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A AFETIVIDADE E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

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�A AFETIVIDADE E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
ResuMO - A AFETIVIDADE E O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
O O trabalho a seguir apresenta a visão das teorias de aprendizagem de estudiosos como Piaget, Vygotsky e Wallon e sua ligação com a influência da afetividade no processo de ensino-aprendizagem. Os conceitos de aprendizagem geralmente separam a cognição do afeto e inserem motivações e desejos como instrumentos da inteligência. As abordagens desses estudiosos atribuem grande valor à afetividade na construção do desenvolvimento psíquico do ser humano, haja vista que os vínculos emocionais que se estabelecem desde o nascimento do sujeito, seus relacionamentos familiares e sociais influenciam muito na construção da sua personalidade, seu autoconceito, autoestima e autonomia, fazendo com que adquiram estruturas e predisposição para a aquisição da aprendizagem. Quando esta carência está em casa, cabe ao professor, na sala de aula, suprir tais necessidades. Planejamentos diferenciados, que trabalhem sentimentos e emoções, facilitam esse processo. O ponto de partida é o interesse mútuo. 
Palavras-Chave: afetividade, aprendizagem, desenvolvimento.
abstract - The AFFECTIVITY AND TEACHING-LEARNING PROCESS
The The following task analyses the function of the fondness and its influence on the teaching-learning process, taking into consideration the pedagogical practices developed in the scholar environment. The ideas of Vygotsky, Wallon, Piaget, Skinner, and some others are the basis for this work. The approaches of these great students attribute a big importance to the affection on the construction of the psychic development of a human being. From the beginning, the relations between the person, the knowledge of the object, and the mediator, are also the spot by the affective dimension, once that product an impact on the subject. According to ( LEITE, S.A. da S. p. 356) “ Some impacts must have the characteristics by affective movements from the approach or the distance between the subject/student and the objects/scholar contents.” 
Keywords: affection; learning; developm�
metodologia
O tema Afetividade e Aprendizagem foi abordado na Escola Prefeitura de Guarulhos “Darcy Ribeiro”, no período intermediário durante dois anos com alunos do segundo e no ano seguinte no terceiro ano do ensino fundamental, através de observação direta e intervenções diferenciadas em parceria com os pais e responsáveis, levando-se em consideração a afetividade. Que para o senso comum, “ afeto ” relaciona-se com atitudes de carinho, ternura, simpatia, atenção, etc. Em várias literaturas, afeto está ligado a emoção, sentimento, motivação, paixão, estado de humor, dentre outros.
 Porém, entre os vários autores que estudaram a questão da afetividade relacionada à educação, está Henri Wallon (1879-1962). Sua teoria baseia-se numa visão não fragmentada do desenvolvimento humano, buscando compreendê-lo do ponto de vista do ato motor, da afetividade e da inteligência, assim como as relações que o indivíduo estabelece com o meio. Para o autor a dinâmica emocional sempre terá impacto sobre a vida intelectual. Para Wallon: “ A emoção estabelece uma relação imediata dos indivíduo entre si, independentimente de toda relação intelectual”.( apud, ALMEIDA; MAHONEY,2007,p.15) 
 justificativa
O presente texto analisa o papel da afetividade e sua relevância para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de forma significativa e prazerosa. Esse tema foi escolhido com a intenção de desvendar por que crianças com três quatro anos de escolarização em diversas escolas do sistema público de ensino ainda encontram-se na hipótese pré-silábica da alfabetização. Sendo que não há problemas neurológico ou cognitivo diagnosticados e essa criança não avança com relação a aprendizagem. 
O problema pode ser emocional afetivo, a falta desse afeto pode estar acontecendo não apenas na escola, mas, também e principalmente no entorno familiar. Através deste estudo pretende-se elucidar a importância da atenção e do afeto dispensados ao educando/filho.
Desta forma o objetivo desta pesquisa é investigar qual a influência da afetividade entre o professor, os pais e o aluno no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto é preciso observar o cotidiano escolar e a relação dos professores com os alunos, principalmente com aqueles que apresentam dificuldade de aprendizagem e qual a relação destes com os pais e responsáveis. 
problematização / questão de pesquisa
A pesquisa a seguir apresenta uma visão das teorias de aprendizagem de estudiosos como: Piaget, Vygotsky, Wallon, Skinner, dentre outros, e suas ligações com a influência da afetividade no processo de ensino-aprendizagem. As abordagens desses estudiosos atribuem grande valor à afetividade na construção do desenvolvimento psíquico do ser humano, haja visto que os vínculos emocionais que se estabelecem desde o nascimento do sujeito, seus relacionamentos familiares e sociais influênciam muito na construção da sua personalidade, seu autoconceito, autoestima e autonomia, fazendo com que adquiram estruturas e predisposição para a aquisição da aprendizagem. Quando esta carência está em casa, cabe ao professor, na sala de aula, tentar suprir tais necessidades. Planejamentos diferenciados, que trabalham sentimentos e emoções facilitam esse processo.
