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Protocolo de Atendimento Pré-
Hospitalar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓPIA CONTROLADA 
Proibida a Reprodução Parcial ou Total 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
Revisão-04 
Pág. 2 de 137 
CÓPIA CONTROLADA 
PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
 
 
 
 
 
CONTROLE DE REVISÕES 
 
REV DATA DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES 
00 2001 Emissão Inicial 
01 2003 Revisão Geral 
02 2004 Revisão Geral 
03 2006 Revisão Geral, Adequação ao Protocolo da AHA 
04 2008 
Revisão Geral, Adequação ao Protocolo PHTLS e Adequação à metodologia aplicada 
na AutoBAn 
05 2012 Revisão Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ricardo Gesualdo 
Cesar Augusto Roldan dos Santos 
 
Elaboração 
 Milton Pedro Lopez 
 
Verificação 
José Antonio Coelho Junior 
 
Aprovação 
CÓPIA CONTROLADA 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
Revisão-04 
Pág. 3 de 137 
CÓPIA CONTROLADA 
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Interação com o Cliente 
Resgate 
5ª edição - 2012
CÓPIA CONTROLADA 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
Revisão-04 
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Sumário 
 
Radiocomunicação...................................................................................................................... 5 
Relacionamento com a Imprensa ................................................................................................ 6 
Atendimento Pré-hospitalar .............................................................................................. 7 
Cinemática do Trauma ................................................................................................................ 7 
Análise Primária .......................................................................................................................... 8 
Análise Secundária ................................................................................................................... 11 
A. Manejo da Via Aérea ....................................................................................................... 13 
Obstrução de vias aéreas ......................................................................................................... 14 
B. Manejo da Ventilação ..................................................................................................... 16 
C. Manejo da Circulação, da Hemorragia e do Estado de Choque .................................. 17 
Traumatologia .................................................................................................................. 19 
Conceitos Básicos..................................................................................................................... 19 
Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) ...................................................................................... 30 
Trauma Raquimedular .............................................................................................................. 33 
Trauma Torácico ....................................................................................................................... 34 
Trauma Abdominal .................................................................................................................... 35 
Trauma em Gestantes .............................................................................................................. 36 
Traumatismo músculo esquelético ............................................................................................ 38 
Trauma Pediátrico ..................................................................................................................... 42 
Politraumatizado ....................................................................................................................... 44 
Afogamento ...................................................................................................................... 44 
Desmaios ou Síncopes ............................................................................................................. 46 
Convulsão ................................................................................................................................. 47 
Infarto Agudo do Miocárdio ....................................................................................................... 47 
Angina Pectoris ......................................................................................................................... 48 
Acidente Vascular Cerebral (AVC) ............................................................................................ 48 
Emergências Psiquiátricas ........................................................................................................ 49 
Emergências Respiratórias ....................................................................................................... 49 
Salvamento ....................................................................................................................... 51 
Avaliação da Cena .................................................................................................................... 51 
Desencarceramento e Extricação ............................................................................................. 53 
Veículos equipados com “air bag” ................................................................................ 68 
Veículos movidos a GNV (Gás Natural Veicular) .......................................................... 73 
Combate a incêndio ......................................................................................................... 77 
Extinção de Princípios de Incêndios .......................................................................................... 80 
Extintores .................................................................................................................................. 81 
Cabos e Nós ..................................................................................................................... 84 
Técnicas de Resgate em Ribanceira e Rapel ................................................................ 87 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos .......................................................... 109 
Atuação com Apoio de Aeronaves ............................................................................... 125 
Referências Bibliográficas ............................................................................................ 131 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
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Radiocomunicação 
Orientações Gerais 
• Comunicação deve ser rápida, clara e sucinta; 
• Prioridade deve ser respeitada; 
• Acionar o rádio somente após o término da transmissão anterior (exceto 
prioridades); 
• Comunicação é gravada; 
• Horário de chegada e deslocamento devem ser fidedignos; 
• Informação inicial obrigatória (ao chegar ao local): 
• Quantidade de veículos; 
• Interferências nas faixas de rolamento; 
• Provável quantidade de vítimas; 
• Provável gravidade das vítimas. 
• Informação secundária(Informação da vítima): 
– Informar todos os dados da vitima: 
• Nome, se possível; 
• Sexo; 
• Idade; 
• Sinais vitais (pulso, FR, PA, GCS, outros); 
• Código da vítima. 
 
 
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Interação com o Cliente – Resgate 
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Relacionamento com a Imprensa 
 
Nos atendimentos em que existe a presença de veículos de imprensa (rádio, TV, jornais, 
etc.), a equipe de resgate deverá adotar a seguinte conduta: 
 
 Tratar a equipe de reportagem de forma cordial e respeitosa; 
 
 Não fornecer qualquer declaração; 
 
 Solicitar ao repórter para que entre em contato com a comunicação da AutoBAn 
(0800 055 55 50); 
 
 Não realizar comentários na presença dos repórteres; 
 
 Não permitir exposição da vítima e imagem no interior da VTR, se houver 
insistência da equipe de reportagem dizer a seguinte frase: “O Sr. está 
atrapalhando o atendimento e não queremos prejudicar a vitima, por favor entre em 
contato com a assessoria de comunicação da AutoBAn, pois eles irão fornecer 
todas as informações de que o Sr. necessite”. Se a equipe de reportagem insistir, 
sempre repetir a frase anterior; 
 
 Nunca colocar a mão na câmera; 
 
 Toda presença de imprensa deve ser imediatamente comunicada ao CCO, 
informando: 
 
 Qual o veículo (SBT, Globo, Cultura, Jornal de Jundiaí, Rádio Bandeirantes, 
etc.); 
 
 Nome do repórter (se possível). 
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Atendimento Pré-hospitalar 
 
Cinemática do Trauma 
 
É o processo de inspecionar a cena para estudar as forças e movimentos envolvidos no 
trauma que podem causar as lesões da vítima. 
 
Leis da Energia e do Movimento 
 
Lei da Inércia (1a lei de Newton) - Todo corpo tende a permanecer parado ou em 
movimento até que uma força externa aja sobre ele. Quando estamos dentro de um 
veículo, nos incluímos nesta lei. Assim, quando o veículo para por colisão com outro 
objeto (em movimento ou fixo), o nosso corpo não para e colide com os objetos que 
encontramos (quando não utilizamos o cinto de segurança) pela frente, o volante, o painel 
e o vidro frontal. 
 
Lei da energia cinética (energia do movimento) – Na natureza nada se cria, nada se 
perde, tudo se transforma. Assim também ocorre com a energia empregada em um 
acidente. Essa energia está relacionada ao peso do corpo (massa é o termo mais correto) 
e à velocidade na qual a pessoa viaja. É descrita pela seguinte fórmula: 
 
Energia cinética = massa corpórea x Velocidade2 
 2 
 
A energia cinética produzida em uma colisão é absorvida pelo veículo e pelos ocupantes 
deste veículo e, como não se perde, se transforma em lesões. 
Portanto, é preferível encontrarmos veículos envolvidos em acidentes bastante 
danificados, pois é sinal de que parte da energia cinética foi dissipada nesse material, e 
não nas vítimas. 
Usando esses princípios básicos, podemos prever o que ocorre em determinados tipos de 
trauma: 
 
Colisão frontal 
 
Trajetória para frente e para cima: Trauma de face e crânio, trauma raquimedular, 
trauma de tórax, abdome e membros (superiores e inferiores). 
 
Trajetória para frente e para baixo: Trauma de face e crânio, trauma raquimedular, 
trauma de tórax, abdome e membros (superiores e inferiores), fratura de tornozelo, joelho, 
fêmur e, consequentemente, a pelve. 
 
 
Colisão traseira: Lesão cervical causada pela hiperextensão do pescoço, que pode até 
levar a parada cardiorrespiratória por lesões cervicais. 
 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
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Colisão lateral 
 
Membros Superiores, fraturas de clavícula e costelas; 
Ruptura de Aorta; 
Pneumo e Hemotórax; 
Tórax Instável; 
Traumas Abdominais; 
Trauma de Pelve; 
Trauma Cranioencefálico; 
Lesão cervical pode ocorrer por rotação ou flexão lateral da coluna (TRM). 
 
Queda da própria altura - 3x a altura (fatal); 
Pesquisar por fraturas de calcâneo, L4 e L5. 
 
Atropelamentos - Há três mecanismos de trauma 
 1 - Carro x Vítima (impacto nas pernas e nos quadris) 
 2 - Vítima x Carro (o tronco da vítima rola sobre o capô do carro) 
 3 - Vítima x Chão (a vítima cai do carro e atinge o solo) 
 
 
Explosão - Há cinco mecanismos de trauma 
 1º estágio. Onda de pressão atinge a vítima. 
 2º estágio. Fragmentos lançados podem causar lesões. 
 3º estágio. A vítima se torna um projétil e é lançada ao chão contra outros objetos. 
 4º estágio. Onda de calor resultando em queimaduras. 
 5º estágio. Bomba “suja”, artefato explosivo com contaminação química, biológica 
ou radioativa. 
 
Análise Primária 
 
 
OBJETIVO: Criar uma sistemática de atendimento que seja eficiente e que minimize 
as lesões e risco de vida das vítimas. 
 
A análise primária das vítimas consiste em determinar as lesões que causam maior risco 
de vida, priorizando o atendimento a essas lesões. Trata-se de uma análise simultânea e 
global capaz de identificar lesões óbvias e significantes de respiração, circulação e 
neurológicas graves. 
 
Assim, dividimos o atendimento em cinco fases e em uma ordem de prioridade: 
 
A: Vias aéreas, Estabilização da Coluna Cervical e Oxigenioterapia. 
B: Respiração, Ventilação, Oximetria. 
C: Circulação e Controle de Sangramento Abundante. 
D: Avaliação Neurológica (Escala de Coma de Glasgow e Avaliação das Pupilas). 
E: Exposição e Controle da Hipotermia. 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
A: As vias aéreas superiores compreendem a porção que possibilita a passagem do ar 
aos pulmões. Uma vez que estas exercem grande importância para nossa respiração, 
devemos mantê-las sempre pérvias, ou seja, livres para que o ar consiga seguir seu 
curso normalmente. 
Uma obstrução de via aérea causa falta de oxigênio nas células (hipóxia) e, se não 
tratada, parada cardiorrespiratória. 
Para mantermos as vias aéreas pérvias, precisamos simultaneamente manter a coluna 
alinhada, principalmente a porção cervical, para isso é necessária a conduta de liberação 
de vias aéreas e imobilização cervical. 
Uma lesão de coluna cervical também caracteriza um forte risco à vida em vítimas com 
importante história de trauma, podendo em poucos minutos causar uma parada 
cardiorrespiratória ou lesão permanente em motricidade. Portanto, é muito importante 
proteger a coluna enquanto realizamos o atendimento. 
 
B: Uma via aérea superior pérvia não garante totalmente uma boa troca de ar nos 
pulmões, o ar pode ter passagem livre, mas, quando chega aos pulmões, encontra um 
problema que impossibilita uma troca eficaz (ex: pneumotórax). 
Uma correta avaliação do sistema ventilatório depende principalmente de um bom exame 
físico, que compreende avaliar a simetria e expansibilidade torácica, palpar o tórax, 
auscultar ambos os pulmões, identificando murmúrio vesicular sem ruídos adventícios. 
A frequência respiratória normal em um adulto varia de 12 a 20 movimentos ventilatórios 
por minuto, acima de 30 movimentos por minuto caracteriza uma ventilação 
extremamente rápida e superficial (taquipneia), podendo indicar hipóxia. 
O acúmulo de CO2 no sangue e o baixo nível de O2 pioram a o estado clínico da vítima, o 
resgatista deverá estar atento para este fato, poisresultará em má perfusão tecidual, 
produzindo metabolismo anaeróbico e, consequentemente, acidose sanguínea. 
 
C: O sistema circulatório é importante para a perfusão dos tecidos e sobrevivência celular. 
Quando uma lesão compromete o sistema circulatório, compromete também a chegada 
de oxigênio às células; uma vez sem oxigênio, a célula deteriora e morre. 
O aparelho cardiovascular é avaliado através do pulso e frequência cardíaca, tempo de 
perfusão (enchimento) capilar, cor e temperatura da pele. 
 
PULSO: Avaliar o pulso quanto à: presença, qualidade (cheio/fino), regularidade e 
frequência (taquicardia, bradicardia ou arritmia). 
 
PELE: Tempo de perfusão capilar. Pressiona-se a porção distal do dedo mínimo ou 
polegar, avaliando a perfusão periférica dos tecidos; se o tempo de perfusão for maior que 
2 segundos, significa que os tecidos não estão sendo perfundidos adequadamente. 
Palidez cutânea, sudorese, pele fria, pulso rápido e respiração rápida são sinais clínicos 
precoces de choque. 
Na fase C concomitantemente avaliam-se os sangramentos externos e os sinais de 
choque. 
 
D: Avaliação Neurológica. O próximo passo, após avaliar e solucionar os problemas 
encontrados nas funções respiratória e circulatória, é avaliar o dano cerebral causado. 
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Interação com o Cliente – Resgate 
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O nível de consciência pode ser avaliado por estímulos no paciente: motor, verbal e 
doloroso. Através da Escala de Coma de Glasgow (GCS) e Avaliação das Pupilas 
(simetria e fotorreação): 
 
Escala de Coma de Glasgow (GCS) 
 
Abertura Ocular Espontânea 4 
 Estímulo auditivo 3 
 Estímulo doloroso 2
 Ausente 1 
 
Resposta Verbal Orientado 5 
 Confuso 4 
 Palavras desconexas 3 
 Sons e gemidos 2 
 Ausente 1 
 
Melhor Resposta Motora Atende a solicitações 6 
 Localiza dor 5 
 Retira aos estímulos 4 
 Flexão anormal (decorticação) 3 
 Extensão anormal (descerebração) 2 
 Ausente 1 
 
Alguns fatores devem ser levados em consideração para avaliarmos o estado neurológico 
de uma vítima: 
 Diminuição da oxigenação cerebral por hipóxia ou hipoperfusão; 
 Lesão de Sistema Nervoso Central; 
 Doenças (distúrbios comportamentais, diabetes, deficientes mentais); 
 Uso de drogas ou excesso de álcool. 
 
De qualquer forma, toda confusão mental ou rebaixamento do nível de consciência 
no trauma devem ser tratados como hipóxia, até que se prove o contrário. 
 
E: É impossível avaliar correta e detalhadamente a vítima de trauma se estiver vestida. 
Um importante passo no atendimento é despir cuidadosamente a vítima e avaliá-la quanto 
a contusões e lesões que ficaram ocultas, atentando-se objetivar prevenir a integridade 
pessoal da mesma. 
Quando estiver consciente, devemos questionar os locais em que sente dor e avaliar a 
real necessidade de exposição; se necessário, fazê-la preferencialmente dentro de viatura 
de resgate. 
Em vítimas inconscientes, despi-la cuidadosamente, avaliar possíveis lesões e prevenir 
hipotermia com auxílio de bolsas térmicas, cobertores e/ou mantas aluminizadas. 
 
 
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
Análise Secundária 
 
 
Parte A – Análise secundária subjetiva 
- Relacionar o local da ocorrência com as lesões da vítima. 
- Questionar a vítima e/ou testemunhas – AMPLA. 
 
Parte B – Análise secundária objetiva 
- Verificar sinais vitais: frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, 
perfusão capilar, coloração, temperatura e umidade da pele, tamanho e reatividade das 
pupilas. 
- Realizar o exame da cabeça aos pés. 
 
Parte A 
 
Elementos do AMPLA 
O resgatista deve obter as seguintes informações: 
- Queixa principal. 
- Idade e sexo. 
A – Alergias. 
M – Medicamentos. 
P – Passado médico ou cirúrgico (prenhez). 
L – Líquidos e refeições (horário da última refeição e intervalo até o trauma). 
A – Ambiente do trauma (o quê aconteceu?). 
 
 
Parte B 
 
Métodos de avaliação e aferição dos dados vitais 
 
Avaliação da Respiração: 
- Observar a expansão do tórax da vítima. 
- Contar os movimentos respiratórios em um minuto. 
- Observar a profundidade dos movimentos respiratórios, classificando em: normal, 
superficial e profundo. 
- Observar o tipo de respiração, quanto à: regularidade, simetria e ruídos emitidos. 
- Considerando o resultado da observação acima, classificar o tipo de respiração em: 
normal e alterada. 
- Considerar frequência respiratória alterada se esta for menor do que 10 m.r.m. ou maior 
que 30 m.r.m. 
 
 
Aferição do Pulso: 
- Empregar os dedos indicador e médio. 
- Posicionar as polpas dos dedos no sulco existente no punho, entre o osso rádio e os 
tendões. 
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Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
- Exercer pressão suficiente para sentir o pulsar da artéria. 
- Contar os batimentos durante 30 segundos e multiplicar o resultado por 2, obtendo 
frequência de batimentos por minuto (b.p.m.). 
- Observar a regularidade do intervalo entre os batimentos, classificando em: regular e 
irregular. 
- Observar a intensidade do pulsar da artéria, classificando em: fino ou cheio. 
 
 
Aferição da Pressão Arterial (Método Auscultatório / Método Palpatório) 
 
1- Aferição da Pressão Arterial nos Membros Superiores 
 
 
2- Aferição da Pressão Arterial nos Membros Inferiores 
 
Avaliação das Pupilas 
- Abaixar as pálpebras da vítima por cinco segundos, abrindo rapidamente e observando 
a reação pupilar. 
- Em locais com pouca luminosidade, empregar a lanterna de pupilas. 
- Observar a contração das pupilas, classificando em: reativa e não reativa. 
- Observar a simetria entre as duas pupilas, classificando em: simétricas (isocóricas) e 
assimétricas (anisocóricas). 
- Observar o tamanho das pupilas, classificando em: midríase (pupila dilatada) e miose 
(pupila contraída). 
Observação: 3% da população apresentam anisocorias desde o nascimento, não 
havendo nenhuma relação com o trauma ou qualquer patologia. 4% da população 
apresentam discorias desde o nascimento, não havendo nenhuma relação com trauma 
ou quaisquer patologias. 
 
Avaliação da Perfusão Capilar Periférica 
- Checar a perfusão pressionando a polpa digital de um dos dedos da mão ou do pé. 
Soltar e observar o retorno à coloração rósea, classificando: 
- normal (retorno em até 2 segundos); 
- lenta (retorno acima de 2 segundos); 
- nula (não retorna à coloração rósea). 
 
Exame Cefalopodálico 
O exame da cabeça aos pés deve ser direcionado de acordo com a queixa principal. Este 
exame deve ser rápido, objetivo e completo: 
 
a) Cabeça: 
- Ferimentos ou deformidades 
- Secreção pela boca, nariz e/ou ouvidos (otoliquorreia ou nasoliquorreia, ou ambos) 
- Hálito (etílico ou cetônico) – lembre-se: o diagnostico é ato médico 
- Dor 
- Dentes quebrados, próteses dentárias 
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b) Pescoço: 
- Ferimentos ou deformidades 
- Ingurgitamento de veias 
- Desvio de traqueia 
- Resistência ou dor ao movimento 
- Crepitação 
- Dor 
 
c) Tórax e dorso: 
- Ferimentos e deformidades 
- Respiração difícil- Alteração na expansibilidade 
- Crepitação 
- Dor 
 
d) Abdômen: 
- Ferimentos e deformidades 
- Tumorações (principalmente pulsáteis) 
- Defesa ou rigidez 
- Dor à palpação 
 
 
e) Pelve e nádegas: 
- Ferimentos ou deformidades 
- Dor à palpação 
- Instabilidade e crepitação 
 
f) Extremidades (membros superiores e inferiores): 
- Ferimentos ou deformidades 
- Pulso distal (membros superiores - artéria radial; membros inferiores - pulso pedioso) 
- Resposta neurológica (sensibilidade, motricidade, força muscular) 
- Perfusão capilar 
- Dor 
 
 
A. Manejo da Via Aérea 
 
A obstrução da via aérea é a mais comum complicação de causa reversível no trauma. 
Todos os doentes de trauma como os de emergências clínicas devem ter a 
permeabilidade da via aérea assegurada. 
Consideramos via aérea o espaço compreendido entre o nariz e os bronquíolos, isto é, 
todo trajeto que o ar percorre até a chegada aos alvéolos. Neste trajeto não ocorre a 
passagem de oxigênio para a corrente sanguínea. 
Todo paciente que apresenta ausência de respiração ou ruídos respiratórios (roncos, 
gargarejo, assovio, etc.) deve ser considerado portador de obstrução de via aérea. 
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Obstrução de vias aéreas 
 
A causa mais comum de obstrução de via aérea em vítimas inconscientes é a queda da 
base da língua. Para desobstrução da via aérea, utilizamos as seguintes técnicas (em 
ordem de prioridade): 
 
a. Manobras Manuais (Elevação do Mento e Tração da Mandíbula) 
 
 Manobra de Tração da Mandíbula (“Jaw thrust”) 
 
- Posicionar-se atrás da cabeça da vítima, agachado e próximo. 
- Colocar as mãos espalmadas lateralmente a sua cabeça, com os 
dedos voltados para frente. 
- Posicionar os dois dedos indicadores em ambos os lados, no ângulo 
da mandíbula. 
- Posicionar os dois dedos polegares sobre o queixo da vítima. 
- Simultaneamente, fixar a cabeça com as mãos, elevar a mandíbula 
com os indicadores e abrir a boca com os polegares. 
- Esta manobra aplica-se a todas as vítimas inconscientes de trauma, pois proporciona ao 
mesmo tempo liberação das vias aéreas, alinhamento da coluna cervical e imobilização. 
 
Manobra de Elevação do Mento (“Chin lift”) 
- Segurar o queixo com o polegar e o indicador de uma 
das mãos e tracioná-lo para cima. 
- Não se deve estender o pescoço da vítima, portanto 
mantenha a cabeça firme com a outra mão. 
Esta manobra aplica-se a todas as vítimas inconscientes 
para obter liberação das vias aéreas, porém não imobiliza 
e protege a coluna cervical de possíveis lesões. Coloque 
um colar cervical na vítima assim que possível, de 
tamanho adequado. 
 
b. Dispositivos Provisórios (Cânula Orofaríngea ou Cânula de Guedel) 
Após a liberação da via aérea com auxílio das manobras manuais, nas vítimas com 
reflexo do vômito ausente deve-se aplicar a cânula orofaríngea adequada ao tamanho da 
vítima. 
 Para medir a cânula, devemos posicioná-la na lateral da cabeça da vítima, sendo 
que a cânula de tamanho adequado deverá se posicionar da rima labial ao arco da 
mandíbula. A introdução da cânula orofaríngea em adultos deverá ser feita na posição 
invertida, isto é, virada para cima e, após a introdução parcial, deve ser rodada até a 
posição normal e introduzida até o término. Nas crianças, a introdução da cânula 
orofaríngea deve ser feita diretamente, isto é, sem o giro e com auxílio de um abaixador 
de língua. 
c. Dispositivos Definitivos (Intubação Orotraqueal, Intubação Nasotraqueal, etc.) 
A utilização de dispositivos para obtenção de via aérea definitiva é restrita ao Suporte 
Avançado. 
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Obstrução de Via Aérea por Secreção (sangue, vômito, etc.) 
Os pacientes portadores de secreção na via aérea deverão ter a mesma aspirada, para 
isto deve ser utilizada sonda de aspiração grossa e aspirador manual ou sistema de 
vácuo. As manobras de aspiração devem ser rápidas e intermitentes. Lembre-se de que, 
ao aspirar o paciente, você está momentaneamente piorando a hipóxia da vítima. 
 
 
Obstrução de Via Aérea por Corpo Estranho 
Adulto consciente engasgado: 
Pergunte: Você pode falar? 
Se não puder, inicie imediatamente compressões abdominais (vide figuras), para que, 
aumentando a pressão intra-abdominal, seja transferida para a cavidade intratorácica e o 
“corpo estranho” seja expelido. 
Essa técnica é denominada de Manobra de Heimlich. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adulto inconsciente engasgado 
 
Verifique a inconsciência. Contate o CCO e acione o Suporte Avançado. 
Deite a vítima em decúbito dorsal horizontal. 
Libere as vias aéreas (se o corpo estranho for visível, retire-o). 
Verifique a atividade respiratória; se não houver, tente efetuar ventilação boca-máscara 
ou bolsa-máscara (AMBU); (2 ventilações de resgate) confirme elevação do tórax. 
Observe se a vítima respira; caso ainda não respire, inicie compressões no tórax, na 
frequência de 30 compressões para 2 ventilações, em uma frequência de 100 
compressões por minuto. 
Observe se o objeto é visível antes da ventilação. 
 
Bebê consciente engasgado 
Constate a obstrução através de sinais clínicos (dificuldade respiratória, cianose, etc.), 
contate o CCO e solicite o Suporte Avançado no local. 
Posicione o bebê de bruços em seu braço. 
Efetue 5 golpes entre as escápulas. 
Vire o bebê de costas em seu braço. 
Efetue 5 compressões no esterno. 
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Repita a sequência até obter sucesso na manobra ou perder a consciência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bebê inconsciente engasgado 
Verifique inconsciência (se estiver inconsciente), informe o CCO e solicite o Suporte 
Avançado no local. 
Deite o bebê de costas em uma superfície plana. 
Abra a cavidade oral e tente visualizar o corpo estranho. 
Se conseguir, tente removê-lo com os dedos (sem varredura digital). 
Verifique a respiração; se ausente, aplique 2 ventilações. 
Inicie compressões no tórax na frequência de 30 compressões para 2 ventilações, em 
uma frequência de 100 compressões por minuto. 
Durante o ciclo de RCP, abra a via aérea e observe se o objeto é visível antes de cada 
ventilação. 
 
 
B. Manejo da Ventilação 
 
Após garantir a permeabilidade da via aérea, devemos avaliar a ventilação da vítima. Esta 
deverá ser feita através da inspeção e palpação do tórax: 
 Inspeção do Tórax: Observar frequência (alta, normal ou baixa) e simetria dos 
movimentos respiratórios, ferimentos e/ou deformidades no tórax e utilização de 
musculatura acessória. 
 Palpação do Tórax: Verificar deformidades, presença de enfisema subcutâneo 
(ar solto debaixo da pele) ou dor. 
 
