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FORMAÇÃO FISCAL PARA COMPRADORES 
 
CAPÍTULO I – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
1 ASPECTOS CONCEITUAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO 
O Estado necessita captar recursos para o desenvolvimento das atividades 
estatais, tais como manter sua estrutura e disponibilizar serviços à coletividade. 
Desta maneira, a cobrança de tributos se demonstra como uma das principais 
fontes de receitas do Estado, para que se concretizem os objetivos da República 
Federativa do Brasil, dispostos no artigo 3º, da Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
Hugo de Brito Machado explicita que, “qualquer que seja a concepção de Estado 
que se venha a adotar, é inegável que ele desenvolve atividade financeira. Para alcançar 
seus objetivos precisa de recursos financeiros e desenvolve atividades para obter, gerir e 
aplicar tais recursos” (Machado, 2005). 
Desta maneira, é de grande relevância reiterar que para atingir seus objetivos, o 
Estado necessita de recursos financeiros, sendo o tributo caracterizado como uma 
importante receita. 
Nessa toada, ante a cristalina importância do tributo para o desenvolvimento da 
atividade estatal, demonstra-se de relevância analisar o Direito Tributário sob o âmbito 
conceitual. 
Sob o enfoque conceitual, o Direito Tributário encontra amparo na mais balizada 
doutrina que merece ser adiante destacada. 
Para Rubens Gomes de Sousa, o Direito Tributário é “ (...) o ramo do Direito 
Público que rege as relações jurídica entre o Estado e os particulares, decorrentes da 
atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas que correspondem 
ao conceito de tributos”. (Sousa, 1954) 
Paulo de Barros Carvalho conceitua Direito Tributário como “ramo 
didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídico 
normativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e 
fiscalização de tributos”. (Carvalho, 2017) 
Nos termos preceituados por Hugo de Brito Machado, o Direito Tributário é o 
“ramo do Direito que se ocupa das relações entre fisco e as pessoas sujeitas a imposições 
de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra abusos 
desse poder”. (Machado, 2005) 
Outro importante conceito sobre Direito Tributário advém de Luciano Amaro. 
O doutrinador explicita que o Direito Tributário “é a disciplina jurídica dos tributos, com 
o que se abrange todo o conjunto de princípios e normas reguladores da criação, 
fiscalização e arrecadação das prestações de natureza tributária”. (Amaro, 2008) 
Eduardo Sabbag conceitua Direito Tributário como “a ramificação autônoma da 
Ciência Jurídica, atrelada ao Direito Público, concentrando o plexo de relações jurídicas 
que imantam o elo ‘Estado versus contribuinte’, na atividade financeira do Estado, quanto 
à instituição, fiscalização e arrecadação de tributos”. (Sabbag, 2017). 
Nesse passo, podemos conceituar o Direito Tributário como ramo do Direito 
Público que tem por objetivo regular a relação jurídica entre Estado e contribuinte, 
definindo o poder de tributar e suas limitações, bem como a instituição, a arrecadação e 
a fiscalização de tributos. 
CAPÍTULO II - TRIBUTOS 
 
1 CONCEITO 
 
Estabelece o art. 3° do CTN que tributo é “toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção 
de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente 
vinculada.” 
Ou seja, temos que o gravame sempre se caracteriza numa prestação pecuniária, 
compulsória legalmente instituída, diversa de multa e cobrada por meio do lançamento 
tributário. 
Detalhando a definição prevista no art. 3° do CTN, temos: 
 
- PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: significa que o tributo nada mais é do que a obrigação 
que tem o contribuinte de carrear recursos financeiros (dinheiro) ao Estado, para que este 
cumpra as suas finalidades essenciais. 
A expressão “em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir” aponta meramente 
para a vedação da satisfação do pagamento do tributo por meio de bens (in natura) ou 
trabalho e serviços (in labore). O pagamento pode ainda ser feito nos termos dos incisos 
do art. 162 do CTN, ou por Dação em Pagamento, válida apenas para bens imóveis. 
 
- PRESTAÇÃO COMPULSÓRIA: encerra a imposição unilateral do Fisco, baseada na 
lei, com relação ao contribuinte, na cobrança dos tributos, independente da vontade do 
sujeito passivo da relação jurídica tributária. 
 
- PRESTAÇÃO DIVERSA DE MULTA: O tributo não é multa, nem multa é um tributo. 
Trata-se de uma penalidade resultante do descumprimento da obrigação tributária, 
detendo evidente caráter punitivo ou sancionatório. Cabe frisar que o pagamento da multa 
não significa o pagamento do tributo. 
 
- PRESTAÇÃO INSTITUÍDA POR LEI: O tributo sempre é instituído por lei (ou medida 
provisória, no caso de alguns impostos, cuja criação ou modificação não dependam de lei 
complementar), nascido com a ocorrência do fato gerador, e sendo absolutamente 
irrelevante a vontade das partes. 
 
- PRESTAÇÃO COBRADA POR LANÇAMENTO: O art. 142 dispõe acerca do 
lançamento, com verdadeira atividade administrativa documental e escrita de 
quantificação do crédito tributário e qualificação do devedor do tributo, plenamente 
vinculada à letra da lei e sendo vedada qualquer forma de discricionariedade na sua 
apuração. 
Sendo assim, da lei emanam não só o caráter pecuniário do tributo, mas também 
seu timbre de compulsoriedade e a feição documental que deve permear o ato 
administrativo do lançamento que, vale lembrar, não é auto executável, podendo o 
contribuinte, se quiser, discutir administrativa ou judicialmente o pagamento da exação. 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
É importante salientar que a classificação do tributo quanto às suas espécies é 
tema alvo de diversas divergências doutrinárias, sobretudo, da própria sistemática adotada 
pelo Constituição Federal (art. 145) e pelo Código Tributário Nacional (art. 5º), quando 
elenca, de forma taxativa, que os tipos de tributos concebidos no ordenamento jurídico 
nacional são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
A par da clareza dos referidos diplomas legais, a classificação prevista no art. 
145 da CF e no art. 5º do CTN é tida pela doutrina como obscura e contraditória, visto 
que a própria Carta Maior, em seus artigos 148 e 149, dispõe sobre o empréstimo 
compulsório e a contribuição especial. 
A questão que se põe é se estes dois institutos podem ser considerados tributos, 
e caso a resposta seja afirmativa, se representam espécies tributárias autônomas. 
Frise-se que o artigo 4º do CTN diz que a denominação do tributo é irrelevante 
para a definição da espécie tributária porquanto o importante é verificar o fato gerador do 
tributo, sendo irrelevante o nome e demais características formais, previstas em lei, e a 
destinação legal do produto da arrecadação. 
De acordo com a doutrina, a classificação das espécies tributárias pode ser 
bipartida, tripartida, quadripartida e qüinqüipartida. 
A primeira teoria é a bipartite. Nos termos da teoria bipartite existem apenas 
duas espécies tributárias: os tributos vinculados e os não vinculados. 
Tributos vinculados são aqueles cujo fato gerador consiste na descrição de uma 
atuação estatal, na qual se enquadram as taxas. Tributos não vinculados, ao contrário, são 
aqueles cujo fato gerador não implica numa atuação estatal, se materializando na figura 
dos impostos. 
A segunda teoria é a chamada tripartite, também conhecida como tripartida ou 
tricotômica, que divide os tributos em impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Tal classificação se lastreia, sobretudo, na própria redação da Constituição 
Federal (art. 145) e no Código Tributário Nacional (art. 5º). 
Ressalte-se que tal teoria acaba sendo um desdobramento da teoria bipartida, vez 
que ou o tributo é vinculado ou não é vinculadoa qualquer atividade estatal. Dentro dessa 
lógica, o fato gerador é o único elemento capaz de determinar as espécies tributárias, 
inexistindo quarta espécie de fato gerador. Donde se conclui que, para os adeptos da 
tripartição dos tributos, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios são 
tributos, enquadrados nas espécies taxa ou imposto, dependendo da análise do 
correspondente fato gerador. 
A teoria quadripartite, tetrapartida ou quadricotômica considera como 
tributo os impostos, as taxas, as contribuições de melhorias e o empréstimo compulsório. 
De acordo com tal teoria, empréstimo compulsório nada mais seria que um imposto 
restituível. 
Por fim, a teoria quimpartite ou pentapartite que considera como tributo os 
impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, empréstimo compulsório e as 
contribuições especiais. A teoria pentapartite é a adotada pelo Supremo Tribunal Federal, 
vez que, segundo sua jurisprudência, os empréstimos compulsórios são espécies 
tributárias autônomas, ostentando natureza jurídica própria que as distingue dos impostos, 
taxas e contribuições de melhoria. 
3 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
3.1 IMPOSTOS 
 
Impostos são uma modalidade de tributo cujo fato gerador não traz em seu bojo 
qualquer atividade estatal que justifique a sua cobrança. 
Trata-se, portanto, de uma exação não vinculada e independente, e que quanto 
à sua destinação, não é dirigida a uma área específica, como um fundo, um órgão ou uma 
certa despesa, consoante o Princípio Constitucional da Não Afetação. 
Ao contrário, a receita oriunda de sua arrecadação deve ser aplicada no custeio 
de despesas públicas gerais e universais, tais como a saúde, educação, segurança pública 
e limpeza pública. 
Imposto sempre se refere a uma atividade meramente do particular. Há um agir 
ou ter do contribuinte, mas nenhuma ação estatal em contrapartida que o justifique, sendo, 
dessa forma, um tributo sem causa, verdadeiro gravame não contraprestacional e de 
caráter unilateral. 
Podem cobrá-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Os impostos se dividem da seguinte maneira: em âmbito federal, temos os 
impostos aduaneiros - de importação (art. 153, I) e de exportação (art. 153, II) -, IOF (art. 
153, V), IPI (art. 153, IV), IR (art. 153, III), ITR (art. 153, VI), Imposto sobre Grandes 
Fortunas (art. 153, VII), Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II), e Imposto 
Residual (art. 154, I). 
Na esfera estadual, vemos o Imposto sobre Heranças e Doações (ou “causa 
mortis”, art. 155, I), ICMS (art. 155, II) e IPVA (art. 155, III). 
Por fim, em sede municipal, há o IPTU (art. 156, I), o ISS (art. 156, III) e o 
ITBI (art. 156, II). 
Vale lembrar que todos os impostos estão sujeitos ao Princípio da Legalidade 
Tributária, devendo, via de regra, sempre serem instituídos por meio de lei ordinária, 
salvo disposição legal contrária, tal como a exigência de Lei Complementar para a criação 
de Imposto de competência Residual da União (art. 154, I, CF) e Imposto sobre Grandes 
Fortunas (art.153, VII). 
Estes afastam sua instituição por medida provisória, ao passo que todos os 
demais impostos, que como já explanado, podem ser criados pela via da lei ordinária, 
também podem à medida provisória estar adstritos. 
 
3.2 TAXAS 
 
Taxas representam uma tributação vinculada a uma atividade estatal específica 
relativa ao contribuinte, podendo tal atividade ser de duas naturezas. 
A primeira é aquela que existe em razão do efetivo exercício regular do poder 
de polícia (taxa de polícia, também chamada de taxa de fiscalização - art. 78, CTN), 
limitando e disciplinando direitos e deveres com base no interesse público, regulando 
questões pertinentes à segurança, higiene, ordem, dentre outros. 
A segunda decorre de um serviço público específico e divisível, efetivamente 
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (art. 79, CTN). 
Daí porque elas têm este caráter contraprestacional, bilateral, sinalagmático. 
Podem cobrá-las a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e sua instituição, 
modificação ou revogação ocorre por meio de lei ordinária. 
Ressalte-se, por importante, que não enseja cobrança de taxa o serviço público 
universal, prestado indistintamente à coletividade, como segurança pública, iluminação 
pública, limpeza pública, dentre outros. 
A diferença reside em que os serviços específicos denotam aqueles que podem 
ser previamente determinados, destacados em unidades autônomas de fruição, ou seja, 
em áreas delimitadas de atuação, ficando limitados somente a determinadas pessoas. 
Já os serviços divisíveis são quantificáveis, suscetíveis de utilização 
separadamente por seus usuários, de forma individual e mensurável, como a certidão 
expedida a requerimento do interessado, uma conta de luz ou de telefone. 
Entretanto, para o STF, todo serviço público específico também é considerado, 
necessariamente, divisível. 
É importante lembrar que as taxas não podem ter base de cálculo própria dos 
impostos, argumento este plenamente sedimentado jurisprudencialmente, inclusive por 
meio da edição da Súmula 595 do STF. 
No caso de impostos, a base de cálculo é o valor do bem ou da renda. Em se 
tratando de taxas, a base de cálculo se expressa no custo do serviço. 
Por fim, no que se refere à distinção entre taxa e tarifa, vemos que esta é uma 
espécie do gênero preço público, que, rememorando, não é nem jamais deve ser 
confundida com um tributo, por expressar um preço praticado por empresas particulares, 
prestadoras de serviços públicos (concessionárias e permissionárias), ao contrário das 
taxas, que são uma espécie do gênero tributo e inerente à ação estatal. 
 