 O ponto de partida é o interesse mútuo. Pois, segundo Wallon: “A emoção possui conexão direta com o organismo é marcada por um estilo motor próprio de cada sujeito e que muda em situações diferentes, todos os efeitos que estão contidos na emoção têm um ponto de partida periférico ou visceral. De acordo com tal raciocínio surge os questionamentos: Qual a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem?
Para Piaget, que valoriza o termo, afetividade, em vez de emoção: “diz que ela influência positiva ou negativamente os processos de aprendizagem, acelerando ou atrasando o desenvolvimento intelectual”. O pesquisador Wallon defende que: “ A pessoa e resultado da integração entre afetividade cognição e movimento”. Segundo Vygotsky: “Para compreeder o funcionamento cognitivo ( razão ou inteligência ), é preciso entender o aspecto emocional. Os dois processos são uma unidade: o afeto interfere na cognição, e vice-versa. A própria motivação para aprender está associada a uma base afetiva”. Como incentivar a motivação para um aprendizado significativo?
Pela perspectiva de Ausubel: “ Essa disposição está diretamente relacionada as emoções suscitadas pelo contexto. O prazer, mais do que esta na situação de ensino ou mediação, pode fazer parte do próprio ato de aprender. Trata-se da sensação boa que a pessoa tem quando se percebe capaz de explicar certo fenômeno ou de vencer um desafio usando apenas o que já sabe. Com isso acaba motivada para continuar aprendendo sobre o tema”. Qual deve ser o papel do professor diante de crianças com dificuldade de aprendizagem?
Para Skinner: “ Um professor, ao montar uma situação de aprendizagem, deve sempre se questionar sobre os reforçadores que estão e irão ser utilizados, e na forma como estão dispostos as contingências de reforço. Essas questões podem levar o professor a rever a sua estratégia de ensino tornando-se mais eficaz. (SKINNER,1972). 
Introdução 
 A finalidade do presente trabalho é demonstrar que a afetividade é algo intrínseco as relações humanas. Ela se dá no conviver no ajudar, no amar. È um sentimento importante nos relacionamentos que “ afeta ” o próximo positiva ou negativamente, a falta deste pode acarretar problemas na vida do indivíduo em vários aspectos e o que será abordado neste trabalho é a questão relacionada a aprendizagem. 
De acordo com tal raciocínio, o clima em sala de aula também pode favorecer o incremento da aprendizagem, pois, segundo Antônio Zabala (1998, p.100 ), para aprender. “ É indispensável que haja um clima e um ambiente adequado,construído por relações em que predominem a aceitação, a confiança o respeito mútuo e a serenidade’’. Nesta mesma perspectiva ( LIBÂNEO, 2008, p.87 ), afirma: “ Na aprendizagem escolar há influência de fatores afetivos e sociais, tais como os que suscitam a maturação para o estudo, os que afetam a relação professor-aluno, os que interferem nas disposições emocionais dos alunos para enfrentar as tarefas escolares, os que contribuem ou dificultam a formação de atitudes positivas dos alunos frente às suas capacidades e frente aos problemas e situações da realidade e do processo de ensino e aprendizagem”. Wallon considerou: “O motor, o afetivo, o cognitivo e a pessoa têm identidade estrutural e funcional diferenciados, estão integrados de tal forma que cada um é parte constitutiva dos outros e qualquer atividade interfere sobre todos eles”.
afetividade 
Para o senso comum, afeto relaciona-se com atitudes de carinho, ternura, simpatia, atenção. Em várias literaturas, afeto está ligado à emoção, sentimentos, motivação, paixão, estados de humor, atenção, etc. 
Entre vários autores que estudaram a questão da afetividade relacionada à educação e à psicologia, está Henri Wallon (1879-1962). Sua teoria baseia-se numa visão não fragmentada do desenvolvimento humano, buscando compreendê-lo do ponto de vista do ato motor, da afetividade e da inteligência, assim como das relações que o indivíduo estabelece com o meio. Para ele, a dinâmica emocional sempre terá impacto sobre a vida intelectual, insistindo na indissociabilidade desses campos funcionais, dizendo que é graças à coesão social provocada pela emoção que a criança tem acesso à linguagem, deixando bem claro o papel da emoção na origem da cognição. Segundo Wallon, “A emoção estabelece uma relação imediata dos indivíduos entre si, independentemente de toda relação intelectual”. (apud ALMEIDA; MAHONEY, 2007, p.15). 
Afirma Wallon (apud ALMEIDA; MAHONEY, 2007, p.17): 
 
“Os domínios funcionais entre os quais vai se distribuir o estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa”.
