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A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Phtls resumo Unidade de Urgências Médicas (Universidade de Caxias do Sul) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Phtls resumo Unidade de Urgências Médicas (Universidade de Caxias do Sul) Baixado por Danilo Mortaes Madanes (mortaes33@gmail.com) lOMoARcPSD|22063486 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-caxias-do-sul/unidade-de-urgencias-medicas/phtls-resumo/4502830?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-caxias-do-sul/unidade-de-urgencias-medicas/3608675?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-caxias-do-sul/unidade-de-urgencias-medicas/phtls-resumo/4502830?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-caxias-do-sul/unidade-de-urgencias-medicas/3608675?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo Introdução • Cuidados pré-hospitalares podem fazer toda a diferença entre a vida e a morte • Trauma: - Causa mais de 14 mil mortes diariamente no mundo - É a causa mais comum de morte entre 1 e 44 anos - Responsável por 40% das mortes entre 1 e 14 anos - Responsável por 70% das mortes entre 15 e 24 anos - Mais anos de vida perdidos e custo que câncer e doenças cardiovasculares - Mortes no trauma: 67% são não intencionais, 21% suicídio, 9% homicídio e 0,3% outros/desconhecido - Tempo até a morte: 50% dos casos é imediato (minutos), 30% cedo (horas) e 20% tarde (semanas) • Tríade epidemiológica do trauma: hospedeiro, agente e ambiente (definir bem quais são) Matriz de Haddon • Pré-evento: prevenção; até 95% das lesões podem ser previstas • Evento: liberação da energia nociva • Pós-evento: menor tempo possível na cena para estabilização e transporte para o tratamento definitivo Pré-Evento • Infartou e colidiu contra a árvore? Usa beta-bloqueador, mascarando a taquicardia, sinal mais precoce de choque? Ingeriu álcool ou drogas? Evento • Colisão: - 3 tipos de impactos: * Entre 2 objetos (ex..: carro e árvore) * Dos ocupantes de um veículo (ex. motorista e volante) * Dos órgãos dentro dos ocupantes (ex. órgãos internos e parede abdominal) - Direções do impacto: * Impacto frontal: caso não exista sistemas de restrição, quando o veículo para, o ocupante continua a se mover para cima (lesões: TCE, deslocamento do intestino, fígado e baço) ou para baixo (lesões: fraturas de MMII) * Impacto posterior: a cabeça vai para trás (lesões: trauma cervical) PHTLS (Pre Hospital Trauma Life Support) * Impacto lateral: saber qual lado a pessoa estava e a altura da colisão (lesões: fratura de úmero e quadril) * Impacto rotacional: inicialmente para frente, após para lateral * Capotamento: se ejeção, difícil prever o que aconteceu e quais lesões o paciente pode ter; tratar como gravíssimo até que se prove o contrário - Cinto de segurança: posicionar corretamente - Motocicletas: morbimortalidade alta; manobra de proteção (deitar a motocicleta, separando-se da mesma; normalmente apenas fraturas pequenas e queimadura por abrasão) • Atropelamentos: - Geralmente, vítima é jogada para cima do capô do carro, bate no vidro (lesões: TCE) e depois cai - As crianças, pela altura, geralmente caem direto no chão e correm o risco de passar por cima • Quedas: - Quedas de mais de 3x a altura da vítima são potencialmente graves - A capacidade de absorção de energia da superfície ao final da queda afeta a gravidade da lesão (ex. concreto x grama) • Ferimentos penetrantes: - A bala é projetada para manter seu formato no ar e se deformar apenas durante o impacto - O rolamento de um projétil maximiza seu dano a 90 graus - Fragmentação: quebra do objeto em múltiplas partes, com maior resistência e troca de energia - Energia das armas: baixa (faca e picador de gelo), média (maioria dos revólveres) ou alta (rifles