Buscar

DIREITO TRIBUTÁRIO I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO I 
 
Amanda Abreu Ricardo 
 
1- Qual é a regra matriz de incidência e a base legal do Imposto sobre circulação de mercadorias, 
do Imposto de renda e do Imposto sobre serviços? 
 
ICMS: 
A regra matriz de incidência do imposto sobre circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte intermunicipal/interestadual e de comunicação tem como base de incidência 
a circulação de bens e serviços, levando em consideração a transferência de titularidade de coisa 
móvel destinada ao comércio, com habitualidade, bem como a prestação do serviço de qualquer 
tipo de transporte e qualquer tipo de comunicação. A ordem impositiva para efeito deste imposto, 
fez atribuição para a incidência ser genérica sobre as operações relativas à circulação de 
mercadorias, dando qualificação especial aos atos realizados pelos comerciantes, industriais, 
produtores e prestadores, de modo que preserva a natureza mercantil deste tributo, agregando-se 
aos negócios mercantis sucessivos, aduzindo-se na atualidade o perfil de mero importador de 
mercadorias ou de bens de consumo ou para o ativo. Com base na ordem constitucional, 
primordialmente, que exaure os ditames do aludido imposto, e nos demais parâmetros 
estabelecidos por leis ordinárias estaduais, que se constituem como regulamentos, e expedientes 
administrativos, pode-se então construir, in generum, a regra matriz de incidência do imposto sobre 
circulação de bens e serviços, tendo como titulares do mesmo os Estados federados e o Distrito 
Federal. A norma jurídica tributária do imposto supra assim se desenha: 
 
Norma Jurídica Tributária - ICMS 
 
Previsão Legal: Art. 155, II, § 2º e 3º da CF/88; Decreto-Lei nº 406/68 e Lei Complementar nº 
87/96, sem olvidar do período de transição entre a Constituição de 1988 e a inserção da atual LC 
87/96 no ordenamento, em que vigorou o Convênio dos Estados para o ICMS - 66/88, e 
modificações sucessivas. 
 
IMPOSTO DE RENDA: 
A regra-matriz de incidência tributária, pois que esta tem a finalidade de identificar a natureza 
jurídica, o sentido e o alcance do imposto ora em análise. Quando a lei tributária descreve 
hipoteticamente um fato que, quando ocorrido no mundo fático, terá o efeito de nascer uma 
obrigação tributária, razão pela qual, podemos dizer que estamos diante daquilo que o legislador 
denominou como fato gerador. 
Sobre esse tema, são oportunos os ensinamentos de Geraldo Ataliba, citado por Paulo de Barros 
Carvalhos “que identificou que o termo “fato gerador” é utilizado para designar duas realidades 
distintas. “Hipótese de incidência” para denominar a descrição abstrata, contida na lei, e “fato 
imponível” para representar a ocorrência no mundo dos fenômenos físicos, que satisfaz os 
antessupostos requeridos pela norma jurídica.” 
Neste enfoque, regra-matriz de incidência tributária é uma norma jurídica geral e abstrata que 
descreve dada hipótese e seu consequente, dispondo sobre condutas. Tendo por compreendido, 
pois, o juízo hipotético condicional que prevê um fato social (relativo à incidência) e liga a ele uma 
consequência (nascimento da relação jurídica tributária), como norma jurídica. 
Para que o tributo nasça, o fato deve ajustar-se rigorosamente a uma hipótese de incidência 
tributária (fenômeno da subsunção, que equivale à tipicidade penal). A lei descreve a hipótese de 
incidência, e ocorrendo o fato gerador imponível, é devido o tributo. O que distingue um tributo do 
outro é a hipótese de incidência. 
Assim sendo, a norma jurídica tributária deve estar completa; deve conter seus elementos 
essenciais: hipótese de incidência, sujeito ativo, sujeito passivo, base de cálculo e alíquota, sob 
pena de não haver tributo a lançar. Enquanto a lacuna não for suprida, não existe tributo em 
abstrato, não podendo existir em concreto. 
Nesse passo, pode-se dizer que a regra-matriz de incidência se divide em: a) hipótese tributária, 
que se subdivide em critério material, critério temporal, critério espacial; e b) relação jurídica 
tributária, que se subdivide em critério pessoal e critério quantitativo. 
A1: Critério Material 
O critério material da regra-matriz da incidência tributária do Imposto de Renda Pessoa Física, 
sempre fará referência a um fato, a um comportamento humano. Esse comportamento humano 
estará ligado a um condicionante de espaço (critério espacial) e de tempo (critério temporal). 
Em outras palavras, o critério material do fato gerador é o verbo mais complemento, isto é, o 
núcleo da situação definida em lei como apta a dar nascimento a uma obrigação tributária. 
No caso do Imposto de Renda Pessoa Física, o comportamento humano que incide a 
tributação pelo referido tributo é auferir renda e provento de qualquer natureza. Em atenção ao 
princípio da universalidade, o Imposto de Renda incide sobre todas as rendas auferidas pelo 
contribuinte no exercício financeiro. 
Extrai-se da análise do artigo 153, inciso III, da Lei Maior, combinado com o artigo 43, incisos I 
e II, do Código Tributário Nacional, que o critério material da regra-matriz de incidência do 
Imposto de Renda de Pessoas Físicas é auferir renda e/ou proventos de qualquer natureza. 
Todavia, embora incidente sobre todas as rendas auferidas pelo sujeito passivo da relação 
tributária, deve respeitar a sua capacidade contributiva (mínimo vital). 
 