 
 A Afetividade diz respeito à capacidade e à disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo e interno por meio de sensações agradáveis ou desagradáveis. Segundo Wallon, a afetividade apresenta três momentos em sua evolução: emoção, sentimento e paixão. Os três são resultados de fatores orgânicos e sociais e correspondem a configurações diferentes e resultantes de sua integração nas emoções, predomina a ativação fisiológica no sentimento, a ativação representacional na paixão e a ativação do autocontrole. Por isso a afetividade é tão importante nas relações humanas, haja vista que o orgânico e o social estão sempre interligados um dentro do outro. Ainda segundo o mesmo autor: “ A emoção, e a primeira expressão da afetividade. Ela tem uma atividade orgânica, ou seja, não é controlada pela razão. O sentimento, por sua vez, já tem um caráter mais cognitivo. Ele é a representação da emoção e surge nos momentos em que a pessoa já consegue falar sobre o que lhe afeta ao comentar um momento de tristeza, por exemplo. A paixão tem como característica o autocontrole em função de um objetivo”.
Os estudos de Jean Piaget (1896-1980). Criador da Epistemologia Genética acerca das relações entre afetividade e inteligência dizem que ambas estão indissociadas e integradas no desenvolvimento psicológico, não sendo possível terem-se duas psicologias, uma da afetividade outra da inteligência . para explicar os comportamentos (ARANTES, p.56). 
Sobre afetividade e inteligência, Piaget (apud SOUZA, 2003) apresenta os seguintes pressupostos:
Inteligência e Afetividade são diferentes em natureza, mas indissociáveis na conduta concreta da criança, o que significa que não há conduta unicamente afetiva, bem como não existe conduta unicamente cognitiva. 
A Afetividade interfere constantemente no funcionamento da Inteligência, estimulando-o 
ou perturbando-o, acelerando-o ou retardando o. A Afetividade não modifica as estruturas da inteligência, sendo somente o elemento energético das condutas.
Piaget abordou os aspectos Afetividade e Inteligência acerca do tema do Juízo Moral, e afirmou que o desenvolvimento moral da criança, acerca do jogo de regras, passa por três fases: anomia, onde crianças até 5 ou 6 anos não obedecem a regras coletivas. Em seguida vem a heteronomia, com crianças até 9, 10 anos, que acreditam que não podem mudar as regras, são criadas por “Deus” e, portanto devem ser respeitadas. A terceira fase é a autonomia, onde os indivíduos apresentam uma visão adulta do jogo, oposto à heteronomia. 
A criança é inserida no mundo social em sua fase de heteronomia, onde a ela são apresentados pelos adultos os deveres e as regras que devem ser seguidos fielmente, como não mentir, não pegar as coisas dos outros, não falar palavrão, etc. Toda educação moral tem o objetivo de fazer com que as crianças controlem seus sentimentos, seus desejos, em nome de um ideal do grupo ou da sociedade. Quando o assunto são os afetos, não há mistério: a afetividade é vista como uma energia, algo que impulsiona as ações, e a razão está a seu serviço para fazer a regulação. Dessa forma, quando essa afetividade me inclina para algo que eu desejo, é que entra a ação moral, pois se desejo algo, sei que não posso roubar para possuí-lo. 
Para Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934), o desenvolvimento pessoal seria operado em dois níveis: o do desenvolvimento real ou efetivo referente às conquistas realizadas e o do desenvolvimento potencial ou proximal relacionado às capacidades a serem construídas. Vygotsky é considerado, muitas vezes, cognitivista por ter se preocupado principalmente com os aspectos do funcionamento do pensamento. No entanto, questionava o dualismo entre as dimensões afetivas e cognitivas quando menciona em sua teoria que um dos maiores defeitos da psicologia tradicional é a separação dos aspectos intelectuais de um lado, e os afetivos do outro, visto que é um processo só. Diz que o pensamento tem sua origem na motivação, incluindo necessidades, interesses, afeto e emoção. A razão última do pensamento só é compreensível em sua base afetivo evolutiva.
 Vygotsky (apud Oliveira, 1992, p.76-77) diz, acerca da separação do intelecto e do afeto: 
[...] “enquanto objetos de estudo, é uma das principais deficiências da psicologia tradicional, uma vez que esta apresenta o processo de pensamento como um fluxo autônomo de ‘pensamentos que pensam a si próprios’, dissociado da plenitude da vida, das necessidades e dos interesses pessoais, das inclinações e dos impulsos daquele que pensa. Esse pensamento dissociado deve ser considerado tanto um epifenômeno sem significado, incapaz de modificar qualquer coisa na vida ou na conduta de uma pessoa, como alguma espécie de força primeva a exercer influência sobre a vida pessoal, de um modo misterioso e inexplicável. Assim fecham-se as portas à questão da causa e origem de nossos pensamentos, uma vez que a análise determinista exigiria o esclarecimento das forças motrizes que dirigem o pensamento para esse ou aquele canal. Justamente por isso a antiga abordagem impede qualquer estudo fecundo do processo inverso, ou seja, a influência do pensamento sobre o afeto e a volição. A análise em unidades indica o caminho para a solução desses problemas de importância vital. Demonstra a existência de um sistema dinâmico de significados em que o afetivo e o intelectual se unem. Mostra que cada ideia contém uma atitude afetiva transmutada com relação ao fragmento de realidade ao qual se refere. Permite-nos ainda seguir a trajetória que vai das necessidades e impulsos de uma pessoa até a direção específica tomada por seus pensamentos até seu comportamento e a sua atividade”. 