Ventilação Assistida: Todo paciente adulto com frequência respiratória superior a 30 ipm 
ou inferior a 10 ipm deve ter a ventilação assistida, com intermédio de Máscara e Ambu 
com reservatório de oxigênio. 
 
Devemos ofertar oxigênio para todo paciente com Sat O2 inferior a 95%. 
 
 
 
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C. Manejo da Circulação, da Hemorragia e do Estado de Choque 
 
Após garantir a permeabilidade da via aérea e a ventilação adequadada vítima, todas as 
hemorragias abundantes aparentes (externas) devem ser estancadas, para isto deverão 
ser utilizadas as seguintes técnicas (na sequência abaixo): 
1. Compressão Direta: Em hemorragias externas, comprima firmemente o local, com 
gaze ou compressa tipo ZOOBEC, se necessário complementando com novas 
compressas, nunca retirando os mesmos para checar se o sangramento parou. 
2. Torniquete: Considerar o uso de torniquete para as grandes hemorragias que não 
são controladas, mesmo após a manobra anterior. Para aplicar o torniquete, pode 
ser utilizado o aparelho de pressão (esfignomanômetro) e obrigatoriamente deve se 
anotar a hora em que o mesmo foi introduzido. 
3. Curativos Hemostáticos: São curativos que provocam a coagulação do sangue, 
interrompendo a hemorragia, somente podem ser utilizados na presença do médico. 
Após estancar as hemorragias externas abundantes, inicia-se a avaliação da 
circulação pelos critérios abaixo: 
 Pele: Avaliar a cor (pálida, corada, cianótica, etc.) e a umidade (seca ou 
úmida); 
 Mucosa: Avaliar a cor (pálida ou corada); 
 Tempo de Enchimento Capilar (através da compressão do leito ungueal): 
maior que 2 segundos; menor que 2 segundos ou ausente; 
 Pulso: Frequência (rápido, normal ou lento), amplitude (cheio ou filiforme) e 
ritmo (rítmico ou arrítmico). 
Obs. 1: Todo paciente portador de TAQUICARDIA (pulso rápido), PALIDEZ CUTÂNEA 
e MUCOSA e TAQUIPNEIA (frequência respiratória aumentada) deve ser considerado 
como portador de CHOQUE! 
Obs. 2: Nas hemorragias internas, o tratamento definitivo é o cirúrgico. 
Obs. 3: A reposição volêmica somente é realizada na presença do Suporte Avançado. 
 
Estado de Choque 
O choque hipovolêmico é classificado de acordo com a tabela abaixo: 
 
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Tabela de perda estimada de sangue em um indivíduo de 70 kg 
 Classe I Classe II Classe III Classe IV 
Perda sanguínea 
(ml) 
Até 750 750 - 1500 1500 - 2000 > 2000 
Perda sanguínea 
(% vol. sanguíneo) 
Até 15% 15% - 30% 30 - 40% > 40% 
Frequência de 
pulso 
< 100 > 100 > 120 > 140 
Pressão arterial Normal Normal Diminuída Diminuída 
Frequência 
respiratória 
14 - 20 20 - 30 30 - 40 > 40 
Estado mental/ 
SNC 
Levemente 
ansioso 
Moderadamente 
ansioso 
Ansioso, 
confuso 
Confuso, 
letárgico 
Estado de Choque Compensado Compensado Descompensado Descompensado 
 
 
 
 
 
 
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Traumatologia 
 
 
Conceitos Básicos 
 
 
1- Traumatologia 
É o estudo das consequências das ações dos agentes traumáticos nas vítimas. 
Agente traumático é tudo que pode causar uma lesão na vítima. 
 
Classificação 
 
De acordo com o tipo de agente traumático: 
 Mecânicos, físicos, químicos e psicológicos (que levam às causas anteriores). 
 
De acordo com o tipo de lesão que o agente traumático causa na vítima: 
 Então temos: 
 
 Contusão é uma agressão orgânica causada por um agente externo em que não 
ocorre perda da integridade da pele. 
 Lembre-se: Toda vez que temos uma contusão, podemos ter lesão interna do 
corpo. 
 
 Ferimento, ferida traumática ou trauma aberto é toda agressão causada por um 
agente externo ou traumático em que existe perda da integridade da pele. 
 Lembre-se: O importante em ferimentos é saber se o agente traumático penetrou 
ou não em uma cavidade natural do indivíduo. 
 Assim teremos: ferimentos externos (ou superficiais) e penetrantes (ou profundos), 
e em caso mais graves as lacerações ou avulsões. 
 
 Fratura é a perda total ou parcial de continuidade de um osso. 
 Lembre-se: Ao socorrermos alguém, devemos sempre nos preocupar com o 
indivíduo como um todo e não somente com o osso fraturado. Às vezes a fratura é menos 
importante do que o local que os fragmentos ósseos possam ter atingido. Por exemplo: 
uma fratura de crânio, de coluna vertebral, de arcos costais, podem levar a lesões de 
órgãos internos importantes como o cérebro, a medula nervosa e o pulmão ou coração. 
 
 Entorse e luxação são patologias que atingem a articulação. Na entorse existe 
perda da relação dos ossos da articulação com a volta espontânea dos mesmos para o 
lugar, enquanto na luxação os ossos permanecem fora do lugar. 
 Lembre-se: Os locais mais comuns de entorse e luxação são o ombro, o quadril e o 
tornozelo. 
 
 Distensões musculares, lesões ligamentares e tendinosas são aquelas que 
atingem o sistema muscular e seus elementos decorrentes de esforço exagerado ou uso 
inadequado, ou então se apresentam junto com outros traumas nos politraumatismos. 
Atelie Bia Carvalho
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Atelie Bia Carvalho
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 Lesões vasculares são aquelas que atingem as veias e artérias, podendo causar 
hemorragias internas e externas. 
 Lembre-se: Normalmente na hemorragia arterial o sangue sai vermelho vivo e em 
jatos intermitentes, e na venosa sai vermelho escuro e continuamente. Posteriormente 
veremos como tratar as hemorragias. 
 
 Queimaduras são lesões causadas no corpo por calor, frio, produtos químicos ou 
radiação, inclusive o sol. 
 Lembre-se: A gravidade de uma queimadura depende da profundidade na pele e 
principalmente do tamanho da área atingida. 
 
 Eletrocussão ou choque elétrico são acidentes causados por eletricidade, 
podendo levar apenas a lesão de pele ou até a parada cardiorrespiratória. 
 
 
2 - Volemia 
 
 É o volume sanguíneo total circulante. Embora existam variações individuais, a 
volemia de um adulto normal corresponde a aproximadamente 7% de seu peso corpóreo. 
Exemplo: um indivíduo de 70 kg deve ter aproximadamente 5 litros de sangue circulante. 
Em crianças, a volemia é considerada de 8 a 9% do peso corpóreo (80 a 90 ml/kg). 
 
 
3 - Hemorragia 
 
É a perda aguda do volume sanguíneo. 
 
Classificação: 
 
a) Segundo a localização: 
 
Hemorragia Interna: é a perda aguda de sangue para o meio interno ou cavidade 
(cavidades do tórax, abdome e pelve, além de fraturas de fêmur e bacia), o que 
impossibilita a visualização direta, sendo detectada pelos sinais de choque. 
 
Hemorragia Externa: é quando o sangue sai dos vasos para o exterior, sendo 
visível na análise primária. 
 
4 - Choque 
 
É uma síndrome clínica cujos sinais e sintomas são consequência de uma 
inadequada perfusão orgânica e má oxigenação tecidual, decorrente de qualquer 
disfunção no sistema cardiovascular. 
 
 
 
Atelie Bia Carvalho
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Atelie Bia Carvalho
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Classificação 
 
Hipovolêmico, restritivo (pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco), 
cardiogênico, neurogênico, séptico e anafilático. 
 
O choque hipovolêmico ocorre devido à perda de sangue ou outros líquidos 
corpóreos. 
O choque cardiogênico ocorre devido a patologias cardíacas.O choque neurogênico ocorre quando existe uma lesão completa da medula 
vertebral. 
O choque séptico ocorre em infecções graves e tardiamente. 
O choque anafilático necessita de um agente agressor que causa uma reação 
alérgica que culmina com a diminuição da pressão arterial. 
 
Observações: 
 
 Toda vítima de trauma com taquicardia (frequência cardíaca elevada), taquipneia 
(frequência respiratória elevada), pele fria, úmida e pálida está em choque, até que 
se prove o contrário. 
 Todo traumatizado em choque está com choque hipovolêmico por sangramento, 
até que se prove o contrário. 
 Toda vítima de trauma em choque necessita de oxigênio. 
 O aumento da frequência cardíaca e do pulso é o sinal mais precoce de 
hipovolemia, sendo a queda da pressão arterial sinal tardio. 
 
 
5 - Queimaduras 
 
Introdução 
Grande parte das queimaduras é de pequena gravidade, ocorrendo em residências e 
decorrentes de acidentes domésticos. Somente de 3% a 5% dos casos são graves. 
A pele é o maior órgão do corpo humano e tem várias funções. É a barreira contra perdas 
de água e calor do corpo. Tem também papel importante na proteção contra infecções. 
As queimaduras podem ter origem térmica, elétrica, química ou radioativa. 
 
Queimaduras Térmicas 
São causadas pela condução de calor através de líquidos, sólidos e gases aquecidos e 
calor de chamas. 
 
Queimaduras Elétricas 
São produzidas pelo contato com eletricidade de alta ou baixa voltagem. A lesão é 
causada pela produção de calor que ocorre à medida que a corrente elétrica atravessa o 
tecido. 
 
Queimaduras Químicas 
Resultam através do contato de substâncias corrosivas, líquidas ou sólidas, com a pele. 
Atelie Bia Carvalho
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Atelie Bia Carvalho
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Atelie Bia Carvalho
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Queimaduras por Radiação 
Resultam da exposição à luz solar ou a fontes nucleares ou radioativas. 
 
Conduta em queimaduras: 
 
- Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE. 
- Mantenha as vias aéreas pérvias e estabilize a coluna cervical da vítima. 
- Verifique os movimentos respiratórios e se necessário inicie manobras de 
respiração artificial. 
- Verifique os prováveis sangramentos e/ou parada cardíaca e se necessário 
controle a hemorragia e inicie massagem cardíaca. 
- Verifique o estado neurológico e a exposição. 
- Toda roupa não aderida deve ser removida para interromper o processo de 
queimadura. 
- Faça monitorização dos sinais vitais constantemente. 
- Providencie assim que possível transporte para tratamento definitivo em hospital de 
referência. 
 
Determinar a severidade da lesão: profundidade da queimadura, percentual de superfície 
corporal queimada (SCQ), localização da queimadura, associação com outras lesões, 
comprometimento de vias aéreas e estado prévio da vítima. 
 
A profundidade da queimadura é importante para avaliar sua gravidade, para planejar o 
tratamento da ferida e para prever os resultados funcionais e cosméticos finais. 
 
Classificação das queimaduras quanto à profundidade 
Depende das camadas da pele afetadas. As queimaduras são classificadas em primeiro, 
segundo e terceiro grau. 
 Queimaduras de primeiro grau (ex., queimaduras solares) são caracterizadas por 
eritema, dor e ausência de bolhas. Não determinam risco de vida. 
 Queimaduras de segundo grau ou queimaduras de espessura parcial são 
caracterizadas pela aparência vermelha ou mosqueada e pela presença de edema 
e bolhas. A superfície pode apresentar-se com aparência “lacrimejante” ou úmida, 
causando dor intensa. 
 Queimaduras de terceiro grau ou de espessura total costumam ser escuras e 
ter aparência de couro. A pele pode apresentar-se translúcida, mosqueada ou 
esbranquiçada, com aspecto de cera. A superfície é indolor e seca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação das Queimaduras quanto à Profundidade 
Profundidade Aparência Textura da 
Pele 
Enchimento 
Capilar 
Dor Cura 
Epiderme 
Superficial 
Eritema Normal Sim Sim Sim 
Derme Superficial Eritema com bolhas Edema Sim Sim Mínima 
Derme Profunda Rósea ou Branca Espessa Variável Não Densa 
Toda a Derme Branca/negra/marrom Espessa Não Não Não 
 
 
 
 
 
 
 
 1º grau 2º grau 3º grau 
 
 
Extensão da Lesão 
 
É estimada pelo resgatista como porcentagem de superfície corporal queimada. Os dois 
métodos mais utilizados são a regra dos nove e da palma. 
 
a. Regra da Palma 
A palma da mão da vítima, não incluindo os dedos, representa aproximadamente 1% da 
superfície corporal (SC). Assim, o resgatista pode estimar a extensão de uma queimadura 
calculando o número de palmas. 
 
b. Regra dos Nove 
É uma regra prática e útil para determinar a extensão da queimadura. O corpo de um 
adulto é dividido em regiões anatômicas que representam 9%, ou múltiplos de 9%, da 
superfície corpórea total. Assim sendo, a cabeça representa 9%, membros superiores 9% 
cada um deles, membros inferiores 18% cada um deles e tronco 36% em sua face 
anterior e posterior. 
A área de superfície corpórea da criança é consideravelmente diferente daquela do 
adulto. 
 
 
 
6 - Choque Elétrico 
 
As queimaduras elétricas frequentemente são mais graves do que parecem à inspeção 
externa. O corpo humano serve como um condutor da energia elétrica e o calor gerado 
resulta em lesão térmica dos tecidos. 
 
 
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O choque elétrico pode provocar: 
- Parada cardiorrespiratória 
- Queimaduras, indicando ponto de entrada e saída da corrente elétrica 
- Traumas associados 
 
 
Sinais e Sintomas: 
- Distúrbios da visão 
- Zumbidos 
- Parada respiratória 
- Lesão muscular que causa mioglobinúria (lesão muscular), levando a 
insuficiência renal 
- Lesões nos ossos e nas articulações decorrentes da violenta contração 
muscular 
- Arritmia cardíaca 
- Convulsões 
 
 
Conduta no Choque Elétrico 
 
- Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE. 
- Afaste a vítima da fonte de eletricidade, 
utilizando equipamentos (EPI) que não sejam 
condutores de corrente elétricas. 
- Mantenha as vias aéreas pérvias e estabilize a 
coluna cervical da vítima. 
- Verifique os movimentos respiratórios e se 
necessário inicie manobras de respiração 
artificial. 
- Verifique os prováveis sangramentos e/ou 
parada cardíaca e se necessário controle a hemorragia e inicie massagem 
cardíaca. 
- Verifique o estado neurológico e a exposição. 
- Faça monitorização dos sinais vitais constantemente. 
- Providencie assim que possível transporte para tratamento definitivo em 
hospital de referência. 
 
Observações 
 
 “Não se exponha ao perigo.” 
 Tente primeiro desligar a fonte de energia. 
 Na dúvida, aguarde uma equipe técnica, para evitar acidentes com eletricidade. 
 Se não for possível e for seguro, use um cabo seco de madeira para separar a 
vítima do fio energizado. 
 Se a vítima estiver no interior de um veículo, peça para a mesma ficar no seu 
interior, até que a companhia de eletricidadepossa desenergizar os fios do local. 
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 Se houver risco iminente de incêndio ou explosões, oriente a vítima a pular do 
veículo para a terra sem fechar o circuito com o solo. 
 Sempre considerar a vítima de choque elétrico como grave, mesmo que não haja 
sinais externos que indiquem isto. 
 
 
7 - Ferimentos 
 
São classificados de acordo com a sua extensão, tipo e complicações. 
 
Classificação dos Ferimentos 
 
Ferimento Incisivo: Bordas regulares e o comprimento prevalecem sobre a 
profundidade. 
Exemplo: navalhas, bisturis, lâminas de metal e vidro. 
 
 
Ferimento Cortocontuso: Varia com o agente causador, podendo apresentar bordas 
irregulares, edema e hematoma. 
 
Ferimentos Perfurantes: São superficiais ou profundos, transfixantes ou não, sua 
gravidade varia de acordo com a profundidade e o órgão atingido. 
 
Ferimentos Perfurocontusos: Causados geralmente por projéteis de armas de fogo, 
existindo área de contusão com orifício de entrada e de saída, sendo este último maior 
que o primeiro, contendo fragmentos orgânicos e do projétil. 
 
Avaliação dos Ferimentos: 
O resgatista deve ser capaz de avaliar o tipo de ferimento e classificá-lo. 
Limpar cuidadosamente o ferimento com solução fisiológica 0,9%. 
Realizar curativo. 
Caso haja hemorragia, usar método de hemostasia mais adequado para o ferimento. 
 
Observação 
 Ferimentos causados por objetos transfixantes que ficaram empalados, realizar 
curativos objetivando mantê-lo fixo. 
 
Ferimentos em Tecidos Moles 
 
Procedimentos 
 
1- Verificar o mecanismo de lesão. 
2- Identificar lesões que ameaçam a vida. 
3- Verificar a localização do ferimento, sugerindo lesões internas de órgãos, com ou sem 
hemorragia. 
4- Expor o ferimento sem piorá-lo. 
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5- Identificar se houve ruptura da integridade da pele. 
6- Avaliar a função neurovascular distal ao ferimento (pulso, motricidade e sensibilidade 
distal ao ferimento). 
7- Identificar se o ferimento é penetrante, não remover objeto empalado; somente retirar 
corpos estranhos soltos e que não ofereçam maiores riscos na remoção. 
8- Se houver resíduos, lavar ferimento com solução fisiológica a 0,9%. 
9- Cobrir o ferimento com gaze, fixando-a com fitas adesivas, ataduras ou bandagens. 
10- Em hemorragias, realizar curativos compressivos e proceder às condutas específicas. 
 
Os ferimentos deverão ser tratados durante a análise secundária, exceto aqueles 
acompanhados por grandes hemorragias. 
 
 
 
Técnica de imobilização de ferimento com objeto empalado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferimentos na Cabeça e na Face 
 
Procedimentos 
 
1- Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada numa 
posição neutra. 
2- Aplicar curativo sem exercer forte pressão. 
3- Utilizar para o curativo a bandagem triangular ou atadura de crepe. 
4- Não retirar objetos empalados ou transfixantes. 
5- Estabilizar o objeto com auxílio de gaze, atadura e bandagem. 
6- Nos ferimentos com fratura de mandíbula, utilizar a cânula orofaríngea ou de Guedel 
nas vítimas inconscientes, para manter a via aérea pérvia. 
7- Estar atento aos sinais e sintomas de traumatismo craniano. 
Observações 
 Ferimentos de face associados à fratura são graves e frequentemente necessitam 
de manobras mais avançadas para a manutenção das vias aéreas (cricostomia). 
Identificando tal fato, contate o CCO e solicite a presença do Suporte Avançado 
local. 
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 Mantenha a coluna cervical imóvel durante os procedimentos, pois é frequente a 
possibilidade de existirem lesões de coluna cervical nas vítimas com ferimento de 
cabeça e face. Crianças com ferimentos extensos de couro cabeludo 
frequentemente apresentam queda de PA por perda sanguínea, haja vista a rica 
irrigação sanguínea do couro cabeludo. 
 
 
Ferimentos nos Olhos 
 
Procedimentos 
1- Não retirar nenhum corpo estranho do olho. 
2- Aplicar atadura oclusiva em ambos os olhos, para limitar os movimentos. 
3- Não fazer pressão sobre o globo ocular. 
4- Não tentar recolocar o globo ocular protuso no lugar. 
5- Em queimaduras químicas, seja por substância básica ou ácida, irrigar com soro 
fisiológico a 0.9% durante 10 minutos. Fazer a irrigação do centro para o canto externo 
do olho. 
6- Fazer a irrigação continuamente durante o transporte ao hospital-referência. 
 
Observações 
 Retirar lentes de contato. 
 Em queimaduras químicas, identificar nome do produto e se possível levar o 
recipiente para o hospital. 
 
Ferimentos no Nariz 
 
Ferimentos Traumáticos 
1- Manter as vias aéreas pérvias. 
2- Observar se há saída de sangue (rinorragia). 
3- Em sangramentos, pinçar, com o dedo indicador e o polegar, as narinas na sua parte 
cartilaginosa durante cinco minutos. 
4- Se persistir o sangramento, exercer novamente a pressão com os dedos. 
5- Transportar a vítima em prancha, com o decúbito elevado para evitar broncoaspiração 
de sangue. 
 
Hemorragia Espontânea 
1- Manter as vias aéreas pérvias. 
2- Manter a vítima calma e sentada, fora da exposição solar. 
3- Orientá-la para que respire pela boca, não forçando a passagem de ar pelas narinas e 
também para não deglutir sangue. 
4- Pinçar, com os dedos indicadores e o polegar, as narinas na sua parte cartilaginosa 
durante cinco minutos. 
5- Se persistir o sangramento, exercer novamente a pressão com os dedos e transportar 
a vítima semissentada. 
Observação 
 Nos casos de trauma, não obstruir a saída de sangue pelo nariz. 
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Ferimentos no Pescoço 
 
Procedimentos 
 
1- Verificar o mecanismo de lesão. 
2- Identificar lesões que ameaçam a vida. 
3- Verificar constantemente a permeabilidade de vias aéreas. 
4- Nos ferimentos que comprometam as vias aéreas, ministrar oxigênio por máscara, 
transportar em decúbito elevado. 
5- Não remover objeto transfixado, imobilizá-lo para evitar movimentação. 
6- Estar atento aos sinais de lesão de laringe e traqueia por traumatismo fechado 
(enfisema subcutâneo ou rouquidão, ou dor, ou estridor laríngeo). 
7- Em vítimas de trauma, manter a coluna alinhada numa posição neutra, mesmo não 
sendo possível utilizar o colar cervical. 
 
Ferimentos que Comprometam Vasos Sanguíneos 
 
a) Ferimentos com hemorragia de origem arterial 
- São identificados por serem de cor vermelho-vivo e “em jato”. 
- Fazer compressão manual direta sobre a artéria com uma gaze ou compressa limpa e 
mantê-la até chegar ao hospital-referência. 
- Solicitar a presença do Suporte Avançado. 
 
b) Ferimentos com hemorragia de origem venosa 
- São identificados por serem de cor vermelho-escuro. 
- Fazer compressão manual do ferimento com curativo de gaze oclusiva. 
 
Observações 
 Grandes ferimentos arteriais ou venosos (artéria carótida, veia jugular) são 
preocupantes, pois, se não comprimidos e cessados pelo resgatista, levarão 
rapidamente à deterioração dos sinais vitais e a queda da pressão arterial, 
culminando não raramente com CHOQUE. 
 Ferimentos em regiãocervical frequentemente levam ao comprometimento de via 
aérea. 
 
Amputação e/ou Avulsão 
 
Procedimentos 
1- Conter hemorragia empregando técnicas específicas. 
2- Prevenir o choque hemodinâmico. 
3- Localizar o segmento amputado desde que não retarde remoção da vítima. 
4- Conduzir o segmento amputado juntamente com a vítima. 
5- Envolvê-lo com plástico protetor esterilizado. 
6- Colocá-lo em um recipiente com gelo, se possível. 
 
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Considerar a possibilidade da ocorrência de choque hemodinâmico nas grandes 
amputações e/ou avulsões. 
Não colocar o segmento amputado em contato direto com gelo, água ou outra substância. 
Caso haja grande perda de sangue ou sinal de choque hemodinâmico, priorizar o 
atendimento e remoção da vítima ao hospital de referência, evitando perder tempo na 
procura de segmento e/ou membro amputado. 
 
Ferimentos Penetrantes no Tórax 
 
1. Reconhecimento 
 
- dor no local 
- respiração dificultosa 
- presença de ferimento no tórax 
- saída de ar através do tórax (ferida soprante) 
- saída de sangue borbulhando pelo ferimento 
- tosse com secreção sanguinolenta 
- desvio de traqueia 
- enfisema subcutâneo (presença de ar no subcutâneo) 
 
Procedimentos Gerais 
 
1. Controlar hemorragia. 
2. Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões (expiração forçada). 
3. Aplicar no ferimento um curativo oclusivo de formato quadrado (utilizar o plástico 
protetor de evisceração), vedando suas bordas em 3 pontas com esparadrapo. 
4. Monitorar constantemente pressão arterial, frequências respiratória e cardíaca, 
coloração de mucosas. 
5. Manter a vítima com máscara de oxigênio (12 a 15 litros/min). 
6. Estar atento aos sinais e sintomas de choque (taquicardia, taquipneia e palidez 
cutânea e mucosa). 
 
Evisceração 
1 - Cobrir vísceras expostas com plástico esterilizado (utilizar protetor de evisceração) ou 
com compressas de gaze algodoadas estéreis (“Zoobec”), umedecidas em soro 
fisiológico. 
2 - Proteger o local com curativo oclusivo. 
3 - Estar atento aos sinais e sintomas de choque hemodinâmico. 
4 - Estar preparado para a ocorrência de vômitos. 
5 - Nunca tentar recolocar as vísceras no interior do abdômen. 
 
Observações 
 Não introduzir compressas de gaze nas vísceras. 
 Abrir o frasco de soro fisiológico para umedecer a compressa apenas no momento 
da utilização. 
 
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8 - Curativos 
 
A pele é um órgão que tem como função proteger as estruturas internas do nosso corpo, 
manter a temperatura corpórea e proteção contra infecções. 
Quando a pele é rompida, se faz necessário criar uma camada artificial e temporária até 
que as células se encarreguem de recompor os tecidos lesados. 
Um bom curativo é aquele que: 
- Mantém a umidade da pele, portanto é necessário sempre regar a ferida com soro 
fisiológico. 
- Mantém a temperatura corpórea, por isso sempre que possível devemos usar solução 
morna. 
- Protege a ferida contra infecções, permitindo que os poros respirem. Por isso não 
devemos pressionar muito ao ocluir um ferimento. 
 
