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CONTABILIDADE AVANÇADA Material de Apoio Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 2 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS CONCEITO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES As entidades eventualmente aplicam seus recursos por meio de participação acionária em outras entidades, ou ainda bens que não sejam utilizados na manutenção de sua atividade, em função disso deverão ser classificados para o subgrupo de investimentos do Ativo Não-Circulante no Balanço Patrimonial. A classificação em investimentos não possui a conotação do ponto de vista econômico, ou seja, não se refere a bens que proporcionem, necessariamente, rendimentos para a entidade. De acordo com o texto legal, devem ser registrados em investimentos: � As participações permanentes em outras sociedades; � Os direitos de qualquer natureza não classificáveis no Ativo Circulante ou que não se destinem a manutenção da atividade da empresa. Quando os investimentos se referirem a participações societárias será necessário distinguir se são tratados como investimentos permanentes ou temporários para definir a classificação no Ativo Circulante ou Não-Circulante. Quando os investimentos são permanentes eles podem ser avaliados pelo método de custo ou pelo método de equivalência patrimonial, como o próprio nome dos métodos indica fica fácil compreender a forma de registro e atualização contábil do valor desses investimentos. O método de custo implica de forma simplificada em manter o registro contábil pelo custo de aquisição. O método de equivalência patrimonial sinaliza para a avaliação do investimento pelo valor representativo da participação em relação ao valor o Capital Social da empresa investida. MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PERMANENTES MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 3 Nesse método, os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos no momento de sua geração, independente de serem ou não distribuídos, atendendo dessa forma o princípio de competência. Lei 6.404/1976 Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada; III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício: a)se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos; c)no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. § 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas. § 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I. Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. § 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários. § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 4 políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) CASOS EM QUE SE APLICAM O MEP No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em sociedades coligadas ou controladas serão avaliados pelo percentual investido relativo ao valor de patrimônio líquido das respectivas investidas. Dessa forma o MEP será aplicado a todos os investimentos em empresas onde há participação de 20% ou mais do capital votante, já que esse percentual representa presunção de influência significativa conforme a Lei 6.404/76. Embora esse percentual de participação represente influência, existe a possibilidade de percentuais menores de exigirem da avaliação do investimento o método de equivalência, pois outras formas de relação entre a investidora e a investida podem determinar relevância no investimento de tal forma que o MEP seja exigido para a contabilização da participação societária. Coligadas: são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa, que a própria lei estabeleceu como sendo uma participação a partir de 20% do capital votante da investida. Controladas: “Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.” §2° do art. 243 da lei 6.404/76. São ainda controladas as filiais, agências, sucursais, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica. Sociedade na qual os direitos permanentes de sócio estejam sob controle comum ou exercido mediante a existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital votante. Considera-se, ainda, controlada a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista. A preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores, via de regra, demonstra que a participação diz respeito as ações com direito a voto. Quando o investidor possui mais de 50% do capital votante e não necessariamente propriedade da entidade, porém existem diversas situações em que a Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 5 empresa não possui maioria das ações com direito a voto, masdetém o controle sobre a investida. Exemplo: A empresa ALFHA possui investimento, em outra entidade, e após um ano a configuração desse investimento estava da seguinte forma: ANO 2008 2009 Empresa PL da Investida (Dividido somente em ações ordinárias) 25% de participação no capital PL da Investida (Dividido somente em ações ordinárias) 25% de participação no capital Valor da Equivalência TIDA 50.000,00 12.500 60.000 15.000,00 2.500,00 Lançamento na data da aquisição: Lançamento do ganho com a equivalência patrimonial: Caixa 12.500,00 (a) 12.500,00 Part. Societária (a) 12.500,00 12.500,00 Ganho com Equivalência Patrimonial 2.500,00 (b) 2.500,00 Part. Societária 12.500,00 (b) 2.500,00 15.000,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 6 Podemos perceber com esse lançamento que o valor acrescido a participação societária se deu na proporção da elevação do capital social da investida. O método de equivalência patrimonial permite manter o valor do investimento atualizado em relação a participação percentual do capital social da investida. MÉTODO DE CUSTO Nesse método o valor do investimento será o da aquisição deduzido das provisões para perdas permanentes. Os ganhos obtidos desse investimento não serão acumulados no valor da participação societária, já que o seu valor deverá ser o da aquisição, logo os ganhos obtidos por dividendos serão contabilizados como receitas e as variações decorridas das valorizações serão contabilizadas no ato da realização. As participações societárias não classificadas como coligadas ou controladas serão avaliadas pelo método de custo, já que as que apresentarem essa classificação terão a avaliação realizada pelo método de equivalência patrimonial, como pode ser visto no Art. 248. da lei 6.404/76. Lei 6.404/1976 Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) Nesse método os rendimentos obtidos desses investimentos, os dividendos, são registrados pelo regime de caixa, ou seja, quando de seu recebimento. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 7 Exemplo: Aquisição de 9% das ações da entidade investido no valor de R$5.000,00 Caixa 5.000,00 5.000,00 Após um ano recebeu dividendos no valor de R$50,00 Para facilitar o entendimento da determinação da avaliação poderá seguir o seguinte roteiro: A investida é Resposta Método de Avaliação Porque Controlada? Sim Equivalência Sendo controlada não precisa verificar outros critérios Nao Indeterminado Precisa verificar se é coligada, segue roteiro Coligada? Nao Custo Não sendo controlada nem coligada, a avaliação será sempre pelo custo Sim Equivalência Sendo coligada não precisa verificar outros critérios CONTROLE DIRETO OU INDIRETO O controle acionário pode ser direto ou indireto, ou seja, por meio de outras controladas. OBS.: Considere em todos os exemplos, abaixo, que o valor da participação sobre o capital votante é o mesmo sobre o capital social. Part. Outras Empresas 5.000,00 5.000,00 Resultado c/ Dividendos 50,00 50,00 Caixa 50,00 50,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 8 Controle Direto de subsidiária integral: - A empresa A possui 100% do capital votante da empresa B D Controle Direto de controlada: - A empresa A possui 60% do capital votante da empresa B Controle Indireto através de uma única controlada: - A empresa A possui 90% do capital votante da empresa C, indiretamente por meio da controlada B Na figura, acima, percebemos que embora a companhia A tenha apenas 56% (60% de 90%) das ações da empresa C (propriedade), em termos de controle a empresa A possui 90% das ações, pois na assembléia geral da empresa C a empresa A, por ter a maioria das ações de B, determinará as decisões que B tomará nessa assembléia. Empresa A Empresa B Empresa A Empresa B 60% 100% (Subsidiária Integral) Empresa A Empresa B 60% Empresa C 90% 90% Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 9 Controle indireto por meio de uma controlada e parte diretamente: B – é controlada direta de A (70%); C – é controlada indireta de A (20% diretamente e 40% indiretamente por meio da B). Controle em estruturas societárias complexas com cinco entidades, participações com capital votante: B – é controlada direta de A (55%) C – é coligada de A; D – é controlada de A (55% indiretamente por meio da controlada B) E – não há relação direta entre as duas Empresa A Empresa B 70% CV Empresa C 40% CV 20% CV Empresa A Empresa E Empresa B Empresa C Empresa D 55% 40% 40% 60% 55% Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 10 CÁLCULO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL PELA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA Encontrados os investimentos que dever ser avaliados pelo MEP adotamos os seguintes procedimentos: a) Apura-se o valor dos investimentos após a equivalência patrimonial, multiplicando-se o patrimônio líquido da empresa investida pelo percentual de participação no capital da mesma, pela investidora; b) O valor da equivalência será obtido pela diferença entre o valor após a equivalência patrimonial (item a) e saldo do investimento no razão contábil. Exemplo: Empresa PL da Investida X % Participação no capital = Valor Após Equivalência - Valor Contábil = Valor da Equivalência B 27.500,00 20% 4.675,00 2.500,00 2.175,00C 46.000,00 25% 11.500,00 8.200,00 3.300,00 D 13.000,00 45% 5.850,00 6.400,00 - 550,00 E 5.700,00 85% 4.845,00 3.800,00 1.045,00 Dados obtidos nas demonstrações financeiras 5.970,00 A diferença entre o valor de patrimônio líquido e do investimento corrigido somente será registrada como resultado da equivalência patrimonial quando se originar de lucros ou prejuízos obtidos pelas investidas, ou se corresponder a ganhos ou perdas efetivas. O objetivo do método é transportar para a controladora o resultado do exercício da coligada ou controlada. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 11 Conforme os dados do exemplo anterior os registros contábeis serão realizados da seguinte forma: Investimento Empresa B (SI) 2.500 (EP) 2.175 4.675 Investimento Empresa C (SI) 8.200 (EP) 3.300 11.500 Investimento Empresa D (SI) 6.400 550 (EP) 5.850 Investimento Empresa E (SI) 3.800 (EP) 1.045 4.845 Resultado Equivalência Patrimonial 2.175 3.300 550 1.045 5.970 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 12 Exercício 1 - Indique os investimentos abaixo que deverão ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP) ou pelo Método do Custo de Aquisição (MCA) e sua classificação : Empresa Investimento Participação no capital Votante Coligada Controlada Outras Participações Método de avaliação Beta 10.000 95% Gama 3.000 25% Delta 600 12% Ceres 12.000 15% Tilebrás 1.000 95% Pitbrás 12.500 18% Redbrás 600 12% Potbrás 2.000 8% 2 – A empresa Brutus possui alguns investimentos em participação societária, que após um ano estava configurada conforme tabela abaixo. Diante disso encontre o valor correto da participação e o resultado com a equivalência patrimonial. Empresa PL da Investida (Dividido somente em ações ordinárias) % Participação no capital votante Valor da Participação Valor Contábil (na data da aquisição) Resultado com a Equivalência B 45.000,00 17% 7.650,00 5.500,00 2.150,00 C 102.300,00 25% 25.575,00 17.200,00 8.375,00 D 75.000,00 45% 33.750,00 45.400,00 (11.650,00) E 105.700,00 85% 89.845,00 87.500,00 2.345,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 13 3 – A empresa Tutsi possui alguns investimentos em participação societária, que após um ano estava configurada conforme tabela abaixo. Diante disso encontre o valor correto da participação e o resultado com a equivalência patrimonial. EMPRESA PL ATUAL ATUALIZADO DA INVESTIDA PARTICIPAÇÃO INFLUÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO VALOR CONTÁBIL DO INVESTIMENTO NO EXERCÍCIO ANTERIOR VALOR DA EQUIVALÊNCIA PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 50% A AÇÕES PREFERENCIAIS 50% 15% AÇÕES ORDINÁRIAS NÃO 6.000,00 PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 60% B AÇÕES PREFERENCIAIS 40% 25% AÇÕES ORDINÁRIAS NÃO INFORMADO 12.000,00 PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 80% C AÇÕES PREFERENCIAIS 20% 15% AÇÕES ORDINÁRIAS SIM 12.500,00 PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% D AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 20% AÇÕES ORDINÁRIAS SIM 10.000,00 DIVIDENDOS RECEBIDOS DE INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MEP O lucro obtido em uma investida, avaliada pelo MEP, é registrado no mento de sua geração, logo o recebimento dos dividendos reduz o investimento, uma vez que a receita já foi registrada. O mesmo não acontece com os investimentos avaliados pelo método de custo, já que os resultados auferidos só são reconhecidos quando do seu recebimento. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 14 INVESTIDORA (POSSUI 80% DO CAPITAL DE B) Investidora Inv. Empresa B Dividendos a Receber (SI) 10.000,00 500,00 (1) (1) 500,00 9.500,00 500,00 Investida Lucros Acumulados Dividendos a Pagar (1) 625,00 2.000,00 (SI) 625,00 (1) 1.375,00 625,00 RESULTADOS NÃO REALIZADOS De acordo com a Lei 6.404/76, não serão computados no valor do patrimônio líquido “os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia ou com outras sociedades coligadas a companhia, ou por ela controladas. INVESTIDORA (POSSUI 8% DO CAPITAL DE B) Investidora Bancos Dividendos Recebidos (1) 100,00 100,00 (1) 100,00 100,00 Investida Bancos Dividendos a Pagar 1.250,00 (1) (1) 1.250,00 1.250,00 1.250,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 15 São considerados resultados não realizados aqueles oriundos das operações realizadas entre empresas sob o mesmo controle ou coligação, gerando lucro ou prejuízo, desde que na data da elaboração das demonstrações financeiras esses ativos não tenham sido vendidos para terceiros. Conceituação de resultado não realizado, conforme art. 9° instrução n°247/96 da CVM: “O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será obtido mediante o seguinte cálculo: I - aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido da coligada e da controlada; e II - subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados, conforme definido no parágrafo 1º deste artigo, líquidos dos efeitos fiscais. Parágrafo 1º Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando: a) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial da investidora; ou b) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras coligadas e controladas.” No texto legal, observa-se que apenas o lucro não realizado deve ser desconsiderado do MEP, já os prejuízos fazem parte do MEP para atender ao principio do conservadorismo. As transações mais comuns entre investidoras e investidas são decorrentes de compras e vendas de estoques, como matérias-primas, materiais auxiliares, produtos acabados. Normalmente tais vendas são efetuadas com lucro ou prejuízo. Exemplos: Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 16 a) A controlada B vende por R$50, para a investidora A, mercadorias que custaram R$40, com lucro de R$10. b) A controlada D vende por R$100, para a investidora F, veículos que custaram, R$120, com prejuízo de R$20. Nos casos, acima,temos a figura do “lucro não realizado”. Para compreender de forma mais clara podemos visualizar as empresas constituídas em um grupo, ou seja, como se fossem uma “única entidade”, já que dessa forma o resultado somente será realizado, efetivamente, quando as mercadorias forem comercializadas com terceiros. Caso as mercadorias adquiridas pela investidora A, no exemplo “a”, tenham sido vendidas antes da data de encerramento de suas demonstrações contábeis por $60 para terceiros, não há eliminações a serem feitas porque para o grupo houve a realização do lucro. Transações entre controlada e controladora Terceiros Investida B Investidora A Terceiros Venda $40 Venda $50 Venda $60 Custo $40 Custo $50 Custo $60 Resultado da operação para o “Grupo” Investida B Investidora A Grupo Vendas 50 60 110 (-) Custo das Mercadorias Vendidas 40 50 90 Lucro Bruto 10 10 20 Como nessa situação a investidora vendeu, para terceiros, as mercadorias obtidas da investida, inexiste resultados não realizados, pois o lucro foi efetivado. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 17 Já no exemplo “b”, não se aplica o conceito de resultado não realizado, pois a lei somente faz referência a lucros não realizados, dessa forma atendendo ao princípio de conservadorismo os prejuízos são considerados no cálculo do MEP. Caso 1 – Antes do encerramento do exercício, a Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 30.000 (distribuído da seguinte forma 100% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém, em estoque, mercadorias adquiridas da Investida por $ 10.000. A Investida havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 8.000. No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 5.000. Qual o resultado da equivalência? Demonstração do resultado da equivalência $ Patrimônio líquido da Investida antes da apuração do resultado 30.000 Resultado do exercício 5.000 Patrimônio líquido final 35.000 Participação da investidora = 30 % 10.500 Lucros não realizados (2.000) Participação ajustada 8.500 Valor contábil do investimento 9.000 Resultado da equivalência patrimonial (500) A legislação é clara e diz: se o lucro de operações entre coligadas estiver incluído no resultado de uma coligada ou controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos, de qualquer natureza no balanço patrimonial da investidora, será reconhecido com resultado não realizado para a investidora. O caso 1 demonstra como será feito o ajuste para o cálculo do investimento pelo método de equivalência patrimonial. Caso 2 – Antes do encerramento do exercício a Investidora possui 30% das ações da Investida avaliadas pelo método da equivalência patrimonial em $ 9.000. No encerramento do exercício, a Cia. Investida mantém, em estoque, mercadorias adquiridas da Investidora por $ 10.000. A Investidora havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 8.000. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 18 No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 5.000. Qual o resultado da equivalência? Demonstração do resultado da equivalência $ Patrimônio líquido da Investida antes da apuração do resultado 30.000 Resultado do exercício 5.000 Patrimônio líquido final 35.000 Participação da Investidora = 30 % 10.500 Valor contábil do investimento 9.000 Resultado da equivalência patrimonial 1.500 Podemos perceber, com esses dois casos, que a preocupação da legislação é eliminar, do valor dos ativos da investidora, a evolução gerada por lucros não realizados, tanto nas coligadas quanto controladas, que poderia representar uma avaliação irreal dos investimentos, uma vez que o MEP é utilizado justamente para avaliar o valor dos investimentos registrados nos Ativos da Investidora. Suponhamos que uma coligada vendeu para sua controladora, durante o exercício, por R$20.000,00 mercadorias que foram adquiridas por R$15.000,00 e que no último dia do exercício essas mercadorias ainda estavam no estoque da investidora. Como vimos anteriormente, há um lucro não realizado de R$5.000,00 (valor de venda menos o custo). Sabendo da participação de 30% e do lucro de R$20.000,00 da coligada procederemos ao cálculo do MEP da seguinte forma: AJUSTE DO LUCRO NÃO REALIZADO Resultado da Coligada no Exercício 20.000,00 Participação da Investidora no Capital social da coligada 30% Equivalência patrimonial antes do ajuste em decorrência de lucros não realizados 6.000,00 Lucro não realizado (5.000,00) Resultado da equivalência patrimonial registrado como receita 1.000,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 19 Se a investidora não efetuasse o ajuste do lucro não realizado o resultado de equivalência patrimonial registraria uma receita de R$6.000,00, fugindo da lógica contábil. O cálculo do MEP com ajustes de resultados não realizados, nos casos de aquisições de matérias-primas que estejam em processos, ou dentro dos produtos acabados ainda não vendidos poderá ser calculado da seguinte forma: A controlada vendeu à investidora, durante o exercício, o total de R$3.000,00 de matérias-primas, as quais custaram R$1.700,00. Conseqüentemente a controlada registrou: R$ Vendas 3.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.700,00) Lucro - Margem de 43,3% da vendas 1.300,00 A investidora percebeu, ao final do exercício, que havia ainda em seu estoque de produtos acabados ou em processo de fabricação o equivalente a R$400,00 de matéria-prima adquirida da investida. Sabendo que do valor de aquisição das mercadorias 43,33% representavam o lucro da investida, podemos concluir que 43,33% dos R$400,00 que ainda estão no estoque da investidora representam lucro não realizado: Saldo das matérias-primas adquiridas da controlada 400,00 Margem de rentabilidade da controlada 43,3% Lucro não realizado 173,20 Percebemos, com os exemplos de resultados não realizados, como encontrar, pelo método de equivalência patrimonial, o valor que evidencie o investimento em relação Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 20 ao patrimônio liquido da investida sem a interferência de resultados que descaracterizem o objetivo do método. ÁGIO E DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA O ágio ou deságio surgem quando são adquiridos investimentos permanentes que serão avaliados pelo método de equivalência patrimonial, sendo que o conceito adotado é o da diferença entre o valor pago e o valor contábil do patrimônio líquido da companhia adquirida. Assim se o preço pago pelas ações for maior que seu valor contábil, tem-se um ágio, e se ocorrer o inverso, isto é, se o valor pago pelas ações for menor que seu valor contábil, tem-se um deságio. INSTRUÇÃO CVM Nº 247 DO ÁGIO OU DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO AVALIADO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Art. 13. Para efeito de contabilização, o custo de aquisição de investimento em coligada e controlada deverá ser desdobrado e os valores resultantes desse desdobramento contabilizados em sub-contas separadas: I - equivalência patrimonial baseada em demonstrações contábeis elaboradas nos termos do artigo 10; e II - ágio ou deságio na aquisição ou na subscrição, representado pela diferença para mais ou para menos, respectivamente, entre o custo de aquisição do investimento ea equivalência patrimonial. Art. 14. O ágio ou deságio computado na ocasião da aquisição ou subscrição do investimento deverá ser contabilizado com indicação do fundamento econômico que o determinou. Parágrafo 1º O ágio ou deságio decorrente da diferença entre o valor de mercado de parte ou de todos os bens do ativo da coligada e controlada e o respectivo valor contábil, deverá ser amortizado na proporção em que o ativo for sendo realizado na coligada e controlada, por depreciação, amortização, exaustão ou baixa em decorrência de alienação ou perecimento desses bens ou do investimento. § 2º O ágio ou o deságio decorrente da diferença entre o valor pago na aquisição do investimento e o valor de mercado dos ativos e passivos da coligada ou controlada, Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 21 referido no parágrafo anterior, deverá ser amortizado da seguinte forma: a) o ágio ou o deságio decorrente de expectativa de resultado futuro – no prazo, extensão e proporção dos resultados projetados, ou pela baixa por alienação ou perecimento do investimento, devendo os resultados projetados serem objeto de verificação anual, a fim de que sejam revisados os critérios utilizados para amortização ou registrada a baixa integral do ágio; e b) o ágio decorrente da aquisição do direito de exploração, concessão ou permissão delegadas pelo Poder Público – no prazo estimado ou contratado de utilização, de vigência ou de perda de substância econômica, ou pela baixa por alienação ou perecimento do investimento. • Redação dada pela Instrução CVM nº 285, de 31 de julho de 1998 § 3º O prazo máximo para amortização do ágio previsto na letra “a” do parágrafo anterior não poderá exceder a dez anos. • Redação dada pela Instrução CVM nº 285, de 31 de julho de 1998 Parágrafo 4º Quando houver deságio não justificado pelos fundamentos econômicos previstos nos parágrafos 1º e 2º, a sua amortização somente poderá ser contabilizada em caso de baixa por alienação ou perecimento do investimento. Parágrafo 5º O ágio não justificado pelos fundamentos econômicos, previstos nos parágrafos 1º e 2º, deve ser reconhecido imediatamente como perda, no resultado do exercício, esclarecendo-se em nota explicativa as razões da sua existência. Art. 15. Na elaboração do balanço patrimonial da investidora, o saldo não amortizado do ágio ou deságio deve ser apresentado no ativo permanente, adicionado ou reduzido, respectivamente, à equivalência patrimonial do investimento a que se referir. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 22 Exemplo de aquisição com ágio: Situação 01 EMPRESA PL ATUAL DA INVESTIDA NA DATA DA AQUISIÇÃO PARTICIPAÇÃO VALOR DE AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO PL INVESTIDA NO FINAL DO EXERCÍCIO PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% A AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 30% AÇÕES ORDINÁRIAS 15.000,00 120.000,00 Caixa Participação Societária Ágio em Part. Societ. 