As contribuições de Wallon, Piaget e Vygotsky estão sendo levantadas para entender a percepção intuitiva de pais e professores de que as experiênciase os laços afetivos influenciam os processos de ensino-aprendizagem. 
Na abordagem construtivista de educação, a preocupação com a forma de ensinar passa a ser tão importante quanto o conteúdo a ser ensinado. Por isso, a intensificação das relações, os aspectos afetivos emocionais, a dinâmica das manifestações e as formas de comunicação passam a ser pressupostos para o processo de ensino-aprendizagem e de construção do conhecimento. 
A afetividade é tida como o conhecimento construído através da convivência, não apenas ao contato físico, mas à interação que há entre as partes envolvidas, na qual todos os atos comunicativos, por demonstrarem comportamentos, intenções, crenças, valores, sentimentos e desejos, afetam as relações e, consequentemente, o processo de aprendizagem. É importante perceber o aluno como um ser intelectual e afetivo, que pensa e sente ao mesmo tempo, e reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, denotando outro olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva. 
 AFETIVIDADE E DESENVOLVIMENTO 
No processo de aprendizagem, a formação integral do aluno é o principal objetivo. Para que essa formação ocorra totalmente, a afetividade tem um papel muito importante, pois através da mesma o aluno estabelece relações com seus pais, amigos, professores, enfim, com a sociedade que o cerca. 
Segundo Piaget: “O desenvolvimento intelectual e o processo de socialização da criança dependem em grande parte, da maneira como a criança desenvolve seus primeiros contatos afetivos. Os vínculos entre o afetivo e o intelectual não podem ser separados”. 
Para perceber a tamanha importância da afetividade, ela tem papel determinante no desenvolvimento e cura de doenças, onde com carícias e ternuras até mesmo pessoas desenganadas por médicos viram suas enfermidades desaparecerem. Psicanalistas afirmam que as crianças com falta de amor estão fadadas ao sofrimento. O que acontece com a criança desde o seu nascimento tem muita importância e o seu ambiente afetivo marca seu desenvolvimento, determinando seu caráter e personalidade. Dessa forma é importante que a criança cresça em um lar afetuoso, porém sem excessos, pois a superproteção causa prejuízos no desenvolvimento, assim como a carência. 
Ao falar da inteligência e da aprendizagem, precisamos também nos referir às ligações com a afetividade. Seria impossível entender o desenvolvimento da inteligência sem uma integração desta com os nossos interesses e amores pelo que olhamos, por quem convivemos, etc. 
 Afetividade na Escola 
A escola e os colegas ocupam um lugar importantíssimo no desenvolvimento social da criança. Quando a escola é uma grande família, a criança reafirma sua autoestima e seu autoconceito, porém quando ocorre a rejeição, ocorre a subvalorização de sua Autoestima. A escola regular, o sistema de ensino como um todo, é “uma máquina de excluir os diferentes” (Arantes, p.49). As práticas de ensino adotadas, as competições, as cobranças por resultados idênticos aos mostrados pelo professor, produzem o fracasso escolar. Infelizmente não são levadas em conta as diferenças sociais, as linguagens dos diferentes dialetos existentes por todo o nosso imenso país, as culturas existentes, etc.
 A instituição escola não interfere apenas na transmissão do saber sistemático, mas influencia também na socialização e individualização da criança desenvolvendo suas relações afetivas, a capacidade de participar de brincadeiras, trabalhos em grupos, amizades e sua identidade pessoal. Além disso tudo, a escola influi para desenvolver a habilidade intelectual da criança. 
Nesse contexto, o professor ensina os alunos a conviver. Educar é socializar, e o professor procura passar aos alunos os valores para que uma convivência pacífica ocorra. Quando a criança não recebe o afeto em casa, ela o procura na escola, e o papel do professor é compreender a situação, não rejeitando essa relação e sim sabendo separar os papéis para que a criança não fique confusa; deve ser conselheiro, orientador, e sempre estar em contato com os pais. Geralmente quando está inserida em situações conflituosas seja em casa, seja na escola, surgem os transtornos afetivos. Como consequência dessas situações, as crianças podem apresentar baixo rendimento acadêmico, desenvolvimento inadequado, desajustes na personalidade, baixa motivação, atitudes agressivas, hiperatividade etc. 