A solução escolhida deve limpar e não agredir o tecido. 
A solução mais utilizada é a água corrente, sabonete neutro para limpeza e soro 
fisiológico após a primeira limpeza e nas trocas do curativo. 
Existem vários tipos de curativos: ácidos graxos essenciais, curativos hidrocoloides, 
papaína, curativo com açúcar etc. No trauma, basicamente utilizaremos quatro tipos 
principais: 
 
Curativo oclusivo: ocluir o ferimento para proteger do meio externo, devemos sempre 
umedecer a primeira gaze ao entrar em contato com a ferida. 
 
Curativo compressivo: comprimir temporariamente uma lesão com a finalidade de conter 
um sangramento. 
 
Curativo de três pontas: utilizado em ferimentos soprantes no tórax, utiliza um plástico 
estéril com três lados do quadrado do plástico presos para um lado solto; o ar deverá sair 
durante a expiração e não entrar durante a inspiração, realizando um mecanismo de 
válvula e impedindo que a pressão dentro do tórax se torne positiva. 
 
Curativos em objetos empalados: o objetivo é manter o objeto imóvel, impedindo que este 
cause maiores lesões. Utilize compressa ou gaze, esparadrapo e, se necessário, ataduras 
para imobilizar o objeto. 
 
Em queimados, utilize gaze umidificada, se houver roupas grudadas nas feridas não 
retire. Você deve umedecê-las com solução fisiológica para que soltem sozinhas, ou 
aguardar que sejam retiradas no hospital. 
 
Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) 
 
São classificados como TCE todos os traumatismos que atingem o crânio e o seu 
conteúdo (encéfalo, cerebelo, meninges, líquor e vasos sanguíneos). 
 
Podem ser divididos conforme a tabela abaixo: 
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Mecanismo 
 
Fechado 
Alta velocidade (colisão de veículos) 
Baixa velocidade (quedas e agressões) 
 
Penetrante 
Ferimentos por projétil de arma de fogo 
Outras lesões penetrantes 
 
 
Gravidade 
Leve Glasgow = 14 - 15 
Moderada Glasgow = 09 - 13 
Grave Glasgow = 03 - 08 
 
 
 
 
 
 
Morfologia 
Fraturas de crânio De calota Linear vs. estrelada 
Com ou sem afundamento 
Exposta ou fechada 
Basilares Com ou sem perda de líquor 
Com ou sem paralisia 
Lesões 
intracranianas 
Focais Epidural 
Subdural 
Intracerebral 
Difusas Concussão leve 
Concussão clássica 
Lesão axional difusa 
 
Adaptado de Valadka, A. B.; Narayan, R. K.: Emergency room management of the head 
injured patient. McGraw-Hill, 1996, pag. 120. 
 
 
Noções de Fisiologia 
 
As estruturas existentes dentro do crânio exercem uma pressão interna, denominada 
Pressão Intracraniana (PIC). 
A Pressão Intracraniana normal em repouso é de 10 mmHg. Quanto maior a PIC após um 
trauma, pior será a evolução da vítima. 
 
Doutrina de Monro-Kellie 
 
Refere-se à dinâmica da pressão intracraniana. Uma PIC normal não exclui 
necessariamente uma lesão de massa. Quando uma massa está em expansão, por 
mecanismo reflexo saem da caixa craniana sangue venoso e líquor para manter a PIC 
constante. Entretanto, quando esses mecanismos de compensação são esgotados, 
ocorre um aumento exponencial da PIC, mesmo para um pequeno aumento no volume do 
hematoma. 
Observação: Não é necessária a presença de um ferimento externo para que a vítima 
apresente traumatismo craniano, às vezes somente o mecanismo de aceleração e 
desaceleração bruscas é suficiente para causar sérios danos ao cérebro. 
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Sempre considerar que a vítima seja portadora de trauma grave, pois há relatos não raros 
de traumas cranianos em pacientes conscientes que recebem alta hospitalar e falecem 
horas mais tarde (Hematomas extradurais). 
Avaliação Pré-hospitalar 
 
Fraturas de Crânio 
Podem ser identificadas na calota ou na base do crânio, podendo ser lineares ou 
estreladas, abertas ou fechadas. 
Para identificar uma fratura de base de crânio, se faz necessário o uso de tomografia 
computadorizada. A presença de sinais clínicos de fratura de basede crânio aumenta a 
suspeita e ajuda a sua identificação. 
- Equimose Periorbital (olhos de guaxinim) 
- Equimose Retroauricular (sinal de Battle) 
- Fístula Liquórica (perda de líquor pelo nariz ou ouvido) 
- Paralisia do VII par craniano (paralisia facial) 
A importância da fratura de crânio não deve e não pode ser subestimada, pois, para que 
ela ocorra, é necessária a aplicação de força considerável. 
 
Fratura de Lefort 
Caracterizada por trauma frontal, é uma fratura que atinge os ossos frontal e nasal, 
normalmente encontrada em mecanismos de colisão frontal (trajetória superior). 
Devemos atentar sempre a respeito do mecanismo de trauma e da cinemática do trauma. 
Identificando o sinal “olho-de-boi” no para-brisa de um veículo envolvido, sugerem-se 
graves lesões cranianas e devemos pesquisar tal clínica. 
 
Traumatismo crânio encefálico (TCE) 
- Verificar o mecanismo de lesão. 
- Perguntar à vítima consciente se está com cefaleia (dor de cabeça), tontura e/ou 
náusea. 
- Palpar toda calota craniana à procura de deformidades ou grandes ferimentos. 
- Verificar presença de hematoma nas pálpebras e atrás das orelhas. 
- Verificar se houve perda de consciência e amnésia, anotar duração do episódio. 
- Verificar tamanho e reatividade à luz das pupilas. 
- Observar desigualdade de tamanho e/ou formato das pupilas (anisocoria e/ou 
discorias). 
- Verificar deficiência de sensibilidade e/ou movimentos em algum segmento do corpo. 
- Verificar alterações do padrão respiratório. 
- Observar presença de vômitos. 
 
 
Conduta no TCE 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE. 
 
A: Vias aéreas e colar cervical. Verificar permeabilidade das vias aéreas, mantendo a 
coluna cervical alinhada em uma posição neutra, com o colar cervical. Nas vítimas 
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inconscientes, aplicar a cânula orofaríngea (Guedel). Aspirar secreções da cavidade oral 
e ministrar oxigênio 12 a 15 litros/min. 
B: Ventilação. 
C: Circulação. Proteger os ferimentos com gaze, fixando com bandagem triangular ou 
atadura de crepe, sem exercer pressão excessiva. Não obstruir saída de sangue e/ou 
líquor dos ouvidos e nariz. 
D: Avaliação Neurológica. 
Avaliar nível de consciência (escala de coma de Glasgow). 
Palpar à procura de edemas, sangramentos ou crepitações. 
Procurar por sinais de fratura de base de crânio. 
Procurar por otorragia e epistaxe. 
Questionar sobre episódios de vômitos, tontura e desmaios. 
Monitorar a cada 5 minutos os sinais vitais e continuamente o nível de consciência (escala 
de coma de Glasgow). 
E: Prevenir hipotermia com cobertor ou manta aluminizada. 
 
Observações: 
 Considerar toda vítima portadora de traumatismo craniano como portadora de 
trauma de coluna cervical associado. 
 Durante a avaliação, evitar manobras que possam agravar possível lesão cervical. 
 O resgatista deve estar atento para a ocorrência de vômitos da vítima e evitar que 
ocorra broncoaspiração piorando o prognóstico, mudando rapidamente o decúbito 
dorsal para o lateral (protegendo a coluna cervical), e para uma eventual parada 
respiratória ou cardiorrespiratória. 
 
Trauma Raquimedular 
 
Um trauma de coluna vertebral pode levar a sequela irreversível se o trauma atingir a 
medula nervosa, por isso devemos sempre suspeitar de lesão na coluna. 
Lesões acima da clavícula são sugestivas de lesão de coluna cervical. 
Desde que a coluna vertebral esteja devidamente imobilizada e protegida, podem-se 
investigar outros traumas e patologias clínicas sem riscos para a vítima. 
 
Avaliação Pré-hospitalar 
- Verificar o mecanismo de lesão, associando o tipo de acidente com a suspeita de lesão. 
- Observar presença de dor no pescoço ou ao longo da coluna torácica e lombar, bem 
como “formigamentos” (parestesias) em membros ou perda de sensibilidade ou força 
motora. 
- Palpar suavemente a coluna, procurando alguma deformidade, edema e/ou crepitação. 
- Verificar se há perda ou diminuição da sensibilidade e/ou movimentação dos membros, 
avaliando-os simetricamente. 
- Observar presença de priapismo (ereção peniana mantida). 
- Observar perda do controle dos esfíncteres (eliminação involuntária de urina e/ou fezes). 
- Observar o padrão respiratório. Pedir à vítima que faça uma inspiração profunda; caso 
não consiga, sugere-se lesão de coluna. 
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Conduta no Trauma Raquimedular 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE. 
 
A: Manter a permeabilidade das vias aéreas superiores, mantendo a coluna cervical 
imóvel e alinhada numa posição neutra, aplicar o colar cervical e imobilizadores laterais. 
B: Verificar se há desvio de traqueia ou se os vasos do pescoço estão distendidos. 
Ministrar oxigênio de 12 a 15 litros/min. 
C: Verificar pulso e perfusão periférica. 
D: Verificar nível de consciência. 
E: Cuidados com hipotermia. 
 
Observações: 
 Monitorar sinais vitais e nível de consciência. 
 Em vítimas que estejam sentadas, aplicar o “KED” antes de movimentá-las. 
 Em vítimas que estejam deitadas, aplicar a prancha longa antes de movimentá-las. 
 Transportar sem movimentação excessiva, mantendo a vítima calma e aquecida. 
 Estar preparado para a ocorrência de vômitos, fixando bem a vítima na prancha 
para o caso de giro lateral, evitando broncoaspiração. 
 Verificar o mecanismo do trauma, lembrando que a lesão óssea isolada pode não 
produzir sintomas neurológicos (lesão neurológica). 
 Vítimas com lesões da medula cervical baixa ou torácica alta podem desenvolver 
quadro de hipotensão sem que ocorra taquicardia reflexa, pois as fibras 
cardioaceleradoras se originam ao nível da segunda vértebra torácica, e também 
hipoventilação por paralisia dos músculos intercostais. 
 Considerar que toda vítima de trauma é portadora de lesão de coluna. 
 A incapacidade de perceber estímulos dolorosos pode mascarar lesões 
potencialmente graves em outras partes do corpo (trauma abdominal). 
 
Trauma Torácico 
 
Ao mesmo tempo em que os traumas de tórax são responsáveis por cerca de 10% dos 
óbitos dos acidentes, sabemos que muitos deles poderiam ser evitados com 
procedimentos simples. 
 
Avaliação Pré-hospitalar 
- Verificar o mecanismo de lesão. 
- Se a respiração está alterada: difícil, assimétrica ou paradoxal (depressão à inspiração e 
protusão na expiração). 
- A presença de dor local associada ou não à respiração. 
- Se há deformidade na parede torácica, principalmente devido a fraturas de costelas, se 
há crepitação durante a palpação. 
- A presença de hematomas, ferimentos, enfisema subcutâneo cervical e/ou torácico. 
- Observar se há desvio de traqueia ou estase jugular (distensão das veias jugulares). 
- Presença de tosse com sangue, cianose, sinais ou sintomas de choque hemodinâmico. 
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Conduta no Trauma Torácico 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE 
 
A: Manter as vias aéreas pérvias e a coluna imobilizada. Em vítimas inconscientes, 
aplicar a cânula orofaríngea (Guedel). 
B: Ministrar oxigênio de 12 a 15 litros/min. Nos ferimentos penetrantes de tórax, aplicar o 
curativo de três pontas; se for provocado por arma branca e ainda estiver penetrado, NÃO 
REMOVER! Ventilar a vítima com o ressuscitador manual (AMBU)se a frequência 
respiratória for ausente ou menor que oito em adultos e menores que doze em crianças. 
C: Controlar hemorragias e ocluir ferimentos sangrantes. 
D: Verificar nível de consciência. 
E: Cuidados com hipotermia. 
 
Observações: 
 
 Monitorar sinais vitais a cada cinco minutos. 
 Transportar a vítima na posição mais adequada, geralmente em decúbito lateral 
contrário ao lado comprometido; se houver comprometimento dos dois lados, 
elevar a cabeça da vítima, elevando a prancha longa em 30 cm ou 15 graus. 
 Estar atento aos sinais e sintomas de choque hemodinâmico. 
 
Trauma Abdominal 
Podem ocorrer hemorragias internas importantes sem que haja lesões evidentes na 
parede abdominal e, já na análise primária, podem-se encontrar alterações que sugiram 
trauma de víscera maciça. Volumes importantes de sangue podem estar dentro da 
cavidade abdominal, sem que se modifiquem os aspectos externos do abdome. Toda vez 
que se tem trauma de tronco, quer seja por desaceleração brusca, impacto direto ou 
ferimentos penetrantes no abdome, deve-se pensar em lesões vasculares ou viscerais. 
 
Avaliação Pré-hospitalar 
- Verificar o mecanismo de lesão. 
- Vítima queixa-se de dor abdominal. 
- Presença de ferimento penetrante ou não, hematomas ou equimoses em quadrantes 
abdominais. 
- Presença de sinais e sintomas de choque hemodinâmico. 
- Pesquisar dor abdominal à palpação superficial dos quatro quadrantes abdominais. 
- Presença de tensão abdominal e/ou distensão à palpação (defesa e dor). 
- Ocorrência de vômitos. 
 
Conduta no Trauma Abdominal 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE 
A: Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição 
neutra, utilizando o colar cervical e imobilizadores laterais. Na ocorrência de vômitos, 
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aspirar secreções e imobilizar a vítima na prancha longa, de modo que seja possível virá-
la lateralmente, evitando a broncoaspiração. 
B: Ministrar oxigênio de 12 a 15 litros/min. 
C: Controlar hemorragias importantes. Estabilizar objetos empalados fixando-os com 
gaze, atadura ou bandagem. NÃO RETIRAR O CORPO ESTRANHO. 
D: Verificar nível de consciência. 
E: Cuidados com hipotermia. 
 
Observações: 
 Se não houver vômitos ou sinais de choque hemodinâmico, transportar a vítima em 
decúbito dorsal horizontal, com os membros inferiores elevados em 30 cm ou 15 
graus, apoiados sobre um cobertor (exceto se houver suspeita de fraturas). 
 Monitorar sinais vitais, perfusão capilar a cada 5 minutos durante o transporte. 
 
Fraturas pélvicas e lesões associadas 
O anel pélvico é constituído pelo sacro e pelos ossos inominados (ílio, ísquio e púbis), 
junto com um grande número de estruturas ligamentares. A identificação de fraturas 
pélvicas sugere que a vítima foi sujeita à ação de forças de grande intensidade. 
Associam-se frequentemente a lesões viscerais intra e retroperitoneais e a lesões 
vasculares. A fratura pélvica pode ser responsável por hemorragias ocultas e abundantes, 
vindas dos músculos e veias da região, e que podem levar a choque hipovolêmico. 
A instabilidade mecânica do anel pélvico pode ser testada manualmente, no entanto, o 
teste deve ser realizado apenas uma vez durante o exame físico, podendo ser repetido 
em destamponamento de vasos ocluídos por coágulos e hemorragia fatal. 
Após a análise primária e em se constatando a estabilidade da vítima, podem ser feitas 
manobras simples para estabilizar a fratura e diminuir o diâmetro do arco pélvico que se 
encontra aumentado. Dentre estas técnicas temos o enfaixamento da pelve por uma 
atadura, de modo a causar uma rotação interna dos membros inferiores, colocação do 
KED invertido na pelve ou, em vítimas hemodinamicamente estáveis, a colocação de 
imobilização por cinco talas. 
 
Trauma em Gestantes 
 
A existência de gravidez deve ser considerada no atendimento de qualquer moça ou 
mulher entre 10 e 50 anos. 
 
Alterações anatômicas e fisiológicas da gravidez 
 
a) Anatômicas 
- Aumento do tamanho do útero: 
- até 3 meses de gestação: o útero permanece na região pélvica 
- aos 5 meses de gestação: o útero está na altura da cicatriz umbilical 
- aos 9 meses de gestação: o útero está na altura do rebordo costal 
- Diminuição da espessura do útero. 
- Formação da placenta, que possui grande quantidade de sangue circulante. 
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- Com todas essas mudanças, o útero torna-se mais suscetível às lesões, incluindo 
penetração de corpos estranhos, ruptura, descolamento prematuro de placenta, 
ruptura da bolsa amniótica em decorrência de um trauma. 
- O baço, o fígado e as alças intestinais têm sua posição anatômica alterada, ficando 
situados mais cranialmente que o habitual. 
 
b) Hemodinâmicas 
- O volume plasmático aumenta progressivamente durante a gestação, no entanto o 
aumento do volume das células vermelhas é proporcionalmente menor, o que resulta 
em diminuição do hematócrito (anemia fisiológica da gravidez). 
- O débito cardíaco aumenta cerca de 1 a 1,5 litros/min. 
- A frequência cardíaca aumenta gradualmente de 10 a 15 b.p.m durante a gravidez. 
- A pressão arterial, tanto a sistólica quanto a diastólica, a partir do segundo trimestre 
diminui cerca de 5 a 15 mmHg. 
 
c) Respiratórias 
- O volume minuto aumenta principalmente como resultado do aumento do volume 
corrente, provavelmente devido ao aumento de progesterona, por esta razão a 
hipocapnia (PCO2 menor ou igual 30 mmHg) é comum no final da gravidez. 
- O consumo de oxigênio aumenta durante toda a gravidez. Razão pela qual a 
manutenção de uma oxigenação adequada é importante na reanimação da gestante 
traumatizada. 
 
Conduta no Trauma em Gestantes 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE 
 
A: Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição 
neutra, utilizando o colar cervical e imobilizadores laterais. Na ocorrência de vômitos, 
aspirar secreções e imobilizar a vítima na prancha longa, de modo que seja possível virá-
la lateralmente, evitando a broncoaspiração. 
B: Administrar oxigênio de 12 a 15 litros/min. 
C: Prevenir choque hemodinâmico, usando técnicas hemostáticas em ferimentos com 
sangramento externo. 
D: Verificar nível de consciência. 
E: Cuidados com hipotermia. 
 
Observações: 
 Fazer a análise secundária, tratando as lesões encontradas de acordo com os 
respectivos procedimentos operacionais. 
 Observar se há contrações uterinas sugerindo trabalho de parto prematuro. 
 Observar se há sangramento vaginal que podem sugerir: descolamento prematuro 
de placenta ou ruptura uterina, e saída de líquido amniótico que indica 
“amniorrexis” prematura. 
 O resgatista que atende uma mulher grávida vítima de traumatismo deve lembrar 
que está atendendo dois doentes, no entanto as prioridades do atendimento inicial 
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adotadas para uma mulher grávida são as mesmas aplicadas à doente não 
grávida. O melhor tratamento inicial para o feto, além de sua avaliação precoce, é 
a adoção das melhores medidas de reanimação para a mãe. 
 Durante uma hemorragia materna em gestantes saudáveis, pode-se perder de 
1.200 a 1.500 ml de seu volume sanguíneo, antes que ocorramsinais e sintomas 
de choque, entretanto esta perda sanguínea pode resultar em sofrimento fetal. 
 A gestante no último trimestre de gravidez, com análise primária normal, deve ser 
removida em decúbito lateral esquerdo, pois, devido ao grande volume do útero, 
que comprime a veia cava, o retorno venoso pode causar hipotensão e choque. 
 
 
Traumatismo músculo esquelético 
 
O esqueleto humano é o conjunto de todos os ossos e articulações do corpo. Tem 
quatro funções básicas: sustentação, movimentação, proteção e produção de células 
sanguíneas (hematopoiese). 
 O trauma musculoesquelético significa que a vítima foi submetida a forças externas 
muito fortes que podem causar: 
- Fraturas nos ossos; 
- Entorses e luxações nas articulações; 
- Esmagamentos musculares com liberação de substâncias no sangue (as mioglobinas) 
que podem levar a insuficiência renal; 
- Edemas em compartimentos musculofasciais (síndrome compartimental) que, se não 
diagnosticada e tratada, evolui para disfunção ou perda total da função do membro 
afetado; 
- Embolias gordurosas, uma complicação de fraturas em ossos longos, podendo evoluir 
para insuficiência pulmonar e comprometimento da função cerebral. 
 
 
Fraturas 
 
Fratura é uma solução de continuidade de um osso ou, mais simplesmente, a 
perda, total ou parcial, da continuidade de um osso. 
 
Classificação: 
 
 Existem três tipos básicos: por stress, por doença ou por trauma. 
Na classificação por trauma, existem inúmeros tipos de fraturas, classificadas de 
acordo com vários parâmetros, como mostra a tabela a seguir: 
 
Classificação de fraturas traumáticas 
De acordo com o 
Mecanismo de Produção 
Diretas 
Indiretas Por Torção 
Por Tração 
Por Flexão 
De acordo com a Forma Geométrica Transversais 
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Oblíquas 
Espirais 
Cominutivas 
Pela Localização 
no Osso 
Diafisárias 
Epifisárias Intra-Articular 
Extra-Articular 
Pela coexistência ou não de comunicação com 
meio externo 
Aberta ou Exposta 
Fechada 
De acordo com a Relação entre os Fragmentos 
Ósseos 
Parcial (Fissura) 
Total 
 
Com desvio 
Sem desvio 
Pela Gravidade Simples 
Complicada 
Especiais Em Galho Verde 
Mistas Combinação das Anteriores 
 
Avaliação Pré-hospitalar 
 
- Pesquisar os seguintes itens: 
 - dor local: que pode ser profunda ou localizada, e aumenta com os movimentos 
ou pressão; 
 - incapacidade funcional: a pessoa tem impossibilidade e/ou dificuldade de 
efetuar movimentos na parte afetada; 
 - deformação ou inchaço: ocorre devido ao deslocamento das seções dos ossos 
fraturados ou acúmulo de plasma ou sangue no local da lesão; 
 - mobilidade anormal: percebe-se na parte do corpo onde inexiste uma 
articulação. Pode-se notar devido à posição ou movimento anormal da parte afetada; 
 - crepitação óssea: é a sensação tátil produzida pelo atrito entre seções ósseas 
fraturadas. 
 
Conduta nas Fraturas 
 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE 
 
Ao avaliar uma fratura, é obrigatório que se tenha visto os tópicos da análise primária e 
constatado que a vítima esteja estável. 
A: Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição 
neutra, utilizando o colar cervical e imobilizadores laterais. 
B: Administrar oxigênio de 12 a 15 litros/min. 
C: Prevenir choque hemodinâmico, usando técnicas hemostáticas em ferimentos com 
sangramento externo. 
D: Verificar nível de consciência. 
E: Cuidados com hipotermia. 
 
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Fundamentos em imobilizações 
 
A imobilização provisória é o socorro mais indicado no tratamento de fraturas ou suspeitas 
de fraturas. 
Imobilize sempre o membro afetado, uma articulação acima e uma articulação abaixo da 
fratura. 
Verifique o pulso distal e perfusão capilar antes e após a imobilização. 
Se não encontrar perfusão e nem pulso distal antes da imobilização, tente um pequeno 
alinhamento ou tração, através de uma única tentativa suave e contínua, no intuito de 
liberar a artéria que está sendo “pinçada” (liberando o fluxo sanguíneo), imobilizando 
posteriormente do jeito em que se encontra; suspenda as manobras se ocorrer piora 
importante da dor. 
Se o pulso e a perfusão deixarem de ser perceptíveis após a imobilização, refaça a 
mesma, pois a faixa provavelmente estará servindo como torniquete ou garrote. 
No caso de fraturas em articulações e luxação, sempre imobilize do jeito em que se 
encontra, evitando o agravamento da lesão. 
 
Em fraturas expostas: 
- estanque as hemorragias; 
- previna a contaminação, mantendo o ferimento coberto com gaze ou pano limpo, 
se possível embebido em soro fisiológico 0,9%; 
- não recoloque o osso no interior da ferida traumática; 
- imobilize na posição em que se encontra, salvo na ausência de pulso e perfusão. 
 
Lembre-se! Em todos os casos de fratura, imobilize sempre uma articulação acima e 
outra abaixo, verificando-se pulso distal e perfusão capilar antes e após a imobilização. 
 
Observações: 
 
 O objetivo da imobilização da fratura é o realinhamento da extremidade lesada em 
uma posição o mais próxima possível da anatômica e a prevenção da 
movimentação excessiva do foco da fratura. 
 A aplicação correta da tala ajuda a controlar a perda sanguínea, reduz a dor e evita 
o agravamento das lesões de partes moles. 
 Não se deve reduzir fraturas expostas. 
 
Entorses, luxações, lesões tendinosas e ligamentares, lesões musculares 
 
 As definições já foram descritas anteriormente. 
 As condutas devem seguir o mesmo processo descrito para as fraturas, sendo que 
se deve sempre fazer a imobilização sem mobilizar a lesão. 
 
 
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Imobilizações de acordo com o segmento corpóreo 
 
Ombro e Clavícula 
 
Utilize como tala o próprio corpo da vítima. Fixe o braço no tronco com um pedaço de 
tecido (bandagem triangular), sob a forma de tipoia. 
Pode-se também fazer uma fixação com faixa de crepe do braço na face lateral do tórax e 
uma segunda fixação do antebraço na região anterior do tórax, deixando apenas a mão 
livre (imobilização de Velpeau). 
 
Costelas e Esterno 
 
São fraturas graves, por causarem enorme dificuldade respiratória e geralmente têm 
trauma cardíaco associado, devido à enorme energia cinética aplicada no local. Para a 
imobilização, pode-se utilizar uma bandagem triangular para limitar os movimentos do 
ombro e clavícula, melhorando a dor. 
 
Braço (Úmero) 
 
Utilize os mesmos métodos de imobilização para ombro e clavícula, podendo ser aplicada 
tala moldável, fixando-a com atadura tipo crepe. 
 
Antebraço e Punho 
 
Utilize tala moldável fixada com atadura tipo crepe. Não se esqueça: no caso de fraturas 
devem-se imobilizar as articulações proximal e distal ao foco de fratura. Utilize uma 
atadura para improvisar uma tipoia, para que o braço não fique abaixado, aumentando o 
edema e a dor do membro afetado. 
 
