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Capítulo 14 Fluidos O que é um fluido? Massa Específica e Pressão Fluidos em Repouso Medindo a Pressão Princípio de Pascal Princípio de Arquimedes Fluidos Ideais em Movimento Equação da continuidade Equação de Bernoulli Capítulo 14 - Fluidos Cap. 14 - Fluidos Propriedades que definem os Fluidos: O escoamento. Adquirem a forma do recipiente em que são acomodados. Podem ser compressíveis (gases) ou incompressíveis (líquidos): Compressíveis – que apresentam dependência do Volume com a Pressão (Densidade Variável). Incompressíveis – que não apresentam dependência do Volume com a Pressão (Densidade Constante). Densidade ou Massa Específica: V m A F P Pressão: [Pa = N/m2] [Kg/m3] Cap. 14 - Fluidos Densidade ou Massa Específica: V m [Kg/m3] Bola de ping-pong Óleo Madeira Água Ovo Água com sal Bola de aço Mercúrio D e n si d ad e A ordem dos materiais de acordo com o valor da densidade, que cresce de cima para baixo. Cap. 14 - Fluidos Exemplo 14-1) pg. 60 Uma sala de estar tem 4,2 m de comprimento, 3,5 m de largura, e 2,4 m de altura. a) Qual é o peso do ar da sala se a pressão é de 1 atm? b) Qual é o módulo da força que a atmosfera sobre o alto da cabeça de uma pessoa que tem área da ordem de 0,04 m2. NVgmgp ar 41881,9)4,2)5,3(2,4(21,1 a) O peso de ar? 3/21,1 mkgar b) Força sobre o alto da cabeça? A F P NPAF 35 1004,4)04,0)1001,1(1( PaatmP 51001,11 Cap. 14 – Fluidos em Repouso Determinação da Pressão em um fluido. mgFF 12 A A y1 y2 Equacionar as forças que atuam na face superior e inferior. As faces, superior e inferior, possuem a mesma área. A mg A F A F 12 A Vg PP 12 A gyyA PP )( 21 12 )( 2112 yygPP A pressão em um ponto do fluido em equilíbrio estático depende da profundidade desse ponto, mas não depende da dimensão horizontal ou do recipiente. Cap. 14 – Fluidos em Repouso Exemplo 14-2) pg. 62 Um mergulhador está mergulhado em um tanque de água a uma profundidade L abaixo da superfície. Ao subir até a superfície, ele não exalou o ar dos pulmões, o que faz aumentar o risco de acidentes. Ao atingir a superfície a diferença de pressão entre o ar dos pulmões e a atmosfera foi de 9,3 kPa. Determinar a profundidade L. )( 2112 yygPP gLPP 12 m g PP L 95,0 )81,9(998 930012 Cap. 14 – Fluidos em Repouso Exemplo 14-3) pg. 63 O tubo na forma de U, contém dois líquidos em equilíbrio estático. No lado direito existe água com densidade de 998 kg/m3, e no lado esquerdo existe óleo com densidade desconhecida. Os valores das distâncias são l = 135 mm e d = 12,3 mm. Qual é a massa específica do óleo? Ao PP A pressão na profundidade da interface é a mesma dos dois lados do tubo. A F A F Ao gmgm Ao VV Ao AldlA Ao )( )( dl lA o )0123,0135,0( )135,0(988 o 3/915 mkgo Cap. 14 – Medindo a Pressão Pressão Absoluta: Pressão Barométrica! ghPP 12 01 P A figura ao lado ilustra dois barômetros – instrumentos usados para determinar a pressão atmosférica absoluta. É importante notar que não importa as dimensões do tubo, a altura h sempre será a mesma, desde que a localização dos dois barômetros seja a mesma! ghPP 2 mmHgh 760 Pressão Manométrica: Diferença entre Pressões. ghPPPP gm 0 Cap. 14 – Medindo a Pressão A Pressão manométrica é definida como a diferença de pressão existente em uma dada região e a pressão atmosférica nas imediações. A figura ao lado esquematiza o funcionamento de um manômetro