Os transtornos afetivos causam dificuldades de aprendizagem, apresentando sintomas como tristeza, timidez, falta de iniciativa e até mesmo agressividade. Entre os transtornos afetivos, estão a instabilidade emocional e a ansiedade. A instabilidade emocional influencia muito o processo de aprendizagem causando nos alunos tensão nervosa, falta de concentração, irritabilidade frequente, mudanças de humor, etc. A ansiedade faz que com o aluno não consiga fixar aprendizagens mais complexas. Os transtornos afetivos interferem na linguagem da criança, provocando até mesmo problemas no desenvolvimento linguístico, como a gagueira, por exemplo.
 Afetividade e os Professores
Os educadores costumam separar o educando em duas metades: o cognitivo e o afetivo. Porém essas duas vertentes estão ligadas, e não podem ser separadas. Uma influencia a outra. Quando essas duas áreas estão em desequilíbrio, ocorrem as dificuldades de aprendizagem, algo quem tem assombrado os educadores nos dias atuais.
 Muitas vezes os professores não abrem espaço para discussões, rodas de conversa, e é a oportunidade que muitas crianças têm de expressarem-se, visto que no ambiente familiar não têm essa chance. Quando a criança não encontra esse espaço na escola, ou é rechaçada por ter expressado seus pensamentos, torna-se candidata a “portar problemas de aprendizagem”. (Arantes, p.50) 
Os professores, na escola, não podem fazer nada ou muito pouco por crianças com psicoses ou problemas de aprendizagem, pois isto deve ser tratado fora da dela. Porém ao receberem esses alunos em suas classes com atenção, carinho e sem indiferença, estão fazendo mais até do que a psicanálise. 
Quando uma criança apresenta dificuldades de aprendizagem, muitas vezes estabelecemos uma ligação desse fato com carência afetiva. Atribui-se logo a responsabilidade à família, fazem-se encaminhamentos para psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos, etc. Essa carência afetiva pode começar a ser modificada na própria escola, que é um dos ambientes em que a criança convive, e que não apenas a família é responsável pela mudança, mas esta deve começar dentro da escola. Para que isso ocorra, o professor deve propiciar uma atmosfera agradável, onde as atividades atinjam os educandos positivamente, onde eles se sintam acolhidos e envolvidos. Grande parte dos êxitos que o professor obtém são resultados da atmosfera que cria em sua classe, durante suas aulas. 
O sistema educacional é muito engessado, os professores estão habituados a seguir o planejamento, seus conteúdos de língua portuguesa, matemática, ciências, seus projetos, muito “sistematicamente”. É necessário ter coragem para transformar essa educação formal e inserir os sentimentos, as emoções e os afetos em objetos de interação, ensino e aprendizagem. Já sabemos que o cognitivo e o afetivo não se separam, que a inteligência e a afetividade caminham juntas, então por que as escolas não abrangem os aspectos afetivos da vida humana em seu currículo? Para atingir esse objetivo, a escola deve promover atividades que levem os estudantes a terem consciência dos seus próprios sentimentos, emoções e valores. Neste tipo de proposta a afetividade é inserida como tema transversal, e nessas aulas os alunos têm a oportunidade de conhecerem o que são e como sentem a alegria, a tristeza, a raiva e outros sentimentos cotidianos. 
Se isso acontecesse, a escola estaria mais próxima da vida cotidiana das pessoas, tornando as aprendizagens, a formação de cidadãos e cidadãs mais significativas.Essa seria uma escola de qualidade. 
Para existir essa escola de qualidade, é necessário que também existam nela professores de qualidade. No entanto, estes precisam de uma boa formação, de constante elevação de sua autoestima, autoconfiança e capacidade de autoconhecimento. A valorização destes profissionais é o primeiro passo para essa mudança. A escola e professores engajados nessa causa farão uma mudança em toda uma comunidade escolar. E essa comunidade escolar, fará a mudança na sociedade. Esse é o caminho. A escola deve ser um espaço de alegria, para que haja a integração entre aprendizagem e felicidade. 
Pensando nessa vertente, a educação escolar poderia ter evitado ou diminuído os traumas no homem moderno? Segundo Spinoza, “o conhecimento só produz mudança na medida em que é também conhecimento afetivo”. 
Precisamos encontrar nas escolas, uma “proteína mínima cultural”, que não tem nada a ver com a alfabetização das palavras, mas sim com a alfabetização das relações e comunicações. 
Diz Rubem Alves “Conte-me seus sonhos para que sonhemos juntos”. Dessa forma, para ele, educar é:
Um processo que permite ao homem chegar a ser o sujeito de sua própria ção, em harmonia com o “si mesmo” e não apenas objeto de outros sujeitos. Um meio para que o homem possa se construir como pessoa em termos de “sendo” e não de “tendo” (Ser, não Ter); Uma iniciação à crítica, interpretação e transformação do mundo, inovando-o para o bem estar próprio e do outro.