potentes) - Orifício de entrada: redondo ou oval - Orifício de saída: estrelado - Locais de ferimento e repercussões: * Na cabeça: sistema fechado -> pode explodir a calota craniana * No tórax: pulmão menos denso que sangue, órgãos sólidos e ossos, com menor dissipação de energia e menos danos teciduais * Em vasos maiores: mais suscetíveis por estarem aderidos à coluna ou ao coração * No esôfago: pode dar sinais e sintomas de lesão em horas ou, até mesmo, dias * No abdome: estruturas com ar, sólidas e ósseas * Nas extremidades: lesões ósseas, musculares, nervosas, vasculares • Explosões: - 1ª: Pelo contato da onda de choque com o corpo (orgãos preenchidos por gás como pulmões e orelhas são mais suscetíveis) - 2ª: Lesões balísticas produzidas por fragmentos - 3ª: Propulsão do corpo em outro objeto (lesões contundentes) - 4ª: Calor e fogo, queimaduras, inalação de gases - 5ª: Radiação, substâncias químicas, bactérias Pós-Evento • Avaliação da cena: - Segurança: uso de EPIs e uniformes refletores, posicionamento dos veículos e dispositivos de sinalização - Se cena de crime, tentar preservar - Se acidente com materiais perigosos, dividir em zonas: * Zona fria: área de apoio; local ideal para atendimento * Zona morna: área de transição de contaminação * Zona quente: área de exclusão; bombeiros * Corredor de redução de contaminação entre as zonas • Método START: - Triagem rápida para grandes desastres - Classifica as vítimas com base nas necessidades de cuidados e chance de sobrevivência - Tem por objetivo salvar o maior número de pessoas - Avaliação: “30-2-pode fazer” (ver fluxograma) * “30”: avaliar a capacidade respiratória em um minuto * “2”: avaliar a qualidade da perfusão periférica em 2 segundos * “Pode fazer”: avaliar o nível de consciência para seguir os comandos dos socorristas • Período de Ouro: - Período entre ocorrência do trauma e tratamento definitivo - Controlar hemorragia e restaurar oxigenação dentro de 1 hora para melhorar as chances de sobrevivência - Priorizar vítimas mais graves, exceto em desastres em que a prioridade muda Baixado por Danilo Mortaes Madanes (mortaes33@gmail.com) lOMoARcPSD|22063486 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo Avaliação Primária • XABCDE do trauma - realizado simultaneamente na prática X - SANGRAMENTO EXTERNO • Achar fonte e controlar sangramento externo • Torniquetes são muito eficazes no controle da hemorragia grave e devem ser utilizados se a pressão direta ou o curativo compressivo não controlarem; por até 2 horas sem comprometer o membro A - VIA AÉREA E CONTROLE DA CERVICAL • Garantir permeabilidade da VA • Remover de sangue, substâncias orgânicas, corpos estranhos • Imobilizar a cervical • Manobras para desobstruir língua: - Tração da mandíbula: polegar posicionado sobre cada osso zigomático -> indicador e dedo médio no ângulo da mandíbula, que é puxada para cima - Elevação do mento: puxa a mandíbula para frente, levando junto a língua Obs.: tem que ter alguém estabilizando a cervical • Cânula orofaríngea (de Guedel): - Indicações: incapacidade de manter a VA permeável e prevenir que a vítima intubada morda o tubo - Contra-indicações: vítima conscientes ou semiconscientes • Cânula supraglótica comum (máscara laríngea): - Alternativa funcional;inseridos sem visualização direta das cordas vocais; independem da posição do doente - Indicações: importante em vítimas de trauma com dificuldade de acesso à VA ou suspeita de lesão cervical - Contra-indicações: reflexo de vômito, refeição recente, doença esofágica prévia, ingesta recente de substâncias cáusticas • Intubação endotraqueal/orotraqueal: - Método preferido por isolar a VA, permitir a ventilação com FiO2 de 100%, diminuir o risco de aspiração, facilitar a aspiração da traquéia e prevenir a insuflação gástrica - Indicações: incapacidade de