3.3 CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
 
As contribuições de melhoria são espécies de tributos exigidos para fazer frente 
ao custo de obras públicas decorrente da valorização imobiliária, tendo como limite total 
a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor a cada imóvel resultante 
da obra (art. 81, CTN). 
Dessa forma, vê-se que o princípio norteador da exigência de tal exação se baseia 
na proporcionalidade em que a obra pública beneficia os proprietários dos imóveis por 
ela atingidos e favorecidos, e na referibilidade, sendo sua hipótese de incidência uma 
atuação estatal indiretamente referida ao contribuinte, tratando-se, no mais, assim como 
no caso das taxas, de um gravame bilateral ou sinalagmático ou contraprestacional. 
No mais, tal gravame também serve de instrumento para afastar o 
locupletamento injustificado dos donos de imóveis beneficiados, devendo estes indenizar 
o Estado por essa vantagem econômica especial, mesmo que contra a sua vontade. 
Então, trata-se de um tributo vinculado, pois há uma atividade estatal específica, 
que gera uma valorização imobiliária, e que enseja o pagamento dessa contribuição. 
Sua instituição é feita por lei ordinária, e podem cobrá-la todos os entes políticos 
tributantes, desde que atendidos os requisitos elencados no art. 82 do CTN. São exemplos 
de obras provocadoras da cobrança de tal contribuição: o calçamento ou asfaltamento de 
ruas, iluminação pública, obras contra enchente e instalação de rede elétrica. 
O pagamento desse tributo, via de regra, dá-se apenas ao término das obras de 
benefício, e a base de cálculo tem como parâmetro o valor de valorização experimentada 
pelo imóvel, isto é, o benefício real ou o plus valorativo que a obra pública veio a somar 
ao imóvel existente. 
Os limites de sua cobrança são o total e o individual, devendo ser aplicados de 
forma conjunta, ou seja, partindo-se do limite individual, e não podendo extrapolar o 
limite global dos gastos com a obra pública. 
 
3.4 CONTRIBUIÇÕES 
 
As contribuições encontram-se delineadas no art. 149 da CF/88, divididas em 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais oueconômicas, de exclusiva competência da União; contribuições estaduais 
e municipais, cobradas de seus servidores e em seu benefício, relativamente ao regime 
previdenciário, de competência dos Estados, DF e Municípios; e contribuições 
municipais, para o custeio do serviço de iluminação pública, de competência dos 
Municípios. 
Trata-se de uma espécie tributária cujo produto da arrecadação é destinado ao 
financiamento de gastos específicos, como a intervenção do Estado nos âmbitos 
econômico e social, o regime previdenciário de seus servidores e o custeio do serviço de 
iluminação pública. 
As contribuições parafiscais, cujas instituições arrecadam em benefício próprio, 
em função de intervenção do Estado no domínio econômico, no interesse de categorias 
profissionais ou no campo da seguridade social. 
As contribuições de intervenção no domínio econômico têm caráter ora 
nitidamente fiscalizatório, ora de regulação do seu fluxo produtivo, ora de fomento ao 
setor premiado com tal benemerência, o que faz ressaltar a sua natureza extrafiscal, já que 
se trata de instrumento de planejamento e de correção de distorções e abusos nos 
segmentos descompassados (Exemplos: CIDE-Combustível e CIDE-Royalties). 
As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas se 
dividem em Contribuição anuidade (Exemplos: CRM, CRC, OAB) e Contribuição 
Sindical, aplicada aos trabalhadores celetistas integrantes das categorias, sejam eles 
sindicalizados ou não, que devem compulsoriamente pagar tal exação, ao contrário da 
Contribuição Confederativa, que não é tributo e nem compulsória, por ser decorrente de 
contrato, e não de lei. 
Por outro giro, existem as contribuições sociais segregadas em contribuições 
sociais gerais e contribuições de seguridade social. 
As contribuições sociais gerais são de competência da União, sujeitam-se 
integralmente ao regime constitucional tributário, obedecem ao princípio da anterioridade 
e são instituídas por lei ordinária, e cujo objetivo é o de custeio da atuação estatal no 
campo social diverso do previsto no art. 195 da CF. São exemplos a contribuição ao 
salário-educação e a contribuição ao sistema “S”. 
As contribuições para a seguridade social são financiadas por toda a sociedade, 
de forma direta ou indireta. 
Criada somente por lei complementar, atendendo-se ao princípio da não-
cumulatividade, e seu fato gerador e sua base de cálculo devem ser diversos daqueles 
utilizados em outras contribuições. 
 
3.5 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
 
O empréstimo compulsório veio a se firmar, através dos tempos, como nítido 
tributo, ao contrário da sua natureza de contrato coativo que chegou a vigorar no passado. 
Trata-se de tributo federal, de competência exclusiva da União e instituído 
somente pela via da Lei Complementar, que detém clara autonomia em relação às demais 
espécies tributárias, notadamente em função do caráter de restituibilidade que o reveste. 
Cuida-se de um gravame cuja arrecadação e ingresso de recursos é sempre 
temporária, e vinculada à despesa que o fundamentou. 
São pressupostos autorizativos da cobrança dessa exação os itens elencados nos 
incisos do art. 148 da CF/88, a saber: despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade 
pública, de guerra externa ou sua iminência (inciso I); e investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional (inciso II). 
Para o primeiro caso, é necessário que venham a se exaurir todos os recursos e 
fundos públicos convencionais, o esgotamento dos cofres estatais, quando então se 
justifica a obtenção de recursos financeiros por meio dessa espécie tributária. 
Ainda, a cobrança deve ser precedida da verificação de efetiva ocorrência de 
sérias catástrofes naturais, como terremotos, maremotos, secas e incêndios, ou eventos 
socioeconômicos muito severos. 
E a guerra externa deve ter sido iniciada por pais estrangeiro, e não o Brasil, o 
que acarretaria, no mais, a cobrança do imposto extraordinário de guerra, previsto no art. 
154, inciso I, da CF/88. 
Para o segundo caso, trata-se de evidente situação de antecipação de receita, 
devendo tal investimento se refletir ao longo do território pátrio, e jamais somente em 
uma área delimitada. 
Quanto à aplicação ou não do Princípio da Anterioridade Tributária, este não 
recai nos casos elencados no inciso I do art. 148 da CF/88, por se apresentarem 
emergenciais, mas tão somente na situação descrita no inciso II do referido artigo 
constitucional. Ou seja, enquanto para o inciso I temos uma exceção às anterioridades 
anual e nonagesimal, para o inciso II tais anterioridades devem ser normalmente 
atendidas. 
Não se deve, entretanto, os pressupostos autorizadores da instituição e cobrança 
do empréstimo compulsório com seu fato gerador, que, por não ter sido apontado pelo 
legislador constituinte, ficou à mercê da lei complementar a eleição de seu fato imponível. 
 
CAPÍTULO III – RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA 
 
1 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A hipótese de incidência tributária representa o momento abstrato, previsto em 
lei, hábil a deflagrar a relação jurídico-tributária. 
Caracteriza-se pela abstração, que se opõe à concretude fática, definindo-se pela 
escolha, feita pelo legislador, de fatos quaisquer, no mundo fenomênico, propensos a 
ensejar o nascimento do episódio jurídico-tributário. 
O fato gerador é a materialização da hipótese de incidência, representando o 
momento concreto de realização da hipótese, que se opõe à abstração do paradigma legal 
que o antecede. 
É importante ressaltar que, da perfeita adaptação do fato ao modelo ou 
paradigma tem-se o fenômeno da subsunção. A partir da subsunção tributária, nasce o 
liame jurídico obrigacional, que lastreará a relação intersubjetiva tributária. 
Ademais, o fato gerador é momento em que se que define a natureza jurídica do 
tributo (taxas, impostos, contribuições de melhoria). Destaque-se que o fato gerador 
ganha significativa importância ao definir a lei a ser aplicada no momento da cobrança 
do tributo, em abono ao Princípio Constitucional da Irretroatividade Tributária (Art. 150, 
III, “a”, da CF). 
A hipótese de incidência e o fato gerador podem ser divididos em cinco aspectos, 
quais sejam: 
- Pessoal – sujeito ativo (direto ou indireto) e sujeito passivo (direto ou indireto). 
- Temporal – momento da ocorrência do fato gerador. 
- Espacial – Lugar de ocorrência do fato gerador. 
- Material – Descrição do núcleo da hipótese de incidência. 
- Quantificativo – Base de cálculo e alíquota. 
Nesse passo, temos a hipótese de incidência tributária, de natureza abstrata, e 
que ao ser verificada de forma concreta, dá ensejo à ocorrência do fato gerador, que por 
sua vez acarreta o surgimento da obrigação tributária. 
A obrigação tributária se divide em principal (quando se refere ao pagamento de 
um tributo, de cunho pecuniário, ou seja, a entrega de determinado montante em dinheiro) 
e acessória (quando se refere a prestações positivas ou negativas de cunho não pecuniário, 
previstas na legislação tributária no interesse da fiscalização ou arrecadação de tributos). 
É importante salientar que o parágrafo terceiro do art. 113 do CTN reza que o 
descumprimento de uma obrigação acessória faz nascer uma obrigação principal com 
relação à multa. 
Significa dizer que tal multa será exigida como se fosse um tributo, com todas 
as garantias e privilégios inerentes a ele. 
Voltando aos elementos que compõem os pólos da relação jurídico-tributária, 
temos como sujeito passivo aquele obrigado a pagar o tributo e/ou penalidade. O sujeito 
passivo podendo ser o próprio contribuinte, quando há uma relação pessoal e direta com 
a situação que constitui o fato gerador ou o responsável pelo pagamento definido em lei. 
Noutro ponto, o sujeito ativo é pessoa jurídica de Direito Público titular do 
direito de receber tal tributo e/ou penalidade, ou entidade comcapacidade tributária 
definida em lei. 
O art. 126 do CTN define que a capacidade para figurar no pólo passivo da 
obrigação tributária independe da capacidade civil. Assim, tanto o incapaz como a 
sociedade de fato podem ser sujeitos passivos de uma obrigação tributária. 
E quanto ao local do cumprimento das obrigações tributárias pelo sujeito 
passivo, o art. 127 registra que o domicílio é o lugar de exercício dos direitos e 
cumprimento das obrigações. No âmbito tributário, local onde o sujeito passivo é 
chamado para cumprir seus deveres tributários. 
Como regra geral, temos o domicílio de eleição, e na sua ausência, aplicam-se 
os incisos do art. 127. Se estes forem incabíveis, aplica-se o § 1º, que também será 
aplicado diante da recusa fundada pela Administração ao domicílio de eleição apontado 
pelo sujeito passivo da relação jurídico-tributária. 
 