A2: Critério Espacial 
Conforme já mencionado, o critério espacial atua como uma das condicionantes do critério 
material, ou seja, por meio do critério espacial, investiga-se o local escolhido pela lei para a 
materialização do comportamento, ação ou conduta relevante para o tributo em questão. Ou 
seja, identifica o local em que o fato gerador ocorreu, ou seja, onde se dá o fato descrito no 
antecedente da regra-matriz. É importante ressaltar que, o exame do critério espacial do 
Imposto de Renda não se confunde, com o âmbito territorial de aplicação das leis, haja vista 
que pelo critério espacial o imposta alcança não só os acontecimentos verificados no território 
nacional, mas até fatos que se compõem para além de nossas fronteiras. 
Inexistem restrições na Carta da República não prevê nenhuma restrição nesse sentido, 
portanto, o ente político tributante infraconstitucional possui liberdade não só para majorar a 
tributação dos rendimentos auferidos no território nacional, mas também para sujeitar à 
tributação do Imposto de Renda sobre rendimentos auferidos no exterior, respeitando a 
soberania de cada país haja vista que não poderão ser gravados rendimentos de contribuintes 
que estão amparados de uma dada soberania tributária. 
Destarte, é forçoso conclui-se que o critério espacial do Imposto de Renda de Pessoas Físicas 
consiste-se no território nacional, mesmo que a receita ou rendimento seja oriundo do exterior 
(art. 43, § 2º, CTN). 
 
 
A3: Critério Temporal 
A análise desse critério consiste na possibilidade de conhecimento do momento em que se 
considera concretizado o fato e/ou estado de fato, hipoteticamente descrito na lei, ou seja, 
momento em que se considera ocorrido a materialidade do fato gerador. 
Paulo de Barros Carvalho[12] nos ensina que: 
“Compreendemos o critério temporal da hipótese tributária como um grupo de indicações, 
contidas no suposto da regra, e que nos oferece elementos para saber, como exatidão, em que 
preciso instante acontece o fato gerador descrito, passando a existir o liame jurídico que 
amarra devedor e credor, em função de um objeto – o pagamento de certa prestação 
pecuniária”. 
Portanto, o critério temporal da regra-matriz tributário indica o marco inicial em que se dá por 
ocorrido o fato gerador, a fim de revelar aos sujeitos da trilarão tributária seus direitos e 
deveres. 
 
 
 
De toda hipótese tributária decorre uma relação jurídica tributária, que é composta por dois 
critérios: pessoal e quantitativo. 
 
B2: Critério PessoalO aspecto pessoal está relacionado com os sujeitos ativo e passivo da relação obrigacional, 
isto é, trata-se dos sujeitos que integrarão a relação jurídico-tributária prevista no consequente 
da regra-matriz de incidência tributária. 
No caso do imposto sobre a renda, nos termos do artigo 150, inciso III da Constituição da 
República, o sujeito ativo (credor da obrigação) é a União, sendo a Secretaria da Receita 
Federal o órgão responsável pela arrecadação e fiscalização do tributo. 
Por outro lado, o sujeito passivo é a pessoa física e/ou jurídica que aufere a renda ou 
proventos de qualquer natureza. 
Importante ressaltar que, no caso de imposto de renda retido na fonte, a fonte pagadora 
funciona como responsável tributário para promover a retenção do tributo e o respectivo 
recolhimento, conforme dispõe o parágrafo único do artigo 45 do Código Tributário Nacional, 
ficando obrigada a pagar o respectivo tributo com recursos próprios no caso de reter o tributo 
do contribuinte e não repassar ao ente político tributante. 
 