proteger a VA e insuficiência respiratória - Complicações: hipoxemia, trauma -> hemorragia e edema, intubação do brônquio principal direito, intubação esofágica e lesão da coluna cervical Tração da mandíbula Elevação do mento Cânula orofaríngea (Guedel) Cânula supraglótica comum (máscara laríngea) Baixado por Danilo Mortaes Madanes (mortaes33@gmail.com) lOMoARcPSD|22063486 • Intubação endotraqueal/orotraqueal: - Técnica: * Sem trauma: posição de cheirador (hiperextensão cervical) * Com trauma: maior dificuldade - Intubação farmacologicamente assistida: * Analgésicos/sedativos * Curarização (bloqueio neuromuscular - succinilcolina): gera paralisia completa dos músculos (diafragma), retira os reflexos de proteção e causa apnéia; usada principalmente quando o tônus muscular da mandíbula impede a laringoscopia - Verificação do tubo endotraqueal: * Avaliação clínica * Visão direta através das cordas vocais * MV bilateral e ausência de sons aéreos no epigástrico * Expansão simétrica do tórax * Embaçamento no tubo traqueal * Capnógrafo: padrão-ouro em doentes com pulso; monitoramento da concentração de CO2 (adequado é 35-45, mas se acima de 10, provavelmente intubação correta); não ajuda no paciente em PCR (não produz CO2), mas ajuda para avaliar a efetividade da compressão torácica • Cricotireoidostomia por punção: - Indicações de crico (por punção ou cirúrgica): impossibilidade de intubação, lesão importante de face/ via área queimada/edema de glote - Abocath de grosso calibre (12 a 14 em adultos e 16 a 18 em crianças) através da membrana cricotireoidea -> ir aspirando até vir ar - Cateter conectado a uma fonte de O2 a 15 L/min por meio de uma conexão em Y ou por meio de um tubo que apresente um orifício cortado na lateral - Insuflação intermitente - 1 seg sim e 4 seg não - Pode ser oxigenado 30 a 45 min - Complicações: hipercapnia (retém muito CO2; paciente para por hipoxia se manter mais tempo), lesão de estruturas vizinhas • Cricotireoidostomia cirúrgica: - Incisão na pele pela membrana cricotireoidea - Pinça hemostática curva - Tubo endotraqueal ou tubo de traqueostomia de pequeno calibre (5 a 7 mm) -> conecta amou - Indicações: trauma facial extenso, incapacidade de controlar a VA com medidas menos invasivas, hemorragia traqueobrônquica persistente B - VENTILAÇÃO • Evitar hipóxia • Avaliar se o indivíduo está ventilando - Apnéia: ventilação assistida bolsa-valva- máscara, proteção mecânica da via aérea - Ve n t i l a n d o : e s t i m a r a d e q u a ç ã o d a frequência, profundidade ventilatória e oxigenação • Trauma torácico: - Frequente em traumatizados com B alterado - Risco à vida se não identificado rapidamente - Hipóxia, hipercapnia e acidose: resultados frequentes - Pneumotórax hipertensivo -> toracocentese de urgência na cena (2 EIC na linha hemiclavicular - pela obesidade, abocath as vezes não consegue chegar na pleura/quinto EIC na linha axilar média - recomendação dos EUA agora; risco de punção de ventrículo) e definitiva no hospital * Clínica do pneumotórax: taquicardia, hipotensão, ausculta abolida no lado, enfisema subcutâneo, timpânico a percussão - Pneumotórax aberto -> curativo de 3 pontas (na inspiração, veda para não entrar ar; na expiração, sai ar) C - CIRCULAÇÃO • Identificar e controlar hemorragia interna (fratura de fêmur - deformidade, dor, encurtamento, rotação; lesão de baço, fígado, intestino) e externa • Avaliar perfusão (se sinais de choque): pulso, cor, temperatura e umidade da pele, tempo de enchimento capilar - Ausência de perfusão tecidual em nível celular -> metabolismo anaeróbio -> piora de forma sistêmica • Trauma abdominal: a extensão das lesões internas não é passível de identificação no pré-hospitalar • No trauma, o choque mais comum é o hipovolêmico (por hemorragia) - Classificação do choque (ver imagem): * Grau