2 FATO GERADOR 
 
 Afirma o Código Tributário Nacional (CTN) no § 1º do artigo 113: “A obrigação 
principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente”. 
O legislador quer dizer que a obrigação tributária principal nasce com a ocorrência 
no mundo real do fato previamente descrito na norma como capaz de gerá-la. 
A obrigação tributária pode ser principal ou acessória. 
Como visto anteriormente a obrigação principal nasce como a ocorrência do fato 
gerador e tem por objeto o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária. 
Já, a obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as 
prestações, positivas e negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
Tanto a obrigação tributária principal como a obrigação tributária acessória 
surgem de fatos geradores, embora o CTN indique expressamente essa realidade apenas 
no caso da obrigação tributária principal. 
Cada espécie de obrigação tributária possui diferentes fatos geradores. 
O fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida previamente 
na lei como apta, bem como suficiente a originá-la. Situação significa fato, conjunto de 
fato ou mesmo uma situação jurídica capaz de gerar a obrigação de pagar o tributo ou a 
penalidade pecuniária. 
Tal situação deve ser definida em lei, portanto, somente a lei (lei em sentido estrito 
para obrigação principal de pagar o tributo e a penalidade pecuniária) é quem determina 
a situação apta a gerar a obrigação principal. 
Essa situação definida em lei é necessária, ou seja, sem ela não nasce a obrigação 
tributária, aquela é indispensável para o surgimento desta. Além de necessária a situação 
definida em lei é suficiente, o que significa que sua ocorrência é o que basta para o 
surgimento da obrigação tributária. 
Já o fato gerador da obrigação tributária acessória será qualquer situação que na 
forma da legislação tributária impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure 
obrigação principal. Esta tem por objeto exclusivamente o pagamento do tributo ou da 
penalidade pecuniária, todas as demais obrigações relacionadas à tributação, são 
obrigações tributárias acessórias. 
O mero acontecimento concreto só gera o pagamento do tributo se existir uma 
previsão legal anterior à sua ocorrência, que dê a ele a conseqüência jurídica de pagar o 
tributo. 
A lei sempre deve ser prévia devido a existência do princípio da irretroatividade 
da lei tributária, o qual determina que a lei tem que ser anterior ao fato. 
O acontecimento concreto sem a lei de incidência não possui a qualidade 
necessária para gerar o surgimento da obrigação tributária. 
Outrossim, a simples e abstrata previsão legal, sem a ocorrência do fato real nada 
gera, pois é o fato da realidade (fato concreto) que possui a virtude de dar existência, de 
gerar a obrigação tributária. 
O fato gerador da obrigação tributária apresenta variados aspectos ou elementos, 
os quais são qualidades que individualizam obrigação tributária. 
Os aspectos essenciais da hipótese de incidência tributária são: 
 
2.1 ASPECTO MATERIAL 
O fato gerador é uma situação material descrita pelo legislador. Quando dizemos 
que adquirir renda é o fato gerador do imposto de renda, queremos dizer que adquirir 
renda é o fato gerador da obrigação tributária principal de pagar o imposto de renda. O 
aspecto material é a ação ou situação material definida em lei que uma vez realizada dá 
existência a obrigação tributária. 
A materialidade do fato gerador deve ser obrigatoriamente definida pela lei, é 
matéria de reserva legal, a situação material que gera o nascimento da obrigação tributária 
tem que estar explicitamente definida na lei de incidência. O núcleo ou a materialidade 
do fato gerador, apesar de essencial para existência da obrigação tributária não é 
suficiente à sua efetiva e necessária individualização. 
2.2 ASPECTO SUBJETIVO 
É composto pelos sujeitos da obrigação tributária, desdobra-se em: sujeito ativo 
(pessoa credora da obrigação tributária) e sujeito passivo (pessoa devedora da obrigação 
tributária). 
2.3 ASPECTO VALORIZADOR OU QUANTITATIVO 
É o elemento que indica o valor da obrigação tributária, o valor a ser pago a 
título de obrigação tributária. Aspecto quantitativo é o montante da obrigação tributária, 
sendo que a lei pode, simplesmente, estabelecer um valor fixo, determinar a aplicação de 
uma alíquota sobre determinada base de cálculo ou utilizar-se do enquadramento em 
tabelas. 
Em outras situações a operação para quantificar o valor do tributo a ser pago é 
mais complexa e depende da aplicação dos critérios definidos em lei. 
Nessas hipóteses o montante do tributo a ser pago é determinado pela 
realização da seguinte operação matemática: aplica-se sobre uma medida de grandeza do 
fato gerador (em regra expressa em moeda: preço do serviço, montante da renda 
adquirida, valor do bem) um percentual, tendo como resultado o valor da obrigação, ou 
seja, aplica-se sobre a base de cálculo uma alíquota, tendo como resultado o valor a ser 
pago a título de obrigação tributária. 
2.4 ASPECTOS ESPACIAL 
Todos os fatos, inclusive o fato gerador da obrigação tributária, são situados no 
espaço. O aspecto espacial é o lugar onde ocorreu o fato gerador e por conseqüência onde 
nasceu a obrigação tributária. 
Essa localização é importante porque o mesmo fato pode ser tributado em um 
lugar e não ser em outro, bem como para solucionar possíveis conflitos de normas 
(dependendo do local onde estiver localizado o imóvel, estará sujeito a lei tributária de 
um ou outro Estado ou Município). 
2.5 ASPECTO TEMPORAL 
Indica quando ocorreu o fato gerador e nasceu a obrigação tributária. Este 
aspecto é extremamente relevante pois indica qual lei é aplicável (a lei aplicável é aquela 
vigente na data da ocorrência do fato gerador) e qual o prazo para cumprimento das 
obrigações. 
3 DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO 
 
Domicílio é o local de cumprimento das obrigações tributárias pelo sujeito 
passivo. 
 A legislação primeiramente confere o direito do contribuinte escolher o seu 
domicílio tributário. 
Em sendo pessoa natural, caso não tenha exercido o seu direito de escolha, será 
o de sua residência habitual, ou sendo incerta e desconhecida, o lugar considerado como 
centro habitual de suas atividade. 
Em sendo pessoa jurídica de direito privado ou firma individual, o lugar da sede, 
ou em relação a atos ou fatos que derem origem a obrigação, o de cada estabelecimento. 
Quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no 
território da entidade tributante. 
Quando não couber qualquer das regras acima mencionadas, considerar-se-á 
como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou 
da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação. 
A autoridade pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificultea arrecadação ou a fiscalização do tributo. 
 
4 SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA 
 
No Direito tributário, o sujeito passivo da obrigação acessória, conforme o artigo 
122 do CTN, é a pessoa obrigada às prestações que constituem o seu objeto, ou seja, a 
pessoa obrigada a fazer, a não fazer ou tolerar uma gama de deveres no interesse da 
arrecadação e da fiscalização tributária, ou seja, são componentes do objeto principal. 
Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de 
tributo ou penalidade pecuniária. 
É importante salientar que o sujeito passivo pode ser: 
 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o 
respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra 
de disposição expressa em lei. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_tribut%C3%A1rio
O sujeito passivo direto é o contribuinte, ou seja, aquele que tem relação pessoal 
e direta com a situação que constitua o fato gerador tributário. O sujeito passivo indireto 
é o responsável pelo pagamento do tributo, ou seja, aquele que não se reveste 
necessariamente na condição de contribuinte, tendo relação indireta com o fato tributável. 
 
5 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
Via de regra, o tributo deve ser cobrado do sujeito que realiza o fato gerador, o 
denominado sujeito passivo direto (contribuinte). 
Entretanto, existem casos em que a cobrança se desloca, por determinação legal, 
para terceira pessoa, chamada de sujeito passivo indireto, nos termos do artigo 128 do 
CTN. 
Tal responsabilidade pode ser por substituição, em que terceira pessoa designada 
por lei ocupa o lugar do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador, ou por 
transferência, situação em que a ocorrência de um fato posteriormente à realização do 
fato gerador implica a transferência da condição de sujeito passivo a um terceiro, por 
determinação legal, podendo ou não permanecer a responsabilidade do contribuinte em 
caráter supletivo. 
Ainda, vale repisar que, quanto ao ICMS, a doutrina aponta duas espécies de 
substituição tributária, a saber, “para trás”, em que há o adiamento do recolhimento do 
tributo para um momento posterior à ocorrência do fato gerador, e “para frente”, por meio 
do qual ocorre a antecipação do recolhimento do tributo cujo fato gerador somente se dará 
em momento posterior. 
Por outro lado, existe o responsável tributário (artigos 128 e seguintes do CTN), 
pessoa que, a despeito de não se revestir na condição de contribuinte, é legalmente 
obrigada a pagar o tributo, com vistas a facilitar a fiscalização e a arrecadação dos 
gravames pelo Poder Público, em verdadeiro caso de responsabilidade derivada (artigo 
121, parágrafo único, inciso I, CTN). 
Há que se falar, ainda, na responsabilidade dos sucessores, seja por morte ou por 
venda de bem imóvel ou de estabelecimento comercial, nos termos dos artigos 130 a 133 
do CTN. 
E não nos olvidemos do artigo 134 do mesmo Diploma, que cuida, em seus 
incisos, da responsabilidade solidária, que não é de natureza plena, mas meramente de 
caráter subsidiário. 
Finalmente, o artigo 135 indica a responsabilidade pessoal de terceiros, nos casos 
elencados nos incisos, enquanto o artigo 136 nos relembra de que, salvo disposição 
expressa de lei em sentido contrário, a responsabilidade por infrações da legislação 
tributária não depende da intenção do agente que a pratica ou mesmo do responsável e da 
sua efetividade, natureza e extensão de seus efeitos. 
Noutro ponto, o artigo 138 do CTN, analisa o instituto da denúncia espontânea, 
que indica a possibilidade de o devedor comparecer voluntariamente e dentro do prazo, à 
repartição fiscal para o fim de noticiar a ocorrência de infrações tributárias não apontadas 
pelo Fisco e pagar tributos em atraso, quando for o caso, o que afasta a incidência da 
multa moratória e da multa punitiva. 
O Código Tributário Nacional divide essas hipóteses de responsabilidade por em 
três modalidades: 
a) Responsabilidade dos sucessores (artigos 129 a 133); 
b) Responsabilidade de terceiros (artigos 134 e 135); 
c) Responsabilidade por infrações (artigos 136 a 138). 
CAPÍTULO IV – CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
1 CRÉDITO TRIBUTÁRIO E LANÇAMENTO 
 
O Crédito Tributário representa o direito do credor (sujeito ativo) de exigir do 
devedor (sujeito passivo) o cumprimento da obrigação principal (pagamento do tributo 
ou penalidade pecuniária). 
O art. 139 do CTN, estabelece que: “O crédito tributário decorre da obrigação 
principal e tem a mesma natureza desta”. 
Significa dizer que o crédito tributário nada mais é do que a própria obrigação 
tributária qualificada com o direito de exigibilidade conferido ao sujeito ativo, pois a 
obrigação tributária, em si, não é exigível, ao passo que o crédito tributário, como todo 
crédito, o é. 
Por via de conseqüência, o crédito tributário tem natureza jurídica idêntica à da 
obrigação de que, necessariamente, deriva. Sendo a obrigação a substância e o crédito a 
forma de uma mesma relação jurídico-tributária, não se poderia conceber a idéia de que a 
substância e a forma tivessem naturezas distintas. 
O artigo 140 do CTN, dispõe que as modificações do crédito tributário não 
afetam a obrigação, estabelecendo a autonomia do credito tributário em face da relação 
obrigacional. 
Por fim, por disposição expressa no art. 141 do CTN, “o crédito tributário 
regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade 
suspensa ou excluída, nos casos previstos no próprio CTN, fora dos quais não podem ser 
dispensadas, sob a pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação 
ou as respectivas garantias”. 
Nesse passo, é de grande relevância o estudo do instituto do lançamento, haja 
vista que o mesmo, nos termos do Código Tributário Nacional, constitui o crédito 
tributário. 
 
2 LANÇAMENTO 
 
Uma vez ocorrido o fato gerador nasce a obrigação tributária. Esta, porém, como 
se sabe, não é exigível, porque não é determinada nem quantificada para este mister. O 
crédito tributário, como decorrência direta e formal da obrigação, é que vem a ser 
determinado, quantificado, expresso e, por isso, exigível. 
Todavia, para o crédito tributário alcançar a exigibilidade é necessário um 
procedimento formal, escrito, a ser adotado pela administração: o Lançamento. 
O art. 142 do CTN, e seu parágrafo único, dá a definição legal de lançamento. 
Vejamos: 
 
Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim 
entendido o procedimento administrativo tendente a 
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular 
o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo 
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob a pena de responsabilidade funcional. 
 
De acordo com o supracitado, o Código Tributário Nacional afirma que o 
lançamento é ato constitutivo do crédito tributário. Porém, a quase unanimidade dos 
estudiosos ensina que ele é ato declaratório do crédito mencionado. 
Para os que defendem a tese de que o lançamento seria ato constitutivo, o direito 
subjetivo do Fisco (crédito) somente surgiria a partir do lançamento, como direito novo, 
criado a partir do ato administrativo. 
 