B3: Critério Quantitativo 
O aspecto quantitativo encontra-se localizado no consequente da Regra-Matriz de Incidência 
Fiscal, compreende a base de cálculo e a alíquota, através dos quais é possível a obtenção do 
montante devido a título de tributo devido ao sujeito ativo. 
Segundo a doutrina moderna, a base de cálculo admite duas funções básicas no instituto da 
base de cálculo. A primeira consiste na faculdade de identificar a própria materialidade da 
hipótese de incidência. A Segunda, por sua vez, diz respeito a sua propriedade de quantificar o 
critério material da hipótese de incidência do imposto. 
Dessa forma, mediante um criterioso estudo da base de cálculo, pode-se conhecer, por um 
lado, a conduta ou ação inserida na órbita de incidência do imposto (critério material) e, de 
outro, a grandeza específica à quantificação da aludida conduta. 
Já a alíquota, conjugada à base de cálculo, é um componente aritmético para se chegar ao 
valor da prestação pecuniária a ser exigido pelo ente político tributante do sujeito passivo da 
relação tributária. 
 
ISS: 
 
O ISS não é um tributo sobre atos jurídicos, mas sobre fatos, sobre o facere que alguém (o 
prestador) tenha desenvolvido em favor de terceiro (o tomador). A doutrina é pacífica em afirmar 
que o fato gerador do ISS caracteriza-se pela efetiva prestação remunerada de serviços a terceiro, 
e não pelo contrato ajustado. O fundamento de validade da regra-matriz do ISS encontra-se na 
Carta Magna, ex vi do que dispõe o art. 156, III que define a competência dos Municípios. 
“Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
(...) 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei 
complementar. 
 
Destes serviços definidos em lei complementar como suscetíveis à incidência (competência para 
instituir), excetua-se os serviços de transporte interestaduais e intermunicipais e de comunicação, 
que se submetem, exclusivamente, ao ICMS. 
O critério material da hipótese de incidência do ISS, portanto, é a prestação de serviços 
relacionados no anexo único da Lei Nacional de n°. 116/03, ressalvados os serviços sujeitos à 
competência dos Estados. O critério espacial tem como regra geral, o local onde se situa o 
estabelecimento prestador, havendo situações em que esse critério será alterado (por força da 
mesma lei) para o local da efetiva prestação do serviço. 
O contribuinte, prestador do serviço é o sujeito passivo da relação tributária, excetuando o 
substituto legal (responsável tributário, tomador do serviço) que assume os deveres perante o 
objeto da relação. Todavia, caso não seja cumprida a prestação, o fisco estadual poderá cobrar do 
contribuinte prestador, subsidiariamente (art. 6° da LC 116/03). 
Os serviços previstos no anexo único da LC 116/03 estão sujeitos ao ISS, e, portanto, não poderão 
sujeitar-se à incidência do ICMS, a não ser que exista ressalva expressa em sentido contrário. 
 
 
2- Quanto ao imposto de renda o que se entende por deduções e base de cálculo? Quais são as 
principais deduções aplicadas ao imposto de renda da pessoa física e da pessoa jurídica? 
Na apuração de um tributo, temos duas espécies muito importantes para a formação numérica, que 
são: a base de calculo, e a alíquota. Com o passar do tempo muitas alterações foram feitas, onde 
resultou que a alíquota e a base de calculo, trazem resultados iguais. Por exemplo, no ICMS, em 
vez da redução da alíquota temos a denominada redução da base do calculo, o que representa 
igual redução do tributo. No imposto de renda a impossibilidade de dedução de inúmeras despesas 
implica a ampliação da alíquota. Para aquelas pessoas com menor renda, maior o percentual de 
utilização dos rendimentos nos gastos de subsistência. Por fim concluímos que o contribuinte com 
menor capacidade de contribuir tenha direitos a menos deduções que um contribuinte de maior 
poder aquisitivo. Nesse caso em relação ao mesmo rendimento sofrera uma tributação maior. 
Enquanto para as pessoas físicas a base de calculo é o montante do rendimento, para as pessoas 
jurídicas, a base de calculo é o lucro. 
 
 
3- Qual é a legislação que trata do ICMS no Brasil? Quais são as hipóteses de incidência do 
ICMS? Qual é a diferença entre alíquotas do ICMS nas operações internas e interestaduais? 
 
