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PROTEÍNAS PROTEÍNAS medeiam praticamente qualquer processo que ocorra em uma célula, exibindo uma diversidade de funções quase infinita. luciferina, ATP e luciferase hemoglobina queratina FUNÇÕES BIOLÓGICAS • Estrutural – colágeno e queratina • Catálise – enzimas • Movimento – miosina e actina • Transporte – hemoglobina • Hormônio – insulina, ocitocina e hormônio do crescimento • Proteção – anticorpos, fibrinogênio • Armazenamento – caseína, ferritina, ovoalbumina • Regulação – síntese protéica AMINOÁCIDOS Enantiômeros aminoácido Ligação peptídica (união de aminoácidos) Classificados pelo grupo R Grupos R apolares, alifáticos Grupos R aromáticos Grupos R polares, não carregados Grupos R carregados positivamente (básicos) Grupos R carregados negativamente (ácidos) Aminoácidos incomuns • 4-hidroxiprolina – derivado da prolina – colágeno (proteína fibrosa de tecidos conectivos) • 5-hidroxilisina – proteínas da parede celular de plantas e colágeno • 6-N-metil-lisina – miosina (proteína contrátil do músculo) • ƴ-carboxiglutamato – proteína da cascata de coagulação do sangue (protrombina) • desmosina – elastina. Aminoácidos podem atuar como ácidos e bases Zwitterion (íon híbrido) – íon dipolar, pode atuar tanto como um ácido (doador) quanto como uma base (receptor). Anfóteras ou Anfólitos pH neutro Forma não iônica Forma zwiteriônica (predomina em pH neutro) Comportamento de ionização de peptídeos Alguns grupos R podem ionizar O comportamento ácido-básico de um peptídeo pode ser predito tanto a partir de seus grupos α-amino e α-carboxil livres quanto a partir da natureza r do número de seus grupos R ionizáveis. Peptídeos e polipeptídeos biologicamente ativos Éster metílico de L-aspartil-L-fenilalanina dipeptídeo • Ocitocina (9 resíduos de aminoácidos) • fator liberador da tirotropina (3 resíduos de aminoácidos) • Amanitina Algumas proteínas contêm grupos químicos além de aminoácidos Conjugadas Lipoproteínas Glicoproteínas Metaloproteínas • Lipídeos • Sacarídeos • Metal específico Grupo prostético Estrutura das proteínas - Primária - Secundária - Terciária - Quaternária (somente nas proteínas globulares) ou Configuração espacial da enzima Estrutura Primária É a seqüência ORDENADA dos aminoácidos que compõem a enzima Proteína A Ser-Val-Gli-Asp-Asp-Pro-Gln-His-Tyr-Ala Proteína B Ser-Gli-Val-Asp-Pro-Gln-Ala-Asp-His-Tyr AMINOÁCIDOS Estrutura Secundária É a configuração inicial da enzima formada pelas interações dos radicais dos aminoácidos adjacentes É a configuração quase que definitiva da enzima formada pelas interações dos radicais dos aminoácidos não adjacentes que se encontram devido a configuração provocada pela estrutura secundária Estrutura Terciária Estrutura Quaternária É a configuração final da enzima formada por todas as interações eletrostáticas dos aminoácidos que compõem a enzima Ocorre somente nas proteínas globulares, entre elas as enzimas a) Simples: somente alfa aminoácidos b) Conjugadas: possuem alfa aa e um grupo prostético b1)Exemplos: Classe Grupo prostético Exemplo Glicoproteínas Carboidratos Anticorpos, fibrina Lipoproteínas Lipídios Lipoproteínas do sangue Fosfoproteínas Grupamento fosfato Caseína Hemeproteínas Heme (ferroprotoporfirina) Hemoglobina Metaloproteínas Fe Zn Ca Ferritina Álcool desidrogenase Calmodulina Flavoproteínas FAD (flavina adenina dinucleotídeo) Succinato desidrogenase Nucleoproteínas Ácidos nucleicos Histonas PROTEÍNAS – CLASSSES QUANTO A COMPOSIÇÃO a) Fibrosas: cadeias de polipeptídios dispostas paralelamente, formando fibras ou beta-folhas. Ex.: queratina, colágeno e elastina. b) Globulares: possuem estrutura terciária