Desta maneira, o lançamento possui natureza jurídica dúplice: constitutiva e 
declaratória. 
 
 
2.1 MODALIDADES DE LANÇAMENTO 
 
O lançamento é ato privativo da autoridade administrativa. Porém, o sujeito 
passivo ou terceiro pode vir a ser chamado a participar do lançamento, ora oferecendo 
elementos indispensáveis à sua concretização, ora adotando procedimentos a partir dos 
quais a administração ultimará o ato que só a ela compete realizar. 
De acordo como grau de participação do contribuinte, tal instituto pode ser 
classificado em: lançamento direto ou de ofício, lançamento por declaração ou 
lançamento por homologação. 
Nesse passo, é de grande relevância a análise das modalidades de lançamento. 
 
1-) Lançamento direto ou de ofício. É aquele em não ocorre nenhuma participação do 
sujeito passivo, pois a Administração Tributária, dispondo de todos os elementos 
necessários para o lançamento, sozinha o efetua. 
A respeito desta modalidade de lançamento cabe salientar que nele se manifesta 
com exclusividade a atuação da autoridade administrativa, independendo a sua elaboração 
de qualquer interferência prévia do sujeito passivo. 
As hipóteses para as quais o CTN prevê o lançamento de ofício estão arroladas 
no artigo 149 do Código Tributário Nacional. Em geral, esta modalidade é utilizada para 
os tributos em relação aos quais a administração dispõe de dados armazenados, contendo 
informações suficientes para a realização o lançamento. 
 
2-) Lançamento por declaração. Neste tipo de lançamento, o sujeito passivo participa 
oferecendo à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis 
à efetivação do ato administrativo. 
Nesta espécie de lançamento tanto a Administração como o contribuinte 
desempenham atividade própria. À Administração cabe a tarefa de investigar os casos 
sujeitos à tributação e apurar as relações de fato e de direito que sejam essenciais à 
obrigação tributária, além de efetuar o cálculo do tributo, cabendo, por sua vez, ao 
contribuinte o papel de entregar os dados necessários para que o lançamento possa ser 
efetivado. 
É apontado como o método mais completo, por apresentar as maiores garantias 
formais, principalmente para o contribuinte. 
O Conceito legal desta modalidade de lançamento nos é dado pelo art. 147 do 
CTN, com a seguinte redação: 
 
Artigo 147 - O lançamento é efetuado com base na 
declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou 
outro, na forma da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa informações sobre matéria de 
fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
O parágrafo primeiro do mesmo artigo, faz a ressalva de que a retificação da 
declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, 
só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o 
lançamento. 
Após, a notificação, a alteração do lançamento só é admissível nas hipóteses 
previstas no art. 145 do CTN. Todavia, caso a retificação não se destine a reduzir ou 
excluir tributo, poderá ser feita a qualquer tempo, porque, neste caso, tem a natureza de 
declaração complementar, ensejando novo lançamento, também complementar, caso 
resulte em aumento do valor do tributo já declarado. 
Se a declaração contiver erros apuráveis pelo seu simples exame, isto é, sem 
necessidade de fiscalização do contribuinte, tais erros serão retificados de ofício pela 
autoridade administrativa a que competir a revisão da declaração. 
 
3-) Lançamento por homologação. O lançamento por homologação é aquele em que 
ocorre maior grau de participação do sujeito passivo, a quem cabe não só apurar o 
montante do tributo devido bem como antecipar o seu pagamento, sem prévio exame da 
autoridade administrativa. 
Neste caso, após o pagamento antecipado do tributo, cabe a autoridade 
administrativa conferir a regularidade deste pagamento e, se tudo estiver correto, 
homologá-lo expressamente. Uma vez feita a homologação do pagamento, se não houver 
fraude ou falta funcional da autoridade administrativa, considera-se cumprida a obrigação 
e extinto o crédito tributário. 
Na presente modalidade de lançamento, também denominada de 
autolançamento, o próprio contribuinte, ou terceiro obrigado, apura a obrigação, o 
quantum devido e efetua o pagamento sem prévio exame da repartição. 
No Brasil, o maior volume da arrecadação se faz, e cada vez mais, por meio deste 
tipo de lançamento. Como exemplos podemos citar os casos do IPI, do ICMS e do ISS 
Tal modalidade encontra-se disposta no artigo 150 do CTN. Vejamos: 
 
O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos 
tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever 
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida 
autoridade, tomando conhecimento da atividade assim 
exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 
 
O parágrafo 1º do mesmo artigo, estabelece a seguinte regra a respeito dos 
efeitos do pagamento antecipado: 
 
O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste 
artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da 
ulterior homologação do lançamento. 
 
Significa dizer que uma vez efetuado a antecipação do pagamento, o crédito 
considera-se extinto, porém, sob a condição resolutória da homologação. 
Noutras palavras, se a homologação não acontecer a extinção não opera efeito. 
Com isso, podemos concluir que a extinção definitiva somente se dá com a homologação. 
A obrigação tributária, como decorrência direta do fato gerador, somente se 
extingue juntamente com o crédito tributário e isto se dá, via de regra, pelo pagamento 
integral do tributo. Assim, quaisquer atos do sujeito passivo, anteriores à extinção, são 
insubsistentes para atingir a obrigação tributária. 
Por fim, importante ponto encontra-se disposto no parágrafo 4º, do artigo 150 
do CTN. Vejamos: 
 
Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 
(cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e 
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a 
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 
Nessa toada, cabe salientar que se a lei não fixar prazo diverso, caberá à 
Fazenda Pública homologar expressamente o lançamento dentro do prazo de cinco anos 
(contados a partir da data da ocorrência do fato gerador). Se a Fazenda Pública ficar inerte, 
considera-se ocorrida a homologação tácita, exceto se restar comprovada ocorrência de 
dolo, fraude ou simulação. Em ambos os casos de homologação (expressa ou tácita) 
ocorrerá a extinção do crédito tributário. 
 
4-) Arbitramento. O Art. 148 do CTN estabelece as hipóteses que darão lugar ao 
arbitramento do valor da base de cálculo ou de algum elemento cujo valor seja utilizado 
na formação ou composição da base de cálculo do tributo. 
Como veremos, o arbitramento será possível sempre que as declarações, os 
esclarecimentos ou os documentos apresentados pelo contribuinte sejam omissos ou não 
mereçam fé. Vejamos o texto legal: 
 
Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em 
consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços 
ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante 
processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre 
que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os 
esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos 
pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, 
ressalvada, em caso de contestação, avaliação 
contraditória, administrativa ou judicial. 
 
Quando o lançamento for efetuado de ofício ou no caso de revisão de ofício, 
nas hipóteses elencadas no art. 149, poderá o Fisco servir-se da técnica do arbitramento, 
obedecidos os pressupostos e requisitos do art. 148, quais sejam: 
 
a) prévia desonestidade do sujeito passivo nas informações prestadas, abalando-se a 
crença nos dados por ele oferecidos, erro ou omissão na escrita que impossibilite sua 
consideração, tornando-a imprestável; 
b) avaliação contraditória administrativa ou judicial de preços, bens, serviços ou atos 
jurídicos, em processo regular (devido processo legal); 
c) utilização, pela Administração, de quaisquer meios probatórios, desde que razoáveis e 
assentados em presunções tecnicamente aceitáveis. 
 
 
CAPÍTULOV - IRPJ E CSLL (LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL) 
1 LUCRO PRESUMIDO 
É uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do 
imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-
calendário, à apuração do lucro real. 
Na tributação com base no lucro presumido o imposto de renda é calculado com 
base na receita bruta da empresa. Por receita bruta entende-se a receita de vendas 
adicionadas das outras receitas operacionais. 
A PJ que ultrapassar o faturamento de R$ 78.000.000,00 no período de apuração 
dentro do ano calendário não implica na mudança do regime de tributação, podendo 
continuar sendo tributada com base no Lucro Presumido, porém no ano calendário 
seguinte, será automaticamente transferida para o regime de Lucro Real, independente da 
receita bruta que irá atingir naquele ano. 
A pessoa jurídica que não mantiver escrituração comercial ficará obrigada a 
realizar, no dia 1º de janeiro do ano calendário seguinte, levantamento patrimonial, a fim 
de elaborar balanço de abertura e iniciar escrituração contábil. 
A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido será 
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido 
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. A pessoa 
jurídica que iniciar atividades a partir do segundo trimestre manifestará a opção com o 
pagamento da primeira ou única quota do imposto devido relativa ao período de apuração 
do início de atividade. 
A opção pela apuração do imposto de renda com base no lucro presumido é 
irretratável para o ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º). 
O imposto com base no lucro presumido será determinado por períodos de 
apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 
de dezembro de cada ano-calendário, observado o disposto neste Subtítulo (Lei nº 9.430, 
de 1996, arts. 1º e 25). 
O IRPJ sobre o Lucro Presumido será pago sobre a base de cálculo presumida, à 
alíquota de 15%. 
Para se apurar IRPJ e CSLL é necessário calcular primeiramente a base de 
cálculo, que é um percentual (do Lucro Presumido) sobre a receita bruta total da empresa, 
e em seguida aplicar sobre esta base de cálculo a alíquota do imposto. É importante 
salientar que para estes dois impostos o tipo de atividade da empresa influência no 
percentual presumido para a base de cálculo, desta forma antes de se apurar o imposto é 
necessário que a receita seja separada conforme a atividade. 
 Uma vez apurada a base de cálculo, o percentual do imposto devido é de 15% 
para o Imposto de Renda e de 9% para a CSLL. 
Ambos os impostos são recolhidos trimestralmente, apesar da apuração mensal. 
No caso do Imposto de Renda, quando a base de cálculo exceder a R$20.000,00 
mensais, sobre o valor excedente é devido um percentual de 10% denominado Adicional 
de Imposto de Renda. 
2 LUCRO REAL 
É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis 
e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. 
Para efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas 
jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de apuração que se 
encerra: 
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de 
apuração trimestral do imposto de renda; 
b) no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do imposto 
de renda; 
c) na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervo 
líquido; 
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica. 
 
2.1 APURAÇÃO DO LUCRO REAL 
O Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do 
resultado das receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das 
despesas e das perdas, demonstrados através da escrita contábil. O lucro real corresponde 
ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações estabelecidas 
em lei, que são feitas extra contabilmente através do Livro de Apuração do Lucro Real - 
LALUR. 
2.2 PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA 
O Imposto de Renda é pago: 
a) trimestralmente, em quota única ou em até 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, 
se a empresa optar pela apuração trimestral do imposto; 
b) mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apuração anual do 
imposto. 
Nesse caso, se apurada diferença positiva entre o imposto estimado pago e o 
devido anualmente, esta deverá ser recolhido até o último dia útil de março do ano-
calendário seguinte. 
Os impostos Federais incidentes nas empresas optantes pelo Lucro Real são o 
PIS, a COFINS, o IRPJ e a CSLL, sendo os dois primeiros apurados mensalmente sobre 
o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro 
Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou 
autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda. 
3 APURAÇÃO IRPJ E CSLL 
O Lucro Real comporta duas periodicidades: anual e trimestral, tanto para o 
IRPJ, quanto para a CSLL. Como regra, o imposto de renda das pessoas jurídicas é devido 
trimestralmente, e por opção, é possível a apuração anual, podem efetuar, mensalmente, 
o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendário calculado sobre base 
de cálculo estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao final do ano-calendário 
ou na data do evento, caso ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinção da pessoa 
jurídica. Da mesma forma é feita a CSLL. 
É importante ressaltar que o recolhimento por estimativas, ou ainda, por meio de 
balanço de redução ou suspensão, corresponde ao Lucro Real Anual, muito embora os 
recolhimentos sejam mensais. 
O Código Tributário Nacional determina que o fato gerador do imposto de renda 
é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da renda. Em que pese a polêmica 
doutrinária que envolve esse termo, podemos afirmar que o imposto passa a ser exigível 
a partir do momento em que se deu o acréscimo patrimonial. 
De acordo com o regime de competência, as receitas e despesas devem ser 
apropriadas ao período em função de sua incorrência e da vinculação da despesa à receita, 
independentemente de seus reflexos no caixa. 
A observância desse regime é obrigatória quando se trata de Lucro Real, ou seja, 
o lucro líquido (base para a apuração do IR) deve necessariamente, ser apurado em 
conformidade com o regime de competência. 
O elemento mais complexo da apuração do Lucro Real é a base de cálculo do 
IRPJ e da CSLL. 
Em linhas gerais podemos dizer que a base de cálculo do IRPJ corresponderá ao 
lucro líquido do período (lucro contábil), ajustado pelas adições, exclusões e 
compensações determinadas e autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. 
A base de cálculo da contribuição social é o valor do lucro do período, trimestral 
ou anual, antes da provisão para o imposto de renda e ajustado pelas adições e exclusões 
(resultado ajustado). 
Assim é que, como regra todas as deduções permitidas na apuração do lucro real, 
consoante legislação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, são dedutíveis 
na apuração da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, 
observadas as normas e limites da legislação específica. Mas não se pode dizer que todos 
os dispêndios indedutíveis na apuração do IRPJ são indedutíveis na apuração da CSLL. 
4 SIMPLES NACIONAL 
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e 
favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às 
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. 
O Simples unifica tributações federais, estaduais e municipais e prevê isenções 
e reescalonamento de impostos, o que quer dizer diminuição de valores para alguns e 
aumento para outros.O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único 
de arrecadação, dos seguintes tributos: 
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 
 Contribuição para o PIS/Pasep; 
 Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal); 
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS); 
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão apropriar ou 
transferir créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos por esse regime, nem 
tampouco poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm
O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é 
determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 
14.12.2006. Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita 
bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. Já o valor 
devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o resultante da aplicação da 
alíquota correspondente sobre a receita bruta mensal auferida. 
CAPÍTULO VI – PIS E COFINS 
 