Fêmur 
 
O fêmur deve ser imobilizado com talas longas que se estendam do quadril até além do 
pé, ou, até mesmo, utilizando-se da perna sadia como tala. Neste caso, antes de amarrar 
uma perna à outra, acolchoe-a e utilize atadura tipo crepe, tomando cuidado para não 
garrotearo membro. Pode ser utilizada a imobilização com cinco talas para imobilizar o 
fêmur em vítimas estáveis. 
 
Joelho 
 
O joelho pode estar estendido ou flexionado. Se flexionado, apoie-o sobre travesseiros e 
utilize talas com atadura tipo crepe, imobilizando-o na posição encontrada. Se estendido, 
imobilize-o como no caso do fêmur. É importante lembrar de jamais tentar corrigir uma 
lesão, por ser um procedimento de risco para a vítima. 
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Perna, pé e tornozelo 
 
Para imobilizar a tíbia e a fíbula, utilize tala moldável na região posterior do membro 
lesionado, que se estenda da coxa até além dos pés e fixada com faixas de crepe. Fixe 
bem as duas articulações (joelho e tornozelo), executando a amarração em “oito”. Para 
imobilizar o pé e o tornozelo, use o mesmo método descrito acima. 
 
Coluna e pelve 
 
Os procedimento em pelve e coluna já foram descritos em capítulos anteriores. 
 
Trauma Pediátrico 
 
Introdução 
 
O trauma continua sendo a causa mais frequente de morte e invalidez na infância. As 
quedas e as colisões automobilísticas são responsáveis por quase 90% de todos os 
traumas nas crianças. Por ser o trauma habitualmente fechado e pelos hábitos próprios 
das crianças, frequentemente há lesões multissistêmicas. 
As prioridades na avaliação e conduta na criança traumatizada são as mesmas do adulto, 
no entanto características anatômicas peculiares das crianças demandam uma 
consideração especial durante o atendimento. 
 
Diferenças Gerais entre Crianças e Adultos: 
 a. Tamanho e forma: obviamente a criança tem menor superfície corpórea, o que 
nos casos de trauma é muito importante, pois a criança sofre maior força de impacto por 
unidade de área corpórea, causando mais frequentemente trauma de múltiplos órgãos. 
 b. Esqueleto: não está completamente calcificado, tendo uma estrutura mais 
elástica e, devido a isso, muito frequentemente há lesão interna sem haver fraturas. 
 c. Metabolismo: mais intenso que no adulto, por isso a perda de calor é maior, 
sendo a hipotermia uma complicação mais séria e de instalação mais rápida em crianças; 
por esta razão, é muito importante o aquecimento da criança acidentada mesmo em dias 
quentes. 
 d. Estado psicológico: as crianças com dor e/ou ferimentos têm medo, não 
entendem o que está acontecendo, tornam-se agitadas e pouco cooperativas. 
 
Diferenças de Vias Aéreas Superiores 
 a. Devido à grande desproporção entre o tamanho do crânio e da face, a criança 
em decúbito dorsal horizontal sobre uma superfície rígida tende a ficar numa posição de 
flexão da coluna cervical, obstruindo suas vias aéreas. 
 b. Os tecidos da orofaringe (língua, amígdalas, epiglote) são proporcionalmente 
maiores do que a cavidade oral, causando um estreitamento da via aérea, dificultando a 
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passagem de ar, além de facilmente causarem uma obstrução da via aérea numa criança 
inconsciente. 
 c. O consumo de oxigênio de uma criança é o dobro que o de um adulto, por isso a 
falta de oxigênio (hipóxia) nas crianças causa rapidamente a piora do quadro clínico, 
podendo chegar à parada cardíaca. 
 
Diferenças dos Sinais Vitais 
 a. Frequência respiratória (fisiológico) 
 bebês (até 1 ano) = 40 ipm 
 crianças (1-8 anos) = 20-30 ipm 
 adultos (> 8 anos) = 12-20 ipm 
 b. Frequência cardíaca 
 bebês: recém-nascidos até 3 meses = média 140 bpm 
 3 meses até 1 ano = média 130 bpm 
 crianças = média 100 bpm 
 adultos = média 80 bpm 
 c. Pressão arterial para crianças entre 2-8 anos: 
 Obtida pela fórmula: 80 + (2 x idade em anos). 
 
Diferenças no impacto causado pelo Trauma 
a. Trauma de crânio: 
- crianças geralmente se recuperam melhor do que adultos; e crianças menores, devido à 
presença de fontanelas e a não calcificação total dos ossos, toleram mais o traumatismo 
craniano expansivo. 
- vômitos e convulsões são mais comuns na criança com TCE. 
- na criança pode ocorrer parada respiratória devido a um TCE de forma mais frequente. 
 
 b. Trauma de tórax: 
- é comum a lesão interna do pulmão sem a presença de fratura de costelas. 
- fraturas de costelas implicam num trauma de alta intensidade com prognóstico 
ruim. 
- devido à maior possibilidade de movimentação do mediastino (local onde está o 
coração), a criança está mais suscetível a lesão dos brônquios, pleura e grandes 
vasos, causando pneumotórax e/ou hemotórax. 
 
c. Trauma de extremidades: 
- perda de sangue maior nas fraturas de ossos longos e pelve. 
- fratura próxima a cartilagem de crescimento pode causar atraso no crescimento desta 
extremidade lesada. 
 
Conduta nos Traumas Pediátricos 
 
Respeitar a sistemática de análise primária: ABCDE 
 
A: Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical numa posição 
neutra, “POSIÇÃO DE CHEIRAR”, utilizando o colar cervical, imobilizadores laterais e 
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cochim na coluna. A causa mais comum de parada cardíaca em criança é a incapacidade 
de se estabelecer e/ou manter a via aérea pérvia, com consequente falta de oxigenação e 
ventilação, portanto a via aérea da criança é a primeira prioridade. 
B: Administrar oxigênio. 
C: Prevenir choque hemodinâmico, usando técnicas hemostáticas (compressão direta) 
em ferimentos com sangramento externo. 
D: Verificar nível de consciência de acordo com a escala de coma de Glasgow 
modificada, também conhecida como escala verbal pediátrica. 
E: Cuidados com hipotermia. Atenção: como a criança tem proporcionalmente uma maior 
área de pele em relação à área interna, ela entra em hipotermia mais rapidamente. 
 
Politraumatizado 
 
Tratamento 
Faça o atendimento específico para cada tipo de lesão; 
Tratar as lesões de acordo com suas prioridades ou a que representa riscos de vida ao 
paciente; 
Cheque sinais vitais da vítima continuamente; 
Se houver suspeita de maus tratos, comunicar a equipe hospitalar. 
 
Afogamento 
 
A vítima de afogamento é considerada vítima que sofre asfixia em meio líquido. Vítimas 
que não apresentam sinais vitais, com tempo de submersão maior que 1 hora, rigidez e 
decomposição cadavérica são consideradas AFOGADAS. 
 
Introdução 
 
Existem vários tipos de acidentes na água que exigem salvamento aquático. Embora 
alguns apenas não passem de um “susto”, em que a vítima se recupera sem ajuda 
especializada, outros podem levar à morte se não forem tomadas as medidas necessárias 
no local certo e no momento exato. 
 
Tipos de acidentes aquáticos 
 
Podemos classificar os acidentes aquáticos em três tipos básicos: 
 - Síndrome de imersão 
 - Hipotermia 
 - Afogamento 
 
Síndrome de Imersão 
Também chamada de hidrocussão, é conhecida vulgarmente pelo nome de “choque 
térmico” e é um acidente cuja causa permanece em discussão. A teoria mais aceita diz 
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que esta síndrome parece ser provocada por uma arritmia cardíaca desencadeada por 
uma súbita exposição do corpo à água fria. 
 
Hipotermia 
A água conduz a temperatura mais eficientemente que o ar. A maioria dasmortes em 
acidentes de navio ou aviões que caem no mar é atribuída ao resfriamento da 
temperatura corpórea devido à troca de calor entre o corpo humano e a grande massa de 
água gelada ao seu redor. 
A situação se agrava quando uma vítima já fria é retirada da água e exposta ao ar, pois 
ocorre mais perda de calor devido à evaporação e a temperatura corpórea cai ainda mais. 
Por outro lado, a diminuição da temperatura em vítima que já se afogou possui certo 
efeito de proteção, pois o frio reduz o metabolismo, reduzindo os efeitos da hipóxia. 
 
Afogamento 
O afogamento é um acidente muito comum em todo o mundo, principalmente no verão. 
Conceito de Afogamento 
Afogamento é um acidente de asfixia por imersão prolongada num meio líquido, que leva, 
após alguns estágios, ao encharcamento dos alvéolos pulmonares. 
O termo asfixia indica baixo nível de oxigênio resultante de obstáculo à passagem do ar 
através das vias respiratórias. 
O afogamento pode ocorrer tanto com um bom nadador ou mergulhador, como com 
aquele sem nenhuma condição natatória. 
Causas de afogamento 
As maiores causas de afogamento são: cãibras, estafa física, síncopes, traumas por 
mergulho em água rasa, abuso de bebidas e comidas antes da natação e causas 
adversas. 
Classificação 
Quanto ao mecanismo 
- Primário – é o que ocorre em pessoa sadia e que tem asfixia, síncope e a seguir 
afogamento. 
- Secundário – é aquele que sobrevém após um problema que impeça a vítima de se 
manter na superfície da água e, com isso, causa a imersão, levando à asfixia. 
As principais causas de afogamento secundário, segundo as estatísticas dos órgãos 
públicos, são: 
 1) Uso de drogas 32,2% 
 2) Epilepsia (crise convulsiva) 18,1% 
 3) Traumatismos 16,3% 
 4) Doenças cardíacas e/ou pulmonares 14,1% 
 5) Acidentes de mergulho 3,7% 
 6) Não especificadas 11,6% 
 
Quanto à Gravidade 
 Grau I (afobado) – a glote se mantém em espasmo e a vítima não aspira água 
 Grau II (encharcamento) – a vítima aspira e encharca os alvéolos pulmonares 
 Grau III (parada respiratória) – cessam os movimentos respiratórios 
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 Grau IV (morte aparente) – o coração para, porém ainda não há lesão irrecuperável 
do Sistema Nervoso. 
 
 
Emergências clínicas mais comuns 
 
Emergências em Diabetes Mellitus 
A Diabete Mellitus é um distúrbio endócrino, causado principalmente pela diminuição ou 
não produção de insulina pelo pâncreas, resultando no aumento da concentração de 
glicose no sangue. 
 
Emergência Hiperglicêmica 
Sinais e Sintomas: 
Fraqueza; cansaço; hálito com odor cetônico (odor de maçã); polidipsia; poliúria; 
taquicardia; dispneia; febre e dor abdominal; alteração do nível de consciência; coma. 
Conduta: 
Avaliar nível de consciência e respiração; 
Administrar oxigênio se necessário; 
Transporte para ambiente hospitalar; 
Obtenha histórico do paciente. 
 
Emergência Hipoglicêmica 
 
Sinais e Sintomas: 
Alteração do nível de consciência (sonolência e coma); taquicardia; sudorese; ansiedade; 
agressividade; fome; fraqueza; tremores; não há odores anormais. 
Conduta: 
Verificar nível de consciência e respiração; 
Administrar oxigênio se necessário; 
Transporte para hospital; 
Obter histórico do paciente. 
Desmaios ou Síncopes 
É a perda súbita do nível de consciência, normalmente precedido por alguns sinais e 
sintomas como mal-estar, sudorese e palidez, com perda do tônus muscular corporal. 
 
Principais Fatores 
Hipoglicemia 
Hipotensão 
Hipóxia 
Hipercarbia (Carbonarcose) 
Jejum prolongado 
Stress psicológico 
Desconforto térmico 
Patologias cardiovasculares 
Patologias neurológicas 
Intoxicação Exógenea 
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Abuso de Drogas (lícitas e ilícitas) 
 
Faça diagnóstico clínico diferencial entre desmaio ou síncopes, de vertigem. Pois 
vertigem é a sensação rotatória causada por alterações nos elementos responsáveis pela 
manutenção do equilíbrio corporal. 
Exemplo: labirintite. 
 
Procedimentos 
Verificar sinais vitais; 
Afaste a vítima do local agressor ou desencadeante; 
Se a vítima estiver consciente, sente-a com a cabeça entre as pernas; 
Tranquilize-a; 
Se inconsciente, eleve os membros inferiores. 
 
Convulsão 
As convulsões podem ser decorrentes de traumas, temperatura elevada, desequilíbrio 
hidroeletrolítico, drogas, medicamentos, tumores, hematomas cerebrais, entre outras 
causas. 
Sinais e Sintomas 
Tontura 
Perda de consciência nas crises “generalizadas tônico-clônicas” 
Contração da musculatura do corpo 
Espasmos musculares 
Dentes cerrados 
Sialorreia 
Perda de controle esfincteriano 
Conduta 
Se a vítima não sofreu trauma após perda de consciência e queda, proceda 
imediatamente a liberação de vias aéreas, retirando próteses dentárias ou “corpos-
estranhos” que impedem a respiração, “levantando o queixo” (“chin lift”) e “anteriorizando 
a mandíbula” (“jaw thrust”). 
Se não houver sucesso na manobra, coloque-a em decúbito lateral e, se inconsciente, 
introduza cânula orofaríngea e ofereça oxigênio suplementar (máscara de O2 de 12 a 15 
litros/min). 
Proteja a vítima de possíveis traumas neste período de “convulsão”. 
A crise convulsiva em sua maioria necessita apenas de suporte ventilatório, vigília e 
proteção da integridade pessoal, necessitando de apoio psicológico após o episódio (pós-
comicial). 
Se não houver melhora do quadro após 20 minutos, denomina-se “crise convulsiva sub-
entrante”, necessitando de apoio médico e frequentemente de auxílio farmacológico 
(benzodiazepínicos). 
Obtenha histórico do paciente e remova ao hospital-referência. 
 
Infarto Agudo do Miocárdio 
Sinais e Sintomas 
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Dor no centro do peito, com irradiação para os ombros, pescoço, mandíbula, epigástrico e 
braços (geralmente no lado esquerdo). 
Dificuldade respiratória e sudorese. 
Pele fria, úmida e pálida. 
Fraqueza, desmaio ou convulsão. 
Ansiedade e nervosismo. 
Náuseas e vômitos. 
Geralmente a dor tem longa duração (acima de 30 minutos). 
 
Tratamento 
Mantenha a vítima em repouso e instale cateter de O2; 
Posicione a vítima de modo que a mesma se sinta confortável (sentada ou 
semirreclinada); 
Afrouxe as vestes; 
Mantenha-a coberta, tomando cuidado para que a vítima não fique superaquecida; 
Acalme a vítima; 
Verifique sinais vitais; 
No caso de identificar uma parada cardíaca, inicie a RCP e conecte o DEA assim que 
estiver disponível; 
Solicite orientação do Médico Regulador. 
 
Angina Pectoris 
Sinais e Sintomas 
Dor muito parecida com a do infarto. 
Dor com pequena duração (de 3 a 8 minutos). 
Geralmente não apresenta outros tipos de sintomas conjugados. 
A dor pode melhorar com o uso de dilatadores coronários. 
15% dos pacientes com angina evoluem para infarto e podem apresentar parada 
cardiorrespiratória. 
 
Tratamento 
Geralmente os procedimentos a serem tomados são idênticos aos do infarto. 
 
Acidente Vascular Cerebral (AVC) 
Pode ser classificado em dois tipos: 
AVC-i (Isquêmico): Quando há obstrução circulatória por “espasmo”, “contração” ou 
obstrução do fluxo sanguíneo cerebral. A clínica ou déficit motor relaciona-se com a área 
acometida e está diretamente relacionada à recuperação e sequelas futuras. 
Frequentemente atinge indivíduos idosos.AVC-h (Hemorrágico): Quando há hemorragia no cérebro, podendo somente ser 
diagnosticado através de tomografia computadorizada ou angiografias. As vítimas 
acometidas por AVC-h são em sua maioria portadoras de hipertensão arterial e baixa 
faixa etária. 
Sinais e Sintomas 
Mantenha as vias aéreas pérvias, oferecendo oxigênio suplementar; 
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Fique atento a vômitos e secreções, para que a vítima não broncoaspire, piorando o 
prognóstico; 
Posicione-a em repouso com a cabeça e os ombros elevados (45 graus); 
Não ofereça líquido e/ou alimentos; 
Tranquilize-a; 
Se inconsciente, transporte-a em decúbito lateral, na posição de recuperação. 
 
Emergências Psiquiátricas 
Insatisfação pessoal, má distribuição de renda, facilidade ao acesso a drogas e álcool são 
fatores preponderantes no aumento escalonado de pacientes que apresentam algum 
distúrbio psiquiátrico. 
Sinais e Sintomas 
Agitação 
Agressividade 
Atitudes suicidas e/ou homicidas 
Pânico 
Medo 
Alucinações Visuais ou Auditivas 
Conduta 
Chegue discretamente no local com sirene e hi-light desligados, se possível; 
Aproxime-se da vítima com calma, demonstrando segurança; 
Converse com a vítima e procure descobrir a razão de sua atitude; 
Aborde-a com segurança; 
Nunca assuma nenhuma atitude hostil para com ela; 
Inicie o trabalho para dissuadir a vítima de sua tentativa; 
Após dominar a vítima, continue tratando-a com respeito e consideração. 
 
Emergências Respiratórias 
Sinais e Sintomas 
Dificuldade Respiratória 
Respiração curta e rápida, podendo ou não usar a musculatura acessória 
Cansaço 
Pele úmida 
Cianose de extremidades e/ou perilabial 
Taquicardia 
Respiração ruidosa 
Tosse 
 
Conduta 
Coloque a vítima semissentada; 
Libere vias aéreas; 
Ministre oxigênio a 5 l/min; 
Acalme-a; 
Obtenha histórico médico durante o transporte. 
 
Oxigenioterapia 
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
O oxigênio é um gás essencial para a sobrevivência das células. O oxigênio 
medicinal presente nos cilindros apresenta uma composição de 99% de O2 e 1% 
de impurezas. Mundialmente, todo armazenamento e ductos de transporte deste 
gás são padronizados como de cor verde. 
Assim como qualquer outra droga, o oxigênio tem seus efeitos terapêuticos e 
colaterais. 
São componentes do cilindro: válvula redutora de pressão, manômetro e 
fluxômetro. 
A todo e qualquer usuário, vítima de trauma com Saturação de Oxigênio inferior a 
95% (indicada no oxímetro) ou de mal súbito, ao ser atendido, deve-se ofertar O2: 
Cateter de O2 - Utilizado para ofertar de 1,5 a 6 litros por minuto; 
Máscara de alta concentração com reservatório - até 15 litros por minuto. 
Traumas 
Vítimas Graves = Máscara de Alta Concentração de O2 a 12 a 15 l/min 
Vítimas com Sat O2 < 95% = Máscara de Alta Concentração de O2 a 12 a 15 l/min 
 
O uso de cateter nasal é indicado em: 
Dor no Peito = 4 l/min 
Falta de Ar = 4 l/min 
Crise de Ansiedade = 3 l/min 
 
Quando limitar ou utilizar O2 com cautela? 
- Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Salvamento 
 
Avaliação da Cena 
 
 
Definição: Avaliação da cena é o estudo rápido e objetivo dos diferentes fatores 
relacionados ao local do trauma e indispensáveis para sugerir possíveis mecanismos de 
agressões e lesões na vítima. 
Riscos e proteção individual: Existem riscos aos quais estamos expostos no 
atendimento a um trauma ou situação clínica a uma vítima fora do ambiente hospitalar, 
para tanto se faz necessário e obrigatório o uso correto de EPIs. É fundamental evitar 
contato direto com substâncias ou secreções que possam transmitir doenças infecciosas 
como sangue, urina, fezes, vômito, saliva, muco, esgoto, água, roupas ou superfícies 
contaminadas, etc. 
No entanto, não são apenas as doenças infecciosas representantes de perigo ao 
RESGATISTA. 
É necessário evitar ou eliminar os prováveis agentes causadores de lesões ou agravos à 
saúde, como fogo, explosão, eletricidade, fumaça, água, gás tóxico, tráfego (novas 
colisões ou atropelamentos), queda de estruturas, ferragens cortantes, materiais e 
produtos perigosos, etc. 
Para que a prestação de socorro siga segura e corretamente, antes mesmo de se abordar 
a vítima, o local deve ser cuidadosamente avaliado. Por isso é fundamental realizar a 
“Avaliação da Cena” de maneira dinâmica e constante, não se limitando apenas à 
chegada ao local, pois estes fatores estão em constante mutação. 
 
Três passos para se avaliar uma cena: 
 
 
Qual é a atual situação? Faça uma analise objetiva, antes de “adentrar” a cena, de qual 
é a situação e prováveis riscos. Lembre-se: a cena deve ser reavaliada a todo o momento 
para garantir a segurança da vítima e da equipe. 
 
 
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2. O que pode acontecer se medidas não forem tomadas? Outros acidentes poderão 
ocorrer por falta de prevenção. Por exemplo, derramamento de combustíveis com riscos 
de incêndio e explosões, novas colisões, colocando em risco toda a equipe envolvida na 
ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Quais são estas medidas? Solicite e empregue os recursos necessários após a 
avaliação, levando em conta, rigorosamente, os dois passos dados anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenir novos acidentes, proteger a equipe, dando condições para aplicar, de forma 
segura, total atendimento à vítima, é o principal objetivo da avaliação de cena, segurança 
e situação. 
 
 
 
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 Desencarceramento e Extricação 
 
 FINALIDADE 
 
 Padronizar o salvamento e o atendimento pré-hopitalar às vitimas de trauma 
“encarceradas” ou “presa às ferragens”, provenientes de acidentes automobilísticos. 
 Vítimas “encarceradas” – São aquelas que se encontram confinadas no 
habitáculo do veículo, impossibilitadas de saírem, pois os danos causados à estrutura não 
permitem, porém as ferragens não restringem diretamente a vítima. 
 Vítimas “presas nas ferragens” – São aquelas que, além de confinadas, mantêm 
contato direto com as ferragens, podendo sofrer graves lesões, inclusive perfurações e 
amputações, em qualquer parte do corpo. Toda vítima “presa nas ferragens” é 
considerada “encarcerada”, no entanto nem todas as vítimas “encarceradas” são 
consideradas “presas nas ferragens”. 
 
 OBJETIVO 
 
 Alcançar a excelência e profissionalismo é um dos elementos chaves deste 
atendimento, priorizando a otimização da utilização de equipamentos envolvidos nestes 
tipos de ocorrência com aulas práticas contínuas, evitando desconhecimento ou má 
utilização destes durante o momentocrucial para a vítima. 
 
 
 
 
 ABORDAGEM 
 
 
 A abordagem deve ser de forma precisa e concisa, observando todos os aspectos 
do local, tais como: 
a) Quantidade de veículos envolvidos; 
b) Número aproximado de vítimas; 
c) Tipo de veículo e de cargas, como produto perigoso, veículos de transportes de 
passageiros. 
c) Tráfego; 
d) Topografia do local; 
e) Necessidade de apoio; 
f) Perigo de incêndio; 
g) EPIs adequados; 
h) Triagem das vítimas; 
i) Aproximar apenas se houver segurança para a equipe. 
 
 SEGURANÇA 
 Ao sermos acionados para um acidente automobilístico, independentemente se há 
vitimas, presas ou não às ferragens, devemos considerar a SEGURANÇA, um dos fatores 
primordiais para um ótimo atendimento de tais ocorrências, sendo que todos os 
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resgatistas devem ter o conceito segurança no desempenho de suas atividades 
profissionais, estando conscientes de que, para sua segurança e a da vítima, está 
diretamente ligado aos seus procedimentos e às suas atitudes. A segurança no dia a dia é 
seguir todos os seus itens no que diz respeito a deslocamento, local da ocorrência, 
equipamentos de proteção individual e proteção às vítimas. 
 
 1 - SEGURANÇA NA RODOVIA 
 
 REGRAS GERAIS: 
 a - O deslocamento na rodovia nunca deve exceder o limite máximo estabelecido 
na mesma. 
 b - Sempre descer do veículo pelo lado oposto ao do tráfego. Quando não possível, 
fazê-lo atentamente, sempre vigiando ao tráfego. 
 c - Sinalizar o local a pelo menos 200 metros do local do acidente, alertando outros 
veículos. 
 d - Sempre que possível, ao estacionar o veículo, procure fazê-lo fora da rodovia. 
Procure um local afastado e protegido. 
 e - Ao chegar à ocorrência, estacionar a viatura atrás do veículo a ser socorrido, 
pois, além de uma barreira visual, teremos uma barreira física como proteção em caso de 
outro veiculo colidir na traseira, lembrando-se sempre da distância de segurança neste 
caso, no mínimo 5 metros. 
 f - Sempre em situação de emergência, luzes e refletores ligados e, se for o caso, 
dispositivos sonoros (sirene). 
 
 2 - SEGURANÇA PESSOAL (EPI e EPR) 
 Antes de descer da viatura, deve-se iniciar a colocação do EPI (Equipamento de 
Proteção Individual), que se compõe de: óculos de proteção; máscara cirúrgica; luvas de 
procedimento; luvas de raspa; capa de ferragem e capacete. E, quando houver suspeita 
de algum tipo de gás na atmosfera, também deverá ser colocado o EPR (Equipamento de 
Proteção Respiratória), após verificar que o produto oferece somente risco de inalação e 
não de contato, conforme manual de PP (ABIQUIN). 
 
3 - SEGURANÇA DA VÍTIMA 
 
 Para segurança da vítima no caso de um desencarceramento, devemos cobri-la 
com um cobertor ou algo que a proteja de possível estilhaço, fagulhas ou até mesmo 
superfícies pontiagudas. 
 
 4 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 
 No atendimento ao acidente automobilístico com vitimas, deve-se observar a 
prevenção contra incêndios, cortando os cabos da bateria e posicionando num local 
estratégico o extintor de combate a incêndios; também localizar possíveis vazamentos de 
combustíveis, tentando eliminá-los. 
 
