Descontaminação
No dia 01 de Janeiro de 2012, o Japão inaugurou o Centro de Descontaminação de Fukushima
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/autoridade-japonesa-bebe-agua-coletada-na-usina-de-fukushima/n1597348717299.html
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Referências
http://www.ecodesenvolvimento.org/ecodtv/Fukushima%20%20Mapeando%20a%20Radiacao%20-NHK-%20-%20trailer.mp4/video_view