A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS - Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social corresponde a um dos mais complexos tributos da 
atualidade. Isso decorre tanto pela dificuldade de apuração dessas contribuições, como 
também pela falta de consolidação de sua legislação. 
 
1 MODALIDADES 
 
A contribuição para o PIS/PASEP compreende três modalidades: (01) - sobre o 
faturamento; (02) - sobre a folha de pagamento; (03) - sobre importação. Na modalidade 
faturamento, os contribuintes são as pessoas jurídicas de direito privado, e todas as 
pessoas a elas equiparadas. Na modalidade folha de pagamento, contribuem as entidades 
sem fins lucrativos que tenham empregados. Já a COFINS, existe nas seguintes 
modalidades: (01) - sobre o faturamento;(02) - sobre importação. 
 
2 REGIMES 
 
Há ainda, dois regimes possíveis para o PIS/PASEP e para a COFINS incidente 
sobre o faturamento: (01) - regime cumulativo;(02) - regime não-cumulativo. O regime 
cumulativo incide sobre o faturamento, sem direito a quaisquer deduções de créditos. O 
regime não-cumulativo, por sua vez, criado em dezembro de 2002 para o PIS/PASEP e 
em fevereiro de 2004 para a COFINS, constitui-se em sistema de créditos e débitos, onde 
um compensa o outro. 
 
3 REGIME CUMULATIVO 
 
3.1 CONTRIBUINTES 
 
São contribuintes do PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre o faturamento 
as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do 
Imposto de Renda, inclusive: 
 
I - as entidades fechadas e abertas de previdência complementar, sendo irrelevante a 
forma de sua constituição; 
 
II - as entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e de falência, em 
relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os procedimentos 
para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo; 
 
III - os fabricantes e os importadores de cigarros são contribuintes e responsáveis, na 
condição de substitutos, pelo recolhimento do PIS/PASEP e da COFINS devidos pelos 
comerciantes varejistas; 
 
IV - as pessoas jurídicas que administram jogos de bingo são responsáveis pelo 
pagamento das contribuições incidentes sobre as receitas geradas com essa atividade. 
Observe-se que esse pagamento não exime a pessoa jurídica administradora da obrigação 
do pagamento das contribuições na condição de contribuinte. 
 
3.2 BASE DE CÁLCULO 
 
As pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela 
legislação do Imposto de Renda têm como base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS 
o valor do faturamento, que corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das 
receitas auferidas, independentemente da atividade por elas exercidas e da classificação 
contábil adotada para a escrituração das receitas. 
 
 
3.3 ALÍQUOTAS DO PIS E DA COFINS 
 
As alíquotas do PIS e COFINS para as pessoas jurídicas ou para as receitas não 
inseridas na modalidade "não-cumulativa" são de: 
 
a) 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e 
b) 3% (três por cento) para a COFINS. 
 
3.4 PAGAMENTO DO PIS/PASEP E DA COFINS 
 
As contribuições ao PIS/PASEP e a COFINS devem ser pagas, de forma 
centralizada na matriz, até o dia 25 do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos 
geradores. 
Observe-se que no caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos 
de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros 
privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, o prazo de 
recolhimento é até o dia 20 do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. 
Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar-se-á antecipado o prazo para 
o primeiro dia útil que o anteceder. 
 
3.5 CÓDIGOS DO DARF 
 
As contribuições devem ser recolhidas mediante utilização dos seguintes 
códigos de DARF: 
 
I - COFINS - empresas em geral: 2172; 
II - COFINS - entidades financeiras e equiparadas: 7987; 
III - PIS/PASEP - empresas em geral: 8109; 
IV - PIS/PASEP - instituições financeiras e equiparadas: 4574. 
 
4 REGIME NÃO CUMULATIVO DO PIS E COFINS 
 
4.1 EMPRESAS OBRIGADAS A MODALIDADE NÃO CUMULATIVA. 
 
A nova sistemática de cálculo das contribuições não aboliu definitivamente a 
sistemática cumulativa. Dessa forma, como já mencionado, a par da cumulatividade 
passamos a conviver também com a não-cumulatividade. A primeira questão a ser 
analisada em relação à não-cumulatividade, portanto, refere-se à sua abrangência. 
Conforme se deduz da análise das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, a não-
cumulatividade aplica-se somente às pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda 
com base no lucro real, seja trimestral ou anual. A adoção dessa regra, todavia, não é 
suficiente, face às exceções existentes, que serão detalhadas nos próximos itens. 
 
4.2 APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. 
 
A base de cálculo da contribuição é o valor do faturamento mensal da empresa, 
que abrange o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua 
denominação ou classificação contábil. 
O total das receitas, conforme prevê as Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, 
compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria 
ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. Portanto, além das 
receitas próprias da atividade da pessoa jurídica ("faturamento" em sentido estrito), 
deverão ainda ser adicionadas à base de cálculo as demais receitas auferidas, como é o 
caso, por exemplo, das receitas oriundas do aluguel de imóveis pertencentes ao 
contribuinte. 
É importante observar que a receita deve ser tomada sem o IPI, mas sem dedução 
do ICMS destacado, que integra a receita bruta. 
Isso se justifica uma vez que o IPI é calculado por fora, enquanto que o ICMS é 
calculado por dentro, ou seja, está dentro do valor correspondente à receita.Ainda assim, 
destaca-se a existência de discussões judiciais visando a exclusão do ICMS da base de 
cálculo das contribuições. 
 
4.3 BASE DE CÁLCULO 
 
A base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, na modalidade 
não-cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendidoo total das receitas 
auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação 
contábil (Lei nº 10.637/2002, art. 1º, §§ 1º e 2º, e Lei nº 10.833/2003, art. 1º, §§ 1º e 2º). 
 
 
4.4 ALÍQUOTAS 
 
Sobre a base de cálculo das contribuições serão aplicadas as alíquotas de: 
 
a) 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para o PIS/PASEP; e 
b) 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a COFINS. 
 
As pessoas jurídicas que aufiram receitas da venda ou revenda de produtos 
incluídos em regimes diferenciados de tributação (combustíveis, inclusive GLP e gás 
natural, veículos, autopeças, medicamentos, cosméticos, cervejas e refrigerantes, 
inclusive suas embalagens) devem observar alíquotas específicas. 
 
5 CRÉDITOS 
 
5.1 CRÉDITOS DO PIS/PASEP E DA COFINS NÃO-CUMULATIVA 
 
Dos valores de Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS apurados, a pessoa 
jurídica submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados 
mediante a aplicação das alíquotas de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) 
(COFINS) e 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) (Contribuição 
para o PIS/PASEP) sobre os valores: 
 
I - das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês; 
 
II - das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na 
fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive 
combustíveis e lubrificantes; 
 
III - dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o 
faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência 
não-cumulativa; 
 
IV - das despesas e custos incorridos no mês, relativos: 
 
a) à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; 
b) a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da 
empresa; de pessoa jurídica. 
c) a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a pessoa 
jurídica, exceto quando esta for optante pelo SIMPLES; 
d) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos nºs I e 
II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; e frete na operação de compra 
desde que eu pague o frete. 
 
V- dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, 
equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado adquiridos a partir de 1º 
de maio de 2004, ou fabricados, a partir de 1º de dezembro de 2005, para locação a 
terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de 
serviços; 
 
VI - dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações 
e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de 
maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa. 
 
CAPÍTULO VII – IPI (IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS) 
 
Para entendermos o IPI é necessário analisarmos o que mencionado o Código 
Tributário Nacional. Desta maneira, é imprescindível a leitura do texto abaixo: 
“Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre 
produtos industrializados tem como fato gerador: I - o seu 
desembaraço aduaneiro, quando de procedência 
estrangeira; II - a sua saída dos estabelecimentos a que se 
refere o parágrafo único do artigo 51; III - a sua 
arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado 
a leilão. Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, 
considera-se industrializado o produto que tenha sido 
submetido a qualquer operação que lhe modifique a 
natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo. 
Art. 47. A base de cálculo do imposto é: I - no caso do inciso 
I do artigo anterior, o preço normal, como definido no 
inciso I do artigo 20, acrescido do montante: a) do imposto 
sobre a importação; b) das taxas exigidas para entrada do 
produto no País; c) dos encargos cambiais efetivamente 
pagos pelo importador ou dele exigíveis; I - no caso do 
inciso I do artigo anterior: a) o valor da operação de que 
decorrer a saída da mercadoria; 
b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o 
preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado 
atacadista da praça do remetente; I - no caso do inciso I do 
artigo anterior, o preço da arrematação. 
Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade 
dos produtos. 
Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de 
forma que o montante devido resulte da diferença a maior, 
em determinado período, entre o imposto referente aos 
produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente 
aos produtos nele entrados. Parágrafo único. O saldo 
verificado, em determinado período, em favor do 
contribuinte transfere-se para o período ou períodos 
seguintes. 
Art. 50. Os produtos sujeitos ao imposto, quando remetidos 
de um para outro Estado, ou do ou para o Distrito Federal, 
serão acompanhados de nota fiscal de modelo especial, 
emitida em séries próprias e contendo, além dos elementos 
necessários ao controle fiscal, os dados indispensáveis à 
elaboração da estatística do comércio por cabotagem e 
demais vias internas. 
Art. 51. Contribuinte do imposto é: I - o importador ou 
quem a lei a ele equiparar; II - o industrial ou quem a lei a 
ele equiparar; III - o comerciante de produtos sujeitos ao 
imposto, que os forneça aos contribuintes definidos no 
inciso anterior; IV - o arrematante de produtos 
apreendidos ou abandonados, levados a leilão. Parágrafo 
único. Para os efeitos deste imposto, considera-se 
contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de 
importador, industrial, comerciante ou arrematante.” 
O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, 
obedecidas as especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre 
Produtos Industrializados - TIPI. 
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, 
ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas 
notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação “NT” (não-
tributado). 
Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o 
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe 
para consumo. 
São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo 
utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou 
equipamentos empregados. 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos 
industrializados, nacionais e estrangeiros. Suas disposições estão regulamentadas pelo 
Decreto 7.212/2010 (RIPI/2010). 
O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, 
ainda que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as 
disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que 
corresponde a notação “NT” (não-tributado). 
O Produto industrializado é o resultante de qualquer operação que modifique a 
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou 
o aperfeiçoe para consumo, sendo irrelevantes, para caracterizar a operação como 
industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e 
condições das instalações ou equipamentos empregados, tais como: 
a) transformação - operação exercida sobre a matéria-prima ou produto intermediário, 
que resulta na obtenção de espécie nova; 
b) beneficiamento – operação que modifica, aperfeiçoa ou, de qualquer forma, altera o 
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto; 
c) montagem – operação que consiste na reunião de produtos, peças ou partes e da qual 
resulta novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal; 
d) acondicionamento ou reacondicionamento – operação que altera a apresentação do 
produto, pela colocação da embalagem,ainda que em substituição da original, salvo 
quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria; 
e) renovação ou recondicionamento – operação exercida sobre produto usado ou parte 
remanescente do produto deteriorado ou inutilizado, que renova ou restaura o produto 
para utilização. 
1 INDUSTRIALIZAÇÃO – CARACTERÍSTICAS E MODALIDADES 
 
Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o 
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe 
para consumo, tal como (Lei nº 5.172, de 1966, art. 46, parágrafo único, e Lei nº 4.502, 
de 1964, art. 3º, parágrafo único): 
I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção 
de espécie nova (transformação); 
II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o 
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); 
III- a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo 
produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); 
IV- a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, 
ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine 
apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou 
V- a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou 
inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou 
recondicionamento). 
 