e, até, quaternária. Ex.: mioglobina, hemoglobina. PROTEÍNAS – CLASSSES QUANTO À CONFORMAÇÃO Proteínas Fibrosas: a) Alfa-queratinas: cabelo, unha, pêlo. A repetição da estrutura ocorre a cada 0,54 nm e possuem pontes dissulfeto. A estrutura é mantida por ligações de H intracadeia e por pontes dissulfeto intercadeias. Colágeno: Gly, Ala, Pro e 4-hidroxiprolina b) Beta-queratinas: não possuem pontes dissulfeto, a estrutura é mantida por ligações de H e por interação entre os radicais hidrofóbicos. A repetição da estrutura ocorre a cada 0,70 nm. PROTEÍNAS – CLASSSES QUANTO À CONFORMAÇÃO Desnaturação Renaturação Atividade biológica e estrutura protéica: a) Nativa b) Desnaturada c) Renaturada PROTEÍNA – ESTRUTURA E ATIVIDADE A. Introdução: Estrutura terciária ou quaternária. Função dinâmica no organismo. Solúveis no plasma (hidrofilia). Mioglobina, Albumina, Citocromo... B. Padrão de enovelamento: Ligações de hidrogênio Interações hidrofóbicas Interações eletrostáticas Complexação com íons metálicos Pontes dissulfeto (Cys-Cys) PROTEÍNAS GLOBULARES P ro te ín a s – M a n u te n ç ã o d a E s tr u tu ra Mioglobina (hemeproteína): Função: armazenamento de O2 Localização: mitocôndrias (músculos) Resíduos de aa: 153 (Fe-His 93) Estrutura: PROTEÍNAS GLOBULARES ENZIMAS Enzimas são proteínas que tem a capacidade de catalisar reações químicas Atuam como catalisadores nas reações químicas, abaixando a energia de ativação necessária ao início da reação química ENZIMAS Enzima como catalisadora sem ação da enzima com ação da enzima Ação da enzima Sítio ativo da enzima Sítio ativo: local da enzima onde ocorre a reação química Sem as reações enzimáticas (bioquímicas) não existiria vida no planeta IMPORTÂNCIA DAS ENZIMAS - Para os seres vivos - Para a química Realizam reações específicas - Para a indústria de alimentos Altera o alimento justamente onde pretendemos Reação bioquímica É uma reação química catalisada por uma enzima, onde a energia de ativação necessária para realizar a reação química é muito menor quando a enzima está presente/atuando, em comparação com a mesma reação realizada sem a presença do catalisador/enzima. Diferenças entre reação bioquímica e reação química Bioquímica -Específica com um substrato -Necessita de uma temperatura controlada -Necessita de um pH controlado -Catalisador é reaproveitado -Fácil obtenção Química -Não específica com um substrato -Necessita de elevadas temperaturas (100 0C) -pH ácido ou alcalino -Atuam em todas as moléculas -Catalisador não é reaproveitado -Fácil utilização Reação Bioquímica enzima Reação Química ácido ou base alta temperatura Nomenclatura e classificação das ENZIMAS • EMPIRICAMENTE – reações que catalizam + ASE Sacarase – Sacarose • NOMES ESPECÍFICOS NÃO SEGUINDO A NOMENCLATURA Tripsina, Pepsina, Quimotripsina – atuam sobre as proteínas (proteinASES) • PADRÃO INTERNACIONAL – E.C. (Enzyme Commission) CLASSIFICAÇÃO DE ENZIMAS COMISSÃO INTERNACIONAL (E.C.) • Cada enzima recebe um número de 4 digitos precedidos pelas letras E.C. EXEMPLO A reação catalisada pela enzima ATP: glicose fosfotransferase (nome comum hexoquinase) – E.C. 2.7.1.1. GLICOSE + ATP • Primeiro digito (2) – Classe das enzimas (TRANSFERASES) • Segundodígito (7) – subclasse (FOSFOTRANSFERASE) • Terceiro dígito (1) – indica que a hidroxila é o grupo receptor do átomo de fósforo • Quarto dígito (1) – indica ser a glicose o composto receptor do átomo de fósforo GLICOSE – 6P + ADP CLASSE DE ENZIMAS 1. OXIREDUTASES – Reações de transferência de elétrons 2. TRANSFERASES – Reações de transferência de grupos 3. HIDROLASES – Reações de hidrólise 4. LIASES – Reações de adição de grupos a duplas ligações ou remoção de grupos formando duplas ligações 5. ISOMERASES – Reações de transferência de grupos dentro de mesma molécula formando isômeros 6. LIGASES – Reações de formação de ligações LIGASES (E.C. 6.