As dificuldades de aprendizagem podem estar relacionadas com o ambiente opressor, castrador e violento em que ela está inserida, seja na escola ou em casa. A educação não é apenas transmissão de conhecimentos, ela é a iniciação à vida. É através dela que a criança começa a perceber-se cidadã do mundo, é onde faz amizades, relaciona-se com o outro, passa a aprender regras de convivência, e fica praticamente pronta para encarar o mundo externo. Por isso, a escola deve ser um espaço de trocas, de carinho, atenção e respeito às diferenças. 
Os educadores devem ter a consciência de que estão preparando os alunos para daqui a dez, vinte ou trinta anos, e não apenas para hoje, amanhã ou esse ano letivo. Estão preparando-os para a vida. As crianças não têm apenas os problemas de matemática que são apresentados para elas resolverem, muitas trazem também os seus problemas pessoais, sejam de ordem social, familiar ou de saúde. Muitas vezes, é dentro da escola, com o professor, que ela busca uma solução para tal, uma conversa amiga, um consolo, um conselho. Porém os professores estão tão preocupados com os conteúdos a cumprir que muitas vezes esquecem de reparar nesses aspectos. Estão com a faca e o queijo na mão, podem fazer a diferença. Só depende deles... 
O mundo precisa estar atento que se faz necessário um investimento afetivo nas diversas relações existentes: adulto/criança, professor/aluno, mestre/discípulo, mãe/bebê, pois assim o ser humano será capaz de criar, inventar, renovar, descobrir. Será um sujeito crítico. 
O professor passa o ano todo sendo o centro das atenções para pelo menos 35 crianças. As crianças também merecem atenção. Havendo esta reciprocidade de atenções, o aluno se sentirá importante, interagindo melhor com a matéria, com os colegas, com o professor e será mais feliz. 
O professor/educador precisa conhecer a criança, não apenas em sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas também sua interioridade afetiva, como ser que ri, chora, tem necessidades, sofre e está numa constante busca de compreender o mundo que a cerca. Quando a criança vai à escola não vai apenas aprender, mas também vivenciar esse aprendizado que irá estruturá-la como cidadã do futuro que a espera. O ato amoroso consiste em ter alguém que nos entenda, nos ouça e nos veja. Não há a necessidade de grandes carinhos, precisamos de alguém que apenas nos veja, observe, perceba que existimos e estamos aqui – essa é a tal relação afetiva. 
A educação é uma arte. Não é uma mera profissão ser educador. Manipulamos a educação com as duas mãos: a do afeto e a da lei de regras. A proximidade afetiva entre o professor e o aluno é o suporte afetivo do conhecimento. 
A calma e a paciência do educador fazem parte da paz que a criança necessita. Seria ótimo manter um diálogo com a criança, perceber o que está acontecendo com ela, abraçando-a quando esta deixar, compartilhar desejos e anseios com toda a classe. É terapêutico. Dar oportunidade para a criança falar sobre seus sentimentos na escola e não apenas sua inteligência ou capacidade para aprender.
 Skinner considerou o professor como um dos principais elementos para a aprendizagem dos sujeitos. Esta idéia se torna ainda mais explicita quando o autor afirma que: “ Ensinar é o ato de facilitar a aprendizagem; quem é ensinado aprende mais rapidamente do que quem não é”. ( SKINNER, 1972,p. 4 ). Fica claro nesta afirmação o valor dado por Skinner aos professores e a função indispensável que esta profissão exerce no desempenho de uma boa aprendizagem. 
 Vínculo afetivo na Relação Familiar 
O tipo de relação entre mãe e filho, ou pai e filho, não depende apenas da sensibilidade materna entendida como um traço de personalidade, mas da sensibilidade como padrão de conduta da relação. A sensibilidade da figura de apego é entendida como a atenção que esta dá à criança, cuidando adequadamente da mesma quando necessário. Observando as características dos padrões de apego, é possível identificar a relação mãe-filho existente. Estes são os padrões de apego citados por Ainsworth (apud Andrade, 2007). 