F - ANÁLISE DA SITUAÇÃO 
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Ao chegar ao local da ocorrência, deve-se analisar atentamente todo o ambiente e 
colher dados como: números de vítimas, vítimas ejetadas e quantidade de veículos 
envolvidos. A análise do local deve ser feita durante todo o desenrolar da ocorrência, 
entretanto, após feita a análise parcial, deverão ser divididas as funções, solicitando apoio 
se for necessário e proceder ao atendimento com toda técnica existente. 
 
 G - ISOLAMENTO DO LOCAL 
 
 O isolamento deverá ser de forma a limitar o acesso apenas àqueles que trabalham 
na ocorrência e separar as zonas quente, morna e fria (em caso de um acidente com 
múltiplas vítimas). 
 
 H - ANALISAR RISCOS, ESTABILIZAR O VEÍCULO E EXPOR O MATERIAL 
 
 1 - RISCOS: 
 
 Após coletar dados, analise os riscos eminentes, tais como: cabos energizados de 
rede elétrica caídos sobre a rodovia; veículos transportando produtos perigosos; riscos de 
desabamentos; veículos ocupados por marginais armados, veículo movido a GLP (gás 
liquefeito de petróleo), etc. 
 
 2 - ESTABILIZAR O VEÍCULO: 
 
 
Em posição normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Posição Capotado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O veículo acidentado deverá ser estabilizado, de acordo com a situação, através 
de calços, cunhas, cabos ancorados a pontos fixos, na própria VTR, com o GL ou GP 
respeitando o relevo do terreno e as proporções do acidente. 
 Os veículos assumem as mais variadas posições após o acidente, porém, para 
uma eficiente estabilização, opta-se em obter a maior área possível do veículo em contato 
com a superfície. A melhor forma é através do emprego de calços e cunhas de madeira 
pré-confeccionadas. 
 As almofadas pneumáticas também se mostram muito eficientes para a 
estabilização. 
 Colocar calços nas longarinas do veículo, próximo às rodas, e apoiar o veículo, 
esvaziando os pneus. 
 
 
 
Posição Tombado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Uma situação bastante critica é aquela na qual o veículo encontra-se tombado 
sobre um de seus lados. Neste caso, a base é bastante reduzida, deixando o veículo 
instável e com acesso limitado e perigoso. Além do emprego de calços, é importante fazer 
a estabilização com fixação de cabos ou tirantes, ligando veículos a pontos fixos, como 
árvores, postes ou à própria viatura, e fazer a retirada do teto para minimizar os riscos e 
oferecer maior segurança na imobilização da vítima. 
 Quando o veículo encontra-se em encostas de barrancos ou em planos inclinados, 
além de calços em rodas, antes de qualquer providência, o mesmo deverá ser ancorado 
por cabos a um ponto fixo, visando impedir seu deslocamento. 
 
3 - EXPOSIÇÃO PARA UTILIZAÇÂO DE MATERIAIS 
 A retirada e exposição de materiais a serem utilizados variam de acordo com cada 
ocorrência e após análise do local. 
 
 
 
 
 4 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA O DESENCARCERAMENTO 
 Classificados em três grupos: Manuais, de Corte e de Tração. 
 
 
 a - EQUIPAMENTOS MANUAIS 
 Calços de Madeira, Alavancas, Correntes, Cordas, Chaves diversas, Serras 
Manuais, Machadinhas, Hooligan, Corta-Vidros, Corta-Cinto, Corta-Frio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 b - EQUIPAMENTOS DE CORTE 
 Tesoura Hidráulica, Corta-Frio, Serra Sabre, Corta-Pedal Hidráulico.Serra Sabre Elétrica 
Corta-Pedal 
Força de corte 7 ton 
Unidade de Força 
Manual 
Ferramenta de Corte JL MOC ll 
Força de Corte 70 ton 
Abertura 17 cm 
Peso 21 kg 
 
 
 
Ferramenta Combinada 
ML 16 
Abertura 5 ton 
Corte 17 ton 
Tração 4 ton 
Abertura 40 cm 
 Peso 18 kg 
 
Unidade de Força 2,5 HP 
Autonomia 1 hora 
Capacidade do Tanque 1,5 l 
Peso 26 kg 
 
Unidade de Força 
6 HP Brggs & Stratton 
Peso 40 kg 
Reservatório 1,5 l 
Autonomia 1 hora 
 
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c - EQUIPAMENTOS DE TRAÇÃO 
 Alargador Hidráulico, Extensor Hidráulico, Cunha Hidráulica, Almofada Pneumática, 
Macaco Hidráulico e Mecânico, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extensor – JL 30 C 
Força de Extensão 7 ton 
Comprimento 50 cm 
Alongado 91 cm 
Peso 10 kg 
Coifas Prolongadores 
Ferramenta Expansora 
ML – 28 – Defender 
Abertura 70 ton 
Força de Abertura 20 ton 
Força de Fechamento 10 ton 
Peso 22 kg 
Almofadas Pneumáticas 
 
SPE 
Capacidade 31 ton 
Altura Inflada 45 cm 
 
MPE 
Capacidade 6 ton 
Altura Inflada 15 cm 
 
 
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I - GARANTIR ACESSO ÀS VÍTIMAS 
 Na maioria dos acidentes tem-se acesso às vítimas de forma simples e objetiva, 
através de abertura de portas pelas maçanetas ou pelo abaixamento de seus vidros; 
porém, há casos em que o abalo da estrutura desses veículos trava portas ou danifica os 
mecanismos de abertura, necessitando efetuar uma abertura forçada. 
 
 1 - REMOÇÃO DOS VIDROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Há três tipos de vidros nos veículos: laminados, temperados e os policarbonatos, 
mais comuns nos veículos importados. 
 O vidro laminado é constituído por uma lâmina plástica interposta entre duas 
lâminas de vidro através de elevada temperatura e pressão, frequentemente instalado em 
para-brisas. Desta forma, apresenta uma maior resistência ao impacto e, quando 
quebrado, permanece com sua estrutura unida à lâmina plástica, evitando lesões aos 
ocupantes. 
 O vidro temperado é obtido por um processo de “endurecimento” do vidro comum. 
Empregado em janelas laterais e traseiras dos veículos, apresentam alta resistência e, 
quando quebrado, se transforma em múltiplos fragmentos. 
O policarbonato é mais comum em veículos importados; nos nacionais, é usado 
como lente dos faróis. 
 Geralmente só o para-brisa é laminado, os outros são temperados; no caso do 
policarbonato, todos são iguais. 
 A primeira e mais simples “via de acesso” a ser obtida pelo resgatista que queira 
abordar a vítima é através de quebra de um dos vidros laterais ou traseiro do veículo. 
Para tal, deve-se golpeá-lo firmemente num dos cantos inferiores, provocando sua 
fragmentação. Neste mesmo local, após a quebra, abra um pequeno orifício com as 
pontas dos dedos e, introduzindo a mão, remova os fragmentos para fora do veículo, 
Cilindro de AR Comprimido = 3000 PSI ou 206 BAR 
Pressão de Trabalho 8 BAR ou 116 PSI 
Obs: 01 BAR = 14,5 PSI 
 
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sempre com o cuidado de não deixar cair estilhaços sobre as vítimas (protegê-la com 
cobertor). 
 O para-brisa exige método peculiar, e deve ser empregada a seguinte técnica: 
 - nos veículos mais antigos, corte com uma lâmina de corte a parte externa de toda 
a borracha, onde se encaixa o vidro; 
 - golpeie com as mãos ou pernas, firmemente, para que o para-brisa se desloque 
em bloco para fora do veículo; 
 - se houver frisos metálicos ocultando a guarnição de borracha (veículos antigos), 
remova-os inicialmente com uma chave de fenda e proceda como no item anterior; ou, se 
preferir e possuir ferramentas para tal, corte o vidro em todo o seu perímetro lateral com o 
emprego de uma “machadinha”. 
 
 
2 - ABERTURA DE PORTAS 
 
 Inicialmente tente adentrar o veículo pela abertura manual. Caso não seja possível, 
deverão ser adotadas medidas de entrada forçada, ou seja, arrombamento. 
 
 - Com o auxílio de uma alavanca ou até mesmo a ponta da ferramenta hidráulica, 
abra uma fenda entre a porta e seu batente, próximo à maçaneta (ponto fixo), então na 
fenda posicione o alargador ou ferramenta combinada hidráulica e acione até a abertura 
da porta (o alargador em ação imprime pressão à porta, que pode ser bruscamente 
projetada sobre a equipe!); 
 - Obs.: Em alguns veículos, o ponto fixo interno fica mais abaixo da maçaneta; 
neste caso devemos tomar como referência a maçaneta externa e aproximar-se o máximo 
possível do ponto fixo com a ferramenta hidráulica. 
 
 
 
3 - REMOÇÃO DAS PORTAS 
 
 
 Uma vez abertas, as portas são facilmente removidas com o emprego da 
ferramenta hidráulica entre as dobradiças, até soltá-las de seus pinos de fixação. 
 Posicione inicialmente o alargador na porta parcialmente aberta sob a dobradiça 
superior, acione-o até o rompimento dos pinos. Depois, proceda da mesma forma sob a 
dobradiça inferior, removendo a porta. 
 Em veículos pequenos ou quando o espaço para abordagem e atendimento à 
vítima é limitado, sempre remova as portas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 – DESENCARCERAÇÃO E EXTRICAÇÃO 
 
 Há situações em que os componentes internos dos veículos e mesmo sua lataria 
externa se retorcem sobre as vítimas, exigindo da equipe que as socorre manobras 
especializadas para a sua liberação, respeitando-se a particularidade e complexidade de 
cada ocorrência. 
 
 
 Lembre-se de retirar as ferragens da vítima e não a vítima das ferragens! 
 Para aperfeiçoar resultados ao atendimento à vítima, é fundamental total 
integração entre equipes de salvamento e APH, trabalhando por vezes conjunta e 
simultaneamente, principalmente em casos de vítimas graves, debilitadas por uma 
hemorragia ou um trauma de crânio severo, impedindo retardar o atendimento até a total 
liberação da mesma das ferragens. 
 Até que se prove o contrário, toda vitima de trauma possui possíveis lesões 
potencialmente graves, podendo causar algum tipo de sequelas ou a própria morte. Por 
isso, além de todas as manobras e técnicas de abordagem e atendimento, uma vez 
retiradas as portas, retiram-se as vítimas com o auxílio de “KED”, se houver indicação. 
 
 Instalação de “KED” (Kendric Extrication Device) 
 
1- Imobilize a cabeça com as mãos e a mantenha nesta posição. 
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2- O segundo socorrista coloca o colar cervical de tamanho adequado, e assume a 
imobilização da cabeça já no interior do veiculo. Usando sempre técnicas de 
imobilização, desloque-a para frente e outro coloque o “KED” pelo dorso. 
3- Ajuste a altura do “KED” pela altura da cabeça da vítima(um “socorrista” mantém a 
sustentação da cabeça com as mãos, no entanto agora através da extremidade 
superior do “KED” em torno da cabeça da vítima). Importante: somente sustente a 
cabeça, não tente acomodá-la e encostá-la no “KED”. 
4- Primeiramente, afivele o cinto central amarelo. 
5- Afivele agora o cinto inferior vermelho. 
6- Por último, o cinto superior verde. Durante todo este processo, um “socorrista” 
continua mantendo a sustentação com as mãos, envolvendo o “KED”. 
7- Passe uma das cintas longas por baixo do joelho (de fora para dentro) e deslize-a 
até a raiz da coxa, posicionando-a lateralmente aos genitais e sob a nádega. 
Prenda-a na fivela do mesmo lado. 
8- Repita esta manobra com a cinta longa contralateral. 
9- Revise e faça os devidos ajustes dos cintos posicionados no tórax. 
10- Identifique o espaço entre a cabeça e o “KED” e preencha-o com a almofada 
delicadamente. 
11- Posicione firmemente o tirante sob a testa da vítima e fixe-o com o velcro no 
“KED”. 
12- Aplique o outro tirante (com abertura central) no colar cervical (mento) e fixe-o no 
velcro do “KED”. 
13- Somente neste momento, o “socorrista” que sustentava a cabeça deve soltá-la, 
passando a segurar o “KED” pela alça superior (**). 
14- O lado pelo qual a vítima será retirada depende de vários fatores, como: 
cinemática, segurança da equipe etc. Transporte-a conforme técnica específica 
para prancha longa. 
 
 De maneira geral, levando-se em conta as particularidades de cada acidente e as 
possíveis posições em que os veículos assumem após o impacto, o emprego das quatro 
técnicas abaixo descritas é bastante eficiente para a liberação das vítimas presas nas 
ferragens: 
- Tração da barra de direção; 
- Remoção do volante; 
- Elevação do painel; 
- Retração dos bancos. 
 
 a - Tração da barra de direção 
 Principalmente em colisões frontais com o retrocesso de todo o bloco dianteiro do 
veículo, o motorista fica frequentemente preso entre o banco e o volante, e, além de 
exercer pressão sob os membros inferiores, ainda impede o acesso à sua remoção. 
 A técnica usualmente aplicada é a tração de toda a barra de direção anteriormente 
ao veículo; esta manobra, além de afastar o volante, eleva o painel, aliviando a pressão 
sobre a vítima. 
 Para o emprego desta técnica, você deverá proceder da seguinte forma: 
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 - ancore uma corrente com resistência elevada sob o chassi do veículo e na barra 
de direção; 
 - fixe as duas correntes em um equipamento de tração (alargador, extensor 
hidráulico ou almofada pneumática); 
 - calce o equipamento sob o capô frontal do veículo e o painel e por onde passam 
as correntes; 
 - acione a tração até a elevação do volante e liberação da vítima. 
 Também pode ser utilizado o GL e o GP, porém seus operadores devem ser bem 
orientados quanto aos ricos da operação, e o socorrista que é o responsável pelos 
procedimentos deve estar sempre atento a qualquer movimento de tração. Obs.: não 
esquecer dos cortes de alívios que são de extrema importância para quebrar a resistência 
das colunas principais. 
 
 b - Remoção do volante 
 
 Quando a tração da barra de direção não for suficiente, necessitando maior espaço 
para liberação da vítima, inicia-se o corte com a remoção do volante. Este é constituído 
por uma porção interna em aço, revestida em plástico como acabamento. 
 Empregando-se um cortador hidráulico ou corta-frio, remove-se a porção do 
volante que prende a vítima. 
 Se a abertura com o corta-frio não for suficiente, remove-se o revestimento plástico 
com machadinha, expondo a barra de aço. Alguns modelos de volantes com hastes de 
fixação na barra de direção são removidos em sua totalidade, bastando o corte destas 
hastes em sua porção central. 
 
 c - Elevação do painel 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em muitas colisões, sobretudo as frontais, o painel é mobilizado para trás, 
comprimindo o motorista. 
 Conforme citado anteriormente, a tração da barra de direção também eleva o 
painel. Se isto ainda não for suficiente, emprega-se a seguinte técnica para liberação da 
vítima: 
- remova inicialmente a porta e o para-brisas do veículo; 
- corte a coluna “A” sob o painel e afaste as duas partes em aproximadamente 30 
cm; 
- faça o corte em “V” no canto inferior da coluna (corte de alívio); 
Corte de alívio 
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- posicione o extensor em diagonal sob o painel, exercendo pressão para sua 
elevação; 
- após a extensão máxima, calce o local cortado em “V” com madeira; 
- se o comprimento do extensor for insuficiente para a elevação do painel, apoie no 
canto oposto, na soleira, o alargador hidráulico e inicie a operação. 
 
d - Retração dos bancos 
Além do espaço conseguido com as técnicas anteriores, podemos ainda obter 
espaços traseiros, deslocando os bancos dianteiros. 
Duas técnicas podem ser empregadas para isto: 
 - remoção das travas e afastamento manual 
 Se os trilhos dos bancos não estiverem danificados com a colisão, é possível soltar 
as travas e deslocá-los manualmente, obtendo mais espaço. 
 - afastamento do banco com equipamento hidráulico. 
 O extensor ou o alargador hidráulico podem ser empregados com a base no 
batente da porta, fixando na estrutura do banco, próximo ao trilho, a fim de afastá-lo. 
 
 e - Remoção do teto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esta é a melhor forma de se obter “grande espaço” para a remoção de todas as 
vítimas de um veículo, ignorando-se o formato final do veículo acidentado. 
 Para esta técnica, efetua-se o corte das colunas preferencialmente empregando 
um cortador hidráulico ou a Serra Sabre. Equipamentos abrasivos não devem ser 
utilizados, por produzirem fagulhas com riscos de incêndio ou explosões. 
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 - empregando o cortador hidráulico, corte as colunas dianteiras e intermediárias do 
veículo o mais rente possível de sua base, evitando “pontas”, para não ferir a vítima ou a 
equipe que a atende; 
 - corte as colunas traseiras, lembrando que são mais largas, necessitando de 1 ou 
mais tempos para tal. 
 
 
 
 Em veículos tombados sobre um dos lados, devemos primeiramente estabilizar 
muito bem o veículo, preferencialmente com GL, encostar a plataforma no assoalho do 
veículo, fixar o cabo de aço no mesmo e tracionar com redutor até a estabilização; inicie 
então o corte das colunas superiores e corte de alívio nas colunas inferiores, para o 
arrebatamento lateral do teto e a retirada da vítima com segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 f - Remoção dos pedais 
 Não raramente encontramos vítimas com sérias fraturas nos membros inferiores e 
os pés presos nos pedais. O emprego de macaco, alargador e extensor hidráulico, pelo 
limitado espaço, impede a utilização, necessitando a remoção dos pedais para a 
imobilização dos membros. 
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 A melhor e mais simples técnica consiste em tracionar o pedal superiormente, 
usando a porta como alavanca, da seguinte forma: 
 - fixe um cabo na extremidade externa do pedal; 
 - passe o cabo sobre a barra de direção e fixe-o na coluna da porta, que deverá 
encontrar-se parcialmente fechada; 
 - com movimento brusco, abra a porta, tracionando o pedal superiormente; 
 - corte o pedal com um corta-vergalhão hidráulico, se disponível. 
 
 g - Analisar todos os dados 
Ouvir testemunhas e procurar nos arredores do local outra possível vítima que possa ter 
sido atropelada ou ejetada do campo de operações. 
 
 h - Proporcionar segurança do local 
 Após o resgate e estabilização das vítimas, o local do acidente é deixado em 
perfeita segurança. Os veículos são removidos para calçadas, canteiros ou acostamentos, 
quando estiverem impedindo o fluxo de trânsito ou em local de risco que possa causar 
outros acidentes. Tais procedimentos estão amparados pela Lei Federal 5870/73. 
 Quando a remoção destes veículos não for possível, reforce a sinalização e 
balizamento, prevenindo novos acidentes. 
 Se houver danos em postes ou rede elétrica, solicite no local, assim que possível, 
equipe de companhia de energia elétrica para desenergizar a rede e efetuar os reparos 
necessários. 
 
 i – Distinções entre autopasseio, pick-up e caminhão 
 
 
 
 Autopasseio: veículo leve destinado ao transporte de pessoas, apresenta certa 
facilidade para o desencarceramento, por ter sua estrutura maleável, devido à alta 
tecnologia atual, que atenua o mecanismo do trauma, fazendo com que o veículo em uma 
colisão retraia aproximadamente 1,20 metros, dependendo do veículo colidido. 
 Pick-up: veículo destinado ao transporte de pequenas cargas, apresenta uma 
pequena dificuldade para o desencarceramento, pois muitas vezes o espaço físico para o 
trabalho é restrito, podendo com isso prolongar manobras de resgate. 
 Caminhão: veículo destinado ao transporte de grandes cargas, apresenta grande 
dificuldade para o desencarceramento, em consequência de vários fatores: ferragens de 
grossas espessuras; espaço físico limitado; própria carga como encarceramento e, 
dependendo do local acidentado, a necessidade de guinchos pesados como apoio. 
 
 
Procedimentos em veículos de passeio blindado 
 
Em acidentes envolvendo veículos blindados de passeio e em que haja vítimas 
encarceradas ou presas nas ferragens, o procedimento de corte utilizando o equipamento 
de desencarceramento é semelhante ao de veículo convencional (sem blindagem). 
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As aberturas de portas, arrebatamento de teto ou aberturas forçadas permanecem as 
mesmas. 
Os vidros, no entanto, não são fáceis de serem retirados, pois as camadas no processo 
de laminação dificultam tal manobra. Portanto, todo equipamento utilizado como impacto 
não terão sucesso, haja vista a principal característica da blindagem ser exatamente 
“absorver impacto”. 
 
 
Veículos equipados com “air bag” 
 
Introdução 
 
O “air bag” é um balão de náilon redondo, com diâmetro levemente superior ao da roda de 
direção do automóvel e cerca de 27,5 cm de profundidade quando totalmente inflado. 
Os sensores do “air bag”, localizados na parte dianteira do veículo ou no compartimento 
do passageiro, são estimulados pela rápida desaceleração, ou seja, uma variação da 
velocidade de 40 km/h provocada pelo impacto frontal gera um estímulo elétrico seguido 
da combustão de aproximadamente 70 mg de ácido de nitrogênio. 
O “air bag” é, então, inflado em menos de 50 mseg, formando uma almofada entre o 
motorista e a roda de direção, com um volume de 60 litros. A ativação desse sistema tem 
como objetivo dissipar a energia cinética do trauma. 
Para a desinsuflação do sistema, em pouco mais de 1 segundo, são liberados os 
seguintes gases: 96% de nitrogênio, 3% de dióxido de carbono e 1% de uma miscelânea 
de outros. 
Pó de talco é utilizado para a embalagem do “air bag”, o que explica a “fumaça” ou nuvem 
de poeira observada no momento em que o acessório é acionado. Também são liberadas 
pequenas quantidades de aerossol, contendo hidróxido de sódio (NaOH), carbonato de 
sódio (Na2CO4) e outros óxidos de metais. 
O “air bag” promove uma substancial proteção para a porção superior do tórax, pescoço e 
cabeça nos traumas frontais, bem como a significativa dissipação da energia cinética da 
“desaceleração” e impacto da extremidade cefálica (cabeça, face e pescoço) contra o 
volante ou painel frontal. 
 
Fatores de risco 
Entretanto, descrições de lesões causadas pelo próprio “air bag” têm ganhado cada vez 
mais espaço na literatura, como abrasões faciais, eritema da face e do tórax e irritação 
dos olhos. 
A liberação de gases em alta temperatura, em alguns modelos, também pode ocasionar 
queimaduras no polegar e no dorso de punho e mão. 
A inalação de gases pertencentes ao “air bag” tem pouco risco à saúde, mas foram 
relatados casos de maior gravidade em que asmáticos permaneceram presos no veículo 
após a ativação do “air bag” (vide adiante). 
 
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Olhe além do óbvio, confira a cena! 
 
Antes da introdução dos “air bags” e cintos de segurança em três pontas, as vítimas 
apresentavam sérias lesões em crânio, face e tórax, reduzindo drasticamente o índice de 
sobrevida. Felizmente, com a correta utilização desses dispositivos, essas vítimas, ainda 
que apresentem lesões, deixaram de ter a gravidade anterior, sobrevivendo mais às 
colisões, principalmente as frontais. 
Em traumas, ferimentos internos graves podem estar presentes, porém ocultos, mas 
nunca deverão ser subestimados pelo “resgatista”. 
Analise a situação e aumente as chances de sobrevida destas vítimas, oferecendo todo o 
cuidado no atendimento pré-hospitalar. 
Alguns sinais podem e devem ser identificados por integrantes de resgate e, sempre que 
encontrados, sugerem lesões específicas em órgãos internos. 
 
Volante deformado: Procure abaixo da bolsa de ar e identifique “qualquer” deformidade 
no volante, sugerindo lesões traumáticas em tórax e/ou abdômen. 
 
Energia de impacto: Vinte ou mais centímetros de “retração” do veículo indicam força de 
alto impacto e, consequentemente, liberação de grande energia cinética, devendo o 
resgatista procurar na vítima sinais que sugiram lesões traumáticas graves. 
A não utilização ou utilização “incorreta” dos dispositivos de segurança certamente 
potencializa estas lesões. 
Assim sendo, antes, durante e após a aplicação de técnicas de salvamento e APH sob a 
vítima, observe, relate e sugira possíveis achados no local de acidente, bem como no 
veículo, auxiliando e dirigindo um melhor diagnóstico e tratamento à equipe que recebe o 
usuário acidentado para tratamento definitivo. 
 
 
Dúvidas frequentes em abordagem de veículos equipados com “air bags”: 
 
1. Como o “air bag” funciona? 
 
São acionados em colisões frontais ou impactos laterais a velocidades comparáveis de 80 
a 120 km/h. Sensores eletrônicos “de impacto” posicionados frontal ou lateralmente ao 
veículo são acionados e reconhecidos por receptores internamente ao módulo do “air 
bag”, desencadeando reações químicas promovendo imediata da liberação de gases, 
culminando com a insuflação abrupta da bolsa de ar. O tempo total de completa 
insuflação acontece em menos de 1/10s e, imediatamente após, inicia-se a 
“desinsuflação” automaticamente. 
 
 
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Etapas de insuflação e desinsuflação 
 
 
 
 
2. Como identificar veículos equipados com “air bag”? 
Obviamente, se este já foi acionado, a identificação será imediata. Contrariamente, 
identifique palavras com a descrição “air bag” sob o volante, painéis frontal e lateral, 
colunas laterais ao motorista e posteriormente aos bancos dianteiros. 
 