__.__.__) Formação de ligações C-C, C-S, C-O e C-N por reações de condensação aclopadas a clivagem de ATP Glutamina sintetase (E.C. 6._._._ ) ENZYME COMISSION (E.C.) Grupo 2 Grupos doadores: álcool, aldeído, cetona, acil, amina, amida, NAD(+) ou NADP(+), ester, contém enxofre, C- C, C-O, C-H, C-N, etc Expressa o grupo doador da reação (representa a subclasse da enzima na E.C.) subclasse 99 quando o doador não enquadrar em alguma das subclasses já presentes A numeração da subclasse é sequencial (1,2,3, ...) , portanto, o grupo doador de uma subclasse pode não apresentar o mesmo número numa outra classe Glicose oxidase (E.C. 1.1._._ ) Catecol oxidase (E.C. 1.10._._ ) catálise (E.C. 1.11._._ ) peroxidase (E.C. 1.11._._ ) Lipoxigenase (E.C. 1.99._._ ) amiloglicosidase (E.C. 3.2._._ ) Celulase (E.C. 3.2._._ ) Alfa-glicosidase (E.C. 3.2._._ ) Beta-glicosidase (E.C. 3.2._._ ) Grupo 3 ENZYME COMISSION (E.C.) Expressa o grupo receptor da reação (representa a sub-subclasse da enzima na E.C.) Glicose oxidase (E.C. 1.1.3._ ) Catecol oxidase (E.C. 1.10.3._ ) catálise (E.C. 1.11.1._ ) peroxidase (E.C. 1.11.1._ ) Lipoxigenase (E.C. 1.99.2._ ) Grupo 4 ENZYME COMISSION (E.C.) Expressa as diferentes enzimas que realizam esta reação (representa a quantidade de enzima que realiza esta reação) Glicose oxidase (E.C. 1.1.3.4 ) Catecol oxidase (E.C. 1.10.3.1 ) catálise (E.C. 1.11.1.6 ) peroxidase (E.C. 1.11.1.7 ) Lipoxigenase (E.C. 1.99.2.1 ) O nome químico das enzimas é mais complexo, geralmente é escrito a classe da enzima + substratos onde atua nome usual: L-glutaminase nome E.C.: 3.5.1.12 nome químico: L-glutamina aminohidrolase Nomenclatura Química das Enzimas ISOENZIMAS Enzimas com pequenas diferenças na estrutura da enzima natural, mas catalisam a mesma reação, mas com propriedades cinéticas diferentes e composição e sequência de aminoácidos também diferentes Algumas isoenzimas também apresentam diferentes afinidades por substratos Enzima A Isoenzima A Duas distintas enzimas Enzimas • A informação catalítica de uma enzima está na estrutura primária. • Toda enzima tem seu sítio ativo, catalítico, onde o substrato é transformado em produto. Complexo [ES] SUBSTRATO PRODUTO ENZIMA ENZIMA Enzimas e cofatores • Cofatores Enzimáticos – Substâncias (orgânicas e inorgânicas) que se ligam à cadeia polipeptídica da enzima para que esta tenha atividade catalítica. – Os cofatores atuam juntamente com a enzima como transportadores intermediários de grupos funcionais, de átomos específicos ou de elétrons que são transferidos na reação enzimática global. Enzimas e coenzimas • Coenzimas – Cofatores orgânicos complexos, derivados, geralmente, de vitaminas hidrossolúveis. – Algumas enzimas não necessitam de cofatores. – Muitas enzimas requerem cofatores e coenzimas. – Apoenzimas: enzima não atuante sem a presença do cofator. – Holoenzima: Apoenzima + Cofator. Enzima cataliticamente ativa. Cofatores e coenzimas Vitamina Coenzima derivada Função Bioquímica Tiamina (B1) Tiamina pirofosfato (TPP) Descarboxilação de - cetoácidos Riboflavina (B2) Flavina mononucleotídeo (FMN); Flavina adenina dinuleotídeo (FAD) Oxidação–redução Ác. Nicotínico (B3) Nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD); NADP Oxi-redução Ác. Pantotênico (B5) Coenzima-A Transferência de grupos acila Piridoxina (B6) Piridoxal fosfato (PLP) Transaminação e descarboxilação de aa. Biotina (B8 ou H) Biocitina Transferência de CO2 para reações de carboxilação Ác. Fólico (B9 ou