I: só ansioso * Grau II: taquicárdico * Grau III: começa a alterar a PA; indicação de transfusão * Fatores de confusão: idade, condição atlética (FC basal é baixa; FC = 80 é taquicardia para ele), gravidez, uso de medicamentos (beta bloqueador) • Reposição de cristaloide: - Ringer lactato (carro chefe do trauma), soro fisiológico 0,9% (para idoso, DM, IR), ou colóide (mais caro, mesmo benefício e tem efeito colateral) - 1-2L dependendo do tamanho do paciente (para cada 1L perdido, fazer 3L de cristalóide) - Cuidar se paciente não está ficando hipertenso com reposição -> risco de sangramento maior e perda de hemácias - PA mínima para perfusão de órgãos sem TCE: 90/60 mmHg (hipotensão permissiva) - PA mínima para perfusão de órgãos com TCE/ lesão neurológica: 100/70 - 120/80 mmHg - PA > 140/90 mmHg = deletério para paciente com hemorragia (sangra mais) - Se não conseguir acesso periférico -> acesso intra ósseo no úmero, na tíbia; mesmas medicações e mesma dose que EV; risco de infecção; ideal é não ficar mais que 24h Obs.: 1/3 do volume fica no espaço intravascular 30-60 minutos após a infusão; 2/3 fica no extravascular -> edema • Tranfusão: - Indicação a partir do choque grau III - Transfundir 1 U de plasma para 1 U de CHAD para 1 U de plaquetas (quantidades iguais) D - DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA • Se agressivo, combativo ou não coopera: hipóxia até que se prove ao contrário • Verificar período de inconsciência, amnésia lacunar/do trauma, uso de substância tóxica e doença preexistente Baixado por Danilo Mortaes Madanes (mortaes33@gmail.com) lOMoARcPSD|22063486 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=phtls-resumo • Escala de coma de Glasgow: 3-15 - Escala de Glasgow modificada: avaliar o Glasgow normal + avaliar as pupilas -> se uma pupila não reagir, descontar 1 ponto; se as duas pupilas não reagirem, descontar 2 pontos; não é muito utilizada; 1-15 • Pupilas: - Isocóricas: normal - Midriáticas: dilatadas; uso de anfetaminas - Mióticas: contraídas; intoxicação por opióide - Anisocóricas: tamanho diferente • Lesão cerebral traumática: - Cuidar hipertensão intracraniana - Controlar hemorragias, manter PAS>90 mmHg, administrar O2 para saturação >90%, hiperventilar se sinais de herniação (aumento reflexo da PA, bradicardia e alteração do ritmo respiratório na vigência de HIC), fazer diurético osmótico, considerar manitol 0,25-1g/kg, drenar E - EXPOSIÇÃO E AMBIENTE • Cena: somente o estritamente necessário; evitar destruir evidências forenses • Ambulância: com ambiente aquecido, despir totalmente a vítima Avaliação Secundária • História e exame físico detalhados - ver, ouvir e sentir da cabeça aos pés • Após identificação e tratamento de todas as lesões ameaçadores à vida PCR Traumática • Frequentemente causada por exsanguinação ou por lesão incompatível com a vida - exposição de massa encefálica, laceração de Aorta • Menos de 4% das vítimas sobrevivem até a alta hospitalar e muitos dos que sobrevivem apresentam déficit neurológico grave Crianças • Capacidade de compensar grandes perdas de volumes por mais tempo, mas quando descompensam, deteriorização rápida • Bolus de 20ml/Kg de solução cristaloide Gestantes • Melhor tratamento inicial para o feto é a adoção das melhores medidas de reanimação para a mãe • Estudo radiológico não deveser contraindicado devido à gravidez (não superindicar exames desnecessários) • O útero deve ser deslocado manualmente para a esquerda para evitar compressão da veia cava inferior Idosos • Não têm a mesma reserva de um adulto jovem - perda de função renal, atrofia cerebral, cardiopatia, pneumopatia • Pode descompensar fácil e de maneira imediata Baixado por Danilo Mortaes Madanes (mortaes33@gmail.com) lOMoARcPSD|22063486
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