São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo 
utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou 
equipamentos empregados. 
2 SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento do imposto ou penalidade pecuniária, na condição de: a) contribuinte, quando 
tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador; b) responsável, 
quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de expressa 
disposição de lei. 
 
3 CONCEITO DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL E EQUIPARADO A 
INDUSTRIAL 
 
Conceito de estabelecimento Industrial e equiparado a Industrial 
estabelecimento industrial é aquele que executa qualquer operação de industrialização, de 
que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento. 
São equiparados a estabelecimento industrial: os estabelecimentos industriais 
quando derem saída a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, 
adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrialização ou 
revenda. 
São, ainda, equiparados a estabelecimento industrial: 
I - os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem 
saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I); 
II - os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, 
diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento 
da mesma firma; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4502.htm#art4i
III - as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos 
importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento da 
mesma firma, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não 
estiverem enquadrados na hipótese do inciso II (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso II, e 
§ 2º, Decreto-Lei no 34, de 1966, art. 2o, alteração 1a, e Lei no 9.532, de 10 de dezembro 
de 1997, art. 37, inciso I); 
IV - os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido 
realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, 
por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, 
moldes, matrizes ou modelos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso III, e Decreto-Lei nº 
34, de 1966, art. 2º, alteração 33a); 
V - os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja 
industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou 
nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da 
encomenda (Decreto-Lei no 1.593, de 21 de dezembro de 1977, art. 23); 
VI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas Posições 
71.01 a 71.16 da TIPI (Lei nº 4.502, de 1964, Observações ao Capítulo 71 da Tabela); 
VII - os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a 
bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas Posições 
22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade 
superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes 
estabelecimentos (Lei nº 9.493, de 1997, art. 3º): 
a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como matéria-prima ou produto 
intermediário na fabricação de bebidas; 
b) atacadistas e cooperativas de produtores; ou 
c) engarrafadores dos mesmos produtos; 
VIII - os estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos 
importadores produtos de procedência estrangeira, classificados nas Posições 33.03 a 
33.07 da TIPI (Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 39); 
IX - os estabelecimentos, atacadistas ou varejistas, que adquirirem produtos de 
procedência estrangeira, importados por encomenda ou por sua conta e ordem, por 
intermédio de pessoa jurídica importadora (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 
79, e Lei no 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, art. 13); 
X - os estabelecimentos atacadistas dos produtos da Posição 87.03 da TIPI (Lei no 9.779, 
de 19 de janeiro de 1999, art. 12); 
XI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos 
e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 
2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de fabricação nacional, sujeitos ao imposto conforme 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4502.htm#art4ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4502.htm#art4§2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0034.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9532.htm#art37i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9532.htm#art37i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4502.htm#art4iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0034.htm#art2.33
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0034.htm#art2.33
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0034.htm#art2.33
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1593.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4502.htm#anexo
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9493.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm#art79
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11281.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9779.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9779.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
regime geral de tributação de que trata o art. 222 (Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 
2003, arts. 58-A e 58-E, incisoI, e Lei no 11.727, de 23 de junho de 2008, art. 32); 
XII - os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata o 
inciso XI, diretamente de estabelecimento industrial, ou de encomendante equiparado na 
forma do inciso XIII (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso II, e Lei nº 11.727, 
de 2008, art. 32); 
XIII - os estabelecimentos comerciais de produtos de que trata o inciso XI, cuja 
industrialização tenha sido por eles encomendada a estabelecimento industrial, sob marca 
ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor 
da encomenda (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-E, inciso III, e Lei nº 11.727, de 
2008, art. 32); 
XIV - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nos Códigos 
e Posições 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02, exceto os Ex 01 e Ex 02 do Código 
2202.90.00, e 22.03, da TIPI, de procedência estrangeira, sujeitos ao imposto conforme 
regime geral de tributação de que trata o art. 222 (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 58-A e 58-
E, inciso I, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32); e 
XV - os estabelecimentos comerciais varejistas que adquirirem os produtos de que trata 
o inciso XIV, diretamente de estabelecimento importador (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 
58-A e 58-E, inciso II, e Lei nº 11.727, de 2008, art. 32). 
Por opção, são equiparados a estabelecimento industrial: 
a) os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção, para 
estabelecimentos industriais ou revendedores; 
b) as cooperativas, constituídas nos termos da Lei n° 5.764, de 16 de dezembro de 1971, 
que se dedicarem a venda em comum de bens de produção recebidos de seus associados 
para comercialização. 
Cabe ressaltar, caro concursando, que estabelecimento industrial é o que executa 
qualquer das operações consideradas industrialização, de que resulte produto tributado, 
ainda que de alíquota zero ou isento, sendo equiparados os anteriormente analisados. 
4 DOMICÍLIO NA LEGISLAÇÃO DO IPI 
 
Com relação à legislação do IPI, relativamente ao cumprimento da obrigação 
tributária e da determinação da competência das autoridades administrativas, considera-
se domicílio tributário do sujeito passivo: 
a) Se pessoa jurídica de direito privado, ou firma individual, o lugar do 
estabelecimento responsável pelo cumprimento da obrigação tributária; 
b) Se pessoa jurídica de direito público, o lugar da situação da repartição responsável 
pelo cumprimento da obrigação tributária; 
c) Se comerciante ambulante, a sede de seus negócios ou, na impossibilidade de 
determinação dela, o local de sua residência habitual, ou qualquer dos lugares em 
que exerça a sua atividade, quando não tenha residência certa ou conhecida; ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7212.htm#art222
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58ei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58eii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58eiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58ei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58ei
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm#art58eii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11727.htm#art32
d) Se pessoa natural não compreendida na letra “c”, o local de sua residência habitual 
ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade. e. 
e) Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer das letras “a” a 
“d” acima, será considerado como domicílio tributário do contribuinte ou 
responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que 
deram origem à obrigação. 
 
Vale registrar que o artigo 109 do CTN estabelece que os princípios gerais de 
direito privado são utilizados para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de 
seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos 
tributários. 
Nesse sentido, as expressões “firma” ou “firma individual”, utilizadas no CTN e 
no RIPI, podem dar lugar à expressão “empresário”. 
5 DO FATO GERADOR E DA BASE DE CÁLCULO DO IPI 
 
A Constituição Federal de 1988, ao tratar do Sistema Tributário Nacional, 
outorgou competência aos entes tributantes, para que estes, mediante lei, criem seus 
tributos. 
Entretanto, a fim de limitar este poder de tributar, a própria Carta Magna 
estabeleceu os contornos gerais do fato gerador, da base de cálculo, dos sujeitos ativo e 
passivo da obrigação tributária de cada imposto. 
Como não o fez de forma mais detalhada, a Constituição remeteu as definições 
para Leis Complementares. 
O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre os aspectos que compõem e 
permeiam a incidência do IPI, como sua base de cálculo e fato gerador, passou a cumprir 
a função de lei complementar naquilo que se refere a este imposto. 
Desse modo, a ação que gera a incidência do IPI corresponde a uma operação de 
movimentação, que, no caso em estudo, ocorre quando da saída do produto 
industrializado, assim entendido como um bem que tenha sofrido uma modificação de 
sua natureza ou finalidade, ou tenha sido aperfeiçoado para consumo. 
Em termos práticos, a incidência do IPI ocorre com a saída do produto do 
estabelecimento industrial ou assim equiparado. 
Sua base de cálculo, ao seu turno, corresponde ao valor em que foi 
comercializado na saída. 
Ocorre que esta unidade de medida definida pela base de cálculo deve ter uma 
relação direta com o fato econômico da qual decorre. 
A lei ordinária, editada pelo respectivo ente tributante, que vier a regulamentar 
a incidência do tributo, deve fazer com que a base de cálculo seja um espelho, refletindo 
quantitativamente a riqueza econômica envolvida na operação que, no presente caso, 
corresponde à saída de um produto industrializado para venda. 
O art. 47, inc. II, alínea “a”, do CTN, considerando como fato gerador do IPI a 
saída do produto do estabelecimento industrial. 
Assim, o valor da operação corresponderá ao valor que quantifique 
economicamente o fato gerador do IPI, ou seja, valor da mercadoria quando do 
desembaraço aduaneiro ou da saída da mercadoria do estabelecimento industrial ou a ele 
equiparado. 
Deve ser, portanto, uma medida que venha a refletir o real valor da mercadoria. 
O fato de o produto ter um determinado preço não é causa determinante da base 
de cálculo, pois este valor pode não ser um valor real, que reflita a quantificação 
econômica da saída do produto. 
No caso em análise, o valor efetivo da mercadoria corresponde ao preço menos 
o que foi oferecido como desconto. Este é, efetivamente, o valor da operação decorrente 
da saída do produto industrializado e, portanto, a base de cálculo a ser considerada quando 
da incidência do IPI. 
6 VALOR TRIBUTÁVEL 
 