 
 
 
 
3. “Air bag” desdobrado e inflado oferece perigo? 
Não. Frequentemente sugere-se que um “air bag” desdobrado e inflado seja ou esteja 
quente, ou na presença de faísca ou fagulha pode incendiar-se. 
 A “fumaça” é de fato uma substância pulverulenta (como talco em pó ou goma de milho) 
e é necessária para impedir a aderência e danos à bolsa de ar enquanto estiver 
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armazenada no volante, painel ou na lateral do assento. Quando acionada, é dispersada 
no ar. 
Este pó contém quantidades pequenas de resíduos da reação química, resultando, em 
usuários asmáticos, por exemplo, em irritações respiratórias ou mesmo cutâneas e 
oculares. 
A adequada utilização de “EPIs” previne a equipe de possíveis acidentes. 
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4. É seguro respirar após a insuflação de um “air bag”? 
Sim. Não há nenhum caso relatado de componentes de equipes de salvamento expostos 
aos subprodutos ou gases liberados que apresentassem angústia respiratória aguda ou 
crônica duradoura, no entanto houve alguns relatos de tosses. Secundariamente, 
realizaram-se testes simulados em voluntários atópicos ou sabidamente asmáticos 
(crônicos), expostos em cabines fechadas, por um período longo de 20 minutos, 
semelhantes ao interior de veículos, com “air bags” acionados, e revelou-se que esta 
exposição pode causar reações asmáticas significantes nessas pessoas. 
Portanto, se uma vítima de acidente parecer estar sofrendo de angústia respiratória 
aguda, a equipe de salvamento deverá considerar a possibilidade de uma crise asmática, 
e tratá-la adequadamente. 
 
5. Em acidentes com o “air bag” armado, este pode ser desarmado durante 
salvamento? 
Embora seja raro, um “air bag” pode ser acionado, se desdobrar e inflar durante 
operações de salvamento, no entanto não deverá ser fator de retardo e danos ao 
atendimento à vítima. 
 
6. Por que devemos desativar o sistema elétrico do veículo? 
Com o objetivo de prevenir qualquer fonte de possíveis incêndios e explosões e também 
inibir a propagação de todo estímulo elétrico que promova a insuflação do “air bag”. 
Lembre-se: sempre que for desconectar o cabo da bateria, comece pelo cabo negativo. 
 
7. E se o veículo estiver se incendiando? 
O “air bag” é projetado como relatado anteriormente, para ser acionado frente a impactos 
mas também quando a temperatura internamente ao módulo atingir 350° Celsius ou mais. 
Contrariamente ao que se pensa, não ocorrerá explosão e o fogo deverá ser extinto com 
todas as diretrizes e protocolos de salvamento, inclusive com água. 
 
 
 
 
 
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8. Como é o acionamento do “air bag”? 
O acionamento depende da força de impacto que deve ser frontal ou lateral e ocorrer em 
um ângulo de 30 graus em relação ao eixo longitudinal do veículo. Além disso, o veículo 
deve estar acima de uma velocidade predeterminada de no mínimo 40 km/h. Desta forma, 
se o impacto ocorrer abaixo desta velocidade ou se não houver uma desaceleração 
brusca, o “air bag” não será acionado. 
 
 
 
 
Veículos movidos a GNV (Gás Natural Veicular) 
 
 
O que é gás natural? 
 
O gás natural é um combustível fóssil, encontrado em rochas porosas no subsolo, 
podendo estar associado ou não ao petróleo. 
 
Tipos de gás 
 
 - Gás associado 
 - Gás não associado 
 
Como é formado o gás natural? 
 
Sua formação resulta no acúmulo de energia solar em combinação com matérias 
orgânicas soterradas em grandes profundidades, do tempo pré-histórico, devido ao 
processo de acomodação da crosta terrestre. É composto por gases inorgânicos e 
hidrocarbonetos saturados, predominantemente o gás metano e, em menores 
quantidades, o propano, o butano e outros. 
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No estado bruto, apresentam baixos teores de contaminantes, como o nitrogênio, o 
dióxido de carbono, a água e compostos de enxofre. 
 
Dissipação e inflamabilidade 
 
Mais leve que o ar, o gás natural dissipa-se facilmente na atmosfera em caso de 
vazamento. Para que se inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura 
superior a 620°C. A título de comparação, vale lembrar que o álcool se inflama a 200°C e 
a gasolina a 300°C. Além disso, é incolor e inodoro, queimando com uma chama quase 
imperceptível. Por questões de segurança, o gás natural comercializado é odorizado com 
enxofre. 
 
O que é gás associado 
 
Gás associado é aquele que, no reservatório, está dissolvido em óleo ou sob a forma de 
capa de gás. Neste caso, a produção de gás é determinada diretamente pela produção do 
óleo. Caso não haja condições econômicas para a extração, o gás natural é reinjetado na 
jazida ou queimado e destruído, objetivando evitar o acúmulo de gases combustíveis 
próximos aos poços de petróleo. 
 
O que é gás não associado? 
 
Gás não associado é aquele que, no reservatório, está livre ou em presença de 
quantidades muito pequenas de óleo. Neste caso, só se justifica comercialmente produzir 
o gás. As maiores ocorrências de gás natural no mundo são de gás não associado, por 
ser economicamente mais viável devido ao acúmulo de propano e de hidrocarbonetos 
pesados, úteis à sociedade. 
 
Cuidados com o cilindro 
 
Os cilindros devem ser sempre de aço especial, de alta resistência para GNV (NBR- 
12790 ou ISO 4705) e fixados com suportes adequados. 
Não permita, jamais, soldas nos cilindros, pois este será um ponto sem resistência, com 
sérios riscos à ruptura e vazamento do combustível. 
 
 
Pressões internas do cilindro 
 
Não devem, nunca, ultrapassar 220 kgf/cm2. 
O kit e cilindros são dimensionados para 220 kgf/cm2 de pressão máxima. Pressões 
acima deste limite causam vazamentos no sistema, diminuindo a vida útil do equipamento 
e riscos de acidentes. 
Vale lembrar que os cilindros, antes de serem colocados no veículo, são testados com o 
dobro de pressão. 
 
A diferença na pressão de armazenamento dos cilindros 
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O GLP (gás liquefeito de petróleo) é comercializado em botijões de 13 kg e em cilindros 
de 45 kg. Em ambos, quando cheios, a pressão estima-se em 15 atm e à temperatura 
ambiente, considera-se que 85% de seu volume encontram-se no estado líquido e os 
restantes 15% sob vapor. 
O gás natural, quando utilizado emveículos (GNV), é vendido em postos de serviço à 
pressão de 200 atm, que é a pressão final do cilindro do veículo. Nessa condição, a 
quantidade de gás natural no cilindro é de aproximadamente 30 kg. 
 
Principais utilizações 
 
O gás de refinaria é para uso industrial como combustível e matéria-prima petroquímica. 
O gás de rua é usado como combustível residencial e comercial. 
O GLP, além do uso residencial e comercial, é também utilizado como combustível 
industrial. 
O gás natural tem aplicações em todos os setores, inclusive o automotivo. 
Deve-se destacar que a utilização do GLP em veículos é proibida por lei. Além disso, essa 
aplicação é perigosa, no que se refere às improvisações e à falta de regulamentação dos 
equipamentos utilizados para esse fim. 
 
O GLP têm alto peso molecular e, em consequência, alta densidade, portanto é mais 
“pesado” que o ar. Em acidentes com vazamentos, é importante lembrarmos deste 
conceito, pois, enquanto os outros se dispersam rapidamente ou se concentram 
superiormente, o GLP se mantém ao nível do solo. Esta diferença é fundamental a fim de 
nortear ações e abordagem em acidentes que o envolvam. 
 
 
Poder calorífico 
 
O gás de rua é o de menor poder calorífico, sendo necessária, portanto, maior quantidade 
desse gás em relação aos outros para uma mesma quantidade de energia liberada. 
 
São raros os acidentes com veículos equipados com GNV e, quando presentes, os 
cilindros permanecem intactos. A má utilização de cilindros ou reservatórios que não são 
destinados ao uso de GNV e instalados ilegal e clandestinamente são os grandes 
responsáveis por estas ocorrências. 
 
 
 
 
Ilustração de acidente ocorrido com veículo equipado com 
GNV no momento do abastecimento. Note que o cilindro, 
mesmo com total danificação de veículo, permaneceu 
intacto. 
 
 
 
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Foi identificado também cilindro de GLP de 13 kg equipando o 
veículo e sugeriu-se então o motivo do acidente: 
apesar de possuir o cilindro correto de GNV, após abastecê-lo 
corretamente, também tentou abastecer o cilindro de GLP com 
gás natural. 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado: a explosão foi inevitável! O veículo e o 
 cilindro (botijão) de GLP ficaram totalmente destruídos. 
O cilindro de gás natural não sofreu danos à sua estrutura, 
somente no suporte em que é fixado. 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se de que a pressão de um cilindro de GNV é 
de 200 atm e a de um botijão de GLP é de 15 atm. 
 
 
 
 
 
Quais os componentes do “kit” GNV? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cilindro de gás natural veicular Válvula de abastecimento 
 
 
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 Visão do ponto de abastecimento Localização dos cilindros de GNV 
 
 
 
Como agir em acidentes com veículos equipados com GNV 
 
 
 Faça a prevenção contra um possível princípio de incêndio, desligue a bateria. 
 
 Equipados com válvulas de segurança, em situações de “rompimento” na 
tubulação, elas se fecham e ativa-se sistema de exaustão. 
 
 Lembre-se de que o álcool inflama-se a 200°C, a gasolina a 300°C e o GNV a 
620°C. Portanto, se houver incêndios, muito provavelmente terá sido por outro 
combustível. 
 
 O cilindro é capaz de resistir a choques, colisões e até mesmo ao impacto de 
projéteis de armas de fogo. 
 
 Ao abordar um veículo equipado com GNV, o resgatista deve desligar as válvulas 
do cilindro localizado posteriormente aonde é instalado ou a válvula de 
abastecimento que se encontra junto ao motor do veículo. 
 
Combate a incêndio 
 
 Fogo é uma reação físico-química de transformação, também chamada de 
combustão. É resultante da decomposição de uma sustância combustível (sólida, líquida 
ou gasosa) e libera energia em forma de luz e calor. 
 Para que haja fogo, há necessidade da combinação de três substâncias: 
combustível, comburente e calor. 
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 Combustível é a sustância que alimenta o fogo e pode ser encontrada na forma 
sólida, líquida ou gasosa. 
 Comburente é o oxigênio contido no ar, essa substância dá vida à chama. 
 Calor é uma forma de energia que possibilita o início da combustão. 
 
 
 Triângulo do Fogo 
 
 Para melhor entendimento da combustão, convencionou-se a utilização do 
triângulo do fogo, onde o calor, o comburente e o combustível formam cada lado do 
triângulo e, na falta de um dos lados desse “triângulo do fogo”, não haverá fogo. Veja o 
mecanismo da combustão na figura abaixo: 
 
 
C
O
M
B
U
R
E
N
T
E
C
A
LO
R
COMBUSTÍVEL 
 
 
 Tetraedro do Fogo 
 
 Com o passar dos anos, a evolução trouxe explicações mais profundas para os 
mecanismos formadores do fogo, e foi através do tetraedro que foi inserido um novo dado 
ao triângulo do fogo, a reação em cadeia. 
 
 
 
REAÇÃO EM CADEIA
C
O
M
B
U
R
E
N
TE
C
O
M
B
U
S
TÍ
V
E
L
CALOR
 
 
 A reação em cadeia completa o ciclo do triângulo do fogo agindo em radicais livres 
dos incêndios, realizando a quebra da estrutura molecular dos combustíveis por ação 
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exotérmica. Essa ação, que se dá através do calor, de forma continuada, só pode ser 
paralisada através de extinção química, com substâncias halogenadas à base de cloro, 
flúor ou bromo. 
 
 Propagação do calor 
 O calor pode se propagar sob três formas: condução, convecção e irradiação. 
 
 Condução: o calor se propaga de molécula para molécula, podendo passar de um 
compartimento para outro. 
 - Exemplo: o aquecimento da extremidade de uma barra de ferro aquecerá em 
pouco tempo a outra extremidade dessa barra. 
 Convecção: é a transmissão do calor por meio de massas de ar aquecido, cujo 
caminho é de forma ascendente. 
 - Exemplo: a fumaça leva ar aquecido, que poderá percorrer corredores, poços de 
elevadores ou caixas de escadas. 
 Irradiação: é a propagação do calor por meio de energia calorífica que se desloca 
através do espaço em todas as direções. 
 - Exemplo: o calor é irradiado em todas as direções, e esse calor irradiado pode dar 
início a uma nova combustão. 
 
 Classes de incêndio 
 Para um melhor estudo e compreensão do comportamento do fogo, este foi divido 
em quatro classes: 
 
 Classe “A” 
 Fogo em materiais sólidos inflamáveis 
 
 Ex.: madeira, papel, pano... 
 
 
 Classe “B” 
 Fogo em líquidos e gases inflamáveis 
 
 
 Ex.: gasolina, querosene, gás hidrogênio, GLP. 
 
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 Classe “C” 
 Fogo em materiais elétricos ligados 
 
 
 Ex.: televisão, rádio, ventilador, desde que estejam ligados. 
 
 
 Classe “D” 
 Fogo em materiais pirofóricos 
 
 
 Ex.: magnésio, sódio metálico,antimônio. 
 
 
 Extinção de Princípios de Incêndios 
 
 Para extinção do fogo, o resgatista deve adotar procedimentos que correspondam 
a cada classe de incêndio. 
 
 Abafamento 
 A técnica de abafamento consiste em retirar o oxigênio que alimenta a chama, 
dessa maneira o triângulo do fogo não estará completo, portanto não haverá chama. 
 
 
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Resfriamento 
 O resfriamento age diretamente sobre o calor; é através do uso da água que o 
resgatista irá obter êxito no resfriamento. 
 
 
 
 
 
 Retirada de Material 
 É uma técnica que só pode ser utilizada em determinados incêndios, pois consiste 
na retirada do material que ainda não foi afetado pelo fogo. 
 
 
 
 
Extintores 
 
 Definição: 
 Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agentes extintores 
capazes de controlar princípios de incêndios. 
 
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PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
Os extintores classificam-se na mesma conformidade das classes de incêndio: “A” , “B” , 
“C” e “D”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes Extintores 
 
São todos os produtos que os extintores contêm e servem para e extinção de princípios 
de incêndios. 
 
 
Água - é o agente extintor mais conhecido e utilizado, está contido nos extintores de 
classe “A”, que por correspondência serão empregados em princípio de incêndios da 
mesma classe. 
 
 
EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA / ÁGUA-GÁS 
 
Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “A”. 
Contraindicado para as classes “B” e “C”. 
 
Modo de usar: 
Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato 
para a base do fogo. 
Água-gás: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a 
base do fogo. 
O pressurizado é como o da figura ao lado. O de Água-gás possui 
uma pequena ampola de ar comprimido. 
Processo de extinção: Resfriamento. 
 
A 
 
B 
C 
 
D 
COMBUSTÍVEIS 
SÓLIDOS 
LÍQUIDOS 
INFLAMÁVEIS 
EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS 
METAIS 
COMBUSTÍVEIS 
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Espuma - pode ser química ou mecânica; no primeiro caso, é encontrada em extintores 
que estão saindo do mercado por serem obsoletos, o seu funcionamento compreende a 
mistura de bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio quando o aparelho extintor é 
colocado ao contrário; a espuma mecânica é produzida por meio de batimento de um 
líquido gerador de espuma (LGE) e água, sendo necessário um esguicho diferenciado, 
utilizado em princípios de incêndio de classe “B”. 
 
 
EXTINTOR DE ESPUMA 
 
Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “B” e com bom 
resultado para a classe “A”. 
Contraindicado para a classe “C”. 
 
Modo de usar: 
Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a posição 
do extintor (de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de 
modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta. 
Processo de extinção: Abafamento. 
Um processo secundário é o resfriamento (umidificação). 
 
 
 
 
PQS - o pó químico seco é uma substância constituída de bicarbonato de sódio, 
bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, usa-se em fogo de classe “C” ou “D”. 
 
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO 
 
Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “C” e sem 
grande eficiência para a classe “A”. 
Não possui contraindicação. 
 
Modo de usar: 
Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato 
para a base do fogo. 
A pressurizar: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato 
para a base do fogo. 
O “a pressurizar” é como o da figura ao lado. O pressurizado é 
igual ao da primeira figura “água pressurizada”. 
Processo de extinção: Abafamento. 
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CO2 - o dióxido de carbono é um composto inerte e age principalmente no abafamento; é 
utilizado nos incêndios de classe “C”, desde que os aparelhos estejam ligados. 
 
 
EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO 
 
Indicado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência 
para a classe “A”. 
Não possui contraindicação. 
 
Modo de usar: 
Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base 
do fogo. 
Não toque no difusor, poderá gelar e “colar” na pele, causando 
lesões. 
Processo de extinção: Abafamento. 
Incêndios de classe “D” requerem extintores específicos, 
podendo em alguns casos serem utilizados o de Gás Carbônico 
(CO2) ou o Pó Químico Seco (PQS). 
 
 
 
Cabos e Nós 
 
Basicamente existem 3 tipos de cabos. Os de fibra vegetais (linho, pita, cairo, cânhamo, 
sisal, algodão, manila), designando-se por enxárcia branca ou alcatroada, os compostos 
por fios metálicos (arame zincado ou aço inoxidável) e os de fibras sintéticas (náilon, 
perlon, dacron, kevlar, spectron, etc.), mais usados na marinha de recreio. 
Os de fibras vegetais não são tão fortes como os de fibras sintéticas e decompõem-se 
quando molhados. As fibras sintéticas, por sua vez, deterioram-se com os raios 
ultravioletas do sol, mas a sua variedade e resistência fazem com que sejam as preferidas 
na marinha de recreio. Os cabos em aço, por não serem tão flexíveis, não são usados 
senão no aparelho fixo. 
Nós, voltas, falcaças, mãos, costuras, botões, pontos, pinhas, gachetas e cochins são 
trabalhos da arte de marinheiro. Os nós são usados quando se pretende unir um cabo a 
outro, ligar os chicotes do mesmo cabo ou fixar um cabo a qualquer objeto (ex.: cabeço, 
cunho, etc.). Nem sempre se aprendem pelos livros: fazem-se, desfazem-se e tornam a 
fazer-se sempre que seja possível. 
A maioria destes trabalhos não tem atualmente utilização prática, sendo usados hoje em 
dia com fins decorativos. Outros, porém, continuam a ser essenciais em qualquer 
manobra em que se usam cabos, e por isso são tão atuais como sempre o foram. 
Um bom exercício consiste em fazê-los com as mãos atrás das costas ou de olhos 
fechados. 
 
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NÓS 
 
Os nós são para unir dois cabos, dois chicotes do mesmo cabo ou prender um cabo a um 
objeto. Aqui estão apenas aqueles mais usados, mas existem muitos outros nos livros da 
especialidade. 
 
 
 
Nó Direito 
É usado para unir dois cabos de igual material e bitola. 
 
 
Nó de Escota ou Singelo 
Usa-se para unir dois cabos de bitola diferente ou para fixar um cabo a um olhal. Não 
aperta quando molhado. 
 
 
 
 
 
 
Passa-se o chicote de um cabo 
por dentro da meia-volta do outro 
e depois por fora da volta. 
 O chicote volta passando sob o 
próprio cabo e fora da meia-volta. 
 
 
 
 
Nó de Escota Duplo 
Idêntico ao Nó de Escota ou Singelo, mas de maior confiança. 
 
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Passa-se o chicote de um 
cabo por dentro da meia-
volta do outro e de novo 
por fora da volta... 
 ... faz uma meia volta em 
torno do outro... 
 ... e finalmente o chicote 
sob o próprio e fora da 
meia-volta do outro. 
 
 
 
Nó de Pescador 
Usado para emendar dois cabos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um passa dentro da 
laçada do outro... 
 ... e faz uma laçada em 
torno daquele... 
 ... puxam-se ambas as 
laçadas até se unirem. 
 
 
 
 
VOLTAS 
 
Usam-se as voltas para ligar um cabo a um mastro, a uma antena ou a uma âncora. 
 
Volta de Fiel 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALÇA, PINHA, FALCAÇAS e outros 
 
Além de nós e voltas, existem muitos outros trabalhos com cabos. Uma falcaça serve 
para rematar um chicote de um cabo e a pinha, além dos comuns porta-chaves, é usada 
como arremesso na ponta de um cabo. As alças usam-se muito em cabos de amarração. 
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Técnicas de Resgate em Ribanceira e Rapel 
 
 
 
Resgate em ribanceira 
 
 
Introdução 
 
Tendo em vista que resgate em ribanceira é apenas um item que integra um grupo de 
acidentes que encontramos em rodovias, e levando-se em conta que já somos 
profissionais de resgate, este manual visa ampliar conhecimentos técnicos, direcionados 
exclusivamente às técnicas de resgate vertical. 
 
 
 
Definições 
 
 
Resgate 
 
Em nosso caso, significa a ação de resgatar pessoas que se encontram em áreas 
adversas e perigosas, colocando-as em local seguro e a salvo, sem causar maiores 
danos. 
 
Ribanceira 
 
Significa penhasco, despenhadeiro ou abismo às margens de estradas ou rodovias. 
 
Resgate em ribanceira 
 
É a ação de resgatar de forma rápida e eficiente pessoas vítimas de acidentes em 
ribanceira, empregando equipe treinada com auxilio de técnicas e equipamentos 
adequados ao trabalho específico. 
 
Estradas e Rodovias 
 
Na construção de estradas e rodovias, a engenharia tem como preocupação reduzir a 
quantidade de curvas, aclives e declives acentuados, objetivando, entre outros motivos, a 
redução de acidentes; porém, para que estes problemas sejam minimizados, torna-se 
necessário fazer cortes entre as irregularidades do terreno, tendo como resultado final a 
formação de taludes e ribanceiras. Não podemos esquecer também da necessidade de 
construção de viadutos e pontes onde haja a presença de estradas, rios e córregos. 
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As rodovias são construídas em locais geograficamente diferentes, e cada uma irá possuir 
suas próprias particularidades. 
Podemos notar que, nas rodovias construídas em locais onde o terreno se apresenta 
plano, não haverá a incidência de taludes e ribanceiras significativas, porém as que são 
construídas em serras ou terrenos montanhosos poderão apresentar abismos muito 
íngremes e profundos, alguns com mais de 100 metros de altura. 
 
Trabalhos de Resgate 
 
Os trabalhos de resgate em ribanceiras são realizados com emprego de várias técnicas, 
dependendo de alguns fatores importantes, tais como: o tipo de ribanceira, profundidade, 
ângulo de inclinação, tipo de solo, que poderá ser argiloso ou rochoso, presença de mata 
intensa ou não, presença de rios ou lagos no final do abismo, ou outros. 
O trabalho poderá também ser realizado com o apoio de aeronaves, dependendo do local 
ou do número de vítimas no acidente. Neste caso, podemos citar como exemplo a 
ocorrência de uma queda de ônibus em ribanceira, onde com certeza haverá muitas 
vítimas a serem resgatadas. 
 
 
Tipos de Acidentes 
 
Como em qualquer ocorrência, não há dúvidas de que qualquer acidente será de forma e 
em local diferente dos demais, contudo, as técnicas utilizadas no resgate serão sempre 
de acordo com o sistema dos treinamentos. 
Podemos exemplificar neste manual algumas situações de acidente em ribanceiras, 
objetivando expor pontos de importância para a avaliação do local: 
Após a colisão ou descontrole do veículo, o mesmo é lançado em uma ribanceira tendo 
como parada um local plano e seco. Neste caso, a equipe de resgate deverá avaliar a 
situação e empregar o sistema adequado. 
Após colisão ou descontrole do veículo, o mesmo é lançado em ribanceira, parando ainda 
em local acidentado, antes do final do abismo. Neste caso, além do sistema normal, 
haverá a preocupação de ancorar o veículo, antes do resgate das vítimas, para que o 
mesmo não venha a continuar caindo, evitando assim um segundo acidente que poderá 
vitimar até mesmo a equipe de resgate. 
Após a colisão ou descontrole do veículo, o mesmo é lançado em uma ribanceira, tendo 
como parada final um local alagado, com córregos, rios, lagos ou represas. Neste caso, a 
prioridade é a descida rápida até o veículo, avaliação da cena, verificação de parcial ou 
total submersão, com vítimas encarceradas ou livres, inconscientes ou conscientes no 
interior do veículo. Para esta situação, usam-se técnicas de resgate aéreo, estabilizando 
as vítimas para só depois montar sistema para retirá-las do local. 
Em casos onde houver indícios de princípio de incêndios, deverá ser adotada a mesma 
prioridade, ou seja, descida rápida até o local e segurança da cena tanto para as vítimas 
como para a equipe. 
 
 
 
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Equipamentos 
 
Para cada situação há uma técnica específica e cada técnica irá necessitar de 
equipamentos adequados. 
De modo geral, os equipamentos utilizados no resgate em ribanceira são: 
Prancha rígida 
SKED 
Cadeirinha de segurança 
Cabos e cordas 
Brocantes 
Roldana 
Mosquetões 
Fitas de ancoragem 
Lanternas e holofotes 
 
SKED - Equipamento fundamental em resgates de vítimas com suspeitas de trauma de 
coluna e bacia, com queda em ribanceira, pois possui a vantagem de um sistema de 
“içamento vertical”. 
 
 
 
 
Cadeirinhas de segurança - Equipamento de segurança e proteção individual que 
proporciona conforto para descidas em rapel ou subidas em técnica vertical. 
 
 
 
 
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Cabos - existem vários tipos de cabos, para salvamento em ribanceira utilizamos os de 
aço, existentes nos guinchos, e os de náilon, úteis e indispensáveis para descidas e 
içamentos. 
Para utilizarmos de forma adequada os cabos, devemos considerar a capacidade de 
ruptura dos mesmos, o cumprimento, bitolas adequadas, porcentagem de elasticidade, 
além de dominar técnicas de nós, emendas e ancoragens. 
 
 
 
 
 
 
Brocantes - São peças metálicas, normalmente de alumínio, que bloqueiam os cabos. 
São utilizadas em técnicas de rapel, subidas e sistemas de segurança. 
Os mais comumente utilizados são o Freio oito e o Jumar. 
 
 
 
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Mosquetões - São peças metálicas de aço ou alumínio de grande capacidade de carga, 
que possuem gatilho com ou sem rosca, e proporcionam a abertura e fechamento rápido. 
Os mosquetões auxiliam muito nos trabalhos de ancoragem e reduzem os atritos 
produzidos pelos cabos. 
 
 
Figura 12 
 
 
 
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Roldanas - Existem de várias formas e empregos, e podem ser utilizadas em cabos de 
aço ou em cabos de náilon. São peças que auxiliam nas técnicas de redução de força e 
em trabalhos de resgate vertical. 
 