de tubo aberto. ghPPg 0 Cap. 14 – O Princípio de Pascal Uma variação de pressão aplicada a um fluido incompressível contido em um recipiente é transmitida integralmente a todas as partes do fluido e às paredes do recipiente (Blaise Pascal, 1652). Um aumento no numero de bolinhas de chumbo causa um aumento de pressão que será transferido a todas as partes do líquido e do recipiente. Aplicação: O Macaco Hidráulico s s e e A F A F P Cap. 14 – O Princípio de Pascal Com base no Princípio de Pascal, o aumento da pressão em qualquer um dos lados produz o mesmo aumento de pressão no outro. s s e e A F A F Com um macaco hidráulico uma certa força aplicada ao longo de uma dada distância pode ser transformada em uma força maior aplicada ao longo de uma distância menor. Cap. 14 – Princípio de Arquimedes mgFp Quando um corpo está totalmente ou parcialmente submerso em um fluido, uma força de empuxo exercida pelo fluido age sobre o corpo. A força é dirigida para cima e tem um módulo igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Imaginamos inicialmente uma pedra fora de uma piscina. O módulo força peso é: Quando a pedra é colocada dentro da piscina o Empuxo começa a agir: EF gF gVgmF fffE A força de empuxo tem módulo igual ao peso de fluido (água) deslocado pelo volume da pedra. É interessante notar que na parte superior da pedra a pressão exercida pelo fluido é menor que na parte inferior. Sendo assim a força resultante aponta para cima. EF fp VV Neste caso: Cap. 14 – Princípio de Arquimedes Pedra afundando em uma piscina EF gF EF gF Madeira emergindo em uma piscina. Eg FF Eg FF Imaginando uma pedra e um bloco de madeira com o mesmo volume, inicialmente submersos. A força de empuxo nos dois casos será a mesma! No caso da pedra, que afunda e possui densidade maior que a da água, temos: No caso da madeira, que emerge e possui densidade menor que a da água, temos: Para um corpo flutuar (condição de equilíbrio): Eg FF gVmg ff O peso aparente de um objeto é definido pelo peso medido quando o objeto está totalmente mergulhado no fluido. f f amos amos rel V m V m Pelo equilíbrio de forças, temos: EF apF pF Epap FFF Podemos relacionar o peso aparente com a densidade relativa, que por definição é: f amostra rel amosf VV app p E p f amos rel FF F F F gm gm Cap. 14 – Princípio de Arquimedes Exemplo 14-5) pg. 69 Na figura abaixo, um bloco de massa específica de 800 kg/m3 flutua em um fluido de massa específica f = 1200 kg/m 3. O bloco tem uma altura H = 6 cm. a) Qual é a parte h que fica submersa do bloco? b) Se o bloco é totalmente submerso, qual é o módulo da sua aceleração? Ep FF gmgm fb ffbb VV AhAH fb hH fb 1200 )6(800 f bHh cmh 4 b) Nessa situação não há equilíbrio! FE > Fp amFFF bpE VaVgVg bbf b bf gg a 2/9,4 sma Cap. 14 – Princípio de Arquimedes Cap. 14 – Fluidos em Movimento • Escoamento estacionário (laminar) – A velocidade do fluido em movimento em qualquer ponto fixo não varia com o tempo, nem em módulo nem em sentido. • Escoamento incompressível – sua densidade tem um valor uniforme e constante. • Escoamento não-viscoso – a viscosidade do fluido é a medida do quanto o fluido resiste ao escoamento. • Escoamento irrotacional – Aquele no qual um corpo de prova em suspensão no fluido não gira em torno de qualquer eixo que passa sobre o centro de massa Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento Toda a