15.000,00 (a) (a) 12.000,00 (a) 3.000,00 2.400,00 (c) (b) 2.400,00 15.000,00 14.400,00 600,00 REP (b) 2.400,00 2.400,00 (c) - Situação 02 EMPRESA PL ATUAL DA INVESTIDA NA DATA DA AQUISIÇÃO PARTICIPAÇÃO VALOR DE AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO PL INVESTIDA NO FINAL DO EXERCÍCIO PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% A AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 30% AÇÕES ORDINÁRIAS 15.000,00 90.000,00 Caixa Participação Societária Ágio em Part. Societ. 15.000,00 (a) (a) 12.000,00 1.200,00 (b) (a) 3.000,00 15.000,00 10.800,00 3.000,00 REP (b) 1.200,00 1.200,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 23 Exemplo de aquisição com deságio: Situação 01 EMPRESA PL ATUAL DA INVESTIDA NA DATA DA AQUISIÇÃO PARTICIPAÇÃO VALOR DE AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO PL INVESTIDA NO FINAL DO EXERCÍCIO PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% A AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 30% AÇÕES ORDINÁRIAS 10.000,00 110.000,00 Caixa Participação Societária Deságio em Part. Societ. 10.000,00 (a) (a) 12.000,00 2.000,00 (a) (b) 1.200,00 10.000,00 13.200,00 REP 1.200,00 (b) 1.200,00 Situação 01 EMPRESA PL ATUAL DA INVESTIDA NA DATA DA AQUISIÇÃO PARTICIPAÇÃO VALOR DE AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO PL INVESTIDA NO FINAL DO EXERCÍCIO PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% A AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 30% AÇÕES ORDINÁRIAS 10.000,00 80.000,00 Caixa Participação Societária Deságio em Part. Societ. 10.000,00 (a) (a) 12.000,00 2.400,00 (b) (c) 2.000,00 2.000,00 (a) 10.000,00 9.600,00 - REP (b) 2.400,00 2.000,00 (c) 2.400,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 24 VARIAÇÃO NO PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO NO MEP As variações surgem quando a investidora deixa de subscrever ações nos aumentos de capital, ou o faz por percentuais diferentes dos existentes, podendo aumentá-lo ou diminuí-lo. Empresa A AC 1.300,00 AÑC. Inv.* 700,00 PL 2.000,00 * 700 ações de 1,00 * 300 ações de 1,00 70% 30% Empresa B AP 1.000,00 PL 1.000,00 * 1.000 ações de valor nominal de $1,00 Com base na situação apresentada, acima, a empresa B resolve aumentar o capital social, totalmente integralizado e subscrito pela empresa D, sem ágio ou deságio, no valor de $1.000,00. Dessa forma o capital da empresa B passará a ter 2.000 ações de valor patrimonial $1,00 – dos quais 700 pertencem a empresa A, 300 pertencem a empresa C e 1.000 pertencem a empresa D. Esse aumento do capital apenas pelo novo sócio provocou alterações na participação dos antigos. O sócio A que participava com 70% agora participa com 35%, o sócio C que participava com 30% agora participa com 15% e o novo sócio é o responsável por 50% da participação. As alterações no capital social podem provocar alteração na participação societária seja pela não integralização por parte de alguns sócios ou pela integralização em percentuais diferentes da participação anterior ao aumento do capital. Empresa C AC 4.700,00 AÑC. Inv.* 300,00 PL 5.000,00 Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 25 Exercícios 1- Preencha as lacunas, abaixo: PL ATUAL DA INVESTIDA PARTICIPAÇÃO INFLUÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO VALOR CONTÁBIL DO INVESTIMENTO GRAU DE LIGAÇÃO VALOR DA EQUIVALÊNCIA MÉTODO DE AVALIAÇÃO PL DA INVESTIDA 250.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% A AÇÕES PREFERENCIAIS 60% 30% AP SIM 38.000,00 PL DA INVESTIDA 300.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 60% B AÇÕES PREFERENCIAIS 40% 15% AO NÃO 25.000,00 PL DA INVESTIDA 420.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 80% C AÇÕES PREFERENCIAIS20% 25% AO NÃO 90.000,00 PL DA INVESTIDA 180.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 30% D AÇÕES PREFERENCIAIS 70% 15% AP SIM 16.000,00 PL DA INVESTIDA 200.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 45% E AÇÕES PREFERENCIAIS 55% 20% AO NÃO 20.000,00 PL DA INVESTIDA 90.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 35% F AÇÕES PREFERENCIAIS 65% 08% AO SIM 2.000,00 PL DA INVESTIDA 50.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 50% G AÇÕES PREFERENCIAIS 50% 10% AP SIM 3.000,00 2 - No Balanço Patrimonial, as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa serão classificados: a) no ativo imobilizado; b) no ativo diferido; c) em investimentos; d) no ativo realizável a longo prazo; e) no exigível a longo prazo. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 26 3 - São métodos de avaliação das participações societárias: a) método de custo e custo ou mercado, dos dois o menor; b) método do valor presente e equivalência patrimonial; c) método do custo e equivalência patrimonial; d) método do valor de realização e equivalência patrimonial; e) método do valor de realização e valor presente. 4 - Com base nas informações disponíveis apresentadas a seguir, efetue os lançamentos contábeis na Investidora Compratudo Ltda., durante o exercício de XA. • A Investidora Compratudo Ltda. (ICL) adquiriu em 31-5-XA participação societária na Empresa Maldaspernas Ltda. (EML). • O investimento efetuado pela ICL, pago a vista, foi de $ 400, para adquirir 30% das ações ordinárias da EML, que tem todo seu capital social dividido apenas em ações ordinárias. • A intenção da Investidora era revender tal investimento durante o primeiro trimestre de XB. Em 31-12-XA, o patrimônio líquido da EML estava assim constituído: Histórico Capital Social Reservas Resultados acumulados Total 31-5-XA - Saldo 1.100 300 (200) 1.200 31-12-XA – Prejuízo do exercício (400) (400) Saldo em 31-12-XA 1.100 300 (600) 800 • A EML enfrentava uma difícil situação financeira, com poucas possibilidades de recuperação, visto que seus principais produtos tornaram-se inviáveis em razão da grande concorrência dos produtos importados e do significativo aumento do custo de suas matérias-primas essenciais. 5 - Condição necessária para que uma sociedade possa ser considerada “Controlada” pela Investidora: a) participação da investidora superior a 10% do capital social da in-vestida; b) preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores; c) participação global superior a 45%; d) a investidora possuir 100% das ações preferenciais. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 27 6 - Os dividendos recebidos de sociedade controlada, cujo investimento é avaliado pelo método de equivalência patrimonial, devem ser contabilizados na investidora como: a) receita operacional; b) redução de investimentos; c) receita não operacional; d) receita financeira. 7 - Os dividendos recebidos de sociedade coligada, cujo investimento é avaliado pelo método do custo, devem ser contabilizados na investidora como: a) receita do exercício; b) redução de investimentos; c) resultados acumulados; d) receita financeira. 8 - O ágio representa a diferença: a) a maior entre o valor pago pelo investimento e seu valor de mercado; b) a menor entre o valor pago pelo investimento e seu valor de mercado; c) a maior entre o valor pago pelo investimento e o valor resultante da aplicação do percentual de participação sobre o patrimônio líquido da sociedade investida; d) a menor entre o valor pago pelo investimento e o valor resultante da aplicação do percentual de participação sobre o patrimônio líquido da sociedade investida. 9 - A investidora adquiriu 7% do capital social da Empresa Y, em 15-3-XA, com intenção de permanência. A investidora não exerce nenhuma influência nas atividades da investida. Em 10-3-XB, a investida distribuiu dividendos. Na investidora, o recebimento de dividendos deverá ser contabilizado: a) a crédito da conta de investimentos; b) como outras receitas operacionais; c) a crédito da conta de investimentos do realizável a longo prazo, visto não ser avaliado pela equivalência patrimonial. 10 – A Cia. Investidora adquiriu, em 31-12-X1, 60% das ações preferenciais da Cia. Investida, onde tinha influência na administração, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 100.000 (distribuído da seguinte forma 40% de ações preferenciais e 60% de Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 28 ações ordinárias). Em 31-12-X2, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração propõe a distribuição de $ 5.000 de dividendos. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra (valor patrimonial), da avaliação do investimento e dos dividendos. 11 – A Cia. A, em 31-12-X1, possuía participação de 25% das ações ordinárias na Cia. B, cujo patrimônio líquido nessa data era de $200.000 (distribuído da seguinte forma 40% de ações ordinárias e 60% de ações preferenciais). No exercício encerrado em 31-12- X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 40.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra (valor patrimonial), e da avaliação do investimento. 12 – A Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $180.000 (distribuído da seguinte forma 45% de ações ordinárias e 55% de ações preferenciais) No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida por $ 50.000. A Investida havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 45.000. No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 80.000. Qual o resultado da equivalência? 13 – A Investidora possui 30% das ações preferenciais da Investida, da qual não tem influência, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000 (distribuído da seguinte forma 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 5.000. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? 14 – A Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 150.000 (distribuído da seguinte forma 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 10.000. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 29 15 – A Investidora possui 15% das ações ordinárias da Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 100.000 (distribuído da seguinte forma 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $8.000. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? 16 – A Investidora possui 15% das ações ordinárias da Investida, da qual tem influência, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 80.000 (distribuído da seguinte forma 50% de ações preferenciais e 50% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Investida apurou um prejuízo de $12.000. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? 17 – A Cia. A, em 31-12-X1, adquiriu 80% das ações ordinárias naCia. B, por $ 190.000, sabemos que o PL da investida nessa data era R$220.000 e composto apenas por ações ordinárias. No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um lucro líquido de $ 40.000. Efetue, na Cia. A, o lançamento da avaliação do investimento na Cia. B. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra e da avaliação do investimento. 18 – A Cia. A, em 31-12-X1, adquiriu 80% das ações ordinárias na Cia. B, por $ 200.000, sabemos que o PL da investida nessa data era R$300.000 e composto apenas por ações ordinárias. No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 40.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra e da avaliação do investimento. 19 – A Cia. A, em 31-12-X1, adquiriu 80% das ações ordinárias na Cia. B, por $ 200.000, sabemos que o PL da investida nessa data era R$300.000 e composto apenas por ações ordinárias. No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 40.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra e da avaliação do investimento. 20 – A Cia. Investidora adquiriu por $ 70.000, em 31-12-X1, 60% das ações preferenciais da Cia. Investida, , da qual tem influência, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000 (distribuído da seguinte forma 60% de ações preferenciais e 40% de ações ordinárias). Em 31-12-X2, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração propõe a distribuição de $ 5.000 de dividendos. Efetue Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 30 EMPRESA PARTICIPAÇÃO INFLUÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO VALOR CONTÁBIL DO INVESTIMENTO CUSTO DE AQUISIÇÃO ÁGIO / DESÁGIO MÉTODO DE AVALIAÇÃO PL DA INVESTIDA 2.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 40% AÇÕES PREFERENCIAIS 60% PL DA INVESTIDA 5.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 60% AÇÕES PREFERENCIAIS 40% PL DA INVESTIDA 100.000,00 AÇÕES ORDINÁRIAS 80% AÇÕES PREFERENCIAIS 20% 500,00 50,00 Mi 25% AÇÕES ORDINÁRIAS NÃO 20.000,00 19.000,00 -1.000,00 Ré 15% AÇÕES ORDINÁRIAS SIM 450,00 240,00 200,00 -40,00 PL ATUAL DA INVESTIDA Dó 30% AÇÕES PREFERENCIAIS NÃO na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e dos dividendos. 