Conforme analisado anteriormente, o art. 146 da Constituição Federal de 1988 
determinouque cabe à Lei Complementar definir não só os tributos, como as suas 
respectivas bases de cálculo. 
A dedução dos descontos do preço do produto, quando da determinação da base 
de cálculo do IPI, está em perfeita consonância com a previsão normativa complementar 
presente no CTN, bem como com o conteúdo sistemático do ordenamento jurídico 
relacionado a este tema. 
De acordo com o artigo 190 do Decreto 7.212//2010 (RIPI/2010), salvo 
disposição em contrário, constitui valor tributável: 
1) dos produtos de procedência estrangeira: 
1.1) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por 
ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos 
cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis; 
1.2) o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento equiparado a 
industrial; e 
2) dos produtos nacionais o valor total da operação de que decorrer a saída do 
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. 
CAPÍTULO VII – ICMS (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS) 
1 ASPECTOS GERAIS SOBRE ICMS 
O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação) é de competência dos Estados e do Distrito Federal. 
Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 
87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 
92/97, 99/99 e 102/2000. 
O imposto incide sobre: 
I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de 
alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; 
II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, 
de pessoas, bens, mercadorias ou valores; 
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a 
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação 
de comunicação de qualquer natureza; 
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
V – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre 
serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável 
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. 
VI – a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda 
quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento; 
VII – o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; 
VIII – a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes 
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não 
destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. 
O imposto não incide sobre: 
I – operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; 
II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos 
primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços; 
II – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes 
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização 
ou à comercialização; 
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento 
cambial; 
V – operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas 
na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lc87.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lc87.htm
complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, 
ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar; 
VI – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de 
estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; 
VII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação 
efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor; 
VIII – operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem 
arrendado ao arrendatário; 
IX – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis 
salvados de sinistro para companhias seguradoras. 
Equipara-se às operações de que trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim 
específico de exportação para o exterior, destinada a: 
a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma 
empresa; 
b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. 
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com 
habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação 
de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem 
habitualidade: 
I – importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo 
permanente do estabelecimento; 
II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado 
no exterior, 
III – adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas; 
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e 
energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização. 
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a 
qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte 
assumirá a condição de substituto tributário. 
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente 
sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou 
subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e 
interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. 
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou 
serviços previstos em lei de cada Estado. 
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do 
imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador 
presumido, que não se realizar. 
Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 
noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor 
objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao 
tributo (parágrafo 1 do art. 10 da Lei Complementar 87/96). 
Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no 
prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos 
lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais 
cabíveis. 
O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto 
e definição do estabelecimento responsável, é: 
I – tratando-se de mercadoria ou bem: 
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; 
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou 
quando acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; 
c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, de 
mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; 
d) importado do exterior, a do estabelecimento onde ocorrer a entrada física; 
e) importado do exterior,o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido; 
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria importada 
do exterior e apreendida; 
g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas 
operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele 
derivados, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; 
h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo 
financeiro ou instrumento cambial; 
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos; 
II – tratando-se de prestação de serviço de transporte: 
a) onde tenha início a prestação; 
b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de 
documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser 
a legislação tributária; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por 
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja 
vinculada a operação ou prestação subseqüente; 
III – tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido 
o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção; 
b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, 
ou assemelhados com que o serviço é pago; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese da utilização, por 
contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja 
vinculada a operação ou prestação subseqüente; 
d) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio 
de satélite; 
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos. 
IV – tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou 
do domicílio do destinatário. 
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: 
I – da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro 
estabelecimento do mesmo titular; 
II – do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer 
estabelecimento; 
III – da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em 
depósito fechado, no Estado do transmitente; 
IV – da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando 
a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; 
V – do inicio da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de 
qualquer natureza; 
VI – do ato final do transporte iniciado no exterior; 
VII – das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, 
inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e 
a ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
VIII – do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de 
incidência do imposto da competência estadual, como definido na lei complementar 
aplicável, 
IX – do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior; 
X – do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; 
XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior apreendidas 
ou abandonadas; 
XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados 
à comercialização ou à industrialização; 
XIII – da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro 
Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente. 
O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores 
pelo mesmo ou por outro Estado. 
É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto 
anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real 
ou simbólica, no estabelecimento. 
Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de 
serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se 
refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento. Salvo prova 
em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de 
transporte pessoal. 
É vedado o crédito relativo à mercadoria entrada no estabelecimento ou a 
prestação de serviços a ele feita: 
I – para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, 
quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto 
se tratar-se de saída para o exterior; 
II – para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação 
subseqüente não forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas 
ao exterior. 
O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre 
que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: 
I – for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta 
circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; 
II – for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do 
produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; 
III – vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; 
IV – vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. 
Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a 
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior. 
O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos 
contados da data de emissão do documento (parágrafo único do art. 23 da LC 87/96). 
 
2 DIFAL 
 
O DIFAL (diferencial de alíquota) nasce nas operações cuja destinação da 
mercadoria seja efetuada a consumidor final. 
É de grande relevância explicitar que o DIFAL consiste na diferença entre 
a alíquota interestadual e a alíquota interna do Estado de destino. 
Vale ressaltar que as alíquotas internas possuem variação em cada Estado. 
Todavia, as alíquotas interestaduais são: 4%, 7% ou 12%, distribuídas nos termos das 
tabelas abaixo: 
 
 
 
 
Nesse passo, uma vez apurado o DIFAL o mesmo deverá ser recolhido: 
 
a) Pelo destinatário da mercadoria, caso este seja contribuinte de ICMS; 
b) Pelo remetente da mercadoria, caso o destinatário não seja contribuinte de ICMS. 
 
3 ASPECTOS GERAIS SOBRE ICMS-ST 
 
A responsabilidade pelo pagamento do ICMS e pelo cumprimento das 
obrigações tributárias decorrentes, geralmente, é da pessoa que promover a circulação de 
mercadorias ou a prestação de serviços de transporte ou de comunicação, ressaltando-se 
que a legislação do ICMS estabelece que o contribuinte que realizar operações com 
produtos sujeitos ao pagamento do imposto pelo regime jurídico-tributário de sujeição 
passiva por substituição com retenção antecipada do imposto deverá observar o 
tratamento específico para esse regime. 
A Constituição Federal estabelece, em seu art. 150, § 7º, que a lei poderá 
atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo 
pagamento de impostos, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a 
imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador 
presumido. Ou seja, a retenção do imposto devido na fonte em função de operações 
antecedentes, concomitantes ou subsequentes a esse tipo de tributação. E ainda, caso não 
se realizeo fato gerador presumido, como, por exemplo, roubo ou incêndio durante o 
transporte do produto ou outras causas previstas no regulamento de cada estado, o 
destinatário ficará incumbido da devida restituição do imposto. 
Importante ressaltar que, não obstante as polêmicas geradas por este regime 
para a cobrança do ICMS antecipadamente, esta sistemática já foi objeto de diversas 
batalhas judiciais, cujo resultado foi o reconhecimento de sua constitucionalidade. 
A substituição tributária, também conhecida por “substituição tributária 
para frente”, visa facilitar e tornar mais eficiente a arrecadação do ICMS, pois, 
considerando-se que a cadeia econômica é composta por sucessivas operações relativas à 
circulação de mercadorias e que apenas na primeira delas fica o contribuinte obrigado a 
efetuar o recolhimento por todas as operações posteriores, o controle da fiscalização 
torna-se mais simples e eficaz. 
Este instituto surgiu quando ficou consignada pelos Estados a desigualdade 
quantitativa entre revendedores e fabricantes, ou seja, verificou-se que havia muitos 
revendedores e poucos fabricantes para circulação de determinadas mercadorias, tais 
como: cigarros, refrigerantes, sorvetes, veículos, etc. 
Com o intuito de garantir o recolhimento do ICMS, em todas as operações 
ocorridas desde o momento da fabricação até o consumidor final, os Estados-membros da 
Federação instituíram, para alguns produtos, o regime de substituição tributária, 
atribuindo ao fabricante, importador ou distribuidor, conforme o caso, o recolhimento do 
imposto das operações subsequentes a serem realizadas. 
3.1 ESPÉCIES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A-) ANTECEDENTE (PARA TRÁS) 
 
A substituição tributária antecedente, também conhecida como substituição 
tributária “para trás”, consiste na postergação do pagamento do imposto, ou seja, o 
imposto será pago por uma terceira pessoa, em momento futuro, relativamente a fato 
gerador já ocorrido. 
Neste caso, o contribuinte que recebe a mercadoria fica responsável pelo 
recolhimento do imposto devido em relação às etapas anteriores. É o que ocorre nas 
operações com previsão de diferimento do ICMS. 
B-) CONCOMITANTE 
 
A substituição tributária concomitante consiste em atribuir a 
responsabilidade pelo pagamento do imposto ao tomador ou a terceiro envolvido na 
prestação do serviço. 
Essa hipótese de substituição tributária determina a necessidade de 
recolhimento do imposto no instante em que ocorre o fato gerador, como é o caso da 
substituição tributária do serviço de transporte prestado por autônomos e empresas 
transportadoras não inscritas no Cadastro de Contribuintes do ICMS no Estado em que se 
inicia a prestação. 
C-) SUBSEQUENTE (PARA FRENTE) 
 
A substituição tributária subsequente, também chamada de substituição 
tributária “para frente”, consiste na retenção e antecipação do recolhimento do imposto, 
por um contribuinte denominado “substituto”, em relação à terceiro por fato gerador ainda 
não praticado, ou seja, pelas operações subsequentes que serão praticadas pelos demais 
contribuintes até a operação com o consumidor final. 
Essa é a hipótese mais conhecida e refere-se à substituição tributária com 
retenção do imposto por antecipação. Nessa modalidade, determinado contribuinte da 
cadeia produtiva e/ou comercial fica responsável pela retenção e pelo recolhimento do 
imposto incidente nas operações subsequentes com a mesma mercadoria, até que chegue 
ao consumidor final. 
Durante nosso curso, a modalidade especificamente abordada será de 
substituição tributária com retenção e antecipação do recolhimento do imposto pelas 
operações subsequentes 
3.2 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Nos casos de substituição tributária inserida pelos respectivos Decretos, os 
responsáveis tributários, caracterizados como contribuintes substitutos, são: 
 
I - estabelecimento de fabricante ou de importador ou a arrematante de mercadoria 
importada do exterior e apreendida, localizado neste Estado; 
II - qualquer estabelecimento localizado em território paulista que receber mercadoria 
diretamente de outro Estado sem a retenção antecipada do imposto. 
Portanto, nas aquisições internas de mercadorias sujeitas a substituição, os 
contribuintes atacadistas/distribuidores e varejistas deverão receber as mercadorias já 
com o imposto retido, com a indicação nas notas fiscais da base de cálculo da retenção e 
do valor ou parcela do imposto retido. 
Assim, as operações internas subsequentes seguirão sem o destaque do 
ICMS, mas com a indicação, na respectiva Nota Fiscal, de que o ICMS foi pago 
antecipadamente por substituição e com indicação do dispositivo legal correspondente. 
Ex: “Imposto Recolhido por Substituição – Artigo _____ do RICMS”. 
Em operações interestaduais, a aplicação do regime de substituição 
tributária dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados, através 
de Convênio ICMS ou Protocolo ICMS. 
Convênios são atos celebrados nos termos da Lei Complementar nº 
24/1975, pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), assinados pelos 
representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, que deliberam sobre a concessão 
de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação, que terão aplicação nas 
operações internas e interestaduais. 
Protocolos são atos celebrados no âmbito do CONFAZ, assinados apenas 
por alguns dos Estados, para determinar a aplicação de benefícios, incentivos fiscais e 
regimes de tributação, nas operações e prestações internas e interestaduais. 
Nas hipóteses de aquisição interestadual de mercadoria sujeita ao regime de 
substituição tributária, sem a retenção antecipada do imposto o estabelecimento 
atacadista/distribuidor ou o varejista passam a ser, em caráter excepcional, responsáveis 
pelo recolhimento do imposto antecipadamente. 
 
3.3 CÁLCULO DO ICMS DEVIDO POR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
3.3.1 BASE DE CÁLCULO – ESPÉCIES 
 
A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária com 
retenção antecipada poderá: 
I – ser determinada por autoridade competente; 
II – sugerida pelo fabricante ou importador; 
III – na falta dessas duas hipóteses, atender a regra específica para sua formação. 
 
A-) BASE DE CÁLCULO FIXADA POR AUTORIDADE COMPETENTE 
 
A base de cálculo do imposto devido por substituição tributária com retenção 
antecipada corresponde, em regra, ao preço final a consumidor, único ou máximo, 
autorizado ou fixado por autoridade competente. 
O valor é divulgado em Ato da Secretaria da Fazenda, especificamente por meio 
de Portaria CAT. 
B-) PREÇO FINAL AO CONSUMIDOR SUGERIDO PELO FABRICANTE OU 
IMPORTADOR 
O fabricante ou o importador poderá sugerir o valor correspondente ao preço 
final a consumidor que servirá como base de cálculo da substituição tributária por 
antecipação. 
Contudo, a adoção dos preços sugeridos como base de cálculo do imposto 
devido por antecipação fica condicionada a que: 
a) a entidade representativa do fabricante ou importador apresente pedido formal, 
nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, devidamente 
documentado por cópias de notas fiscais e demais elementos que possam comprovar o 
preço praticado; 
 
b) na hipótese de deferimento do pedido, o preço sugerido será aplicável somente 
após ser editada a legislação correspondente. 
 