massa de fluido que entra em uma extremidadedo cano, sai na extremidade oposta, indiferente da Área. 21 VV A Equação da Continuidade 2211 xAxA Dividindo pelo tempo de ambos os lados, temos: t xA t xA 2211 2211 vAvA cte t m AvRR Vm Vazão Volumétrica: cte t V AvRV Vazão Mássica: [m3/s] [kg/s] Exemplo 14-6) pg. 72 A figura abaixo mostra que o jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente mais fino durante a queda. As áreas das seções retas indicadas são A0 = 1,2 cm 2 e A = 0,35 cm2. Os dois níveis estão separados por uma distância vertical h = 45 mm. Qual é a vazão da torneira? A vA v 00 Precisamos calcular a velocidade em qualquer um dos pontos: A0 ou A Da cinemática temos: ghvv 2 2 0 2 AvvA 00 ghv A vA 2 2 0 2 00 sm AA ghA v /286,0 2 22 0 2 0 scmvARv /34 3 00 Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento A equação de Bernoulli relaciona variáveis físicas em 2 pontos diferentes do curso de escoamento de um fluido ideal, considerando que a vazão volumétrica seja constante com o tempo. Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento A Equação de Bernoulli 2 222 2 111 2 1 2 1 vgyPvgyP Também podemos escrever a equação acima citada da seguinte forma: ctevgyP 2 2 1 Fluxo em um cano horizontal: h1 = h2 Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento 2 22 2 11 2 1 2 1 vPvP Para um fluido em repouso: 2112 yygPP Fluxo em canos abertos: P1 = P2 2 2 2 1 2 1 22 gy v gy v Quando um dos níveis não varia de altura: podemos adotar um y = 0, (y2 = 0) 22 2 2 2 2 1 1 v Pgh v P Como a equação de Bernoulli foi proposta? KW Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento 2 1 2 2 2 1 2 1 mvmvK )( 2 1 2 1 2 2 vvVK O trabalho realizado pela força gravitacional é: )( 12 yymgWg )( 12 yyVgWg O realizado pelo fluido é: VPVPWp 12 )( 12 VPVPWp O Trabalho total é: KWWW gp )( 2 1 )()( 2 1 2 21212 vvVyyVgVPVP 2 2 2 21 2 1 1 22 gy v Pgy v P Exemplo 14-7) pg. 74 Um cano horizontal de calibre variável, cuja a seção reta varia de A1 = 1,2 x 10 -3 m2 para A2 = A1/2, conduz um fluxo laminar de etanol, de massa específica = 791 kg/m 3. A diferença de pressão entre a parte larga e a parte estreita do cano é de 4120 Pa. Qual é a vazão volumétrica do etanol? Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento Cano horizontal: y1 = y2 2 2 2 121 2 1 2 1 )( vvPP Da equação da continuidade: 2211 vAvA smRv /1024,2 33 Exemplo 14-8) pg. 75 No velo oeste, um bandido atira em uma caixa de água sem tampa, abrindo um furo a uma distância h da superfície da água. Qual é a velocidade da água ao sair da caixa d’água? Cap. 14 – Fluidos Ideais em Movimento 2 2 2 21 2 1 1 22 gy v Pgy v P 2 2 2 00 v PghP Sabendo que em ambos os pontos a pressão é a mesma, que a velocidade da superfície da água é praticamente nula e que podemos tomar y = 0 em um dos pontos temos: ghv 22 Lista de Exercícios: 3, 5, 11, 12, 15, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 27, 29, 31, 33, 35, 39, 48, 49, 51, 53, 57, 62, 63, 65, 67. Referências HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 8a ed. Rio de janeiro: LTC, 2009. Vol.2. TIPLER, P. A.; Física para Cientistas e Engenheiros. 4a ed, LTC, 2000. v.1. SEARS, F.; ZEMANSKY, M.W.; YOUNG, H.; FREEDMAN, R.A.; Física: Eletromagnetismo. 12a ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008. v.2. Capítulo 14 - Fluidos
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