 
 
 
 
Fitas de segurança - São fitas de náilon de forma tubular, com grande capacidade de 
força, usadas em ancoragem e amarrações. Permitem segurança e fácil manejo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós e Ancoragem mais utilizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nó de Fitas - Emendas 
 
 
 
 
 
Nó direito - Emendas 
 
 
 
 
Nó Direito - Emendas 
 
 
 
Nó Pescador Duplo - Emendas 
 
 
 
Duplo oito - Ancoragem 
 
 
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Duplo Nove - Ancoragem 
 
 
 
Lais de Guia - Ancoragem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nó de Trapa - Ancoragem 
Suas voltas preservam 100% da capacidade de ruptura do cabo. 
 
 
 
 
 
Prussik - Ancoragem e subidas em cordas/cabos. 
 
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Belonesi – Nó Bloqueador unidirecional 
 
 
 
 
 
 
 
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Volta do fiel - Ancoragem 
 
 Pelo Chicote 
 
 
 
 
 
 
 
 Pelo Seio 
 
 
 
 
 
Uiaa – (Meia volta do fiel) Nó de segurança 
 
 
 
 
 
 
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Nó de Mula 
 
Utilizado para bloquear o meia volta do fiel, arrematado por pescador simples. 
 
 
 
 
 
Técnica Vertical 
 
Devemos ter consciência de que todos os trabalhos que envolvem altura envolvem riscos 
de quedas que causam traumas graves e muitas vezes permanentes. Por isso, é muito 
importante que o resgatista esteja devidamente preparado para exercer a prática com a 
devida técnica e para manter seu controle emocional e equilíbrio, podendo assim realizar 
um resgate seguro e garantir a qualidade do atendimento. 
As técnicas em vertical são um conjunto de sistemas que possibilitam trabalhos em altura 
de forma segura, e são usadas tanto para descidas como para subidas verticais. 
Para descidas, o sistema mais comum é o rapel, que poderá ser efetuado de diversas 
formas, dependendo da altura e inclinação do abismo. 
Já as técnicas de ascensão necessitam de equipamentos adequados e servem também 
para trabalhos de resgate. 
 
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RAPEL 
 
 
O rapel nada mais é do que a técnica usada para efetuar uma descida vertical com o 
auxílio de uma corda. Utilizado por escaladores ao final de uma grande escalada, por 
espeleólogos, ao descerem em profundas cavernas, por bombeiros no resgate para 
efetuar o salvamento de vítimas, ou mesmo por pequenos aventureiros que descem 
viadutos, prédios, pontes, pedreiras, etc. 
Atualmente, no Brasil, fala-se em rapel como se fosse um esporte e muita gente o tem 
feito como “finalidade” e não como um “meio”, o que realmente um rapel é. É claro que 
não se pode condenar uma pessoa por querer fazer um rapel por simples prazer em uma 
ponte, viaduto ou cachoeira. 
Rapel é uma palavra que em francês quer dizer “chamar” ou “recuperar”, e foi usada para 
batizar a técnica de descida por cordas, praticada em montanhismo, escalada e em outras 
atividades afins. 
A corda é “ancorada”, ou seja, presa em algum ponto seguro no topo de onde o resgatista 
irá iniciar a descida; o resgatista põe a corda em seu freio e começa a descida. O primeiro 
passo do resgatista é prender uma fita solteira em seu equipamento e no local onde a 
corda foi ancorada. Esta vai ser a sua segurança até que ele passe a corda em seu freio e 
se posicione para começar a descida. 
Tudo pronto, solta-se a solteira da ancoragem e inicia-se a aventura. Existem diferentes 
freios, portanto, diferentes formas de se controlar a descida. Dependendo de onde se 
desce, dizemos que a descida é negativa ou positiva, ou seja, positiva é quando se tem 
apoio para os pés, quando se está descendo, por exemplo, um paredão, e conforme 
vamos descendo, também vamos pisando na parede para apoiar os pés; na negativa, 
descemos no vazio, sem qualquer tipo de apoio, portanto é só o resgatista e sua corda. 
Existem muitas descidas em que alternamos entre a negativa e a positiva, isso varia muito 
do local de onde se desce. 
O equipamento deve estar sempre em boas condições, deve ser de boa marca e 
procedência e passar sempre por uma manutenção, que é simples, podendo ser feita por 
qualquer pessoa. 
A segurança deve estar acima de tudo, inclusive da economia, portanto é melhor comprar 
um bom equipamento do que comprar um outro mais barato, mas do qual não se sabe a 
resistência, a capacidade e principalmente a qualidade. 
O rapel é uma técnica relativamente fácil. Mas, se você quiser praticá-lo, é essencial que 
faça um bom treinamento, tenha uma boa instrução e uma boa percepção; isto tudo vem 
garantir a segurança durante a prática do resgate e salvamento. 
O rapel tem alguns estilos bem diferentes de ser praticados. Dê uma olhada abaixo e 
saiba um pouco mais sobre cada um deles. 
 
Rapel em positivo - É realizado com o apoio dos pés na parede. É o mais normal e mais 
conhecido entre os praticantes. 
 
Rapel em negativo - Neste caso é feito sem o apoio dos pés. O praticante lança-se no 
vácuo e desce em queda livre. A sensação de vazio é alucinante e o clímax deste estilo é 
o início, onde às vezes falta coragem para se jogar. 
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Rapel guiado - Normalmente usado em cachoeirase quedas d’água, onde é necessário 
fazer um desvio diagonal da trajetória, para evitar fortes torrentes. 
 
Rapel fracionado - É dividido em vários rapéis menores para encontrar um caminho mais 
seguro. 
 
Corda - Deve ser estática. Existem modelos apropriados para o rapel em cachoeira, que 
não absorvem água. São as chamadas com Sistema DRY. O tamanho da corda vai variar 
do local onde vai ser praticado. A espessura deve ser maior que 8 milímetros. 
 
Bouldrier - Também chamada de cadeirinha pelos mais íntimos. É um conjunto de fitas 
que fica na cintura e nas pernas, ligando o “rapeleiro” à corda através do freio. Existem 
modelos totalmente ajustáveis, nas pernas e na cintura. As boas marcas são: Petzl, 
Simond, Beal, Trango, Ferrino, etc. 
 
 
Freio Oito ou ATC - É o aparelho de atrito que controla a velocidade de descida. 
Conforme a atividade (canyoning, espeleologia ou escalada), pode ser de três modelos: 
oito, reco ou ATC. Marcas aconselhadas: Petzl, Simond, Camp. 
 
Mosquetão - Argola de fecho rápido usado para clipar o freio à cadeirinha. Existem de 
vários modelos e formas. Prefira as marcas com trava ou rosca. Boas marcas: Petzl, 
Simond, Camp, Kong. 
 
Capacete - É sensato o uso do capacete. Use cores chamativas, como: vermelho, 
branco, amarelo... As marcas mais conhecidas são: Petzl, Camp, Montana, Ferrino, etc. 
 
Roupas - Deve-se utilizar o macacão, que é uniforme da equipe de resgate, se você 
estiver na rodovia. No caso de estar praticando rapel em cachoeira, deve-se usar roupas 
de neoprene, que são impermeáveis. 
 
ATENÇÃO: Dê preferência aos equipamentos que tenham os selos do UIAA e CE, e que 
tenham a sua capacidade de peso suportada gravada no próprio aparelho. Estes dois 
selos garantem que todos são testados e aprovados. 
 
Cuidados durante o rapel 
 
Para o rapel, o resgatista utilizará a cadeirinha, um mosquetão oito, um mosquetão de 
rosca, um cabo ou corda e equipamentos de proteção individual, como luvas de vaqueta e 
capacetes. 
É necessário testar o equipamento e estar sempre atento a rachaduras no metal dos 
mosquetões (os mosquetões não devem cair no chão, pois, mesmo que não apresentem 
rachaduras externas, podem estar danificados por dentro), estado da corda, ajuste da 
cadeirinha e qualidade do material. 
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A corda servirá como ponto de apoio, e deverá ser ancorada em um ponto seguro; a 
cadeirinha deve ser bem ajustada e nela presos os mosquetões e a corda 
adequadamente. A velocidade da descida é controlada pelo próprio resgatista. 
 
TIROLESA 
 
 
 
 
É uma técnica usada para transpor um vale profundo ou abismo. É um sistema que 
requer muita habilidade no cálculo dos pontos de ancoragem, bem como da necessidade 
de equipamentos adequados e em quantidade suficiente para armar um sistema; é a 
última alternativa que deve ser escolhida em um resgate. 
O resgatista primeiramente deve descer até o alcance da vítima, imobilizá-la 
adequadamente utilizando o SKED e prancha rígida, preferencialmente, subir a vítima até 
um ponto de ancoragem 1, prender adequadamente a maca ao cabo ou corda, e 
transportá-la utilizando o cabo que deverá ser preso em um ponto de ancoragem 2. 
 
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TÉCNICA DE REDUÇÃO DE FORÇA 
 
É um método muito utilizado e importante nos trabalhos de resgate em vertical. 
É o conhecimento básico de redução de forças, visto que iremos trabalhar com 
ancoragens de um veículo, içamento de vítimas e materiais pesados. 
Em condições normais ou ribanceiras leves, poderemos empregar sistemas simples, 
contando com o auxílio de mais pessoas. Na falta de pessoal e em situações de abismos 
profundos e íngremes, necessitamos de uma segurança maior, nesses casos temos a 
indicação do sistema de redução de força. 
Tomamos, como peso médio de uma vítima já imobilizada no SKED e prancha longa, cem 
quilos; para içarmos essa vítima num ângulo de 90º, seria necessário no mínimo 4 
pessoas; se um resgatista tiver que descer e acompanhar a vítima na subida, esse peso 
duplicará, sendo necessárias seis pessoas para o içamento. Neste caso, é necessário 
confiar na equipe que fará o içamento, todos devem estar treinados, não é recomendável 
contarmos com a ajuda de curiosos e pessoas leigas que porventura estiverem no local, a 
não ser que recebam orientações precisas de como proceder e sejam pessoas confiáveis. 
Essa técnica de redução de peso é conseguida através de polias, ou roldanas móveis 
ligadas diretamente à carga ou em pontos de ancoragem. É necessária uma grande 
metragem de cabos, e devemos medir a distância entre a vítima e o ponto de ancoragem 
e multiplicar por 2. 
 
Figuras 20, 21, 22 e 23 
 
 
 
Dispondo de polias, mosquetões e brocantes, pode-se reduzir o peso e a força 
proporcional ao sistema móvel de polias, e com a vantagem de reduzir em 90% a 
metragem do cabo utilizado. 
Veja como na figura: 
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Figura 24 
 
 
 
 
As polias serão utilizadas para mudar a direção do tracionamento, caso haja necessidade 
desta operação. 
 
Figura 25 
 
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Tipos de abismos e ribanceiras 
 
Figura 26 
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Avaliação do local 
 
A avaliação do local do acidente é fundamental, dela dependerão o êxito da operação, a 
escolha da conduta que será utilizada no salvamento e o tempo da operação de resgate, 
que é fundamental, pois devemos resgatar a vítima o mais rapidamente possível. Ao 
chegar ao local, a equipe de resgate deverá avaliar: 
 
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Altura do abismo - devemos estar treinados para calcular a altura e distância entre a 
equipe e a vítima, com o objetivo de saber se os materiais existentes na viatura serão 
suficientes para montar o sistema com segurança. Em casos de materiais insuficientes, 
devemos solicitar imediatamente apoio a outra viatura de resgate. 
Ângulo de inclinação - devemos também avaliar visualmente o ângulo de inclinação do 
abismo, pois este fator determina muitas vezes a conduta de sistema de salvamento a ser 
tomada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Pontos de ancoragem - Não há como empregar nenhum sistema de resgate vertical sem 
um bom ponto de ancoragem, para isto devemos escolher o ponto mais adequado ao 
sistema que será empregado. Os pontos de ancoragem devemsuportar o peso do 
resgatista, da maca, do SKED e da vítima. 
 
Como exemplo, pode-se citar algumas ancoragens: 
A própria viatura de resgate ou outras viaturas existentes no local; podemos usar também 
defensas da rodovia, árvores, postes e colunas. 
 
 
 
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Ancoragem Humana 
 
 
 
 
 
 
 
Número de pessoas - Devemos atentar para a quantidade de pessoas disponíveis para 
auxiliar na operação, não dispensando a ajuda de inspetores de tráfego, guincheiros, 
encarregados, bombeiros e outros. Devemos avaliar, se possível, o número de vítimas no 
interior do veículo e, se o número de vítimas exceder o de profissionais disponíveis, 
solicitar ao controle uma equipe de apoio para receber as vítimas e já iniciar o 
atendimento assim que terminado o processo de salvamento. 
 
É importante também, na avaliação, observarmos as condições climáticas, pois a 
ocorrência de chuvas e ventos fortes na hora da operação poderá dificultar o andamento 
do resgate. É outro fator que poderá determinar a técnica de salvamento que será 
empregada. Operações realizadas durante o dia também diferem muito do trabalho que 
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se efetua à noite, em que se deve contar com o apoio de lanternas e holofotes (que 
devem sempre ser testados em relação às pilhas). 
 
 
SITUAÇÕES E RESGATE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se levarmos em conta que o trabalho poderá ser efetuado apenas com uma equipe 
(resgatista e resgatista 1), poderá ser adotado o seguinte sistema: 
Ao chegar ao local, os dois resgatistas avaliam a situação e definem o sistema que será 
empregado, em seguida o resgatista retira da viatura os equipamentos que serão 
utilizados, o resgatista 1 retira a mochila de suporte básico, o rádio HT e as lanternas (se 
for o caso). 
O segundo passo será a montagem da ancoragem pela equipe, em seguida o resgatista 1 
desce com a mochila e com o HT, e o resgatista com a prancha longa e SKED. 
Estando a vítima atendida e imobilizada, o resgatista sobe e efetua o içamento da vítima e 
do resgatista 1. 
O rádio HT é importante para manter a comunicação entre a equipe. 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
 
Este é apenas um manual básico, para auxílio e fornecimento de conceitos teóricos. É 
imprescindível o complemento prático com profissionais habilitados, objetivando o preparo 
técnico da equipe. 
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Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos 
 
A AutoBAn diante de um Acidente com Transporte de Produtos Perigosos 
 
O Plano de Ação de Emergência (PAE) deve ser acionado quando da ocorrência de um 
evento (acidente ou incidente) envolvendo produtos perigosos no Sistema Anhanguera-
Bandeirantes, sob responsabilidade da AutoBan Concessionária do Sistema Anhanguera-
Bandeirantes SA. 
 
O Plano de Ação de Emergência deve fornecer um conjunto de diretrizes e informações 
que propiciem as condições necessárias para a adoção de procedimentos lógicos, 
técnicos e administrativos, estruturados para serem desencadeados rapidamente em 
situações de emergência envolvendo produtos perigosos, para a minimização dos 
impactos à população e ao meio ambiente. 
 
O presente Plano atende às exigências da Resolução SMA nº 81, de 01/12/98, e 
incorpora as diretrizes acordadas pelos participantes do Grupo de Trabalho sobre Plano 
de Emergência para o Atendimento a Acidentes no Transporte de Produtos Perigosos, 
que inclui representantes da SMA, CETESB e concessionárias rodoviárias do Estado de 
São Paulo. A primeira versão do Plano foi encaminhada à CETESB em 01/02/2000. 
 
Em reunião ocorrida na CETESB em junho de 2000, a CETESB indicou que, após análise 
dos Planos de Ação de Emergência apresentados pelas concessionárias, solicitaria 
algumas adequações/complementações em todos os casos, visando uma padronização 
de informações e procedimentos. Em 27/10/2000, a AutoBAn recebeu o Ofício 
CPRN/GTR no 396/2000, solicitando complementações ao Plano apresentado. 
 
Para esclarecer as dúvidas a respeito do escopo acordado dos Planos de Ação de 
Emergência, que consta no Anexo 1 da Resolução SMA 81/98, houve nova reunião com a 
CETESB em 10/10/2000, com participação de todas as concessionárias, com o intuito de 
aclarar as eventuais divergências existentes para a aprovação dos planos. Acordou-se, 
nesta reunião, que seriam agendadas reuniões com cada concessionária, para discutir as 
adequações a serem atendidas. 
 
Em 16/02/01, técnicos da CETESB e do GTR realizaram uma visita ao Sistema 
Anhanguera-Bandeirantes, percorrendo o trecho correspondente à primeira etapa do 
Prolongamento e conhecendo o Centro de Controle Operacional da AutoBAn. Os técnicos 
da CETESB percorreram também o Sistema em operação no trecho entre Jundiaí e 
Cordeirópolis. 
 
Em 22/02/2001, ocorreu a reunião entre a AutoBAn, CETESB, GTR e JGP, onde foram 
acertadas as complementações necessárias. A presente versão do Plano incorpora estas 
complementações. 
 
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Ressalte-se que o presente Plano apresenta os procedimentos de atendimento a 
acidentes com produtos perigosos, assim como os recursos humanos e materiais 
alocados para sua operacionalização, que se encontram atualmente disponibilizados pela 
AutoBAn para o sistema concessionado em operação. 
 
 
 
 
Acidentes Ambientais 
 
- Os acidentes ambientais podem ser definidos como eventos inesperados que afetam, 
direta ou indiretamente, a seguridade da saúde humana, o meio ambiente e a 
comunidade envolvida. 
 
Produto Perigoso 
- Toda substância que proporcione risco à vida, ao meio ambiente e à propriedade. 
 
Carga Perigosa 
- Todo material que, transportado, encontra-se mal amarrado ou mal acondicionado no 
meio de transporte. 
 
Risco 
- Expectativa de perigo que não é iminente, mas que pode se fazer presente. 
 
Perigo 
- Ambiente ou situação cuja atuação depende de critérios de segurança. 
 
Carga a Granel 
- Carga acondicionada de tal forma que o veículo, reboque ou semirreboque é a 
embalagem do produto. 
 
Carga Fracionada 
- A carga é acondicionada em tambores ou caixas individuais e estas, no meio de 
transporte. 
 
Painel deSegurança 
- Placa retangular, alaranjada, de tamanho específico, onde se transcreve o número de 
risco do produto perigoso e o número da ONU. 
 
Rótulo de Risco 
- Losango de tamanho específico e cor variada, onde consta a classe de risco do PP, 
símbolo de risco e número de classificação de risco. 
 
Número de Risco 
- Código alfanumérico localizado na parte superior do painel de segurança, indica o risco 
que o produto oferece à vida, ao meio ambiente e à propriedade. 
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Número ONU 
- Número localizado na parte inferior do painel de segurança; representa a classificação 
mundial dos produtos perigosos. 
 
Manual de Emergência 
- Livro para consulta onde se identifica o PP, analisa o risco e determina procedimentos 
de emergência. 
 
Zona (quente, morna, ou fria) 
- Também conhecidas como zona vermelha, amarela e verde, são áreas de atuação para 
equipes de emergência; separam a área de maior perigo e o posto de comando. 
 
Corredor de descontaminação 
- Instalado na área amarela ou morna, é a passagem obrigatória para quem sai da área 
vermelha, onde ocorre uma descontaminação de pessoas e objetos, para que estes não 
contaminem a área mais externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - Substância Explosiva 
É a substância sólida, líquida ou gasosa, ou mistura de substâncias que, por si mesmas 
ou através de reação química, sejam capazes de produzir gás à temperatura, pressão e 
velocidade tais, que possam causar danos à sua volta. 
 
2 - Substância Gasosa 
É aquela que é completamente gasosa a uma temperatura de 20ºC. 
 
3 - Líquidos Inflamáveis 
São aqueles que, misturados ou não com outros líquidos ou sólidos em solução, 
produzem vapores inflamáveis a uma temperatura de até 60,5ºC. 
 
4 - Sólidos Inflamáveis 
São aqueles que, nas condições encontradas no transporte, são facilmente combustíveis, 
ou que, por atrito, podem causar fogo ou contribuir para que ele aconteça. 
 
5 - Substância Oxidante - Peróxido Orgânico 
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O primeiro, embora não seja necessariamente combustível, pode, em geral por liberação 
de oxigênio, causar combustão em outros materiais ou contribuir para isso. Já o segundo 
contém em sua fórmula estrutural uma estrutura bivalente -O-O- e pode ser considerada 
derivada do peróxido de hidrogênio, onde um ou ambos os átomos de hidrogênio foram 
substituídos por radicais orgânicos. 
 
6 - Substância Tóxica ou Infectante 
São capazes de provocar a morte, lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas, 
inaladas ou se entrarem em contato com a pele. 
 
7 - Materiais Radioativos 
Para fins de transporte, é qualquer material cuja atividade específica seja superior a 70 
kBq/kg. 
 
8 - Substância Corrosiva 
É aquela que, por ação química, causa severos danos quando em contato com tecido vivo 
ou, em caso de vazamento, pode destruir outras cargas ou o veículo, ou ainda pode 
causar outros danos. 
 
9 - Substância Perigosa Diversa 
É aquela que pode apresentar um ou mais riscos não especificados anteriormente ou, 
ainda, apresentar os risco acima descritos somados ou em parte. 
 
Identificação e Classificação 
 
 
 
Os Produtos Perigosos são identificados por painéis de segurança e rótulos de risco que 
ficam localizados nos veículos que transportam tais produtos. 
Nos painéis de segurança que têm a cor alaranjada, temos dois números: o de cima é o 
número de risco que determina o risco que o produto oferece; já o número inferior refere-
se à identificação internacional feita pela ONU (número ONU). 
Os rótulos de risco são compostos por um símbolo de risco e um número de classificação 
de risco e têm cores diferentes, para facilitar a identificação do produto. 
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A legislação prevê que todos os veículos que transportam produtos perigosos sejam 
dirigidos por motoristas que tenham o Curso de Movimentação de Produtos Especiais que 
é ministrado pelo SENAI ou por órgão devidamente autorizado pelo DETRAN de cada 
estado. Sua validade é nacional. 
A mesma legislação determina a utilização dos painéis de segurança e rótulos de risco, 
frisando também que esses veículos devam portar Ficha de Emergência, envelope para 
transporte e um kit de emergência. 
 
Manual de Emergências 
 
O Manual de Emergências foi confeccionado para utilização em emergências com 
produtos perigosos, como um banco de dados de informações acerca dos procedimentos 
que devem ser efetuados no local da emergência. 
O manual está dividido em cinco partes, a saber: 
 
Introdução, com informações gerais sobre PP e sobre o manual; 
Parte amarela, que relaciona os produtos por ordem do número ONU; 
Parte azul, que relaciona os produtos por ordem alfabética; 
Parte com tarja laranja, que são os guias de emergência que orientam quanto às ações a 
serem tomadas; e 
Parte verde, com tabela de distâncias de isolamento e evacuação inicial. 
 
Como Decifrar o Número de Risco 
 
Todo número de risco é composto de no mínimo dois algarismos e no máximo três, 
podendo estar acompanhado da letra “X”, que diz – reage perigosamente em contato com 
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água. O primeiro número representa o risco principal do produto, o segundo e/ou terceiro 
algarismo representam um risco subsidiário. Com base na tabela de conversão, 
obteremos uma configuração baseada no seguinte exemplo: 
 
Número de risco 3 
 
3 = líquido inflamável 
 
6 = tóxico 
 
Teremos a seguinte tradução: 36 = líquido inflamável e tóxico 
 
 
 
Observações: 
- Quando um número se repetir uma vez, leia-se muito... 
- Quando um número se repetir duas vezes, leia-se extremamente... 
- Quando um número for precedido por X, significa que o produto reage perigosamente 
com água. 
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CLASSES DOS PRODUTOS PERIGOSOS 
 
CLASSE 1 - EXPLOSIVOS 
 
Subclasses 
 
- Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa. 
Ex.: TNT, Fulminato de Mercúrio. 
 
- Substâncias e artefatos com risco de projeção. 
Ex.: Granada. 
 
- Substâncias e artefatos com risco predominante de fogo. 
Ex.: Artigos Pirotécnicos. 
 
- Substâncias e artefatos que não apresentam riscos significativos. 
Ex.: Dispositivos Iniciadores. 
 
- Substâncias pouco sensíveis. 
Ex.: Explosivos de Demolição. 
 
 
Características 
 
Detonação 
Deflagração 
 
Componentes 
 
Estopim (elétrico ou combustível) 
Espoleta 
Cordel detonante - gera energia rápida 
Temporizador - milissegundos 
Boosters 
Material explosivo 
 
Prevenção 
 
Transportar, manipular e armazenar seus componentes separadamente. 
Evitar fontes de energia. 
Evitar choque. 
 
Medidas de Segurança 
 
Isolar a área entre 600 e 1600 metros. 
Providenciar barreiras físicas. 
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Deixar queimar a carga. 
 
OBS.: Os explosivos são substâncias que sofreram transformações químicas 
extremamente rápidas e que produzem grande quantidade de gases e calor, causando 
um deslocamento do ar vizinho, gerando uma sobrepressão que pode causar danos a 
edificações e pessoas. 
 
 
CLASSE 2 - GASES 
 
Subclasses 
 
2.1 - Gases Comprimidos. 
Ex.: CO2, Nitrogênio. 
 
2.2 - Gases Liquefeitos. 
Ex.: GLP. 
 
2.3 - Gases dissolvidos sob pressão. 
Ex.: Acetileno. 
 
2.4 - Gases altamente refrigerados. 
Ex.: CO2, Nitrogênio. 
 
Características 
 
Pode causar queimadura criogênica. 
Pode causar asfixia mecânica. 
Pode explodir seus recipientes. 
Pode gerar “BLEVE” (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion). 
 
Prevenção 
 
Evitar fontes de energia. 
Evitar choque. 
 
Medidas de Segurança 
 
Válvulas de alívio, ou escape. 
Disco de ruptura. 
Plug fusível. 
 