C-) INEXISTÊNCIA DE PREÇO FINAL A CONSUMIDOR 
 
Na falta de preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou 
fixado por autoridade competente, a base de cálculo será obtida pelo preço praticado pelo 
contribuinte substituto, incluindo-se os valores do frete, carreto, seguro, impostos (IPI) e 
outros encargos transferíveis ao adquirente, acrescido do valor resultante da aplicação de 
percentual de margem de valor agregado (IVA- ST) fixado de acordo com o disposto na 
legislação para cada caso. 
BC = (Valor da mercadoria + IPI + Frete + Outras Despesas) x (1+IVA-ST)CAPÍTULO VIII – ESPECIFICIDADES VOLTADAS À ZONA FRANCA DE 
MANAUS 
 
 
1 PIS E COFINS 
 
1.1 DA IMPORTAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS, PRODUTOS 
INTERMEDIÁRIOS, MATERIAIS DE EMBALAGEM POR PESSOAS 
JURÍDICAS LOCALIZADAS NA ZFM 
 
 
Está suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da 
Cofins-Importação incidentes sobre as importações efetuadas por estabelecimento 
industrial instalado na ZFM de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de 
embalagem para emprego em processo de industrialização por estabelecimentos 
industriais ali instalados, conforme projetos aprovados pelo Conselho de Administração 
da Suframa. 
Está suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da 
Cofins-Importação incidentes sobre as importações efetuadas por estabelecimento 
industrial instalado na ZFM de bens a serem empregados na elaboração das matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. 
Os bens admitidos no regime suspensivo deverão ser integralmente utilizados 
no processo produtivo das mercadorias a serem vendidas para emprego em processo de 
industrialização na ZFM. 
A suspensão será convertida em alíquota 0 (zero), quando as matérias-primas, 
produtos intermediários e materiais de embalagem importados forem empregados em 
processo de industrialização por estabelecimentos industriais instalados na ZFM, e 
consoante projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa. 
A suspensão será convertida em alíquota 0 (zero), quando os bens importados 
forem empregados na elaboração de matérias-primas, produtos intermediários e materiais 
de embalagem destinados a emprego em processo de industrialização por 
estabelecimentos ali instalados, consoante projeto aprovado pelo Conselho de 
Administração da Suframa. 
 
1.2 DA IMPORTAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS, INSTRUMENTOS E 
EQUIPAMENTOS POR PESSOAS JURÍDICAS LOCALIZADAS NA ZFM 
 
Está suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da 
Cofins-Importação incidentes sobre as importações efetuadas por estabelecimento 
industrial instalado na ZFM de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, 
para incorporação ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora. 
A suspensão aplica-se somente quando a pessoa jurídica: 
I - importar máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos; e 
II - utilizar os bens na produção de bens a serem empregados na elaboração de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de embalagem destinados ao emprego em 
processo de industrialização por pessoa jurídica que esteja instalada na ZFM e que possua 
projeto aprovado pelo Conselho de Administração da Suframa. 
A suspensão converte-se em alíquota 0 (zero) depois de decorridos 18 (dezoito) 
meses da incorporação do bem ao ativo imobilizado da pessoa jurídica importadora. 
A pessoa jurídica importadora que não incorporar o bem ao seu ativo 
imobilizado ou revender o bem antes do prazo recolherá a Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e a Cofins-Importação, acrescidas de juros e multa de mora 
 
1.3 DAS AQUISIÇÕES NO MERCADO NACIONAL DESTINADAS AO 
CONSUMO OU À INDUSTRIALIZAÇÃO NA ZFM E NAS ALC 
 
Estão reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da 
Cofins, incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo, ou 
à industrialização na ZFM, por pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM. 
Entendem-se como vendas de mercadorias destinadas ao consumo na ZFM as 
que tenham como destinatárias pessoas jurídicas que as venham utilizar diretamente ou 
comercializar por atacado ou a varejo. 
Estão reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da 
Cofins, incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou 
à industrialização nas ALC. 
Entendem-se como vendas de mercadorias destinadas ao consumo nas ALC as 
que tenham como destinatárias pessoas jurídicas que as venham utilizar diretamente ou 
comercializar por atacado ou a varejo. 
 
1.4 DAS AQUISIÇÕES INTERNAS NA ZFM 
 
Estão reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da 
Cofins, incidentes sobre as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, 
produtos intermediários e materiais de embalagem, produzidos na ZFM para emprego em 
processo de industrialização por estabelecimentos industriais ali instalados e consoante 
projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa. 
 
1.5 DAS VENDAS SUBMETIDAS AO REGIME DE APURAÇÃO CUMULATIVA 
 
A pessoa jurídica estabelecida na ZFM ou nas ALC, submetida ao regime de 
apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, deve calcular as 
referidas contribuições incidentes sobre a receita decorrente das vendas ou prestações que 
realizar mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% (sessenta e cinco centésimos por 
cento) e 3% (três por cento), respectivamente. 
 
1.6 DAS VENDAS SUBMETIDAS AO REGIME DE APURAÇÃO NÃO 
CUMULATIVA 
 
A pessoa jurídica industrial estabelecida na ZFM, submetida ao regime de 
apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, deve calcular a 
Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins incidentes sobre a receita decorrente da venda 
de produção própria, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da 
Suframa, mediante a aplicação das alíquotas de: 
 
I - 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e 3% (três por cento), respectivamente, 
no caso de venda efetuada à pessoa jurídica estabelecida: 
a) na ZFM; ou 
b) fora da ZFM, que apure a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins no regime de 
apuração não cumulativa; 
II - 1,3% (um inteiro e três décimos por cento) e 6% (seis por cento), respectivamente, no 
caso de venda efetuada a: 
a) pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, que apure o Imposto sobre a Renda com base 
no lucro presumido; 
b) pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM, que apure o IRPJ com base no lucro real e 
que tenha sua receita parcialmente excluída do regime de apuração não cumulativa da 
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins; 
c) pessoa jurídica estabelecida fora da ZFM e que seja optante pelo Simples Nacional; ou 
d) órgãos da administração federal, estadual, distrital e municipal; e 
III - 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e 7,6% (sete inteiros e 
seis décimos por cento), respectivamente, no caso de venda efetuada a pessoa física. 
 
 
2 IPI (IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS) 
 
2.1 DA ZONA FRANCA DE MANAUS 
São isentos do imposto : 
I - os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, destinados, ao seu consumo 
interno, excluídos as armas e munições, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de 
passageiros; 
II - os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com 
projetos aprovados pelo Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca 
de Manaus - SUFRAMA, que não sejam industrializados pelas modalidades de 
acondicionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer 
outro ponto do território nacional, excluídos as armas e munições, fumo, bebidas 
alcoólicas e automóveis de passageiros e produtos de perfumaria ou de toucador, 
preparados ou preparações cosméticas, salvo quanto a estes (Posições 33.03 a 33.07 da 
TIPI) se produzidos com utilização de matérias-primas da fauna e flora regionais, em 
conformidade com processo produtivo básico; e 
III - os produtos nacionais entrados na Zona Franca de Manaus, para seu consumo 
interno, utilização ou industrialização, ou ainda, para serem remetidos, por intermédio de 
seus entrepostos, à Amazônia Ocidental, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo, 
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados, respectivamente, nos 
Capítulos 93, 33 e 24, nas Posições 87.03 e 22.03 a 22.06 e nos Códigos 2208.20.00 a 
2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01) da TIPI. 
Osbens do setor de tecnologias da informação e comunicação industrializados na 
Zona Franca de Manaus por estabelecimentos com projetos aprovados pelo Conselho de 
Administração da SUFRAMA ficam isentos do imposto, desde que atendidos os 
requisitos previstos. 
Para fazer jus à isenção de que trata este artigo, as empresas fabricantes de bens de 
tecnologias da informação e comunicação deverão investir, anualmente, em atividades de 
pesquisa, desenvolvimento e inovação a serem realizadas na Amazônia Ocidental ou no 
Estado do Amapá. 
Consideram-se bens de tecnologias da informação e comunicação: 
I - componentes eletrônicos a semicondutor, optoeletrônicos, bem como os respectivos 
insumos de natureza eletrônica; 
II - máquinas, equipamentos e dispositivos baseados em técnica digital, com funções de 
coleta, tratamento, estruturação, armazenamento, comutação, transmissão, recuperação 
ou apresentação da informação, seus respectivos insumos eletrônicos, partes, peças e 
suporte físico para operação ; 
III - os aparelhos telefônicos por fio, conjugados ou não com aparelho telefônico sem fio, 
que incorporem controle por técnicas digitais; 
IV - terminais portáteis de telefonia celular, classificados no Código 8517.12.31 da TIPI; 
e 
V - unidades de saída por vídeo (monitores), classificados nas Subposições 8528.41 e 
8528.51 da TIPI, próprias para operar com máquinas, equipamentos ou dispositivos 
baseados em técnica digital, com funções de coleta, tratamento, estruturação, 
armazenamento, comutação, transmissão, recuperação ou apresentação da informação. 
A remessa dos produtos para a Zona Franca de Manaus far-se-á com suspensão do 
imposto até a sua entrada naquela área, quando então se efetivará a isenção. 
Sairão com suspensão do imposto: 
I - os produtos nacionais remetidos à Zona Franca de Manaus, especificamente para 
serem exportados para o exterior, atendidas as condições estabelecidas pelo Ministro de 
Estado da Fazenda; e 
II - os produtos que, antes de sua remessa à Zona Franca de Manaus, forem enviados pelo 
seu fabricante a outro estabelecimento, para industrialização adicional, por conta e ordem 
do destinatário naquela área. 
Os produtos de procedência estrangeira importados pela Zona Franca de Manaus 
serão desembaraçados com suspensão do imposto, que será convertida em isenção quando 
os produtos forem ali consumidos ou utilizados na industrialização de outros produtos, na 
pesca e na agropecuária, na instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer 
natureza, ou estocados para exportação para o exterior, excetuados as armas e munições, 
fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros. 
Não podem ser desembaraçados com suspensão do imposto, nem gozam da isenção, 
os produtos de origem nacional que, exportados para o exterior, venham a ser 
posteriormente importados por intermédio da Zona Franca de Manaus. 
As mercadorias entradas na Zona Franca de Manaus poderão ser posteriormente 
destinadas à exportação para o exterior, ainda que usadas, com a manutenção da isenção 
do imposto incidente na importação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D6006.htm
Os produtos estrangeiros importados pela Zona Franca de Manaus, quando desta 
saírem para outros pontos do território nacional, ficam sujeitos ao pagamento do imposto 
exigível na importação, salvo se tratar: 
I - de bagagem de passageiros; 
II - de produtos empregados como matéria-prima, produto intermediário e material de 
embalagem, na industrialização de produtos na Zona Franca de Manaus; e 
III - de bens de produção e de consumo, produtos alimentares e medicamentos, que se 
destinem à Amazônia Ocidental. 
2.2 DA AMAZÔNIA OCIDENTAL 
São isentos do imposto: 
I - os produtos nacionais consumidos ou utilizados na Amazônia Ocidental, desde que 
sejam ali industrializados por estabelecimentos com projetos aprovados pelo Conselho de 
Administração da SUFRAMA, ou adquiridos por intermédio da Zona Franca de Manaus 
ou de seus entrepostos na referida região, excluídos as armas e munições, perfumes, fumo, 
automóveis de passageiros e bebidas alcoólicas, classificados, respectivamente, nos 
Capítulos 93, 33 e 24, nas Posições 87.03 e 22.03 a 22.06 e nos Códigos 2208.20.00 a 
2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01) da TIPI. 
II - os produtos de procedência estrangeira, a seguir relacionados, oriundos da Zona Franca 
de Manaus e que derem entrada na Amazônia Ocidental para ali serem consumidos ou 
utilizados: 
a) motores marítimos de centro e de popa, seus acessórios e pertences, bem como outros 
utensílios empregados na atividade pesqueira, exceto explosivos e produtos utilizados em 
sua fabricação; 
b) máquinas, implementos e insumos utilizados na agricultura, pecuária e atividades 
afins; 
c) máquinas para construção rodoviária; 
d) máquinas, motores e acessórios para instalação industrial; 
e) materiais de construção; 
f) produtos alimentares; e 
g) medicamentos; e 
III - os produtos elaborados com matérias-primas agrícolas e extrativas vegetais de 
produção regional, exclusive as de origem pecuária, por estabelecimentos industriais 
localizados na Amazônia Ocidental, cujos projetos tenham sido aprovados pelo Conselho 
de Administração da SUFRAMA, excetuados o fumo do Capítulo 24 e as bebidas 
alcoólicas, das Posições 22.03 a 22.06, dos Códigos 2208.20.00 a 2208.70.00 e 
2208.90.00 (exceto o Ex 01) da TIPI (Decreto-Lei nº 1.435, de 1975, art. 6º, e Decreto-
Lei n o 1.593, de 1977, art. 34). 
Para fins da isenção a remessa de produtos para a Amazônia Ocidental far-se-á com 
suspensão do imposto, devendo os produtos ingressarem na região por intermédio da 
Zona Franca de Manaus ou de seus entrepostos. 
 
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