21 – A Cia. A, em 31-12-X1, possuía participação de 70% das ações ordinárias da Cia. B, registrada por $140.000 (valor patrimonial), sabendo que a participação das ações ordinárias é de 40% do capital social da investida. Em 30-12-X2, a Cia. B apresentou um lucro de $80.000, dos quais resolveu distribuir $30.000. Efetue, na Cia. A, o(s) lançamento(s) correspondente(s) à avaliação do MEP e da distribuição de lucros. 22 – A administração da Cia. Sol resolveu diversificar suas atividades e adquiriu investimentos nas empresas Dó, Ré e Mi. Na data da aquisição, a posição dessas empresas era a seguinte: Quais seriam os lançamentos por ocasião da aquisição na Cia. Sol? 23 - A controlada vendeu à investidora, durante o exercício, o total de R$50.000,00 de matérias-primas, as quais custaram R$30.000,00. Conseqüentemente a controlada registrou: R$ Vendas 50.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas ( 30.000,00) Lucro 20.000,00 A investidora percebeu, ao final do exercício, que havia ainda em seu estoque de produtos acabados ou em processo de fabricação o equivalente a R$20.000,00 de Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 31 matéria-prima adquirida da investida. Diante dessas informações qual o valor do lucro não realizado? 24 - A controlada vendeu à investidora, durante o exercício, o total de R$80.000,00 de matérias-primas, as quais custaram R$70.000,00. Conseqüentemente a controlada registrou: R$ Vendas 80.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas ( 70.000,00) Lucro 10.000,00 A investidora percebeu, ao final do exercício, que havia ainda em seu estoque de produtos acabados ou em processo de fabricação o equivalente a R$45.000,00 de matéria-prima adquirida da investida. Sabendo que o valor do investimento da controladora é de R$125.000,00 (25% do Capital Social – distribuído apenas em ações ordinárias) e que o lucro da investida no exercício foi de R$95.000,00. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? 25 - A controlada vendeu à investidora, durante o exercício, o total de R$60.000,00 de matérias-primas, as quais custaram R$62.000,00. Conseqüentemente a controlada registrou: R$ Vendas 60.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas ( 62.000,00) Lucro (2.000,00) A investidora percebeu, ao final do exercício, que havia ainda em seu estoque de produtos acabados ou em processo de fabricação o equivalente a R$15.000,00 de Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 32 matéria-prima adquirida da investida. Sabendo que o valor do investimento da controladora é de R$80.000,00 (50% das ações preferenciais – Sendo que o PL está distribuído em 30% de ações preferenciais e 70% de ações ordinárias) e que o lucro da investida no exercício foi de R$64.000,00. Qual o valor do resultado com a equivalência patrimonial? 26 – A Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida, que distribuiu seu Capital Social apenas em ações ordinárias, avaliadas pelo método da equivalência patrimonial em $ 9.000 (valor patrimonial). No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida por $ 10.000. A Investida havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 8.000. No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 5.000. Qual o resultado da equivalência? 27 – A Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida A e 25% das ações ordinárias da Investida B avaliadas pelo método da equivalência patrimonial em $ 9.000 e $ 4.000 respectivamente. Todas as investidas têm o seu capital distribuído apenas com ações ordinárias. No encerramento do exercício, a Investida A mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida B por $ 10.000. A Investida B havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 9.000. No encerramento do exercício, a Investida A apurou um lucro de $ 5.000 e a Investida B um lucro de $ 6.000. Qual o resultado da equivalência? 28 – A Cia. Investidora adquiriu por $30.000, em 31-07-X1, 25% das ações ordinárias da Cia. A, cujo patrimônio líquido nessa data era de $200.000 (distribuído da seguinte forma 60% de ações preferenciais e 40% de ações ordinárias). A Cia. Investidora adquiriu também participação na Cia. B, por $40.000, em 31-07-X1, 15% das ações ordinárias, cujo patrimônio líquido nessa data era de $300.000 (distribuído da seguinte forma 30% de ações preferenciais e 70% de ações ordinárias). No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida A por $40.000, que foram adquiridas por $35.000 e da Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 33 Investida B por $25.000, que foram adquiridas por $22.500. Sabe-se que a Investida A apurou um lucro de $45.000 e a Investida B obteve um lucro de $38.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra e da avaliação do investimento. 29 – A Cia. Investidora adquiriu, por $56.000, em 20-05-X1, 60% das ações preferenciais da Cia. Investida, da qual tem influência, cujo patrimônio líquido nessa data era de $250.000 (distribuído da seguinte forma 20% de ações preferenciais e 80% de ações ordinárias). Em 31-12-X1, a Cia. Investidaapurou um lucro líquido de $45.000, do qual a administração propõe a distribuição de $15.000 de dividendos. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e dos dividendos e encontre: A classificação correta do investimento: O valor do investimento no dia 31/12/X1: O valor do resultado coma equivalência patrimonial: 30 – A Cia. Investidora adquiriu por $ 50.000, em 31-12-X1, 25% das ações preferenciais da Cia. Investida, da qual tem influência, cujo patrimônio líquido nessa data era de $200.000 (distribuído da seguinte forma 30% de ações preferenciais e 70% de ações ordinárias). Em 31-12-X2, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 40.000, do qual a administração propõe a distribuição de $ 30.000 de dividendos. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento, dos dividendos e encontre: A classificação correta do investimento: O valor do investimento no dia 31/12/X2: O valor do resultado coma equivalência patrimonial: 31 – A Cia. A, em 31-12-X1 adquiriu, por $210.000, 70% das ações ordinárias da Cia. B, registrada por $180.000 (valor patrimonial), sabendo que a participação das ações ordinárias é de 60% do capital social da investida. Em 31-12-X2, a Cia. B apresentou um lucro de $60.000, dos quais resolveu distribuir $20.000. Efetue, na Cia. A, o(s) lançamento(s) correspondente(s) e encontre: Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 34 A classificação correta do investimento: O valor do investimento no dia 31/12/X2: O valor do resultado coma equivalência patrimonial: 32 – A Cia. A, em 31-12-X1 adquiriu, por $5.000, participação de 15% das ações preferenciais na Cia. B, cujo patrimônio líquido nessa data era de $50.000 (distribuído da seguinte forma 65% de ações ordinárias e 35% de ações preferenciais). No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 8.