M) Tetrahidrofolato (TH4) Transferência de unidades monocarbônicas Vitamina B12 Desoxiadenosil-cobalamina Reações de metilação Exemplos de coenzimas • As enzimas diminuem a energia de ativação das reações, – Com isso, chega-se mais rapidamente ao estado de transição. – Desta forma, o produto é formado rapidamente e a enzima pode reagir novamente com outra molécula de substrato. Catálise • ΔG: quantidade de energia livre necessária para levar 1 mol de substância, a uma temperatura, até o topo da barreira energética. • Quanto maior o número de moléculas no estado de transição, maior a velocidade da reação. Catálise • Velocidade de reação em função da presença de catalisador: – Decomposição do peróxido de hidrogênio (2H2O2 O2 + 2 H2O) Condições Energia necessária (G em kcal/mol) Velocidade relativa Não catalisada 18 1 Pt coloidal 11,7 2,77x104 Catalase 5,5 6,51x108 Catálise • Número de renovação (‘Turnover number) – Número de moléculas de substrato convertidas a produto, a cada segundo, por uma molécula de enzima. – Exemplos: • Catalase: 4,0 x 107 • Acetilcolinesterase: 1,4 x 105 Catálise • Especificidade enzimática: E + S [ES] [EP] E + P – Quanto maior a afinidade ES, menor será a velocidade de formação de P, pois a etapa lenta determina a velocidade. – Especificidade restrita ou absoluta – Especificidade relativa Rápida Lenta Catálise Chave-fechadura Ajuste induzido • Concentração do substrato • Proximidade e orientação favoráveis • Tensão e Distorção • Catálise ácido–base • Catálise covalente • Fatores físico-químicos – pH, T, [sais], solventes... Catálise Fatores que a influenciam • Influência do pH e da Temperatura – Cada enzima tem seu pH e T ótimos, admitindo pequenas variações, onde a enzima desenvolve sua atividade máxima. – Elevação da temperatura desnaturação – Congelamento geralmente não há desnaturação Catálise Fatores que a influenciam Pepsina Tripsina Fosfatase alcalina V el o ci d a d e d e re a çã o V el o ci d a d e d e re a çã o Catálise Fatores que a influenciam • Irreversível – O agente inibidor liga-se covalentemente ao resíduo de aa, no sítio, essencial à catálise, impedindo-a. – Ex.: inibição da acetilcolinesterase por inseticidas organofosforados (hiperatividade da acetilcolina). • Reversível – Competitiva: O inibidor liga-se ao sítio catalítico da enzima e forma o complexo EI (inibidor assemelha-se ao substrato, estruturalmente). Inibição enzimática • Não Competitiva – O inibidor liga-se à enzima em uma região que não seja o sítio catalítico. – Isto altera a conformação da enzima e leva à diminuição da velocidade de catálise. SUBSTRATO INIBIDOR COMPETITIVO INIBIDOR NÃO-COMPETITIVO SUBSTRATO Inibição enzimática • Incompetitiva – O I liga-se fortemente ao complexo [ES], não ocupando o sítio ativo. – Isto altera a conformação do complexo E-S, diminuindo a velocidade de formação do produto. Inibiçãoenzimática • Retroinibição ,‘feed back’ negativo ou inibição pelo produto: – O metabólito, quando em excesso, atua como inibidor de uma enzima responsável pela sua biossíntese. L - Treonina Treonina desidratase L - Isoleucina Inibição enzimática • Enzimas alostéricas – Possuem, além do sítio catalítico, outro (alos) sítio, denominado (s) alostérico (s). – Heterotrópicas – Homotrópicas – Podem sofrer modulação positiva (estimulação) ou negativa (inativação). Regulação da atividade enzimática Regulação Alostérica • Regulação covalente – Há ligações covalentes em determinados pontos da enzima. – A presença da ligação pode tornar a enzima ativa ou inativa. – O rompimento da ligação covalente altera a atividade enzimática. Regulação da atividade enzimática
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