a) Apego Seguro: caracteriza-se por uma exploração ativa em presença da figura de apego, ansiedade (não necessariamente intensa) nos episódios de separação, encontro com a mãe, caracterizado pela busca de contato e proximidade e facilidade para ser reconfortada por ela; 
 b) Apego Ansioso-Ambivalente: caracteriza-se pela exploração mínima ou nula em presença da mãe, uma reação muito intensa de ansiedade pela separação, comportamentos ambivalentes nos reencontros (busca de proximidade combinada com oposição e cólera) e grande dificuldade para ser consolada pela figura de apego; 
c) Apego Ansioso-Evitativo: se caracteriza por uma escassa ou nula ansiedade diante da separação, pela ausência de uma clara preferência pela mãe frente aos estranhos e pela efetivação da mesma no reencontro (distanciando-se dela, passando longe ou evitando contato visual); 
d) Apego Ansioso-Desorganizado:caracteriza-se pela desorientação que as crianças apresentam nos reencontros, Estas crianças aproximam-se da figura de apego evitando o olhar, podem mostrar busca de ansiedade para, repentinamente, fugir e evitar a interação, manifestando movimentos incompletos ou não dirigidos a nenhuma meta e condutas estereotipadas. Crianças que foram vítimas de episódios de negligência e maus tratos físicos podem apresentar tal conduta que se evidencia quando a criança experimenta ciclos de proteção e ao mesmo tempo de rejeição e agressão.
As mães das crianças que apresentam apego-seguro são eficazes na hora de regular a atividade emocional delas, sabendo interpretar seus sinais. As crianças sentem-se aceitas por seus pais e são conscientes das relações positivas e negativas de sua infância, não sentindo rancor de seus pais e nem os idealizando. A criança mostra confiança nas atitudes maternas. 
As mães das crianças classificadas como ansiosos-ambivalentes demonstram-se afetuosas e interessadas pela criança, mas tem dificuldades para interpretar seus sinais e interagir com ela. A ambivalência surge da incoerência que às vezes demonstra: em alguns momentos reagem positivamente e em outros insensivelmente, causando na criança ansiedade que ativa o sistema de apego e inibe a exploração, pois as mesmas ficam em dúvida se podem realmente contar com a proteção, além de demonstrarem frustração pela indisponibilidade da mãe. 
As mães das crianças evitativas são caracterizadas como irresponsáveis e impacientes. São intolerantescom as necessidades dos filhos, sendo capazes de impedir que as crianças de aproximem delas. 
As mães dos filhos ansiosos-desorganizados são aquelas que não tiveram resolvido o afastamento de alguém querido e demonstram um grau de ansiedade que faz com que as crianças apresentem certo medo. Podem praticar maus tratos ou até mesmo rejeitar seus filhos.
O vínculo afetivo que os pais passam para seus filhos serve de modelo para a vida futura dos mesmos, seja no convívio familiar ou social. As crianças com apego-seguro são mais fáceis de conviver, pois apresentam segurança em suas relações afetivas, conduta amigável e condições de apresentar estados de ânimo positivos em situações sociais diversificadas. As interações que surgem da conduta de apego-seguro são a reciprocidade, a empatia e a compreensão, o que é muito valorizado pelos sujeitos.
Autoconhecimento, Autoestima e Autonomia.
O autoconceito é a opinião que cada pessoa tem da própria identidade, da sua personalidade e das suas ações. É o que a pessoa vê quando se olha e o que guia seu modo de ser e de se comportar. Este ocupa um lugar importante na concepção da autoestima. Dessa forma é necessário levar em conta todos os aspectos cognitivos do autoconceito, como conteúdo, estrutura, dimensões, extensões do Eu, organização, etc.
 O autoconceito é definido ao longo do desenvolvimento do indivíduo através de suas relações sociais, familiares, escolares, etc. Sentimento de culpa, podendo diminuir a autonomia e a iniciativa da criança, vindo a prejudicar as etapas seguintes. Entre os três e seis anos de idade, surge o estado do personalismo, descrito por Henri Wallon, e “é quando a criança está voltada para a construção do eu”. 
A teimosia dá início a esta fase, quando a criança ao tentar comprovar seu eu, contrariando os demais, quer fazer prevalecer suas vontades. Este negativismo faz com que os adultos desaprovem, não demonstrando carinho nem atenção, e caso a criança esteja à procura do eu mais fortalecido, procura encontrar meios para assegurar essa aprovação dos demais. Então surge o período da graça, por volta dos quatro anos, quando a criança tenta chamar a atenção dos demais e ganhar seu reconhecimento, mostrando as habilidades que sentem que os outros admiram. Quando as gracinhas já não fazem efeito, a estratégia é a imitação dos demais. Imitando os pais, as crianças garantem das pessoas a aprovação e o afeto. Finalmente, conseguem a identificação com os adultos mais próximos. Victoria Hidalgo e Jesus Palácios (2004, p.184) assinalam que os pais e o contexto familiar são os modeladores do desenvolvimento da personalidade infantil:
A forma como os pais manejam a satisfação ou a restrição dos desejos de seus filhos (Freud), a forma como respondem à suas condutas exploratórias e às suas iniciativas (Erickson), a forma como agem diante de sua teimosia ou suas graças (Wallon), a forma como moldam seus reforços diferenciais as condutas sociais de seus filhos (aprendizagem social) são consideradas essenciais no desenvolvimento de um caráter mais acanhado ou mais onipotente, mais seguro de si mesmo, ou mais cauteloso, com mais confiança ou mais inseguro. 