OBS.: Em casos de vazamento, os gases tendem a ocupar todo o ambiente, mesmo 
quando possuem densidade diferente do ar. Além do risco inerente ao seu estado físico, 
os gases podem apresentar riscos adicionais, como por exemplo, inflamabilidade, 
toxidade, poder de oxidação e corrosividade, entre outros. 
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CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS 
 
As substâncias pertencentes a esta classe são de origem orgânica, como: 
hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos e cetonas, entre outros. 
Para uma resposta mais segura em ocorrências com líquidos inflamáveis, faz-se 
necessário o pleno conhecimento de algumas de suas propriedades físico-químicas: 
 
Ponto de fulgor 
 
O conceito de ponto de fulgor está diretamente associado à temperatura ambiente. 
Considerando-se uma temperatura ambiente de 25ºC e ocorrendo um vazamento de um 
produto cujo ponto de fulgor é de 15ºC, o produto estará liberando vapores inflamáveis, 
bastando uma fonte de ignição para que ocorra um incêndio ou uma explosão. Porém, se 
o ponto de fulgor do produto for de 30ºC, este não estará liberando vapores inflamáveis e, 
consequentemente, o risco de explosão ou incêndio, neste ambiente, é mínimo. 
 
Limites de inflamabilidade ou explosividade 
 
Para que um gás ou vapor inflamável se queime, é necessário que exista, além da fonte 
de ignição, uma mistura “ideal” do ar atmosférico (oxigênio) com esse gás combustível. A 
quantidade de oxigênio no ar é praticamente constante, ou seja, em torno de 21% em 
volume. Já a quantidade de gás combustível varia para cada produto e está dimensionada 
através de duas constantes; o limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de 
explosividade (LSE), e os valores de LIE e LSE variam de produto para produto. 
Os valores do LIE e LSE são, geralmente, fornecidos em porcentagem de volume, 
tomadas a aproximadamente 20ºC e 1 atm. Os gases ou vapores combustíveis só se 
queimam quando sua porcentagem em volume está entre os limites (inferior e superior) 
de explosividade, que é a mistura “ideal” para a combustão. 
 
0% LIE - LSE 100% 
 Características: 
 
LIE e LSE. 
Pode gerar “FLASH” 
Pode gerar “BLEVE” 
 
Prevenção 
Evitar fontes de energia. 
Evitar que fiquem expostos. 
 
Medidas de segurança 
Aterramento. 
Corta-chamas 
Válvula de sobrepressão e vácuo. 
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Disco de ruptura. 
Plug fusível. 
Bacias de contenção. 
 
 
CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS 
 
Substâncias que podem inflamar-se na presença de uma fonte de ignição, em contato 
com o ar ou com a água. 
Devido à variedade de características dos produtos dessa classe, estão agrupados em 
três subclasses distintas: 
Sólidos inflamáveis 
Combustão espontânea 
Perigoso quando molhado 
 
Subclasses 
 
- Sólidos inflamáveis. 
Podem inflamar-se quando expostos ao calor, choque ou atrito, além de chamas vivas, 
tendo como exemplo o nitrato de ureia e o enxofre. 
 
- Combustão espontânea. 
São produtos cuja peculiaridade é inflamar-se em contato com o ar, mesmo sem a 
presença de uma fonte de ignição. Devido a esta característica, esses produtos são 
transportados em recipientes com atmosferas inertes, uns imersos em querosene, outros 
em água. O fósforo, branco ou amarelo, e o sulfeto de sódio são exemplos de produtos 
que se ignizam espontaneamente quando em contato com o ar. 
 
- Perigoso quando molhado. 
As substâncias pertencentes a esta classe, por interação com a água, podem tornar-se 
espontaneamente inflamáveis ou produzir gases inflamáveis em quantidades perigosas. O 
sódio metálico reage de maneira vigorosa quando em contato com a água, liberando o 
gás hidrogênio, que é altamente inflamável. 
Os produtos dessa classe e principalmente os de subclasses 4.2 e 4.3 liberam gases 
tóxicos ou irritantes quando entram em combustão. Quando as reações decorrentes 
destes produtos se iniciam, ocorrem de maneira rápida e praticamente são incontroláveis. 
 
 
CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES OU PERÓXIDOS ORGÂNICOS 
 
- Oxidantes. 
 
São materiais que liberam oxigênio rapidamente para sustentar a combustão dos 
materiais orgânicos. Estas substâncias são relativamente instáveis e reagem 
quimicamente com uma grande variedade de produtos. O simples contato de oxidantes 
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com produtos combustíveis (compostos orgânicos) pode gerar um incêndio; geralmente 
essas reações são vigorosas, ocorrendo grande liberação de calor. 
 
- Peróxidos Orgânicos. 
 
São agentes de alto poder oxidante, sendo que, na maioria das vezes, são irritantes para 
olhos, pele, mucosas e garganta. 
 
 
CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS OU INFECTANTES 
 
São substâncias capazes de provocar mortes ou danos à saúde humana, se ingeridas, 
inaladas ou em contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades. 
Em função do alto risco apresentado pelos produtos desta classe, durante as operações 
de atendimento à emergência é necessária a utilização de equipamentos de proteção e 
monitoramento da concentração dos produtos na atmosfera. 
Os resultados obtidos nesse monitoramento poderão ser comparados a valores de 
referência conhecidos com “LT” (limite de tolerância), que é o limite de concentração à 
qual um trabalhador pode ficar exposto durante 8 (oito) horas diárias, sem sofrer efeitos 
adversos à sua saúde; e também o IDLH, que é o valor imediatamente perigoso à vida e à 
saúde, ao qual uma pessoa pode ficar exposta durante 30 minutos sem sofrer danos à 
sua saúde. 
Dado o alto grau de toxicidade dos produtos da classe 6, faz-se necessário lembrar que 
as operações de contenção são de fundamental importância, já que normalmente são 
muito tóxicos para a vida aquática, representando alto potencial de risco para a 
contaminação dos corpos d’água. 
 
 
CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS 
 
São aquelas que emanam raios ionizantes. Ex.: raio X, Alfa, Beta e Gama. 
A radiação ionizante não produz no ser humano efeitos imediatos como dor ou sensação 
de desconforto ou de incômodo, a não ser em casos de doses extremamente elevadas. A 
falta de efeitos sensíveis imediatos pode levar as pessoas ao desprezo pelas normas de 
segurança, o que pode provocar acidentes graves. 
O conhecimento do símbolo de Radiação é essencial mesmo que se encontreem 
embalagens usadas e vazias. 
 
 
CLASSE 8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS 
 
São substâncias que apresentam uma severa taxa de corrosão ao aço. Evidentemente 
causam danos ao tecido humano. 
Basicamente, existem dois principais grupos de materiais que apresentam essas 
propriedades: os Ácidos e as Bases. 
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Muitos produtos pertencentes a essa classe reagem com a maioria dos metais, gerando 
hidrogênio, que é um gás inflamável, acarretando assim um risco adicional. 
Certos produtos apresentam como risco subsidiário um alto poder oxidante, enquanto 
outros podem reagir violentamente com a água ou com outros metais, como por exemplo 
compostos orgânicos. 
O contato desses produtos com a pele e com os olhos pode provocar severas 
queimaduras, por isso deve-se utilizar o EPI adequado para cada tipo de produto 
envolvido, em geral as roupas de PVC são recomendadas para o manuseio dos 
corrosivos. 
 
 
CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS 
 
São as substâncias que apresentam um risco não coberto por qualquer das outras 
classes. Para esses produtos, são aplicados todos os procedimentos básicos, além de 
outros procedimentos específicos, de acordo com o tipo de produto e local da ocorrência. 
 
 
PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS 
 
1º NO LOCAL 
 
Manter o vento às suas costas; 
Identificar e classificar o produto a distância; 
Isolar, sinalizar e evacuar a área; 
Acionar os meios de emergência: Corpo de Bombeiros, Cetesb, Defesa Civil, Pró 
Química, Polícia Rodoviária. 
A contenção do vazamento, transbordo, limpeza do local e liberação fica a cargo de 
pessoal especializado. 
 
 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE SEGURANÇA PESSOAL 
 
 O principal aspecto a ser considerado durante o atendimento a acidentes que 
envolvem produtos perigosos diz respeito à segurança das pessoas, principalmente das 
primeiras que chegam ao local da ocorrência. Para tanto, deverão ser sempre adotados, 
no mínimo, os seguintes procedimentos: 
 
Observar a distância segura; 
Aproximar-se cuidadosamente; 
Manter-se sempre de costas para o vento, tomando como referência o ponto do 
vazamento; 
Evitar manter qualquer tipo de contato com o produto envolvido (pisar, tocar ou inalar); 
Identificar o produto (n° da ONU e Rótulo de Risco); 
Isolar a área; 
Solicitar o auxílio de especialistas e autoridades. 
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ÊXITO NA OPERAÇÃO 
 
O sucesso de uma operação de atendimento a acidentes envolvendo produtos perigosos 
está associado aos seguintes valores: 
 
Rapidez e eficiência no acionamento das equipes de atendimento; 
Avaliação correta e desencadeamento de ações compatíveis com a situação apresentada; 
Disponibilidade dos recursos necessários e capacidade de mobilização. 
 
ETAPAS DE UM ATENDIMENTO EMERGENCIAL 
 
Os acidentes envolvendo produtos perigosos podem ocasionar situações bastante 
diferenciadas, necessitando, na maioria das vezes, de um desencadeamento de ações 
específicas para cada caso. De maneira geral, no entanto, os trabalhos de atendimento 
podem ser divididos em quatro etapas, a saber: 
 
Segurança; 
Avaliação e identificação; 
Comunicação efetiva; 
Isolamento da área. 
 
Segurança 
 
Refere-se ao posicionamento da viatura e à biossegurança de cada envolvido, com o uso 
do EPI adequado, que veremos mais à frente. 
 
Avaliação e identificação 
 
Avaliação do local, tipo de acidente, vazamentos, fogo, etc., identificação do produto 
através do painel de segurança e rótulo de risco. 
 
Comunicação efetiva 
 
Informar ao CCO sobre a identificação do produto e situação do local, se existe 
vazamentos, fogo, etc., acionamento de recursos como corpo de bombeiros, defesa civil, 
Cetesb, etc. 
 
Isolamento de área 
 
Evacuação de pessoas, colocação de sinalização, etc. 
Isolar o local e estabelecer áreas de maior risco. 
Consultar o manual de autoproteção para manuseios e transporte rodoviário de produtos 
perigosos para, de acordo com o produto e a proporção do vazamento, verificar a área 
que deverá ser isolada. 
 
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Zona de atuação 
 
Neste e em alguns outros tipos de atendimento, delimitamos as áreas de atuação e 
classificamos por zona de periculosidade, assim temos: 
 - Zona Quente, ou zona de exclusão: é o foco central do acidente, área de maior 
contaminação e, portanto, é onde estará concentrado o EPI adequado para o 
atendimento, sendo utilizado pelas pessoas mais adaptadas. Existe um controle rigoroso 
para entrada e saída de pessoas e equipamentos. 
 - Zona Morna, ou zona de redução de contaminação: corresponde à área de trânsito 
entre as áreas contaminadas e áreas limpas. Também é a área reserva da zona quente, 
caso o contaminante se desloque. 
 - Zona Fria, ou zona de suporte: área não contaminada, onde será montado o apoio e 
posto de comando da operação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Das etapas do atendimento emergencial, destaca-se o ACIONAMENTO. 
O acionamento é fator preponderante para êxito da operação, associado ao repasse das 
informações. 
Estudos sobre a “estratégia das informações” classificam as informações em quatro 
graus: 
Informação imediata -> indica o perigo iminente. 
Informação compacta -> necessária para ações iniciais corretas e seguras. 
Informação detalhada -> necessária para providências específicas, geralmente sobre 
características físico-químicas do produto envolvido. 
Informação especializada -> colhida junto ao fabricante ou órgão especializado. 
 
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IMPORTANTE OBTER INFORMAÇÕES COMO: 
 
Identificação do informante; 
Local da ocorrência; 
Acesso ao local; 
Produto(s) envolvido(s); 
Vazamentos; 
Horário do acidente; 
Características da região; 
Órgãos presentes ou acionados; 
Incêndios ou explosões; 
Vítimas; 
Fones para contatos. 
 
ÁREA DE ATUAÇÃO DA AutoBAn E OUTRAS UNIDADES ESPECÍFICAS 
 
 Sempre que ocorrer acidentes envolvendo veículo que esteja transportando 
produto perigoso, deverão ser acionados outros órgão públicos, sempre de acordo com a 
gravidade e as circunstâncias da emergência, sendo que cada órgão atuará em área 
específica conforme indicações a seguir: 
 
AutoBAn: Identificação, sinalização, isolamento, implantação de desvios, guinchos, mão 
de obra, etc. 
 
Corpo de Bombeiros: Extinção de incêndios, salvamento de vítimas, lavagem de pista, 
corte de metais. 
 
Órgão de Meio Ambiente: Este órgão deverá ser acionado toda vez que houver risco de 
poluição ambiental (do ar, da água ou risco à fauna e à flora). 
 
Órgão responsável pelo abastecimento de água: deverá ser acionado imediatamente, 
sempre que houver perigo de contaminação da água usada pela população local. 
 
Defesa Civil: este órgão será acionado quando a gravidade da situação indicar a 
necessidade de ações de maior vulto, como dar ciência do perigo a toda uma população, 
evacuação da área ou moradores, dar assistência a grande número de vítimas, e meios 
para dominar a situação quando houver contaminação tóxica do ar e água em proporçõesconsideráveis. 
 
ABIQUIM: Dará maiores informações sobre o produto envolvido na emergência e no 
acionamento de fabricantes e transportadores. 
 
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Etapas do Atendimento 
INÍCIO 
NOTIFICAÇÃO 
DO ACIDENTE 
RECURSOS 
SUFICIENTES 
PARA 
PRÓXIMA 
ETAPA? 
 
 
IDENTIFICAÇÃO 
DO PRODUTO 
AVALIAÇÃO 
DOS RISCOS 
DO PRODUTO 
 
 
 ISOLAMENTO 
DO LOCAL 
MONITORAÇÃO 
AMBIENTAL 
REAVALIAÇÃO 
DOS RISCOS DO 
PRODUTO 
REDIMENSIONAMENTO 
DA ÁREA DE 
ISOLAMENTO 
A 
A 
ADEQUAÇÃO 
DO EPI 
SOLICITAR 
APOIO 
NÃ
O 
SALVAMENTO 
DE VIDAS 
SIM 
AVALIAÇÃO DOS 
RECURSOS 
DISPONÍVEIS 
SOLICITAR 
APOIO 
NÃ
O 
EPI 
SUFICIENT
E P/ 
PRÓXIMA 
ETAPA ? 
SIM 
DESENCADEAMENT
O DE AÇÕES 
B 
B 
SITUAÇÃO 
SOB 
CONTROLE
? 
NÃ
O 
SIM 
DESCONTAMINAÇÃO 
AÇÕES DE 
RESCALDO 
AÇÕES PÓS 
EMERGENCIAIS 
RELATÓRIO 
FI
M 
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Atuação com Apoio de Aeronaves 
 
ORIENTAÇÃO E SEGURANÇA DO HELICÓPTERO 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Por causa das suas capacidades únicas, os helicópteros são frequentemente 
usados para emergências médicas. A habilidade do helicóptero para entrar e sair do local 
do acidente, ligar pontos distantes, pousar em helipontos de hospitais, são a chave para 
salvar muitas vidas. 
 Treinamento, trabalho em grupo e coordenação são essenciais para operações 
seguras. 
 É imperativo que as tripulações aeromédicas (TAM), bem como as equipes de 
terra, recebam treinamento para missões específicas, para assegurar a segurança da 
operação e impedir qualquer erro que possa afetar a segurança do voo. 
 
 
TIPOS DE HELICÓPTEROS 
 
 Existem vários tipos de helicópteros a serviço da indústria aeromédica. Os 
helicópteros mais comuns usados nos programas aeromédicos são: 
 
. Monomotores 
 
 Os monomotores incluem: Bell 206 B III - Jet Ranger 206 L III Long Ranger, 
Aeropastiale A Star As350 e Aerospatiale Alouette III SA 316 B. 
 
. Bimotores 
 
 Entre os bimotores estão incluídos: MBB BK117, MBB BO105, Aerospatiale 
Twinstar AS 355F, Aerospatiale Dauphin SA 365N, Bell 222, Bell 412, Agusta 109 e 
Sikorsky S76. 
 
 
A CAPACIDADE DO HELICÓPTERO 
 
 Cada helicóptero possui capacidade diferente. Contudo, geralmente, helicópteros 
monomotores requerem menos tempo para ligar, gastam menos combustível e custam 
menos para serem operados. 
 Helicópteros bimotores podem oferecer uma margem de segurança maior, 
geralmente fornecem uma carga útil e requerem mais manutenção e mais tempo para 
ligar que um monomotor. 
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OPERAÇÃO DOS HELICÓPTEROS: 
 
 A maioria dos helicópteros aeromédicos voa em velocidades entre 100 e 200 km/h. 
 
 
TERRENO 
 
Declives - Pouso em declive requer maior precisão por parte do piloto. O grau de declive 
em que pode ser aterrissado varia, dependendo de fatores como: tipo de aeronave, 
experiência do piloto, condição da superfície da pista, direção do vento e velocidade. 
 
Áreas restritas - A maioria das operações requer uma área limpa ou desobstruída (20 m 
x 20 m de dia e 30 m x 30 m à noite) para uso como área de pouso de helicóptero. Áreas 
restritas apresentam problemas especiais como obstáculos, descida para aterrissagem 
vertical, suspensão de poeira, aproximação segura e decolagem, etc. 
 
Condições de superfície - Áreas de pouso com muita poeira podem reduzir a visibilidade 
a zero devido ao levantamento de poeira, com os motores ligados. Terreno pedregulhado 
pode gerar dano à aeronave. Superfícies de pouso não retas podem não dar uma base 
suficiente para a aeronave. 
 
 
RESPONSABILIDADES DO PILOTO EM COMANDO 
 
 De acordo com os regulamentos do Ministério da Aeronáutica, a responsabilidade 
em todos os aspectos de uma operação segura da aeronave recai sobre o piloto em 
comando. Todos os passageiros devem se comportar, dentro ou nos arredores da 
aeronave, sob as ordens do piloto. A segurança de uma missão aeromédica pode ser 
aumentada pela cooperação dos tripulantes aeromédicos (TAM) e das equipes de terra. 
 
 
TAREFAS DA EQUIPE DE TERRA - OPERAÇÕES NORMAIS 
 
- Clarear a área de objetos soltos, que possam voar pela força do vento; 
 
- Impedir a aproximação de pessoas estranhas ao local de pouso; 
 
- Orientar o piloto quanto à direção da aproximação da aeronave, aproximação com o 
solo, livramento de obstáculos e pouso. As ilustrações a seguir mostram os sinais que 
devem ser utilizados para essa orientação: 
 
 
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Obedecer às orientações da tripulação, quanto à aproximação da aeronave. 
 
- Saber a localização e operação de todas as portas da aeronave. 
 
 
 O número de assistentes a se aproximarem do helicóptero deve ser mantido ao 
mínimo. Tripulantes aeromédicos ou membros da equipe de terra podem ser usados 
também para assegurar-se da segurança da zona de pouso no solo até que o piloto deixe 
os controles. Um método que tem sido efetivo é o “posting”. No pouso e depois de o piloto 
deixar os comandos, um TAM é colocado fora do disco do rotor na posição 11 horas. Se 
dois TAMs são usados, o segundo é colocado na posição 1 hora. 
 
 
TAREFA DA EQUIPE DE TERRA - PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 
 
- Aproximar-se do helicóptero somente após autorização do piloto. Caso este não esteja 
em condições de fazê-lo, aproximar-se pela frente e pela direita da aeronave. 
 
- Procurar extinguir qualquer princípio de incêndio; 
 
- Abrir todas as portas da aeronave; 
 
- Obedecer às orientações da tripulação. 
 
 
 
 
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RECONHECIMENTO DE PERIGO 
 
 
SISTEMA DO ROTOR PRINCIPAL 
 
 Em declives ou em solo não reto, a distância das pás das hélices pode ser ilusória. 
Hélices podem flexionar para baixo, especialmente quando estão girando em baixa 
rotação em tempo com muitos ventos. Os membros das equipes de terra e tripulantes não 
devem carregar objetos altos, como instalação IV ou iniciar RCP com macas sob hélices 
girando. 
 
 
 
 
 
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SISTEMA DE ROTOR DE CAUDA 
 
 Todos os componentes envolvidos devem estar alertas ao perigo desse sistema de 
rotor da cauda. É baixo o suficiente para causar ferimentos graves ou morte. Alta rotação 
as faz difíceis de serem vistas. 
 Contato visual com o piloto deve ser feito sempre antes de se aproximar. A melhor 
posição para isso é a de se aproximar e sair pela frente e à direita da aeronave, na 
posição de 1 a 2 horas. 
 
 
ZONA DE EXTREMO PERIGO
 
 
 
 
DISTÚRBIO DO AR CAUSADO PELO ROTOR 
 
 Durante o pouso e a decolagemdo helicóptero, ventos extremamente fortes são 
produzidos. Coisas leves como lençóis, cascalho, etc. podem causar ferimentos 
especialmente para os olhos. Ficar a favor do vento pode dramaticamente aumentar o 
perigo. 
 
 
ROTOR 
PRINCIPAL 
ROTOR 
DE 
CAUDA 
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BARULHO 
 
 Motores do helicóptero, transmissões e hélices emitem sons altos e de alta 
frequência. Perda de audição de alta frequência permanente pode ocorrer com muita 
permanência próxima sem uso dos protetores de ouvido. 
 Barulho faz a comunicação ser difícil dentro do helicóptero e em volta dele. 
 
 
FOGO 
 
 O fogo é um perigo muito grande devido à presença de combustível e de oxigênio. 
As equipes de terra devem estar familiarizadas com os equipamentos de fogo e saber a 
localização das válvulas de combustível. Todos os tanques de oxigênio devem ser 
desligados quando não estiverem em uso. 
 
 
FIOS ELÉTRICOS 
 
 A fiação elétrica tende a ser mais perigosa que outros obstáculos ao voo, porque é 
difícil de ser visualizada. As equipes de terra devem prestar atenção nas fiações ou outros 
impedimentos durante o pouso e orientar o piloto quanto à posição melhor para o pouso. 
 
 
AERONAVE POUSADA 
 
 As aeronaves, enquanto pousadas, devem ser guardadas da presença de curiosos 
que podem, inadvertidamente, acionar botões e danificar equipamentos, principalmente 
antenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elaboração da 1ª e 2ª edição 
 
Mauricio Miname 
 
Wagner Longo Rodrigues 
 
Yramaia Kaltenegger Fernandes 
 
Alexandre Rodrigues Negri 
 
José Carlos Redressi 
 
 
Elaboração da 3ª edição 
 
Marcelo Teixeira 
 
Waine Ciampi 
 
 
Elaboração da 4ª edição 
 
Marcelo Teixeira 
 
Waine Ciampi 
 
Jéferson Maximiniano 
 
Ricardo Gesualdo 
 
Milton Pedro Lopez 
 
Hamilton Jonas Amaro 
 
Cesar Augusto Roldan dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓPIA CONTROLADA 
Proibida a Reprodução Parcial ou Total 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
Revisão-04 
Pág. 136 de 137 
CÓPIA CONTROLADA 
PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
Elaboração da 5ª edição 
 
José Antonio Coelho Junior 
 
Milton Pedro Lopez 
 
Ricardo Gesualdo 
 
Cesar Augusto Roldan dos Santos 
CÓPIA CONTROLADA 
Proibida a Reprodução Parcial ou Total 
Protocolo de Atendimento Pré-Hospitalar 
Interação com o Cliente – Resgate 
Revisão-04 
Pág. 137 de 137 
CÓPIA CONTROLADA 
PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL 
 
Protocolo do Manual de Qualificação e Treinamento 
 
Resgate - AutoBAn - 2012 
 
 
 
Eu, ________________________________________________________, DRT _______, 
declaro ter recebido “TREINAMENTO” conforme NR 1.7, alíneas a, b itens de I a VI, c 
itens de I e IV, e alínea d, “Cabe ao Empregador”, e NR 1.8, alíneas a, b, c, d, e 1.8.1, 
“Cabe ao Empregado”, da Portaria nº 3214 de 08 de junho de 1978, conforme conteúdo 
do Manual de Qualificação e Treinamento (2º versão, mar/2008), bem como tomei 
conhecimento dos meus Direitos e Deveres e participei dos treinamentos, orientações e 
informações sobre: 
Atendimento Pré-hospitalar, Cinemática do Trauma, Análise Primária, Reanimação em 
Parada Cardiorrespiratória, Análise Secundária, Obstrução de Vias Aéreas, 
Traumatologia, Conceitos Básicos, Traumatismo Cranioencefálico (TCE), Trauma 
Raquimedular, Trauma Torácico, Trauma Abdominal, Trauma em Gestantes, 
Traumatismo Musculoesquelético, Trauma Pediátrico, Politraumatizado, Salvamento 
Aquático e Afogamento, Emergências Clínicas Mais Comuns, Desmaios, Convulsão, 
Infarto Agudo do Miocárdio, Angina Pectoris, Acidente Vascular Cerebral (AVC), 
Emergências Psiquiátricas, Emergências Respiratórias, Acidentes com Animais 
Peçonhentos, Serpentes, Aranhas, Escorpiões, Lagartas Venenosas, Abelhas, 
Salvamento, Técnicas de Desencarceramento e Resgate de Vítimas Presas em 
Ferragens, Carros Blindados, Veículos Equipados com Air Bag, Veículo Movido a GNV, 
Combate a Incêndio, Extinção de Princípios de Incêndios, Extintores, Cabos e Nós, 
Técnicas de Resgate em Ribanceira e Rapel, Transporte Rodoviário de Produtos 
Perigosos, A AutoBAn diante de um Acidente com Transporte de Produtos Perigosos. 
 
 
 
 
Jundiaí, ________ de ____________________ de 200____. 
 
 
 
 
 
Assinatura: ______________________________________ 
 
 
 
O presente protocolo foi elaborado em duas vias de igual teor, sendo a primeira via da 
Empresa, arquivada na Área de Pessoal, e a 2ª via entregue ao COLABORADOR.

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