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e encontre: A classificação correta do investimento: O valor do investimento no dia 31/12/X2: O valor do resultado coma equivalência patrimonial: 33 – A Cia. A, em 31-12-X1 adquiriu, por $105.000, participação de 35% das ações ordinárias na Cia. B, cujo patrimônio líquido nessa data era de $500.000 (distribuído da seguinte forma 60% de ações ordinárias e 40% de ações preferenciais) No exercício encerrado em 31-12-X2, a Cia. B apurou um prejuízo líquido de $ 20.000. Efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do investimento e encontre: A classificação correta do investimento: O valor do investimento no dia 31/12/X2: O valor do resultado coma equivalência patrimonial: 34 – A Investidora possui 30% das ações ordinárias da Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $180.000 (distribuído da seguinte forma 45% de ações ordinárias e 55% de ações preferenciais) No encerramento do exercício, a Cia. Investidora mantém em estoque mercadorias adquiridas da Investida por $ 50.000. A Investida havia adquirido essas mercadorias de terceiros por $ 45.000. No encerramento do exercício, a Investida apurou um lucro de $ 80.000. Qual o resultado da equivalência? 35 – Julgue as alternativas: Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 35 a) (F) todos os investimentos permanentes em outras empresas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial, desde que seja participação societária; b) (F) a investidora, antes de reconhecer o resultado da equivalência patrimonial, deve ajustar o lucro da controlada, se houver lucro não realizado decorrente de venda da controladora para a controlada; c) (V) de acordo com a Instrução no 247 da CVM, as investidoras de capital aberto devem avaliar todos os investimentos permanentes em controladas, independentemente da relevância, pelo método da equivalência patrimonial; d) (F) sempre que a investida estiver com prejuízos acumulados, a investidora irá adquirir participação societária com deságio; e) (F) no encerramento do balanço da investidora, o saldo de deságio nos investimentos será classificado no grupo de Resultados de Exercícios Futuros; f) (F) para o reconhecimento contábil na investidora do resultado da equivalência patrimonial, não há necessidade de ajuste em razão de lucros não realizados decorrentes de vendas de uma coligada para outra coligada; 36 – A figura contábil do ágio pode ocorrer por origens e circunstâncias diversas, entre elas a expectativa: a) de rentabilidade futura da Participação Societária adquirida; X b) das despesas futuras da Participação Societária adquirida; c) de o valor do Imobilizado Líquido da empresa investida tender para zero; d) de prejuízos futuros da Participação Societária adquirida; e) de o Patrimônio Líquido da empresa investida ser negativo. 37 – Os resultados decorrentes de avaliação de investimento no exterior, pelo método da equivalência patrimonial, terão o seguinte trata-mento: a) não serão reconhecidos na apuração do resultado; b) se negativos, não serão reconhecidos; c) serão reconhecidos até o limite do valor de realização; d) serão reconhecidos pelo método do custo; e) receberão o mesmo tratamento dado aos investimentos locais. X 38 – A Cia. Alfa possui 40% das ações da Empresa Beta avaliadas pelo método da equivalência patrimonial por $40.000 (sabemos que o capital social da empresa é distribuído apenas em ações ordinárias). A Empresa Beta aumentou seu capital em 50% cobrando ágio de $2 por ação (o valor nominal de cada ação é de $1). A Cia. Alfa subscreveu e integralizou apenas 40% das ações a que tinha direito e os demais investidores exerceram seu direito na totalidade e ainda subscreveram e integralizaram aquelas à que a Cia. Alfa renunciou. Determine como ficou o patrimônio líquido da Empresa Beta e qual foi o efeito da operação na contabilidade da Cia. Alfa. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: Daniel Carvalho 36 39 – Com base nas informações disponíveis abaixo, calcule e contabilize o valor correspondente ao resultado da equivalência patrimonial (despesas ou receitas operacionais) em participações societárias obtido pela Cia. Investidora, em decorrência da avaliação dos referidos investimentos em 31-12-XA. a) Na Cia. Investidora, o Balancete de Verificação em 31-12-XA, antes da avaliação dos investimentos permanentes e relevantes, apresentava, entre outros, os seguintes saldos: Investimentos permanentes em controladas $ Cia. Alfa 160.000 Cia. Beta 400.000 b) Os patrimônios líquidos das empresas controladas totalizavam, nos balanços patrimoniais levantados em 31-12-XA, respectivamente, $ 300.000 e 500.000. c) Não houve modificação na porcentagem de participação societária durante o exercício de XA. d) As empresas controladas não distribuíram dividendos em XA. e) Havia, em 31-12-XA, os seguintes lucros não realizados, líquidos dos efeitos fiscais, decorrentes de vendas: Da Para $ Investidora Cia. Alfa 10.000 Cia. Beta Investidora 20.000 Cia. Beta Cia. Alfa 25.000 f) Participações da Investidora no capital das controladas em 31-12-XA: Cia. Alfa = 60% das ações ordinárias Cia Beta = 70% das ações ordinárias g) Não houve qualquer outra modificação nos patrimônios líquidos das controladas, além do lucro ou prejuízo do exercício de XA. h) O Capital Social das investidas e composto apenas por ações ordinárias. Departamento de Ciências Contábeis Contabilidade Avançada Professor: DanielCarvalho 37 BIBLIOGRAFIA IUDICIBUS, Sergio et al: Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São Paulo: Atlas:2000 SANTOS, José Luiz; Shmidt, Paulo: Contabilidade Societária. 2° Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2008. PEREZ JUNIRO, José Hernandes et. al. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasília, 1976. _______. Instrução CVM n° 247, de 1996. _______. Instrução CVM n° 269, de 1997. _______. Instrução CVM n° 285, de 1998. _______. Instrução CVM n° 464, de 2008. _______. Instrução CVM n° 469, de 2008.