Assim sendo, percebe-se a importância do autoconceito e autoestima das crianças. Uma pessoa que não tem um autoconceito bem definido pode não estar preparada para suas relações afetivas, assim como uma pessoa com baixa autoestima demonstra dificuldades em se aceitar, representando diferentes papéis em diferentes espaços, procurando sempre adequar-se aos mesmos. A autodeterminação e a independência afetiva são afetadas negativamente pela falta de um autoconceito bem definido. O autoconceito não é algo inato, é construído pelo indivíduo no decorrer de sua trajetória, evoluindo de acordo com suas experiências, sofrendo influências dos personagens em seu ambiente familiar, escolar e social, e de seus sucessos e fracassos.
Seguem abaixo, as duas principais teorias de formação e desenvolvimento do autoconceito: o Simbolismo Interativo (ou a teoria do espelho) e a Aprendizagem Social
No Simbolismo Interativo, o indivíduo se vê refletido na imagem em que os outros têm de si mesmo, como um espelho, e acaba sendo como os outros pensam que ele é. Por esta teoria, os pais e a família oferecem à criança as informações sobre si mesmas nos primeiros anos de vida, a conforme seu crescimento vai acatando informações dos agentes sociais com quem se relacionam como amigos e professores. Através desta teoria, a criança recebe as informações sobre si passivamente, não agindo de forma ativa e criativa na formação do seu autoconceito. 
Já na teoria da Aprendizagem Social, de Vygostsky e Wallon, a criança vai adquirir o autoconceito por meio da imitação. A criança faz a imitação de características de quem se identifica e forma um conceito parecido ao dessa pessoa. 
Nas duas teorias, os pais têm papel importante na formação do autoconceito dos seus filhos. “As atitudes dos pais para com seus filhos vão determinar o grau de sua autoestima. Filhos de pais carinhosos e afetivos costumam ter um grau maior de autoestima do que os filhos de pais efetivamente frios e desinteressados”. (Sánchez e Escribano, 1999).
conclusão
No trabalho apresentado, o tema afetividade foi abordado sob a perspectiva de diversos estudiosos como Piaget, Vygostsky, Wallon, Skinner, Antônio Zabala, Ausubel, dentre outros, que fizeram importantes considerações sobre a afetividade, o desenvolvimento e a aprendizagem. 
O desenvolvimento se dá de acordo com as diferentes relações, fazendo com que os indivíduos adquiram habilidades e inteligência. Cada ser é único, e, portanto faz essas aquisições de modos distintos. 
Há diferentes modos de expressar o afeto, através da emoção, dos sentimentos, das paixões, a afetividade não pode ser separada da cognição, uma move a outra, elas caminham juntas no desenvolvimento do ser humano. 
A figura de apego é o ponto de partida das relações humanas. O bebê, assim que nasce, depende da mãe para satisfazer suas necessidades. O relacionamento estreito que tem com essa figura, é fundamental na formação de sua personalidade. As diferentes posturas que pais e/ou responsáveis têm para com seus filhos, influirão em seu comportamento dentro e fora de casa. 
Crianças que não recebem atenção, carinho e afeto em casa, tendem a apresentar dificuldades de aprendizagem e comportamento na escola. Dessa forma, pôde-se concluir que a família é fundamental nesse processo. A formação do autoconceito e autoestima influenciam a vida futura do indivíduo, visto que uma pessoa com autoconceito bem definido saberá encarar e evoluir de acordo com suas experiências, sejam elas positivas ou negativas, influirão em seu comportamento dentro e fora de casa. 
Na escola, os alunos procuram extravasar suas emoções, e a troca com o professor é de suma importância. O professor, mediador do ensino-aprendizagem, facilitador desse processo, tem a tarefa de compreender seu aluno, conversar, trocar informações e experiências, não só ensinando, mas também e principalmente, aprendendo. Os professores têm consciência da importância de se considerar tais fatores para que o processo ensino- aprendizagem ocorra de forma mais significativa e prazerosa, porém, queixam-se da falta de tempo e estrutura para trabalhar os sentimentos. 
O tempo das aulas é curto, muitas vezes têm conteúdos a cumprir, com prazos determinados, e por isso não contemplam assuntos voltados para a emoção. Assim sendo, vê-se a necessidade de incluir sentimentos e emoções nos planejamentos curriculares, já que esse aspecto é tão importante quanto a Matemática ou a Física, por exemplo. 
Assim sendo, conclui-se que a afetividade tem grande influência no processo ensino-aprendizagem. Baseados nessa perspectiva, professores formarão com afetividade alunos afetuosos, e futuros cidadãos responsáveis e conscientes de suas escolhas e de seus atos.
	
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