O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é de competência dos 
Estados e do Distrito Federal. O ICMS incide sobre: I – operações relativas à circulação de 
mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares; 
II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de 
pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a 
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação 
de qualquer natureza; 
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência 
tributária dos Municípios; 
V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de 
competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à 
incidência do imposto estadual. 
VI – a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se 
tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento; 
VII – o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
VIII – a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o 
imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
 
ALÍQUOTAS INTERNAS – PISO: Salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal 
nos termos do disposto no inciso XII, "g", art. 155 da CF (que trata da necessidade de Lei 
Complementar para regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados) as alíquotas internas do 
ICMS não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais. 
 
ALÍQUOTA INTERESTADUAL – BENS IMPORTADOS: A partir de 01.01.2013, a alíquota ICMS, 
nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior, será de 4% (quatro 
por cento). 
A alíquota aplica-se aos bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço 
aduaneiro: 
I - não tenham sido submetidos a processo de industrialização; 
II - aindaque submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, 
acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em 
mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40% (quarenta por cento). 
O Conteúdo de Importação a é o percentual correspondente ao quociente entre o valor da parcela 
importada do exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria ou bem. 
Diferença das Alíquotas: 
Na aplicação da alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto, caberá 
ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota 
interna e interestadual. Assim, quando da aquisição, por parte de contribuintes do imposto, de 
mercadorias para consumo próprio, deverá este recolher, quando da entrada da mercadoria no 
Estado de destino, o ICMS pela diferença entre a alíquota interna do Estado de destino e a 
alíquota interestadual do Estado de origem, chamando-se esta diferença, neste caso, como 
“diferencial de alíquotas”. 
 
4- Quanto ao Imposto sobre serviços o que se entende por definição do local da incidência do ISS 
e qual a regra aplicada no direito brasileiro a esse respeito? Como é a incidência do ISS nos casos 
de exportação e importação de serviços? O que é o SISCOSERV? 
 
Até o implantação da Lei Complementar nº 116/2003, a definição do local de incidência do ISS, 
como regra geral era a tributação no local de domicilio do prestador de serviço, constituindo única 
exceção a prestação de serviços de construção civil cuja incidência se dava no local da sua efetiva 
prestação. Após a edição da lei, o local foi definido no art 4º como o “local onde o contribuinte 
desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou temporário, e que configure 
unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de 
sede, filial, agencia, posto de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou 
quaisquer outras que venham a ser utilizadas”. Entretanto, pela referida Lei, no art 3º foram fixadas 
diversas exceções, em que a incidência tributária se dará o local da efetiva prestação do serviço. 
A incidência em relação a exportação e importação, por sua vez após a Lei Complementar 
116/2003, a exportação de serviços passou a ser desonerada de ISS, mediante a não incidência, 
promovendo uma maior competitividade no setor de exportação de serviços. Sendo, essa previsão 
já consistia numa diretriz traçada pelo inciso II do parágrafo 3º do art 156 da CF, que delegou à lei 
complementar “excluir da sua incidência (ISS) exportações de serviços para o exterior”. Mas, de 
acordo com o parágrafo único do art 2º da Lei, não são considerados exportações, para fins de 
aplicação da não incidência do ISS, “os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se 
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior”. Já na importação passou a 
ser onerada pelo ISS, o que não ocorria até a Lei Complementar nº 116/2003, aumentando o custo 
tributário da importação de serviços, como forma de equilibrar a concorrência entre o prestador de 
serviço do exterior e o prestador de serviço do Brasil. 
 
O Siscoserv é um sistema informatizado, desenvolvido pelo Governo Federal como ferramenta 
para o aprimoramento das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das 
políticas públicas relacionadas a serviços e intangíveis bem como para a orientação de estratégias 
empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis Tudo que for comprado ou vendido 
precisará ser registrado. 
 
5- De que forma ocorre a repartição da receita tributária entre as pessoas políticas quanto ao ISS, 
ao ICMS e ao IR? 
ISS: 
Nenhum imposto municipal sofre repartição do tributo de sua arrecadação. 
 
ICMS: 
CF, Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
IV – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação. 
O restante ao Estado. 
 
IR: 
O IR, como imposto da União, tem toda a sua receita arrecadada para a União. A repartição faz 
com que parte desta receita fique com os Estados e DF (artigo 157 CF),parte desta receita fique 
com os municípios (artigo 158 CF) e parte seja distribuída para os Fundos (FPM e FPEst/DF - 
artigo 159 CF).

Continue navegando